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Processo do Trabalho
Assim, o operador do direito é aquele que precisa saber o que pode fazer em juízo — para não incorrer
em preclusão, por exemplo.
Amplitude da Matéria: A matéria é ampla, se passará por muitos aspectos. E em muitos outros
aspectos, ela se apropria do processo civil, não havendo normatização no campo do processo do
trabalho. Mas, claro, é preciso analisar os institutos na perspectiva do processo do trabalho.
Indigência Normativa: É, como já se disse, a necessidade de se recorrer ao Código de Processo Civil, que
é uma espécie de lei comum do processo. E ele positivou algo que se fala muito na doutrina — a ideia de
constitucionalização do processo. No artigo inaugural do diploma instrumental civil, fala-se da
interpretação e aplicação dos seus dispositivos à luz dos valores constitucionais. E quando se fala desses
valores constitucionais, se fala de dignidade humana, solidariedade, pluralidade, preocupação com o
interesse público etc.
São esses valores que a sociedade elege como fundamentais em determinado período histórico.
Principalmente a dignidade da pessoa humana, hoje, tão banalizada. Um aspecto do código, pois, é o de
aplicar as normas de uma forma republicana.
Outra coisa que esse código trouxe é o princípio da cooperação, diminuindo um pouco a exclusividade
da jurisdição como forma de solução de conflitos — trazendo a cooperação, a mediação, a conciliação,
os precedentes, os negócios jurídicos processuais etc. Assim, o código trouxe essa ideia de a jurisdição
não ser exclusiva. E se estabelece para o juiz um verdadeiro checklist — ele não pode mais fundamentar
suas decisões de uma forma pouco objetiva, pouco racional. Ele precisa ter uma objetividade na
fundamentação. (CPC, art. 489)
Isso tudo, no processo civil, acaba atingindo o processo do trabalho. E então se tem questões de
incompatibilidade. Uma questão pode prejudicar um pouco essa aplicação imediata — o processo do
trabalho precisa de uma jurisdição forte, do juiz ativista, do juiz inquisitório. Ideologicamente, o
processo do trabalho, a justiça do trabalho não se compatibiliza ao novo código, justamente porque ele
tem como referência o direito material do trabalho.
Com esse cuidado que se precisa aplicar o código de processo civil ao processo de trabalho, lembrando
que este vive em função do direito material que lhe é correspondente. O direito processual do trabalho
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tem a sua autonomia, mas há o instrumentalismo — ele está sempre na dependência do direito material
correspondente.
A CLT, art. 769 diz que se aplica a norma quando houver omissão e compatibilidade. A leitura dele
precisa ser feita de forma conjunta com o CPC, art. 15, que é uma espécie de cláusula de barreira.
Aplica-se uma norma de fora do processo do trabalho, pois, quando houver omissão e compatibilidade.
A CLT, por exemplo, não fala nada sobre reconvenção, e se utiliza no processo do trabalho a disposição a
respeito constante do código de processo civil, a partir de uma omissão. É que este instituto garante
economia processual e, portanto, pode ser utilizado, possuindo compatibilidade com o direito
processual do trabalho.
As ideias de litigância de má-fé, a boa-fé processual, portanto, ainda que não apareçam nas disposições
positivas do processo do trabalho, são trazidas do código de processo civil, porque compatíveis.
Diferentemente do caso de uma cláusula de eleição de foro, que não poderá ser aplicada na justiça
laboral tendo em vista uma perspectiva do princípio da proteção. Inviabiliza a prestação jurisdicional
uma empresa em Belo Horizonte, por exemplo, que venha a ajustar com o empregado uma cláusula de
foro prevendo Manaus como local para se dirimir conflitos.
Institutos da Teoria Geral do Processo: Os conceitos de jurisdição, ação, processo, do processo civil, são
aplicados ao direito processual do trabalho. Vários outros termos também, como conexão, prevenção,
continência etc.
Jurisdição Trabalhista: É a função estatal exercida pelos agentes de Estado para solucionar conflitos
trabalhistas de forma definitiva, com aplicação do direito ao caso concreto. O juiz é quem tem
jurisdição. Ele é agente do Estado, investido de jurisdição. Assim, em uma determinada situação, ele é o
chamado terceiro imparcial. Não deixa de ser a jurisdição, portanto, uma forma evoluída de solução de
controvérsias, pois um terceiro imparcial é quem irá definir.
E a jurisdição concretiza o direito. Assim, o judiciário não é ordem de consulta, mas de decisão. E a
jurisdição é insuscetível de controle externo. O reexame se dá no plano interno, no plano da estrutura
do judiciário. E a jurisdição tem alguns escopos, para Cândido Rangel Dinamarco: social, político,
educacional e jurídico.
- O escopo jurídico é a aplicação da norma ao caso concreto. Mas essa definição clássica é
reducionista. Aplica o direito ao caso concreto. Em alguns casos, não precisa pensar. Ex: prazo de
recurso é de 8 dias.
- O escopo educacional, de se saber dos direitos, do limite dos direitos, dos direitos dos outros. E
isso se traduz nas sessões públicas dos tribunais. É a informação que se passa à sociedade.
- Escopo político: o Estado, antes, não tinha força. Hoje ele impõe as decisões, não permitindo
que as pessoas decidam no âmbito privado. Por isso o acesso à Justiça é amplo. Se eu não posso
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resolver as questões pela força, o Estado pegou essa condição para si. O escopo político é mostrar
que o Estado tem força, que garante os direitos fundamentais.
Ação Trabalhista: direito de provocar a jurisdição. Na medida em que o estado chama para ele o
monopólio de dizer o direito em determinado caso concreto, passo a ter o direito de provocar a
jurisdição.
Possibilidade de ajuizar uma ação sem a presença de advogado: Na justiça do trabalho, utilizando o ius
postulandi, desde que preenchidas as condições da ação. Há controvérsia se isso é benéfico ou
prejudicial as partes, se é um instrumento de acesso à justiça ou uma forma de prejudicar aquele que
comparece à justiça sem um advogado.
Súmula 425 do TST limita o ius postulandi, uma limitação que a lei não prevê, ao entendimento que na
terceira instancia a parte sem advogado não teria como atuar em juízo. Ele acha que é um direito
importante, mas tem suas fragilidades pois no desenrolar do processo a parte vai encontrar dificuldades
no exercício dos seus direitos.
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e
03 e 04.05.2010. - O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
O NCPC fala em postular em juízo que é a possibilidade de participação da parte em todos os momentos
processuais. O CPC tirou a possibilidade jurídica como condição da ação. Agora as condições da ação são
legitimidade das partes e interesse de agir (necessidade, adequação do provimento). Art. 986, VI do
NCPC.
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
- Direito processual do trabalho: é o ramo do direito, dotado de normas, princípios e institutos próprios
que trata da atuação da jurisdição trabalhista na solução de conflitos individuais e coletivos decorrentes
das relações de trabalho e da organização da justiça do trabalho.
Quando um conjunto de normas é um ramo do direito? Tem legislação própria, princípios, doutrina.
Processo do trabalho tem todas essas características.
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. Dualista: Confere autonomia ao direito processual do trabalho, uma vez que tem legislação
própria, princípios (proteção/jurisdição normativa), justiça especializada (justiça do trabalho),
produção doutrinária e autonomia didática. É majoritária, reconhece autonomia ao processo do
trabalho pelo fato de ter uma legislação própria (CLT).
. Intermediária: O DPT tem autonomia relativa, porque embora tenha características próprias
recorre subsidiariamente ao CPC. (art. 769 CLT).
Classificação:
a) Formais diretas: LEIS: constituição federal (normas e princípios, competência, organização da justiça
do trabalho), CLT (origem, cláusula de barreira - art 769, características); legislação extravagante (lei
5584/70 - decreto lei 779/69); legislação de aplicação subsidiária (NCPC, lei 6830/80 - art 889 CL, lei
8078/90 - CDC, lei 7.347/85); tratados e convenções internacionais retificados pelo Brasil - OIT;
regimento interno dos tribunais - resoluções e instruções normativas. COSTUMES: defesa escrita,
protesto, mandato tácito.
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a) Constituição Federal é fonte fundamental (art. 1º NCPC). Nela estão as regras e princípios
fundamentais do processo. Competências ampliadas
A EC45 ampliou a competência material do Direito do Trabalho. Ela trata da organização da justiça
do Trabalho.
NCPC: CNJ: não traz a exigência - EC45/04. Ele considera que institucionalmente se justifica.
b) CLT: atendeu o objetivo político do momento. Getulio usou a CLT como forma de obter apoio
político do trabalhador. Ela chegou a ser profética em alguns pontos, mas a quantidade de
súmulas e OJs que nós temos demonstram que a CLT não é completa em si mesma. CLT trata de
direito individual, coletivo, sindical, atuação e regulamentação do MPT, processo, etc. É bem
abrangente. Regulamenta pouco o processo, o que cria uma insegurança jurídica, à medida que
tem que adotar diplomas legais externos.
Art. 765 CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas.
Problemas: o rol de direitos dificulta a contratação. Ela é burocrática, a realidade hoje é mais
flexível.
c) Legislação externa: leis processuais trabalhistas, como a lei 5.584 que que disciplina regras do
processo do trabalho e trata da perícia e assistência judiciária. A lei 7.701/88 dispõe sobre a
competência do tribunal superior do trabalho.
d) Legislação com aplicação subsidiária: são assim chamadas pois preenchem as lacunas
existentes. O principal é o Código de processo Civil, conforme previsão da CLT:
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Outros exemplos são: Código de defesa do consumidor: enquanto ele cria uma rede de proteção
ao consumidor, a CLT cria uma rede de proteção ao trabalhador. E a Lei: 7.347 que trata da ação
civil pública.
e) Regimentos internos dos tribunais: Dispõem sobre matéria administrativa e também sobre o
funcionamento interno da justiça do trabalho, destacando-se a competência funcional de cada
órgão do tribunal e sobre a uniformização de procedimentos. Também hpa regulamentações das
leis e resoluções . Geralmente cada tribunal tem o seu. Reflete na autonomia dos tribunais: seus
órgãos fracionados, organização.
ordem"), bem como o mandato tácito (presume-se representante da parte aquele que comparece
com ela à audiência).
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
b) Jurisprudência:
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for
incompatível com os princípios fundamentais deste.
c) Formais de explicitação: fontes integrativas do direito (art. 8º da CLT): analogia (art 852, I CLT),
princípios gerais do direito e equidade (art. 140 e §único NCPC).
- Analogia: quando há uma regulamentação para um caso semelhante, usa-se. Ex: sobreaviso dos
ferroviários (1/3 da hora normal). Médico trabalha de sobreaviso, mas não há regulamentação.
Usa o sobreaviso do ferroviário. Não havendo norma específica, usa-se norma do caso
semelhante.
- Princípios gerais do direito: sujeito reclama algumas parcelas, a reclamada pagou, não requereu
a compensação na defesa e o juiz pode determinar a dedução com base no princípio do
enriquecimento ilícito. Favorecem a interpretação do juiz e tem aplicação.
- Equidade: autores chamam atenção ao art. 766 da CLT. É a justiça no caso concreto. Quando crio
o direito e decido por justiça, de forma a fazer justiça num determinado caso, mas sempre
autorizado pela lei.
Relação do Direito do Trabalho com o Direito constitucional, Direito Processual Civil e Direito Civil
Na medida em que temos estabilidade constitucional (e temos), motiva o estudo da CF, ou uma
relevância maior da CF. Relevância esta que ela deve ter! Passamos a ter então um direito constitucional
processual, que se dá quando damos valor aos princípios processuais da CF.
