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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC :


CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E
FAPESPA

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período: 08/2014 a 02/2015


(x) PARCIAL
( ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa: A gestão dos resíduos sólidos na Cidade Universitária Prof.
José da Silveira Netto - Universidade Federal do Pará- UFPA

Nome do Orientador: Risete Maria Queiroz Leão Braga

Titulação do Orientador: Doutora em Geologia-Geoquímica

Faculdade: Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental

Instituto/Núcleo: ITEC/FAESA

Laboratório: Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental - LAESA

Título do Plano de Trabalho: Avaliação do gerenciamento dos eletroeletrônicos pós-


consumo na Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto -Universidade Federal do Pará-
UFPA

OBS: Observar que houve uma modificação no título e objetivo geral do Plano Trabalho do
aluno, onde se lê lâmpadas pós-consumo, considerar eletroeletrônicos. A mudança é oportuna,
haja vista que se trata de uma renovação com troca de bolsistas e pequenas modificações de
conteúdo. No objetivo geral já se previa o estudo dos dois tipos de resíduos: lâmpadas pós-
consumo e eletroeletrônicos.

Título anterior: A aplicação de um software para avaliação da logística reversa de lâmpada


pós-consumo na Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto -Universidade Federal do
Pará- UFPA
Nome do Bolsista: Cleiton Alves Freitas
Tipo de Bolsa: PIBIC/PRODOUTOR/UFPA

RESUMO

Os Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE) são resíduos que possuem grandes


quantidades de metais pesados e quando destinados de maneira incorreta podem provocar
diversos e graves problemas ao meio ambiente e principalmente a saúde de animais e do
homem. Desse modo busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação: a redução na
fonte, o reaproveitamento, o tratamento e a disposição final desses resíduos. Nas Instituições
Públicas Federais uma parte desse problema deveria estar sendo tratado através do Decreto
Federal 5.940 de 25/10/2006, que institui a separação dos resíduos recicláveis descartados
pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora,
e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis,
visando assim à diminuição dos aterros sanitários. O estudo consistiu em pesquisar e
identificar os preceitos da logística reversa quanto a coleta e a disposição final dos REEE da
Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto - Universidade Federal do Pará- UFPA. Os
resultados apontaram, a partir de questionários aplicados e entrevistas informais, que existe
uma coleta dos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos na IES, entretanto não existe
responsabilidade quanto ao seu destino final. O estudo serve como incentivo e alerta para que
os gestores da UFPA priorize um plano de gerenciamento desses resíduos, a fim de se
enquadrarem nos dispositivos da Lei 12.305/10 e o Decreto Federal 5.940/06.

PALAVRAS-CHAVE: Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos, Logística Reversa. Lei


12.305/10

1. INTRODUÇÃO:

O crescente avanço tecnológico, equipamentos com preços de venda mais acessíveis e


redução do tempo de vida útil são alguns fatores que muito contribuem para o excesso de
descarte desses resíduos de forma indevida, gerando preocupações quanto aos possíveis
impactos ambientais. O desafio atual é a necessidade de destinação correta para o lixo
eletrônico. Conhecido como Equipamentos de Resíduos eletroeletrônicos (REEE), e-lixo ou
lixo eletrônico; ele precisa de uma atenção especial, pois contém substâncias altamente
perigosas e quando dispostos de maneira inadequada podem causar sérios danos ao meio
ambiente e a saudade da população.
No Brasil, pesquisas sobre o tema são escassas ainda, principalmente no que diz
respeito à gestão adequada para esses resíduos. Porém sob a ótica legal, tem-se um avanço
com a nova Lei dos Resíduos Sólidos – 12.305/2010 (BRASIL, 2010) sancionada em agosto
de 2010. A lei aponta que os Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REE) pós-uso
serão obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa por consumidor,
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.
Desse modo busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação: a redução na fonte,
o reaproveitamento, o tratamento e a disposição final. No entanto cabe mencionar que a
classificação dessas estratégias é função das condições legais, sociais, econômicas, culturais e
tecnológicas existentes no município, bem como das especificidades de cada tipo de resíduo.
Nas Instituições Públicas Federais, uma parte desse problema deveria estar sendo
tratado através do Decreto Federal 5.940 de 25/10/2006, que institui a separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e
indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis, visando assim à diminuição dos aterros sanitários, aterros controlados e
os problemáticos lixões.
O presente projeto tem como foco principal avaliar a gestão dos resíduos gerados na
Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto – UFPA tendo como “pano de fundo” a lei
de Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas especificamente os REE’s, com uma proposta
da aplicação de um software para auxiliar o processo de logística reversa desses resíduos, para
fins de preservação do meio ambiente e integridade física de todos.

