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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a


promoverem as transformações futuras”

AQUÁRIO DE FOZ DO IGUAÇU

LUIZ GUSTAVO GRZYBOWSKI

Foz do Iguaçu - PR
2017
i

LUIZ GUSTAVO GRZYBOWSKI

AQUÁRIO DE FOZ DO IGUAÇU

Trabalho Final de Graduação


s
apresentado aos Prof . Elisiana Alves
Kleinschmitt e Maximiliano Esteban
Garavano, como requisito de avaliação
da disciplina de Trabalho Final de
Graduação II, do Curso de Arquitetura
e Urbanismo do Centro Universitário
Dinâmica das Cataratas (UDC),
orientado pela professora Laline Cenci.

Foz do Iguaçu – PR
2017
ii

“Ou seremos diferentes ou não seremos nada”

Juan Carlos Sotuyo


ii

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e do aprendizado. Por ter


me dado energia e saúde para concluir este trabalho. Sou grato também pelos
momentos de dificuldade que, sem dúvidas, foram importantes para o processo de
aprendizagem.
À minha família, em especial aos meus pais, por todo apoio, dedicação e
incentivo para que eu continuasse.
À Fernanda, minha companheira que tanto me apoiou, compreendendo
minhas ausências durante os períodos de entrega, me auxiliando sempre que
necessário e principalmente, me incentivando a continuar.
Agradeço aos amigos e colegas de classe, que sempre estiveram presentes,
apoiando no desenvolvimento dos trabalhos e trocas de experiências.
Ao corpo docente da instituição, por todo o conhecimento adquirido. Agradeço
em especial, à minha professora orientadora, Laline Cenci, pela dedicação e
orientação necessária.
Sou grato ao AquaRio e equipe, pela atenção e dedicação com que fui
recebido na visita técnica, viabilizada pelo professor Kaled Barakat, a quem também
sou grato. A visita foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho.
Agradeço aos entrevistados que colaboraram significativamente com as
pesquisas realizadas.
Por fim, muito obrigado à todos que me apoiaram em mais esta jornada!
iii

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................9
1 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 11
1.1 ECOSSISTEMAS...............................................................................................11
1.2 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS.........................................................................11
1.3 LAZER................................................................................................................12
1.4 AQUÁRIOS.........................................................................................................13
1.4.1 A história do aquarismo no mundo..............................................................14
1.4.2 A história do aquarismo no Brasil................................................................16
1.4.3 Tipos de aquários...........................................................................................17
1.4.3.1 Aquários marinhos.........................................................................................18
1.4.3.2 Aquários dulcícolas........................................................................................21
1.5 ESCOLA ARQUITETONICA: PÓS MODERNISMO............................................23
1.5.1 High Tech.........................................................................................................24
2 METODOLOGIA.....................................................................................................26
2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA..............................................................................26
2.2 PESQUISA DOCUMENTAL.................................................................................27
2.3 PESQUISA DE CAMPO.......................................................................................28
2.3.1 Entrevista.........................................................................................................28
2.3.2 Questionário....................................................................................................29
2.3.3 Observação / Visita Técnica..........................................................................30
3 ANALISE DE CORRELATOS................................................................................31
3.1 CORRELATOS TEMÁTICOS..............................................................................31
3.1.1 Aquário Rio Mora............................................................................................31
3.1.1.1 Ficha técnica..................................................................................................32
3.1.1.2 Descrição da edificação.................................................................................32
3.1.1.3 Analise da forma............................................................................................33
3.1.1.4 Analise da função..........................................................................................35
3.1.1.5 Analise de tecnologias...................................................................................38
3.1.2 Aquário Antalya..............................................................................................39
3.1.2.1 Ficha técnica..................................................................................................39
3.1.2.2 Descrição da edificação.................................................................................40
3.1.2.3 Analise da forma............................................................................................40
3.1.2.4 Analise da função...........................................................................................41
3.1.2.5 Analise de tecnologias...................................................................................43
3.2 CORRELATOS TEÓTICOS.................................................................................45
3.2.1 Aquário Planeta Azul (Blue Planet Aquarium)..............................................45
3.2.1.1 Ficha técnica..................................................................................................45
3.2.1.2 Descrição da edificação.................................................................................46
3.2.1.3 Analise da forma.............................................................................................47
3.2.1.4 Analise da função...........................................................................................48
3.2.1.5 Analise de tecnologia.....................................................................................49
3.2.2 Aquário Promorsky.........................................................................................51
3.2.2.1 Ficha técnica..................................................................................................51
3.2.2.2 Descrição da obra..........................................................................................52
3.2.2.3 Analise da forma............................................................................................52
3.2.2.4 Analise da função...........................................................................................54
3.2.2.5 Analise de tecnologias...................................................................................55
iv

3.3 ANALISE GERAL DE CORRELATOS.................................................................57


4 INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE.....................................................................58
4.1 FOZ DO IGUAÇU.................................................................................................58
4.2 HISTÓRICO DE FOZ DO IGUAÇU......................................................................59
4.3 PERFIL CULTURAL E SÓCIOECONÔMICO......................................................60
4.4 VOCAÇÃO............................................................................................................61
4.5 RESULTADOS DA PESQUISA............................................................................63
4.5.1 Pesquisa documental......................................................................................62
4.5.2 Pesquisa de campo.........................................................................................63
4.5.2.1 Entrevistas......................................................................................................63
4.5.2.1.1 Entrevista I – Aquapaisagista......................................................................63
4.5.2.1.2 Entrevista II – Funcionário AquaRio............................................................65
4.5.2.2 Questionário – População em geral...............................................................66
4.5.2.3 Visita técnica..................................................................................................71
4.6 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS........................................................................80
4.7 CONSIDERAÇÃO SOBRE A VIABILIDADE........................................................81
5 ESTUDO DO OBJETO...........................................................................................83
5.1 JUSTIFICATIVA DO TERRENO..........................................................................83
5.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO...........................................................................84
5.3 ENTORNO IMEDIÁTO.........................................................................................86
5.3.1 Região de Influência........................................................................................88
5.3.2 Sistema Viário Circundante............................................................................88
5.3.3 Equipamentos Urbanos e Infraestrutura.......................................................89
5.4 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO...................................................................90
5.4.1 Orientação Solar..............................................................................................91
5.4.2 Topografia........................................................................................................94
5.4.3 Edificações Existentes....................................................................................95
5.4.4 Cursos D’água Existentes..............................................................................95
5.4.5 Vegetação Existente........................................................................................96
6 DIRETRIZES PROJETUAIS...................................................................................97
6.1 CONCEITUAÇÃO.................................................................................................97
6.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES...................................................................100
6.3 ORGANOGRAMA..............................................................................................104
6.4 FLUXOGRAMA..................................................................................................105
6.5 ZONEAMENTO..................................................................................................106
CONCLUSÃO...........................................................................................................109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................111
APÊNCICES ............................................................................................................116
v

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Residência em Chestnut Hill na Filadélfia, o primeiro projeto de Robert


Venturi........................................................................................................................24
Figura 02: Centro Pompidou de Renzo Piano e Richard Rogers, considerado a
primeira obra do High Tech........................................................................................25
Figura 03: Aquário Rio Mora......................................................................................31
Figura 04: Implantação..............................................................................................32
Figura 05: Perspectiva da maquete, forma geratriz, adição e subtração..................33
Figura 06: Eixos de simetria no volume da edificação..............................................34
Figura 07: Marcação de ritmo ao longo da fachada..................................................34
Figura 08: Hierarquia.................................................................................................35
Figura 09: Panta baixa, acessos...............................................................................36
Figura 10: Corte, volumetria do programa da edificação..........................................36
Figura 11: Área de exposições..................................................................................37
Figura 12: Corte, setorização....................................................................................37
Figura 13: Corte, ventilação e iluminação natural.....................................................38
Figura 14: Fachada sudeste aquário Antalya............................................................39
Figura 15: Implantação..............................................................................................40
Figura 16: Fachada sudeste, analise formal.............................................................41
Figura 17: Planta baixa térreo, acessos....................................................................42
Figura 18: Planta baixa primeiro pavimento, acessos...............................................42
Figura 19: Planta baixa, setorização.........................................................................43
Figura 20: Laje e colunas..........................................................................................44
Figura 21: Átrio..........................................................................................................44
Figura 22: Aquário Planeta azul, vista geral..............................................................45
Figura 23: Implantação..............................................................................................46
Figura 24: Fachada sul..............................................................................................47
Figura 25: Planta baixa e setorização.......................................................................47
Figura 26: Acessos e fluxos......................................................................................48
Figura 27: Setorização..............................................................................................49
Figura 28: Painéis metálicos.....................................................................................50
Figura 29: Iluminação zenital....................................................................................50
Figura 30: Aquário Primorsky....................................................................................51
Figura 31: Implantação.............................................................................................52
Figura 32: Vista aérea, coberturas............................................................................53
Figura 33: Fachada sudoeste....................................................................................53
Figura 34: Acessos e fluxos......................................................................................54
Figura 35: Zoneamento.............................................................................................55
Figura 36: Execução da obra....................................................................................56
Figura 37: Cobertura.................................................................................................56
Figura 38: Mapa do Brasil e do Paraná.....................................................................58
Figura 39: Aquário marinho do Rio de Janeiro, AquaRio..........................................72
Figura 40: Planta baixa, pavimento térreo, acessos.................................................72
Figura 41: Hall de entrada.........................................................................................73
Figura 42: Quiosques................................................................................................73
Figura 43: Esqueleto real de uma baleia jubarte, exposto sobre o hall de
entrada.......................................................................................................................74
vi

Figura 44: Circuito de visitação.................................................................................74


Figura 45: Vista do recinto oceânico.........................................................................75
Figura 46: Túnel submerso cruzando o recinto oceânico..........................................75
Figura 47: Planta baixa, quarto pavimento, acessos, circuito de visitação e
tanques.......................................................................................................................76
Figura 48: Conjunto de equipamentos de filtragem de um tanque...........................76
Figura 49: Visão traseira dos tanques.......................................................................77
Figura 50: Sistema de filtragem do recinto oceânico................................................77
Figura 51: Sistema de filtragem biológica do recinto oceânico.................................78
Figura 52: Visão superior do recinto oceânico..........................................................78
Figura 53: Centro de pesquisa cientifica e quarentena.............................................79
Figura 54: Subsolo, tanque de armazenamento de água salgada............................79
Figura 55: Cobertura, painéis fotovoltaicos...............................................................80
Figura 56: Mapa de localização com identificação do terreno escolhido para
implantação da proposta............................................................................................84
Figura 57: Hotel San Juan.........................................................................................86
Figura 58: Hotel Panorama........................................................................................86
Figura 59: Museu de cera Dreamland.......................................................................87
Figura 60: Sistema viário circundante ao terreno escolhido......................................89
Figura 61: Indicação de fotos do terreno escolhido...................................................90
Figura 62: Foto do terreno (indicação 1)...................................................................90
Figura 63: Foto do terreno (indicação 2)...................................................................91
Figura 64: Foto do terreno (indicação 3)...................................................................91
Figura 65: Solstício de verão, 9h...............................................................................92
Figura 66: Solstício de verão, 12h.............................................................................92
Figura 67: Solstício de verão, 17h.............................................................................92
Figura 68: Solstício de inverno, 9h............................................................................93
Figura 69: Solstício de inverno, 12h..........................................................................93
Figura 70: Solstício de inverno, 17h..........................................................................93
Figura 71: Curvas de nível.........................................................................................94
Figura 72: Edificação implantada no terreno escolhido.............................................95
Figura 73: Cursos d’água existentes.........................................................................96
Figura 74: Vegetação existente.................................................................................96
Figura 75: Inspiração e forma inicial..........................................................................97
Figura 76: Espelhamento e composição aplicada a fachada....................................98
Figura 77: Volumetria................................................................................................98
Figura 78: Estudo de volumetria................................................................................99
Figura 79: Estudo de volumetria................................................................................99
Figura 80: Estudo de volumetria..............................................................................100
Figura 81: Organograma.........................................................................................105
Figura 82: Fluxograma.............................................................................................106
Figura 83: Zoneamento, pavimento térreo..............................................................107
Figura 84: Zoneamento, primeiro pavimento...........................................................107
Figura 85: Zoneamento, segundo pavimento..........................................................108
Figura 86: Zoneamento, subsolo.............................................................................108
vii

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Faixa etária.............................................................................................66


Gráfico 02: Escolaridade...........................................................................................67
Gráfico 03: Residência..............................................................................................67
Gráfico 04: Importância das ações de educação ambiental.....................................68
Gráfico 05: Importância do aquário nas ações de educação ambiental...................68
Gráfico 06: Frequência de visitação..........................................................................69
Gráfico 07: Intenção de deslocamento para visitação..............................................69
Gráfico 08: Região de implantação...........................................................................70
Gráfico 09: Administração.........................................................................................70
Gráfico 10: Quanto a estender a estadia em Foz do Iguaçu para visitar um
aquário........................................................................................................................71

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 01: Principais aquários da atualidade...........................................................15


Quadro 02: Parâmetros primários para controle de um aquário marinho.................18
Quadro 03: Principais equipamentos para funcionamento de um aquário marinho..19
Quadro 04: Parâmetros médios de um aquário de água doce.................................21
Quadro 05: Principais equipamentos para funcionamento de um aquário de água
doce...........................................................................................................................22
Quadro 06: Parâmetros construtivos para ZT2.........................................................85
Quadro 07: Atividades permitidas, toleráveis e permissivas para ZT2.....................85
Quadro 08: Distâncias entre as principais atividades do entorno.............................87
Quadro 09: Setor público, pavimento térreo............................................................100
Quadro 10: Setor público, primeiro pavimento........................................................101
Quadro 11: Setor público, segundo pavimento.......................................................101
Quadro 12: Setor serviços, pavimento térreo..........................................................102
Quadro 13: Setor administrativo, segundo pavimento............................................103
Quadro 14: Setor técnico, subsolo..........................................................................103
Quadro 15: Somatória das áreas por setores e pavimentos...................................104
viii

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo comprovar a viabilidade de implantação de um


aquário destinado a visitação pública na cidade de Foz do Iguaçu - PR, uma cidade
trinacional com enorme potencial e que tem o turismo como principal base
econômica. Seus diversos atrativos tiram proveito dos recursos naturais abundantes
no local e que estão representados principalmente pelos rios Paraná e Iguaçu. As
pesquisas aplicadas a população residente e turística, técnicos e profissionais do
setor, demonstram a grande compatibilidade da implantação de um aquário com as
necessidades da cidade, que demanda de novos atrativos e de um equipamentos
que promovam ações de preservação e educação ambiental. Atrativos similares
foram analisados e visitados para colher informações importantes e relevantes ao
desenvolvimento da proposta, que seguirá a escola arquitetonica pós-moderna high
tech. Foz do Iguaçu também foi objeto do estudo, que apresenta um panorama geral
com suas características socioeconômicas, culturais e principalmente as turísticas.
Os dados levantados demonstram que a cidade tem o potencial e a infraestrutura
necessária para receber o atrativo, provando a viabilidade da implantação.

Palavras-chave: Ecossistemas; Turismo; Aquários.


ix

ABSTRACT

This work aims at proving the feasibility of implementing an aquarium for public
visitation in the city of Foz do Iguaçu - PR, a trinational city with enormous potential
and that has tourism as the main economic base. Its diverse attractions take
advantage of the natural resources abundant in the place and that are represented
mainly by the Paraná and Iguaçu rivers. The polls applied to the resident and tourist
population, technicians and professionals of the sector, demonstrate the great
compatibility of the implantation of an aquarium with the needs of the city, which
demands new attractions and equipment that promotes actions of preservation and
environmental education. Similar attractions were analyzed and visited to gather
important information relevant to the development of the proposal, which will follow
the high tech postmodern architectural school. Foz do Iguaçu was also an object of
the study, which presents an overview with its socioeconomic, cultural and especially
tourist characteristics. The data show that the city has the potential and infrastructure
to receive the attraction, proving the viability of its implementation.