Tais valores, num determinado momento (nossa CF veio depois de um período autoritário), foram
preservados. A CF fez isso de forma analítica, extensa. Direitos fundamentais, sociais, que antes não
haviam, surgiram.
Na nossa CF, o que é chamado de núcleo axiológico, tem o princípio da dignidade da pessoa humana. O
DT e DPT, mais do que nunca, se preocupam com isso. Isso está banalizado. O dano moral resvala aqui.
Minutos controlados para ir ao banheiro pode ser considerado ofensa à dignidade humana ou não. Cabe
ao julgador decidir se ofende ou não. Cabe a ele fixar o valor, caso dê o dano moral.
Primado do trabalho – terceirização. Os órgãos públicos também fazem isso, mas o que se tem
entendido é que se não houver a fiscalização, fica configurada a culpa in vigilando.
Isonomia é constitucional. Não faz sentido dar diferentes salários para pessoas que exercem a mesma
função.
-Modelo constitucional de processo – art. 5, XXXV, LIV, LV, LXXVIII e art. 93, IX.
Art. 5º XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Art. 5, XXXV – não posso ficar sem jurisdição. O Estado chamou para si o dever de solucionar as
controvérsias para evitar que fossem solucionadas pelas partes.
Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LIV – devido processo legal. Nery fala bastaria o processo legal para que todos os princípios estivessem
incluídos. Interessante que os outros estejam positivados, pois é uma forma de reforçá-lo.
Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LV – contraditório. Há a ampla defesa à medida que tenha o contraditório. O novo CPC diz que até as
questões em que o juiz pode decidir de ofício, deve ouvir as partes.
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade
do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Art. 93, IX – princípio da publicidade. Hoje, tudo é decidido com ampla publicidade. CNJ tem essa
previsão e o próprio, ao julgar, dá publicidade à suas decisões.
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa.
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Diz o artigo 5º que aquele que participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Boa-
fé.: não existem santos no processo, mas existe um limite.
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 6: Cooperação: Não ter atitudes de má-fé. Comportar-se de forma correta no processo.
Compreende o juiz também, mas se for só cooperação do juiz passa a ser ativismo. Esclarecimento,
prevenção, auxilio e consulta à parte em questões complexas.
Calendarização.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.
Art. 190 e 191. Cabe no processo do trabalho .É uma negociação atípica: as partes escolhem o
procedimento, ele acha que cabe. Ajustar o procedimento às especificidades das causas: fixar calendário
para os atos processuais.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a
qual deva decidir de ofício.
O NCPC tem grande preocupação com o contraditório. O juiz tem que ouvir a parte sempre, o que ele
acha que é exagerado. Ex: incompetência absoluta, a parte não vai conseguir mudar isso, então pra que
ouvir? E uma liminar? E na execução em que o contraditório é minimizado? Esses artigos são então
exagerados quanto ao contraditório.
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3. Direito do Trabalho
Direito Processual do Trabalho é estruturado a partir do Direito do Trabalho. Está voltado para o Direito
do Trabalho. É processo, mas tem que se colocar como instrumento dele. O princípio da proteção, por
exemplo, está direcionado para o direito do trabalho, mas também tem importância para o DPT. O DPT
tem autonomia, é instrumento. Só tem razão de existir para cumprir as obrigações das normas
trabalhistas.
4. Direito Civil
-Categorias e institutos do DC (pessoa jurídica, prescrição, decadência, capacidade das pessoas). O DPT,
como todo e qualquer ramo do direito, utiliza institutos do Direito Civil.
Normas fundamentais no processo civil, em especial os artigos 1 a 12 que são as normas fundamentais
do processo.
Art. 8º CPC: Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem
comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade,
a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Art. 8o traz o que deve ser observado pelo juiz ao prestar jurisdição. Essa numeração é exemplificativa.
Ele deve ainda observar o consequencialismo. Deve ser preocupar com a repercussão da sua decisão.
Publicidade: é a forma do judiciário prestar contas. Hoje a publicidade é republicana, no âmbito do CNJ
as questões são decididas com a mais alta publicidade, as questões são todas resolvidas às claras.
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes,
de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão.
Art. 12: Deve respeitar preferencialmente a ordem cronológica, mas não é inflexível. O juiz que é quem
conhece o processo poderá flexibilizar em alguns casos. Ele deve observar os princípios de
administração publica. Ele acha que não se insere com norma fundamental, pois é mais operacional.
Direito Administrativo - Órgãos públicos que contratam através de empresas prestadoras de serviços,
para tentar se eximir de responsabilidade (terceirização).
Penal – falso testemunho, por exemplo, patrocínio infiel (advogado das duas partes), crime de
desobediência.
1. Principio da proteção (conferido por lei): deriva do direito do trabalho, do qual o DPT é
instrumento. Visa a compensar a desigualdade econômica, técnica, de informação e futura. O
trabalhador, quando vai à justiça postular seus direitos, se encontra em posição desfavorável
em face do tomador de seus serviços nos aspectos técnico, econômico e probatório. O juiz do
trabalho deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Exemplo: A inversão do
ônus da prova (art 852-D da CLT); requisitos para recorrer (pressupostos de admissibilidade
diferenciados para reclamante e reclamado); consequências do não comparecimento à
audiência (arquivamento X revelia).
Um autor conhecido dizia que bastava este principio no processo do trabalho. Ele seria suficiente. Ele
tem previsão legal, o juiz não vai ser bonzinho nem patronal ou obreiro. O juiz não deve perder de vista
que esse principio é legal e se baseia em uma relação de hipossuficiência. O desequilíbrio jurídico vem
para compensar o desequilíbrio econômico.
A consequência do não comparecimento é diferente. Para recorrer o empregador tem que recolher as
custas e o deposito recursal. O empregado só recolhe as custas.A inversão do ônus da prova por exemplo
do horário de trabalho tem que ser feita pelo empregador. Mas não é uma justiça paternalista.
2. Busca da verdade real: guarda simetria com o princípio do direito material da primazia da realidade,
com fundamento no artigo 765 da CLT. Exemplos: função na empresa X nomenclatura do cargo;
controle da jornada X prova testemunhal.
Na justiça do trabalho vale o que aconteceu. A realidade em detrimento da forma. Esse principio vai
valorizar o que aconteceu em detrimento da documentação, por exemplo.
3. Conciliação: é obrigatória no DPT, com procedimento próprio (art. 764 da CLT). Características do
DPT: momentos obrigatórios (art 846 e 850 e 852-E da CLT); equiparação à coisa julgada (art 831 CLT e
sum. 259 TST).
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão
sempre sujeitos à conciliação.
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10
(dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não
se realizando esta, será proferida a decisão.
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e
usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da
audiência.
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Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Sumula 259: Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do
art. 831 da CLT.
Faz parte do procedimento no NCPC. É preciso marcar uma audiência de conciliação. No Processo do
Trabalho a conciliação é obrigatória no procedimento ordinário e no procedimento sumaríssimo. A
tentativa acontece na abertura da audiência e no final e no sumaríssimo só na abertura. Art 764 CLT: juiz
se envolver para conseguir um acordo e sumula 259.
4. Jurisdição normativa: é especifica da justiça do trabalho e pode, pela via processual, criar novas
condições de trabalho ou manter as já existentes. Previsão: art. 114 §2º e 3º da CF. Limites: normas de
ordem pública (saúde, ambiente de trabalho), disposições convencionadas anteriormente (art 8º e 444
da CLT, sumula 277 do TST).
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes
interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Sumula 277: As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os
contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante
negociação coletiva de trabalho.
As decisões vão tornar normas por um período de tempo. A jurisdição normativa não tem lei prévia, a
Justiça do Trabalho vai decidir sem uma lei prévia. Naquelas situações envolvendo categorias eu vou
criar novas condições de trabalho pela via processual. A ação será concluída pela sentença normativa
que nada mais é que o exercício da jurisdição normativa.
O processo é mais simplificado, mais célere. É um processo de audiência, quase tudo se produz em
audiência.O princípio da oralidade interage com os seguintes princípios:
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou
advogados.
Ele vai formando seu convencimento neste contato, de dar credibilidade ou não às informações.
Como o juiz de primeiro grau esteve mais próximo na produção de provas, acompanhando-a, em
caso de prova dividida os Tribunais Regionais do Trabalho tem se inclinado a prestigiar a solução
encontrada pelo juiz que colheu as provas. Eis que teve contato direto com as partes e
testemunhas e por isso estaria mais habilitado para extrair conclusões mais precisas sobre as
declarações divergentes.
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força
maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira
desimpedida, independentemente de nova notificação.
Art. 893 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-
se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão
definitiva.
Sumula 214: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal
Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial...
As decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes sem encerrar o processo) só podem
ser questionadas quando do recurso interposto da decisão definitiva, ou seja, são irrecorríveis de
imediato. Tem que protestar em audiência para não precluir e registrar o inconformismo para
recorrer posteriormente.
Princípios Constitucionais:
1. Devido processo legal, consagrado na CF/88, previsão nos art. 5, LIV da CF e 8 e 10 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
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É o mais importante. A positivação dele evitaria que outros fossem colocados. Todos estão nele. Tudo
tem a ver com ele – acesso à justiça, publicidade, contraditório, motivação, etc. São as regras pré-
estabelecidas e que são a possibilidade oferecida às partes para que elas possam discutir um eventual
direito. São as regras do jogo. Alguns falam que é o justo processo e alguns falam que é a segurança
jurídica.
É a legalidade, razoabilidade nas leis. Tudo isso é devido processo legal no sentido material, substancial.
Nesse nosso modelo constitucional de processo há um prazo razoável de decisões, o que nos leva a
observar o devido processo legal. Leis em consonância com a razoabilidade, com o interesse público.
Devido processo legal no sentido formal: é a forma como é tratado na doutrina brasileira. Diz respeito
ao procedimento legal que deve ser observado.
Qualquer circunstância pode ser objeto de atuação do Judiciário. Quando o Estado avoca para ele a
decisão de toda e qualquer controvérsia, toda e qualquer pode ser submetida ao Estado, à jurisdição.
Não é o direito de ação no sentido formal. Quando se fala nisso, é mais que isso – é ter a oportunidade
de propor a ação, usar técnicas processuais, poder influenciar na decisão do juiz. O destinatário da
decisão ajuda na construção dela. É a possibilidade de exigir uma decisão num tempo razoável e as
possibilidades de recorrer e executar o bem da vida, que é objeto da discussão. Possibilidade de exigir
um comprometimento do juiz.
-Previsão no art. 5º, XXXV da CF e 791 da CLT. Fala não só da lesão, mas também ameaça a direito. É
preventivo, reparatório, cautelar, antecipatório, coletivo e difuso. Esse direito de ação tem que ser
interpretado de forma mais ampla – a jurisdição assim tem que ser dada.
Perspectiva moderna: permanente diálogo entre partes (não no sentido de convergência) e juiz,
garantindo-se a informação e a possibilidade de manifestação.
Ampla defesa só pode ser exercida se for observado o contraditório, que se funda no binômio
informação-possibilidade de manifestação. Em um processo, tenho que ser informado de tudo se sou
parte. Essa é a base do contraditório – a exigência de informação. A possibilidade de manifestação é
facultada à parte. É uma visão tradicional/clássica do contraditório – tenho que ser informado e vou me
manifestar se eu quiser.
