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COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS

(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 1

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 3.


§1º O Brasil é um país cuja história e cultura foram e seguem sendo uma construção do trabalho de
"três raças": os índios, habitantes originais de todo o território nacional, os pretos trazidos da África e os
brancos vindos de Portugal a partir de 1500.

§2º De acordo com a maioria dos estudiosos do assunto na atualidade, os fragmentos de


"contribuição cultural" de diferentes grupos étnicos não são o mais relevante. Pretender mensurar a
participação do indígena ou do negro brasileiros em uma cultura dominantemente branca e de remota
origem européia, através do seu aporte à culinária, à tecnologia agrícola, ao artesanato, ou à vida ritual do
país, é ocultar, sob o manto da pitoresca aparência, aquilo que é fundamentalmente essencial.

§3º Isto porque em toda a nação que, como o Brasil, resulta do encontro, dos conflitos e das alianças
entre grupos nacionais e étnicos, sempre a principal lição que se pode tirar é o aprendizado da
convivência cotidiana com a diferença, com o direito "do
outro" e com o fraterno respeito pelas minorias quaisquer que sejam. Não é possível esquecermos que
negros e indígenas participaram sempre da vida brasileira com servos e escravos, como sujeitos e povos
espoliados e que, apesar de tudo souberam
lutar e resistir. Sepé Tiaraju, um líder guerreiro indígena, e Zumbi, um guerreiro tornado escravo e que
preferiu morrer guerreiro no seu Quilombo dos Palmares a voltar a ser um escravo, talvez sejam os
melhores exemplos de contribuição dos povos
minoritários à cultura brasileira, do que todos os pequenos produtos que negros e índios acrescentaram a
uma cultura nacional.

(Carlos Rodrigues Brandão. Índios, negros e brancos: a construção do Brasil. In: Correio, Rio de janeiro, Fundação Getúlio
Vargas, ano 15, fevereiro de 1987).

Descritor 01 (Localizar informações explícitas em um texto) –

01. A opção que está de acordo com as idéias expressa pelo texto é
(A) a construção da história e da cultura do Brasil resulta do trabalho de índios, pretos e
brancos.
(B) a influência de índios e negros deu-se especialmente na culinária e no artesanato.
(C) é possível detectar, com relativa facilidade, a participação do indígena ou do negro na
cultura branca de origem européia.
(D) Os conflitos entre os três grupos étnicos nacionais geram uma necessidade de convivência
fraterna entre os indivíduos.

Descritor 2 (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições


ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

02. O vocábulo "originais" (1º parágrafo) pode ser interpretado como:


(A) diferentes.
(B) peculiares.
(C) excêntricos.
(D) exóticos.

03. O vocábulo "mensurar" (2º parágrafo) pode ser interpretado como:


(A) averiguar.
(B) regular.
(C) examinar.
(D) medir.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 2
Leia o texto a seguir e responda as questões de 1 a 3.

TEXTO I

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria
em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar
pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que
eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi
outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que
também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este
livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas).

Descritor 6 (Identificar o tema de um texto).

01. Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que


se trata
(A) de um texto jornalístico.
(B) de um texto religioso.
(C) de um texto científico.
(D) de um texto autobiográfico.

Descritor 1 (Localizar informações explícitas em um texto) -

02. De acordo com o autor-personagem, é menos comum


(A) começar um livro por seu nascimento.
(B) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
(C) começar um livro por sua morte.
(D) não começar um livro por sua morte.

Descritor 4 (Inferir uma informação implícita em um texto) –

03. Deduz-se do texto que o autor-personagem


(A) está morrendo.
(B) já morreu.
(C) não quer morrer.
(D) não vai morrer.

Leia o texto abaixo e responda as questões de 4 a 7.


TEXTO II

Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no


desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram,
eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em
determinados ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém,
ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência
espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem
regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. (Sérgio Buarque de Holanda,
in Raízes)

Descritor 1(Localizar informações explícitas em um texto) -

04. Segundo o autor, os antigos moradores da terra


(A) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.
(B) colaboravam com má vontade na caça e na pesca.
(C) não gostavam de atividades rotineiras.
(D) não colaboraram com a indústria extrativa.

Descritor 2 (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

05. “Trabalho acurado” (l. 6) é o mesmo que:


(A) trabalho apressado.
(B) trabalho aprimorado.
(C) trabalho lento.
(D) trabalho especial.

Descritor 4 (Inferir uma informação implícita em um texto) –

06. Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram


(A) os portugueses.
(B) os negros.
(C) os índios.
(D) tanto os índios quanto os negros.

07. Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito


(a):
(A) disposição.
(B) responsabilidade.
(C) inteligência.
(D) paciência.

Observe a tirinha a seguir e responda as questões de 8 a 9.

Descritor 16 (Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados) –

(D) Na tirinha, há traço de humor em


(A) "Que olhar é esse, Dalila?"
(B) "Olhar de tristeza, mágoa, desilusão..."
(C) "Olhar de apatia, tédio, solidão..."
(D) "Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!"

(E) A atitude de Romeu em relação à Dalila revela


(A) compaixão.
(B) companheirismo.
(C) insensibilidade.
(D) revolta.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 3

01. O questionamento da criança ao pai, na charge acima, mostra que


(A) A criança, por ser muito pequena, é ingênua.
(B) A criança não sabe o que é teto.
(C) Não há diferença social no país.
(D) A curiosidade da criança não tem fundamento.

