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EDITORAÇÃO ELETRONICA
Odivaldo Teixeira Lopes
REALIZAÇÃO
1
Departamento de Matemática, Estatística e Informática
Licenciatura em Matemática Modalidade a Distância
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Universidade Estadual do Pará
Centro de Ciências Sociais e Educação
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Departamento de Matemática, Estatística e Informática
Licenciatura em Matemática Modalidade a Distância
Exercícios resolvidos
1. Determinar o conjunto X tal que: a) 384 e 52
b) 332 e 31
1) {a,b,c,d} U X = {a,b,c,d,e}
c) 332 e 83
2) {c,d} U X = {a,c,d,e}
d) 384 e 83
3) {b,c,d} ∩ X = {c}
e) Nenhuma das respostas anteriores
a) {a,b}
b) {a,c,e} Solução:
c) {b,d,e)
d) {c,d,e} U = {alunos da escola}
e) {a,b,c,d}
E = {alunos que estudam inglês}
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Solução: Solução:
a) {0}
Este exercício envolve o cálculo do b)
Conjunto das Partes do conjunto dado e a c) {2}
fórmula para este cálculo é n(P(A)) = 2 n(A) d) {1}
onde: P(A) = Conjunto das partes do conjunto e) {6}
A; e n = número de elementos de A, logo:
Se n = 7 8. Se A e B são dois conjuntos não vazios e
n(P(A)) = 2 7 = 128 ocorrer A B, então:
Resposta: letra b) 128 a) A B = B
b) A B =B
5. Utilizando os símbolos ou , relacione os c) B A
conjuntos A = {0, -1, - 3, -5}, B = {-3, 5} e C = d) A B =
{0, -1}.
a) A e B Solução:
b) B e A
c) A e C
a) A B = B
d) C e A
b) A B =B A B = A
c) B A _ só ocorre se A = B
Solução: d) A B = _ A B = A
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SOLUÇÃO:
Veja os seguintes comentários:
As alternativas (A) e (B): não há elementos
para se concluir por uma delas, inicialmente.
Podemos escrever: A alternativa (E) não pode ser verdadeira, pois
implicaria - pelo enunciado - que o escritor
x + y + 5 = 16 ; logo, x + y = 11 .Eq. 1
nem teria nascido!
x + w + z + 3 = 16; logo, x + w + z = 13.Eq. 2 Para visualizar isto, veja a figura abaixo.
A alternativa (D) não pode ser verdadeira, pois
t + w + 5 = 11; logo, t + w = 6.Eq. 3
implicaria concluir-se pelos séculos XIX ou
x + y + z + w + t + 2 + 3 = 35; logo, x + y + z + XX e, pelo enunciado, só existe uma
w + t = 30.Eq. 4
alternativa verdadeira.
Substituindo as Eq. 1 e 3, na Eq. 4, vem: POR EXCLUSÃO, a alternativa verdadeira só
pode ser a C.
11 + z + 6 = 30; logo, z = 13.Eq. 5
Veja o esquema abaixo, para ajudar no seu
Substituindo o valor de z na Eq. 2, vem: x + w entendimento dos argumentos acima.
+ 13 = 13; logo, x + w = 0, de onde se conclui
que x = 0 e w = 0, já que x e w são inteiros
positivos ou nulos.
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NÚMEROS RACIONAIS
RELACIONANDO NÚMEROS 2. 1,6666666... = 1,6
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1. Seja S a dízima periódica 0,3333333..., isto é, Manipule a soma "infinita" como se fosse um
S=0,3. Observe que o período tem apenas 1 número comum e passe a parte que não se
algarismo. Iremos escrever este número como repete para o primeiro membro para obter:
uma soma de infinitos números decimais da
R-7,1 = 0,08 + 0,008 + 0,0008 +...
forma:
Multiplique agora a soma "infinita" por 101=10
S = 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 +...
(o período tem 1 algarismo), para obter:
Multiplicando esta soma "infinita" por 101=10 (o
10(R-7,1) = 0,8 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +...
período tem 1 algarismo), obteremos:
Observe que são iguais as duas últimas
10 S = 3 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 +...
expressões que aparecem em cor vermelha!
Observe que são iguais as duas últimas expressões
Subtraia membro a membro a penúltima
que aparecem em cor vermelha!
expressão da última para obter:
Subtraindo membro a membro a penúltima
10(R-7,1) - (R-7,1) = 0,8
expressão da última, obtemos:
Assim:
10 S - S = 3
10R - 71 - R + 7,1 = 0,8
donde segue que
Para evitar os números decimais,
9S=3
multiplicamos toda a expressão por 10 e
Simplificando, obtemos: simplificamos para obter:
90 R = 647
Obtemos então:
Exercício: Usando o mesmo argumento que antes,
você saberia mostrar que:
0,99999... = 0,9 = 1 4. Um quarto tipo de dízima periódica é
2. Vamos tomar agora a dízima periódica T=7,004004004..., isto é, U=7,004. Observe
T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe que o que o período tem 3 algarismos, sendo que os
período tem agora 2 algarismos. Iremos dois primeiros são iguais a zero e apenas o
escrever este número como uma soma de terceiro é não nulo. Decomporemos este
infinitos números decimais da forma: número como uma soma de infinitos números
decimais da forma:
T =0,31 + 0,0031 + 0,000031 +...
U = 7 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
Multiplicando esta soma "infinita" por 10²=100
(o período tem 2 algarismos), obteremos: Manipule a soma "infinita" como se fosse um
número comum e passe a parte que não se
100 T = 31 + 0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... repete para o primeiro membro para obter:
Observe que são iguais as duas últimas U-7 = 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
expressões que aparecem em cor vermelha,
assim: Multiplique agora a soma "infinita" por
10³=1000 (o período tem 3 algarismos), para
100 T = 31 + T obter:
de onde segue que 1000(U-7) = 4 + 0,004 + 0,004004 +
99 T = 31 0,004004004 +...
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que pode ser escrita na forma: Do ponto de vista geométrico, um número que está
à esquerda é menor do que um número que está à
direita na reta numerada.
Todo número racional q exceto o zero, possui um
NÚMEROS IRRACIONAIS elemento denominado simétrico ou oposto -q e ele é
caracterizado pelo fato geométrico que tanto q
como -q estão à mesma distância da origem do
Um número real é dito um número irracional se ele
conjunto Q que é 0. Como exemplo, temos que:
não pode ser escrito na forma de uma fração ou
nem mesmo pode ser escrito na forma de uma (a) O oposto de 3/4 é -3/4.
dízima periódica.
(b) O oposto de 5 é -5.
Exemplo: O número real abaixo é um número
Do ponto de vista geométrico, o simétrico funciona
irracional, embora pareça uma dízima periódica:
como a imagem virtual de algo colocado na frente
x=0,10100100010000100000... de um espelho que está localizado na origem. A
distância do ponto real q ao espelho é a mesma que
Observe que o número de zeros após o algarismo 1
a distância do ponto virtual -q ao espelho.
aumenta a cada passo. Existem infinitos números
reais que não são dízimas periódicas e dois números
irracionais muito importantes, são: MÉDIA ARITMÉTICA E MÉDIA
e = 2,718281828459045..., PONDERADA
Pi = 3,141592653589793238462643... Média aritmética: Seja uma coleção formada por n
que são utilizados nas mais diversas aplicações números racionais: x1, x2, x3, ..., xn. A média
práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros aritmética entre esses n números é a soma dos
de gravidade, previsão populacional, etc... mesmos dividida por n, isto é:
Exercício: Determinar a medida da diagonal de um
quadrado cujo lado mede 1 metro. O resultado
numérico é um número irracional e pode ser obtido Exemplo: Se um grupo de 9 pessoas tem as idades:
através da relação de Pitágoras. O resultado é a raiz
quadrada de 2, denotada aqui por R[2] para 12, 54, 67, 15, 84, 24, 38, 25, 33
simplificar as notações estranhas. então a idade média do grupo pode ser calculada
pela média aritmética:
REPRESENTAÇÃO, ORDEM E
SIMETRIA DOS RACIONAIS
Podemos representar geometricamente o conjunto
Q dos números racionais através de uma reta
o que significa que a idade média está próxima de
numerada. Consideramos o número 0 como a
39 anos.
origem e o número 1 em algum lugar e tomamos a
unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e Média aritmética ponderada: Consideremos uma
por os números racionais da seguinte maneira: coleção formada por n números racionais: x1, x2, x3,
..., xn, de forma que cada um esteja sujeito a um
peso, respectivamente, indicado por: p1, p2, p3, ...,
pn. A média aritmética ponderada desses n números
é a soma dos produtos de cada um por seu peso,
Ao observar a reta numerada notamos que a ordem
dividida por n, isto é:
que os números racionais obedecem é crescente da
esquerda para a direita, razão pela qual indicamos
com uma seta para a direita. Esta consideração é
adotada por convenção, o que nos permite pensar
em outras possibilidades. Exemplo: Um grupo de 64 pessoas, que trabalha
(com salário por dia), em uma empresa é formado
Dizemos que um número racional r é menor do que por sub-grupos com as seguintes características:
outro número racional s se a diferença r-s é
positiva. Quando esta diferença r-s é negativa, 12 ganham R$ 50,00
dizemos que o número r é maior do que s. Para 10 ganham R$ 60,00
indicar que r é menor do que s, escrevemos:
20 ganham R$ 25,00
r<s
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Vamos começar mostrando uma propriedade Resultado tem os mesmos algarismos, com UM
SUPER básica de uma multiplicação de um número algarismo APÓS a vírgula.
qualquer por 10. Agora, se pegarmos este resultado e dividirmos
5 x 10 = 50 novamente por 10. O que irá acontecer? Veja o
quadro abaixo:
52 x 10 = 520
25,4 ÷ 10 = 2,54
458 x 10 = 4580
Resultado tem os mesmos algarismos, só que
30 x 10 = 300 agora com DOIS algarismos APÓS a vírgula.
