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Seguindo uma tradição que remonta à Grécia clássica, naquela época se compreendia a alma ou mente
humana, como responsável por uma representação interna da realidade exterior e, conseqüentemente, pelo
comportamento daí resultante. Platão e Aristóteles dedicaram-se a compreender o espírito empreendedor do
conquistador grego; e a filosofia começa a especular em torno do homem e de sua interioridade.
As raízes da psicologia podem ser localizadas no quarto e quinto séculos a.C. – confundindo-se com a
Filosofia até meados do século XIX. Os filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles levantaram questionamentos
e reflexões fundamentais sobre o funcionamento da mente, apesar de tratar apenas da alma humana.
Sócrates (469 – 399 a.C.): Sócrates nasceu em Atenas, e tornou-se um dos principais pensadores da
Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Ele foi um
verdadeiro divisor de águas, os pré- socráticos tinham uma visão mítica e religiosa da natureza e a partir de Sócrates
adota-se uma forma de pensar racional.
Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.
Afirmava que a principal característica humana era a razão, dada ao homem pela alma, aspecto que permitiria ao
homem deixar de ser um animal irracional.
Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Ele foi um
verdadeiro divisor de águas, os pré- socráticos tinham uma visão mítica e religiosa da natureza e a partir de Sócrates
adota-se uma forma de pensar racional.
Conhecemos seus pensamentos e idéias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e
Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.
Platão (427 – 347 a.C.): Discípulo de Sócrates, definiu um lugar para a razão (alma), a cabeça,
representando fisicamente a psique, e a medula teria como função a ligação entre mente e corpo. Concebia a alma
separada do corpo, e acreditava na imortalidade da alma e na reencarnação.
Na obra o Fédon, Platão expõe as suas idéias sobre a alma. A alma não se limita a ser entendida como
o princípio da vida, mas é também vista como o princípio de conhecimento. A alma é uma substancia independente
do corpo, é eterna, unindo-se a ele de forma temporária e acidental.
As almas pertencem ao Mundo Inteligível ou Mundo das Idéias (real, imutável, eterno, etc). As idéias
tem uma realidade objetiva, substancial, são o modelo ideal (arquétipos) de todas as coisas que existem no Mundo
Sensível, com base nas quais as coisas foram criadas ou tendem a ser realizadas.
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Os corpos pertencem ao Mundo Sensível ou Físico (mutável, ilusório, etc.). As coisas que existem
neste Mundo são mais ou menos perfeitas conforme a sua semelhança com os respectivos modelos.
Mas as almas aspiram a libertar-se dos corpos e retornaram ao mundo das idéias. Só que para que isso
aconteça é necessário que se libertem do ciclo reencarnações a que estão aprisionadas. Quando morre um corpo, a
alma transmigra para outro, mas antes faz uma viagem pelo mundo das idéias. A viagem e a transmigração está
contudo condicionada pelos atos praticados na vida anterior:
As almas dos indivíduos que tiveram uma vida virtuosa, são recompensadas de duas formas: a) na sua
nova passagem pelo Mundo das Idéias tem um maior contacto com as Idéias; b) o novo corpo em que reencarnam
pertence a uma pessoa com um estatuto social mais elevado que o anterior;
A união da alma com um corpo não faz desaparecer as idéias que nela existem. Pelo contrário, estas
vão sendo recordadas e despertadas através da educação e da experiência sensível.
Segundo Platão, a psiquê é a vida mental, interna do ser humano. Antes da palavra “Psicologia”, foi usado o
termo “Pneumanton”, do grego Pneumatologia (vapor, respiração, espírito), para designar a parte da filosofia que
tratava da “essência e natureza da alma”. (WOLFF, 1967)
A palavra Psicologia deriva de dois termos gregos: O prefixo “psiquê” que significa alma, e o sufixo -logia,
derivado de “logos”, que significa estudo (razão ou conhecimento).
Aristóteles (384 – 322 a.C.): Discípulo de Platão, acreditava na não dissociação do corpo e a alma,
ou seja, na sua relação de pertencimento ao corpo, entendia corpo e mente de forma integrada, e percebia a psiquê
como o princípio ativo da vida., consequentemente acreditava na mortalidade da alma.
Para Aristóteles tudo que tinha vida tinha também uma alma, os vegetais, a alma vegetativa (com a função de
alimentação, reprodução e repouso); os animais possuíam essa alma e a alma sensitiva (com a função de percepção e
movimento) a alma do homem teria as duas funções anteriores e mais a uma terceira função, a função pensante.