Keyworkds: Ecosystens; Tourism; Aquariums


10

INTRODUÇÃO

Apontados como alternativa de empreendimento que promove a educação e


conscientização ambiental, os aquários para visitação pública são citados na
Agenda 21, documento das Nações Unidas que recomenda a sua implantação como
opção de lazer e turismo ambientalmente sustentável (AQUÁRIOS..., [200?]).
De acordo com Borges Jr e Oliveira(2015), um aquário é definido como um
espaço destinado a criar e observar animais e plantas, reproduzindo com exatidão
os mais diversos ecossistemas aquáticos e suas características biológicas a fim de
proporcionar um ambiente equilibrado aos seres que nele habitam.
A cidade de Foz do Iguaçu, localizada no extremo oeste do Paraná, é cortada
por dois importantes rios, o rio Paraná e o rio Iguaçu. Com 102 anos e cerca de 256
mil habitantes (IBGE, 2010), a cidade tem sua economia baseada na exploração de
diversas modalidades turísticas e para atender o grande fluxo de visitantes,
considerado o segundo maior do país (G1, 2015), desenvolveu uma preparada rede
hoteleira, de restaurantes e de espaços de eventos.
Entre os diversos atrativos, os que se destacam são: as Cataratas do Iguaçu,
conjunto com cerca de 275 quedas d’agua, localizado no rio Iguaçu; e a Itaipu
Binacional, a maior usina hidrelétrica em produção de energia do mundo, construída
no rio Paraná, na divisa entre o Brasil e o Paraguai. A questão fronteiriça dá a Foz
do Iguaçu uma característica impar. A cidade faz fronteira com dois países ao
mesmo tempo, o Paraguai, cujo limite territorial é demarcado pelo rio Paraná, e a
Argentina, com sua fronteira demarcada pelo rio Iguaçu. Tal característica promove
um intercambio cultural e econômico constante entre os 3 países (FOZ DO IGUAÇU,
2012).
Mesmo com tantos atrativos, existe uma grande preocupação por parte das
instituições de turismo em aumentar a permanência do turista na cidade,
permanência que hoje não passa da média de 3,6 dias (FOZ DO IGUAÇU, 2012).
Baseado no grande potencial turístico e nas marcantes características
hídricas encontradas na região, este trabalho tem como objetivo comprovar a
viabilidade de implantação de um aquário público na cidade de Foz do Iguaçu. O
aquário poderá oferecer um novo atrativo que torne-se um elemento de integração
11

entre o convívio social e os ecossistemas nele apresentados, promovendo além de


um espaço de entretenimento, também um local de estudo, de preservação e de
educação ambiental, elementos necessários para a manutenção dos rios e para o
uso consciente e sustentável de seus recursos. Neste caso, a arquitetura e o
emprego de soluções de alta tecnologia e sustentabilidade, apresentam-se como
elementos fundamentais para garantir a atratividade exigida pela proposta, além de
terem como função principal, proporcionar o ambiente ideal para os habitantes e
visitantes do espaço. Para isso, o empreendimento deverá apresentar tanques
marinhos e dulcícolas que representem os principais biomas brasileiros.
Para apresentar os dados pertinentes ao objetivo do trabalho, o mesmo está
dividido em seis capítulos, sendo o primeiro destinado ao referencial teórico, que
trás as informações conceituais necessárias para a completa compreensão do tema.
Os assuntos abordados estão divididos entre, ecossistemas, ecossistemas
aquáticos, lazer e aquários.
No segundo capitulo são descritas as técnicas relativas a metodologia
cientifica utilizada no desenvolvimento de todo o trabalho.
O terceiro capitulo trata da analise de quatro correlatos, estudados para o
entendimento de vários aspectos relativos ao tema. Os dois primeiros, correlatos
temáticos, analisados visando o entendimento do uso e funcionalidade dos espaços,
e os correlatos teóricos analisados com o objetivo de adquirir referências formais.
O capitulo quatro trata da interpretação da realidade da cidade de Foz do
Iguaçu, abordando seu perfil, histórico e potencialidades, além de trazer os
resultados de pesquisas de campo, analisados com o objetivo de comprovar a
viabilidade de implantação do aquário na cidade.
O capitulo cinco trata do terreno escolhido para a implantação da edificação e
traz informações relativas a sua localização, entorno imediato, topografia e
incidência solar, além de abordar questões referentes aos parâmetros construtivos
definidos para o local.
O ultimo capitulo, o sexto, apresenta as diretrizes projetuais, o conceito e
partido arquitetônico, o programa de necessidades, organogramas, fluxogramas e
estudos de zoneamento.
12

1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 ECOSSISTEMAS

De acordo com Lopes (2008), o estudo da ecologia vem crescendo e


tornando-se cada dia mais importante, pois trata de uma importante área da biologia
que estuda, entre outras coisas, os impactos resultantes das ações do homem em
diversos ecossistemas terrestres. Lopes reforça ainda a importância de uma
sobrevivência harmônica entre o homem e o ecossistema onde vive, o que
considera fundamental para a existência de ambos.
A definição de ecossistema, dada por Odum (1988), abrange os organismos
vivos e não vivos que interagem de alguma forma e compõem uma comunidade
biótica, onde funcionam em conjunto e promovem a manutenção da vida.
Além dos componentes bióticos, um ecossistema pode ser composto por
elementos abióticos que, de acordo com Teixeira (2012), são definidos como fatores
físico-químicos do ambiente e influenciam os demais seres vivos, tais como:
temperatura, água, luz, solo, entre outros. Teixeira ainda ressalta que, devido a
influência dos fatores abióticos no ecossistema, não é possível encontrar as
mesmas espécies em todas as partes do mundo.

1.2 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Odum (1988), em uma breve introdução à classificação dos ecossistemas,


afirma que, de modo geral, ecologistas não chegaram a um consenso sobre o tema,
mas evidencia a necessidade humana de categorizar assuntos complexos, e
apresenta os principais biomas, com destaque para o ecossistema aquático.
Os ecossistemas aquáticos podem ser classificados em ecossistemas de
água salgada (talássicos) que correspondem à 72% da superfície da Terra e os
13

ecossistemas de água doce (límnicos) representados pelos rios, lagos, represas,


explica Ramos e Azevedo (2010).
Abrão (2006) explica que, os ecossistemas dulcícolas podem ser classificados
como sistemas lênticos (água parada), que incluí lagos e lagoas, e sistemas lóticos
(água corrente), ao qual pertencem os rios e riachos. As águas doces ainda podem
ser classificadas de acordo com a profundidade e são identificadas como zonas,
sendo elas: zona litoral, limnética, profunda e zona bêntica. Como absorvem
diferentes quantidades de luz solar, cada zona é favorável ao convívio de diferentes
espécies da fauna e flora aquática.
Para os ecossistemas marinhos são utilizadas 3 classificações, também
influenciadas pela profundidade e absorção da luz solar. São elas, a plataforma
continental, as costas rochosas e as zonas oceânicas. Abrão (2006) explica que
como no caso das águas dulcícolas, cada região marinha abriga diferentes espécies
que tiram o melhor proveito de cada uma de suas características.
A superfície terrestre tem uma grande porção de sua área coberta por água.
No entanto, apenas 3% constituem os reservatórios de água doce. Esse fator reflete
diretamente nas questões de preservação e conservação dos ecossistemas
aquáticos. Em uma experiência realizada no aquário de Ubatuba – SP, Vieira et al.
(2007) destaca que, o descarte de resíduos em locais inadequados, a prática de
turismo e a pesca predatória, são os principais fatores que contribuem para o
desequilíbrio dos ecossistemas costeiros e marinhos.
Diante deste cenário de grandes impactos ambientais, Vieira et al. (2007)
ainda observa que a Educação Ambiental é uma alternativa para conscientização e
sensibilização da preservação do meio ambiente como um todo.

1.3 LAZER

O significado de lazer pode ser definido como o inverso das obrigações do


dia-a-dia. Para Gomes (2008), o lazer é o “não - trabalho”, ou seja, o tempo que se
tem livre ou dedicado a atividades de diversão, de recuperação de energias e fuga
das preocupações e tensões do cotidiano.
14

Por outro lado, Marcellino (1996) afirma que, além do descanso e da diversão,
existem outras possibilidades de lazer não tão perceptíveis. O autor explica que as
atividades de desenvolvimento pessoal e social também fazem parte do lazer, ou
ainda, as atividades de cunho educativo como, por exemplo, um jogo ou um
brinquedo que evidenciam claramente a diferença entre a obrigação e o prazer em
jogar ou brincar.
Para Gutierrez (2001), algumas características podem ser observadas em
uma atividade de lazer, tais como: liberdade de escolha, pois é uma opção livre do
indivíduo; é uma atividade desinteressada, pois não há intenção de lucratividade;
hedonista, pois busca a satisfação dos sentidos; e pessoal, pois é uma atividade
intima e individual.

1.4 AQUÁRIOS

Aos olhos de muitas pessoas, um aquário nada mais é que uma caixa de
vidro que aprisiona peixes coloridos para exibição. Segundo Suzuki([201?]), a
definição de aquário vai além dessa visão genérica e compreende um mini
ecossistema composto por: um tanque, que é apenas o recipiente do aquário; peixes
e plantas, que interagem em processos químicos e biológicos como a produção do
Co2 e a conversão do mesmo em oxigênio através da fotossíntese; colônia de
bactérias, componente fundamental que realiza a conversão de substancias
químicas presentes na água, e desempenhando o ciclo biológico, fundamental para
o bom funcionamento de um ecossistema.
Quando falamos sobre aquários não temos como fugir de dilemas morais
relacionados ao confinamento de animais para o entretenimento humano. De acordo
com Avila ([200?]), os seres humanos têm um conjunto de valores, expectativas e
metas, baseadas em pensamentos racionais bastante diferentes dos animais, fato
que torna bastante distinto o conceito de felicidade para ambos. Para Avila, animais
bem tratados, criados em condições ideais, com convívio comunitário e longe de
seus predadores naturais, não terão, de forma alguma, a preocupação racional com
a liberdade que lhe foi tirada e provavelmente terão uma vida considerada feliz.
15

No caso dos aquários públicos, seu surgimento está historicamente vinculado


a questões de pesquisa e exploração de ambientes aquáticos. De acordo com
Salgado e Marandino (2013), os aquários em sua concepção original, surgiram como
os museus de ciência natural, com foco voltado a pesquisa cientifica, mas sempre
abertos ao público para visitação. Os aquários modernos continuam vinculados a
essa tradição histórica, mas passam a colocar questões educacionais como
prioridade, voltando seus esforços para as percepções pedagógicas do visitante
durante seu contato com o conteúdo exposto, de modo que seja transmitida a
mensagem de preservação e consciência ecológica.

1.4.1 A História do aquarismo no mundo

Com suas raízes ligadas a piscicultura, a história do aquarismo teve seus


primeiros registros por volta de 3000 A.C. com a criação de peixes em açudes as
margens dos do rios Tigre e Eufrates, onde os Sumérios fizeram os primeiros
registros da utilização terapêutica da observação dos peixes (AVARI, 2014).
No Egito, por volta de 1700 A.C. eram utilizados tanques de argila cozida para
a observação do comportamento dos peixes, através da qual, os sacerdotes previam
as secas e cheias do rio Nilo. Não demorando muito para que os tanques e lagos
passassem a ser utilizados também com função decorativa em palácios e tempos
(AVARI, 2014).
Silva (2016) conta que os aquários como conhecemos hoje surgiram entre os
anos 618 e 917 D.C. durante a dinastia Tang, na China. Tornando-se bastante
populares até o final do século XIV, quando surge o primeiro livro sobre aquarismo,
Chi Shayu Pu, “O livro do peixe vermelho” escrito pelo chinês Chang Chi’en Te, em
1596.
Pegando carona com as exportações de seda e especiarias realizadas entre
o oriente e o ocidente, o aquarismo chinês chegou a Europa através de relatos de
Marco Polo, que descreveu os aquários e lagos chineses como algumas das
maravilhas vistas no oriente (AVARI, 2014).
Um pouco mais a frente, no ano de 1852, tem-se o primeiro registro da
construção de um aquário público para visitação, implantado pela London Zoological
16

Society e inaugurado em 1853. O aquário foi o precursor de vários outros que


surgiriam por toda a Europa (HISTÓRIA..., 2011).
O aquarismo doméstico seguiu desenvolvendo-se, inicialmente sem muito
controle dos parâmetros da água, o que limitava os aquaristas a criação de espécies
nativas ao clima de onde residiam. A ambição dos praticantes foi revelada por Noel
Humphreys em seu livro “Jardins em Oceanos e Rios”, publicado em 1857, onde
afirma: “Um dia teremos aquários tropicais, onde a temperatura e características dos
mares dos trópicos serão reproduzidas com êxito”. Com o tempo, equipamentos
como sistemas de filtragem, iluminação e aquecimento foram sendo desenvolvidos e
incorporados a prática do aquarismo, avanço que permitiu o controle dos parâmetros
existentes no aquário e com isso a criação de espécies exóticas, chamativas e nas
mais diferentes cores e formas, como as vistas no aquarismo atual (HISTÓRIA...,
2011).
Na atualidade existem diversos aquários abertos a visitação pública. O jornal
O Globo apresenta uma lista com os 10 dos melhores e mais modernos aquários
espalhados pelo mundo. Os que mais se destacam estão listados no quadro 1.

Quadro 1 – Principais aquários da atualidade


Georgia Aquarium Citado como o maior aquário do mundo, possuí números
impressionantes. Conta com tanques que somam o total
de 38 milhões de litros de água e que abrigam quase 100
mil espécies.
Okinawa Churaumi Localizado na cidade de Motubu, no Japão, é o segundo
maior aquário do mundo. Com mais de 21 mil animais,
tem como foco os animais marinhos, a exemplo do
tubarão baleia, o maior animal em exposição no local.
Dubai Mall Localizado em Dubai, nos Emirados Arabes. O Dubai
Mall conta com 3 andares, onde vivem mais de 34 mil
espécies.
Fonte: OS DEZ..., 2015
17

1.4.2 A História do aquarismo no Brasil

No Brasil o primeiro registro de um tanque para criação de peixes é de 1583,


na Bahia. A descrição feita pelo Padre Jesuíta Fernão Cardim, revela um tanque de
dimensões consideráveis e de enorme beleza, apesar de ser destinado apenas ao
cultivo de peixes para alimentação. Durante os séculos posteriores, a piscicultura
avançou muito timidamente no país, com poucos relatos da criação de peixes em
barragens no Nordeste e no sudeste, conforme explica Avari (2014).
O primeiro contato do Brasil com o aquarismo propriamente dito foi em 1922,
durante a Exposição da Independência. Foram apresentadas diversas técnicas pelos
japoneses, fato que incentivou a criação dos primeiros aquários particulares. Ainda
eram bastante rústicos devido a falta de acesso a materiais e equipamentos, estes
vieram a ficar disponíveis na primeira loja especializada em aquarismo no país,
inaugurada em 1934 por um alemão naturalizado brasileiro (HISTÓRIA..., 2009).
Avari (2014) conta que nos anos seguintes o aquarismo se desenvolveu com
grande velocidade, impulsionado por diversos acontecimentos que colaboraram para
o avanço da pratica no país. Os principais deles foram: 1o Exposição de Peixes
Ornamentais, realizada no Parque Asa branca em 1943; Em 1945 a criação da
Estação de piscicultura na Lagoa de Quadros, no rio Tramandaí e em 1953, a
fundação do Núcleo de Aquarianos da Sociedade Geográfica Brasileira, que
envolveu a participação de importantes nomes do aquarismo, impulsionando sua
evolução nos anos seguintes.
O primeiro espaço destinado a visitação pública no Brasil foi inaugurado em
1945 em Santos – SP. O Aquário Municipal de Santos contava com 50 tanques que
comportavam cerca de mil metros cúbicos de água, número que colocou o projeto
inicial no Guiness Book no ano de 1995, citado como o primeiro e maior aquário no
Brasil. Depois de ter passado por algumas reformas e ampliações, atualmente, o
Aquário Municipal de Santos continua sendo referencia no segmento, mesmo dentre
os inúmeros empreendimentos similares surgidos no Brasil (WILLIAN, 2014).
18

1.4.3 Tipos de aquários

De acordo com Rechi (2013) qualquer objeto limpo e que retenha água pode
ser utilizado para montagem de um aquário. No entanto, pela facilidade de
visualização do interior do mesmo, normalmente são utilizados recipientes de vidro
ou acrílico, com formatos e tamanhos que variam de acordo com a montagem
escolhida. Rechi explica que existem 3 tipos principais de aquários: os aquários de
água doce (dulcícolas); de água salobra (blackish) e os de água salgada (marinhos).
Thiessen (2016) lista as montagens mais comuns utilizadas no aquarismo:
• Aquários comunitários são uma montagem que permite a utilização
de espécies de peixes e plantas de diversos locais diferentes;
• Aquários mono espécie permitem a utilização de apenas uma
espécie de peixe, normalmente formando cardumes.
• Aquários plantados são os que tem como o foco principal as plantas
naturais utilizadas para sua montagem.
• Aquários marinhos com corais exibem beleza e diversidade.
Permitem a criação de varias espécies de peixes e corais das mais
diversas formas e cores.
• Aquários marinhos “Fish Only” são uma opção de montagem de
aquário marinho que abre mão da utilização de corais, o que facilita
e diminui o custo de manutenção deste tipo de aquário.
• Aquários de peixes jumbo são grandes montagens que abrigam
peixes normalmente acima dos 30cm, em sua grande maioria
predadores.
• Aquários biótopos reproduzem um determinado ambiente aquático,
utilizando-se das mesmas espécies de peixes, plantas e os
mesmos parâmetros da água.

