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Universidade Federal da Integração Latino-Americana

2º Trabalho de FAL-1:

Assistir o filme "Eva Perón: a verdadeira história de Evita e o


documentário “Evita: la tumba sin paz" e produzir um texto sobre o
poder da figura de Evita para o Peronismo.

Professor: Cezar Karpinski

Disciplina: Fundamentos da América Latina 1

Curso: Medicina – 1º Período

Aluna: Lediane Mendonça Dias

1º/ 2017
Ambos os filmes falam sobre Evita, a mãe dos descamisados Argentinos, termo
que surgiu durante o governo populista de Peron. Entretanto, o filme "Eva Perón: a
verdadeira história de Evita" mostra uma imagem mais narrativa e histórica, enquanto o
filme “Evita: la tumba sin paz" faz também uma narrativa histórica, mas sobre um tema
que não é muito comentado, além de ser bastante reflexiva.

A Argentina estava falida por causa de fraudes relativas dos estancieiros que
controlavam o poder político, fraudes eleitorais e violência que sustentavam a chamada
“Concordância”, uma aliança na qual três presidentes estavam no poder de 1931 a 1943,
um período que ficou conhecido na Argentina como a “Década Infame ".

Em resposta a tal regime foi insuflada uma revolução e executado um golpe


militar em 1943, do qual Peron participou, e foi nomeado pelo recém-empossado
presidente, como chefe da Secretaria de Trabalho, cargo a partir do qual começou a
promover políticas de atenção ao povo e incentivou a ampliação dos direitos trabalhistas
além da organização dos movimentos sindicais.

Perón desenvolveu um verdadeiro culto a sua personalidade e uma frente de


poder anti-oligárquica. As elites oligárquicas e alguns militares tentaram retirá-lo do
poder, contudo, a força política de Perón junto às massas gerou uma grande onda de
apoio popular que os fizeram recuar.

María Eva Ibarguren Duarte, então com 24 anos, conheceu Juan Domingo
Perón, já com 49 anos enquanto ele era o vice presidente e ministro da guerra na
Argentina. Casaram-se e Eva iniciou uma intensa política de auxílio às pessoas
desamparadas pelo Estado. A vice primeira dama elaborou e executou um plano em que
as empresas e proprietários de grandes fortunas fizessem contribuições quase que
obrigatórias para apoiar as ações filantrópicas de Eva em favor dos mais carentes, por
meio da Fundação de Beneficência. Em sua militância e apoio ao governo de seu
marido, Peron, fundou o Partido Peronista Feminino.

Devido à intensa mobilização popular, auxílio aos “descamisados”, como ela


chamava o povo, e aprovação do direito ao voto para as mulheres, Eva, uma figura
carismática era vista pela população como uma santa, cultuada por seus seguidores e
odiada pelos opositores, pois a popularidade de Eva era também significava a
popularidade de Peron que concorreria às eleições para presidente em 1951.

Fato interessante é que o povo pressionou Eva para que concorresse à vice-
presidência, demonstrando que era mais popular e querida pelo povo que o próprio
Peron, entretanto, os militares, apoiadores de Perón, vetaram a candidatura de Evita e
ela foi usada como impulsionadora da candidatura de Peron junto ao povo.

Um clima terrível acomete a Argentina, pois Eva, “a santa dos descamisados” é


diagnosticada com câncer. As eleições ocorreram e Perón vence, muito em virtude do
magnetismo e carisma de Evita, assim chamada pelo povo e encarada, mais ainda agora
doente e em campanha, as vezes usando uma estrutura metálica para conseguir manter-
se de pé, como uma santa.

Em julho de 1952, morre Evita e seu corpo é embalsamado. Após a morte de


Evita, figura principal no regime denominado peronismo, apoiado no paternalismo,
demagogia e populismo, não se sustenta e Peron é deposto e exilado. A imagem de
Evita permanece, pois mesmo após a morte diziam que ficara como uma boneca e
aparentava estar dormindo após o embalsamamento. O documentário “Evita: la tumba
sin paz" narra os percalços e até o desrespeito pelos quais o cadáver de Evita passou
devido ao medo de seu corpo ser usado como símbolo de levante popular do movimento
peronista cada vez mais crescente.

Além de figura central no movimento peronista quando viva, utilizada por


cartilhas escolares e em propagandas fomentadas pelo governo de Peron, Evita viveu
após a morte, de modo metafórico, claro, pois sua figura suscitou milhões ao levante
popular em nome dos descamisados. Milhares de pedidos do povo foram encaminhados
ao Vaticano pedindo que Eva fosse santificada pela igreja católica. Até hoje a figura de
Eva é marca do regime peronista, mas é interessante também refletir sobre o que foi dito
pelo escritor Juan José Sebreli, em entrevista concedida: “...Além do voto para as
mulheres, ela jamais pensou em reivindicações feministas essenciais, como, por
exemplo, o divórcio e a despenalização do aborto. Evita é sustentada como mito tanto
pela direita como pela esquerda, embora em seu discurso estivesse do lado dos
operários, ela respaldou de forma enérgica a repressão às greves realizadas contra o
governo de seu marido. Evita, longe de ter sido uma defensora dos operários, ajudou
na domesticação do sindicalismo argentino. Ela era a perseguida e a perseguidora, a
mulher do chicote, ao contrário da lenda...”

Portanto, fica claro que a manipulação midiática utilizada no regime peronista


influenciou seguramente que a população enxergasse Evita como uma santa que
representava o povo frente às oligarquias Argentinas.

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