1. Teólogos: Mateus 16
13 E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os
homens ser o Filho do homem?
14 E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o
sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela;
19 E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus.
20 Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.
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Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a sete chaves pela Igreja - Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino partem dos posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente.
Santo Agostinho (354 – 430 d.C.): Aurélio Agostinho, Inspirado em Platão, acreditava que a alma
era imortal, que a mesma era a sede da razão e de uma manifestação divina.
O último dos filósofos da Antigüidade e o primeiro do mundo medieval, foi o responsável pela
sistematização da filosofia cristã durante a idade média. No seu livro A Doutrina Cristã, estabeleceu que os cristãos
deveriam sim, utilizar-se da filosofia pagã grega em tudo aquilo que julgassem útil para o desenvolvimento do
cristianismo, desde que fossem compatível com a fé. Assim, durante toda a era medieval, estabeleceu-se um sistema
regulador do saber, um verdadeiro filtro ideológico, uma vez que naqueles anos de uma Europa fragmentada, a
igreja detinha o monopólio da informação e do saber. Neste cenário, livros eram proibidos e jaziam em bibliotecas
secretas localizadas em mosteiros distribuídos por toda a Europa, sob a guarda da ordem dos Beneditinos. Durante a
baixa idade média, entre os séculos XI e XV, esse modelo de sociedade começa a ser contestada.
São Tomás de Aquino (1225 – 1274 d.C.): Enfrentou o início de um movimento protestante,
buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência (o homem na sua essência, busca a perfeição em sua
existência, porém o Único capaz seria Deus) Apoiava os dogmas da Igreja.
Quando a forma é princípio da vida, que é uma atividade cuja origem está dentro do ser, chama-se alma.
Portanto, têm uma alma as plantas: alma vegetativa, que se alimenta, cresce e se reproduz; e os animais: alma
sensitiva, que, a mais da alma vegetativa, sente e se move. Entretanto, a psicologia racional, que diz respeito ao
homem, interessa apenas a alma racional. Além de desempenhar as funções da alma vegetativa e sensitiva, a alma
racional entende e quer, pois segundo Tomás de Aquino, existe uma forma só e, por conseguinte, uma alma só em
cada indivíduo; e a alma superior cumpre as funções da alma inferior.
No homem existe uma alma espiritual - unida com o corpo, mas transcendendo-o - porquanto além das
atividades vegetativa e sensitiva, que são materiais, se manifestam nele também atividades espirituais, como o ato
do intelecto e o ato da vontade. A atividade intelectiva é orientada para entidades imateriais, como os conceitos; e,
por conseqüência, esta atividade tem que depender de um princípio imaterial, espiritual, que é precisamente a alma
racional. Assim, a vontade humana é livre, indeterminada - ao passo que o mundo material é regido por leis
necessárias. E, portanto, a vontade não pode ser senão a faculdade de um princípio imaterial, espiritual, ou seja, da
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alma racional, que pelo fato de ser imaterial, isto é, espiritual, não é composta de partes e, por conseguinte, é
imortal.
Como a alma espiritual transcende a vida do corpo depois da morte deste, isto é, é imortal, assim transcende a
origem material do corpo e é criada imediatamente por Deus, com relação ao respectivo corpo já formado, que a
individualiza. Mas, diversamente do dualismo platônico-agostiniano, Tomás sustenta que a alma, espiritual embora,
é unida substancialmente ao corpo material, de que é a forma. Desse modo o corpo não pode existir sem a alma, nem
viver, e também a alma, por sua vez, ainda que imortal, não tem uma vida plena sem o corpo, que é o seu
instrumento indispensável.
A Reforma Protestante: Durante a Idade Média, os povos europeus cristãos reconheciam a Igreja
Católica como a única autoridade espiritual existente. No entanto, o alto clero havia acumulado tanto poder que
passou a se preocupar mais com as questões terrenas do que com as espirituais. Era comum encontrar religiosos
envolvidos com nepotismo, corrupção, luxúria, o que deixava a Igreja cada vez mais desacreditada perante a
população. Em 1517, no entanto, o catolicismo sofreu um grande abalo. Naquele ano, o monge alemão Martinho
Lutero criticou duramente essas práticas vergonhosas e desencadeou um processo de reforma religiosa que provocou
um verdadeiro cisma na Igreja Católica. Estava nascendo o protestantismo, um movimento que obrigou os católicos
a mudarem sua postura para recuperar o prestígio junto a seus fiéis.