2. JUSTIFICATIVA:

As diretrizes das estratégias de gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos


buscam atender aos objetivos do conceito de prevenção da poluição, evitando ou reduzindo a
geração de resíduos e poluentes prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública. Desse modo
busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação: a redução na fonte, o
reaproveitamento, o tratamento e a disposição final. Cabe mencionar que a hierarquização
dessas estratégias é função das condições legais, sociais, econômicas, culturais e tecnológicas
existentes no município, bem como das especificidades de cada tipo de resíduo.
Infelizmente alguns resíduos ainda não apresentam tecnologias de reuso e reciclagem
imediata, consequentemente o seu principal destino é a disposição em áreas que não
contemplam as perspectivas ambientalmente adequadas.
A crescente preocupação pela preservação do meio ambiente e leis cada vez mais
rígidas de responsabilidades sobre o descarte de produtos, os novos padrões de
competitividade de serviços aos clientes e as preocupações com a imagem corporativa têm
incentivado a criação de canais reversos de distribuição que solucionem o problema da
quantidade de produtos descartados no meio ambiente.
No Brasil foi promulgada em agosto de 2010, a Lei nº 12.305 que instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A PNRS reúne o conjunto de princípios, objetivos,
instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, isoladamente ou em
regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas a
gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos, sendo
regulamentada pelo Decreto nº 7.404, de 23 de Dezembro de 2010.
O Decreto nº 7.404 disciplina as inovações introduzidas na gestão e gerenciamento dos
resíduos sólidos pela PNRS, sendo a principal delas o sistema de logística reversa. Ainda
nesse, cria-se o Comitê Orientador para a implementação de Sistemas de Logística Reversa,
coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e integrado também pelos Ministérios da
Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e da Fazenda. A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada.
A lei definiu que na logística reversa, todos os fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes e os cidadãos têm responsabilidade compartilhada na correta
destinação do produto adquirido. A ideia central é que a vida útil do produto não termina após
ser consumido, mas volta a seu ciclo de vida, para reaproveitamento, ou para uma destinação
apropriada. De forma a viabilizar a logística reversa exigida pela PNRS, todas as partes
relacionadas ao processo deverão contribuir para o encaminhamento dos produtos ao fim de
vida útil para a reciclagem ou destinação final sem agredir o meio ambiente. A legislação
obriga os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de (1) agrotóxicos, seus
resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso; (2) pilhas e baterias; (3) pneus; (4) óleos lubrificantes, seus resíduos e
embalagens; (5) lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e (6)
produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Na Universidade Federal do Pará ainda não se tem uma estimativa da quantidade de
descartes de eletroeletrônicos. Geralmente este material é coletado e disposto em área
localizada atrás do prédio da reitoria, misturado a outros resíduos. Não se sabe ainda o destino
final desses resíduos, que são transportados por empresas terceirizadas. O presente estudo tem
como foco principal avaliar o gerenciamento dos REEE na Cidade Universitária Prof. José da
Silveira Netto – UFPA tendo como “pano de fundo” a lei de Política Nacional de Resíduos
Sólidos nº 12.305/10.