Uma observação importante é que cada tipo de aquário ou montagem


possui diferentes exigências com relação a tamanho do tanque, parâmetros da
água, temperatura, sistema de filtragem e iluminação (INTRODUÇÃO..., [200?]).
19

1.4.3.1 Aquários marinhos

Uma série de fatores diferenciam um aquário marinho de um dulcícola, os


principais deles estão relacionados aos parâmetros da água, mais especificamente a
salinidade no caso dos aquários marinhos. Para ser considerado um aquário
marinho, o índice de salinidade da água deve estar entre 3% e 5% ou de 30 a 50
ppm (partes por milhar) (SALINIDADE, 2011).
Além da salinidade, Holmes (2010) explica que a água dos oceanos
apresenta muitas outras características, que precisam ser reproduzidas com
precisão em um aquário marinho, para que este promova o ambiente ideal para o
desenvolvimento dos seus habitantes.
Os principais parâmetros estão demonstrados no Quadro 2, em um modelo
comparativo entre os parâmetros dos oceanos e a sugestão que deve ser
reproduzida no aquário:

Quadro 2 – Parâmetros primários para controle de um aquário marinho


Parâmetros Recomendações para Valores encontrados nos
aquários oceanos
Cálcio 380 – 450 ppm 420 ppm
Alcalinidade 2.5 – 4 meq/L 2.5 meq/L
7 – 11 dKH 7 dKH
125 – 200 ppm CaCO3 125 ppm CaCO3
equivalentes equivalentes
Salinidade 35 ppt 34 – 36 ppt
sg = 1.026 sg = 1.025 – 1.027
o
Temperatura 76 – 83 F Variável
pH 7,8 – 8,5 Ok 8,0 – 8,3
8,1 – 8,3 ideal
Magnésio 1.250 – 1.350 ppm 1.280 ppm
Fosfato < 0,03 ppm 0,005 ppm
Amônia < 0,1 ppm Variável
Fonte: HOLMES (2010)
20

Para garantir a estabilidade desses parâmetros, o aquário necessita da


instalação de alguns sistemas básicos que produzirão reações químicas ou
mecânicas favoráveis. Os principais equipamentos sugeridos no quadro 3.

Quadro 3 – Principais equipamentos para o funcionamento de um aquário


marinho.
Tanque ou É o recipiente que receberá toda a água e seus habitantes.
aquário É importante utilizar um tamanho compatível com a espécie
e quantidade de seres que habitarão o tanque.
Cascalho Também pode ser chamado de substrato, é a camada que
forma o fundo do aquário. No caso dos aquários marinhos, é
recomendada a utilização da aragonita, um mineral que
contribui com a estabilização do PH da água.
Bomba Promove a circulação e oxigenação da agua, conduzindo-a
até o sistema de filtragem. A recomendação é utilizar
bombas com capacidade entre 15 e 30 vezes o volume de
água do aquário por hora.
Água pura No caso de não existir a possibilidade de captação
diretamente do mar, é possível a utilização da água doce,
porém, a água tratada possui características e elementos
diferentes da água encontrada na natureza, além da
inclusão do cloro. Para que a água seja considerada ideal
para o convívio marinho, a orientação é que sejam utilizados
filtros deionizador (DI) ou de osmose reversa (RO), além da
adição de sal sintético.
Sal sintético É o elemento necessário para que a água alcance a
salinidade compatível com o ambiente marinho.
Recomenda-se uma mistura de 1kg para cada 30 litros de
água.
Rochas Além de contribuírem esteticamente, ajudam estabilizar os
parâmetros da água, se escolhidas adequadamente.
Preferencialmente devem ser utilizadas rochas de recifes em
21

uma proporção entre 20% e 30% do volume do aquário.


Termostato É o elemento que garante o controle da temperatura do
com aquecedor tanque. A recomendação é que tenha potencia mínima de 1
watt por litro de água.
Iluminação Fundamental na montagem dos aquários, além de favorecer
uma melhor visualização dos animais e suas cores. No caso
dos aquários com corais, é indispensável para que esses se
desenvolvam de forma correta, portanto devem ser
escolhidas de acordo com os habitantes de cada aquário.
Filtros Realizam a filtragem química e mecânica da água. Dentro
dele são inseridos elementos filtrantes que bloqueiam os
detritos, além materiais que neutralizam agentes biológicos
nocivos a vida no aquário.
Equipamentos Indispensáveis para o controle dos parâmetros do aquário,
de medição os mais comuns são: termômetros; densímetros; e os testes
químicos (de cálcio; alcalinidade; dureza carbonatada (kH);
PH; nitrito (NO2); nitrato (NO3); e fosfato (PO4)).
Fonte: adaptado de Freitas Jr (2014)

Um item indispensável para o sucesso de qualquer aquário é o processo


chamado de ciclagem. Ele garante a colonização bacteriana do tanque e com isso a
transformação de elementos químicos nocivos aos peixes. No caso dos aquários
marinhos, a ciclagem pode estar concluída em 4 horas, desde que sejam utilizadas
água, areia e rochas retiradas diretamente da costa. Caso a coleta não seja
possível, a ciclagem deve durar cerca de 40 dias para que a colônia de bactérias
possa se desenvolver corretamente antes do aquário receber seus habitantes
(ENTRANDO..., 2014).
Outro item fundamental no aquarismo marinho é a alimentação. Borges Jr e
Oliveira (2009), reforçam que a alimentação pode definir o sucesso ou fracasso do
aquário. O trato dos peixes pode ser feito utilizando-se alimentos industrializados,
frutos do mar ou através de organismos vivos (larvas, vermes ou crustáceos) criados
especificamente para este fim.
22

1.4.3.2 Aquários dulcícolas

Assim como no caso dos aquários marinhos, são os parâmetros da água que
determinam a possibilidade do aquário de receber seres vivos nativos de rios e lagos
de água doce. Para ser considerado um aquário dulcícola, o índice de salinidade do
mesmo não deve ultrapassar 0,05% ou 0,5 ppm (partes por milhar) (SALINIDADE,
2011).
Os parâmetros de um aquário de água doce, variam de acordo com as
espécies criadas no mesmo. Os valores médios de um aquário de água doce estão
representados no quadro 4 (PARÂMETROS, 2014).

Quadro 4 – Parâmetros médios de um aquário de água doce


Parâmetros da Aquário Plantas e Lagos
água doce comunitário Discus
Temperatura 22o C – 27o C 25o C – 30o C 20o C – 30o
C
pH 6,5 – 7,5 6,0 – 7,5 6,5 – 7,5
Amônia 0 0 0
Nitritos 0 0 0
Nitratos < 50 ppm < 50 ppm < 50 ppm
Dureza 4 – 8 kH 3 – 8 kH 4 – 8 kH
Carbonatada
Dureza Geral 4 – 12 GH 3 – 8 GH 4 – 12 GH
Fonte: adaptado de PARÂMETROS (2014)

Para a montagem, recomenda-se uma série de equipamentos que contribuem


para a manutenção e qualidade da água, garantindo que não hajam variações em
seus parâmetros, o que pode prejudicar a vida no aquário. Os principais
equipamentos estão descritos no quadro 5:
23

Quadro 5: Principais equipamentos para o funcionamento de um aquário de água


doce.
Tanque ou aquário Deve ter uma capacidade acima de 50 litros para permitir
uma maior variedade de habitantes, além de facilitar a
estabilização dos parâmetros da água, o que se torna
mais fácil a medida que o tamanho do tanque aumenta.
Filtro No caso dos aquários de água doce, deve ser
dimensionado com uma potencia mínima de 6 vezes o
bombeamento do volume do aquário por hora. No filtro
são adicionados elementos filtrantes que bloqueiam a
passagem de partículas, além de neutralizarem agentes
biológicos nocivos aos peixes.
Cascalho ou É a camada do fundo do aquário, onde devem ser
substrato utilizadas pedras pequenas de cascalho de rio.
Termostato com Para manter a temperatura do aquário estável, a
aquecedor recomendação é a mesma utilizada em aquários de água
salgada, 1 watt por litro de água.
Iluminação Fundamental para realçar a beleza do aquário, são
extremamente importantes para aquários com plantas
naturais, onde a recomendação é o uso de 1 watt de luz a
cada 2 litros de água. É indicado o uso de lâmpadas
próprias para aquários.
Rochas e troncos Servem para ambientação do aquário. Deve se tomar
cuidado pois algumas rochas e troncos podem alterar as
características da água.
Equipamentos de Termômetro e testes básicos como o de PH, amônia e
medição nitrito são fundamentais para o monitoramento dos
parâmetros da água.
Fonte: adaptado de AQUÁRIO...(2016)

Cohen (2010), conta que a ciclagem é um dos procedimentos fundamentais


para a correta estabilização os parâmetros da água. Para que o aquário se torne
estável, uma colônia de bactérias deve formar-se dentro do sistema de filtragem. Ela
24

garantirá a conversão de elementos químicos como a amônia (Nh3) (produzida por


fezes e restos de alimentos) em nitrito (No2) e, posteriormente, em nitrato (No3),
elemento que não é nocivo aos peixes e serve como fonte de nitrogênio para as
plantas.
A ciclagem deve ser realizada durante um período de 30 dias, durante o qual
deve-se realizar testes para monitorar a qualidade da água. A partir dos 30 dias e
com os parâmetros da água estáveis, o aquário pode receber seus primeiros
habitantes de forma gradativa (SENFFT, 2016).
Outro cuidado essencial é a alimentação, que deve ser realizada de 2 a 3
vezes por dia em média, utilizando-se ração industrializada, vegetais ou alimentos
vivos. A escolha do alimento deve ser feita com base nos animais criados no
aquário, que podem ser herbívoros, carnívoros, onívoros, detritívoros ou iliófagos
(RECHI, 2005).

1.5 ESCOLA ARQUITETONICA: PÓS MODERNISMO

Surgido por volta da década de 1960, o Pós Modernismo nasce da


insatisfação de alguns arquitetos com os rumos tomados pela chamada Arquitetura
Internacional. Sob influência de grandes nomes do modernismo como Le Corbusier
e Mies van der Rohe, a arquitetura dos grandes centros apresentava-se repetitiva e
muitas vezes sem personalidade (GLANCEY, 2001).
Glancey (2001) conta que para Robert Venturi, referência do pós
modernismo, a arquitetura deveria voltar a ter expressão e deleite, elementos que
haviam sido deixados de lado para favorecer apenas a lógica e o funcionamento
internos das edificações. Os ideais projetuais de Venturi ficam evidentes em seu
primeiro projeto, a residência de sua mãe em Chestnut Hill na Filadélfia (Figura 1).
Construída em 1962, trazia influências de Le Corbusier e Palladio, ao mesmo tempo
em que fazia uso de uma varanda e uma cumeeira típicas da arquitetura tradicional
americana.
De acordo com Gymper (2001), Venturi expressou sua insatisfação
publicando o manifesto “Complexity and Contradiction in Architecture” em 1966, que
tornou-se um marco na arquitetura pós moderna. O manifesto ficou conhecido pela
25

frase “menos é uma chatice” (less is a bore), contrariando a famosa frase modernista
dita por Mies, “menos é mais” (less is more).
Desenvolvendo-se em 3 diferentes vertentes, a historicista, a regionalista e o
high tech, o movimento pós moderno é representado por nomes como Philip
Johnson, Michael Graves, Aldo Rossi, James Stirling e Michael Willford, além do já
citado Robert Venturi (ARQUITETURA..., 2010).
Portoghesi (2002) explica que a arquitetura pós moderna soube aproveitar
suas origens no modernismo, absorvendo seus acertos e reavaliando seus erros e
conceitos, tornando a arquitetura menos proibitiva e restrita, abrindo-se para uma
diversidade de estilos esquecidos pela arquitetura moderna.

Figura 1 – Residência em Chestnut Hill na Filadélfia, o primeiro projeto de Robert


Venturi.

Fonte: ROMERO, 2016

1.5.1 High Tech

Citado como o movimento mais expressivo do pós modernismo, o High Tech


é uma tendência arquitetônica, surgida na década de 1970, que caracteriza-se pela
utilização e exaltação de soluções de alta tecnologia, acabamentos e estruturas
metálicas, vidro e fechamentos industrializados. Os espaços devem ter alta
26

eficiência sem a interferência de elementos estruturais ou sistemas técnicos, que


normalmente ficam expostos, uma das características marcantes do estilo (COLIN,
2013).
Glancey (2001), descreve a primeira obra do High Tech, o Centro Pompidou
(Figura 2), de Renzo Piano e Richard Rogers como: “Uma maquina colorida e
vibrante para a exibição de arte, com suas entranhas expostas”, ressaltando a
utilização externa de toda a infraestrutura da obra, bem como suas escadas e
elevadores. A Obra, considerada a primeira da arquitetura High Tech, foi construída
em Paris entre 1971 e 1977, consagrando seus criadores.
Outro grande nome do estilo, também citado por Glancey (2001), é o arquiteto
Norman Foster, responsável pelo icônica sede do Hong Kong & Shangai Bank,
edifício cuja estrutura posiciona-se no exterior, dando ao espaço interno a total
liberdade, sem influencia alguma de qualquer elemento estrutural. O edifício que foi
construído no ano de 1986 e ganhou destaque por ser um dos edifícios mais caros
já construído.
Para Gymper (2001), arquitetura High Tech exibe-se de forma extravagante,
utilizando-se de técnicas construtivas exageradas por puro exibicionismo, fator que
eleva consideravelmente o custo desse tipo de arquitetura, limitando sua utilização à
sedes de grandes corporações ou obras similares.

Figura 2 - Centro Pompidou de Renzo Piano e Richard Rogers, considerado a


primeira obra do High Tech.