02. O humor na charge está presente, principalmente


(A) Na pergunta da dona da galinha.
(B) Na pergunta/resposta da vizinha e seu olhar.
(C) No objeto apresentado pela vizinha.
(D) Na expressão fisionômica das personagens.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 4
Leia o texto a seguir, depois responda as questões de 1 a 10.
Casa mal assombrada
Eram duas e meia da manhã quando Levi, Antônio e Arnaldo andavam pelas
calçadas sujas de sua cidade. Estavam vagando a mais três horas sem nada pra fazer,
Levi odiava fazer isso, preferia estar em casa assistindo TV e comendo, mas sempre
acompanhava os amigos porque não gostava de ficar sozinho. Chegaram à antiga
estação de trem da cidade que já desativada havia muitos anos.
“Vamos embora daqui, eu odeio esse lugar” – pediu Levi tentando não parecer
aterrorizado.
“Deixe de ser medroso” – respondeu Arnaldo. “Vamos até a casa abandona da
colina e dar uma olhada, estou precisando de uma aventura.” – completou ele com a voz
excitada.
Antônio riu e começou a andar em direção a casa, os outros dois o seguiram.
Chegaram ao portão de entrada e olharam aquela imensa construção, era linda e
tenebrosa ao mesmo tempo.
Os três jamais viram alguém morando naquele lugar, o dono da propriedade a
trancou a mais de cinqüenta anos e não voltou mais, nunca vendeu ou alugou. Os
moradores da região até evitavam passar perto com medo, diziam que o lugar era
assombrado.
Anos atrás o filho do prefeito daquela cidade estava se casando com uma moça
que morava ali. No dia do casamento, a melhor amiga da noiva a levou para a casa do
prefeito dizendo que queria mostrar-lhe algo. Chegando lá elas sobem até o quarto onde
o noivo dormia e o encontram na cama com outra mulher. Em um momento de
desespero a noiva desce até a cozinha pega uma faca e mata o noivo e a amante.
Momentos depois, ela não conteve a agonia e enfiou a faca em seu coração.
Supostamente os fantasmas dos três ficaram na casa onde diz à lenda que o fantasma da
noiva tortura os outros dois.
Arnaldo foi o primeiro a entrar, pulou o portão e foi em direção a casa. Olhou para
trás e viu os outros dois pulando também e continuou até chegar à porta. Levi ficou
parado no meio do caminho.
“Eu não entro ai, estou sentindo mal, alguma coisa me diz que agente deveria ir
embora.” – disse o rapaz com voz tremula.
Os outros dois não deram importância. Voltaram-se para casa e olharam pela
janela. Eles se espantaram porque podiam ver muito bem o que tinha dentro da casa
somente com a iluminação da lua que entrava pelas janelas. A sala de entrada era
enorme e toda a mobília parecia estar lá, porem coberta com lençóis.
“Opa, a porta da frente esta aberta.” – Disse Antônio já abrindo a porta.
Os dois entraram, o lugar era lindo, descobriram alguns móveis e viram que
estava tudo intacto, parecia que alguém estava cuidando de tudo. Antônio decidiu subir
para o próximo andar e ver se achava algo interessante. Arnaldo foi ver outro cômodo.
Momentos depois Arnaldo escuta Antônio descendo as escadas.
“Vamos embora, Levi esta nos esperando lá fora.” – Gritou Arnaldo para que seu
amigo pudesse escutá-lo.
Antônio não respondeu, Arnaldo se virou para ir até a saída e deu de cara com
alguém, não pode ver quem era porque a luz vinha de trás da pessoa então só via a
silhueta. Uma coisa ele tinha certeza, estava vestida de noiva. Seu corpo congelou então
ele riu tentando disfarçando o susto.
“Muito boa essa Antônio, quase me mata de susto. Vamos embora, já tive muito
pra uma noite, esse lugar esta me dando arrepios.” – disse Arnaldo irritado.
Antônio continuou calado. Arnaldo ficou inquieto olhando o suposto amigo e
começou a andar em sua direção, a silhueta também se movia ao seu encontro. Algo
mudou na visão de Arnaldo, parecia que a silhueta puxou uma faca de lado e ele
começou a ficar preocupado e parou de andar.
“Brincadeira tem limite Antônio.” – gritou ele.
A silhueta também parou de andar, a luz da lua iluminou seu rosto e Arnaldo
gritou. A imagem o aterrorizou e ele se arrependeu de ter entrado na casa. Ali na sua
frente estava o fantasma da noiva, seu rosto podre e olhos vazios não expressavam
sentimento e mesmo assim ele sentiu que ela o ia matar.
“Antônio!” – foi à única coisa que ele conseguiu gritar, pois o terror o mantinha
congelado e sem ar.
Antônio desceu as escadas rapidamente, quando viu a cena correu direto pra porta
gritando. A porta estava trancada, ele a esmurrava, chutava e puxava, mas ela não abria.
Levi estava bem perto, mas parecia que não via ou escutava nada. A noiva não deu
muita atenção a ele e continuava a encarar Arnaldo que por sua vez correu para ajudar o
amigo com a porta.
“Você pensou que iria escapar de mim por toda eternidade querido?” – disse o
fantasma se aproximando dos dois.
A noiva agarrou Arnaldo pelo cabelo e apunhalou no coração. O rapaz ficou
agonizando por um tempo enquanto Antônio fazia sua última oração.
“Some daqui você não tem nada a ver com esse traste.” – disse a noiva enquanto
abria a porta.
“Não, por favor Antônio” – gritou Arnaldo.
Antônio se espantou ao ver o espírito de Arnaldo sendo segurado pela noiva.
Escutou um barulho do outro lado da sala e viu o fantasma de outra mulher que parecia
estar sofrendo muito. Lembrou-se da lenda daquela casa e então entendeu que seu
amigo era a reencarnação o noivo que de alguma maneira teria escapado da tortura
eterna.
Ele correu e levou Levi embora com ele. Contou a história a todos mais ninguém
acreditou. O corpo de Arnaldo nunca foi encontrado pela policia que vasculhou toda a
casa e os arredores. Antônio foi internado em um hospício alguns meses depois, dizia
estar sendo assombrado pelos três fantasmas. E quanto a casa, continua lá, sozinha e
sombria, talvez esperando sua visita...

(Gênero textual - História de Terror. Terça-feira, 18 de agosto de 2009. Posted by Paulo Garcia)

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

01. Segundo Paulo Garcia, a história do texto se dar


(A) em volta de uma casa.
(B) ao redor da cidade.
(C) numa estação de trem desativada.
(D) baseada numa lenda urbana.

Descritor 2 - (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

02. A palavra “silhueta” no texto, 13º parágrafo, pode ser substituída


por
(A) visagem.
(B) vulto.
(C) sombra.
(D) contorno.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –

03. Faz-se inferência no texto, a idéia de que a assombração da casa


fosse
(A) o fantasma da noiva, torturando o noivo e a amante.
(B) por ser uma casa velha e abandonada.
(C) por ter ocorrido um assassinato passional.
(D) porque as pessoas acreditam em histórias de fantasmas.

Descritor 2 – (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

04. A palavra “hospício”, no último parágrafo do texto, pode ser


substituída por
(A) casa de repouso.
(B) asilo.
(C) manicômio.
(D) abrigo de maníaco.

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

05. Segundo Paulo Garcia, o texto trata, principalmente


(A) de uma casa abandonada e tenebrosa.
(B) dos fantasmas dos moradores.
(C) de uma cidade assombrada.
(D) da sombra de uma moça com a faca no coração.

Descritor 18 – (Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma


determinada palavra ou expressão) -

06. No trecho “Vamos embora daqui, eu odeio esse lugar”, a expressão


em destaque revela
(A) pavor do moço pelo lugar.
(B) admiração pelo lugar.
(C) apreensão do rapaz pelo amigo.
(D) afoiteza do amigo pelo desconhecido.

Descritor 7 – (Identificar a tese de um texto) –

07. No texto, na casa mal assombrada, atualmente defende-se a idéia


de que
(A) o medo ainda se cria em lugares desativados e em casas em ruínas.
(B) local que há assassinato causa assombração.
(C) as pessoas que morrem, tornam-se fantasmas, causando medo as outras pessoas.
(D) as histórias de terror provocam medo em quem as escutam.
Descritor 5 – (Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
[propagandas, quadrinhos, foto etc.]) –

08. De acordo com a imagem abaixo e em consonância com o texto,


conclui-se a idéia de que a casa era assombrada

(A) por ser desabitada e apresentar aspecto sombrio.


(B) pelas pessoas verem fantasmas dos antigos moradores.
(C) pelo ocorrido do tríplice assassinato.
(D) pelo desaparecimento do corpo de Arnaldo.

Descritor 12 – (Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros) –

09. A finalidade do texto é


(A) causar espanto e aterrorizar o ouvinte.
(B) causar medo a cidade e as pessoas que passam.
(C) passar medo e causar suspense no leitor.
(D) causar receio e espanto para quem passa nas proximidades.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que


constroem a narrativa) –

10. O autor finaliza sua história, expressando-se de forma


(A) crítica.
(B) surpreendente.
(C) humorada.
(D) assustadora.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)
EXERCÍCIO 5

Leia a história em quadrinhos a seguir, depois responda as questões de 1 a 2.