3. OBJETIVOS:

Objetivo geral:

Avaliar o gerenciamento dos eletroeletrônicos e seus componentes na Cidade


Universitária Prof. José da Silveira Netto – Universidade Federal do Pará.

Objetivos Específicos:

- Identificar em sites, revistas e portais a bibliografia referente a aplicação da logística reversa


de lâmpadas pós-consumo; produtos eletroeletrônicos e seus componentes e planos de
gerenciamento desses
resíduos;
- Analisar o ciclo reverso de produtos eletroeletrônicos e seus componentes na cidade
universitária (coleta, armazenamento/acondicionamento, transporte e destino final);
- Aplicar questionários sobre produtos eletroeletrônicos e seus componentes na Cidade
Universitária para fins de diagnóstico desses resíduos
- Tratar os dados do diagnóstico dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes por
métodos estatísticos;
- Investigar um software compatível para a avaliação do ciclo de vida desses resíduos;
- Apresentar diretrizes para uma proposta de um plano de logística reversa para produtos
eletroeletrônicos e seus componentes da UFPA, empregando-se um software que caracterize
esses resíduos.

4. MATERIAIS E MÉTODOS:

Esta pesquisa teve um caráter exploratório de campo na Cidade Universitária José Silveira
Netto (UFPA), com o objetivo de avaliar a coleta, o armazenamento, o tratamento e a
disposição final aos Resíduos Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE).

4.1 Área de Estudo


A cidade universitária Prof. José da Silveira Netto, está localizada as margens do Rio
Guamá, em Belém do Pará, sendo dividida em quatro setores: Básico, Profissional, Esportivo
e Saúde (Figura 2). Com 450 hectares, sendo 120.265,37 m² de área construída, possui mais
de 53 prédios, laboratórios, salas de preparação e salas de aula e áreas externas com vias de
acesso que se interligam, garantindo acessibilidade e abundancia para a comunidade (UFPA,
2013).
Figura 1 - Mapa da Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto.

Fonte: Konagano (2014).

Nessa pesquisa a área de estudo compreendeu os Institutos inseridos nos setores


(Básico, Profissional, Esportivo e Saúde), dentro do limite do mapa destacado da Cidade
Universitária José Silveira Netto, mas especificamente as Coordenadorias de Planejamento,
Gestão e Avaliação representadas pelas unidades acadêmicas e a Diretoria de Almoxarifado e
Patrimônio – DAP (antigo DPAD).

4.1.2- Unidades Acadêmicas

Setor Básico
O setor Básico, é o setor com maior circulação de pessoas e representa uma quantidade
de edificação maior, abrange prédios com relevância político-administrativos. Nesse setor, a
aplicação do questionário foi realizada em todos os institutos, que foi direcionado aos
responsáveis de cada unidade acadêmica, especificamente as divisões de Planejamento, gestão
e avaliação e ao almoxarifado dos Institutos:

 Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH);


 Instituto de Ciências Exatas (ICEN);
 Instituto de Ciências Biológicas (ICB);
 Instituto de Letras e Comunicação (ILC);
 Instituto de Geociências (IG);
 Instituto de Educação Matemática e Cientifica (IEMCI)

Setor Profissional
Nesta área, foram escolhidas as seguintes unidades acadêmicas dentro dos seguintes
Institutos para aplicação de questionários:
 Instituto de Tecnologia (ITEC);
 Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ);
 Instituto de Ciências da Educação (ICED);
 Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA);
 Instituto de Artes (ICA).

O Setor Esportivo não apresenta uma unidade administrativa, quem o representa é o


administrador do ginásio esportivo da Universidade. Já o Setor da Saúde apresenta Institutos
que são administrados pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB), sendo este o responsável
por todos os processos, desde a obtenção de novos materiais até o acionamento do DAP para
o recolhimento dos materiais inservíveis, que ficam armazenados em salas temporárias de
cada Instituto, por este motivo o questionário só foi aplicado ao responsável do Instituto de
Ciências Biológicas.