Fonte: PEREIRA, 2017


27

2 METODOLOGIA

2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica caracteriza uma modalidade de pesquisa da


Metodologia e pode ser considerada o marco inicial de um trabalho científico.
Segundo Fonseca (2002), esse tipo de pesquisa é baseado no levantamento de
referências teóricas já analisadas e publicadas em meios eletrônicos, livros, artigos,
entre outros. O autor ainda explica que uma pesquisa científica pode ser baseada
exclusivamente na pesquisa bibliográfica, no entanto, o pesquisador deve selecionar
e analisar cuidadosamente os documentos de modo a não comprometer a qualidade
do trabalho.
Para Gil (2002), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica é o fato de
permitir ao pesquisador, acesso a uma variedade de conhecimento muito mais
ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Um exemplo prático citado
pelo autor é quando a pesquisa necessita de dados dispersos pelo território
brasileiro, nesse caso, o pesquisador têm a sua disposição uma bibliografia
adequada sem ter maiores obstáculos para coletar as informações.
A elaboração de uma pesquisa bibliográfica pode ser dividida em etapas. De
acordo com Souza, Santos e Dias (2013), as etapas imprescindíveis são escolha do
tema (1), levantamento bibliográfico (2), formulação do problema (3), elaboração do
plano provisório (4), busca das fontes (5), leitura do material (6), fichamento (7),
organização lógica do assunto (8) e redação do texto (9).
Devido a grande importância que a pesquisa bibliográfica tem no campo
científico, ela será a ferramenta utilizada durante todo o desenvolvimento deste
trabalho. Através dela espera-se obter o conhecimento que servirá como base para
todos os outros tipos de pesquisa utilizados para atender vários dos objetivos
específicos estipulados.
28

2.2 PESQUISA DOCUMENTAL

A pesquisa documental, conforme explica Pádua (2002), é realizada por meio


de documentos legitimamente verdadeiros (autênticos) e tem sido muito utilizada
nas ciências sociais e nas investigações históricas.
O conceito de documento pode ser muito amplo, Pádua (2002) afirma que “é
toda base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para
consulta, estudo ou prova”. Rampazzo (2005) acrescenta que, esse tipo de
pesquisa, é baseado em documentos de fontes primárias que podem ser: arquivos,
fontes estatísticas e fontes não-escritas.
Os arquivos podem ser públicos ou particulares. Os públicos são documentos
oficiais e jurídicos (leis, atas, ofícios, inventários, escrituras, registros, entre outros) e
os arquivos particulares podem ser obtidos em bancos, igrejas, indústrias, entre
outras instituições privadas (RAMPAZZO, 2005).
As fontes estatísticas, por sua vez, são obtidas em órgãos oficiais e
particulares responsáveis por coletas de dados ou censo, por exemplo, o IBGE. E,
por último, as fontes não-escritas que são caracterizadas principalmente por fotos,
filmes, esculturas, entre outras (RAMPAZZO, 2005).
Todo documento deve ser avaliado criteriosamente pelo pesquisador. De
acordo com Prodanov e Freitas (2013), é preciso considerar aspectos internos e
externos que compreendem a crítica do texto, da autenticidade e da origem.
A pesquisa documental, segundo Rampazzo (2005), oferece algumas
vantagens ao pesquisador, pois além de constituir uma fonte rica e estável de
dados, também pode ter um baixo custo se comparado a outros tipos.
Este instrumento será utilizado como recurso de coleta de informações
diretamente com pesquisadores e especialistas que participarão do processo de
entrevistas. O objetivo é colher documentação relevante que facilite o entendimento
das técnicas construtivas, fluxos e demais questões específicas relacionadas ao
tema pesquisado.
29

2.3 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo, consiste na observação de fatos e fenômenos


exatamente como ocorrem na realidade. Durante os procedimentos da pesquisa,
são coletados dados que, posteriormente são analisados e interpretados. Com base
em uma pesquisa bibliográfica consistente, o resultado dessas analises tem como
objetivo explicar o problema pesquisado (FUZZI, 2010).
Prodanov e Freitas (2013), explica que a pesquisa de campo é realizada em
fases. Em primeiro lugar deve-se realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o tema.
Em seguida, são desenvolvidas as técnicas para colher os dados e determinar a
amostra. Por ultimo, e necessário definir as técnicas de registro dos dados coletados
e como será realizada a analise.
Algumas das técnicas para coleta de dados são realizadas através da
observação, entrevista e questionário. Contudo, Bonat (2009) acrescenta que neste
caso é fundamental o envio de uma carta explicando a importância de respostas
realistas e coerentes, para que, com isso a pesquisa tenha maior eficiência.

2.3.1 Entrevista

A entrevista é um instrumento utilizado para coleta de dados sobre um


determinado tema e, conforme Gil (2002), pode ser entendida como uma técnica
envolvendo duas pessoas “face a face” onde uma pessoa formula as perguntas e a
outra responde. Convém ressaltar que a entrevista é uma modalidade bastante
semelhante ao questionário e formulário, contudo, o autor destaca que a entrevista
pode ser aplicável a um número maior de pessoas incluindo as não alfabetizadas e
também possibilita a análise do comportamento não verbal.
Segundo Fonseca (2002), as entrevistas podem ser classificadas quanto ao
método utilizado ou quanto ao número de pessoas participantes. Em relação ao
método utilizado, destacam-se as entrevistas de conversa livre, dinâmica, reflexão
falhada, conversa dirigida (estruturada) e conversa guiada (semiestruturada). De
30

acordo com o número de participantes, existem as entrevistas individuais, em grupos


e grupo focal.
É importante levar em consideração que a entrevista possui limitações.
Dependendo da técnica adotada, Pádua (2002) explica que, o entrevistado pode não
dar as informações de modo preciso e o entrevistador pode avaliar ou analisar de
forma equivocada ou distorcida.
A entrevista será um instrumento extremamente fundamental para o
desenvolvimento do projeto, pois dela, espera-se extrair informações relevantes que
ajudem a comprovar a viabilidade da proposta. Um dos profissionais que será
entrevistado (apêndice A) é o Aquapaisagista de renome mundial, Fabian
Kussakawa. Morador da cidade de Foz do Iguaçu, Fabian já participou de inúmeros
concursos relacionados ao tema e conta com vasta experiência e conhecimento
sobre aquarismo. Além da entrevista com Fabian, será realizada uma segunda
entrevista com um profissional do AquaRio, onde será realizada a visita técnica.
Essa entrevista (apêndice B) tem como objetivo identificar as dificuldades e anseios
que o profissional percebe no dia-a-dia do atrativo.

2.3.2 Questionário

O questionário, assim como a entrevista, também é uma técnica para


levantamento de informações. Para Pádua (2002), o questionário é um instrumento
de coleta de dados preenchido pelo pesquisado dispensando a presença do
pesquisador. O pesquisador deve elaborar o questionário somente após conhecer
minimamente o tema proposto e ainda ter o cuidado de limitar as questões ao
objetivo da pesquisa, a fim de que possa ser respondido em um curto intervalo de
tempo (máximo 30 minutos).
Considerando as outras técnicas de coleta de dados, Gil (2002) avalia que o
questionário é o meio mais rápido e de menor custo para reunir informações, além
disso, não exige treinamento de pessoal e tem a garantia do anonimato.
Em relação aos tipos de perguntas do questionário, Prodanov e Freitas (2013)
afirmam que podem ser elaboradas questões abertas, fechadas, de multiplica
escolha ou perguntas com respostas escalonadas. Recomenda-se utilizar uma
31

linguagem simples e direta, mantendo o máximo de clareza no que está sendo


perguntado, e não utilizar gírias, exceto em casos de necessidade por
características da linguagem do público-alvo.
O Questionário será a ferramenta empregada para obtenção dos dados
quantitativos necessários para comprovar a viabilidade do projeto. Serão aplicados
100 questionários (apêndice C) direcionados ao público geral, e deverão abranger
indivíduos com idades entre 15 a 70 anos. O principal objetivo do questionário é
identificar quais os públicos de interesse e quais suas principais características.

2.3.3 Observação / Visita técnica

A observação pode ser considerada um instrumento básico de coleta de


dados que pode ser usado independente ou em conjunto com outra modalidade de
pesquisa. Para Gerhardt e Silveira (2009), ela consiste em ver, ouvir e analisar os
fatos que se pretende estudar e possibilita ao pesquisador ter um contato mais
próximo com objeto de estudo na realidade.
De acordo com Fonseca (2002), existem duas formas de observação: a
observação não estruturada, que é aquela que acontece em decorrência de
fenômenos imprevistos e sem planejamento, e a observação estruturada que requer
planejamento e é realizada em condições controladas.
Segundo Rampazzo (2005), somente a observação estruturada pode ser
utilizada como técnica científica, pois ela deve ser planejada mostrando com
precisão o local, a duração, quais os dados serão registrados e de qual maneira,
bem como os instrumentos que serão utilizados. A observação não estruturada,
ainda segundo o autor, pode ser importante para o estudo da pesquisa.
A pesquisa de observação será utilizada durante a visita técnica ao AquaRio,
aquário localizado na cidade do Rio de Janeiro – RJ. A visita tem como objetivo
obter o conhecimento relacionado a técnicas construtivas adequadas a construção
de um aquário, além conhecer o programa de necessidades, fluxos de visitantes,
serviços e manutenção, sistemas disponíveis e outros itens relevantes.
32

3 ANALISE DE CORRELATOS

3.1 CORRELATOS TEMÁTICOS

3.1.1 Aquário Rio Mora

Localizado no parque ecológico de Gameira, na cidade de Mora, ao norte de


Portugal, o aquário Rio Mora (figura 3) foi construído utilizando pórticos pré-
moldados que cobrem um vão de 33 metros. A forma de um monólito de duas águas
remete aos antigos estábulos da região (PROMONTÓRIO, 2014).

Figura 3 – Aquário Rio Mora

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014


33

3.1.1.1 Ficha Técnica

Nome da obra: Aquário Rio Mora


Autores: Promontório
Escola Arquitetônica: Formalista contemporânea
Local da obra: Mora, Portugal
Ano da obra: 2014
Área do terreno: 17 hectares
Área construída: 3000m2
Sistema construtivo: Concreto pré-moldado

3.1.1.2 Descrição da edificação

Implantado na cidade de Mora, ao norte de Portugal. O Aquário Rio Mora foi


criado como alternativa à então fraca atividade agrícola que servia como base
econômica para a cidade. Visando o desenvolvimento da região para o turismo e o
lazer, o aquário foi construído dentro do parque ecológico Gameiro (figura 4), entre
oliveiras e ao lado de uma pequena lagoa (PROMONTÓRIO, 2014).

Figura 4 – Implantação

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


34

3.1.1.3 Análise da forma

Construído a partir de pórticos pré-moldados que formam um único volume


em duas águas, a edificação segue o conceito dos antigos estábulos característicos
da região. Visando um melhor conforto ambiental, os pórticos promovem vãos de 33
metros sobre o qual estão protegidos os espaços de exposição (PROMONTÓRIO,
2014). O desenvolvimento da volumetria base se dá a partir de uma forma geratriz
retangular que após sofrer operações de subtração, resulta no volume da edificação,
conforme descrito na figura 5.

Figura 5 – Perspectiva da maquete, forma geratriz, adição e subtração

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


35

Os pórticos atuam como elemento formal, dando ao volume da edificação,


simetria em seus eixos principais (figura 6). Simetria que só é interrompida na
fachada, que apresenta seus acessos dispostos de forma assimétrica. Outra
característica formal atribuída aos pórticos é o ritmo (figura 7), que é marcado ao
longo de toda a edificação dando a ela um de seus aspectos mais marcantes.

Figura 6 – Eixos de Simetria no volume da edificação

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

Figura 7 – Marcação de ritmo ao longo da fachada

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


36

A hierarquia da obra é estabelecida entre o volume principal, que é tido como


elemento primário na edificação, e as passarelas dispostas sobre o lago no seu
entorno, que promovem a contemplação do ambiente externo e atuam como
elemento secundário (figura 8).

Figura 8 – Hierarquia

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

3.1.1.4 Análise da função

O Aquário Rio Mora conta com um acesso principal voltado para a via
principal do parque. Localizado na fachada noroeste, esse acesso é feito através de
rampas e leva o visitante ao interior do espaço de exposições, permitindo a
contemplação dos tanques e também o acesso a passarela e a lagoa na área
externa (figura 9). A edificação apresenta também acessos verticais ao subsolo,
espaço restrito à funcionários onde estão instalados os equipamentos e a área de
suporte do aquário. A área de suporte também pode ser adentrada por meio de um
acesso externo a edificação, como pode ser visto na figura 9.
37

Figura 9 – Planta baixa, acessos

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

Todo o programa da edificação esta alocado em volumes dispostos sob os


pórticos pré-moldados (figura 10), que promovem o bloqueio da luz solar direta
sobre as instalações.

Figura 10 – Corte, volumetria do programa da edificação

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


38

O principal espaço da edificação, a área de exposições (figura 11), conta com


uma iluminação bastante reduzida que visa maximizar a visualização dos tanques e
promover um melhor controle dos raios UV. Neste espaço são reproduzidos habitats
de diferentes regiões que abrigam cerca de 500 espécies vivas.

Figura 11 – Área de exposições

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014

A setorização é dividida entre os 2 pavimentos. No térreo está o setor de


visitação, onde estão instalados a área de exposição, a recepção e sanitários. No
subsolo está o setor de serviços, que recebe equipamentos de filtragem e
monitoramento da água.

Figura 12 – Corte, setorização

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


39

3.1.1.5 Analise de tecnologias

Os pórticos em concreto pré-moldado tem uma atuação significativa com


relação as soluções de conforto aplicadas na edificação. Possuem a função de
proporcionar o bloqueio parcial da insolação direta, além de influenciar no
direcionamento e dissipação dos ventos que cortam a edificação (figura 13).

Figura 13 – Corte, ventilação e iluminação natural

Fonte: PROMONTÓRIO, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

Os espaços de exposição estão dispostos sobre uma base sólida de concreto


armado e são construídos em alvenaria com acabamento em gesso polido (figura
14). De tal forma, ficam protegidos da incidência solar e da iluminação natural, visto
que o espaço de exposição necessita de iluminação controlada. Nas poucas
aberturas existentes, são utilizadas esquadrias de madeira e aço, com pouca
utilização de vidro, a fim de promover o melhor controle da iluminação interna.
40

3.1.2 Aquário Antalya

Localizado na cidade de Antalya, na Turquia, o Aquário Antalya (figura 14)


conta com uma área construída de 12.000m2, implantados de forma integrada a
topografia do terreno, que possui 30.000m2

Figura 14 – Fachada Sudeste Aquário Antalya

Fonte: KUL, 2014

3.1.2.1 Ficha Técnica

Nome da obra: Aquário Antalya


Autores: Bahadir Kul Architects
Escola Arquitetônica: Pós-modernismo / High Tech
Local da obra: Antalya, Turquia
41

Ano da obra: 2012


Área do terreno: 12.000m2
Área construída: 30000m2
Sistema construtivo: Concreto armado com fechamentos em alvenaria

3.1.2.2 Descrição da edificação

De acordo com o arquiteto, as decisões projetuais mais relevantes durante a


concepção do aquário Antalya, tiveram como objetivo tirar o máximo do proveito da
topografia do terreno, e suavizar a silhueta da edificação na linha do horizonte (KUL,
2014). A implantado fica próxima a orla, a sudeste da cidade de Antalya, na Turquia
(figura 15),

Figura 15 – Implantação

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

3.1.2.3 Analise da forma

O desenvolvimento formal da edificação se dá a partir de uma forma geratriz


retangular que estende-se linearmente formando um bloco retangular (figura 16). Em
seguida, o volume sofre subtrações em sua base, formando um espaço público
coberto na entrada da edificação. Na fachada noroeste, foram adicionadas formas
42

curvas representando ondas, elementos que também revestem as demais fachadas


da edificação.

Figura 16 – Fachada sudeste, analise formal

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

O espaço público existente frente ao hall de entrada, apresenta uma laje de


forma irregular que acompanha o grafismo representado nas fachadas. As aberturas
em fita utilizam esquadrias metálicas e são emolduradas por grafismos que remetem
a elementos aquáticos (figura 16).

3.1.2.4 Analise da função

O acesso público ao aquário Antalya é feito através de uma rampa instalada


no pátio coberto localizada na parte sudoeste da edificação (figura 17). O fluxo da
tampa é direcionado ao primeiro pavimento, onde o visitante tem acesso a uma sala
de neve e ao início do circuito de visitação.
43

Figura 17 – Planta-baixa térreo, acessos

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

Escadas e elevadores dão acesso ao pavimento térreo, onde o visitante dá


sequência ao circuito, que segue por um túnel de 130 metros e é finalizado no
mesmo pátio coberto que deu início a visitação (figura 18).

Figura 18 – Planta-baixa primeiro pavimento, acessos

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


44

A setorização representada na figura 19, mostra que, os setores de visitação


e serviços/administrativo, ocupam os 2 pavimentos de forma integrada. Tal
disposição do programa, permite que cada espaço seja atendido pelos
equipamentos que demanda, além de garantir o acesso as equipes de tratamento e
manutenção. O acesso das equipes de serviço é realizado através do primeiro
pavimento (figura 18).

Figura 19 – Plantas-baixa, setorização

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

3.1.2.5 Analise de tecnologia

Utilizando o concreto armado como principal elemento construtivo, a


edificação apresenta lajes com formas orgânicas sustentadas por colunas também
em concreto (figura 20). O Vidro aparece nos tanques e nas aberturas recortadas na
fachada, as mesmas apresentam-se levemente recuadas da fachada.
45

Figura 20 – Laje e colunas

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016

A iluminação natural é utilizada em diversos pontos da obra. A rampa


de acesso é iluminada por um átrio coberto que fornece luz natural para todos os
pavimentos (figura 21). As áreas de visitação não fazem uso de iluminação natural,
tendem a ser mais escuras e necessitam de uma iluminação mais controlada.

Figura 21 – Átrio

Fonte: KUL, 2014, ADAPTADA PELO AUTOR, 2016


46

3.2 CORRELATOS TEÓRICOS

3.2.1 Aquário Planeta Azul (Blue Planet Aquarium)

Considerado o maior e mais importante aquário da Europa (figura 22) e


eleito o melhor projeto da Dinamarca na “A New Way to Grow”, conferência de
turismo realizada em 2012 (3XN, 2013).