Note que sempre que multiplicamos qualquer
Note que cada vez que dividimos por 10, a vírgula
número inteiro por 10, acrescentamos um zero à
"se movimenta" uma casa para esquerda. Vamos
direita deste número e obtemos o resultado, não
dividir novamente para confirmar.
interessa por quais e por quantos algarismos é
formado este número. 2,54 ÷ 10 = 0,254
Vamos pegar o número 256 e multiplicá-lo por 10 Resultado tem os mesmos algarismos, agora com
três vezes: TRÊS algarismos APÓS a vírgula. Como o
256 x 10 = 2560 número só tinha três algarismos, colocamos um
zero à esquerda, para não ficar ,254
2560 x 10 = 25600
Portanto, podemos dizer que 0,254 é igual a 254
25600 x 10 = 256000 dividido por 10 três vezes, ou seja:
Ao multiplicar por 10 três vezes, acrescentamos três
zeros à direita do número.
Veja que o número 256000 pode ser escrito como Aqui devemos ver que, dividir um número por 10 é
256 x 10 x 10 x 10. Ou seja: a mesma coisa que multiplicar pela fração .
256000 = 256 x 10 x 10 x 10 Aplicando esta propriedade:
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Quando temos um número multiplicado por uma "Diminuimos" 4 zeros que estavam à direita
potência de base 10 positiva, indica que iremos Quando temos um número multiplicado por uma
"aumentar" o número de zeros à direita ou potência de base 10 negativa, indica que iremos
"movimentar" para direita a vírgula tantas casas "diminuir" o número de zeros à direita ou
quanto indicar o expoente da base 10. Veja alguns "movimentar" a vírgula para esquerda tantas casas
exemplos: quanto indicar o expoente da base 10. Veja alguns
54 x 105 = 5400000 exemplos:
Acrescentamos 2 zeros à direita do 2050 – Primeiro de tudo vamos colocar todos números
em notação científica (potências de base DEZ):
54 x 10–5 = 0,00054
"Movimentamos" a vírgula 5 casas para esquerda – Agora ficou fácil. É só calcular o lado direito da
multiplicação e aplicar as propriedades de
potênciação no lado esquerdo para calcular.
2050 x 10-2 = 20,5 Fazendo isso, temos:
"Movimentamos" a vírgula 2 casas para esquerda. 1024 x 10-1 = 102,4
Lembrando que 20,5 = 20,50
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240 3
6. (b) Quando o intervalo de tempo varia de 15 13. Concluímos que o tempo gasto e a distância
min para 45 min, a altura varia de 50 cm para percorrida, variam sempre na mesma razão e
150 cm. Nesse caso, o tempo varia na razão isto significa que a distância percorrida é
15/45 e a altura na razão 50/150. Então, diretamente proporcional ao tempo gasto para
notamos que essas razões são iguais: percorrê-la, se a velocidade média do
automóvel se mantiver constante.
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3. cada um dos 2 melhores alunos receberá 12 de 12 para 4. Observemos que essas razões não
livros são iguais, mas são inversas:
4. cada um dos 3 melhores alunos receberá 8
livros
5. cada um dos 4 melhores alunos receberá 6 Representamos tais grandezas inversamente
livros proporcionais com a função f(x)=24/x,
6. cada um dos 6 melhores alunos receberá 4 apresentada no gráfico
livros
1 24
2 12
3 8
4 6
6 4
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10 54
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Situação 7 9 X
A1 B1 C1 D1 E1 … Z1
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PORCENTAGEM
Resolvendo a proporção, obtemos X=840,
assim, se as 7 máquinas funcionarem durante 9 Praticamente todos os dias, observamos nos meios
dias serão produzidas 840 peças. de comunicação, expressões matemáticas
relacionadas com porcentagem. O termo por cento
2. Um motociclista, rodando 4h por dia, percorre
é proveniente do Latim per centum e quer dizer por
em média 200 Km em 2 dias. Em quantos dias
cem. Toda razão da forma a/b na qual o
esse motociclista irá percorrer 500 Km, se
denominador b=100, é chamada taxa de
rodar 5 h por dia? (h=hora, Km=quilômetro).
porcentagem ou simplesmente porcentagem ou
Vamos representar o número de dias procurado ainda percentagem.
pela letra X. De acordo com os dados do
Historicamente, a expressão por cento aparece nas
problema, vamos organizar a tabela:
principais obras de aritmética de autores italianos
do século XV. O símbolo % surgiu como uma
Quilômetros Horas por No. de abreviatura da palavra cento utilizada nas
(A) dia (B) dias (C) operações mercantis.
Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos
200 4 2 10% e isto significa que em cada 100 unidades de
algo, tomaremos 10 unidades. 10% de 80 pode ser
500 5 X obtido como o produto de 10% por 80, isto é:
Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8
A grandeza Número de dias (C) é a que servirá Em geral, para indicar um índice de M por cento,
como referência para as outras grandezas. escrevemos M% e para calcular M% de um número
Analisaremos se as grandezas Quilômetros (A) N, realizamos o produto:
e Horas por dia (B) são diretamente
proporcionais ou inversamente proporcionais à Produto = M%.N = M.N / 100
grandeza C que representa o Número de dias.
Exemplos:
Tal análise deve ser feita de uma forma
independente para cada par de grandezas. 1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo
que 52% dessas fichas estão etiquetadas com
Consideremos as grandezas Número de dias e
um número par. Quantas fichas têm a etiqueta
Quilômetros. Usaremos a lógica para constatar
com número par? uantas fichas têm a etiqueta
que se rodarmos maior número de dias,
com número ímpar?
percorreremos maior quilometragem e se
rodarmos menor número de dias percorreremos Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13
menor quilometragem. Assim temos que estas
Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com
duas grandezas são diretamente proporcionais.
número par e 12 fichas com número ímpar.
Na outra análise, vamos agora considerar as
2. Num torneio de basquete, uma determinada
grandezas Número de dias e Horas por dia.
seleção disputou 4 partidas na primeira fase e
Verificar que para realizar o mesmo percurso,
venceu 3. Qual a porcentagem de vitórias
se tivermos maior número de dias utilizaremos
obtida por essa seleção nessa fase?
menor número de horas por dia e se tivermos
menor número de dias necessitaremos maior Vamos indicar por X% o número que
número de horas para p mesmo percurso. representa essa porcentagem. Esse problema
Logo, estas duas grandezas são inversamente pode ser expresso da seguinte forma:
proporcionais e desse modo:
X% de 4 = 3
Assim:
(X/100).4 = 3
que pode ser posta como
4X/100 = 3
4X = 300
X = 75
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Na primeira fase a porcentagem de vitórias foi 3. O tempo deve sempre ser indicado na mesma
de 75%. unidade a que está submetida a taxa, e em caso
contrário, deve-se realizar a conversão para que
3. Numa indústria há 255 empregadas. Esse
tanto a taxa como a unidade de tempo estejam
número corresponde a 42,5% do total de
compatíveis, isto é, estejam na mesma unidade.
empregados da indústria. Quantas pessoas
trabalham nesse local? Quantos homens 4. O total pago no final do empréstimo, que
trabalham nessa indústria? corresponde ao capital mais os juros, é
denominado montante.
Vamos indicar por X o número total de
empregados dessa indústria. Esse problema Para calcular os juros simples j de um capital C,
pode ser representado por: durante t períodos com a taxa de i% ao período,
basta usar a fórmula:
42,5% de X = 255
Assim:
42,5%.X = 255
Exemplos:
42,5 / 100.X = 255
42,5.X / 100 = 255 1. O preço à vista de um aparelho é de R$ 450,00.
42,5.X = 25500 A loja oferece este aparelho para pagamento
425.X = 255000 em 5 prestações mensais e iguais porém, o
X = 255000/425 = 600 preço passa a ser de R$ 652,00. Sabendo-se
que a diferença entre o preço à prazo e o preço
Nessa indústria trabalham 600 pessoas, sendo
à vista é devida aos juros cobrados pela loja
que há 345 homens.
nesse período, qual é a taxa mensal de juros
4. Ao comprar uma mercadoria, obtive um cobrada por essa loja?
desconto de 8% sobre o preço marcado na
A diferença entre os preços dados pela loja é:
etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria,
qual o preço original dessa mercadoria? 652,00 - 450,00 = 202,50
Seja X o preço original da mercadoria. Se A quantia mensal que deve ser paga de juros é:
obtive 8% de desconto sobre o preço da
202,50 / 5 = 40,50
etiqueta, o preço que paguei representa 100%-
8%=92% do preço original e isto significa que Se X% é a taxa mensal de juros, então esse
problema pode ser resolvido da seguinte forma:
92% de X = 690
X% de 450,00 = 40,50
logo
X/100.450,00 = 40,50
92%.X = 690
92/100.X = 690 450 X / 100 = 40,50
92.X / 100 = 690
450 X = 4050
92.X = 69000
X = 69000 / 92 = 750 X = 4050 / 450
O preço original da mercadoria era de R$ X=9
750,00.
A taxa de juros é de 9% ao mês.
JUROS Simples 2. Uma aplicação feita durante 2 meses a uma
taxa de 3% ao mês, rendeu R$ 1.920,00 de
Juro é toda compensação em dinheiro que se paga juro. Qual foi o capital aplicado?
ou se recebe pela quantia em dinheiro que se O capital que a aplicaçao rendeu mensalmente
empresta ou que é emprestada em função de uma de juros foi de: 1920,00/2=960,00. Se o capital
taxa e do tempo. Quando falamos em juros, aplicado é indicado por C, esse problema pode
devemos considerar: ser expresso por:
1. O dinheiro que se empresta ou que se pede 3% de C = 960,00
emprestado é chamado de capital. 3/100 C = 960,00
2. A taxa de porcentagem que se paga ou se 3 C / 100 = 960,00
recebe pelo aluguel do dinheiro é denominada 3 C = 96000
taxa de juros. C = 96000/3 = 32000,00
O capital aplicado foi de R$ 32.000,00.
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FUNÇÕES
INTRODUÇÃO
O mundo atual experimenta a cada dia inovações tecnológicas
importantes graças às relações funcionais entre variáveis. Podemos
destacar vários exemplos tais como: a função que relaciona voltagem e
corrente numa placa de computador ou a relação funcional entre o saldo
devedor e a taxa num financiamento de um carro ou até uma função
que, a partir de um exame de sangue seu, pode dizer se você tem um
tipo específico de doença.