Hoje, numa perspectiva moderna, o contraditório é muito mais um diálogo entre as partes. A
convergência contraria o conflito, que está fundado na convergência. É atuação das partes por lisura no
processo. Ex: reclamado fornecer documentos e reclamante não fazer pedido sem base (ou que já
recebeu). Ninguém usar de procedimentos pouco ortodoxos no processo – esse seria o diálogo. Se fala
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no princípio cooperativo – atuação do juiz, tentando atuar no processo para buscar a verdade, e a
atuação das partes – que elas não fiquem apenas na atuação formal.
Na JT, inquérito civil é instaurado pelo MP. Não é na JT. O MPT, sabendo de situação em que há
descumprimento da lei, instaura o inquérito. É investigativo. Serve para instrumentalizar uma eventual e
futura ação civil pública. Neles não há, rigorosamente um contraditório.
Não posso voltar com discussão de matérias já decidias. É princípio básico da execução, da liquidação.
Não posso retornar com alguns temas já decididos na fase de conhecimento. Logo, o contraditório tem
limitação.
Em princípio, não há contraditório. Se o juiz for ouvir a outra parte, a liminar perde o sentido. Mais à
frente, o juiz vai dar a oportunidade da parte se manifestar. É um contraditório postergado.
Tudo hoje tem que ser público. CNJ tem resolução que assim determina. Hoje, o processo, no estado
democrático de direito, tem a publicidade como sinônimo. É garantia da cidadania, da sociedade. Só
naquelas situações que também se justificam pelo interesse publico é que há a publicidade restrita –
segredo de justiça.
5. Princípio da motivação (art, 93, IX da CF, 832 da CLT). Exigência de motivação das decisões em
qualquer nível (antecipação de tutela), com possibilidade de declaração de nulidade.
Assim como a publicidade, a motivação é essencial no estado de direito. O legislador deu tanta
importância que na própria CF há a possibilidade de ser declarada a nulidade, caso não seja observada.
Há a necessidade que conste a motivação nas decisões. Não se admite, portanto, mesmo nas decisões
interlocutórias, que o juiz simplesmente diga “indefiro”.
Esse princípio diz que a fundamentação é exigida em todos os níveis. Exigência tanto em nível
constitucional como infraconstitucional (CPC). Também na antecipação de tutela o juiz tem que
fundamentar, obviamente. Faz parte da rotina dele.
6. Prazo razoável de duração do processo (artigos 5º, LXXVII da CF e 8, I do Pacto de San José da Costa
Rica. Também, antes disso, nos artigos 125, II do CPC e 765 da CLT).
É importante este princípio na CF, pois já se falava nos tratados internacionais. Ressaltou a economia
processual. Ademais, é preciso dar mecanismo para isso e que o operador internalize isso. Como falar
qual o prazo razoável? Depende da complexidade! É difícil determinar um prazo. Os critérios para
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Histórico
Em 1930, com o inicio da industrialização no Brasil, foram criadas as juntas de Conciliação e julgamento
e as comissões mistas de conciliação, órgãos ligados ao poder executivo que simbolizavam a
institucionalização da justiça do trabalho. Mas elas só tratavam de conflitos coletivos, por isso foi criada
a Junta de conciliação e Julgamento que tratava de dissídios individuais. Era uma única instancia e
somente os empregados sindicalizados tinham direito de ação.
Em 1934 foi feita a primeira referência à justiça do trabalho, mas sem que ela integrasse o poder
judiciário. O mesmo aconteceu com a carta de 1937. Antes havia juntas de conciliação, como
administrativo não como justiça do trabalho.
A justiça do trabalho foi instaurada em 1 de maio de 1941 por força do decreto lei 12.037/39, mas
continuou fora da estrutura do poder judiciário.
Em 1946, pelo decreto lei 9797 de 09/09/1946 passou a compor o poder judiciário e, ainda neste ano, a
constituição de 46 confirmou a sua inserção no judiciário, com três instâncias. A constituição de 1967, a
EC 01/69 e a constituição federal de 1988 mantiveram a estrutura da justiça do trabalho prevista na
constituição de 1946 (JCJ, TRTs e TST).
A alteração na estrutura da justiça do trabalho ocorreu com a EC24/99 que promoveu a extinção da
representação classista (juízes que não eram formados em direito, mas representantes sindicais, entre
outros. O órgão de 1º grau passou a ser monocrático) e com a EC 45/04, que determinou a ampliação da
competência da justiça do trabalho (poderia agora a justiça do trabalho apreciar, além das controvérsias
entre empregados e empregadores, as controvérsias oriundas e decorrentes da relação de trabalho e
também as questões que circundam a relação de emprego, como as sindicais, das greves, etc.).
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Art 111 da CF): TST, TRTs e juízes do trabalho (e não varas do trabalho - art 644, alínea C CLT).
Os juízes do Trabalho atuam nas varas do trabalho, os juízes do TRT atuam nos tribunais regionais do
trabalho e os Ministros do TST atuam no Tribunal Superior do Trabalho.
O legislador na CR constou os juízes do trabalho. Com a EC45 os órgãos de 1ª instancia não são as varas
do trabalho, mas sim os juízes do trabalho.
É órgão de cúpula com jurisdição em todo o território nacional. Composição: 27 juízes com a
denominação de ministros togados e vitalícios (art. 111 A da CF).
Forma de escolha: brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, de notável saber jurídico
e reputação ilibada (EC 92/16), nomeados pelo presidente da república após aprovação de
maioria absoluta do senado federal.
a. Processo de escolha
a) 1/5 Constitucional, entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício (art. 94 da
CF). - os órgãos de classe fazem uma lista sêxtupla, o presidente escolhe e vai para a sabatina
para ser aprovado por maioria absoluta e ai o presidente nomeia. - TST. 1/10 do MP e 1/10 OAB.
b. Órgãos do TST
Tribunal pleno (é ele que edita as súmulas), órgão especial (tribunais com mais de 25 membros
podem criar órgãos especiais para solucionar questões de menor importância e desafogar o
tribunal pleno - ex: decisão de corregedor. Órgão fracionário do tribunal e atua por delegação do
tribunal pleno), sessão de dissídios coletivos (SDC) (ação de competência originária de tribunal e
dá ensejo a sentença normativa - quando o juiz exerce a jurisdição normativa), sessão de dissídios
individuais (SDI) (julga os dissídios coletivos de competência originária - as vezes a categoria é
nacional, e de via recursal), que se subdivide em SBDI-1(as demais matérias) e SBDI-2 (mandado
de segurança e ação rescisória) - são elas que editam as OJ, e turmas - o TST tem 8 turmas (24
ministros) - julgam recursos de revista (parece o recurso especial - julga matéria constitucional e
rigidez de lei). Também funcionam junto ao TST a escola nacional de formação e aperfeiçoamento
de magistrados do trabalho (palestras, ideia é que o juiz não exerça a jurisdicao sem ter ideia do
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que é a justiça do trabalho)e o conselho superior da justiça do trabalho (CSJT - art. 111-A, §2º,
incisos I e II da CF)- como se fosse o CNJ da justiça do trabalho - fiscaliza a atividade
administrativa, os juizes se reportam a ele.
O juiz que passa no concurso vai primeiro pra escola nacional e depois pra escola estadual -
durante o período probatório.
c. Competência/funcionamento
Os tribunais regionais do trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes recrutados na
jurisdição, nomeados pelo presidente da república entre brasileiros com mais de 30 e menos de
65 anos.
b. Processo de escolha:
A) 1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional (formada pela OAB
estadual) e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício (art. 94 da CF). - os
membros do MPT não precisam ter notável saber jurídico e reputação ilibada, pois eles já são
funcionários públicos, e isso se presume.A lista tríplice é feita pelo tribunal e depois o presidente
da república vai nomear um da lista tríplice.
c. Justiça itinerante/ turma descentralizada (art 115, §1º CF): as vezes fazem a justiça itinerante
com as populações ribeirinhas. Exemplo em minas: Juiz de Guanhães vai para conceição do mato
dentro por 3 dias para fazer audiências. Descentralizadamente: um exemplo é a turma recursal
de juiz de fora.
e. Varas do trabalho (instituídas por lei) - art 112 da CF: A jurisdição é exercida por um juiz do
trabalho - art. 116 CF - instituídas por lei e criada a vara também se criam os limites de sua
jurisdição. EC 24/99 extinguiu o colegiado de primeiro grau, e passou a ser só um juiz.
efetivo exercício mediante participação anual mínima em 5 tos privativos de advogado, exercício
de cargo, emprego ou função que utilize conhecimento jurídico.
g. Garantias e deveres dos juízes (art. 95 da CF, art 658 da CLT e art 35 da lei complementar 35
de 1979): Vide artigos da CF.
Entretanto, a eles é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo
uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas
em lei; exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Serviços auxiliares da justiça do trabalho: secretarias (turma do TST, TRTs e varas do trabalho - dar
andamento ao processo, publicar, minutar despacho, etc). Diretor de secretaria (hoje secretário)- art.
25, §1º (escolha do secretário - bacharel em direito) e 208 do regimento interno - art. 710 da CLT .
Delegação de despachos de mero expedientes (despachos em que não há decisão) - (art 93, XIV da CF e
203, §4º do NCPC). Distribuidor (art 713 da CLT - praticamente não existe mais); oficial de justiça (art
721 da CLT - atua na execução e na fase de conhecimento eventualmente), calculista e demais
servidores da secretaria.
Auxiliares eventuais do juízo: peritos e intérpretes - na Justiça do Trabalho não há um quadro de peritos.
O NCPC prevê um cadastro de peritos e limita a escolha do juiz.
Na constituição 1891 o MP não era tratado de forma autônoma, mas algo pertencente ao judiciário. Já a
constituição de 1934 tratou do ministério público como uma entidade autônoma, desvinculada do
poder judiciário. Entretanto, na constituição 1937, o MP não teve o tratamento dado em 1934. Em
1946, a Justiça do Trabalho passou a pertencer ao poder judiciário e tratou do Ministério Público de
forma autônoma em relação ao poder judiciário. Já em 1969, ele passou a pertencer ao poder executivo.
Foi a constituição federal de 88 quem lhe deu autonomia, desvinculando-o do poder executivo e
fazendo com que figurasse como função essencial da justiça. Ele é uma instituição autônoma e
permanente que não pode ter sua condição alterada
- Inclui-se na constituição como função essencial à justiça, não vinculado a qualquer dos poderes,
juntamente com a advocacia e a defensoria pública. Possui autonomia e independência funcional.
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
- Art. 127 CF: é a instituição permanente, essencial À função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático, e dos direitos sociais e individuais indisponíveis. O
objeto de sua atuação é o interesse primário, que tem por destinatário o bem geral, a coletividade e a
sociedade.
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Prerrogativas do MP: existem pois são importantes para a sociedade. Importante ter um
procurador do Ministério Público independente, vitalício, e com inamovibilidade. Esses princípios
existem pois há um interesse público por trás deles.
Uma questão trata em sala foi a do assento ao lado direito do magistrado - deu um pouco de
polêmica. Mauro Schiavi defende que o membro do MP somente deverá sentar no mesmo
patamar que o juiz quando atuar como fiscal da lei, com base no principio de igualdade de
tratamento das partes.
Ministério Público do trabalho - É órgão especializado do MP da União, que atua junto à justiça do
trabalho.
Os membros do ministério público do trabalho possuem as mesmas garantias que os magistrados, quais
sejam a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
O cargo inicial é o de Procurador do trabalho: o membro do MP que atua no primeiro grau. O último
nível é o de subprocurador-geral do trabalho.
Art. 736 - O Ministério Público do Trabalho é constituído por agentes diretos do Poder Executivo,
tendo por função zelar pela exata observância da Constituição Federal, das leis e demais atos
emanados dos poderes públicos, na esfera de suas atribuições.