HORÁCIO

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

01. A respeito das ideias apresentadas, em relação ao texto, afirma-se que a


ideia principal é
(A) Horácio faz referência ao período da Páscoa.
(B) Horácio está dominado pelo sentimento de raiva.
(C) Horácio pretende obrigar todos a sorrirem.
(D) Horácio mostra que é recompensador cultivar amizades.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –


02. Dos provérbios abaixo, o que finaliza a mensagem dos três últimos
quadrinhos é

(A) “Mais vale um pássaro na mão que dois voando.”


(B) “Cada um colhe aquilo que planta.”
(C) “Nem tudo que reluz é ouro.”
(D) “Quem ama o feio, bonito lhe parece.”

Leia o texto abaixo e depois responda as questões de 3 a 5.


TROCA

TROCA DE LIVROS Sabe promovendo um troca-troca


aquele livro que você já leu literário imperdível.
várias vezes e está paradão Para começar a ler lá
lá na estante, esperando mesmo, o museu oferece a
alguém que dê atenção a ele de novo? sua biblioteca, num
Que tal trocá-lo cantinho especial. O
por outro – e, assim, endereço do museu é Praia
ganhar outra história para do Caju 385, e a biblioteca
ler e se divertir? Pois até o está aberta de terça a
dia 30, o Museu da Limpeza Urbana – sexta-feira, sempre das 9h
Casa de Banho D. João VI está às 16h.

GLOBINHO – Sábado, 21 de março de 2009.

Descritor 12 – (Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros) –

03. Podemos dizer que o texto tem a finalidade de


(A) causar emoção no leitor.
(B) apresentar um ponto de vista.
(C) dar informações sobre um evento.
(D) vender um produto pouco divulgado.

Descritor 2 – (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

04. O pronome “você” na segunda linha do texto se refere


(A) ao autor.
(B) ao leitor.
(C) a D. João VI.
(D) ao visitante.

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

05. O texto faz menção a uma


(A) visita a biblioteca.
(B) visita ao museu.
(C) troca de livros.
(D) venda de livros.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 6
Leia o texto a seguir e responda as questões de 1 a 3.

O Bicho

“Vi ontem um bicho


Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.


(Manuel Bandeira)

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

01. O bicho a quem o eu lírico se refere é


(A) o cão.
(B) o gato.
(C) o rato.
(D) o homem.

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

02. O assunto principal do poema é


(A) riqueza.
(B) miséria.
(C) calamidade.
(D) sujeira.

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

03. O que motivou o bicho a catar restos foi


(A) a própria fome.
(B) a imundície do pátio.
(C) o cheiro da comida.
(D) a amizade pelo cão.

Leia o texto a seguir.


Os namorados da filha

Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o


pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais
de sua juventude. Homem avançado, esperava que aquilo acontecesse um dia.
Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A
moça podia dormir com o namorado:
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava
em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia
desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões,
porque passaria a partilhar o abundante café-da-manhã da família. Aliás, seu
apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da
casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo
regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou
saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito
parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma
característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se
suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa:
este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas
tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na
mesa do café-da-manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah,
essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e
cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os
cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara
com um rapaz que o olhou apavorado. Tranqüilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça
de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a
casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora
do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era
pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não
fizera estrago no café-da-manhã.

Moacyr Scliar

(Crônica extraída da Revista Zero Hora, 26/4/1998, e contida no livro Boa


Companhia: crônicas, organizado por Humberto Werneck, São Paulo:
Companhia das Letras, 2006, 2. reimpressão, pp. 205-6.)
Como você já leu o texto, agora responda as questões de 4 a 8. No caso de dúvida
retorne a lê-lo.
Descritor 1- (Localizar informações explícitas em um texto) –

04. O texto afirma que a filha comunica ao pai que vai dormir com
(A) o Rodrigo. (C) o namorado.
(B) o James. (D) o Tato.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –

05. O que gerou o conflito da narrativa foi


(A) o sumiço do namorado e a descoberta da inconstância da filha.
(B) o silêncio do pai e a descoberta da inconstância da filha.
(C) o sumiço do namorado e o pedido do pai para conhecê-lo.
(D) a troca de namorados diariamente e a compreensibilidade do pai.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –

06. O cenário onde o pai se encontra com o rapaz é


(A) o corredor da casa. (C) na cozinha.
(B) a sala de estar. (D) na sala de jantar.

Descritor 2 – (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

07. No trecho “Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o


namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os
rígidos padrões morais de sua juventude. “Homem avançado”,
esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que
acontecesse tão cedo.
A expressão em negrito pode ser substituída por
(A) pessoa ponderada. (C) pessoa conservadora.
(B) pessoa severa. (D) pessoa crítica.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –

08. No final da crônica, o pai de Melissa descobre a confusão que ele fez com o
namorado da filha. Esse episódio foi
(A) Que o rapaz no corredor era ladrão e não o namorado.
(B) Que o rapaz no corredor olhou-o apavorado.
(C) Devido não conhecer os namorados da filha, o rapaz no corredor se passou por um deles.
(D) Que o namorado não era namorado, mas apaixonado pela propriedade alheia.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 7
Leia o conto a seguir, de Lygia Fagundes Telles.
A disciplina do amor

Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um


cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o
dono, ia correndo ao seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu
passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as
pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a
correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu
posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o
olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para
casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto
de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do
cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em
vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso
assumido, todos os dias. Todos os dias, com o passar dos anos (a memória
dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não
voltou. Casou-se a noiva com um primo. os familiares voltaram-se para outros
familiares. Os amigos para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era
jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As
pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde
(era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor.

Responda as questões de 1 a 5, consultando o texto.

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

01. O fato contado pelo narrador transcorreu na


(A) Segunda Grande Guerra.
(B) França.
(C) Casa do jovem.
(D) Na esquina da casa.

Descritor 9 – (Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto) –

02. Qual é a informação principal no texto “A disciplina do amor”?


(A) A história de um rapaz e um cão.
(B) A 2ª Guerra e a convocação de um jovem.
(C) A história do cachorro e seu comportamento.
(D) A história de um soldado e a saudade de seus entes queridos.

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –


03. O texto trata, principalmente
(A) do comportamento do cão.
(B) do carinho que as pessoas o tinham.
(C) da memória do jovem convocado para a guerra.
(D) dos familiares do jovem rapaz.

Descritor 2 – (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

04. A expressão “Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso
assumido, todos os dias.” A palavra em negrito pode ser substituída por
(A) arremessava. (C) iniciava.
(B) atirava. (D) corria.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –

05. O autor no final da história deixou


(A) suspense.
(B) curiosidade.
(C) melancolia.
(D) gracejo.

Leia a tira a seguir.

Descritor 16 – (Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados) –

06. Há traço de humor no trecho


(A) “Não tenho grana pra mais nada!”
(B) “Vocês são bobos! Mesada ta ultrapassada!”
(C) “Faça como eu...”
(D) “Deem uma facadinha todo dia!”
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 8
Leia o texto.
O cabo e o soldado

Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a


multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.
Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:
— Eu sou irmão da vítima.
Todos olharam e logo o deixaram passar.
Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali estava um burro que tinha
acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:
— Ora essa, o parente é seu.
Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91.

Descritor 16 – (Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados) –

01. No texto, o traço de humor está no fato de


(A) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.
(B) o cabo ter ido verificar do que se tratava.
(C) todos terem olhado para o cabo.
(D) ter sido um burro a vítima do atropelamento.

Leia o seguinte texto e responda o exercício.


O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois
se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à
espera que abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco
imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela
gritou:“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.