Uma função ou relação funcional se estabelece quando existe
uma relação de dependência entre incógnitas. Formalmente, uma função
se define através de uma equação matemática relacionando as variáveis
de interesse.
Para o curso de cálculo diferencial e integral, o conhecimento de
funções tem vital importância. Portanto, esse capítulo se dedica a
analisar detalhadamente os mais variados tipos de funções.
A(r) r 2
A(2) 2 2 12,56 m2
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f(x)
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700.000
600.000
500.000
Habitantes
400.000
300.000
DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO
200.000
100.000
0
O domínio de uma função é o conjunto
1970 1980 1990 2000 de todos os valores possíveis da variável
Ano
independente.
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f (x) ax b ou y ax b
COEFICIENTE ANGULAR
O coeficiente angular indica a taxa
constante de crescimento ou decrescimento de Por outro lado, quando analisamos o
y. Podemos analisá-lo de duas formas: coeficiente angular pelo seu valor absoluto
Pelo seu sinal; (apenas o número sem considerar o sinal)
Pelo seu valor absoluto. estamos interessados em saber se a taxa de
Quando analisamos o coeficiente crescimento ou decrescimento (dependendo do
angular pelo seu sinal estamos interessados em sinal) é elevada ou não.
saber se a taxa é de crescimento ou de
decrescimento.
COEFICIENTE LINEAR
Uma taxa de crescimento é
caracterizada por um valor positivo e uma taxa
de decrescimento é caracterizada por um valor O coeficiente linear indica onde a
negativo. função corta o eixo y, ou seja, o valor de y
quando x é igual a zero. Podemos encontrar
dois casos:
EXEMPLO
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EXEMPLO
Fazendo y1 y e x1 x na fórmula
Coeficiente linear positivo acima podemos encontrar a equação da reta:
y y0
a
x x0
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( y y 0 ) a(x x 0 ) EXEMPLO
y 3x 3
Essa equação é usada quando sabemos coeficiente angular = +3, reta crescente.
qual é o coeficiente angular e um ponto por onde a
reta passa. y 2x 1
coeficiente angular = +2, reta crescente.
OBS.:
Poderíamos ter feito y0 y e x 0 x . Definimos uma função decrescente
Nesse caso, teríamos a seguinte equação da reta: quando, à medida que x aumenta dentro de um
intervalo, o valor de y diminui. Um coeficiente
(y y1 ) a(x x1 ) angular negativo caracteriza uma reta decrescente.
EXEMPLO
Isso significa que qualquer um dos dois
pontos pode ser usado na equação. y 3x 1
coeficiente angular = -3, reta decrescente.
EXEMPLO
y 2x 3
Encontrar a equação da reta que passa coeficiente angular = -2, reta decrescente.
pelos pontos (x 0 , y 0 ) (1,0) e
(x1 , y1 ) (2,3) . OBS.:
Pode acontecer do valor de “a” ser nulo.
SOLUÇÃO Nesse caso, a reta, que não é crescente e nem
decrescente, é chamada função constante (não
Primeiramente, devemos encontrar o possui inclinação).
coeficiente angular:
EXEMPLO
CRESCIMENTO OU
DECRESCIMENTO DA FUNÇÃO Encontrar o gráfico da função:
y 2x 1
Definimos uma função crescente quando, à
medida que x aumenta dentro de um intervalo, o SOLUÇÃO
valor de y também aumenta. Na função Afim, isso é
1
caracterizado pelo valor positivo do coeficiente Para y 0 , 2x 1 0 2x 1 x
angular. 2
Para x 0 , y 2 0 1 y 1
27
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EXEMPLO
EXEMPLO
28
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Exercícios
1. Classifique as funções abaixo em crescentes ou
decrescentes:
JUROS SIMPLES
a) y 3x 1
No regime de capitalização chamado juros
b) y 2x 1 simples os juros são proporcionais ao tempo da
c) y x aplicação. Por exemplo, se dobrarmos o prazo de
um empréstimo então os juros dobrarão de valor.
d) y 3x A equação abaixo fornece o valor dos juros
1 de uma aplicação em juros simples:
e) y x 1
2
Ci t
1
f) y 1 x
J
2 100
Nessa equação, identificamos os seguintes
2. Classifique as funções abaixo em afim, linear e
parâmetros:
constante:
a) y 3x 1
C é o capital aplicado em dinheiro;
b) y3 i é a taxa percentual por unidade de tempo (diária,
c) y x mensal, anual, etc);
d) y 1 t é o tempo da aplicação (dia, mês, ano, etc)
e) y 3x
Definimos o montante de uma aplicação
f) y 2x 1 como sendo a soma do capital com os juros do
período considerado. Pela definição, a fórmula de
3. Encontre a equação da reta que passa pelos cálculo do montante é dada por:
pontos:
a) (1,3) e (2,6) Ci t
b) (-1,2) e (2, -4) M CJ C
c) (2,5) e (3,5) 100
d) (1,1) e (3,5)
e) (3,2) e (4,1) EXEMPLO
f) (3,4) e (1,1)
Quanto rende de juros uma aplicação de
4. Com os resultados da questão anterior, $10.000,00 a uma taxa de juros de 3% ao mês
construa o gráfico correspondente a cada uma durante 2 meses ?
das retas.
SOLUÇÃO
MODELOS BASEADOS NA FUNÇÃO AFIM Usando a equação do regime de juros
simples:
Um modelo matemático é uma função que
representa um determinado problema. Existem
C i t 10.000,00 3 2
muitos exemplos de problemas que podem ser J $600,00
modelados por uma função Afim: 100 100
Juros simples;
Avaliação de alternativas de consumo de ALTERNATIVAS DE
celular;
Movimento uniforme (MU); CONSUMO DE CELULAR
Movimento uniformemente variado (MUV).
Suponha que a sua operadora de celular
tenha duas opções de plano de consumo:
29
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70 EXEMPLO
60
Duas horas após iniciar o movimento, em
50 que ponto estará um automóvel que viaja a uma
Consumo ($)
20 SOLUÇÃO
10
Os dados do problema são:
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 S0 10km , V 50km / h e t 2h
tempo de conversação (min)
Vamos calcular em que ponto estará o
automóvel a partir da equação do espaço:
A linha tracejada corresponde ao plano
pós-pago e a linha cheia ao plano pré-pago. S 10 50 t
Conforme o gráfico, as duas retas se
encontram no tempo de 50 minutos (marcado com S 10 50 2 110km
um círculo). Nesse ponto as duas contas são iguais,
ou seja, se você consumir 50 minutos todo mês O automóvel estará a 110km da origem.
então será indiferente você ter um plano pré-pago Note que 110km não é o espaço percorrido em
ou pós-pago. duas horas, mas onde estará o automóvel em
O valor da conta com o consumo de 50 relação ao ponto de referência.
minutos será de $50,00.
Abaixo de 50 minutos, podemos verificar MOVIMENTO
que a linha cheia está abaixo da linha tracejada. Isso
significa que se você consumir menos de 50
UNIFORMEMENTE VARIADO
minutos por mês, então o plano pré-pago é mais
vantajoso porque a conta é mais barata. A aceleração é definida como sendo a taxa
Já acima de 50 minutos, verificamos que a de variação da velocidade na unidade de tempo.
linha tracejada está abaixo da linha cheia, Isso é medido em termos de quanto aumenta ou
mostrando que se você consumir mais de 50 diminui a velocidade num período de tempo. Por
minutos por mês então o plano de conta é mais exemplo, se um carro tem uma velocidade de 5m/s
interessante já que no final do mês a conta será e 10 segundos depois está com uma velocidade de
menor. 15m/s então a sua aceleração é de 10m/s em 10
segundos, ou seja, 1 m/s2.
Em física, definimos o movimento
uniformemente variado como sendo aquele cuja
30
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aceleração é constante. Dessa forma, podemos O valor de “c” identifica o ponto onde a
modelar a velocidade como uma função do 1 o grau: função quadrática corta o eixo y e o seu
posicionamento é similar ao coeficiente linear na
V V0 a t função afim.
FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função em que a maior potência da
variável independente é igual a dois chama-se
função quadrática. Matematicamente, a função
quadrática é dada pela relação:
Concavidade para cima
f (x) ax 2 bx c ou y ax 2 bx c
c
Concavidade para baixo
Vértice da Parábola
31
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EXEMPLO
(5) (5) 2 4 (1) (6) 5 25 24 5 1
x 2
2 (1) 2 2
b 2 4ac
Obteremos então as seguintes raízes como
solução:
b
x x 2 4x 4 0
2a
(4) 2 4 (1) (4)
b
x 0
2a
(4) 0
x 2
A introdução do elemento simplifica o 2 (1)
entendimento do resultado de x’ e x”. Podemos
estabelecer a seguinte classificação baseada no (4) 0
valor de : x 2
2 (1)
32
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OBS.:
yv
Nesse caso, dizemos que a raiz 2 tem
4a
multiplicidade 2 (2 raízes iguais a 2).
EXEMPLO
Quando <0:
EXEMPLO
x 2 4x 5 0
(4) 2 4 (1) (5)
4
Gráfico com ponto de máximo
Portanto:
x, x R
EXEMPLO
mínimo.
Dependendo da concavidade da função
quadrática, podemos perceber que o vértice da SOLUÇÃO
parábola situa-se no ponto mais baixo ou no ponto
mais alto do gráfico. A partir da função encontramos os
Denominamos ponto de máximo ao valor seguintes resultados:
de x cujo valor de y é máximo, ou seja, quando o
valor de y está no ponto mais alto do gráfico. Isso (5) 2 4 (1) (6) 1
acontece quando a função tem concavidade para
b (5) 5
baixo (a<0). xv 2,5
Denominamos ponto de mínimo ao valor 2a 2 1 2
de x cujo valor de y é mínimo, ou seja, quando o 1 1
valor de y está no ponto mais baixo do gráfico. Isso yv 0,25
acontece quando a função tem concavidade para 4a 4 1 4
cima (a>0).