- Inaplicabilidade dos artigos 736 a 754 da CLT por incompatibilidade com o artigo 127 da CF (acima). É
uma evidente defasagem da CLT, que não se modernizou em relação às novas funções do MP.
- Formas de atuação:
a) órgão agente: ação civil pública (ACP), ação rescisória (AR), ação anulatória (AA), dissídio
coletivo de greve (ação coletiva que gera a sentença normativa. Quando uma categoria
essencial estiver fazendo greve o MP pode propor ação para que a greve seja julgada legal
ou ilegal). Recursos (hipótese do artigo 793 da CLT - órgão agente).
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a) instaurar inquérito civil público (investigativo) - O ministério publico irá buscar provas e
dados para propor eventual Ação Civil Pública ou tentar firmar um TAC - termo de ajuste de
conduta. Não se sujeita ao contraditório - inaplicabilidade do contraditório no inquérito -
pois se trata de sindicância inquisitiva enão de procedimento administrativo. O ministério
Público atua como juiz, colhe as provas, instaura e preside o inquérito. É peça facultativa
pois, caso já tenha elementos suficientes poderá instaurar ação civil pública sem o
inquérito.
b) Termo de ajuste de conduta: instrumento por meio do qual o MP e a empresa que está
descumprindo direitos trabalhistas pactuam um prazo e condições para que a conduta do
ofensor seja adequada ao que dispõe a lei. Deve vir acompanhada de multa pecuniária pelo
seu descumprimento (as Astrends) e tem a qualidade de titulo executivo extrajudicial. É
uma forma de se comprometer formalmente com o cumprimento da lei.
Foi ampliada pela EC45, que determina o que é a relação de trabalho. Anteriormente, julgava conflitos
oriundos da relação entre empregados e empregadores. Agora o critério, que antes era pessoas, passou
a ser em razão de uma relação jurídica, que é a de trabalho.
Sempre esteve escrita das constituições. O STF tem limitado essa competência, dando para a expressão
relação do trabalho uma interpretação restritiva.
A primeira foi a questão envolvendo o servidor estatutário que o supremo entendeu que continuava
com a justiça federal. Ele faz críticas a isso, pois competência é uma relação de poder.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I. as ações oriundas da relação de
trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
O alcance do termo relação de trabalho é mais amplo que relação de emprego. Relação de trabalho
abrange todas as modalidades de prestação de trabalho humano, desempenhado de forma pessoal em
prol de um tomador.
Exceções: competência criminal (ADI 3684-0), servidor público (ADI 3495-0: teoricamente a JT teria
competência, mas o supremo entendeu que não) e complementação da aposentadoria (STF entendeu
que é competência da justiça comum).
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Existe a discussão se o DT teria competência ou não para dirimir conflitos entre o trabalhador
temporário e a administração pública. Mauro Schiavi entende que sim, pois uma vez que este
trabalhador não prestou concurso, seu regime seria o da CLT e, portanto, a competência seria da justiça
do trabalho. Mas a OJ205 do TST sinalizou no sentido da incompetência da justiça do trabalho neste
caso.
Entes de direito público externo: É uma questão complicada pois os entes de direito público
externo possuem imunidade de jurisdição, que abrange a imunidade de execução de eventual
sentença estrangeira. A Jurisprudência brasileira tem entendido que os entes de direito publico
externo, quando contratam empregados brasileiros, praticam atos de gestão não abrangidos pela
imunidade de jurisdição que compreende apenas os atos de império. Essa imunidade de jurisdição
abrangeria também a imunidade de execução, sendo discutível na doutrina e na jurisprudência se
a justiça do trabalho pode realizar a penhora de bens dos entes de direito publico internacional
em eventual execução de sentença trabalhista. Ele disse em sala que o estado soberano tem
imunidade de execução absoluta.
Direito de greve: paralisação temporária para reclamar questões econômicas via de regra.
O artigo 114, II da CF diz que compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações que
envolvam exercício do direito de greve. O que significa questões que se relacionam direta ou
indiretamente com o exercício de greve. Tanto ações prévias (inibitórias), como as ações
possessórias, reparação de dano, etc.
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Greve no Setor público: art. 37, VII da CF. Aplicação da lei no setor privado. - estendeu a
regulamentação do setor privado ao setor público, visto que se trata de direito fundamental
previsto da constituição, com aplicabilidade imediata inclusive para o servidor publico. .
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
A justiça do trabalho, como não tem competência para julgar conflitos envolvendo servidores
estatutários, também não pode julgar conflitos que se deram em virtude de greve desses
servidores., só para os do regime celetista.
O dissídio coletivo a JT julgava, mas a ação que decorreu da greve não. Mas a ampliação da
competência mudou isso.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: III as ações sobre representação sindical,
entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
Agrupadas em:
Antes o juiz decidia sobre relação de emprego, mas ação sindical era o juiz federal. Agora o juiz do
trabalho julga todas essas questões envolvendo sindicato.
IV. Art. 114, inciso IV: Abeas Corpus X Depositário Infiel - sumula vinculante 25 do STF.
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Depositário infiel: procedimento que se tinha de que ele poderia ser preso caso não oferecesse o
bem ou não preservasse o bem. A sumula vinculante 25 acabou com essa hipótese, o que foi ruim
para a justiça do trabalho que perdeu uma forma importante de dar legitimidade ao crédito
trabalhista.
Habeas data: praticamente não tem aplicação pratica no processo do trabalho. Pode até existir
quanto a uma informação que o empregador prestou.
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Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: V - os conflitos de competência entre
órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
A justiça do trabalho tem competência para dirimir conflitos entre órgãos com jurisdição trabalhista (art.
803 a 812 da CLT). Ressalvas: art. 105, I alínea d e art. 102, I, o da CF (STJ e STF respectivamente).
Os conflitos de competência da JT são resolvidos na própria justiça do trabalho. Ex: o conflito de comp
entre juiz do trabalho e juiz de direito será dirimido pelo TST. Quando é órgão fora da justiça do
trabalho: STJ. Art 803 a 812 da CLT.
Hierarquia funcional: Não há conflito entre tribunal e vara a ele regulado e TRT e TST (súmula 420 do
TST). Assim como não há conflit de comp entre trts.
Art. 114, VI: Ações de indenização por dano moral (súmula 392 TST):
Tipo de indenização: pré contratual (gasta dinheiro e não é contratado) e pós contratual (empregador
desabona conduta do empregado para prejudicá-lo a conseguir outro emprego).
Art. 114, VII: penalidades administrativas impostas aos empregadores: é o fiscal que impõe multa aos
empregadores. É o auditor fiscal.
Procedimento administrativo previsto nos artigos 626 a 642 da CLT: todo o procedimento administrativo
descrito.
Execução fiscal: lei 6830/80: competência da JT pouco importando que a união esteja em um dos polos.
Art. 114, VIII: execução, de oficio, das contribuições previdenciárias: JT pode de oficio executar as
contribuições previdenciárias, anteriormente à emenda constitucional.
Súmula vin 53: JT é competente para executar as parcelas previdenciárias de natureza salarial da
matéria objeto da condenação ou do acordo. Ela não é competente em relação ao período declarado ou
reconhecido, como quando reconhece que ele já trabalhava antes de assinar a carteira.
Alteração da competência pela via legislativa: estabelece que as hipóteses dos incisos anteriores são
meramente exemplificativas. Além delas, é possível ampliar a competência da JT. Um exemplo clássico é
em relação ao que é empreitada.
Art. 114 §1º, 2º e 3º - matéria relacionada ao poder normativo: famoso dissídio coletivo. O dissídio
coletivo só pode ser proposto se houver comum acordo.
Comum acordo: a ideia era de acabar com o poder normativo da justiça do trabalho, que é seu poder de
fixar condições de trabalho para as categorias, para fortalecer os sindicatos. Só que não conseguiram
acabar com o poder normativo.
- inclusão pela emenda constitucional 45 de 2004: comum acordo, fragilizou o poder normativo.
Extingue: ou falta de pressuposto processual ou condição da ação.
3 - Competência funcional (hierárquica). Previsão: art. 652 CLT - varas do trabalho: prevista no
regimento interno dos tribunais. O Regimento interno ire prevê a forma de escolha dos órgãos
fracionários dos tribunais.
4. Competência territorial: caráter protencionista, art. 651 da CLT (norma de ordem pública): a regra
geral é o local da prestação de serviço, pois é o local que o empregado vai ter mais facilidade de propor a
ação, produzir provas, etc. As questões devem ser vistas preliminarmente.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.
Exceções: viajante- pode propor ação no local que prestou serviço, ou no seu próprio domicílio.
Agencia ou filial no estrangeiro: pode propor na JT: competência internacional da justiça do
trabalho, vai aplicar a legislação mais benéfica.
Há quem entenda que pelo princípio do acesso a justiça, posso flexibilizar essa regra da
competência.
7. ACESSO À JUSTIÇA. CLT, ART. 651, § 3º. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. ART. 5º,
INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Em se tratando de empregador que arregimente
empregado domiciliado em outro município ou outro Estado da federação, poderá o trabalhador
optar por ingressar com a reclamatória na Vara do Trabalho de seu domicílio, na do local da
contratação ou na do local da prestação dos serviços.
- Lei 7064 de 82: não se aplica mais a lei do local da prestação de serviço, aplica-se a lei mais
favorável. Exemplo: brasileiros que foram com a Mendes Junior para o Iraque.
Local da arregimentação: ainda que o contrato tenha se formalizado em outro local, nada impede
que seja proposta a ação no local da contactação. Princípio da proteção .
ATOS PROCESSUAIS
- Conceito: Atos praticados pelo juiz, partes, serventuário ou terceiros. São praticados no processo de
forma voluntária.
Teoria da relevância: mesmo que não seja praticado no processo, o ato que tiver relevância seria
considerado ato processual - minoria. Favorece a teoria da inclusão.
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- Características no DPT: públicos (inerente a qualquer processo), praticados de seis às 20 horas com
exceções (art. 770 § único CLT)
Art. 770: atos são públicos (é a regra geral), mas quando o interesse social determinar ou bem
constitucionalmente assegurado (art. 5º) os atos ficarão em segredo de justiça (publicidade mitigada).
- Classificação: atos das partes (art 200 a 202 NCPC), atos do juiz (art 203 a 205 NCPC), atos dos
auxiliares do juízo (art 206 a 211 NCPC e 710 a 721 da CLT).
Art. 188: independem de forma determinada, tem que cumprir sua finalidade - principio da
instrumentalidade. Art. 190: negociação atípica - negocia como vai tramitar o processo. Não é possível a
negociação do procedimento no processo do trabalho. Ele discorda em alguns casos, quando não
houver hipossuficiência. Art. 191: fixar calendário para a pratica dos atos processuais - mais complicado,
pois faria um procedimento à parte: vai fixar prazos que regerão todo o processo.
. Atos do juiz: PT só fala em decisão, mas o artigo 203 se aplica, para decisões interlocutórias,
sentenças e despachos. Tem a definição de sentença: ela PE definida pelo conteúdo (extingue o
processo com ou sem exame do mérito) e pela finalidade (Poe fim ao procedimento comum).
Outro artigo: despacho ordinatório, de mero expediente.
. Atos dos auxiliares do juízo: lei 9.899 trata da pratica dos atos processuais por fax - na
utilização do fax, tem que juntar os originais 5 dias após o termino do prazo do ato praticado - o
prazo pode se iniciar em dia que não seja útil.