Martinho Lutero (1483 – 1546 d.C.): Lutero nasceu em 10 de novembro em Eisleben, Alemanha.
Preocupado com a salvação, o jovem Martinho Lutero decidiu tornar-se monge. Durante seu estudo, sempre o
acompanhava a pergunta: "Como posso conseguir o amor e o perdão de Deus?" Lutero foi descobrindo ao longo dos
seus estudos que para ganhar o perdão de Deus ninguém precisava castigar-se ou fazer boas obras, mas somente ter
fé em Deus. Com isso, ele não estava inventando uma doutrina, mas retomando pensamentos bíblicos importantes
que estavam à margem da vida da igreja naquele momento.
Lutero decidiu tornar públicas essas idéias e elaborou 95 teses, reunindo o mais importante de sua
(re)descoberta teológica, e fixou-as na porta da igreja do castelo de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Ele
pretendia abrir um debate para uma avaliação interna da Igreja, pois acreditava que a Igreja precisava ser renovada a
partir do Evangelho de Jesus Cristo.
Em pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas espalharam-se
também pelo resto da Europa. Embora tivesse sido pressionado de muitas formas - excomungado e cassado - para
abandonar suas idéias e os seus escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias atingiram rapidamente o povo
e essa divulgação foi facilitada pelo recém inventado sistema de impressão de textos em série.
Causas da Contestação: A venda de indulgências (o perdão dos pecados), a simonia (o comércio de falsas
relíquias religiosas), a falta de vocação e virtude dos clérigos (que se juntavam as ordens católicas para desfrutar de
maior poder, influência e acesso a benefícios materiais), o controle do conhecimento por parte dos religiosos ou
ainda o monopólio da Bíblia se tornaram cada vez mais incômodos para os fiéis, que a partir do ressurgimento das
cidades e do comércio assistiram o surgimento dos primeiros movimentos de contestação ao domínio da Igreja.
Princípios Fundamentais da Reforma: Os cinco solas são frases latinas que surgiram durante a Reforma
Protestante e são princípios fundamentais da Reforma Protestante em contradição com o ensinamento da
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Igreja Católica Romana da época. A palavra latina "sola" significa "somente" em Português. Os cinco solas
sintetizam os credos teológicos básicos dos reformadores, pilares os quais creram ser essenciais da vida e
prática cristã. São eles:
Sola fide (somente a fé);
Sola scriptura (somente a Escritura);
Solus Christus (somente Cristo);
Sola gratia (somente a graça);
Soli Deo gloria (glória somente a Deus).
Protestantismo: Um dos pontos de destaque da reforma é o fato de ela ter possibilitado um maior
acesso à Bíblia, graças às traduções feitas por vários reformadores (entre eles o próprio Lutero) a partir do latim para
as línguas nacionais. Tal liberdade fez com que fossem criados diversos grupos independentes, conhecidos como
denominações. Nas primeiras décadas após a Reforma Protestante, surgiram diversos grupos, destacando o
Luteranismo e as Igrejas Reformadas ou calvinistas (Presbiterianismo e Congregacionalismo). Nos séculos
seguintes, surgiram outras denominações reformadas, com destaque para os Batistas e os Metodistas.
René Descartes (1596 – 1659): A alma não é mais entendida nos termos de Aristóteles e dos
escolásticos, como forma do corpo ou princípio de vida. Trata-se do pensamento, da substância consciente.
Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns pesquisadores alegam que essa hipótese
assumida por Descartes foi um subterfúgio encontrado para continuar suas pesquisas, desenvolvidas a partir da
dissecação de cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição. Mente é redefinida como
consciência e não conserva mais semelhança com o corpo, pois o corpo é divisível e a mente não.
Dualismo: Postula a separação entre mente e corpo e possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia.
RES COGITANS - espírito como substância não extensa
RES EXTENSA - corpo como substância material
A maior contribuição de Descartes para a História da psicologia Moderna foi a tentativa de resolver o
problema corpo-mente que era uma questão controvertida e que perdurava desde o tempo de Platão, quando a
maioria dos pensadores deixaram de adotar uma visão monista (mente e corpo era uma só entidade) e
adotaram essa posição dualista: mente e corpo eram de naturezas distintas. Contudo essa posição implicava
numa outra questão: Qual é a relação entre mente e corpo ? A mente e o corpo influenciam-se mutuamente ou
só a mente influenciava o corpo conforme se pensava até então ?