O ponto de máximo ou mínimo pode ser Observando o gráfico da função podemos
calculado através do conhecimento das coordenadas entender melhor o problema:
do vértice da parábola:
b
xv
2a
33
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OBSERVAÇÕES NO GRÁFICO
34
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5) Alguns gráficos alterando apenas o “a” das 7) Alguns gráficos para as funções:
funções: y+x+4=x2
y=x2-x-6 y-15x+36=y2
y=2x2-x-6
y=3x2-x-6
y=4x2-x-6
EXEMPLO
35
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TRAJETÓRIA DE PROJÉTEIS
Exercícios
1. Calcule os valores de xv e yv e diga, para cada
Em aplicações militares é interessante caso, se o ponto xv é de máximo ou mínimo:
descobrir a trajetória de projéteis para que um alvo
possa ser atingido com precisão. Galileu foi o a) y x 2 6x 9
primeiro a demonstrar que a equação da trajetória b) y x 2 6x 8
de um projétil é dada por:
g c) y x 2 5x 7
y ( tg) x x 2
2 (V0 cos ) 2 2. A partir das funções da questão anterior,
identifique o número de raízes reais e construa
o seu respectivo gráfico.
f (x) ax 2 bx c
b2
Somando e subtraindo no segundo
Onde: 4a
y é a altura que o projétil alcança; membro, obtenha a seguinte expressão:
x é a distância horizontal do projétil; 2
b
V0 é a velocidade inicial do projétil;
f (x) a x
é o ângulo de lançamento do projétil. 2a 4a
Em seguida:
EXEMPLO
a) Mostre que se a>0, então o menor valor de
Encontre a altura máxima que pode atingir b
um míssil lançado de um equipamento de artilharia f(x) ocorre em x . Substituindo
terrestre. 2a
esse valor na expressão anterior, descubra
SOLUÇÃO o menor valor que a função assume.
A altura máxima é dada pelo valor do yv: b) Mostre que se a<0, então o maior valor de
b
f(x) também ocorre em x .
( tg) 2 (V0 cos)
2 2 2a
yv Substituindo esse valor na expressão
4a 4 g anterior, descubra o maior valor que a
função assume.
Fica mais fácil simplificar essa expressão
se soubermos que:
36
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FUNÇÃO EXPONENCIAL
A função que representa um crescimento
(ou um decrescimento) multiplicativo é conhecida
como função exponencial.
EXEMPLO
SOLUÇÃO
1000 0 1
A função exponencial é caracterizada pela a m a n a m n
seguinte expressão:
EXEMPLO
f (x) a x , com a > 0.
23 2 2 232 25
Chamamos os parâmetros “a” de base e
am
“x” de expoente. A base de uma função n
a mn
exponencial representa o valor do seu crescimento a
ou decrescimento multiplicativo.
Por exemplo, se uma função triplica a cada EXEMPLO
ano ou reduz-se à metade a cada hora então a base é
representada por esses valores.
23
A característica principal do seu gráfico é
2 3 2 2 1
o seu crescimento (ou decrescimento) rápido. Outra 2 2
característica é que o gráfico da função exponencial
corta o eixo y no ponto y = +1.
a m b m (ab) m
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EXEMPLO SOLUÇÃO
EXEMPLO
2
3 5 5 32
(a m ) n a mn
EXEMPLO
100
Uma colônia de bactérias triplica a cada
hora. Encontre o número de bactérias após 4 horas,
Como a base é igual a 0,9, a função é
sendo que no instante inicial o número de bactérias
decrescente. Após 3 anos, o valor do carro é igual a:
é igual a 10.000.
38
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1
1% 0,01
100
Vamos agora montar um quadro da
aplicação:
Prazo da
Juros Montante
Aplicação
Hoje $0,00 $10.000,00
OBS:
A parte em que x é negativo não existe $10.000,00 0,01
Após 1 mês $10.100,00
para os dois exemplos mostrados já que a variável = $100,00
x é o tempo e não é possível existir tempo negativo. Após 2 $10.100,00 0,01
$10.201,00
meses = $101,00
Após 3 $10.201,00 0,01
$10.303,01
O VALOR DE “e”
meses = $101,00
Após 4 $10.303,01 0,01
$10.406,04
meses = $103,03
Quando estamos trabalhando com funções
exponenciais, é muito freqüente aparecerem A equação abaixo fornece o valor do
expressões em que a base da função é a letra “e”. montante de uma aplicação financeira:
Essa letra, dada em homenagem ao matemático
Leonard Euler, representa um número irracional
igual a: M C (1 i) n
e 2,7182 ...
Nessa equação, identificamos os seguintes
parâmetros:
MODELOS BASEADOS NA FUNÇÃO
C é o capital aplicado em dinheiro;
EXPONENCIAL i é a taxa unitária na unidade de tempo (diária,
mensal, anual, etc);
Existem muitos problemas que podem ser n é o tempo da aplicação (dia, mês, ano, etc)
modelados por uma função exponencial:
Juros compostos; EXEMPLO
Financiamento;
Diodo semicondutor. Quanto rende de juros uma aplicação de
$10.000,00 a uma taxa de 3% ao mês durante 2
JUROS COMPOSTOS meses ?
39
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J MC Onde:
J $10.609,00 $10.000,00 $609,00
P é o valor da prestação em dinheiro;
VE é o valor emprestado em dinheiro;
FINANCIAMENTO i é a taxa unitária na unidade de tempo (diária,
mensal, anual, etc);
Quando você está interessado em adquirir n é o tempo da aplicação (dia, mês, ano, etc).
um carro ou uma casa, porém não tem possibilidade
de pagar à vista, uma das soluções é pedir um
empréstimo a uma instituição financeira através de EXEMPLO
uma operação conhecida como financiamento.
O financiamento é um plano de pagamento Construir o plano de financiamento de um
baseado no princípio de que o valor de cada carro que custa $10.000,00 a uma taxa de 1% ao
prestação divide-se em duas parcelas: mês (i=0,01) durante 12 meses.
Amortização do valor emprestado: uma parte SOLUÇÃO
de cada prestação deve diminuir (amortizar) o
valor que foi emprestado. Valor da parcelas é calculado da seguinte
Juros sobre o saldo devedor: outra parte da forma:
prestação deve pagar juros sobre a parte do
i (1 i) n
valor emprestado que não foi amortizada (saldo P VE
devedor). (1 i) n 1
A equação do financiamento é dada por:
i (1 i) n 0,01 (1 0,01)12
P VE P 10.000,00
(1 i) n 1 (1 0,01)12 1
P $888,49
PLANO DE FINANCIAMENTO
Tempo Juros Dívida Parcela Amortização Saldo Devedor
(meses) (J=SDi) (D) (P) (A=P-J) (SD=D-P)
Hoje $10.000,00 $10.000,00
Após 1 mês $100,00 $10.100,00 $888,49 $788,49 $9.211,51
Após 2 meses $92,12 $9.303,63 $888,49 $796,37 $8.415,14
Após 3 meses $84,15 $8.499,29 $888,49 $804,34 $7.610,80
Após 4 meses $76,11 $7.686,91 $888,49 $812,38 $6.798,42
Após 5 meses $67,98 $6.866,40 $888,49 $820,51 $5.977,91
Após 6 meses $59,78 $6.037,69 $888,49 $828,71 $5.149,20
Após 7 meses $51,49 $5.200,69 $888,49 $837,00 $4.312,20
Após 8 meses $43,12 $4.355,32 $888,49 $845,37 $3.466,83
Após 9 meses $34,67 $3.501,50 $888,49 $853,82 $2.613,01
Após 10 meses $26,13 $2.639,14 $888,49 $862,36 $1.750,65
Após 11 meses $17,51 $1.768,16 $888,49 $870,98 $879,67
Após 12 meses $8,80 $888,49 $888,49 $879,69 $0,00* (dívida paga)
Totais $661,85 $10.661,88 $10.000,00*
* ocorre uma diferença $0,02 por causa do arredondamento nas casas decimais.
40
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900,00
880,00
Valor da Prestação
860,00
840,00
820,00
800,00
780,00
760,00
740,00
720,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
A parte cinza é a contribuição dos juros e a parte preta é a contribuição da amortização no valor da
parcela. Desta forma, concluímos que a amortização deve crescer com o tempo e o valor dos juros deve
decrescer com o tempo.
Componentes:
(DIODO)
Exercícios
1. Classifique as funções em crescente e
decrescente e esboce seus gráficos:
x
1
a) y
2
x
b) y e
(LED)
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C C 0 e kt EXEMPLO
Onde:
C0 é a concentração inicial da droga.
t é o tempo decorrido desde que a droga foi
introduzida no corpo.
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Considere o seguinte exemplo:
Se o capital dobra a cada ano de aplicação,
então quantos anos são necessários para o montante
ser 8 vezes o valor do capital?
Já sabemos que a relação de dependência
entre o montante e o número de anos é dada por
uma função exponencial de base igual a 2. Nosso
objetivo agora é descobrir o valor do expoente que
produz o montante conhecido, ou seja:
C 2t C 8 LOGARITMOS ESPECIAIS
2 t 23
t 3 anos Existem dois logaritmos especiais na
matemática o logaritmo decimal e o logaritmo
Representamos (e resumimos!) toda essa natural, também chamado de logaritmo neperiano
situação por: em homenagem ao matemático John Napier.
O logaritmo decimal é aquele cuja base é
t log2 8 3
10. Sempre que nos referirmos a esse logaritmo,
não é obrigatório informar o número 10, ou seja:
log10 2 log 2
42
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EXEMPLO
2log 2 3 3
43
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Jornal do Dia
Páginas Policiais
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SOLUÇÃO
Exercícios
A primeira atitude sua como bom perito foi
medir a temperatura do corpo imediatamente 1. Encontre, se for possível, o valor dos seguintes
quando chegou ao local do crime (23:00h). logaritmos:
Suponha que você tenha encontrado 34,8oC. Uma a) log10 100
hora mais tarde, você mediu novamente a
temperatura e descobriu que o corpo estava a b) log 1 2
34,1oC. 2
O quarto estava a 20oC e o corpo humano
quando está vivo possui temperatura de 36,5 oC.
c) log10 1
Com esses dados você pode calcular a hora em que d) log 1 16
ocorreu o crime. 2
O primeiro objetivo é encontrar o valor do
parâmetro k de posse da seguinte equação: e) log 9 3
1 T f) log 5 5
k ln
t T0 g) log1 2
Com: h) log 2 2
T (34,1 20) 14,1o C
2. Outra aplicação prática da função logarítmica
T0 (34,8 20) 14,8o C é a determinação da concentração segura de um
t 1h fármaco na corrente sanguínea. O problema
matemático se resume a encontrar qual é o
Então, usando uma calculadora, obtemos: tempo mínimo de aplicação da próxima dose
sabendo-se que a concentração não pode atingir
14,1
k 1 ln 0,04845 / h um determinado valor que é prejudicial à saúde
14,8 do paciente.