Figura 22 – Aquário Planeta Azul, Vista geral

Fonte: 3XN, 2013

3.2.1.1 Ficha técnica

Denominação da obra: The Blue Planet


Autores do projeto: 3XN
Escola de arquitetura: Pós-modernismo / High Tech
Local da Obra: Copenhague, Dinamarca
Ano da Obra: 2012
Área do terreno: 28443m2 aproximados
47

Área Construída: 10000m2

3.2.1.2 Descrição da edificação

Inspirado na forma de um caracol, respeitando as proporções áureas


existentes em elementos da natureza. Suas coberturas e fechamentos se unem em
um único fluxo, representando a união entre os mundos terrestre e aquático.
implantado na orla de Øresund (figura 23), conta com uma excelente localização,
onde tem conexão direta com vias de acesso a pontos importantes da cidade, como
o aeroporto de Copenhague, a ponte de Øresund e a estação de trem e metrô

Figura 23 – Implantação

Fonte: 3XN, 2013


48

3.2.1.3 Analise da forma

A edificação apresenta traços que representam o movimento das águas


em forma de um turbilhão, sua cobertura e paredes recebem o mesmo revestimento
(figura 24) e criam um fluxo continuo que evidencia as formas da edificação (3XN,
2013).

Figura 24 – Fachada sul

Fonte: 3XN, 2013

Criado a partir da forma geratriz de um circulo, que após sofrer subtrações e


adições, apresenta uma forma similar a um caracol. Sua planta está estruturada em
torno de um núcleo principal, não apresentando simetria ou equilíbrio (figura 25).

Figura 25 – Planta-baixa e setorização

Fonte: 3XN, 2013


49

Desenvolve-se a partir dele de forma radial (figura 25), servindo de acesso


para o acervo do aquário, que é inteiramente categorizado de acordo com os biomas
aquáticos presentes. A partir do núcleo, o visitante também tem acesso ao auditório,
ao café e áreas externas que também compõem a visitação (3XN, 2013).

3.2.1.4 Analise da função

O acesso público a edificação é realizado através da fachada sul, feito através


de uma plataforma posicionada entre espelhos d’agua. O visitante é direcionado ao
hall central, um espaço circular que direciona o visitante para todos os outros
espaços de exposição (figura 26).

Figura 26 – Acessos e fluxos

Fonte: 3XN, 2013, ADAPTADA PELO AUTOR, 2017


50

O zoneamento é distribuído em torno do centro circular da edificação, onde


estão conectados todos os espaços de acesso público. Em alguns pontos da
edificação estão instaladas áreas de acesso restrito, principalmente para uso
administrativo, conforme representado na figura 27.

Figura 27 – Setorização

Fonte: 3XN, 2013, ADAPTADA PELO AUTOR, 2017

3.2.1.5 Analise da tecnologia

Edificado com uma estrutura em concreto, o aquário Blue Planet apresenta


um revestimento metálico que atua tanto como cobertura como fechamento vertical
(figura 28). Os painéis foram desenvolvidos utilizando tecnologias computacionais
para que seu encaixe fosse preciso e perfeito (3XN, 2013).
51

Figura 28 – Painéis metálicos

Fonte: 3XN, 2013

Aberturas garantem a entrada de ventilação e iluminação zenital em alguns


pontos da edificação, em um deles, o foyer, a iluminação adentra o recinto através
de um tanque posicionado no pavimento acima (figura 29), permitindo ao visitante
também a contemplação dos animais por este angulo. Nos setores de visitação não
existem aberturas pois a iluminação e temperatura precisam ser constantes e
controladas.

Figura 29 – Iluminação zenital

Fonte: 3XN, 2013


52

3.2.2 Aquário Primorsky

O grandioso aquário Primorsky (Figura 30), em construção na Rússia a


pedido do próprio presidente, terá sua implantação próxima a um grande centro de
pesquisa e abrigará em sua área de exposição, além de tanques representando os
rios e mares russos, receberá tanques com animais de cinco oceanos (OJSC, 2012).

Figura 30 – Aquário Primosky

Fonte: OJSC, 2012

3.2.2.1 Ficha Técnica

Denominação da obra: Primorsky Aquarium


Autores do projeto: OJSC Primorgrajdanproekt
Escola de arquitetura: Pós-modernismo / High Tech
Local da Obra: Vladivostok, Russia
Ano da Obra: Em construção
Área do terreno: 66921m2
Área Construída: 38000m2
53

3.2.2.2 Descrição da obra

A obra que antes de sua conclusão já chama atenção pelas dimensões (figura
31), possui 150m de largura e cerca de 38 mil metros de área construída. O atrativo
abrigará mais de 500 espécies de animais, divididos em diversos tanques, dos quais
os 2 maiores terão cerca de 7.000 toneladas (OJSC, 2012).

Figura 31 – Implantação

Fonte: OJSC, 2012

3.2.2.3 Analise da forma

Tendo como forma geratriz um circulo que após um processo de extrusão


linear, forma a volumetria inicial da edificação. Operações de subtração refinam os
contornos da edificação que recebe uma cobertura com formas curvas que estende-
se de cima abaixo, tornando-se parte da composição de suas fachadas (figura 32).
54

Figura 32 – Vista aérea, coberturas

Fonte: OJSC, 2012

As fachadas nordeste e sudoeste apresentam simetria bastante clara e


apresentam elementos que determinam ritmo e equilíbrio (figura 33).

Figura 33 – Fachada sudoeste

Fonte: OJSC, 2012


55

3.2.2.4 Analise da função

O acesso público ao aquário Primosky é feito através da fachada


sudoeste da edificação (figura 34). Um grande hall direciona o visitante até o inicio
do circuito de visitação, onde o visitante pode visualizar os tanques que são
separados e agrupados de acordo com o bioma ao qual pertencem. Através do hall
principal o visitante também tem acesso ao setor educacional e a um grande
auditório com vista para a piscina onde são apresentados grandes animais
marinhos.

Figura 34 – Acessos e fluxos

Fonte: OJSC, 2012, ADAPTADA PELO AUTOR, 2017


56

Com relação ao zoneamento, a edificação apresenta pequenos espaços com


acesso restrito localizados no térreo, onde prevalece a ocupação por áreas públicas
de acesso permitido (figura 35).

Figura 35 – Zoneamento

Fonte: OJSC, 2012, ADAPTADA PELO AUTOR, 2017

3.2.2.5 Analise da tecnologia

O aquário Primorsky apresenta estrutura em concreto seguido por


fechamentos em alvenaria, que no caso das fachadas é sobreposta por enormes
peles de vidro, A cobertura metálica é sustentada por estruturas em aço, que
também compõem a fachada da edificação (figura 36).
57

Figura 36 – Execução da obra

Fonte: OJSC, 2012

Obtem-se a iluminação natural através de grandes aberturas que estendem-


se por toda a cobertura e fachada. A ventilação natural é favorecida utilizando-se
aberturas entre os planos da cobertura, que utiliza do seu formato orgânico para
direcionar os fluxos de ventos (figura 37).

Figura 37 – cobertura

Fonte: OJSC, 2012


58

3.3 ANALISE GERAL DE CORRELATOS

As analises apresentadas anteriormente representam uma seleção das


praticas funcionais, formais e tecnológicas que pretende-se utilizar no projeto objeto
deste estudo.
O aquário Mora River, apresentado como correlato temático foi selecionado
devido ao seu programa de necessidades simplório e seus fluxos bem definidos,
apresentando integração entre a área de visitação e o seu entorno. Outro aspecto
analisado foi a clara divisão dos setores público e de serviços, separados em dois
pavimentos. Soluções climáticas tirando vantagem de elementos estruturais também
são técnicas que deverão ser utilizadas no projeto do aquário Foz do Iguaçu.
O segundo correlato temático, o aquário Antalya, foi escolhido por contemplar
um programa de necessidades mais complexo e similar ao pretendido para a
proposta em questão. Pretende-se utilizar soluções funcionais encontradas nesta
analise, a primeira delas é o túnel passando por dentro de um grande tanque de
visitação aliado a possibilidade de visualização deste tanque por sua parte
superficial e laterais.
O Aquário Blue Planet foi selecionado para a analise formal devido ao seu
forte conceito e as evidentes tecnologias construtivas nele utilizadas. Pretende-se
utilizar soluções similares às analisadas em seus fechamentos, cobertura e
iluminação zenital.
No caso do Aquário Primorsky, as formas orgânicas e curvas de sua
coberturas e fachadas, sua composição simétrica e as soluções tecnológicas nele
adotada, foram os itens que levaram a sua analise e que pretende-se referenciar na
proposta a ser desenvolvida.
Conclui-se então, que as quatro obras analisadas possuem boas soluções
formais, funcionais e tecnológicas que servirão como referencia, considerando-se a
realidade do local, para as decisões projetuais adotadas na proposta do aquário Foz
do Iguaçu.
59

4 INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE

4.1 FOZ DO IGUAÇU

Localizada no extremo oeste do estado do Paraná, ao sul do Brasil (figura


38), a cidade de Foz do Iguaçu dista cerca de 700 da capital do seu estado, Curitiba.
Sua altitude em relação ao nível do mar é de 173 metros (LIMA, 2010).
Posicionada em uma região tri-nacional, Foz do Iguaçu faz fronteira com dois
país, as quais são delimitadas por dois importantes rios. O Rio Paraná, localizado ao
oeste da cidade, marca a divisa entre o Brasil e o Paraguai, e o Rio Iguaçu,
localizado a sul, marca a fronteira entre o Brasil e a Argentina (FOZ DO IGUAÇU,
2017a).
Criada em 1914, a cidade é mundialmente conhecida por sua diversidade
étnica, belezas naturais, como o Parque Nacional do Iguaçu e as Cataratas do
Iguaçu, e pela exuberante Itaipu Binacional, a maior usina hidrelétrica do mundo em
produção de energia. Esses e outros atrativos reforçam a vocação turística da
cidade, que é um dos centros turísticos mais visitados do país (FOZ DO IGUAÇU,
2017a).

Figura 38 – Mapa do Brasil e do Paraná

FONTE: Foz do Iguaçu, 2010


60

4.2 HISTÓRICO DE FOZ DO IGUAÇU

Pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Paraná apontam que, em


6.000 a.C, haviam indícios de presença humana na região. Vários grupos passaram
pela região com o passar dos séculos, porém, os últimos que antecederam os
espanhóis e portugueses foram os índios (FOZ DO IGUAÇU, 2017b).
Os primeiros registros do território aconteceram com a viagem de Alvar Nuñez
Cabeza de Vaca. Em 1542, o espanhol chegou ao rio Iguaçu e, guiado por índios
Cainganges, encontrou as Cataratas, tornando-se o descobridor das quedas (FOZ
DO IGUAÇU, 2017b).
Logo no início, as terras paranaenses pertenciam a Capitania de São Vicente,
atual Estado de São Paulo. De acordo com Martins e Ruschmann (2010), durante o
século XVI, os europeus exploravam o território em busca da madeira de lei
existente. Somente a partir do século XVII que iniciou a colonização com a
instituição da Vila de Paranaguá no ano de 1660.
Os primeiros habitantes de Foz do Iguaçu, o brasileiro Pedro Martins da Silva
e o espanhol Manuel Gonzáles, chegaram por volta de 1881. Oito anos após, em
1889, foi fundada a Colônia Militar pelo Tenente Antônio Batista da Costa Júnior e o
Sargento José Maria de Brito, que marcou o início da ocupação efetiva, pois tinha a
competência para distribuir os terrenos aos colonos interessados (FOZ DO IGUAÇU,
2017b).
A população de Foz do Iguaçu, logo no início do século XX, chegou a
aproximadamente 2.000 pessoas. No vilarejo existiam uma hospedaria, quatro
mercearias, um rústico quartel militar, mesa de rendas e estação telegráfica,
engenhos de açúcar e cachaça e uma agricultura de subsistência (FOZ DO
IGUAÇU, 2017b).
Martins e Ruschmann (2010) afirmam que Foz do Iguaçu teve sua
colonização muito tardia quando comparada ao descobrimento do Brasil em 1500. O
município foi criado em 14 de março de 1914, e seu povoamento se tornou
altamente denso em relação ao seu espaço.
Inicialmente o município era chamado de Vila Iguaçu, quando tomou posse o
primeiro prefeito, Jorge Schimmelpfeng, e a primeira Câmara de Vereadores. Em
1918, passou a denominar-se "Foz do Iguaçu" (FOZ DO IGUAÇU, 2017b).
61

A inauguração da Ponte Internacional da Amizade em 1965 e da BR 277 em


1969, intensificou o comércio de Foz do Iguaçu e contribuiu para que a cidade se
desenvolvesse como polo de turismo e compras. Por outro lado, o início das obras
de construção da usina hidroelétrica Itaipu Binacional, em 1975, causou outros
impactos para a região, entre eles, o aumento da população de Foz do Iguaçu,
passando de 34 mil habitantes, em 1970, para 136 mil em 1980, correspondendo a
385% de crescimento populacional (ZUCCARATTO, 2015).
Outro impacto causado pela construção da Itaipu Binacional foi relacionado às
questões ambientes. Nesse sentido, ainda na década de 70, a Itaipu criou o Refúgio
Bela Vista. O objetivo era construir uma unidade de proteção ambiental, para
receber milhares de animais “desalojados” pela usina. Nesse mesmo espaço, Itaipu
contribui com a produção de mudas florestais, a reprodução de animais silvestres
em cativeiro e a recuperação de áreas degradadas. (ITAIPU, 2017)
Em 1994 foi inaugurado o Parque das Aves, 11 meses depois do início de sua
construção. A ideia surgiu de uma família africana que, a partir do gosto pelas aves,
decidiu-se mudar para Foz do Iguaçu em 1993. Após receber as licenças
necessárias, adquiriu 16 hectares de floresta subtropical entre o rio Iguaçu e a
rodovia que leva às Cataratas do Iguaçu e iniciou as obras de construção do parque
(PARQUE DAS AVES, 2017).
Várias outras obras contribuíram para a receptividade do turismo em Foz do
Iguaçu, como o Centro de Convenções do município, as novas instalações do
Aeroporto Internacional, a 1ª Biblioteca especializada em turismo, a construção da
Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu, a inauguração do Zoológico Bosque
Guarani, entre outros (MARTINS E RUSCHMANN, 2010).

4.3 PERFIL CULTURAL E SÓCIOECONÔMICO

Com cerca de 256.088 habitantes, dos quais apenas 2.126 (0,8%) são
residentes em áreas rurais, Foz do Iguaçu possui um Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM) de 0,751 e conta com uma área territorial de 618,352
km2, conforme dados do IBGE (2010).
62

Conta com uma enorme diversidade cultural, resultado do convívio harmônico


de povos de mais de 80 nacionalidades. Entre os mais representativos, estão os
habitantes oriundos do Líbano e China, além de uma quantidade expressiva de
imigrantes do Paraguai e Argentina, países com os quais Foz do Iguaçu também faz
fronteira (FOZ DO IGUAÇU, 2017b).
De acordo com Ipardes (2015), a cidade é a sexta maior economia do estado
do Paraná, registrando em 2013 o PIB de R$ 9.877.010 (R$ mil correntes) e tem
como principais pilares econômicos, o turismo e a produção de energia.
Implantada sobre um planalto subtropical, a cidade apresenta clima médio
anual de 22O e como principal bioma a mata atlântica. Seus atrativos turísticos tiram
proveito das grandes riquezas naturais existentes, dentre os quais, os mais visitados
são o Parque Nacional do Iguaçu, a Usina Hidrelétrica de Itaipu e o Parque das
Aves, que juntos receberam mais de 2.511,281 visitantes em 2016 (FOZ DO
IGUAÇU, 2017c).
Entre os atrativos, o que mais assemelha-se a proposta tema deste trabalho,
é o Parque das Aves. O atrativo conta com mais de 800 animais de 200 espécies,
dos quais 50% foram resgatados dos maus tratos e do trafico. Localizado no
corredor turístico de Foz do Iguaçu, em meio a uma área de Mata Atlântica, o
Parque recebe anualmente cerca de 500 mil visitantes de todo o mundo (PARQUE
DAS AVES, 2017).