Ignácio de Loyola Brandão

Descritor 13 – (Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o


interlocutor de um texto) –

02. Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (l. 10), o verbo
empregado representa, no contexto, uma marca de
(A) registro oral formal.
(B) registro oral informal.
(C) falar regional.
(D) falar caipira.

Leia o fragmento abaixo.


Os filhos podem dormir com os pais?
(Fragmento)

Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do


casal. De qualquer forma, é importante perceber as motivações subjacentes ao pedido e descobrir
outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo, insegura, ou sente
que tem poucas oportunidades de contato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para
lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais competente.
Posternak – Este hábito é bem freqüente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido
atender ao pedido dos filhos que agüentar birra no meio da madrugada; e com culpa –
“coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormindo”. O que falta são limites
claros e concretos. A criança que “sacaneia” os pais para dormir também o faz para comer,
escolher roupa ou aceitar as saídas familiares.
ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.

Descritor 8 – (Estabelecer a relação entre a tese e os argumentos


oferecidos para sustentá-la) –

03. O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo
encontra-se na alternativa
(A) a birra na madrugada é pior.
(B) a criança tem motivações subjacentes.
(C) o fato é muitas vezes eventual.
(D) os limites estão claros.

Leia a seguir o fragmento de texto.

O mercúrio onipresente
(Fragmento)

Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter


descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando
removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos.
Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol
freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu
poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível
de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de
estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é
mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.

Descritor 7 – (Identificar a tese de um texto)

04. A tese defendida no texto está expressa no trecho


(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.
(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 9

Leia o seguinte texto e responda o exercício.


O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois
se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era
interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à
espera que abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco
imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela
gritou:“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
pelo esgoto.

Ignácio de Loyola Brandão

Descritor 4 – ((Inferir uma informação implícita no texto) –

01. O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo
enredo. O resultado não foi o esperado porque
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.
(B) o homem mostrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as embalagens da tubulação não funcionaram.
(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.

Leia o texto.
Talita

“Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser
nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa era para Talita, Dona Teresa, a
poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a
escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir
conversas do tipo:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o
mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né, mamãe?
E todos riam.
Belinky, Tatiana. A operação do Tio Onofre: uma história policial. São Paulo: Ática, 1985.

Descritor 4 – ((Inferir uma informação implícita no texto) –

02. A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é
(A) curiosa.
(B) exagerada.
(C) estudiosa.
(D) criativa.
Leia o texto abaixo.
O sapo

Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se


apaixonavam. Por ele também se apaixonou uma bruxa horrenda que o pediu
em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vais
casar comigo não vai se casar com ninguém mais”! “Olhou fundo nos olhos
dele e disse: " Você vai virar um sapo! “Ao ouvir essa palavra o príncipe sentiu
uma estremeção”. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra
feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.

Alves, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.

Descritor 3 – (Inferir o sentido de uma palavra ou expressão) –

03. No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a


expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.

Leia o texto seguinte.


DUAS ALMAS

Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansada,


entra, e sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho.
Vives sozinha sempre e nunca foste amada...
.
A neve anda a branquear lividamente a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
.
E amanhã quando a luz do sol dourar radiosa
essa estrada sem fim, deserta, horrenda e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!
.
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...
.
Marcadores: Alceu Wamosy

Descritor 3 – (Inferir o sentido de uma palavra ou expressão) –

04. No verso “e a minha alcova tem a TEPIDEZ de um ninho” (v.6), a


expressão em negrito dá sentido de um lugar
(A) aconchegante.
(B) belo.
(C) brando.
(D) elegante.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 10
Leia o texto e responda as questões de 1 a 2.
Vínculos, as equações da matemática da vida
Quando você forma um vínculo com
alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o
uso de alianças é um dos símbolos mais
antigos e universais do casamento. O círculo
dá a noção de ligação, de fluxo, de
continuidade. Quando se forma um vínculo, a
energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se
essa energia continuar fluindo. Essa é a ideia
de mutualidade, de troca.
Nessa caminhada da vida, ora andamos
de mãos dadas, em sintonia, deixando a
energia fluir, ora nos distanciamos. Desvios
sempre existem. Podemos nos perder em um
deles e nos reencontrar logo adiante. A busca

é permanente. O que não se pode é ficar


constantemente fora de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas
procuravam se completar através do outro,
buscando sua metade no mundo. A equação
era: 1/2 + 1/2 = 1.
"Para eu ser feliz para sempre na vida,
tenho que ser a metade do outro." Naquela
loteria do casamento, tirar a sorte grande era
achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram
desenvolvendo um sentido de individualização
maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.
"Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira,
com todas as minhas qualidades, meus
defeitos, minhas limitações. Vou formar uma
unidade com meu companheiro, que também
é um ser inteiro." Mas depois que esses dois
seres inteiros se encontravam, era comum
fundirem-se, ficarem grudados num
casamento fechado, tradicional. Anulavam-se
mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos
de libertação feminina, o processo de
individuação que vinha acontecendo se
radicalizou. E a equação mudou de novo:
1 + 1 = 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que
resolver os meus problemas, cuidar da minha
própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na
minha independência total e autossuficiência
absoluta, caso com você, que também é
assim." Em nome dessa independência, no
entanto, faltou sintonia, cumplicidade e
compromisso afetivo. É a segunda crise do
casamento que acompanhamos nas décadas
de 70 e 80.
Atualmente, após todas essas
experiências, eu sinto as pessoas procurando
outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.
Para a aritmética ela pode não ter lógica,
mas faz sentido do ponto de vista emocional e
existencial. Existem você, eu e a nossa
relação. O vínculo entre nós é algo diferente
de uma simples somatória de nós dois. Nessa
proposta de casamento, o que é meu é meu,
o que é seu é seu e o que é nosso é nosso.
Talvez aí esteja a grande mágica que hoje
buscamos, a de preservar a individualidade
sem destruir o vínculo afetivo. Tenho que
preservar o meu eu, meu processo de
descoberta, realização e crescimento, sem
destruir a relação. Por outro lado, tenho que
preservar o vínculo sem destruir a
individualidade, sem me anular.
Acho que assim talvez possamos chegar
ao ano 2000 um pouco menos divididos entre
a sede de expressão individual e a fome de
amor e de partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes.
Para isso, temos que compartilhar com
nossos companheiros de uma verdadeira
intimidade. Ser íntimo é ser próximo, é estar
estreitamente ligado por laços de afeição e confiança.
(MATARAZZO, Maria Helena. Amar é preciso. 22.
ed. São Paulo: Editora Gente, 1992. p. 19-21)

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

01. O texto trata, PRINCIPALMENTE


(A) da exatidão da matemática da vida.
(B) dos movimentos de libertação feminina.
(C) da loteria do sucesso no casamento.
(D) do casamento no passado e no presente.

Descritor 7 – (Identificar a tese de um texto) -

02. No texto, no casamento, atualmente, defende-se a ideia de que


(A) a felicidade está na somatória do casal.
(B) a unidade é igual à soma das partes.
(C) o ideal é preservar o “eu” e o vínculo afetivo.
(D) o melhor é cada um cuidar de sua própria VIDA.

Postado por MARCIA G. DIAS às Sexta-feira, Outubro 30, 2009

Leia o seguinte texto.