Considere que a concentração do fármaco na
O que significa que o corpo se resfria a corrente sanguínea reduz-se à metade a cada
uma taxa de aproximadamente 4,85% por cada hora hora. Sabendo-se que a concentração inicial do
a partir do momento do crime. fármaco é 6,4mg/ml e que uma concentração
Agora, podemos descobrir quanto tempo de 10mg/ml pode levar o paciente a entrar em
se passou desde a hora do assassinato conforme a estado de coma, calcule o intervalo mínimo
equação: entre duas doses de forma que o paciente não
seja prejudicado.
1 T
t ln
k T0
Com: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
T (34,8 20) 14,8o C A nossa vida está repleta de casos que
T0 (36,5 20) 16,5 C o envolvem a repetição de um acontecimento no
tempo, tais como: o período do ano em que mais
k 0,04845 / h chove ou faz sol na cidade, de quanto em quanto
tempo ocorre uma recessão no país ou a hora em
Substituindo esses valores na equação: que vamos dormir todo dia. Chamamos de rotina a
1 14,8 esse tipo de situação.
t ln 2,244 h 2h Matematicamente, denomina-se periódico
0,04845 16,5 um evento que se repete ao longo do tempo (ou
15min outra variável independente conforme a situação).
Tais eventos podem ser descritos por uma função
A hora aproximada do assassinato foi trigonométrica.
20:45h (23:00h 2:15h) As funções trigonométricas mais
importantes são as funções seno e cosseno. A partir
45
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delas são construídas as funções tangente, Um ângulo positivo deve ser medido no
cotangente, secante e cossecante. sentido anti-horário e um ângulo negativo deve
ser medido no sentido horário.
UM POUCO DE GEOMETRIA – O CICLO
TRIGONOMÉTRICO ÂNGULOS NO CICLO TRIGONOMÉTRICO
A forma mais simples de enxergar as
O ciclo trigonométrico é dividido em 4
funções trigonométricas principais é através do
partes (ou quadrantes) de 90o. O primeiro quadrante
ciclo trigonométrico:
começa no ângulo 0o e vai até 90o (sobre o eixo
vertical). O segundo quadrante começa do ângulo
de 90o e vai até 180o (sobre o eixo horizontal). O
terceiro quadrante começa do ângulo de 180o e vai
até 270o (sobre o eixo vertical). O quarto quadrante
começa do ângulo de 270o e vai até o ângulo de
360o (sobre eixo horizontal e coincidente com o
ângulo de 0o):
Sentido
anti-horário
Cosseno do ângulo
46
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SOLUÇÃO
30 o
a) R
180 o 6
45 o
b) R o
180 4
60 o
c) R o
180 3
C 2 R
Ao reorganizarmos essa fórmula, teremos:
C
2
R
Então:
G 180 R
R ou G
180
EXEMPLO
47
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da linha cinza diminui até chegar em 0 quando o A função seno é representada da seguinte
ângulo =180o ( rad). maneira:
48
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EXEMPLO
1
Exercícios Quanto vale y arcsen
2
?
SOLUÇÃO
1. Prove as seguintes relações:
a) cos(a b) sena senb cosa cosb 1
Interpretando y como o ângulo cujo seno é ,
b) sen(a b) sena cosb senb cosa 2
Dica: então, y é igual a (=30o).
Comece pela relação trigonométrica fundamental: 6
sen2 (a b) cos2 (a b) 1
GRÁFICOS DAS FUNÇÕES
c) sen(a b) sena cosb senb cosa TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS
d) sen2x 2 senx cosx
Os gráficos do arco-seno e do arco-
e) cos2x 2 cos x 1
2
cosseno são obtidos descobrindo-se os valores de y
quando x varia de –1 a +1.
f) cos2x 1 sen x
2
tga tgb
g) tg(a b)
1 tga tgb 1.5
y arcsen(x)
1
Dica:
0.5
Você deve partir da relação:
-1 -0.5 0.5 1
sen( a b)
tg(a b) -0.5
cos( a b) -1
-1.5
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
INVERSAS
Considere a seguinte questão:
50
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x 2 , se x 2
y
6, se x 2
3
SOLUÇÃO
2.5
2
y arccos(x) Fazendo da mesma forma que no exemplo
anterior:
1.5
0.5
-1 -0.5 0.5 1
y y, se y 0
- x, se x 0 y
- y, se y 0
SOLUÇÃO A finalidade da função modular é
transformar qualquer valor negativo de y em
Esse gráfico deve ser construído por positivo. Todas as funções estudadas anteriormente
partes. Enquanto x for positivo, y é dado pela podem ser convertidas em funções modulares,
primeira função. Já quando x for negativo, y é dado bastando para isso refletir a parte negativa de y para
pela segunda função. a parte positiva.
EXEMPLO
Portanto, o gráfico é dado por:
Construir o gráfico da função y x .
SOLUÇÃO
EXEMPLO
51
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4
VENTRADA(t)
2
-4 -2 2 4
-2
-4
5 VSAÍDA(t)
-4 -2 2 4
52
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EXEMPLO
Construir os gráficos
das funções
f (x) sen(x) e g(x) sen(2x) .
SOLUÇÃO
EXEMPLO
SOLUÇÃO
EXEMPLO
SOLUÇÃO
53
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EXEMPLO
g(x)=sen(x)+2
SOLUÇÃO
g(x) f (x k)
EXEMPLO
2
g(x)=-x Construir os gráficos das funções
f (x) x 2 e g(x) (x 5) 2 .
DESLOCANDO O GRÁFICO DA FUNÇÃO SOLUÇÃO
Uma função também pode ser deslocada Conforme a regra, a função g(x) é igual a
nas direções horizontal e vertical. As alterações na f(x) deslocada cinco unidades para a direita:
direção vertical são feitas através da seguinte
operação: Podemos observar que g(x) é igual a f(x)
g(x) f (x) k deslocada 5 unidades para a direita e que, por outro
lado, f(x) é igual a g(x) deslocada cinco unidades
Para k>0, a função g(x) é igual a f(x) para a esquerda.
deslocada k unidades para cima;
Para k<0, a função g(x) é igual a f(x)
deslocada k unidades para baixo.
EXEMPLO
2 2
Construir os gráficos das funções f(x)=x g(x)=(x-5)
f (x) sen(x) e g(x) sen(x) 2 .
SOLUÇÃO
FUNÇÃO COMPOSTA
Conforme a regra, a função g(x) é igual a
f(x) deslocada duas unidades para cima: A função composta é o resultado da
substituição de uma função g(x) no lugar da
É interessante observar que g(x) é igual a variável independente de uma outra função f(x).
f(x) deslocada para cima e que, por outro lado, f(x) Representamos essa situação por:
é igual a g(x) deslocada para baixo.
54
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f g f (g(x))
EXEMPLO
SOLUÇÃO
f (g(x)) [g(x)]2 (x 2) 2 x 2 4x 4
f g f (g(x)) x 2 4x 4
55
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MATHEMATICA®
O Mathematica é um software matemático com funções internas
que auxiliam as mais diversas tarefas em que o cálculo necessita ser
simplificado.
Atualmente, é um dos softwares mais utilizados tanto na área
Matemática como na Física, Computação, Engenharia, Biologia, etc.
O AMBIENTE DO MATHEMATICA
O ambiente do Mathematica é composto por uma janela de edição (em branco), onde os comandos são
digitados e executados. Possui ainda uma barra de menu e uma barra de comandos com as operações
matemáticas mais comuns.
56
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EXECUTANDO UM COMANDO
Para executarmos um comando no Mathematica basta clicar na área de edição e começar a digitar o
código. Em seguida, devemos pressionar a combinação de teclas: Shift e Enter.
Todo comando digitado e executado recebe uma numeração de ordem de execução especificada entre
colchetes após a palavra In.
EXEMPLO
Digite o comando:
Plot[x^2,{x,-2,2}]
Após pressionar Shift + Enter, aparecerá na janela de edição:
In[1]:=Plot[x^2,{x,-2,2}]
O símbolo In significa que é um comando de entrada e [1] é a sua ordem na execução, ou seja, In[1] é o
primeiro comando de entrada executado.
O resultado da execução é precedido do símbolo Out[1] que significa resultado da execução do primeiro
comando. Se o comando for executado corretamente, a janela de edição se parecerá exatamente com a figura
abaixo:
57
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OBS.:
É importante observar que todos os comandos começam com letra maiúscula e
os seus argumentos são fechados por colchetes.
58
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REUSANDO RESULTADOS
Os resultados de uma execução podem ser reaproveitados de forma que o seu comando possa ficar mais
compacto.
OBS.:
Cuidado com a reutilização de comandos, principalmente com o comando %n.
Tenha certeza que Out[n] é o resultado que você deseja utilizar.
EXEMPLO Expand[expressão]
Esse comando expande a expressão entre
Digite e execute o comando: colchetes.