4.2 Pesquisa de Campo

Foi aplicado um questionário em todas as Coordenadorias de Planejamento, Gestão e


Avaliação dos institutos de cada setor da UFPA (Quadro 1) sobre a forma de armazenamento e
coleta dos REEE’s. E um questionário a Diretoria de Almoxarifado e Patrimônio – DAP
(antigo DPAD), que é a responsável pelo armazenamento, distribuição, classificação e a
disposição final de materiais inservíveis da UFPA, entre os quais os REEE’s (Quadro 2).

Quadro 1 - Questionário aplicado aos Institutos da UFPA.

Como funciona o sistema de coleta dos resíduos (equipamentos em geral, entre


1
REEE’s, mobília, etc.) no Instituto?
2 Existe um local específico para armazenamento desses materiais no Instituto?
3 Como funciona a coleta dos REEE’s?
4 É feito um controle da quantidade de equipamentos Eletroeletrônicos no Instituto?
5 Com que frequência os REEE’s são coletados pela DAP?
6 Qual o destino que o Instituto dá para os REEE’s que não tem mais serventia?
Existe alguma legislação que a Universidade emprega para a destinação final desses
7
resíduos?
Fonte: Autores (2014)
Quadro 2 - Questionário aplicado na Diretoria de Almoxarifado e Patrimônio - DAP

1 Como funciona o recolhimento dos equipamentos considerados inservíveis?


2 Com que frequência é realizada a coleta de materiais inservíveis?
Por qual motivo há um grande acumulo de equipamentos inservíveis sem
3
tombamentos nos Institutos?
4 Dos equipamentos coletados é realizada a segregação?
5 Qual destino é dado para os REEE’s?
Existe a responsabilidade compartilhada (acompanhamento do REEE’s até o seu
6
destino final)?

7 Há algum plano para melhorar a coleta dos equipamentos considerados inservíveis?

Fonte: Autores (2014)

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1- Avaliação in loco da Coleta e Armazenamento dos REEE’s


5.1.1 - Coleta
Todos os entrevistados nos institutos apontaram que o DAP é quem coleta os
eletroeletrônicos, além de outros materiais como, cadeiras, mesas, etc., e que isso é realizado
durante dois meses a cada semestre para toda a cidade universitária. Os institutos ICEN e
IEMCI revelaram que solicita ao DAP, através de requerimento, a coleta de todos os
materiais, que se apresentam danificados ou que não possuem mais funcionamento adequado.
Entretanto, todos apontaram que essa coleta é insuficiente para atender a demanda de material
pós-consumo gerado. Além disso, os funcionários alegam que os prazos não são obedecidos
pelo DAP.
No DAP os entrevistados relataram que todo o material coletado na Cidade
Universitária José Silveira Netto-UFPA recebe o nome de inservível. Em seguida realiza-se o
destombamento de todo material para fins de doação. Na Tabela 1 estão apresentados os
resultados levantados para os REEE coletados no ano de 2013. Percebe-se na Tabela que a
quantidade de REEE, 2.016 equipamentos, é relevante em relação aos outros (mesas, cadeiras,
etc.), que perfaz um total de 205 materiais.
Tabela 1 – Levantamento dos eletroeletrônicos permanentemente e materiais inservíveis da Cidade Universitária
José Silveira Netto-UFPA no ano de 2013
Nome do Eletroeletrônico Quantidades (Unidade)
Bebedouro elétrico 25
Cafeteira 18
Central de refrigeração 12
Condicionador de ar 224
Estabilizador de corrente 165
Estabilizador de tensão 17
Estabilizador No-break 115
Fax 24
Gravador 18
Impressora 175
Impressora jato de tinta 63
Máquina de escrever elétrica 32
Microcomputadores 480
Projetores 19
Monitores de vídeo 21
Projetores de slides 27
Ventiladores 88
Vídeo cassete 20
Telefones 145
Scanners 30
Retroprojetores 65
Refrigeradores 15
Switch 13
Outros 205
Total 2.016
Fonte: Diretoria de Almoxarifado e Patrimônio-UFPA
Quanto ao cumprimento de prazos para a coleta de materiais nos institutos o DAP
aponta que os acúmulos acontecem devido aos atrasos ou inexistências da declaração dos
Inventários por parte dos institutos, ou seja, esses resíduos ainda não foram declarados como
inservíveis.