O drama das paixões platônicas na adolescência

Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela
precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a
ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma
especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia
justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e
segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63
Descritor 4 – ((Inferir uma informação implícita no texto) –
03. Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas. (C) pode ser conquistado facilmente.
(B) é mestre na arte de conquistar. (D) tem muitos dotes intelectuais.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 11
TEXTO I TEXTO II

Carta de Pero Vaz de Caminha Erro do Português


(Fragmento)

Na noite seguinte ventou tanto sueste com Quando o português chegou


chuvaceiros, que as naus desviaram-se do Debaixo duma bruta chuva
rumo, e especialmente a capitania. Vestiu o índio
Que pena!
(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rey Fosse uma manhã de sol
Dom Manuel. Versão moderna de Rubem O índio tinha despido
Braga, Record, 1981.) O português.

(ANDRADE, Oswald de, Pau-Brasil,


Globo, 1990.)

Descritor 20 – (Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições
em que ele foi produzido.

01. A semelhança entre os dois textos I e II acontece, quando os autores se referem


(A) Ao índio.
(B) A naus.
(C) Ao sol.
(D) À chuva.

Leia a seguir a fábula de Monteiro Lobato e responda as questões de 2 a 3.


A ONÇA DOENTE

Certa vez a onça caiu de uma árvore e ficou muitos dias de cama.
Como estava passando fome ele chamou a irara e pediu que avisasse a bicharada que
estava morrendo e que fossem visitá-la.
O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.
Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só
tinha pegadas que entravam, então pensou:
- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não
saiu.
E ele foi o único que se salvou.

Moral da história: Para esperteza, esperteza e meia.

Descritor 11 – (Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes e elementos do


texto) –

02. Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente


porque
(A) havia caído da árvore.
(B) estava com muita fome.
(C) não podia caçar.
(D) estava em apuros.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –


03. A verdadeira intenção da onça era
(A) encontrar os amigos.
(B) pedir ajuda aos animais.
(C) alimentar-se dos animais que iam visitá-la.
(D) almoçar com os animais que iam visitá-la.

Leia o texto e depois responda as questões de 4 a 5.


O AVARENTO
Um avarento possuía uma barra de ouro, que mantinha enterrada no chão. Todos os dias ia lá dar
uma olhada.
Um dia, descobriu que a barra fora roubada, e começou a se descabelar e a se lamentar aos brados.
Um vizinho, ao vê-lo naquele estado, disse:
__ Mas para que tanta tristeza? Enterre uma pedra no mesmo lugar e finja que é de ouro. Vai dar
na mesma, pois quando o ouro estava aí você não o usava pra nada!

(Esopo. In: O livro das virtudes – O compasso moral, 1996)

Descritor 15 – (Estabelecer relações lógico-discussivas presentes no texto, marcadas por


conjunções, advérbios etc.) –

04. De acordo com o texto pode-se concluir que avarento é a pessoa que
(A) gasta muito.
(B) come muito.
(C) possui muitos bens.
(D) só pensa em guardar dinheiro.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –

05. O provérbio que pode ser associado ao texto é


(A) “Nem tudo que reluz é ouro.”
(B) “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”
(C) “Quem tudo quer, tudo perde.”
(D) “Em terra de cego, quem tem um olho é rei.”

Leia o texto abaixo e em seguida responda o exercício apresentado.


HOMEM DE MEIA-IDADE
(LENDA CHINESA)

Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo
visitar a mais jovem, esta lhe disse:
- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua
esposa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando
foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que
tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como
repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se-lhe inteiramente calva. A
essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram. (Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira)

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

06. A ideia central do texto é


(A) o problema da calvície masculina.
(B) a impossibilidade de agradar a todos.
(C) a vaidade dos homens.
(D) a insegurança na meia-idade.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 12
Leia o texto.
O Pavão

E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O
que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como em um prisma. O pavão é um
arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e
estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de
glórias e me faz magnífico.

(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120)

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –

01. No 2º parágrafo do texto, a expressão: ATINGIR O MÁXIMO DE


MATIZES, significa o artista:
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris.
(B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores.
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.

Considere o seguinte trecho:


Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável
pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores
que tiveram problemas semelhantes no ano passado.

Descritor 2 – (estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto) –

02. O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:


(A) ao médico do Milan.
(B) a Cafu.
(C) ao doutor José Luiz Runco.
(D) ao volante Edu.

Leia texto abaixo.

O cão e o osso
Autor desconhecido

Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua
própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na
boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –


03. De acordo com o texto, qual dos provérbios abaixo
sintetiza a idéia do texto?
(A) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando!”
(B) “Mais vale um vizinho próximo do que um irmão distante.”
(C) "A quem sabe esperar o tempo abre as portas."
(D) "Bondade em balde é devolvida em barril."

Leia a tirinha.

Descritor 3 – (Inferir o sentido de uma palavra ou expressão) -

04. No 1º quadrinho, a fala do personagem pode ser substituída por


(A) “Quer namorar comigo?”
(B) “Você é muito bonita para mim!”
(C) “Você é muito simpática!”
(D) “Você é muito humilde!”

Leia o texto a seguir.

O Caracol Invejoso

O caracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns
brincavam, outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua carapaça!
- Vê-se que meu destino é ir devagarinho, sofrendo todos os males! dizia ele, bastante frustrado.
Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas nada conseguiam.
- Caracolino, pense que, se a Natureza lhe deu essa carapaça, para alguma coisa foi, disse-lhe a
tartaruga, que se encontrava em situação semelhante à dele.
- Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me a razão? Perguntava Caracolino, ainda mais
chateado por receber tantos conselhos.
Caracolino tornou-se tão insuportável por suas reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava
com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu gosto.
Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram,
inundando tudo. Muitos dos animaizinhos que ele invejara, encontravam-se agora em grandes
dificuldades. Caracolino, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro de sua carapaça estava totalmente
protegido!
Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e pesada carapaça. Deixou de protestar, tornando-se
um animalzinho simpático e querido por todos.
(Autor Desconhecido)

Descritor 1 – (Localizar informações explícitas em um texto) –

05. A infelicidade do Caracolzinho se dava devido


(A) ver que todos os outros animais eram mais ágeis do que ele.
(B) o peso de sua carapaça.
(C) a forma como ele andava.
(D) não poder tirar sua carapaça de suas costas.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 13
Leia o texto abaixo.
A costureira das fadas

Depois do jantar o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira do reino.


Era uma aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até não poder mais! Ela
mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.
– Dona Aranha, disse o príncipe, quero que faça para esta ilustre dama o vestido
mais bonito do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar
a corte.
Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita métrica e, ajudada por seis
aranhinhas muito espertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa,
depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se
possa imaginar. Teceu também peças de fitas e peças de renda e peças de entremeios –
até carretéis de linha de seda fabricou.
(MONTEIRO LOBATO, José Bento. Reinações de Narizinho. São Paulo, 1973.)

Descritor 11 – (Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do


texto) –

01. O príncipe quer dar um vestido para Narizinho porque


(A) ela deseja ter um vestido de baile.
(B) o príncipe vai se casar com Narizinho.
(C) ela deseja um vestido cor-de-rosa.
(D) o príncipe fará uma festa para Narizinho.

Leia o seguinte texto.


CONTINHO

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na


soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem,
quando passou um gordo vigário a cavalo:
— Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé.

(Paulo Mendes Campos)


Descritor 16 – (Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados) –

02. Há traço de humor no trecho


(A) “Era uma vez um menino triste, magro”. (l. 1)
(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”. (l. 2)
(C) “quando passou um vigário”. (l. 3)
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela.” (l. 5)

Leia a seguir o texto abaixo.