(Sin[x])^2 EXEMPLO
1+2x+x2
COMPUTAÇÃO SIMBÓLICA
Simplify[expressão]
Esse comando simplifica ao máximo a
O Mathematica consegue fatorar, expandir
expressão entre colchetes.
e operar uma equação algébrica das mais diversas
formas. Essa facilidade é conhecida como
computação simbólica. EXEMPLO
4*x2-x Together[expressão]
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Apart[expressão] EXEMPLO
Esse comando separa a expressão em vários Digite e execute os comandos:
termos com denominadores simples.
f[ x_ ]:=x2-5x+6
EXEMPLO f[2]
Apart[(-1+2*x)/(x*(-1+x))] 0
EXEMPLO
PLOTANDO FUNÇÕES
Cos[x]2-Sin[x]2 EXEMPLO
2
Solve[x -5x+6= = 0,x]
0.5 1 1.5 2 2.5 3
60
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-3 -2 -1 1 2 3
-2
ANÁLISE COMBINATÓRIA
Introdução Análise Combinatória Combinações simples
Arranjos Arranjos c/ repetição
Permutações Permutações c/ repetição
Combinações Combinações c/ repetição
Regras gerais Combinatória Propr. das combinações
Arranjos simples Número binomial
Permutações simples Teorema binomial
61
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repetidos em cada grupo. Todos os agrupamentos x2, m3 iguais a x3, ... , mn iguais a xn, de modo que
estão no conjunto: m1+m2+m3+...+mn=m.
Ar={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC, Fórmula: Se m=m1+m2+m3+...+mn, então
CD,DA,DB,DC,DD} Pr(m)=C(m,m1).C(m-m1,m2).C(m-m1-m2,m3) ... C(mn,mn)
Arranjo condicional: Todos os elementos Anagrama: Um anagrama é uma (outra) palavra
aparecem em cada grupo de p elementos, mas construída com as mesmas letras da palavra original
existe uma condição que deve ser satisfeita acerca trocadas de posição.
de alguns elementos.
Cálculo para o exemplo: m1=4, m2=2, m3=1, m4=1
Fórmula: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1) e m=6, logo: Pr(6)=C(6,4).C(6-4,2).C(6-4-
Cálculo para o exemplo: N=A(3,2).A(7-3,4- 1,1)=C(6,4).C(2,2).C(1,1)=15.
2)=A(3,2).A(4,2)=6×12=72. Exemplo: Quantos anagramas podemos formar
Exemplo: Quantos arranjos com 4 elementos do com as 6 letras da palavra ARARAT. A letra A
conjunto {A,B,C,D,E,F,G}, começam com duas ocorre 3 vezes, a letra R ocorre 2 vezes e a letra T
letras escolhidas no subconjunto {A,B,C}? ocorre 1 vez. As permutações com repetição desses
3 elementos do conjunto C={A,R,T} em
Aqui temos um total de m=7 letras, a taxa é p=4, o agrupamentos de 6 elementos são 15 grupos que
subconjunto escolhido tem m1=3 elementos e a taxa contêm a repetição de todos os elementos de C
que este subconjunto será formado é p1=2. Com as aparecendo também na ordem trocada. Todos os
letras A,B e C, tomadas 2 a 2, temos 6 grupos que agrupamentos estão no conjunto:
estão no conjunto:
Pr={AAARRT,AAATRR,AAARTR,AARRTA,AART
PABC = {AB,BA,AC,CA,BC,CB} TA,AATRRA,AARRTA,ARAART,ARARAT,ARAR
TA,ARAATR,ARAART,ARAATR,ATAARA,ATAR
Com as letras D,E,F e G tomadas 2 a 2, temos 12
AR}
grupos que estão no conjunto:
Permutação circular: Situação que ocorre quando
PDEFG = {DE,DF,DG,ED,EF,EG,FD,FE,FG,GD,GE,GF}
temos grupos com m elementos distintos formando
Usando a regra do produto, teremos 72 uma circunferência de círculo.
possibilidades obtidas pela junção de um elemento
Fórmula: Pc(m)=(m-1)!
do conjunto PABC com um elemento do conjunto
PDEFG. Um típico arranjo para esta situação é Cálculo para o exemplo: P(4)=3!=6
CAFG.
Exemplo: Seja um conjunto com 4 pessoas
K={A,B,C,D}. De quantos modos distintos estas
pessoas poderão sentar-se junto a uma mesa
circular (pode ser retangular) para realizar o jantar
PERMUTAÇÕES sem que haja repetição das posições?
Se considerássemos todas as permutações simples
Quando formamos agrupamentos com m elementos, possíveis com estas 4 pessoas, teriamos 24 grupos,
de forma que os m elementos sejam distintos entre apresentados no conjunto:
sí pela ordem. As permutações podem ser simples,
com repetição ou circulares. Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB,
BACD,BADC,BCAD,BCDA,BDAC,BDCA,CAB
Permutação simples: São agrupamentos com D,CADB,CBAD,CBDA,CDAB,CDBA,DABC,D
todos os m elementos distintos. ACB,DBAC,DBCA,DCAB,DCBA}
Fórmula: Ps(m) = m!. Acontece que junto a uma mesa "circular" temos
que:
Cálculo para o exemplo: Ps(3) = 3!=6.
ABCD=BCDA=CDAB=DABC
Exemplo: Seja C={A,B,C} e m=3. As permutações
ABDC=BDCA=DCAB=CABD
simples desses 3 elementos são 6 agrupamentos que
ACBD=CBDA=BDAC=DACB
não podem ter a repetição de qualquer elemento em
ACDB=CDBA=DBAC=BACD
cada grupo mas podem aparecer na ordem trocada.
ADBC=DBCA=BCAD=CADB
Todos os agrupamentos estão no conjunto:
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Ps={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA}
Existem somente 6 grupos distintos, dados por:
Permutação com repetição: Dentre os m
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB}
elementos do conjunto C={x1,x2,x3,...,xn}, faremos
a suposição que existem m1 iguais a x1, m2 iguais a
COMBINAÇÕES
62
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Quando formamos agrupamentos com p elementos, Regra do Produto: A regra do produto diz que se
(p<m) de forma que os p elementos sejam distintos um elemento H pode ser escolhido de m formas
entre sí apenas pela espécie. diferentes e se depois de cada uma dessas escolhas,
um outro elemento M pode ser escolhido de n
Combinação simples: Não ocorre a repetição de
formas diferentes, a escolha do par (H,M) nesta
qualquer elemento em cada grupo de p elementos.
ordem poderá ser realizada de m.n formas.
Fórmula: C(m,p) = m!/[(m-p)! p!]
Exemplo: Consideremos duas retas paralelas ou
Cálculo para o exemplo: C(4,2)=4!/[2!2!]=24/4=6 concorrentes sem que os pontos sob análise estejam
em ambas, sendo que a primeira r contem m pontos
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. As distintos marcados por r1, r2, r3, ..., rm e a segunda s
combinações simples desses 4 elementos tomados 2
contem n outros pontos distintos marcados por s1,
a 2 são 6 grupos que não podem ter a repetição de
s2, s3, ..., sn. De quantas maneiras podemos traçar
qualquer elemento nem podem aparecer na ordem
segmentos de retas com uma extremidade numa
trocada. Todos os agrupamentos estão no conjunto:
reta e a outra extremidade na outra reta?
Cs={AB,AC,AD,BC,BD,CD}
Combinação com repetição: Todos os elementos
podem aparecer repetidos em cada grupo até p
vezes.
Fórmula: Cr(m,p)=C(m+p-1,p)
Cálculo para o exemplo: Cr(4,2)=C(4+2-
1,2)=C(5,2)=5!/[2!3!]=10
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. As
combinações com repetição desses 4 elementos
tomados 2 a 2 são 10 grupos que têm todas as
repetições possíveis de elementos em grupos de 2 É fácil ver isto ligando r1 a todos os pontos de s e
elementos não podendo aparecer o mesmo grupo assim teremos n segmentos, depois ligando r2 a
com a ordem trocada. De um modo geral neste todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, e
caso, todos os agrupamentos com 2 elementos continuamos até o último ponto para obter também
formam um conjunto com 16 elementos: n segmentos. Como existem m pontos em r e n
pontos em s, teremos m.n segmentos possíveis.
Cr={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,
CD,DA,DB,DC,DD}
mas para obter as combinações com repetição,
deveremos excluir deste conjunto os 6 grupos que
já apareceram antes, pois AB=BA, AC=CA, NÚMERO DE ARRANJOS SIMPLES
AD=DA, BC=CB, BD=DB e CD=DC, assim as
combinações com repetição dos elementos de C Seja C um conjunto com m elementos. De quantas
tomados 2 a 2, são: maneiras diferentes poderemos escolher p
elementos (p<m) deste conjunto? Cada uma dessas
Cr={AA,AB,AC,AD,BB,BC,BD,CC,CD,DD}
escolhas será chamada um arranjo de m elementos
tomados p a p. Construiremos uma sequência com
REGRAS GERAIS SOBRE A ANÁLISE os m elementos de C.
COMBINATÓRIA c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
Problemas de Análise Combinatória normalmente Cada vez que um elemento for retirado,
são muito difíceis mas eles podem ser resolvidos indicaremos esta operação com a mudança da cor
através de duas regras básicas: a regra da soma e a do elemento para a cor vermelha.
regra do produto. Para escolher o primeiro elemento do conjunto C
Regra da soma: A regra da soma nos diz que se que possui m elementos, temos m possibilidades.
um elemento pode ser escolhido de m formas e um Vamos supor que a escolha tenha caído sobre o m-
outro elemento pode ser escolhido de n formas, ésimo elemento de C.
então a escolha de um ou outro elemento se
c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
realizará de m+n formas, desde que tais escolhas
sejam independentes, isto é, nenhuma das escolhas Para escolher o segundo elemento, devemos
de um elemento pode coincidir com uma escolha do observar o que sobrou no conjunto e constatamos
outro. que agora existem apenas m-1 elementos.
Suponhamos que tenha sido retirado o último
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2 m-1 1 m
3 m-2 2 m-1
p m-p+1 p m-p+1
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Este símbolo de exclamação posto junto ao número Isto significa que dentre todos os A(m,p) arranjos
m é lido como: fatorial de m, onde m é um número com p elementos, existem p! desses arranjos com os
natural. mesmos elementos, assim, para obter a
combinação de m elementos tomados p a p,
Embora zero não seja um número natural no
deveremos dividir o número A(m,p) por m! para
sentido que tenha tido origem nas coisas da
obter apenas o número de arranjos que contem
natureza, procura-se dar sentido para a definição de
conjuntos distintos, ou seja:
fatorial de m de uma forma mais ampla, incluindo
m=0 e para isto podemos escrever: C(m,p) = A(m,p) / p!