- Espécies: atos por fax ou email (lei 9.800/99 - sumula 387 do TST), atos praticados na forma eletrônica
(lei 11.409/06 e resoluções 94/2012 e 136/2014 do CSJT)
Citação por hora certa: antes eram 3x mas agora são somente 2x.
a) Notificação (art. 841 CLT). - pq a CLT é de 43, então não usa o termo citação.
. Enviada para endereço da parte é tida por cumprida: é uma presunção, a parte pode fazer
prova em contrário.
. Edital (embaraços) - oficial de justiça: a citação por hora certa existe, mas da citação por
correio já vai para a citação por edital. A citação por edital também é uma presunção e existe
quando a parte cria embaraços.
Art. 852, b, II: referencia à citação e não à notificação, porque foi o legislador de 200 que criou.
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b) Intimação: informar a parte da existência de um ato praticado. Notificação feita no curso do processo.
Normalmente diário eletrônico.
. Via postal
. Publicação no órgão oficial com o nome dos advogados - art. 272 §2º NCPC
c) Citação (art 880 da CLT): Só existe na execução. Vai citar para a parte pagar ou oferecer bens à
penhora.
PRAZOS PROCESSUAIS
a) Quanto à origem: legal (previsto na norma), judicial (fixado pelo juiz - bom senso), convencional
(prazos convencionados pelas partes).
b) quanto à natureza: dilatórios (podem ser dilatados desde que isso ocorra antes do seu termino) e
peremptórios (em regra geral não podem ser prorrogados)
c) quanto aos destinatários: próprios (destinados às partes e sujeitos à preclusão, se a parte não praticar
naquele período, não poderá fazê-lo depois); impróprios (destinados ao juiz e seus auxiliares - não estão
sujeitos à preclusão, mas se não forem cumpridos, existe uma chance grande de procedimento
administrativo)
d) contagem dos prazos: art 219 NCPC (prazos em dias úteis) - dia útil - início e término. O art. 775 da
CLT diz que os prazos são contínuos e irreleváveis, por isso a contagem dos prazos não mudou para dias
úteis. A exceção do inicio em dia útil é o prazo para juntada do documento enviado por faz.
Art. 775: faz referência à contagem do início do prazo. Dia seguinte ao do início do prazo.
Recebida a notificação na sexta, o inicio do prazo é na sexta e o dia de início da contagem é na segunda.
Intimado no sábado, o início do prazo é na segunda e o inicio da contagem na terça.
. Notificação por via postal (presunção de recebimento em dois dias) - súmula 16 do TST. Se mandou
segunda, o prazo inicia na quarta e a contagem na quinta.
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C) Diário Eletrônico: dia da divulgação (não conto), dia da publicação (dia do início do prazo, e o dia do
início da contagem é o seguinte). Contagem do prazo: legislação art. 4º, §3º e 4º da lei 11.409/06 - ato
conjunto TST - TSJP - GP 15/2008.
D) Paralisação dos prazos (prazo paralisado e recomeça a correr - súmula 262,II do TST). Interrupção dos
prazos (embargos de declaração) - prazo paralisado e devolvido integralmente.
Suspensão: paralisa e retoma a contagem do prazo de onde havia parado. Ex: recesso forense, férias
coletivas.
Interrupção: paralisa e volta a sua contagem na sua integralidade. Ex: embargos de declaração.
CPC novo: existe o princípio da cooperação, que alguns defendem que isso não se aplica à realidade. Ele
discorda e acha que tem partes que querem demonstrar lisura no processo.
§1º: quando a lei for omissa o juiz determinará o prazo de acordo com a complexidade dos atos: ele irá
fazê-lo com base no bom senso
O disposto nesse artigo de aplica somente aos prazos processuais: o prazo fixado pelas partes não
precisa ser contado em dias úteis. Exemplo: prazo de suspensão do processo, prazo de pagamento do
acordo.
Art. 226: O juiz proferirá um despacho em 5 dias: antes era de 48 horas. Decisões interlocutórias no
prazo de 10 dias. As sentenças em 30 dias - isso vale no processo do trabalho, mas desconsiderando a
contagem de dias úteis.
Art. 235: pq o prazo dele é prazo impróprio, portanto não se fala em preclusão.
NULIDADES PROCESSUAIS
Disciplina das nulidades na CLT (art 794/798) e no CPC (arts 276 a 283)
"São nulos os atos processuais quando violem normas de ordem pública ou interesse social. O ato nulo
não está sujeito a preclusão e pode ser declarado de ofício pelo juiz. São relativas as nulidades quando
não violem normas de ordem pública. Dependem da iniciativa da parte, não podendo serem conhecidas
de ofício. Já os atos inexistentes possuem um vício tão acentuado que não chegam a produzir efeitos."
Para eles serem reconhecidos, se repete o que foi dito sobre os atos nulos. - Mauro Schiavi
A ideia é não reconhecer a nulidade, salvar o processo no que for possível. Cada artigo traz praticamente
um princípio por artigo.
- Princípios:
a) Princípio do prejuízo ou transcendência (art 794 da CLT): pas de nullité sans grief. Se o ato
processual, embora viciado e defeituoso, não causou prejuízo a uma das partes, não deve ser
anulado.
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Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
O ordenamento jurídico garante a eficácia daquele ato que, mesmo sendo inválido, emana
efeitos na ordem processual. O prejuízo atua como uma vedação dirigida ao juiz para que não
declare a invalidade.
b) Princípio da instrumentalidade das formas ou finalidade (art 188 e 277 do NCPC): Seu objetivo
é preservar os atos processuais praticados de forma diversa da prescrita em lei, mas que
atingiram sua finalidade e produziram os efeitos processuais previstos por ela. Vai olhar se atingiu
o objetivo antes de declarar a nulidade do ato processual.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a
finalidade essencial.
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de
outro modo, lhe alcançar a finalidade.
c) Convalidação ou preclusão (art 795 da CLT): Se as nulidades não forem invocadas no momento
processual oportuno, haverá a convalidação do ato invalido, também chamada pela doutrina de
preclusão de se invocar a nulidade.
Faz-se o protesto tão logo haja um ato praticado pelo juiz que comprometa os interesses do meu
cliente. Há um entendimento que a parte pode manifestar seu inconformismo nas razoes finais,
mas existe polemica. O protesto é o instrumento que evita justamente a preclusão.
Mauro Schiavi fala que somente se trata dos casos em que há nulidade relativa e,
consequentemente, a necessidade de manifestação das partes.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão
argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
§ 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça
remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
§1º: quando se fala em competência de foro é em razão da matéria (trabalhista, criminal, cível,
etc), pois se for a competência territorial, ela é relativa e não pode ser declarada de oficio.
§2º: não pode extinguir sem resolução do mérito, tem que remeter para quem considere
competente.
d) Princípio do aproveitamento do ato processual (art 797 CLT): estabelece até quando a
nulidade será reconhecida. A declaração da nulidade não pode estender-se, tampouco retroagir
aos atos validamente praticados.
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
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INICIAL TRABALHISTA
1. Objetivos (funções):
a) provocar a jurisdição (sair da inércia) - ela rompe a inércia do judiciário e provoca o exercício da
jurisdição.
b) Identificação da ação (partes, causa de pedir e pedido) - vai individualizar or sujeitos da lide
(reclamante e reclamado), dizer os motivos pelos quais há resistência de seu direito e fazer seu
pedido.
c) Ato processual formal - pois deve ser elaborada observados os requisitos previstos em lei.
2. Requisitos:
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo
escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
a) Oral: é um requisito formal, e ainda que oral, a petição inicial deverá ser reduzida a termo pois
o Juiz do Trabalho somente tomará contato com a petição inicial escrita.
(exceções nos dissídios coletivos - art 853 da CLT - e inquérito para apuração de falta grave - art
856 da CLT). Limite da informalidade.
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido
com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro
de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado
civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor
e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V
- o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
b) Pedido com as suas especificações: Mauro Schiavi defende a aplicação dessa previsão no
processo do trabalho, de modo que a inicial trabalhista deva conter pedido com as suas
especificações, sendo certo e determinado.
3. Requisitos objetivos:
b) Qualificação: além da previsão legal, exigência do CPF/CNPJ (art 15 da lei 11.409/06) - art
319, II NCPC. Reclamante deve indicar o nome completo, CPF, RG, CTPS, endereço, nome do
reclamado, endereço, CNPJ da empresa, email, etc. Como a CLT é omissa sobre este ponto,
utiliza-se subsidiariamente a qualificação prevista no CPC, art. 319.
c) Causa de pedir: elemento da ação - art. 337, §2º NCPC - constituída da narrativa dos fatos que
segundo o autor geraram as consequências jurídicas pretendidas e proposta de enquadramento
do fato numa norma jurídica ou no ordenamento jurídico.
Existem duas teorias quanto à necessidade de indicação dos fundamentos jurídicos que vão
embasar o pedido do reclamante. São elas:
- Teoria da Individuação: basta a indicação, como causa de pedir, da relação jurídica que enseja
o pedido de reparação judicial . O §1º do artigo 840 exige somente uma breve exposição dos
fatos, sem a necessidade de se indicarem os fundamentos jurídicos do pedido. Jorge Luiz Souto
Maior defende que a falta dessa exigência permite ao juiz julgar os pedidos pelos fundamentos
que melhor lhe pareçam aplicáveis à espécies, independentemente da eleição formulada pelo
reclamante.
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É o bem da vida pretendido, que está sendo resistido pela parte contrária. Ele decorre, como
consequência lógica da subsunção dos fatos narrados às normas jurídicas. É a razão de existir do
processo e o objetivo da decisão.
Classificação:
- Cumulação de pedidos (art 327, caput e §1ºCPC): adotado pelo Processo do Trabalho
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que
entre eles não haja conexão.
- Pedidos implícitos (art. 322 §1ºdo NCPC): não constam na inicial, mas são tidos como se
estivessem. Exemplo: juros, correção ,etc.
e) Documentos (art 787 da CLT e 434 no NCPC): são apresentados com a inicial e com a defesa.
Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos
documentos em que se fundar.
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a
provar suas alegações.
f) Emenda à inicial - sumula 263 do TST - art 321 CPC: quando for possível suprir a irregularidade
- mudança do CPC novo - o juiz tem que indicar o que pode ser mudado e dar o prazo acho que
de 15 dias. É um direito processual da parte.
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Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do
réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15
(quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Hipóteses de emenda à inicial: A CLT não prevê hipóteses de aditamento da inicial. Dessa forma,
aplica-se a hipótese do código civil, o que significa que o Autor só poderá aditar o pedido antes
da citação. O pedido aditado após a audiência inaugural só poderá ser analisado pelo Juízo com
o consentimento do Réu.
Indeferimento da inicial - sumula 263 do TST - artigo 330 do CPC : é raro, ainda mais agora com o
novo CPC que fala que deve chegar a uma resolução do mérito.
Súmula 263: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento
da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação
ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade
em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o
fizer (art. 321 do CPC de 2015).
Aditamento da inicial - audiência do DPT - art. 329 do CPC 15: inclui um pedido novo à a inicial.
Se admite o aditamento até a audiência.
CPC NOVO: não aplica no PT inciso VII do artigo 319 - a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação e mediação - pois no direito do trabalho é obrigatório.
330: indeferimento da Inicial, art 331: hipótese que a inicial quando indeferida justifica pedido de
retratação.