As enchentes de minha infância


Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
inveja-
va os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa
dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa
com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chega-
ra a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois
às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da
noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de
arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes ,riam muito;como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E `as vezes
o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para
ele subir mais e mais.Sim ,éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando,
mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma
traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do
Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que
a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Do Autor, 1962. P. 157)

Descritor 14 – (Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato) –

03. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em
nossa casa” (l. 10), é
(A) “Às vezes chegava alguém...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”

Leia o texto abaixo.

Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem
ser supervisionados por alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer
que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e participar de atividades
interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.

(Juliana Araújo e Souza)


(Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)

Descritor 15 – (Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas


por conjunções, advérbios, etc.)

04. Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes,”


(l. 3-4), a palavra destacada indica
(A) alternância.
(B) oposição.
(C) adição.
(D) explicação.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 14
Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 3.

O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo


disparado, cheio de tubos, da sala de cirurgia:
__ Aonde é que você vai, rapaz?!
__ Tá louco, bicho, vou cair fora!
__ Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de apendicite! Você tira isso de letra.
E o paciente:
__ Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada,
rapaz! Coragem! Você tira isso de letra! Vai fundo, homem!”
__ Então, por que você está fugindo?
__ Porque ela estava dizendo isso era pro médico que ia me operar!
(Ziraldo. As melhores anedotas do mundo. Rio de Janeiro; Globo, 1988, p. 62.)

Descritor 6 - (Identificar o tema de um texto) –

01. A idéia principal do texto é


(A) O rapaz tem medo de cirurgia.
(B) Pela da fala enfermeira o rapaz imaginou que o médico fosse fazer outra coisa.
(C) Um rapaz não quer submeter-se a uma operação de apendicite porque o médico é
inexperiente.
(D) O rapaz quando viu os utensílios cirúrgicos ficou com medo e fugiu.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –
02. O lugar onde a história se passa
(A) Na entrada do hospital.
(B) Na recepção do hospital.
(C) No corredor do hospital.
(D) Na sala de operação.

Descritor 12 – (Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros) –

03. A finalidade ao contar uma anedota é


(A) Informar um acontecimento.
(B) Descrever um fato.
(C) Argumentar um fato ou acontecimento.
(D) Provocar o riso.

Leia a tirinha a seguir.


Descritor 15 – (Estabelecer relações lógico-discussivas presentes no texto, marcada por
conjunções, advérbios etc.) –

04. No 2º quadrinho da tira, o trecho: “É, eu o vi na primeira página do jornal.” O


pronome em destaque se refere
(A) ao Garfield.
(B) ao jornal.
(C) ao famoso.
(D) ao marido.

Leia o história em quadrinhos e depois responda as questões de 5 a 6.

Descritor Descritor 18 – (Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de


uma determinada palavra ou expressão) –

05. No último quadrinho, Maluquinho usa a palavra ASSENTO. Esse termo


usado pelo menino Maluquinho se refere
(A) ao assento do sofá.
(B) ao acento da palavra sofá.
(C) a reforma ortográfica.
(D) ao humor da tira.

Descritor 8 – (Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos


para sustentá-la) –

06. A relação que há entre a palavra “assento” e “a fala do menino


Maluquinho” no 5º quadrinho se trata
(A) da pontuação das frases.
(B) da acentuação gráfica das palavras.
(C) da reforma ortográfica.
(D) das mudanças de palavras feita pelo Maluquinho.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 15

Leia o seguinte texto e em seguida responda as questões de 1 a 3.

O MACACO FUMADOR

Certo dia seu Manoel foi visitar o zoológico. Passeando por lá, viu cada animal interessante.
Chegou perto da gaiola que tinha um macaco, este ficou agitado ao ver o homem se aproximar. Ficou
pulando de um lado para outro, como se quisesse alguma coisa. O macaco estava inquieto. Começou a
fazer algazarra e acabou irritando o visitante.
Aquele senhor se afastou do animal, pois percebeu que ele queria atacá-lo. O macaquinho falou
para todos seus amigos:
__ Aquele homenzinho pensou que eu queria atacá-lo, mas eu queria simplesmente o seu cigarro.
No outro dia aquele mesmo senhor voltou ao zoológico. E foi até a jaula do tal macaco.
Chegando perto seu Manoel perguntou:
__ Macaquinho peludo, o que você queria comigo ontem?
__ Ah, eu queria somente o seu cigarro – assim falou o macaco.
Seu Manoel tirou do seu bolso um cigarro e o entregou. O macaco pediu que ele o acendesse.
Depois o homem saiu para ver outros animais. Minutos depois, o macaco estava se queimando, logo não
sabia fumar. No fim, ficou todo sapecado. Isso chamou atenção de todos que estavam no zoológico.
Quem passava por perto, acabava se aglomerando de frente do macaco.
Seu Manoel que estava distante, começou a perceber aquela multidão de pessoas ao redor da
gaiola. Então com tamanha curiosidade foi vê-lo. Quando chegou lá, viu o pobre macaquinho todo
enrolado de esparadrapo. Então o homem perguntou:
__ O que foi que aconteceu?
__ Foi o cigarro que o senhor me deu, que por um descuido acabou me queimando. E eu que sou
um dos mais belos animais desse zoológico, agora minhas namoradas não me quer mais – exclamou o
jovem macaco.
O seu Manoel ficou penalizado pela situação que ele criou e, agora não podia reverter mais o
quadro. O jeito foi levar o macaco para sua casa e cuidar dele por um longo tempo.

(Marcos Bruno Lustosa. Gênero textual: Fábula. Texto produzido no decorrer do Projeto Ler para
Mim. 9º Ano C, Turno: Tarde)

Descritor 15 – (Estabelecer relações lógico-discussivas presentes no texto, marcada


por conjunções, advérbios etc.) –

01. No trecho: Certo dia seu Manoel foi visitar o zoológico. Passeando por lá, viu
cada animal interessante. Chegou perto da gaiola que tinha um macaco, “este”
ficou agitado ao ver o homem se aproximar. Ficou pulando de um lado para
outro, como se quisesse alguma coisa. O macaco estava inquieto. Começou a
fazer algazarra e acabou irritando o visitante. O pronome destacado se refere
(A) o seu Manoel.
(B) ao macaco.
(C) ao zoológico.
(D) a gaiola.

Descritor 17 – (Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de


outras notações) –
02. A fala nesse trecho “O que foi que aconteceu”?, é
(A) do narrador.
(B) do seu Manoel.
(C) do macaco.
(D) de alguém que estava perto.

Descritor 11 – (Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto) –

03. Nesse trecho: Seu Manoel tirou do seu bolso um cigarro e o entregou. O
macaco pediu que ele o acendesse. Depois o homem saiu para ver outros
animais. Minutos depois, o macaco estava se queimando, logo não sabia
fumar. No fim, ficou todo sapecado. Isso chamou atenção de todos que
estavam no zoológico. Quem passava por perto, acabava se aglomerando de
frente do macaco.
A situação que provocou a aglomeração de pessoas perto do macaco
(A) porque ele era engraçado.
(B) porque ele fumava um cigarro.
(C) porque ele estava se queimando.
(D) porque ele ficou todo sapecado.

Leia o texto a seguir.