5.1.2 - Armazenamento
Nas visitas “in loco” constatou-se que a maioria dos materiais pós-consumo (cadeiras,
mesas, REE, etc.) não possuem locais específicos para armazenamento temporário nos
institutos, além do espaço físico ser insuficiente para atender a demanda, ficando dispostos ao
longo dos corredores dos institutos (Figura 1), trazendo transtornos aos transeuntes.
Figura 1- Eletroeletrônicos e outros tipos de matérias dispostos em corredores dos institutos
da UFPA

Fonte: Autor, 2014


Figura 2- Resíduo eletroeletrônico no corredor do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN)-UFPA
Foi constatado que alguns dos institutos não têm o controle sobre a quantidade de
REEE´s devido dificuldades com a geração excessiva e a falta de coleta regular pelo DAP. A
Unidade Acadêmica e Administrativa (UAA) de cada Instituto é responsável pela coleta dos
materiais considerados inservíveis que estavam sob a sua responsabilidade, para
posteriormente encaminharem à DAP.
Foi constatado que alguns dos institutos não têm o controle sobre a quantidade de
REEE´s devido dificuldades com a geração excessiva e a falta de coleta regular pelo DAP. A
Unidade Acadêmica e Administrativa (UAA) de cada Instituto é responsável pela coleta dos
materiais considerados inservíveis que estavam sob a sua responsabilidade, para
posteriormente encaminharem à DAP.
Em alguns casos se constatou materiais eletroeletrônicos (condicionadores de ar,
impressoras, monitores, gabinetes, etc.), dispostos indevidamente na calçada (Figura 2), do
bloco de Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI).
Figura 2- Materiais eletroeletrônicos provenientes do Instituto de Educação Matemática e
Científica (IEMCI)
Fonte: Silva, 2014
No DPAD verificou-se uma grande concentração de materiais tombados, que são
considerados sem utilidade. Esse tipo de acumulo pode ser vinculado a diversos fatores, entre
eles: a precariedade do sistema de classificação do material quanto a ser inservível ou não; a
substituição dos responsáveis pelos inventários, de cada faculdade, que ocorrem bienalmente;
e, a sobrecarga dos funcionários do DPAD (contingente de pessoal para atender a demanda de
toda a Cidade Universitária e outros campi do estado do Pará), que executam outras atividades
além do destombamento.

5.2 – Avaliação dos questionários aplicados nos Institutos


Nas Figuras de 3 a 9 estão apresentadas os resultados dos questionários aplicados nos
institutos quanto a Geração, Coleta, Armazenamento e Disposição Final:

 GERAÇÃO DE REEE’s
No setor Básico, cinco responsáveis pela divisão de planejamento de cada instituto
disseram que não controlam a geração de REEE’s, apenas no IFCH há um controle. Dos
Institutos do Setor Profissional, o ITEC e o ICJ preparam relatórios com informações dos
equipamentos servíveis e inservíveis, assim como o ICSA que encaminha em relatórios
informações como numero de tombamento e tempo de funcionamento à DAP. ICED e ICA
não controlam a geração de REEE’s (Figura 3).
Figura 3 – Controle da geração de REEE’s nos Setores Básico e Profissional.

Setor Básico Setor Profissional


 COLETA
Quanto à coleta, as repostas são semelhantes nos setores Básico e Profissional, todos
ficam por conta de sua Unidade Acadêmica e Administrativa (UAA)-Figura 4.

Figura 4 - Coleta de REEE’s nos Setores Básico e Profissional.