4.4 VOCAÇÃO

Foz do Iguaçu faz parte da região tri-nacional, na divisa com a cidade


argentina de Puerto Iguazú e com a cidade paraguaia de Ciudad del Este, e tem sua
economia baseada no turismo (FOZ DO IGUAÇU, 2017a).
São vários atrativos que compõe a atividade turística em Foz do Iguaçu,
sendo eles naturais, culturais, compras, atividades esportivas e variadas. Além dos
atrativos turísticos, a cidade conta com uma ampla rede hoteleira, gastronomia
variada e serviços de atendimento ao turista (FOZ DO IGUAÇU, 2017d).
A cidade já recebeu prêmios importantes no setor de turismo. Em 2014, foi
eleita como o “Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil”, na 14ª edição do Prêmio “O
63

Melhor de Viagem e Turismo – 2014/2015 realizada em São Paulo. Em 2011, as


Cataratas do Iguaçu foram eleitas uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza,
pela Fundação New Seven Wonders. Em 1986, o Parque Nacional do Iguaçu foi
tombado como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. No ano de 1995,
a Itaipu Binacional foi eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, pela
Associação Norte-Americana de Engenheiros Civis para a revista “Popular
Mechanics (FOZ DO IGUAÇU, 2017e).
Em 2010, Foz do Iguaçu foi premiada nas Melhores Práticas e no Índice de
Competitividade do Ministério do Turismo. Ao total, a cidade recebeu dez prêmios.
Na premiação das Melhores Práticas, dos 65 destinos, entre as não capitais, Foz
venceu em quatro categorias. Na premiação do Índice de Competitividade, dentre as
não capitais, a cidade recebeu as melhores notas de avaliação em seis categorias,
de 13 dimensões avaliadas (ITAIPU, 2010).
O Complexo Turístico Itaipu, em 2016, foi vencedor da categoria Inovação em
pesquisa e tecnologia do Prêmio de Excelência e Inovação do Turismo, concedido
pela Organização Mundial do Turismo (OMT), um dos mais importantes do setor no
mundo (TURISMO ITAIPU, 2017).
Além das premiações recebidas, Foz ainda aparece na sexta posição do
ranking dos 10 Melhores Destinos - Brasil do Tripadvisor. No ranking das atrações
turísticas, as Cataratas do Iguaçu aparece em primeiro lugar com mais de 31 mil
avaliações, seguida do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro (TRIPADVISOR, 2017).
4.5 RESULTADOS DA PESQUISA

4.5.1 Pesquisa documental

A pesquisa documental foi utilizada durante a visita técnica, onde foram


coletadas diversas plantas e desenhos técnicos do Aquário marinho do Rio de
Janeiro (AquaRio), material que contribuiu para o melhor entendimento dos fluxos e
disposição dos equipamentos instalados na edificação.
Também foram coletados mapas e outros arquivos relativos ao terreno
selecionada, o material foi recolhido na Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu – PR.
64

4.5.2 Pesquisa de campo

4.5.2.1 Entrevistas

Foram realizadas duas entrevistas para coletar informações que auxiliem na


comprovação da implantação do aquário. Optou-se por entrevistar um especialista
no tema e para tal o convidado foi Fabian Kussakawa, um praticante de aquarismo
plantado, premiado nacional e internacionalmente e que é residente na cidade de
Foz do Iguaçu, conhecendo bem a realidade dos ecossistemas existentes na região.
Para a segunda entrevista, optou-se por entrevistar um profissional que atua
no local objeto da visita técnica, no caso o aquário marinho do Rio de Janeiro – RJ,
o AquaRio. O funcionário José Pedroso, estagiário e estudante de engenharia
mecânica pela UFRJ, foi designado para acompanhar a visita e participar da
entrevista.

4.5.2.1.1 Entrevista I – Aquapaisagista

A entrevista oral concedida por Fabian Kassakawa ao discente Luiz Gustavo


Grzybowski no dia 10 de abril de 2017, teve como objetivo coletar informações que
auxiliem na comprovação da viabilidade de implantação de um aquário em Foz do
Iguaçu, visto que o entrevistado é especialista de renome no tema, além de ser
residente na cidade e conhecer a fundo suas características. A entrevista que seguiu
o roteiro definido no apêndice A, foi registrada por meio de anotações textuais.
Fabian, que atua profissionalmente como web designer, explica que passou a
interessar-se por aquarismo e aquapaisagismo em meados de 2006, ano em que
dedicou ao menos 6 meses aos estudos que envolvem o tema, antes mesmo de
montar seu primeiro aquário. Fabian conta que em seguida, passou a praticar o
aquapaisagismo, buscando aprofundamento em livros e estudando a biologia das
plantas aquáticas, pratica que forneceu a experiência necessária para que
participasse dos primeiros concursos regionais, nacionais e internacionais. Segundo
65

Fabian, os resultados de suas participações em concursos vieram com o tempo, 20


títulos de aquapaisagismo, dentre os quais os mais expressivos são, a conquista do
tricampeonato brasileiro na categoria “Nano” e o 1o lugar no campeonato
internacional AGA (Aquatic gardeners american), concurso no qual também obteve 2
vezes a segunda colocação na categoria “Small”. Fabian conta que também já teve
participações como juiz ou integrando a banca avaliadora em diversos concursos
nacionais e internacionais, além de ter realizado diversos workshops e palestras
sobre o tema em todo o território brasileiro.
Fabian foi questionado sobre como sua relação com o aquarismo teria
mudado sua relação com o meio ambiente. O entrevistado explicou que a pratica o
fez desenvolver uma visão mais abrangente em relação aos ecossistemas e como a
preservação de todos os elementos que o compõem é importante para garantir seu
funcionamento em harmonia. Para o entrevistado, não faz sentido preservar apenas
o ecossistema aquático enquanto os demais permanecem sendo degradados, visto
que as interações entre ecossistemas acontecem a todo momento sem que
percebamos.
Outra pergunta feita a Fabian, questiona sua visão com relação ao
confinamento dos animais em aquário. Ele explica que na sua opinião, a captura de
animais em habitats degradados, a reprodução em cativeiro, aliados a reabilitação
do ecossistema de origem e a posterior soltura desses animais, seria a alternativa
ideal para conciliar a exposição de animais com ações de preservação.
O entrevistado complementa, afirmando acreditar na importância das ações
de educação ambiental como forma de garantir a preservação do meio ambiente.
Fabian afirma que a educação ambiental deveria fazer parte do ensino médio,
utilizando-se das novas gerações para mudar o comportamento da sociedade.
Para finalizar a entrevista, Fabian explica que considera viável a implantação
de um aquário público em Foz do Iguaçu, devido as características turísticas e a
potencialidade hídrica da cidade. O entrevistado afirma que um atrativo desse porte,
além de atrair um enorme público turístico, serviria como uma grande ferramenta
educacional, podendo contribuir com a preservação ambiental.
66

4.5.2.1.2 Entrevista II – Estagiário do AquaRio

Com o objetivo de complementar as informações coletadas durante a visita


técnica ao aquário marinho do Rio de Janeiro, foi realizada uma entrevista com José
Pedroso, que atua na instituição como estagiário. A entrevista oral, foi conduzida
pelo discente Luiz Gustavo Grzybowski no dia 02 de abril de 2017 e seguiu o roteiro
conforme o apêndice B e teve as respostas registradas em áudio.
José Pedroso, que cursa o último período de engenharia mecânica na UFRJ,
foi questionado sobre a importância de um aquário para a sociedade. De acordo
com o entrevistado, o maior ganho para a sociedade está no conhecimento
proporcionado pelo atrativo. José relatou que em situações recorrentes, as pessoas
agem de maneira prejudicial aos seres marinhos e ao ecossistema onde vivem,
muitas vezes por falta de conhecimento sobre o tema. Para José, dificilmente as
pessoas preservam algo que não conhecem, desta forma, o aquário atua na
exibição de animais que a maioria das pessoas jamais teria a oportunidade de
visualizar em outras situações.
Na sequência, o entrevistado comentou sobre promoção de atividades
relacionadas a educação ambiental. José explica que além da visitação, a instituição
recebe semanalmente os alunos de escolas públicas do Rio de Janeiro, que
participam de atividades que visam aumentar a conscientização das futuras
gerações com o ambiente marinho.
Ao ser questionado sobre a infraestrutura do atrativo e se ela atende de forma
adequada a expectativa dos visitantes e o bem estar animal, José explica que a
infraestrutura da edificação é dividida em duas frentes principais, a manutenção
predial e o sistema de suporte a vida (SSV). De acordo com o entrevistado, o SSV é
o sistema, comandado por biólogos, que garante a qualidade de vida e o bem estar
dos animais, que tem total prioridade sobre todas as decisões técnicas. José explica
que a priorização da vida marinha, garante também uma melhor experiência ao
visitante, que encontrará tanques com animais sempre saudáveis e bem cuidados.
José conta também que a instituição está implantando um plano de manutenção,
cujo o objetivo é prevenir possíveis problemas e paradas nos sistemas de suporte a
vida, melhorando ainda mais a vida dos habitantes do aquário.
67

4.5.2.2 Questionário – População em geral (habitantes de Foz do Iguaçu e turistas)

A seguir, é apresentada uma analise dos resultados obtidos através da


aplicação do questionário (Apêndice C). Foram aplicadas 200 amostras, sendo elas
100 utilizando meios eletrônicos e 100 utilizando questionários impressos, entregues
a população em geral, incluindo turistas e moradores de outros municípios.
Os resultados apresentados com base no total de respostas obtidas, refletem
o perfil dos entrevistados e o nível de relevância da implantação do atrativo na
cidade de Foz do Iguaçu.
Inicialmente, respostas relacionadas ao perfil dos participantes demonstram
que a grande maioria (65%) possui entre 15 e 30 anos de idade, porém, uma
quantidade significativa (26%) apresenta idade entre 31 e 45 anos (Gráfico 01).

Gráfico 01 – Faixa Etária

Fonte: AUTOR, 2017

O gráfico 02 apresenta informações relativas a escolaridade dos participantes


e demonstra que mais da metade dos participantes (55%) possui curso superior,
seguidos por 22% com especialização e 9% com ensino médio.
68

Gráfico 02 – Escolaridade

Fonte: AUTOR, 2017

O Gráfico 03 demonstra a quantidade de participantes residentes em Foz do


Iguaçu. De acordo com as respostas, moradores da cidade representam 83% das
respostas e cerca de 17% representam visitantes ou residentes em outras cidades.

Gráfico 03 – Residência

Fonte: AUTOR, 2017

Em seguida, os participantes foram questionados sobre a importância das


ações de educação ambiental na questão da preservação dos ecossistemas. De
acordo com o gráfico 04, 99% das respostas foram positivas, demostrando que a
grande maioria considera tais ações importantes.
69

Gráfico 04 – Importância das ações de educação ambiental

Fonte: AUTOR, 2017

O gráfico 05 é relativo a importância de um aquário público para o aumento e


melhoria da educação ambiental. De acordo o gráfico, 91% das respostas obtidas
foram positivas e apenas 9% não consideram o atrativo importante para a questão
educacional.

Gráfico 05 – Importância do aquário nas ações de educação ambiental

Fonte: AUTOR, 2017

Com relação a visitação ao aquário, os participantes da pesquisa foram


questionados sobre a frequência com que visitariam o local. 61% indicaram que
70

visitariam uma vez por ano, 34% uma vez por semana, 3% toda semana, e apenas
2% indicaram que não visitariam o atrativo (Gráfico 06).

Gráfico 06 – Frequência de visitação

Fonte: AUTOR, 2017

Sobre a intenção de viajar a outra cidade para visitar um aquário, 50% dos
participantes indicaram que talvez realizem uma viajem especifica para este fim,
31% afirmam que visitariam um aquário mesmo que fora de sua cidade. (Gráfico 07).

Gráfico 07 – Intenção de deslocamento para visitação

Fonte: AUTOR, 2017


71

Os participantes foram questionados sobre qual a melhor região de Foz do


Iguaçu para sua implantação (Gráfico 08). 46,5% acham que o atrativo deveria ser
implantado na região sul, sentido Cataratas do Iguaçu, 38,4% responderam deveria
ser na região norte, sentido Itaipu Binacional.

Gráfico 08 – Região de implantação

Fonte: AUTOR, 2017

Relativo a administração, 53,5% dos participantes acreditam que ela deva ser
mista (pública/privada), 37,4% preferem uma administração inteiramente privada e
apenas 9,1% optaram por uma administração exclusivamente pública (Gráfico 09).

Gráfico 09 – Administração

Fonte: AUTOR, 2017


72

Por ultimo, os participantes foram questionados sobre a possibilidade de, em


uma visita a Foz do Iguaçu, estender seu tempo de estadia para visitar um aquário
público. De acordo com o gráfico 10, 47% dos participantes ampliariam sua estadia
na cidade, 33% que afirmam que talvez fariam o mesmo.

Gráfico 10 – Quanto a estender a estadia em Foz do Iguaçu para visitar um aquário

Fonte: AUTOR, 2017

4.5.2.3 Visita técnica – Aquário marinho do Rio de Janeiro (AquaRio)

A visita técnica teve como principal objetivo levantar conhecimento de campo


sobre o funcionamento de um aquário público, buscando analisar seus fluxos,
setorização, equipamentos e tecnologias.
Realizada no Aquário marinho do Rio de Janeiro, o AquaRio, na terça-feira,
dia 02 de abril de 2017, a visita foi acompanhada por José Pedroso, estagiário de
engenharia mecânica pela UFRJ, que atua no aquário.
O AquaRio está implantado na antiga região portuária do Rio de Janeiro – RJ
e faz parte de um conjunto de intervenções realizadas para os Jogos Olímpicos de
2016, ao qual também se incluem o Boulevard Olímpico e o Museu do Amanhã.
Com 26 mil metros quadrados de área construída é o maior aquário marinho
da América Latina. Conta com a atuação de 150 colaboradores e recebe em média
100 mil visitantes por mês, média que é superada no mês de janeiro, onde chega a 7
73

mil visitantes por dia. A exposição apresenta 28 tanques e recintos que somam 4,5
milhões de litros de água salgada e abrigam até 800 animais de 200 espécies.
O espaço também conta com estacionamento, café, lojas, centro de pesquisa,
espaço para exposições temporárias, museu da ciência e do surf, além de toda a
área técnica necessária para a manutenção e funcionamento do atrativo (figura 39).

Figura 39 – Aquário marinho do Rio de Janeiro, AquaRio

Fonte: AUTOR, 2017

O atrativo está instalado no edifício do antigo frigorífico da Companhia


Brasileira de Armazenamento (Cibrazem) e conta com 5 pavimentos, além do
subsolo. O acesso de visitantes e ao estacionamento, localizados no pavimento
térreo, é realizado através da rua Via Binário Porto (Figura 40).

Figura 40 – Planta-baixa, pavimento térreo, acessos

1
Fonte: AquaRio, 2017, editada pelo autor, 2017

1
Planta retirada no AquaRio durante a visita técnica realizada no dia 02 de abril de 2017.
74

Ao entrar, visitante depara-se com o esqueleto de uma baleia jubarte,


suspenso sobre o hall de entrada (figura 41).

Figura 41 – Hall de entrada

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 42 – Quiosques

Fonte: AUTOR, 2017

No hall também estão dispostos alguns quiosques, café, bilheteria, sanitários


e o acesso aos elevadores (Figuras 42 e 43), que direcionam o visitante ao inicio da
visitação no quarto pavimento (Figura 44).
75

Figura 43 – Esqueleto real de uma baleia jubarte, exposto sobre o hall de entrada

Fonte: AUTOR, 2017

A visitação não é guiada e o visitante tem a liberdade de percorrer um circuito


curvilíneo onde estão dispostos os tanques. O circuito de visitação apresenta
iluminação reduzida, contando apenas com balizadores e a luminosidade oriunda
dos tanques (Figura 44). As paredes e o teto possuem acabamento em cores
escuras, assim como o piso, que é revestido por carpete. O espaço foi projetado de
acordo com a NBR 9050, garantindo acessibilidade em todo o trajeto da visita.

Figura 44 – Circuito de visitação

Fonte: AUTOR, 2017


76

O ponto principal da visitação é o grandioso recinto oceânico, um tanque com


3,5 milhões de litros de água que abriga uma enorme quantidade de espécies de
médio e grande porte, como arraias e tubarões. Grandes aberturas permitem a
visualização de seu interior (Figura 45).

Figura 45 – Vista do recinto oceânico

Fonte: AUTOR, 2017

No entorno do recinto existem algumas rampas e um pequeno anfiteatro que


antecede o acesso a um túnel submerso (Figura 46). O túnel direciona o visitante ao
terceiro pavimento, onde ficam os tanques de toque, área de exposição e lojas.