A chuva

A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva
encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro
de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de
canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva
de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A
chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva
ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva
encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas.
A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva
amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre
os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou
no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez
muitas poças. A chuva secou ao sol."
(Arnaldo Antunes, 1992)

Descritor 19 – (Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos


ortográficos e/ ou morfossintáticos) –

04. Todas as frases do texto começam com “A chuva”. Esse recurso é utilizado
para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamentos dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 16

Leia o texto e responda as questões de 1 a 9.

Esse trânsito que maltrata

Fumaça, fuligem, ruído de motores, tédio, cansaço, carros e ônibus que andam
lentamente: assim é o trânsito nas cidades grandes. Principalmente nas primeiras horas
da manhã, quando as pessoas se dirigem ao seu local de trabalho e, no fim da tarde,
quando dele estão voltando.

Além do tempo perdido, do gasto excessivo de combustível e do aumento da poluição,


esse trânsito maltrata as pessoas: a ansiedade de chegar logo acusa acidez no estômago;
ficar sentado muito tempo causa dores nas articulações; inalar poluentes dá sonolência,
dor de cabeça e problemas respiratórios.

Todos são prejudicados: os que estão confortáveis em seus automóveis e, mais ainda, os
que estão espremidos nos ônibus. E o principal responsável por esse sofrimento são os
automóveis que ocupam as ruas e avenidas das cidades.

Para acomodar o crescente número de automóveis, casas são demolidas, ruas são
alargadas, avenidas e viadutos são construídos, e os estacionamentos invadem praças e
parques, com a derrubada de árvores centenárias e monumentos históricos. Vale tudo
para dar passagem a esse deus dos tempos modernos.

Apesar de causarem tantos transtornos, os automóveis carregam menor número de


pessoas que os transportes coletivos. Cada automóvel costuma circular com uma ou
duas pessoas, enquanto um ônibus transporta, nas horas de movimento, até oitenta
passageiros em cada viagem.

Os ônibus são o melhor transporte para as cidades, e dele depende a maioria da


população. Apesar disso, as linhas são insuficientes, são mal conservadas e os
motoristas, mal pagos. O pior é que o preço das passagens consome boa parte do salário
dos trabalhadores.
(Rocicler Martins Rodrigues. Cidades brasileiras : o passado e o presente. São Paulo : Martins Fontes, 1992, p. 64.) (Fragmento adaptado).

(D12) 06. O objetivo global do autor com o texto foi:


(A) apontar as principais consequências da poluição urbana.
(B) comentar os efeitos do trânsito nas grandes cidades.
(C) ressaltar os prejuízos de quem apenas dispõe do transporte coletivo.
(D) indicar os males físicos decorrentes do excessivo trânsito de carros.

(D4) 07. O segundo parágrafo começa com a expressão ''Além do tempo


perdido''. Com essa expressão o autor pretendeu:
(A) fazer uma ressalva.
(B) contrastar opiniões.
(C) indicar um acréscimo.
(D) introduzir uma concessão.
(D2) 08. A expressão 'inalar poluentes' mantém o seu significado em:
(A) aspirar poluentes.
(B) ingerir poluentes.
(C) expirar poluentes.
(D) lançar poluentes.

(D1) 09. Em relação às grandes cidades, o texto é visivelmente a favor:


(A) do crescente número de automóveis.
(B) do alargamento de ruas e avenidas.
(C) de novos viadutos e estacionamentos.
(D) dos meios de transporte coletivos.

(D6) 10. Pela compreensão do texto, pode-se concluir que, para o autor, ''o deus
dos tempos modernos'' é o:
(A) combustível. (C) automóvel.
(B) ônibus. (D) motorista.

(D15) 11. No trecho ''Para acomodar o crescente número de automóveis'', o termo


destacado expressa uma ideia de:
(A) finalidade.
(B) concessão.
(C) condição.
(D) adição.

(D4) 12. O trecho: ''O pior é que o preço das passagens consome boa parte do salário
dos trabalhadores.'' implica dizer que:
(A) o preço das passagens é pior que os salários dos trabalhadores.
(B) quase todo o salário dos trabalhadores é gasto com transporte.
(C) os assalariados ganham o que consomem fora de casa.
(D) o pior dos trabalhadores paga com seus baixos salários o transporte que
usa.

(D11) 13. Há uma relação de causa e conseqüência expressa na alternativa:


(A) O trânsito nas grandes cidades é pior nas primeiras horas da manhã.
(B) Há muitos transtornos físicos provocados pelo trânsito das grandes
cidades.
(C) Cada automóvel costuma circular com uma ou duas pessoas.
(D) As linhas de ônibus são insuficientes e mal conservadas.

(D10) 14. O autor no final do texto, termina expressando-se de forma


(A) séria.
(B) crítica.
(C) reflexiva.
(D) Engraçada.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 17
Leia o texto “A incapacidade de ser verdadeiro”, depois responda as questões de 1 a 4.

A incapacidade de ser verdadeiro


Carlos Drummond de Andrade

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois
dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de
castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de
queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol
durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra
passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para
transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr.
Epaminondas abanou a cabeça: “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo
um caso de poesia”.

Descritor 1- (Localizar informações explícitas em um texto) –

01. O texto assegura que Paulo tinha fama de


(A) fantasiador.
(B) contador de histórias.
(C) menino levado.
(D) mentiroso.

Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –

02. No trecho “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo
[UM CASO DE POESIA].” A expressão em negrito revela que
(A) o garoto era imaginativo e sonhador.
(B) o garoto era inquieto e sapeca.
(C) o garoto poeta e criativo.
(D) o garoto era poeta e impossível.

Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –

03. A idéia central do texto é


(A) as diferenças de personalidades entre mãe e filho.
(B) a praticidade, racionalidade e objetividade da mãe.
(C) que Paulo era sonhador, sensível e imaginativo.
(D) que a mãe de Paulo levou-o ao médico.

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem


a narrativa) –

04. No final do conto, o contista termina usando uma das falas de seus
personagens. Esse personagem é
(A) Paulo. (C) Dona Coló.
(B) o próprio autor. (D) o médico.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 18 Leia o texto.

O cão e o lobo
Um cão passeava pela floresta quando topou com um lobo magro
e logo fizeram amizade.
- Puxa, cachorro! Como você está gordo e bem-tratado...
- É que eu tenho um dono. Meu dono me dá três boas refeições
por dia, escova meu pelo, me dá uma casa de madeira... Em troca
disso, pede que eu lhe guarde a casa dos assaltantes e lhe faça uns
agrados de vez em quando.
- Só isso? Mas deve ser maravilhoso ter um dono! – concluiu o
lobo.
O cão então convenceu o lobo a acompanhá-lo, certo de que seu
dono gostaria de ter mais de um animal de estimação.
Os dois andaram por um certo tempo, até que o lobo percebeu
uma coleira no cachorro.
- O que é isso? – perguntou o lobo.
- Ah, isto é uma coleira. Ás vezes, meu dono se irrita e me prende
numa corrente. Mas é por pouco tempo, logo eu estou solto de
novo.
O lobo parou, pensou um pouco... e voltou atrás. De longe, ainda
falou para o cachorro:
- Não cachorro. Não sirvo para essa vida. Eu sei que mais vale a
liberdade com fome do que o luxo na prisão.
(Fábula recontada por Marcia Kupstas, Sete faces da fábula. São Paulo, Moderna,
1993.)

Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a


narrativa) –

01. O que aconteceu com o lobo quando soube que o cachorro usava coleira?
(A) desistiu da liberdade.
(B) desistiu de ter um dono.
(C) resolveu conhecer seu dono.
(D) resolveu tirar a coleira do cachorro.