 ARMAZENAMENTO
Na Figura 5 estão apresentados os resultados para o armazenamento dos REEE’s de
maneira geral nos Setores Básico e Profissional da UFPA. No Setor Básico, a maioria dos
Institutos não dispõe de local próprio para o armazenamento dos REEE’s, em função do
espaço físico ser menor, haja vista que a maioria dos prédios são antigos e possuem pouco
espaço. Apenas no IG, existe um deposito fixo. No setor profissional, o ITEC e o ICJ possuem
salas provisórias para o armazenamento, o ICSA também possui uma sala provisória embora
parte excedente seja disposta nos corredores do instituto. Já o ICA e o ICED apresentam um
depósito fixo. Os dois institutos não possuem grandes problemas com armazenamento dos
resíduos eletroeletrônicos.

Figura 5 – Armazenamento de REEE’s nos Setores Básico e Profissional.

Setor Básico Setor Profissional

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 DISPOSIÇÃO FINAL
Em todos os Institutos dos setores Básico e Profissional, os responsáveis informaram
que os Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos são encaminhados a DAP, que se
encarrega da Destinação Final adequada (Figura 6).

Figura 6 – Disposição Final de REEE’s nos Setores Básico e Profissional.

Na DAP os entrevistados mencionaram que não há separação prévia dos materiais


eletroeletrônicos dos demais coletados na Cidade Universitária José Silveira Netto-UFPA,

12
após a coleta os materiais tornam-se inservíveis e são quantificados e ordenados em tabelas.
Para em seguida realizar-se o destombamento de todos os materiais para fins de doação.

5.3- Disposição Final


Após o destombamento, o DPAD entra em contato com ONGs, que atendem o
estabelecido na Lei Federal 8.666/1993, para que todo o material inservível seja retirado das
dependências da Cidade Universitária para a destinação final.
A Universidade não sabe o destino exato dos materiais, após a entrega para as ONGs,
mas acredita que aqueles passíveis de conserto são utilizados em escolas.
Na Coordenadoria de Meio Ambiente (CMA) da UFPA foi informado que já está sendo
criado um plano de criação de uma Comissão de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
UFPA, conforme estabelece o artigo 14º, V e VI, da Lei 12.305/2010. A coordenação do CMA
aponta que em 2004 já havia uma proposta para a criação de comissão semelhante, mas não
foi aprovado pela reitoria da Universidade Federal do Pará.
A CMA também relata que na UFPA existe um programa de Coleta Seletiva Solidária,
implantada pelo Decreto 5.940 de 25 de outubro de 2006, encaminhada pelo Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) e Ministério das Cidades (MC), para
todos os órgãos públicos e federais do país. Na cidade universitária da UFPA a Coleta Seletiva
Solidária entrou em funcionamento em 3 de Junho de 2009, e teve como objetivo incentivar a
separação do lixo em parceria com algumas cooperativas de catadores, entre elas Cooperativa
de Catadores de Materiais Recicláveis (CONCAVES), Cooperativa de Trabalho dos
Profissionais do Aurá (COOTPA), Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém
(ACCSB) e Cooperativa de Catadores Visão Pioneira de Icoaraci (COCAVIP), entretanto os
REE não fazem parte desse Programa.

5.4 Emprego de Software da pesquisa

Em primeiro momento a definição do software a ser empregado no estudo está sendo


utilizado um sistema denominado SHIFT. Trata-se de um software para Web que trata de um
modelo de gestão da logística reversa. Ele foi implementado em Java para Web (JEE), com
banco de dados MySQL e JSF (PrimeFaces), todas tecnologias gratuitas e/ou livres. O nome
do sistema faz referência ao deslocamento de bens que ocorre em qualquer sistema de
logística, no caso, um deslocamento reverso. A versão atual do SHIFT está dividida em cinco
módulos: cadastros (dados auxiliares), registro das etapas de processamento do lote, situação
do lote, transportes realizados e pesquisa do lote.
Atualmente, o estudo está avaliando a entrada dos dados em função do material
levantado em campo e a efetividade do software para a pesquisa proposta.