Figura 46 – Túnel submerso cruzando o recinto oceânico

Fonte: AUTOR, 2017


77

Junto ao circuito de visitação, estão dispostas as áreas técnicas de acesso


restrito (Figura 47), onde estão os equipamentos de filtragem e iluminação de cada
tanque (Figura 48).

Figura 47 – Planta-baixa, quarto pavimento, acesso, circuito de visitação e tanques

2
Fonte: AquaRio, 2017, editada pelo autor, 2017

Figura 48 – conjunto de equipamentos de filtragem de um tanque

Fonte: AUTOR, 2017

Através dessas áreas também são realizados os tratos, manutenção e as


trocas parciais de água (figura 49).
78

Figura 49 – Visão traseira dos tanques

Fonte: AUTOR, 2017

Os tanques possuem volumes e equipamentos de filtragem com tamanhos


similares, com exceção do recinto oceânico, que possui um volume de 3,5 milhões
de litros de água dispostos em um tanque com pé direito de 7 metros de altura. O
sistema de filtragem instalado no terceiro (Figura 50) e quinto (Figura 51)
pavimentos da edificação, consome um espaço considerável.

Figura 50 – Sistema de filtragem mecânico do recinto oceânico

Fonte: AUTOR, 2017

2
Planta retirada no AquaRio durante a visita técnica realizada no dia 02 de abril de 2017.
79

Figura 51 – Sistema de filtragem biológico do recinto oceânico

Fonte: AUTOR, 2017

O trato e manutenção do recinto oceânico são realizados através da abertura


superior do tanque, localizada no quinto pavimento, onde também estão instalados
os sistemas de filtragem e iluminação (Figura 52).

Figura 52 – Visão superior do recinto oceânico

Fonte: AUTOR, 2017

O quinto pavimento também comporta a área de quarentena, onde os animais


recém chegados permanecem em observação até que sejam considerados
80

saudáveis e sua inclusão definitiva nos aquários seja considerada segura. Esse
espaço também funciona como um centro de pesquisa cientifica (Figura 53).

Figura 53 – Centro de pesquisa cientifica e quarentena

Fonte: AUTOR, 2017

A água salgada utilizada para as trocas parciais é captada por balsas no


entorno de áreas de preservação. O armazenamento é feito no subsolo da
edificação (Figura 54), junto a água doce, que é utilizada para equilibrar a salinidade
dos tanques. O descarte da água utilizada é realizado por uma rede de manejo, pois
pode conter material biológico ou químico danoso ao meio ambiente.

Figura 54 – Subsolo, tanque de armazenamento de água salgada

Fonte: AUTOR, 2017


81

A cobertura, feita em estrutura metálica, abrigará o maior campo de produção


de energia solar da América Latina. A previsão é que a área de aproximadamente 6
mil metros quadrados forneça 15% da energia consumida pelo atrativo (Figura 55).

Figura 55 – Cobertura, painéis fotovoltaicos

Fonte: AUTOR, 2017

4.6 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A coleta de dados anteriormente apresentada, revela que a cidade de Foz do


Iguaçu possui uma economia em desenvolvimento, cujo principal setor econômico é
o turismo. A cidade conta com atrativos muito representativos, inclusive em um
cenário mundial. As Cataratas do Iguaçu, eleitas como uma das Novas Sete
Maravilhas da Natureza, o Parque Nacional do Iguaçu, considerado Patrimônio
Natural da Humanidade, e a Itaipu Binacional como a maior produtora de energia do
mundo. Tanto o histórico quanto a vocação, apresentam dados que comprovam o
potencial turístico da cidade desde a sua criação.
Os entrevistados reforçam a importância da educação ambiental e a
necessidade de levar o conhecimento sobre a fauna e flora a população em geral,
visando principalmente as novas gerações. Nos dois casos, os entrevistados
acreditam que um aquário é uma ótima ferramenta para alcançar tal objetivo. Este
fato também é comprovado nos questionários, onde a maior parcela dos
participantes compartilha da mesma visão.
82

Fabian Kassakawa, baseando-se em sua ampla experiência com o tema e no


seu conhecimento da realidade da cidade, vê a implantação de um atrativo como um
aquário público como uma excelente ferramenta para conscientização ambiental,
além de um atrativo com grande potencial para a cidade. A atratividade de um
aquário público é evidenciada também através dos questionários, que demonstram
que a grande maioria visitaria o atrativo com certa frequência e, no caso dos turistas,
ampliariam sua estadia na cidade por conta da visitação. Tal fator, demonstra a
relevância da proposta para a economia de Foz do Iguaçu, que busca aumentar o
tempo de permanência do turista na cidade.
Outras informações importantes coletadas com os questionários, demonstram
que a maioria dos participantes acreditam que o local ideal de implantação para um
aquário na cidade seria no entorno corredor turístico, margeando a Avenida das
Cataratas. Em segundo lugar aparece a sugestão de implantação no sentido da
Itaipu Binacional. Os participantes também acreditam que a melhor forma de gestão
para um atrativo deste porte, seria a coparticipação entre o poder público e a
iniciativa privada.

4.7 CONSIDERAÇÃO SOBRE A VIABILIDADE

Baseada nos resultados das diversas pesquisas bibliográficas, questionários,


entrevistas, pesquisa documental e visita técnica, a proposta de implantação de um
aquário público na cidade de Foz do Iguaçu se mostra viável.
Fatores relacionados a vocação da cidade são elementos fundamentais para
tal comprovação, pois Foz do Iguaçu é uma cidade com grande potencialidade
turística, uma das mais visitadas do Brasil. Seus atrativos são visitados por turistas
do mundo todo que encontram na cidade uma infraestrutura completa, ampla rede
hoteleira, gastronomia de alto nível, turismo de compras, belezas naturais ou
construídas pela ação do homem.
Outro fator importante para a comprovação está relacionado ao tempo de
estadia do turista em Foz do Iguaçu. Atualmente, o turista permanece pouco tempo
na cidade apesar de todos os atrativos existentes. Um atrativo como um aquário
público, conforme comprovado nas pesquisas, teria potencial para, além de elevar a
83

permanência do turista, também atrair novos visitantes, fortalecendo o


desenvolvimento econômico da cidade, além de favorecer o desenvolvimento de
novos postos de emprego.
A questão ambiental também é um forte argumento a favor do atrativo, visto
que grande parte da economia da cidade baseia-se na exploração dos seus
recursos naturais, principalmente os hídricos. O bom estado de conservação dos
ecossistemas, principalmente os aquáticos, é fundamental para a manutenção dos
diversos títulos recebidos pela cidade, pelas Cataratas do Iguaçu e pelo Parque
Nacional do Iguaçu. Portanto, a proposta de implantação de um aquário público se
mostra como uma boa alternativa para a promoção de ações de educação ambiental
voltadas aos turistas e a população residente na cidade.
A implantação de um aquário público mostra-se também como um
investimento potencialmente rentável. O AquaRio, objeto da visita técnica
apresentada neste trabalho, apresenta números significativos que expressam a
aceitação e interesse do público por esse tipo de atrativo. A quantidade de visitantes
recebidos anualmente e o público potencial, residente nos dois países com que Foz
do Iguaçu faz fronteira, reforçam a oportunidade econômica presente na implantação
novo ponto turístico.
84

5 ESTUDO DO OBJETO

5.1 JUSTIFICATIVA DO TERRENO

A escolha do terreno é justificada baseando-se em diversos elementos, o


primeiro deles está relacionado a localização estratégica do mesmo. O terreno
escolhido fica as margens da Rodovia das Cataratas (BR-469), o principal corredor
turístico da cidade de Foz do Iguaçu, local por onde inevitavelmente transitam a
grande maioria dos turistas que visitam os atrativos da cidade. A localização também
favorece o acesso de visitantes residentes em Foz do Iguaçu, visto que o terreno
está relativamente próximo a áreas urbanas da cidade.
A proximidade com outros atrativos e equipamentos de suporte turísticos
também se mostra um fator importante na escolha do terreno. O Local está próximo
a alguns dos mais importantes atrativos de Foz do Iguaçu como as Cataratas do
Iguaçu e o Parque das Aves, além de hotéis, do aeroporto, churrascarias e
restaurantes, um museu, o novo shopping e alguns novos condomínios residenciais
de alto padrão.
Outro ponto relevante na escolha foi a indicação através dos questionários
aplicados a pesquisa de campo, onde 46,5% dos participantes indicou a região sul
como a melhor alternativa para implantação do atrativo. Baseando-se neste
resultado, o entorno da via foi analisado em busca de um terreno com as dimensões
necessárias para abrigar a instalação do aquário. Aspectos como a vegetação
existente, topografia e a proximidade com rios e afluentes, também foram levados
em consideração, para que os impactos ambientais da implantação pudessem ser
minimizados.
O terreno é atendido por boa infraestrutura urbana, a via de acesso é
asfaltada e com previsão de duplicação. É atendido por transporte público, possui
infraestrutura de água, esgoto e energia elétrica. O local ainda não possui
iluminação publica nem áreas destinadas a pedestres.
85

5.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

O terreno selecionado para a implantação do novo atrativo está localizado no


mais importante corredor turístico da cidade de Foz do Iguaçu – PR, a Rodovia das
Cataratas ou BR 469, sem número, na Vila Yolanda. É registrado com a inscrição
imobiliária No 10445020971 e possui cerca de 55.000 m2 de área (Figura 56).

Figura 56 – Mapa de Localização com a identificação do terreno escolhido para


implantação da proposta

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017

O terreno possui testada de 152 metros voltada para oeste, de frente para a
Rodovia das Cataratas, tendo como limitador a leste, a cerca de 350 metros, a ZPP
do Rio Tamanduá. Faz parte de uma Zona Turística 2 – ZT2, determinada pela Lei
Complementar de 15 de junho de 2007, que define parâmetros de uso e ocupação
do solo, determinada pela Prefeitura Municipal (2016). Os parâmetros construtivos
estão descritos no quadro 6.
86

Quadro 6 – Parâmetros construtivos para ZT2


Testada Mínima (m) 25,00
Área Mínima (m2) 3.000,00
Recuo Frontal (m) Habitação Unifamiliar: 5,00
Demais Usos: 15,00
Afastamento Lateral (m) 5,00
Afastamento Fundos (m) 3,00
Taxa de Ocupação Máxima 50%
Coeficiente de Aproveitamento Máximo 3
Quantidade Máxima de Pavimentos 6
Taxa de Permeabilidade 20%
Fonte: FOZ DO IGUAÇU, 2007

As atividades permitidas na Zona Turística 2, adotada para o terreno


escolhido para a implantação, estão descritos no quadro 7.

Quadro 7 – Atividades permitidas, toleráveis e permissivas para ZT2


Permitidos Toleráveis Permissíveis
- Habitação - Habitação - Habitação
Transitória 2 Unifamiliar Unifamiliar em
- Comunitário B – - Habitação Coletiva Série
Lazer e Cultura - Habitação - Habitação
- Comércio Vacinal A Transitória 1 Geminada
- Comércio Vacinal B - Comunitário C – - Comércio e Serviço
- Comércio e Serviço Lazer Específico A e B
de Bairro B - Serviço Vacinal A e
- Comércio e Serviço B
Setorial A e B - Comércio e Serviço
- Outras instrlações de Bairro A
de apoio ao turismo
(mobiliário urbano,
87

bazares e casas de
artesanatos)
Fonte: FOZ DO IGUAÇU, 2007

5.3 ENTORNO IMEDIÁTO

O entorno imediato ao terreno escolhido, foi analisado em um raio de 1,2km,


onde existem diversas edificações relevantes para a proposta, tais como os hotéis
San Juan (Figura 57), Nacional Inn e o Hotel Panorama (Figura 58), atualmente em
reformas.

Figura 57 – Hotel San Juan

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 58 – Hotel Panorama

Fonte: AUTOR, 2017


88

Outras edificações próximas abrigam atrativos como o Parque Aquático


Aquamania, e o museu de cera Dreamland (Figura 59), que abriga também o Parque
dos Dinossauros em um complexo que prevê a instalação de outros atrativos como
um museu de automóveis e um bar temático. O entorno ainda revela a instalação de
dois condomínios residenciais fechados de alto padrão.

Figura 59 – Museu de cera Dreamland

Fonte: AUTOR, 2017

Pontos de ônibus estão localizados a uma distância considerável do terreno


escolhido, locais onde também existem pontos de taxo e redutores de velocidade.
As principais distâncias entre o terreno escolhido e os principais atrativos e
equipamentos turísticos e urbanos de relevância, estão representados no quadro 8.

Quadro 8 – Distâncias entre as principais atividades do entorno


01 Parque Aquático Aquamania 646 metros
02 Condomínio Wish Resort Golf Convention 675 metros
03 Hotel San Juan 722 metros
04 Hotel Panorama 791 metros
05 Museu de cera Dreamland 821 metros
06 Hotel Nacional Inn 859 metros
07 Condomínio Iguaçu Resort 1.100 metros
08 Centro de Convenções 2.620 metros
09 Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu 2.850 metros
10 Hotel Carimã 3.600 metros
89

11 Shopping Catuaí 4.100 metros


12 Helisul (passeio de helicóptero) 4.500 metros
13 Parque das Aves 4.500 metros
14 Cataratas do Iguaçu 4.570 metros
15 Ponte Internacional da Fraternidade 5.100 metros
16 Marco das Três Fronteiras 8.400 metros
17 Terminal de Transporte Urbano 9.900 metros
18 Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu 10.900 metros
19 Ponte da Amizade 15.500 metros
20 Hidrelétrica de Itaipu 19.800 metros
Fonte: AUTOR, 2017

5.3.1 Região de Influência

A implantação do empreendimento proposto é de grande influencia nacional,


pois favorece com um novo e potencial atrativo, a cidade de Foz do Iguaçu, destino
de diversos turistas brasileiros e estrangeiros, que deslocam-se de todas as partes
do mundo para conhecer as Cataratas do Iguaçu. As cidades próximas também
serão influenciadas pelo novo atrativo, visto que o mesmo deverá gerar empregos
diretos e indiretos, que promovem desenvolvimento econômico para toda a região.

5.3.2 Sistema Viário Circundante

O terreno escolhido apresenta acesso exclusivo pela Rodovia das Cataratas


(via arterial), não apresentando outras vias compondo o sistema viário circundante.
As vias de acesso secundário (vias locais) estão a distâncias maiores que 1.200
metros do local e são vias de pouco fluxo (Figura 60).
90

Figura 60 – Sistema viário circundante ao terreno escolhido

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017

5.3.3 Equipamentos Urbanos e Infraestrutura

O terreno escolhido é atendido por uma boa infraestrutura urbana, sua via de
acesso é asfaltada e conta com previsão de duplicação, além de possuir boa
sinalização. A região é atendida por redes elétrica, de água e esgoto. O transporte
público também atende o entorno do terreno, apesar da localização das paradas
estarem a certa distância do local.
Entre os principais equipamentos urbanos existentes na região, está o
Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, implantado a 2.850 metros do terreno,
além de diversos equipamentos turísticos como hotéis, parques e novo shopping da
cidade.
91

5.4 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO

As principais características do terreno puderam ser analisadas através de


pesquisa de campo, foram analisadas: orientação solar, hidrografia, topografia,
vegetação e construções existentes (figura 61).

Figura 61 – Indicação de fotos do terreno escolhido

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017

As fotos foram registradas no local no dia 15 de junho de 2017 as 15 horas.


Foram capturadas as figuras 62, 63 e 64, partindo da Avenida das Cataratas.

Figura 62 – Foto do Terreno (indicação 1)

Fonte: AUTOR, 2017


92

Figura 63 – Foto do Terreno (indicação 2)

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 64 – Foto do Terreno (indicação 3)

Fonte: AUTOR, 2017

5.4.1 Orientação Solar

O estudo de orientação solar do terreno escolhido foi realizado utilizando


dados de localização obtidos através do Google Earth, que posteriormente foram
introduzidos no software Sketchup para que o mesmo realizasse os cálculos
relativos a movimentação solar. Os resultados relativos ao solstício de verão estão
representados nas figuras 65, 66 e 67.
93

Figura 65 – Solstício de verão, 9h

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 66 – Solstício de verão, 12h

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 67 – Solstício de verão, 17h

Fonte: AUTOR, 2017


94

Nas figuras 68, 69 e 70, estão representados os estudos que demostram o solstício
de inverno.

Figura 68 – Solstício de inverno, 9h

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 69 – Solstício de inverno, 12h

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 70 – Solstício de inverno, 17h

Fonte: AUTOR, 2017


95

O entorno do local escolhido para a edificação não apresenta nenhuma


influência na incidência solar, pois o terreno escolhido apresenta vegetação de porte
baixo e com pouca densidade, além de não apresentar edificações vizinhas que
pudessem exercer alguma influência na incidência solar.