Descartes absorveu a posição dualista, mas defendia que a interação entre mente e corpo era muito
maior que se imaginava e que não só a mente poderia influenciar o corpo, mas o corpo poderia influenciar a
mente de uma forma muito maior do que se imaginava até então.
Descartes argumentou que a função da mente era somente a do pensamento e que todos os outros
processos era realizados pelo corpo. Mente e corpo, apesar de serem duas entidades distintas, são capazes de
exercer influências mútuas e interatuar no organismo humano. Essa teoria foi chamada de interacionismo
mente-corpo.
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Concluiu Descartes ser o corpo como uma máquina, onde seu funcionamento pode ser explicado por
leis da física. Descartes foi profundamente influenciado e influenciou bastante o espírito mecanicista de seu
tempo.
Por outro lado, por não possuir quaisquer propriedades da matéria, a mente tem como função o
pensamento e a consciência, nos fortalecendo o conhecimento do mundo externo. Essa "coisa pensante" é
livre, imaterial e inextensa.
Uma vez que havia essa interação mútua entre corpo e mente, Descartes foi forçado a crer que havia
um ponto no corpo onde essa interação poderia acontecer acreditou ser a glândula pineal, pois é esta a única
estrutura não duplicada no cérebro. Considerou então ser este o ponto onde acontecia a interação mente-
corpo.
Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (Bazentin, 1744 - Paris, 1829): foi um
naturalista francês do século XIX (foi ele que, de fato, introduziu o termo biologia) que desenvolveu a teoria dos
caracteres adquiridos, uma teoria da evolução agora desacreditada. Lamark personificou as idéias pré-darwinistas
sobre a evolução. Lamarck chegou a duas leis:
1 - Lei do uso e desuso - "Nos animais que não passaram o limite do seu
desenvolvimento, o uso mais frequente e contínuo de um órgão fortalece, desenvolve e
aumenta gradualmente esse órgão, e dá-lhe um poder proporcional ao tempo durante o
qual foi usado; enquanto que a não utilização permanente de qualquer órgão causa o seu
enfraquecimento e deterioração e diminui progressivamente a sua capacidade para
funcionar, até que finalmente desaparece";
Charles Robert Darwin (1809 – 1882): Cientista e Naturalista inglês, nascido em Shrewsbury,
responsável pela criação da Teoria da Evolução, que tem por base o lento processo de seleção natural. Darwin tinha
22 anos quando zarpou em 1831 no Beagle, com a missão primária de desenhar reentrâncias mal conhecidas do
litoral da costa Sul Americana. A viagem durou quatro anos e nove meses. Darwin enterra o antropocentrismo com
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sua tese evolucionista. Abordo do Beagle Darwin deu a volta ao mundo, esteve em países ou locais como: Cabo
Verde, Brasil, Argentina, Andes, Terra do Fogo, Chile, Peru, Ilhas Galápagos, Nova Zelândia, Austrália, Ilhas Cocos.
Embora, em princípio, os pássaros parecessem merecer menos atenção, o ornitólogo John Gould revelou que
o que Darwin pensara serem corruíras (wrens), melros e tentilhões levemente modificados de Galápagos eram de
fato tentilhões, mas cada um de uma espécie distinta.
"é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de
espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades". (Darwin)
O confronto mais famoso ocorreu em um encontro da Associação Britânica para o Avanço da Ciência em
Oxford. O professor John William Draper fez uma longa apresentação sobre Darwin e progresso social e, então,
Samuel Wilberforce, o bispo de Oxford, atacou as idéias de Darwin. Em um acalorado debate, Joseph Hooker
defendeu Darwin com tenacidade e Thomas Huxley se estabeleceu como o "bulldog de Darwin" – o mais veemente
defensor da teoria evolutiva no palco Vitoriano. Conta-se que tendo sido questionado por Wilberforce se ele
descendia de macacos por parte de pai ou de mãe, Huxley murmurou: "O Senhor o deixou em minhas mãos" e
respondeu que "preferia ser descendente de um macaco que de um homem educado que usava sua cultura e
eloqüência a serviço do preconceito e da mentira" (isto é contestado, veja Wilberforce and Huxley: A Legendary
Encounter). Logo se espalhou pelo país a história de que Huxley teria dito que preferia ser um macaco a um bispo.