0!=1 Como
Em contextos mais avançados, existe a função A(m,p) = m.(m-1).(m-2)...(m-p+1)
gama que generaliza o conceito de fatorial de um
então:
número real, excluindo os inteiros negativos e com
estas informações pode-se demonstrar que 0!=1. C(m,p) = [ m.(m-1).(m-2). ... .(m-p+1)] / p!
O fatorial de um número inteiro não negativo pode que pode ser reescrito
ser definido de uma forma recursiva através da
função P=P(m) ou com o uso do sinal de C(m,p)=[m.(m-1).(m-2)...(m-p+1)]/[(1.2.3.4....(p-
1)p]
exclamação:
Multiplicando o numerador e o denominador desta
(m+1)! = (m+1).m!, 0! = 1
fração por
Exemplo: De quantos modos podemos colocar
juntos 3 livros A, B e C diferentes em uma estante? (m-p)(m-p-1)(m-p-2)...3.2.1
O número de arranjos é P(3)=6 e o conjunto que é o mesmo que multiplicar por (m-p)!, o
solução é: numerador da fração ficará:
P={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA} m.(m-1).(m-2).....(m-p+1)(m-p)(m-p-1)...3.2.1=m!
Exemplo: Quantos anagramas são possíveis com as e o denominador ficará:
letras da palavra AMOR? O número de arranjos é
P(4)=24 e o conjunto solução é: p! (m-p)!
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BINÔMIO DE NEWTON
ordem “n” e em cada coluna os termos de ordem
O binômio do tipo ( x + a )n , onde x IR, a “p”.
IR e n IN , é conhecido como binômio de
Newton. 1.
0
0
Para o desenvolvimento do binômio de Newton
1. 1
1
0
1
0
usaremos os números binomiais.
2 2 2
1. 2 1 0 1 2
NÚMEROS BINOMIAIS 1331
3
0
3
1
3
2
3
3
chama-se número binomial n sobre p , indicado
5 5 5 5 5 5
por n , ao número definido por: 1 5 10 10 5 1 0 1 2 3 4 5
p
6 6 6 6 6 6 6
1 6 15 20 15 6 1 0 1 2 3 4 5 6
n n!
= Observar que :
p p!( n p )! 1º) Cada linha começa e termina por .
2º) Adicionando dois elementos consecutivos de
TRIÂNGULO DE PASCAL uma linha obtemos o elemento situado abaixo
do segundo elemento somado.
Os números binomiais podem ser dispostos em
linhas e colunas, numa disposição triangular, de DESENVOLVIMENTO DO BINÔMIO DE
modo que em cada linha fiquem os termos de
NEWTON
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4 5
9
T5 = (3x)9-4 . 24 → T5 = 9! (3x)5 . 16 =
4 4!.5!
489.888 x5
68
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PONTOS E RETAS
INTRODUÇÃO
Fazendo corresponder a dois pontos, A e Observe o plano cartesiano nos quadros quadrantes:
B, do eixo x os números reais xA e xB , temos:
PLANO CARTESIANO
A geometria analítica teve como principal
idealizador o filósofo francês René Descartes (
1596-1650). Com o auxílio de um sistema de eixos
associados a um plano, ele faz corresponder a cada EXEMPLOS
ponto do plano um par ordenado e vice-versa.
Quando os eixos desse sistemas são A(2, 4) pertence ao 1º quadrante
perpendiculares na origem, essa correspondência (xA > 0 e yA > 0)
determina um sistema cartesiano ortogonal ( ou
plano cartesiano). Assim, há uma reciprocidade B(-3, -5) pertence ao 3º quadrante
entre o estudo da geometria ( ponto, reta, ( xB < 0 e yB < 0)
circunferência) e da Álgebra ( relações, equações
etc.), podendo-se representar graficamente relações Observação: Por convenção, os pontos localizados
sobre os eixos não estão em nenhum quadrante.
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se P = A, então rp =0
se P = B, então não existe rp (PB = 0)
se P é o ponto médio de , então rp =1
Assim:
CÁLCULO DAS COORDENADAS DO
x XB BARICENTRO
XP – XA = XB – XP 2XP = XA + XB A
2
(média aritmética de XA e XB) Sendo A(XA, YA), B(XB, YB) e C(XC, YC)
vértices de um triângulo, se N é ponto médio de
YP –YA =YB –YP 2YP = YA + YB YP , temos:
Y YB
= A (média aritmética de YA e YB)
2
Logo, as coordenadas do ponto médio são dadas
por:
BARICENTRO DE UM TRIÂNGULO
Observe o triângulo da figura a seguir, em
que M, N e P são os pontos médios dos lados
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CONDIÇÕES DE ALINHAMENTO
DE TRÊS PONTOS
Se três pontos, A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC,
yC), estão alinhados, então:
Pela figura, verificamos que os triângulos
ABD e BCE são semelhantes. Então:
Como:
yA = yB = yC
então .
e o determinante é nulo, pois a 2ª e a 3ª coluna são
proporcionais. Observação: A recíproca da afirmação demonstrada
EQUAÇÃO GERAL
Podemos estabelecer a equação geral de
Neste caso, as abscissas são iguais: uma reta a partir da condição de alinhamento de
três pontos.
xA = xB = xC Dada uma reta r, sendo A(xA, yA) e B(xB,
yB) pontos conhecidos e distintos de r e P(x,y) um
ponto genérico, também de r, estando A, B e P
alinhados, podemos escrever:
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Fazendo yA - yB = a, xB - xA = b e xAyB -
xByA=c, como a e b não são simultaneamente nulos
Dividindo essa equação por pq ,
, temos: temos:
ax + by + c = 0
(equação geral da reta r)
-3 - (-1) + 2 = 0 -3 + 1 + 2 = 0
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Fazendo , vem:
y = mx + q
COEFICIENTE ANGULAR
Chamamos de coeficiente angular da reta r
o número real m tal que:
74
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,
temos:
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CONCORRÊNCIA
Dadas as retas r: a1x +b1y + c1 = 0 e s: a2x
+ b2y + c2 = 0, elas serão concorrentes se tiverem
coeficientes angulares diferentes:
76
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Vejamos um exemplo:
Se r: 3x + 2y - 7 = 0 e s: 2x - 3y + 1 = 0,
então suas bissetrizes são:
Assim:
BISSETRIZES
Dadas as retas concorrentes r: a1x + b1y + c1 = 0 e
s: a2x + b2y + c2 = 0, o que se interceptam em um
ponto Q, se P(x, y) é um ponto qualquer de uma
das bissetrizes, P Q, então P equidista de r e s:
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NÚMEROS COMPLEXOS
A UNIDADE IMAGINÁRIA RESOLUÇÃO DE ALGUMAS EQUAÇÕES
No século XVI o matemático italiano A partir da criação da unidade imaginária
Girolamo Cardano, com o auxílio de seu i, vamos resolver algumas equações cuja solução
compatriota Tartáglia, descobriu uma fórmula para era impossível no conjunto universo dos número
resolver equações cúbicas do tipo x3 + px = q. reais.
A fórmula era:
1a) Resolver a equação: x2 + 9 = 0
Resolução
De posse dessa fórmula, Rafael Bombelli, Como essa é uma equação de segundo
matemático italiano e da mesma época de Tartáglia grau incompleta, não há necessidade de
e Cardano, ao resolver a equação: utilizarmos a fórmula de Bhaskara.
x3 – 15x = 4
x2 + 9 = 0 x2 = – 9 x2 = 9 · (–1)
Assim: x = 3 + 2i ou x = 3 – 2i
Portanto, o valor encontrado com o uso da
fórmula passava a ser:
S = {3 + 2i, 3 – 2i }
O CONJUNTO DOS
Um valor coerente com as expectativas. NÚMEROS COMPLEXOS
A partir desse momento, começou-se a
Com a criação da unidade imaginária i,
trabalhar com raízes quadradas de números
surgiu um novo conjunto numérico C, o conjunto
negativos e, mais tarde, já no século XVIII, o
dos números complexos, que engloba o conjunto R
matemático suíço Leonhard Euler passou a
dos números reais.
representar 1 por i, convenção que utilizamos
até os dias atuais. Assim, por meio de um diagrama Euler-
Venn, temos:
Assim: 1 i que passamos a denominar
unidade imaginária. Normalmente utilizamos a
igualdade:
78
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Definições
Resolvendo o sistema, temos:
Chamamos de número complexo na
forma algébrica, todo número na forma a + bi, em
que a e b são números reais e i é unidade
imaginária (i2 = –1).
Da mesma forma que, quando nos
referimos a um número natural, usamos a letra n
para representá-lo, a letra z será usada para Substituindo a = 1 na equação –a + b = 3, temos:
representarmos um número complexo.
Assim, no número complexo z = a + bi, –1 + b = 3 b=4
dizemos que a é a parte real de z, e bi é a parte
imaginária de z. Assim: a = 1 e b = 4
Representamos:
a = Re(z) OPERAÇÕES COM NÚMEROS
COMPLEXOS
b = Im(z)
Em particular, temos:
ADIÇÃO
1o) Se Im(z) = 0, dizemos que z é um número
real. Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c +
di, com a, b, c e d reais, a soma z1 + z2 será um
EXEMPLO complexo tal que:
– 5 = – 5 + 0i ; 2 2 0i
2i = 0 + 2i ; 3i 0 3i Resolução
z1 + z2 = (– 3 + 4i) + (2 – i) = (– 3 + 2) + (4 – 1)i
EXEMPLO
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Demonstração
De fato, usando a propriedade
distributiva, temos: Sendo z = a + bi e = a – bi (a R e b R) temos:
Como i2 = – 1, temos:
Como a e b são reais, z · R.
(a + bi) · (c + di) = ac + adi + bci – bd
Resolução
EXEMPLO
z1 · z2 = (3 + 2i) · (2 + 4i)
z1 · z2 = 3 · 2 + 3 · 4i + 2i · 2 + 2i · 4i Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i.