PROCEDIMENTOS
- O processo ganha corpo por meio de diversos procedimentos: ordinário (maior parte do nosso curso),
sumário (dissídio de alçada, surgiu em 1970 e engloba os processos até 2 salários mínimos e só cabe
recurso se a matéria for constitucional. Lei 5.574. Muito difícil de encontrar), sumaríssimo (surgiu a
partir de 2000, quando houve o término da representação classista surgiu a lei do procedimento
sumaríssimo - procurou reduzir os atos e o tempo do procedimento).
O rito ordinário não é assim previsto na lei, foi uma criação doutrinária a sua expressão, por ser o
comum que serve subsidiariamente aos demais. O sumaríssimo é previsto em lei, mas o sumario não.
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Os procedimentos especiais, como por exemplo o inquérito para apuração de falta grave, tem
características próprias. Mas todos os procedimentos representam um encadeamento de atos lógicos,
em sequencia, que objetivam chegar a uma conclusão.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
- o objetivo foi criar um rito mais célere para dar efetividade à prestação jurisdicional das demandas
cujo valor não ultrapassar 40 salários mínimos.
1 - Características legais:
2 - Abrangência: (852-A):
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente
na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
a. dissídios individuais - as ações coletivas não estão abrangidas pelo rito sumaríssimo, ele é
regido por procedimento próprio
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do
reclamado;
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento,
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de
Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no
arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
b. Impossibilidade de citação for edital (§2º) - tem que indicar o correto nome e endereço do
reclamado. Discussão de constitucionalidade: impede que utilize uma forma de citação que é o
edital. Ele justifica que a citação por edital pode acabar sendo prejudicial para a celeridade.
Mauro Schiavi considera que ou o juiz converte o rito para ordinário vê faz a citação por edital, ou
declara a inconstitucionalidade do dispositivo e mandar citar mesmo assim.
- Hoje há a possibilidade de citar por edital e transformar o rito de sumaríssimo para ordinário.
§2º: se mudar de endereço, tem que comunicar. Se muda e não comunica, as intimações são
dadas como válidas.
A inicial no procedimento sumaríssimo deve ter o valor certo, determinado, e deve constar o
endereço do reclamado.
4 - Temporalidade do procedimento:
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob
a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o
titular.
a. Audiência única: UNA - art. 852-C, com possibilidade de ser cindida. Tenta dar celeridade ao
processo, pois nessa audiência se faz a instrução e o julgamento. Utiliza o princípio da oralidade.
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Nem sempre consegue ser UNA, como quando há prova pericial a ser produzida, por exemplo.
Com o NCPC e formos comparar com o sumaríssimo ,fica estranho. Pelo sumaríssimo tem que
marcar a audiência em 15 dias, mas com o código novo pode sentenciar em 30 dias. Ele acha que
o prazo para sentença também se aplica ao sumaríssimo. Mas sem ser em dia útil, pelo artigo 7xx
da CLT.
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas,
considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas,
impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência
comum ou técnica.
a. Determinação dos prazos: princípio inquisitório: juiz dando a determinação de como deve ser o
processo. O contraponto ao inquisitório é o princípio inquisitivo: parte dando inicio à convocação,
provocando a inquisição. O princípio da cooperação vem com o NCPC em que o processo é uma
cooperação de trabalho onde o juiz e as partes atuam de forma harmônica. Há quem entenda que
não há cooperação entre às partes, mas ele entende que sim.
c. Indefere provas: faculdade do juiz, mas não pode cercear a defesa da parte.
d. Regras de experiência comum ou técnica: tem juízes que as vezes estão muito tempo na
jurisdição e já tem seus dogmas, e não imaginam que aquilo pode mudar.
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e
usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da
audiência.
a. Na abertura da audiência:
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações
fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.
8. Art 852-D: questões decididas de plano e na sentença. Se a audiência é una, é natural a exigência que
as questões sejam resolvidas na audiência.
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no
prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.
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Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não
requeridas previamente.
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte
contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova
técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.
a. Documentos: parte apresenta defesa com documentos e a parte contraria vai impugnar os
documentos na audiência. Há uma certa dificuldade de exercício do contraditório, mas é assim. A
menos que se trate de uma prova documental muito grande, por exemplo, que se torne inviável.
Prova: se for muito complexa, pode cindir a audiência, se não for possível analisar tudo na hora
também.
b. Pericia: é utima racio, só quando o fato não for possível de analisar sem a ajuda de um técnico.
Nesse caso não será possível a audiência única, a audiência será suspensa.
c. Prova testemunhal: convite e duas testemunhas. Ainda que não apresentado o Rol a prova
testemunhal pode ser produzida em audiência. As testemunhas comparecem
independentemente de intimação. Se comparece sem a testemunha, há uma presunção de que a
parte abriu mão do depoimento.
Só será deferida a intimação de testemunha que intimada, não aparece. Nesse caso pode ter
condução coercitiva. A parte então tem que fazer prova da carta convite, com uma
correspondência, um email, o juiz pode perguntar para a testemunha também se ela foi
convidada.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins
sociais da lei e as exigências do bem comum.
§ 2º (VETADO)
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a. Prescinde do relatório: não tem relatório, mas o juiz faz o resumo dos fatos.
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no
prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para
julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se
este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
c. parecer oral: é para dar celeridade, quando o MP participar. Ele sempre participa nas sessões
no tribunal. Nas varas não.
A grande mudança que ele acha que poderia existir era diminuir o grau recursal.
- Tem sua existência garantida por sumula do TST, ainda que já exista o sumaríssimo.
- Trata de causas cujo valor não exceda dois salários mínimos, simplificando o procedimento e
eliminando recursos.
Lei 5584 Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da
Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada,
se este for indeterminado no pedido.
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§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas) vezes o salário-
mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a
conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas
nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do
salário mínimo à data do ajuizamento da ação.
1. Características:
a. Refere-se a dissídios individuais, com uma única proposta de conciliação. - art. 764, principio
que já estudamos anteriormente.
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão
sempre sujeitos à conciliação.
b. Desnecessidade de fixar valor à causa, pois será determinada pelo juiz antes da instrução. - um
pouco contraditório com os demais procedimentos. Pois muitos correm do sumario pq ele não
permite o recurso, mas então se não coloca o valor o juiz vai fixar.
Impugnação do valor fixado: se o valor for mantido pelo juiz ele tem direito ao pedido de
revisão. Na casuística isso é muito pouco utilizado no processo do trabalho.
Ele acha que o sumaríssimo devia ter uma regra parecida com essa, inclusive na execução. O
sumario está em desuso pois é difícil ver uma ação de até dois salários mínimos.
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
- Inicial: instrumento de provocação da jurisdição. Define os elementos da ação dados pela lei: partes,
causa de pedir e pedidos. É um ato formal por excelência.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo
escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
- Art. 840: é mais informal, permite que a inicial seja oral/verbal (atermação). É o limite da
informalidade, o juiz não pode ser mais informal do que esse artigo, se não cai no subjetivismo. Dirigida
ao juízo, ela é impessoal.
Breve exposição dos fatos que resulte no dissídio - não precisa ter fundamentos jurídicos.
Tem que constar o pedido, ainda que ele não esteja na ordem certa.
Valor da causa: não é obrigatório, mas seria contraditório pois o procedimento é definido com
base nele.
- Inicial CPC (art. 319): menção a fatos e fundamentos - juiz está atrelado a fatos e pedidos, não ao
fundamento pois pode decidir com base em fundamentos diversos aos apresentados.
- Requisitos objetivos: endereçamento: impessoal .Faz opção por competência material, funcional e
territorial.
- Qualificação: além da previsão legal, as exigências de CPF, etc, no código atual o art. 319 diz o que tem
que ter. Tudo o que puder identificar as partes da melhor maneira é bem vindo.
Teoria da substanciação: teoria adotada pelo nosso ordenamento: fatos e fundamentos jurídicos.
- Pedido: elemento da ação, a própria lei que o coloca. Existe cumulação de pedidos:pedido imediato
(provimento jurisdicional requerido: declaratório, condenatório, constitutivo), pedido mediato (bem da
vida: horas extras, adicional, etc).
AUDIÊNCIA
Audiência
Ato processual complexo em que o juiz colhe a prova, propõe a conciliação e procura formar o seu
conhecimento. São praticados atos processuais pelo juiz e pelas partes. Predominam a palavra oral e a
imediatidade (interlocução direta entre o juiz e as partes)
- Mauro Schiavi diz que o processo do trabalho é o processo da audiência pois excluindo a inicial, todo o
restante pode ser produzido na audiência.
O primeiro contato que o juiz tem com o processo é na audiência. É na audiência que o juiz colhe a
prova, forma seu conhecimento. Predominam a palavra oral e a imediatidade.
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Previsão contido nos artigos 813/814 da CLT: tratamento geral da audiência quanto aos horários de
realização, duração das audiências e pessoas que devem estar presentes.
Artigo 815: prevê a tolerância de 15 minutos para o juiz – OJ 245- SD1 TST.
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário
ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.
245. REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA (inserida em 20.06.2001): Inexiste previsão legal tolerando atraso no
horário de comparecimento da parte na audiência.
Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os
assistentes que a perturbarem.
Observar a gradação do artigo 360 do CPC – artigo 139, VII do CPC 2015.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: VII - exercer o
poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e
tribunais;
A audiência inicial possuía uma função saneadora no processo, uma vez que o juiz terá o seu primeiro
contato com o processo neste momento.
OBS: Ocorrendo a conciliação, não será necessário realizar a colheita de prova e o julgamento da
matéria.
Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do
Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo
ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante
edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo
do parágrafo anterior.
Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência. os
escrivães ou secretários.
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário
ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.
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Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências.
IMPORTANTE: Esses 15 minutos são uma prerrogativa do juiz e não das partes, não podendo essa
tolerância ser concedida às partes. Alguns juízes não aplicam esse entendimento.
Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os
assistentes que a perturbarem. – Trata-se do poder de polícia processual conferido ao juiz.
O juiz irá exercer o poder de polícia de forma gradativa, como exposto no artigo 360
IMPORTANTE: O NCPC traz o inciso V do artigo 360, determinado que todos os requerimentos sejam
registrados em ata.
Poder de polícia clássico: aquele realizado na audiência. Contudo, o juiz também irá exercer tal poder na
manutenção do fórum.
. Públicas: o pregão garante a publicidade (pois o carinha chama as partes em voz alta)
. Pode mudar o lugar desde que avisem antes de 24 horas. É uma excepcionalidade.
. Se o juiz não chegar em 15 minutos as partes podem se retirar. Somente o juiz pode atrasar
esses 15 minutos - e só no caso de o juiz não estar no fórum. Na pratica os adv esperam os juízes
o tempo que precisar. - Alguns juízes não aplicam a OJ 245 SBDI 1 do TST.
. Poderes e deveres do juiz: VII- poder de policia clássico é na audiência, mas o juiz também pode
exercê-lo no fórum.
- Outras características:
a) Não existe despacho de recebimento da inicial, pois quem a recebe é o diretor de secretaria. O juiz de
trabalho só toma contato com a inicial na audiência.
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b) Entre a audiência e sua realização deve existir um perioro de tempo de 5 dias para o reclamado ter
tempo para preparar sua contestação.
c) . Juiz mantém a ordem - poder de policia processual. Para garantir celeridade para decidir, discutir o
direito das partes. Por esse poder o magistrado vai zelar pelo bom andamento dos trabalhos.
d) Adiamento: A audiência pode ser adiada por motivo relevante. A ausência de advogado na JT não é
motivo relevante para adiar a audiência pois a parte detém ius postulandi.
a.1. Arquivamento - art 844 da CLT: extinção sem resolução do mérito. Princípio da proteção. Art
844 CLT. Rigorosamente o termo arquivamento não é técnico, em termos processuais será a
extinção do processo sem a resolução do mérito.
a.2. Impossibilidade de homologação do acordo: juiz não pode homologar acordo sem a presença
das partes na audiência. Para que o juiz possa auferir se aquela é a verdadeira vontade da parte.