Muitas pessoas sentiam que a visão de Darwin da natureza acabava com a importante distinção entre homem
e animais. O próprio Darwin não defendia suas idéias em público, embora ele lesse avidamente tudo sobre o debate.
Ele se encontrava freqüentemente doente e apenas fazia comentários através de cartas e correspondência. Seu
círculo central de amigos cientistas – Huxley, Hooker, Charles Lyell e Asa Gray – ativamente colocavam seu
trabalho em discussão nos palcos científico e público, defendendo-o de seus muitos críticos e ajudando-o a ganhar o
respeito que lhe valeu a medalha Copley da Royal Society em 1864.
A teoria de Darwin também foi usada como base para vários movimentos da época e tornou-se parte da
cultura popular. O livro foi traduzido para muitos idiomas e teve numerosas re-impressões. Ele tornou-se um texto
científico acessível tanto para aos novos e curiosos cidadãos da classe média quanto para os trabalhadores e foi
aclamado como o mais controverso e discutido livro científico de todos os tempos.
Wilhelm Wundt - O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a
Psicologia da Filosofia. Historicamente, a psicologia afastou-se da filosofia no final do século XIX, tornando-se uma
disciplina basicamente experimental, chamada de Psicologia Moderna (Schultz & Schultz, 1992). O começo formal
da psicologia como ciência foi demarcado pela implantação do primeiro laboratório de estudos psicofisiológicos, em
Leipzig na Alemanha, por Wilhelm Wundt, em 1879, ligado ao desenvolvimento da escola estruturalista, a partir da
qual (favorável ou contrariamente) evoluíram outras correntes (Schultz & Schultz, 1992). Os experimentos com
humanos, então desenvolvidos, caracterizaram uma psicologia fisiológica e ainda introspectiva, com resultados que
não eram replicáveis, nem tampouco verificáveis. O estudo do homem assim concebido era realizado através de
métodos introspectivos (Rangé, 1995).
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Método Introspectivo ou Introspeccionista: Para atingir estes seus objetivos, ele utiliza como método de
estudo a introspecção controlada. Esse método consiste em, no laboratório, sujeitos (observadores) treinados
descreverem as suas experiências resultantes de uma situação experimental. Através da introspecção , os sujeitos
descreviam as suas percepções resultantes de estímulos visuais, auditivos e tácteis. Exemplo: os sujeitos
experimentais ouviam um som e em seguida descreviam o que sentiam. Para Wundt só este método permite o acesso
à experiência consciente do indivíduo.
É neste cenário investigativo que surgem três correntes teóricas: o Funcionalismo, o Estruturalismo e o
Associacionismo.
O Funcionalismo foi elaborado por William James (1842/1910) que teve a consciência como sua grande
preocupação – como funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio.
No Estruturalismo Edward Titchener (1867/1927) também se preocupava com a consciência, mas com
seus aspectos estruturais – percebiam a consciência , isto é, seus estados elementares como estruturas do
Sistema Nervoso Central.
O Associacionismo foi apresentado por Edward Thorndike (1874/1949). Seu ponto de vista era que o
homem aprende por um processo de associação de idéias – da mais simples para a mais complexa.
O uso de uma abordagem experimental, objetiva, nos moldes das ciências naturais, caracterizou estudos
realizados com animais, como os de Pavlov (1927) e Thorndike (1895), levando à hipótese da preponderância do
papel da aprendizagem na determinação do comportamento.
Pavlov: Pavlov era filho de um sacerdote e começou a estudar Fisiologia aos 26 anos, depois de ter-se
dedicado também à Teologia e às Ciências Naturais. Estudou principalmente a fisiologia da digestão e, sobretudo,
realizou investigações com cães, examinando sua salivação e os sucos gástricos. Baseou seus estudos no
condicionamento: fez a experiência de alimentar os cães na presença de um som determinado; posteriormente, ao
ouvirem apenas o som, suas cobaias reagiram com secreção de saliva e de sucos gástricos. A distinção entre o
reflexo condicionado e o não-condicionado tornou-se básica para a psicologia que estuda a reflexologia e a
mecânica. Foi essa a direção que tomou, mais tarde, a chamada corrente "behaviorista". Em 1904, Pavlov obteve o
Prêmio Nobel de Fisiologia e de Medicina.