5.4.2 Topografia

A topografia do terreno escolhido apresenta seu ponto mais alto a oeste,


representado pela cota 199, próxima a Rodovia das Cataratas, seguindo em ordem
decrescente até a cota 174 localizada aos fundos do terreno (Figura 71). Ao todo
são 25 metros de desnível que totalizam uma inclinação média de X% ao longo de
todo o terreno.

Figura 71 – Curvas de Nível

3
Fonte: FOZ DO IGUAÇU, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017

3
Mapa de Foz do Iguaçu com curvas de nível, fornecido pela Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Foz do
Iguaçu – PR, 2017
96

5.4.3 Edificações Existentes

No terreno escolhido existe a implantação de uma edificação residencial com


piscina, campo de futebol e um pequeno pomar (Figura 72). Devido as
características e potencialidades do local escolhido, a proposta prevê a
desapropriação do terreno para a edificação do novo atrativo turístico.

Figura 72 – Edificação implantada no terreno escolhido

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017

5.4.4 Cursos D’água Existentes

Não existem cursos d’água sobre a área do terreno, porém aos fundos o
terreno faz divisa com o Rio Tamanduá (Figura 73), um importante afluente do Rio
Iguaçu e que também fornece água potável para o sistema de abastecimento da
cidade de Foz do Iguaçu. No entanto, apesar da proximidade com os fundos do
terreno, o mesmo não possui influencia sobre Zonas Especiais de Preservação
(ZEP) ou Zonas de Preservação Permanente (ZPP). A localização do rio em relação
ao terreno é favorável a implantação do aquário, pois poderá ser utilizado em
diversas ações de educação ambiental.
97

Figura 73 – Cursos d’água existentes

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017

5.4.5 Vegetação Existente

O Terreno escolhido não apresenta grande volume de vegetação existente,


ficando esta concentrada principalmente em um grupo frontal de árvores de porte
médio e pequeno (Figura 74). Existe também a formação de um pequeno pomar
com algumas arvores frutíferas de pequeno porte localizadas em um ponto
específico do terreno.

Figura 74 – Vegetação existente

Fonte: GOOGLE EARTH, 2017, ADAPTADO PELO AUTOR, 2017


98

6 DIRETRIZES PROJETUAIS

6.1 CONCEITUAÇÃO

O Conceito adotado baseia-se em uma das principais espécies que habitam


os rios da região. O dourado, que é conhecido como o tigre do rio Paraná por ser um
dos mais ferozes predadores das águas do oeste paranaense. Sua força e suas
belíssimas cores amareladas encantam, mas também tornam o dourado, uma das
espécies mais apreciadas na gastronomia e na pesca. Sua atual escassez reforça a
urgente necessidade mudanças de comportamento e de implementação de ações
que promovam a educação ambiental.
Para expressar a representatividade e simbolismo do dourado através de uma
arquitetura forte e funcional. A forma e cores da espécie foram utilizadas como
partido arquitetônico (Figura 75) que busca transmitir a sensação do movimento das
águas em conjunto com as curvas e tons dourados.

Figura 75 – Inspiração e forma inicial

Fonte: AUTOR, 2017

A Forma inicial passou por processos de simplificação e espelhamento


(Figura 76), resultando na composição final que compõe a fachada da edificação.
99

Figura 76 – Espelhamento e composição aplicada a fachada

Fonte: AUTOR, 2017

A elevação inicial foi concebida a partir da composição da fachada, que sofreu


um processo de extrusão no sentido horizontal (figura 77).

Figura 77 – Volumetria

Fonte: AUTOR, 2017

As principais características do conceito foram representadas através da


cobertura da edificação, que recebeu revestimentos metálicos que remetem a
espécie representada. (Figura 77). Os demais estudos formais estão representados
pelas figuras 78, 79 e 80.
100

Figura 78 – Estudo de volumetria

Fonte: AUTOR, 2017

Figura 79 – Estudo de volumetria

Fonte: AUTOR, 2017


101

Figura 80 – Estudo de volumetria

Fonte: AUTOR, 2017

6.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades proposto para a edificação foi subdividido nos


setores administrativo, público, serviços e técnico. A composição de cada setor está
descrita e separada por cores nos quadros 9 a 14. A tabela 15 apresenta a
somatória das áreas de cada setor, juntamente com o acréscimo de 30% destinados
para as circulações.

Quadro 9 – Setor público – Pavimento térreo


Térreo
Setor Público
Ambiente Área(m2)
Hall de Entrada 150
Informações 10
Guarda Volumes 10
Bilheteria 15
102

Praça de Acesso/Alimentação 20
Loja 1 70
Loja 2 70
Lanchonete 1 100
Lanchonete 2 100
Sanitários Femininos 40
Sanitários Masculinos 40
Exposição Água Doce 2000
Exposição Marinhos 2000
Estacionamento Público 5000
Área Total 9655
Fonte: AUTOR, 2017

Quadro 10 – Setor público – Primeiro pavimento


Primeiro pavimento
Setor Público
Ambiente Área
Exposição Marinhos 1000
Exposição Plantados 1000
Auditório 360o 315
Sanitários Femininos 40
Sanitários Masculinos 40
Área Total 2595
Fonte: AUTOR, 2017

Quadro 11 – Setor público – Segundo pavimento


Segundo pavimento
Setor Público
Ambiente Área
Exposição Marinhos 300
Café 100
103

Espaço de Exposição Temporária 300


Área Total 700
Fonte: AUTOR, 2017

Quadro 12 – Setor serviços – Pavimento Térreo


Térreo
Setor Serviços
Ambiente Área
Hall Serviço 30
Controle de Acesso / Vigilância 20
Cozinha 30
Copa 20
Sala Descanso 30
Vestiários 30
Sanitários Masculinos 30
Sanitários Femininos 30
DML 5
Sala Geradores 40
Sala Ar Condicionados 100
Deposito de Ferramentas 30
Deposito de Alimentos 30
Câmara Fria 20
Deposito de Resíduos Sólidos 50
Deposito de Resíduos Temporários 20
Docas 80
Oficina Mecânica 30
Pátio de Serviços 400
Estacionamento Serviços 500
Área Total 1525
Fonte: AUTOR, 2017
104

Quadro 13 – Setor administrativo – Segundo pavimento


Segundo pavimento
Setor administrativo
Ambiente Área
Administrativo (Compras, Financeiro, 100
Recursos Humanos e Relações
Públicas)
Sala de Reuniões Compartilhada 40
Copa 25
DML 5
Deposito de Resíduos 20
Sanitários Masculinos 30
Sanitários Femininos 30
Arquivo 20
Aumoxarifado 30
Sala de Espera 25
Diretoria 40
Área Total 365
Fonte: AUTOR, 2017

Quadro 14 – Setor técnico – Subsolo


Subsolo
Setor técnico
Ambiente Área
Cozinha Peixes 30
Laboratório 40
Área de Quarentena 200
Sala Biólogos 50
Deposito Biólogos 30
Sanitários Masculinos 30
Sanitários Femininos 30
DML 5
105

Deposito de Resíduos Temporários 20


Depósito Equipamentos de Limpeza 50
Aquários
Câmara Fria Peixes 30
Depósito de Alimentos 30
Reservatório Água Doce
400 (1600m3)
Reservatório Água Salgada 400 (1600m3)
Equipamentos de Filtragem Água Doce 2000
Equipamentos de Filtragem Marinhos 2000
Área Total 5345
Fonte: AUTOR, 2017

Quadro 15 – Somatória das áreas por setores e pavimentos


Somatória das áreas
Pavimento Setor Área (m2) Circulação (30%) Área Total
Térreo Público 9655 2597 (*) 12252
Serviços 1525 457 1982
Primeiro Pavimento Público 2595 1378 3973
Segundo Pavimento Público 700 210 910
Adm 365 110 475
Subsolo Técnico 5345 2204 7549
Área Total 27141
Fonte: AUTOR, 2017

6.3 ORGANOGRAMA

O organograma a seguir representa a organização dos espaços da edificação,


bem como suas funcionalidades. A separação por cores, referenciadas na legenda
da figura 81, representam a setorização, bem como a divisão dos setores por
pavimentos.
106

O térreo é o pavimento que apresenta os acessos público e de serviços. É


também onde está localizada a maior parte da área de exposições do atrativo. No
primeiro pavimento o visitante continua a visitação, que estende-se ao segundo
pavimento, que também abriga o setor administrativo da edificação.
O subsolo é inteiramente destinado ao setor técnico e é onde serão instalados
todos os sistemas de filtragem, além de serem realizados os procedimentos como o
trato, a quarentena e outros cuidados demandados pelos animais.
Os detalhes do organograma podem ser melhor visualizados através do
apêndice D.

Figura 81 – Organograma
Acesso Serviços

Acesso Público Vestiários Controle Acesso Estacionamento Serv.

Informações Sanitários Fem. Copa

Estacionamento Sanitários Masc.


Hall de Entrada Bilheteria Cozinha
Público DML
Hall de Acesso Serv.
Circulação
Sala Descanso
Guarda Volumes Cozinha Peixes
Lanchonete 1 Circulaçao Serv. Sala Descanso Sanitários Fem.
Circulação
Elevador Carga
Lanchonete 2 Praça de Sanitários Fem. Sanitários Masc.
Alimentação e
Acessos Circulação Circulação Hall Elevadores Elevadores Hall
Loja 1
Sanitários Masc.
Circulação
Escadas
Loja 2 Ambulatório Câmara Fria Peixes

Depósito Alimentos
Controle de Acesso
Hall Elevadores Depósito Ferramentas
Circulação Saída
Depósito Equip Limpeza
Depósito Resíduos Sólidos
Controle de Acesso Sanitários Fem. Escadas
Entrada Hall de Serviços
Circulação Geradores
Depósito Resíduos Temp.
Sanitários Masc. Elevadores Quarentena Reservatório Doce
Depósito Alimentos
Exposição Água Doce Exposição Marinhos DML Hall
Sala Biólogos Serviços Reservatório Salgada
Câmara Fria Alim.

Docas Depósito Biólogos Circulação


Hall Elevadores

Pátio de Serviços Filtragem Doce Filtragem Marinhos


Elevadores Escadas
Controle de Acesso
Elevadores
Hall Elevadores
Administrativo
Sanitários Fem.
Circulação Acesso Serviços
Exposição Marinhos Escadas
Sanitários Masc. Arquivo
Hall

Galeria de Plantados Sanitários Femininos Almoxarifado


Elevadores Espaço Exposições

Hall Elevadores Hall Elevadores Exposição Marinhos Sanitários Masculinos Sala de Reuniões
Circulação

Escadas Tanque de Toque


Diretoria Sanitário
Sanitários Fem. Sanitários Masc. Copa

Café Loja Souvenirs Sala de Espera


Depósito de Resíduos Tem. Circulação

DML

TÉRREO PÚBLICO TÉRREO SERVIÇOS


PRIMEIRO PAVIMENTO PÚBLICO SEGUNDO PAVIMENTO ADMINISTRATIVO
SEGUNDO PAVIMENTO PÚBLICO SUBSOLO TÉCNICO

Fonte: AUTOR, 2017

6.4 FLUXOGRAMA

O fluxograma representado pela figura 82, demonstra o funcionamento da


edificação em relação ao fluxo de usuários, que foram divididos nas categorias
107

público, serviços, administrativo e técnico, e estão representados por cores


conforme a legenda.

Figura 82 – Fluxograma

Fonte: AUTOR, 2017

6.5 ZONEAMENTO

A proposta de zoneamento a seguir foi elaborada para representar a


distribuição dos setores da edificação sobre o terreno selecionado. O térreo foi
ocupado pela maior parte do setor público, porém, abriga também todo o setor de
serviços, além dos estacionamentos públicos e de serviço (figura 83).
108

Figura 83 – Zoneamento, pavimento térreo

Fonte: AUTOR, 2017

O primeiro pavimento da edificação é destinado a continuidade do circuito de


visitação, recebendo a segunda parcela do espaço destinado ao acesso público
(figura 84).

Figura 84 – Zoneamento, primeiro pavimento

Fonte: AUTOR, 2017

O segundo pavimento é dividido entre o setor administrativo e a parte final do


circuito de visitação, que dará acesso público a parte superior dos maiores tanques
do atrativo (figura 85).
109

Figura 85 – Zoneamento, segundo pavimento

Fonte: AUTOR, 2017

O setor técnico, que abriga todo o maquinário que garante a manutenção e a


boa qualidade da água dos aquários, bem como os espaços de pesquisa e
tratamento, estão localizados no subsolo da edificação (figura 86).

Figura 86 – Zoneamento, subsolo

Fonte: AUTOR, 2017


110

CONCLUSÃO

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comprovar a viabilidade de


implantação de um aquário para visitação pública em Foz do Iguaçu – PR. Para isso,
foram desenvolvidas diversas pesquisas que forneceram as informações
necessárias para tal comprovação.
No referencial teórico, foram abordados conceitos básicos relacionados ao
tema como ecossistemas, ecossistemas aquáticos, aquários e lazer. O levantamento
mostrou a importância do equilíbrio ecológico para a manutenção da vida e como
são classificados os ecossistemas. O referencial teórico também traz definições
sobre lazer, além de informações sobre os aquários, como, o histórico no Brasil e no
mundo, os tipos de aquários, os principais equipamentos utilizados para o
funcionamento e manutenção, além de uma listagem com os parâmetros básicos de
aquários de água doce e salgada.
Para um completo aprofundamento nos fundamentos do trabalho, foram
utilizadas diversas ferramentas de pesquisa, entre elas, a pesquisa bibliográfica,
pesquisas de campo, onde foram aplicados questionários a população e entrevistas
com profissionais do setor, além de uma visita técnica a um atrativo de grande porte,
o que forneceu enorme conhecimento sobre o tema.
Nas analises de correlatos, foram estudados 4 projetos de Aquários públicos
com portes similares ao da proposta para Foz do Iguaçu. Os dois primeiros,
forneceram importantes informações relacionadas ao fluxo e setorização. Algumas
das funcionalidades estudadas foram utilizadas no projeto, como a disposição no
subsolo de toda a área técnica do aquário, solução apresentada no aquário Rio
Mora. A analise dos correlatos teóricos forneceu diretrizes arquitetônicas que
serviram como base para as linhas seguidas na proposta.
O perfil da cidade de foz do Iguaçu foi conhecido durante a interpretação da
realidade, que mostrou além de, características econômicas e sociais da cidade,
também seus potenciais, suas principais necessidades, o anseio da população por
novos atrativos e também uma grande preocupação com as questões ambientais,
dados revelados através das pesquisas de campo.
Durante as entrevistas, puderam ser coletadas informações relativas a
viabilidade da proposta para Foz do Iguaçu. Fabian Kussakawa, aquapaisagista de
111

renome internacional e morador da cidade forneceu importantes confirmações sobre


a viabilidade da proposta e sobre sua potencialidade como ferramenta de promoção
da educação ambiental. José Pedroso, funcionário do AquaRio, forneceu diversas
informações sobre a visão do público em relação ao atrativo, sobre a
responsabilidade social e principalmente sobre o funcionamento e fluxos da
edificação, aspectos que puderam ser analisados em campo através da visita
técnica acompanhada pelo mesmo.
A escolha do terreno foi analisada e justificada durante o estudo do objeto,
que trouxe dados sobre as condições do local escolhido, seus parâmetros
construtivos, entorno e outras informações pertinentes a implantação da proposta no
local.
As diretrizes projetuais apresentadas, seguem os princípios da escola
arquitetônica pós moderna high tech, através da qual buscou-se representar
características representativas para a região. Durante tal etapa, também foram
apresentados o programa de necessidades e o zoneamento propostos para a
edificação.
Diante de todos os elementos pesquisados e analisados, conclui-se que a
cidade de Foz do Iguaçu tem forte potencial turístico baseado principalmente na
exploração de seus recursos naturais e na sua privilegiada localização geográfica.
Observou-se a grande necessidade de novos atrativos que aumentem o tempo de
estadia da grande quantidade de turistas do Brasil e do mundo que visitam a cidade
todos os anos, além de identificar uma grande necessidade de ações que promovam
a preservação e uma exploração saldável dos atrativos atuais. Diante dos fatos
apresentados, comprova-se a viabilidade da implantação do aquário na cidade de
Foz do Iguaçu.
112

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