Isso na primeira audiência. Se for na instrução, por exemplo, pode adiar a audiência e intimar o
reclamante para se manifestar.
a.3. Representação por colega da profissão ou sindicato - art. 843 §2º da CLT: doença, outro
motivo comprovado. É uma forma de evitar arquivamento. Não é poderoso, mas ponderoso.
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado
que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
a.6. Ausência na segunda audiência: inexistência de arquivamento (sumula 9 do TST): pois a parte
contrária tem direito à jurisdição. Assim, impede que o reclamante tenha acesso à defesa e ajuíze
outra ação.
Súmula nº 74 do TSt - CONFISSÃO: I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com
aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.
No caso da desistência, tem que ser antes da apresentação de defesa. Se for depois a outra parte
tem que concordar.
b. Ausência do Reclamado
b.1. revelia e confissão quanto à matéria de fato (844 CLT e sumula 122 do TST): principio da
proteção. Só abrange a matéria de fato, não a de direito. Nas hipóteses em que a parte não possa
comparecer, deve constar no atestado médico a impossibilidade de locomoção - seja a reclamada
ou seu preposto.
b.2. Representação por preposto (art. 843 §1º e sumula 377 do TST): preposto que tenha
conhecimento do fato. Sumula 377: o preposto deve ser empregado.
Art. 843 - § 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto
que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
c. Conciliação:
c.1. art 846/850 CLT: aberta a audiencia o juiz irá propor a conciliação. No fim também.
c.2. 831/832 da CLT: a acordo celebrado na JT em relação às partes vale como decisão irrecorrível.
Transita em julgado imediatamente.
C.3 art 764 CLT e sumula 418 TST: diz que o juiz deve empregar seus bons ofícios e persuasão.
Necessidade da conciliação em todos os procedimentos. Sumula: O juiz pode não homologar
determinado acordo, se entender que a parte vai ficar prejudicada.
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Art. 334 no NCPC: Audiência de conciliação ou mediação - TST não aplica esse artigo à JT. Pois
essa audiência é colocada como faculdade, mas a conciliação no processo do trabalho é
obrigatória.
Art. 358 e seguintes do NCPC: trata do pregão, tentativa de conciliação pelo juiz, pode de policia
do juiz (360), ordem de produção de provas (art 361), intimação da sociedade de advogados
(363), audiência uma (365), possibilidade de gravação de audiência independente de autorização
judicial (ele acha discutível), audiência publica (art 368).
DEFESA
Defesa é a manifestação do reclamado em que ele impugna as pretensões contidas na inicial, com
arguição de matéria processual. Ela está no mesmo plano da ação em termos constitucionais. Da mesma
forma que se tem o direito subjetivo de provocar a jurisdição, também se tem o direito subjetivo
constitucional de se defender. Ambos, no mesmo nível. Daí a importância de se falar em defesa no
sentido mais amplo, utilizando a técnica processual.
Defesa não é dever, mas ônus do reclamante. Mas ele pode, em sua defesa, inclusive reconhecer a
procedência do pedido — o que, entretanto, é muito difícil.
1. Defesa no sentido de contestação (CLT, art. 847): A defesa é tratada como contestação e é
apresentada oralmente na audiência. Mas acaba sendo apresentada de forma escrita. E a contradição é
que, normalmente, pela oralidade, se teria mais agilidade, mas, na prática, ela é apresentada por escrito
antes da audiência.
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura
da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
3. As demais manifestações contidas no CPC - Regra de Subsidiariedade da CLT, art. 769 (CPC, art. 335) -
Por essa aplicação subsidiária, além das previsões de defesa previstas na CLT, também aplicam-se
institutos do processo civil.
Exceções
Defesa indireta do processo, dilatória: São defesas que não tratam do mérito, e são dilatórias
porque não visam extinguir o processo, mas dilatar o prazo do processo. Ou se quer tirar o juiz do
processo, ou tirar o processo do juízo. São as famosas preliminares e como a CLT não prevê os
casos possíveis, aplica-se o artigo 337 da CLT que tem várias preliminares previstas.
Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas exceções de suspeição ou
incompetência com suspensão do feito. As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.
46
Procedimento (CLT, art. 800): Trata-se de procedimento bem sumário, reduzido. A outra
parte tem 24 horas para se manifestar, e o juiz, na audiência seguinte, resolve. Na prática, a
maioria dos juízes, quando apresentada a exceção, pergunta se a parte quer se manifestar,
ouve o preposto, e depois decide.
- Prazo Reduzido;
Art. 800 - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e
quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se
seguir.
Impossibilidade de Recurso / Regra Geral (CLT, art. 799, § 2°): Como a decisão que decide
uma exceção é interlocutória, dela não cabe recurso como regra geral. Se pode protestar e
discutir posteriormente na esfera recursal, se for o caso.
Exceção no Próprio Dispositivo / Outra Exceção (Súmula n° 214 do TST, alínea c): São duas
exceções:
Cinco dias da ciência do fato que deu origem à suspeição: No CPC, o prazo é de 15 dias.
Mas, no processo do trabalho, por analogia, se aplica o prazo de 5 dias da CLT, art. 841.
- Relacionada aos litigantes: O CPC, com muita propriedade, fala da suspeição do juiz
também em relação aos advogados;
Rito (CPC, art. 146; Regimento Interno do TRT-3, art. 151-A): Como novidade, há uma
possibilidade de modulação, tratando de a partir de qual momento o juiz não poderia mais
atuar.
Contestação
É a defesa por excelência. Contestação é a possibilidade que tem o reclamado de fazer o uso do
contraditório — concretizar o contraditório. É uma defesa processual e uma defesa de mérito. Se tem,
pois, as duas possibilidades — preliminares e defesa propriamente de mérito, que pode ser indireta
(admite uma questão, mas comprova fato impeditivo do direito do autor) e direta (nega o que foi
relatado).
Tem previsão na CLT, art. 847. A contestação é oral, mas acaba sendo adotada a forma escrita. A defesa
oral acaba não sendo muito utilizada. Somente o empregador, muito desavisado, é que acaba fazendo
esse tipo de defesa, sem a utilização de advogado.
Mas a CLT não define forma da contestação. Se tem como ato mais formal do procedimento a inicial. Ela
tem todos os elementos estruturantes previstos no diploma trabalhista. A defesa não tem essa
exigência. Mas a parte que não faz uma defesa técnica, boa, acaba sofrendo as consequências — ela
pode perder a posição jurídica de vantagem que ela tem. Outro aspecto é que há uma ordem de
prejudicialidade das preliminares e do mérito.
No momento em que se faz a defesa, não apenas no aspecto processual, se deve seguir uma ordem
lógica.
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1. Concentração de Matéria (CPC, art. 337): O novo código quis concentrar todas as alegações do
réu em uma única peça.
3. Impugnação Específica (CPC, art. 341): Há uma interação entre o princípio da eventualidade,
em que, por eventualidade, se tem de arguir toda a matéria, e também a necessidade
de impugnar cada um dos itens, sob pena de serem reputados como verdadeiros — é o princípio
da impugnação específica. O réu deve impugnar um a um os fatos narrados pelo autor.
5. Defesa Direta de Mérito: É a defesa por negação, a ultima ratio em termos de defesa, em que
se deixa com o autor o ônus de produzir a prova. (exemplo: é diferente só negar que o Autor
trabalhou na empresa, ou negar que ele
Obs: O CPC, art. 340 não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a CLT, art. 800 traz
disposição específica. - Art. 340: alegação de incompetência - não se aplica ao processo do
trabalho, pois ele tem o art 800 da CLT - tem que ser arguida na própria audiência.
Há uma exceção à ideia de que toda matéria de defesa deve ser concentrada na contestação. O
CPC, art. 342 traz essas possibilidades — quando for questão superveniente, quando puder ser
alegada a qualquer tempo etc.
Reconvenção
Ação do reclamado em face do reclamante, na mesma relação processual (CPC, art. 343). Três aspectos
são importantes.
1. Não há previsão na CLT: A CLT não trata da reconvenção. Alguns dizem que é um silêncio
eloquente, porque o legislador evitou de tratar da questão. Mas trata-se de posição minoritária,
porque a reconvenção dá agilidade ao processo.
Documentos (CLT, art. 787; CPC, art. 434): São apresentados com a inicial e com a defesa.
Emenda à Inicial (Súmula 263 do TST; CPC, art. 321): É um direito processual da parte que, quando for
possível suprir a regularidade, o juiz terá de indicar o que pode ser mudado e dar o prazo de 15 dias.
Trata-se de inovação trazida pelo novo código de processo civil.
Indeferimento da Inicial (Súmula 263 do TST; CPC, art. 330): Trata-se de caso muito raro, tanto mais
com a entrada em vigor do novo código de processo civil, que busca a resolução do mérito.
Aditamento da Inicial (Audiência no Direito Processual do Trabalho; CPC, art. 329): Inclui-se um pedido
novo à petição inicial. Admite-se o aditamento, pois, até a audiência.
Obs: Não se aplica ao direito processual do trabalho, o disposto no CPC, art. 319, VII, que trata da opção
do autor pela realização ou não da audiência de conciliação e mediação, uma vez que no direito do
trabalho a realização da audiência é obrigatória.
- Defesa de mérito: nego aquilo que foi reclamado. A prova cabe ao reclamado.
- Art. 847 CLT: Por excelência é oral, mas acaba sendo adotada a forma escrita - para dar mais rapidez.
Só mesmo o empregador desavisado faz a defesa oral.
- Ato mais formal do procedimento é a inicial, que tem todos os seus elementos estruturantes previstos
na CLT. A defesa não tem essa exigência, mas a parte que faz uma defesa ruim pode acabar perdendo a
sua posição jurídica de vantagem.
- Art. 337 CPC/15 - em relação a defesa ele faz a concentração de matérias de defesa na defesa. Ele quis
centralizar todas as alegações na própria defesa.
- As condições da ação não se fala mais em impossibilidade jurídica - foi tirada pelo CPC de 2015.
- Art. 336 do CPC: principio da eventualidade: impugnar toda a matéria de fato para não entender como
pacifica aquela alegação do reclamante.
- Impugnação específica: art. 341 que diz que o réu deve se manifestar precisamente sobre as alegações
do autor. Se encontra com o principio da eventualidade.
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- Art. 339 CPC: dá oportunidades para o reclamante corrigir a situação de ilegitimidade do reclamado
- Art 341: matérias que podem ser arguidas após a contestação - exceção a ideia de que toda matéria
deve ser arguida na contestação.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
- Reconvenção: não há previsão da reconvenção na CLT. Alguns dizem que é um silencio eloquente, mas
é uma opinião minoritária. Ela é uma forma de dar agilidade ao processo. Ela é aplicada
subsidiariamente no DPT. É pouco utilizada na prática.
PROVA
I- Conceito: é a demonstração das alegações apresentadas pelas partes, utilizando-se dos meios de
prova legais e moralmente legítimos com o objetivo de influenciar no convencimento do julgador.
Os meios legais são os meios tipificados no código e os moralmente legítimos são os que não previstos
no código podem ser utilizadas (gravação feita por um dos dois interlocutores). Art 369, 370: A prova vai
influir na convicção do juiz. O juiz deve agir de oficio, na necessidade de saber exatamente o que
aconteceu, determinando as provas necessárias ao julgamento do mérito. Vai indeferir a produção
quando perceber serem inúteis ou protelatórias.