Leia o texto a seguir.


Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos


Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.

Manuel Bandeira
Descritor 4 – (Inferir uma informação implícita em um texto) –

02. Na frase “Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas”, o menino quer dizer
que o porquinho
(A) não gostava dele.
(B) só queria ficar na sala.
(C) não ligava para as delicadezas dele.
(D) gostava de lugares bonitos e limpinhos.

Leia o texto a seguir e depois responda as questões de 3 a 5.


Saudade

Filisbino Matoso andava que era uma tristeza só. Não queria nada
com a vida nem aceitava o consolo de ninguém. Quem passasse lá pelas
bandas do Sítio da Purunga Sonora ia ouviu os lamentos do moço.
_ Ai! Como sofro! Sem minha querida Florisbelta não posso viver. De
que me vale este lindo sítio com lago, se estou nadando em lágrimas?
Todos que moravam no Purunga Sonora e nos arredores sabiam da
história da Florisbelta. Era o grande amor de Filisbino Matoso. A
choradeira havia começado com o raiar do sol, quando a tal Florisbelta,
sem avisar ninguém, resolvera tomar o caminho da cidade.
SALLOUTI, Elza Césari. O bilhete que o vento levou. São Paulo: Salesiana
Dom Bosco, 1991.

Descritor 11 – (Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes e


elementos do texto) –

03- “Filisbino Matoso andava que era uma tristeza só...”. Qual é o motivo da
tristeza de Filisbino?
( A ) A falta que Florisbelta fazia.
( B ) Estar nadando em lágrimas.
( C ) Ter um sítio com lago e não aproveitar.
( D ) Todos dos arredores sabem da história.
Descritor 10 – (Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa) –
04 – Como foi o final de Filisbino Matoso?
( A ) Florisbelta tomou o caminho da cidade e não voltou.
( B ) Florisbelta voltou ao sítio para rever seu grande amor.
( C ) Filisbino contou a história para todos os arredores.
( D ) Filisbino foi atrás de Filisbelta e a encontrou.

Descritor 12 – (Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros) –

05. A finalidade do texto é


(A) ensinar uma receita.
(B) ensinar um jogo.
(C) contar uma piada.
(D) contar uma história.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 19
Leia o texto abaixo.
Os rios precisam de um banho

A população das cidades esquece a importância dos rios e os utilizam


como cestas de lixo. O resultado muita gente já deve conhecer: enchentes!
Com tanto entulho, os canais de drenagem - isto é, o caminho que as águas
percorrem morro abaixo – acabam ficando entupidos e causando inundações
em dias de chuvas fortes. Para evitar as enchentes – que além da destruição,
trazem doenças - , a solução é não jogar lixo nos rios. O lugar das coisas que
não queremos mais, sejam chinelos, garrafas ou até eletrodomésticos, é a lata
de lixo!

TORRES, João Paulo Machado. Ciência Hoje das Crianças.


Rio de Janeiro, nº 98, p. 21, dez 1999. (Fragmento)
Descritor 6 – (Identificar o tema de um texto) –
01. O texto trata
(A) da poluição dos rios.
(B) da poluição das indústrias.
(C) da reciclagem do lixo.
(D) do desperdício de água.

Leia o texto.
O menino maluquinho
Era uma vez um menino maluquinho
Ele tinha o olho maior que a barriga
tinha vento nos pés
umas pernas enormes
(que davam para abraçar o mundo)
e macaquinhos no sótão
(embora nem soubesse o que
significava macaquinhos no sótão).
Ele era um menino impossível!
Ele era muito sabido
ele sabia de tudo
a única coisa que ele não sabia
era como ficar quieto.
(Ziraldo – O Menino Maluquinho)

D1- 01. O menino maluquinho tinha


(A) pernas enormes e cabelos longos.
(B) muita sabedoria e braços compridos.
(C) macaquinhos e braços compridos.
(D) pernas enormes e muita sabedoria.

D3 - 02. A expressão “tinha vento nos pés”, significa que o menino maluquinho
(A) andava rápido, pulando. (C) tinha pernas enormes.
(B) era muito sabido. (D) sabia de tudo.
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E LEITURA DE TEXTOS
(Com Base nos Descritores da Língua Portuguesa)

EXERCÍCIO 20
Leia a seguinte fábula e responda as questões de 1 a 2.

A ASSEMBLÉIA DOS RATOS

Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha
que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da
questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado,
fazendo sonetos à lua.
– Acho – disse um deles – que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos
um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia, e pomo-nos ao fresco a
tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com delírio. Só
votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
– Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo.
Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Monteiro Lobato

Descritor 11 – (Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do


texto) –

01. De acordo com o texto, a presença do animal ameaçador seria percebida porque
(A) ele estaria usando um guizo no pescoço.
(B) os ratos colocaria sinetas no caminho do rato.
(C) os ratos fariam muito barulho.
(D) ele daria miados muito altos.

Descritor 17 – (Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de


outras notações) –

02. Em “__ Quem vai amarrar o guizo no pescoço do Faro-Fino?”, o ponto de


interrogação é usado para indicar a
(A) pergunta direta de um dos presentes.
(B) suspensão do pensamento do narrador.
(C) expressão de surpresa do personagem principal.
(D) observação do narrador ao leitor.

Leia o texto abaixo. Aperitivo

A felicidade anda a pé
Na praça Antônio Prado
São dez horas azuis
O café vai alto como a manhã de arranha-céus
Cigarros Tietê
Automóveis
A cidade sem mitos
(Oswald de Andrade)
Descritor 17 – (Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de
outras notações) –

03. A figura de linguagem utilizada pelo poeta no verso “O café vai alto como a manhã
de arranha-céus”, é
(A) metáfora.
(B) metonímia.
(C) comparação.
(D) catacrese.

Leia o texto seguinte e responda as questões de 4 a 5.


Nome, coleira e liberdade
Eu sempre me orgulhei da condição de vira-lata.
Sempre fui um cachorro de focinho para cima.
Fujo de pedrada, que eu não sou besta
Fujo de automóvel, que não sou criança.
Trato gente na diplomacia: de longe!
Não me deixo tapear.
Comigo não tem “não-me-ladres”...
Se preciso, eu ladro e mordo!
E coleira, aceitar eu não aceito, de jeito nenhum!
Quando vejo certos colegas mostrando com orgulho aquela rodela imbecil no
pescoço, como se fosse não coleira, mas colar, chego a ter vergonha de ser cão.
Palavra de honra!
A coleira é o dono!
A coleira é escravidão!
Coleira é o adeus à liberdade!
Dirão vocês: a coleira pode livrar o cachorro da carrocinha.
Posso falar com franqueza?
Cachorro que não sabe fugir da carrocinha pelas próprias patas, que não é capaz de
autografar a canela de um caçador com os próprios dentes, não tem direito de ser cão.
E é por isso que eu sempre fui contra o nome que os homens me impingem.
Porque é símbolo, também, de escravidão.
LESSA, Orígenes. Podem me chamar de bacana. Rio de Janeiro: Tecno print,
1977, p. 25-28

Descritor 4 - (Inferir uma informação implícita em um texto) –

04. No texto, o cão é


(A) covarde.
(B) livre.
(C) tolo.
(D) envergonhado.

Descritor 1- (Localizar informações explícitas em um texto) –

05. O narrador da história é o:


(A) cachorro de raça.
(B) cachorro vira-lata.
(C) cachorro da carrocinha.
(D) cachorro da madame

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