Descreveu o reflexo condicionado a partir de estudos acerca do reflexo de salivação de cães: “um estímulo
antes neutro adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo... [após um
período de apresentações durante o qual] o estímulo neutro é seguido ou ‘reforçado’ pelo estímulo efetivo” (Skinner,
1953/1994).
O que é um reflexo?
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É toda e qualquer reação involuntária e automática, emitida por um organismo provocada por um estímulo
eliciador específico, ou seja, quando um organismo é exposto a uma dada estimulação ele vai reagir mesmo
contra sua vontade!!
O que é um Reflexo Incondicionado?
É um reflexo inato e biologicamente estabelecido. É eliciado a partir de um estímulo incondicionado, ou seja, por
um estímulo que o provoque naturalmente. Como exemplo pode-se citar um reflexo de salivação com a presença
de alimento na boca.
E o Reflexo Condicionado?
É toda e qualquer reação involuntária e automática, emitida por um organismo provocada por um estímulo
eliciador específico, porém este reflexo se caracteriza por ser provocado por um estímulo que possui uma história
de pareamento com um estímulo incondicionado. A partir de sucessivas associações entre estes dois estímulos, o
estímulo previamente neutro, passará a eliciar a resposta reflexa antes só evocada pelo estímulo incondicionado.
S inc → R inc
S neutro → R inc
S cond → R cond
ou
Estímulo incondicionado (carne) → Reflexo incondicionado (salivação)
Thorndike (1874 – 1927), principal representante do Associacionismo, descreveu a “lei do efeito” (em
termos de que um comportamento pode ser estabelecido quando seguido por determinadas conseqüências) a partir
da observação de gatos repetidamente colocados em uma gaiola, de onde escapavam cada vez mais rapidamente
para conseguir comida (Skinner, 1953/1994).
Watson, em seu manifesto do behaviorismo, Psychology as the behaviorist views it (A psicologia como
o psicólogo a ver), de 1913, propôs que a psicologia humana seguisse os exemplos metodológicos advindos da área
de pesquisa com animais, abandonando a introspecção e se apresentando como uma ciência do comportamento
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(Rangé, 1995). Seu argumento central era de que as explicações ou causas do comportamento deveriam ser buscadas
no ambiente, ignorando-se os estados subjetivos possivelmente subjacentes ao comportamento (Skinner,
1963/1980). Watson funda o Behaviorismo Metodológico.
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990): A análise experimental do comportamento é uma corrente da
psicologia cujo embasamento filosófico (abrangendo seu tema e métodos) advém do comportamentalismo ou
behaviorismo radical fundado por Skinner.
Diversas teorias de aprendizagem foram, então, desenvolvidas, como a teoria do reforço de Hull (1943; 1947;
1952), a teoria cognitiva de Tolman (1935), a análise experimental do comportamento de Skinner (1938), e as
retificações ou complementações à teoria de Hull, por Spencer (1960), Miller e Dollard (1941; 1952), Mowrer
(1939; 1950; 1960), entre outros, além de, mais recentemente, a Teoria da Aprendizagem Social, de Bandura e
Walters (1963) e Bandura (1969; 1977; 1980; 1989) (cf. Rangé, 1995).
2. Psicanálise. Teoria elaborada por Sigmund Freud (1856/1939) recupera a importância da afetividade e
tem como seu objeto de estudo o inconsciente.
3. Gestalt. Surgiu na Europa, mais precisamente na Alemanha, com Wertheimer, Köhler e Koffka, entre
1910 e 1912 e nega a fragmentação das ações e processos humanos, postulando a necessidade de se compreender o
homem como uma totalidade (apesar de enfatizar os estudos sobre a percepção), resgatando as relações da
Psicologia com a Filosofia.
4. Centrada no Cliente. Criada por Carl Rogers (1902/ ) A terapia é apontada como dirigida pelo
cliente ou centrada no cliente uma vez que é quem assume toda direção que for necessária.
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Psicologia Experimental
Psicologia da Personalidade
Psicologia Clínica
Psicologia do Desenvolvimento
Psicologia Organizacional
Psicologia da Educação
Psicologia da Aprendizagem
Psicologia Esportiva
Psicologia Forense
Neuropsicologia
Profissionais
Psicólogo
Psiquiatra
Psicanalista
Anexo