PUBLICAÇÕES:

Artigo: O Gerenciamento de Lâmpadas Pós-Consumo na Cidade Universitária José Silveira


Netto – Universidade Federal do Pará- UFPA. (Ver Anexo)
Aceito o resumo para o Congresso:
Geossintéticos | Regeo 2015
VII Congresso Brasileiro de Geossintéticos e VIII Congresso Brasileiro de Geotecnia
Ambiental, de 19 a 21 de julho de 2015, em Brasília/DF.

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ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS MESES

- verificar a aplicação de um software compatível para a avaliação do ciclo de vida desses


resíduos (Trabalho de Conclusão de Curso).

CONCLUSÃO:

Os materiais inservíveis, entre eles os REE, da Cidade Universitária não apresentam


uma coleta, armazenamento e disposição final ambientalmente adequada, apresentando um
gerenciamento deficiente.
A pesquisa constatou que não existe ainda na Cidade Universitária um plano de
gerenciamento de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos de acordo com os preceitos da
Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos 12.305/2010, com a inclusão de uma logística
reversa.
Na implantação do gerenciamento dos REE, pela UFPA, é essencial que haja um
acompanhamento dos resíduos destinados as ONGs (responsabilidade compartilhada), para
fins de avaliação do ciclo reverso dos produtos e a destinação final ambientalmente adequada.
Caso não ocorra essa fiscalização da parte do doador ou do governo, a doação estaria sendo
uma simples “transferência” de responsabilidade da destinação final dos resíduos
eletroeletrônicos. Essa situação pode ser comparada, em uma escala menor, com a convenção
da Basiléia, a qual é a legislação ambiental internacional, criada pela Organização das Nações
Unidas (ONU), que regulamenta e controla os movimentos tranfronteiriços de resíduos
perigosos (lixo eletroeletrônico), seu tratamento e disposição final, e estabelece regras severas
para a exportação internacional do e-lixo, porém essas regras não são respeitadas por muitos
países, sendo esses participantes ou não.
Em vista disso, é necessário implantar algumas ações dentro da Universidade, entre
elas: a segregação do lixo eletroeletrônico para com os demais, favorecendo a sua destinação
adequada e evitando contato com o meio ambiente, que podem causar poluição tóxica por
serem constituídos de metais pesados; a criação de uma Comissão Avaliadora, que seria
responsável por classificar um objeto como inservível ou não, com o objetivo de diminuir o
desperdício e facilitar a reutilização; e, expansão do Departamento de Almoxarifado e
Patrimônio do DPAD, para dinamizar e desafogar a função do departamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004/2004: Resíduos


sólidos: classificação. Rio de Janeiro: 2004. NBR 10004/2004: Resíduos sólidos:
classificação. Rio de Janeiro, 2004.
BRASIL. Presidência da República do Brasil. Lei nº 12.305/2010. Institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras
providências. Brasília: 2010.
BRASIL, Decreto N° 5.940 de, 25 de Outubro de 2006. Institui a separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e
indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis, e dá outras providências.

14
BRASIL, Lei Nº 8.666, de 21 de Junho de 1993. Regulamenta e institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
FIORILLO, C.A.P. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 12º. ed. Editora Saraiva, 2011.
GOMES, E. P; SILVA, G. N; FERNANDES, J. S; SILVA, R. A; Sustentabilidade no Descarte
e Equipamentos de Informática. 2009

DIFICULDADES.

A dificuldade de se obter algumas informações na Universidade em termos de levantamento


de resíduos e desenvolvimento de software em função dos dados obtidos.

PARECER DO ORIENTADOR: O Trabalho desenvolvido pela aluno no programa de


Iniciação Científica, nesse estudo, está bem fundamentado e demonstra que o mesma
apresenta boa aptidão para o desenvolvimento de atividades técnico-científicas. Portanto
apresento o conceito BOM (nota 8,5) para este seu trabalho.