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i + 8i2
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i – 8 Resolução
z1 · z2 = – 2 + 16i
Devemos encontrar um número complexo z3 = a +
Observação – As propriedades da adição, subtra- z1
ção e multiplicação válidas para os números reais bi tal que z 3 . Assim,
continuam válidas para os números complexos. z2
2 3i
= a + bi
CONJUGADO DE UM NÚMERO 1 2i
COMPLEXO 2 – 3i = (a + bi) · (1 + 2i)
2 – 3i = a + 2ai + bi + 2bi2
Chamamos de conjugado do número 2 – 3i = a + 2ai + bi – 2b
complexo 2 – 3i = (a – 2b) + (2a + b)i
z = a + bi, com a e b reais,
o número complexo
= a – bi.
EXEMPLOS
80
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POTÊNCIAS DE I
Assim: Calculemos algumas potências de i com
expoente natural:
i0 = 1
i1 = i
i2 = – 1
Então i3 = i2 · i = (– 1) · i = – i
i4 = i2 · i2 = (– 1) · (– 1) = 1
i5 = i4 · i = 1 · i = i
i6 = i4 · i2 = 1 · (– 1) = – 1
i7 = i4 · i3 = 1 · (– i) = – i
z .
i4n + 3 = i4n · i3 = 1 · (– i) = – i
conjugado do denominador 2
Esta conclusão sugere-nos o seguinte:
Assim, temos:
Propriedade
Demonstração
Assim:
Assim:
EXEMPLO
im = 1q · ir
Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i
Observação
Resolução Notamos que r {0, 1, 2, 3}, então, com m N, a
potência im é sempre igual a i0 ou i1 ou i2 ou i3, ou
seja, 1, i, – 1, – i, respectivamente.
EXEMPLOS
Resolução
81
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Resolução
Exercícios Resolvidos
1. Resolva a equação: x4 – 1 = 0 a) k = t = – 2 d) k = 2 e t = – 2
Resolução b) k = t = 2 e) k + t = 1
x4 – 1 = 0 (x2 + 1) (x2 – 1) = 0 c) k = –2 e t = 2
x2 + 1 = 0 x2 = – 1 x2 = i2 x= i Resolução
ou Se (1 – i) é raiz, temos:
x2 – 1 = 0 x2 = 1 x= 1 (1 – i)2 + k(1 – i) + t = 0
S = { + i, + 1, – 1, – i} 1 – 2i – 1 + k – ki + t = 0
(k + t) + (–2 – k)i = 0 + 0i
2. Resolva a equação: x2 – 2x + 10 = 0
Resolução
Logo:
= (–2)2 – 4 · 1 · 10 = – 36
5. (UCMG-MG) O número complexo z, tal que
5z + = 12 + 16i, é igual a:
a) – 2 + 2i d) 2 + 4i
b) 2 – 3i e) 3 + i
c) 1 + 2i
x=1 3i
Resolução
S = {1 – 3i, 1 + 3i}
Fazendo z = a + bi e = a – bi, temos:
5z + = 12 + 16i
3. Se Z = 4 + 2i e W = 3 – 5i, então, calcular: 5(a + bi) + a – bi = 12 + 16i
a) Z + W
b) Z – W 5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i
c) Z · W
Resolução
Z + W = (4 + 2 i ) + (3 – 5 i ) = 4 + 2 i + 3 –
5i=7–3i Logo: z = 2 + 4i
Z – W = (4 + 2 i) – (3 – 5 i) = 4 + 2 i –3 + 5 i
=1+7i 6. Determine o inverso do número complexo z =
3 – 2i.
Z · W = (4 + 2 i) · (3 – 5 i) = 12 – 20 i + 6 i –
10 i2 = Resolução
12 – 14 i + 10 = 22 – 14 i O inverso de z será z–1, tal que z · z–1 = 1, ou
1 1
seja, z
4. (FCC-BA) O número complexo 1 – i é raiz da z
equação x2 + kx + t = 0 (k, t R ) se, e
Assim:
somente se:
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Resposta:
2 3i
7. Determinar m R para que z seja
2 mi
um imaginário puro.
Resolução
9. Calcular i4n – 2
Resolução
Resposta: – 1
O PLANO DE ARGAND-GAUSS
Sendo O (0, 0) e P ( a, b)
Já sabemos que cada número real pode ser
associado a um ponto de uma reta e que cada ponto
da reta é imagem de um único número real. Para
representarmos geometricamente os números
complexos (entre os quais se encontram todos os Assim:
números reais), utilizaremos um plano. Assim
sendo, considere um plano no qual se fixou um
sistema de coordenadas retangulares.
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Demonstração
EXEMPLOS
Observação
Existem outras propriedades que são válidas para
os números complexos e que serão demonstradas
no próximo módulo.
4 a)
Propriedades
Assim:
ARGUMENTO DE UM
NÚMERO COMPLEXO
Sendo z = a + bi um número complexo
não-nulo e P o afixo de z no plano de Gauss de
origem O, chamamos argumento do número
complexo z a medida do arco com centro em O
tomado a partir do semi-eixo real positivo até a
semi-reta OP no sentido anti-horário.
84
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em que é o módulo de z.
Em particular quando:
EXEMPLOS
z = 2 – 2i.
Resolução
Assim: = 315º
Resolução
Resolução
Resolução
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Resolução
Assim: = 180º
Importante
2o) Escreva na forma trigonométrica z = –2i.
Todos os números complexos com argumento
têm os seus afixos em uma semi-reta de origem O. Resolução
Resolução
FORMA TRIGONOMÉTRICA DE UM
NÚMERO COMPLEXO
Podemos determinar um número complexo de dois
modos:
Assim:
Então:
EXEMPLOS
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Exercícios Resolvidos
1. Sendo z1 = 2 + 3i e z2 = 1 – 2i, verificar a
veracidade das sentenças abaixo.
Resolução
Resolução
a)
b)
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OPERAÇÕES NA FORMA
TRIGONOMÉTRICA
ADIÇÃO
Sejam os números complexos z1 e z2 na forma
trigonométrica:
O módulo de z1 + z2 será:
ou seja:
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
DA ADIÇÃO
Consideremos dois números complexos z 1 e z2, na
forma algébrica:
z1 = a1 + b 1 i
z2 = a 2 + b 2 i
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Assim:
EXEMPLO
EXEMPLOS
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Resolução POTENCIAÇÃO
Sendo z = r (cos + i sen ) e n um número natural
não-nulo, temos:
DIVISÃO
Consideremos os números complexos não-nulos: Assim:
Logo: EXEMPLOS
1 3
1o) Dado i, calcular z6.
2 2
EXEMPLOS
90
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Exercícios Resolvidos
1. Dados os números complexos: 3. Determinar o menor valor de n N*, tal que
n
z = 8 (cos 75° + i sen 75°) e w = 2 (cos 15° + i 2 2 i seja real.
sen 15°), pode-se dizer que:
Resolução
a) zw = 16 d) zw = –16i
z
b) 2 2 3i e) nra
w
z
c) 4 (sen 60º + i cos 60º)
w
Resolução
Resolução
Sabemos que:
Fazendo n = 2, temos:
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Então:
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VETORES
RETA ORIENTADA - EIXO Observações
DIREÇÃO E SENTIDO
Dois segmentos orientados não nulos AB e
CD têm a mesma direção se as retas suportes desses
segmentos são paralelas:
SEGMENTO ORIENTADO
Um segmento orientado é determinado por
um par ordenado de pontos, o primeiro chamado
origem do segmento, o segundo chamado
extremidade.
SEGMENTO NULO
Um segmento nulo é aquele cuja
extremidade coincide com a origem.
SEGMENTOS OPOSTOS
Se AB é um segmento orientado, o
segmento orientado BA é oposto de AB.
MEDIDA DE UM SEGMENTO
ou coincidentes
Fixada uma unidade de comprimento, cada
segmento orientado pode-se associar um número
real, não negativo, que é a medida do segmento em
relação aquela unidade. A medida do segmento
orientado é o seu comprimento ou seu módulo. O
comprimento do segmento AB é indicado por AB .
Assim, o comprimento do segmento AB
representado na figura abaixo é de 5 unidades de
comprimento:
AB = 5 u.c.
Observações
a. Só se pode comparar os sentidos de dois
segmentos orientados se eles têm mesma
direção.
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VETORES IGUAIS
PROPRIEDADES DA EQUIPOLÊNCIA
Dois vetores AB e CD são iguais se, e somente se,
I. AB ~ AB (reflexiva). AB ~ CD.
II. Se AB ~ CD, CD ~ AB (simétrica).
III. Se AB ~ CD e CD ~ EF, AB ~ EF
(transitiva).
VETOR NULO
IV. Dado o segmento orientado AB e um
ponto C, existe um único ponto D tal que Os segmentos nulos, por serem
AB ~ CD. equipolentes entre si, determinam um único vetor,
chamado vetor nulo ou vetor zero, e que é indicado
VETOR por 0.
VETOR UNITÁRIO
Um vetor é unitário se | | = 1.
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VERSOR
SOMA DE VETORES
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w,
por:
v + w = (a+c,b+d)
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III) Elemento neutro: Existe um vetor O=(0,0) Existem dois vetores unitários que formam
em R2 tal que para todo vetor u de R2, se a base canônica para o espaço R2, que são dados
tem: por:
IV) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, Para construir um vetor unitário u que
existe um vetor -v em R2 tal que: tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor
v, basta dividir o vetor v pelo seu módulo, isto é:
v + (-v) = O
DIFERENÇA DE VETORES
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a Observação:
diferença entre v e w, por:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v,
v - w = (a-c,b-d) basta tomar u=cv onde c é um escalar não nulo.
Nesse caso, u e v serão paralelos.
v.w = w.v
v.v = |v| |v| = |v|2
VETOR UNITÁRIO u.(v+w) = u.v + u.w
(kv).w = v.(kw) = k(v.w)
Vetor unitário é o que tem o módulo igual |kv| = |k| |v|
a 1. |u.v| |u| |v| (desigualdade de Schwarz)
|u+v| |u| + |v| (desigualdade triangular)
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VETORES ORTOGONAIS
Dois vetores u e v são ortogonais se:
u.v = 0
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