DATA : 10/08 /2015

_________________________________________
ASSINATURA DO ORIENTADOR

____________________________________________
ASSINATURA DO ALUNO

ANEXO

Artigo Congressos

Artigo 1
O gerenciamento de lâmpadas pós-consumo na Cidade Universitária José Silveira Netto –
Universidade Federal do Pará-UFPA
RESUMO-5197

Risete Maria Queiroz Leão Braga Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, risetebraga@ufpa.br
Noemy Yuri Hanawa Konagano, MVA Consultoria e Desenvolvimento, Belém, Brasil,
Noemy_hk@yahoo.com.br
Gabriel Hiromite Yoshino Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, Belém, Brasil,
grabrielyoshino@yahoo.com.br
Cleiton Alves Freitas Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, cleitonallves@hotmail.com
Shirlene Trindidade dos Santos Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, xleny18@hotmail.com

A questão dos impactos ambientais, quanto à geração e disposição inadequada de resíduos


sólidos, e consequente contaminação do meio ambiente têm levado a uma mudança de

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paradigmas para o seu enfrentamento, evidenciando a necessidade de uma gestão sustentável
dos mesmos. Alguns desses resíduos, como as lâmpadas fluorescentes pós-consumo, não vem
recebendo o tratamento e disposição adequada, podendo provocar contaminação ao homem e
à natureza, pois contém mercúrio, que é considerado um resíduo perigoso, segundo a NBR
10.004/04. A Lei 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 7.404/20110, que instituiu a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelece a implantação de planos de
gerenciamento para esses resíduos, e ainda à responsabilidade empresarial exigindo que os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes apliquem a logística reversa em
produtos como lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio, mercúrio e de luz mista. O objetivo
desse trabalho foi avaliar o sistema de gerenciamento de lâmpadas fluorescente pós-consumo
na Cidade Universitária José Silveira Netto – Universidade Federal do Pará-UFPA. A área de
estudo compreendeu os quatro setores da UFPA: Básico, Profissional, Saúde e Esportivo, com
120.265,37 m² de área construída. A metodologia empregada no estudo consistiu na aplicação
de questionários e visitas “in loco” aos coordenadores dos setores e à empresa terceirizada,
para fins de avaliação do manejo (coleta, armazenamento, transporte e disposição final)
desses resíduos no ano de 2013. Os resultados revelaram que os setores geraram 7.000
lâmpadas florescentes pós-consumo em 2013, e que uma grande quantidade desses resíduos
não recebem tratamento e disposição final adequada. As lâmpadas após o ciclo de vida útil
são dispostas em contêineres, misturadas ao lixo comum, o que representa um risco ao meio
ambiente.

PALAVRAS-CHAVE: Resíduos, Lâmpadas Fluorescentes, PNRS, Disposição Final.

ARTIGO 2:

RESUMO
Os avanços tecnológicos geram uma quantidade significativa de resíduos eletroeletrônicos (REEE’s), que muitas
vezes não recebem tratamento e destino ambientalmente adequado. Os resíduos eletroeletrônicos apresentam em
suas composições algumas substâncias químicas, como cádmio, mercúrio e chumbo, que podem causar danos a
fauna e a flora e até mesmo a saúde da população. Este estudo teve como objetivo avaliar a coleta,

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armazenamento e disposição final dos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE´s) na Cidade
Universitária José Silveira Netto -– UFPA. A metodologia do trabalho consistiu na aplicação de questionários e
visitas “in loco” aos principais atores (diretoria e funcionários da UFPA) envolvida no processo do fluxo de
entrada e saída desses materiais na Universidade. O estudo mostrou que não existe um plano de gerenciamento
dos REEE’s com os preceitos da logística reversa, segundo a Lei 12.305/10.

PALAVRAS-CHAVE: REEE´s, Meio ambiente, PNRS, Gerenciamento, Resíduo Perigoso.

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