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o
pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.
. Conceito relativo: tem que considerar o momento e local da decisão e deve ser analisado
pelo juiz se aquele fato realmente é notório ou não.
Ex: art 456 da CLT, §único. Anotou a carteira como serviços gerais, se obriga a todo serviço que
tenha a ver com serviços gerais.
Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da
carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em
direito.
a. Direito municipal, estadual, estrangeiro, consuetudinário (art 376 do CPC 15). Necessidade de
sua comprovação/ Exigência do juiz. - a parte pode ter que provar.
a. Art 818 da CLT e 373 do CPC15- principio lógico do ônus da prova. É o ônus da prova estático,
com critério legal. Independe do caso concreto. Fato constitutivo: reclamante. Fato modificativo,
extintivo ou impeditivo do direito: reclamada. "Quem alega tem que provar". Princípio
lógico/regra de julgamento/previsão legal.
b. Inversão do ônus da prova - art 6º, VIII do CDC - judicial a inversão no DPT: recibos, cartões de
ponto - hipossuficiência e verossimilhança. (sumula 338 do TST): é possível por construção
jurisprudencial inverter o ônus da prova para atender ao principio da proteção. Ex: mais de dez
empregados o empregador faz a prova da jornada de trabalho. A teoria invertida do ônus da
prova. É feito a priori, independente do caso concreto.
Súmula nº 338 do TST: I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada
dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual
pode ser elidida por prova em contrário.
C. Teoria dinâmica de inversão do ônus da prova - caso concreto (facilidade e aptidão para a
prova). - vai depender do caso concreto. O que tem mais dificuldade e o que tem mais aptidão
para produzir a prova. É adotada no NCPC. Cai em um certo subjetivismo e insegurança jurídica, e
pode levar a virar regra no direito do trabalho, quando na verdade tinha que ser exceção. Art.
373, 375 e prova emprestada quando traz a prova de outro processo - vai depender do juiz. Desde
que observado o contraditório.
Diverge a doutrina se o ônus deve ser fixado na instrução ou na ocasião do julgamento. O código
adotou o ultimo entendimento, a parte deve ser comunicada de que ela terá que se desincumbir
do ônus da prova.
Regras de experiência: a exposição de motivos do código diz que o juiz deve estar rente à experiência.
Prova emprestada: positivada no art 872 do CPC. Eficácia extraprocessual da prova. Nesse caso há
necessidade de que os fatos sejam semelhantes e que seja garantido o contraditório. Nada impede ao
juiz fazer um juízo sobre a prova emprestada.
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MEIOS DE PROVA
1. INTERROGATÓRIO
a. Determinado de ofício (art 139, VIII CPC/15): faculdade do juiz (art 848 da CLT):
- interrogatório (pode se de oficio, ferramenta do juiz e muitas vezes é utilizado para reduzir
o tempo do processo. Se o juiz puder proceder ao interrogatório na primeira audiência, isso
já o ajuda a diminuir o tempo do processo. É uma ato de busca da verdade real, por isso não
precisa dar satisfação às partes.
d. Esclarecimento sobre os fatos da causa/mediatamente a confissão: o juiz não é inerte, ele tenta
se esclarecer sobre os fatos e quando ele interroga não está na busca da confissão mas de saber
os fatos. Entretanto o interrogatório pode geral a confissão (art 385 CPC)
a. Requerido pela parte contrária: direito processual das partes, tem que deferir. Mesmo se o juiz
tiver interrogado, seu interrogatório pode ter sido incompleto.
c. Único
Na própria audiência inicial pode constar uma determinação/intimação de que as partes deverão
comparecer na segunda audiência sob pena de confissão. Pode determinar por despacho
também.
b. Judicial e extrajudicial: a confissão extrajudicial vai ter validade quando ela é ratificada em
juízo, passa pelo crivo do juíz.
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II. O juiz não é obrigado a deferir novas provas se já existem provas pré constituídas e confissão
ficta.
A confissão não decorre somente da revelia, pois ambas as partes estão sujeitas à confissão.
4. PROVA DOCUMENTAL
- Oportunidade de produção da prova (art 787 e 845 da CLT e 434 e 435 do CPC): em regra
geral apresentados com a inicial, na própria audiência - o CPC determina a concentração de
provas da audiência . Ele diz que hoje em dia não se tem mais um prazo tão rigoroso pois as
audiências de instrução estão sendo marcadas muito para frente.
Súmula 8 do TST: fato posterior ou não foi possível produzir a prova: o documento pode ser
juntado até na fase recursal. Mas deve estar enquadrado nos requisitos da sumula 8.
Ele reconhece do recurso, mas não reconhece dos documentos (ele não pede para
desentranhar com certidão nos autos) - para não dar margem para cerceamento de defesa.
- Aceitação do documento (em cópia como prova - sua autenticidade - art. 830 da CLT): dá
ao advogado uma certa fé pública, o coloca no nível de um servidor. - Faz referencia ao
artigo 133 da CF - prova da essencialidade do advogado. Quem declara a autenticidade do
documento é o advogado, e não a parte.
- Incidente de falsidade: art 430/433 do CPC: o documento é tido por não verdadeiro ou
possui algum tipo de fraude. Não suspende o andamento do processo. Art. 430: suscitada
na contestação, réplica, ou 15 dias.
5. PROVA PERICIAL
É uma prova cara, que atrasa o desfecho do processo, é utima ratio (evitada até quando puder). O juiz
não pode transferir para o perito o exercício da sua jurisdição. O CPC novo veio com muitas mudanças.
a. Perito: art 156 a 158 CPC/15: exige que os tribunais mantenham um cadastro de peritos e
restringe os magistrados a esses profissionais. Juiz so pode nomear de livre escolha se não tiver
perito cadastrado em sua jurisdição. Mas a lei 5584/70 diz no art. 3º que cabe ao juiz nomear o
perito - que é uma legislação trabalhista e está no mesmo patamar da CLT.
b. Modalidade de perícia:
c. Procedimento: Art 464/480 CPC/15 - art. 3º § único da lei 5584/70: pericia técnica simplificada
tem a mais ampla aplicação no processo do trabalho. O prazo é o tempo de realização do ato
processual.
Partes tem o prazo de 15 dias para indicar assistente, quesitos, ou arguir suspeição e
impedimento o perito.
Art. 466: Termo de compromisso assinado pelo perito: alguns achavam que dava uma solenidade,
mas não precisa mais.
471: novidade do código - perícia consensual. Ele tem dúvidas se é aplicável ao processo do
trabalho. Afasta a perícia do juízo.
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473: laudo deve conter:... O perito vai ter que seguir um check-list para responder aos quesitos. O
perito deve apresentar as fundamentações com linguagem simples.
Art. 3º da lei 5584 - prazo para o assistente técnico apresentar seu laudo é o mesmo do perito,
diferente do que diz o CPC.
O juiz não está vinculado ao laudo, mas se desconsidera ele deve explicar o porquê.
É de ofício, iniciativa do juiz, como o interrogatório. Tem aplicação subsidiária no processo do trabalho.
É aplicável ao DT pois o juiz do trabalho é ativista, procura entender mesmo a realidade. Em função do
principio do inquisitório.
a. Fundamentos:
- Decorre do inquisitório
b. Características:
- Acessória ao juiz: feito pelos que trabalham com ele - quadro de servidores da unidade em que o
juiz tem jurisdição
- Presença obrigatória das partes: a quem entenda que isso possa ser sanado, pois depois elas vão
ter vista do laudo de inspeção.
- Autos circunstanciados podendo ser instruídos: todos os elementos que o juiz encontrar pode
agregar ao auto de inspeção judicial - preferencialmente logo após.
7. PROVA TESTEMUNHAL
No plano ideal a testemunha seria imparcial, relataria os fatos como de fato aconteceram. Mas essa
imparcialidade é relativa. Presume-se que a testemunha conheça os fatos.
a. Inquirição das testemunhas pelo juiz - art 820 da CLT (art 11 IN39/2016 do TT): a inquirição é
feita pelo juiz, diferente do novo CPC.
No caso de litisconsórcio ativo eles teriam direito a somente 3 testemunhas (pq foi uma escolha),
mas no caso de litisconsorte passivo, como não foi sua escolha, poderiam cada um deles levar suas
testemunhas. Outros entendem que cada um pode levar 3 testemunhas quando houver
litisconsórcio. Na prática se resolve com o dialogo.
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas
pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
822: O comparecimento não pode dar causa a descontos, pois estão prestando um serviço à
justiça.
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido
pelas demais que tenham de depor no processo.
824: por isso a testemunha é ouvida e não sai da sala até o fim.
d. Qualificação das testemunhas - art 828 CLT: verificar se a testemunha realmente está apt a
depor, não sem suspeição nem favorecimento.
e. Ausência do compromisso / informante - art 829 da CLT - súmula 357 do TST: causa de
impedimento objetivo - não precisa fazer juízo de valor, causa de suspeição (indireto - amizade
intima, etc). caracterizado o impedimento ou suspeição a testemunha ainda vai ser ouvida, mas
como informante. Ele considera que ainda que configurado, não te norma faculdade do juiz ouvir
ou nai, a pessoa deve ser usado como informante. O artigo não distingue impedimento de
suspeição, mas há duas opções de um e uma opção do outro.
a. Impedimento à oitiva da testemunha (art 447 CPC): não mudou muito em relação ao CPC
anterior. Este artigo complementa o 829 CLT. Quando a testemunha é impedida, ele prefere ouvir
como informante, pois aquela informação pode ser importante no conjunto da prova, para o
tribunal, pode ter que voltar pra 1ª instancia para só pra ouvir a testemunha, etc.
b. Apresentação Do rol de testemunhas: art 450 CPC: a testemunha tem que ser bem identificada,
da forma mais completa possível.
c. Substituição da testemunha: art 451 CPC: hipóteses em que a parte pode substituir a
testemunha.
454: pessoas gradas - cargos que permitem que as pessoas sejam ouvidas em casa ou no local de
trabalho.
455: a carta convite no sumaríssimo é pressuposto para intimação, essa intimação do advogado
no CPC lembra o convite feito no rito sumaríssimo do direito do trabalho.
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d. Procedimento de inquirição da testemunha (art 456 a 459 CPC): 456: circunstância que pode
alterar a ordem da oitiva da testemunha: pelo ônus da prova - ex: se a empresa alega justa causa,
o ônus é dela.
457: contraditar a testemunha. Se houver contradita, o juiz suspende a audiência e vai analisá-la.
Se indeferir, vai tomar o depoimento da testemunha, se deferir a contradita, pode ouvir a
testemunha na forma da lei. A testemunha pode confessar o impedimento também. Incapazes
também serão ouvidos como informantes.
459: advogados fazendo as perguntas: não se aplica ao processo do trabalho, pois a inquirição é
exclusiva do juiz.
§3: se a parte requerer e o juiz não transcrever, a parte deve protestar para provar o cerceamento
de defesa.
461: Testemunhas referidas: testemunha mencionada no depoimento e que pode ser levada a
juízo pelo próprio juiz.
Súmula 357 do TST: não torna suspeita a testemunha litigar ou ter litigado contra o empregador.
O fundamento é que o fato de você propor ação não te impede de depor. Cabe ao juiz ser crítico
nessa situação, se não poderia ser um litisconsórcio ativo.
SENTENÇA (DECISÃO)
Temos uma declaratória no meio do processo no caso de incidente de falsidade (caso de documentos
falsos).
É ato privativo do juiz e personalíssimo do magistrado, entretanto, deve seguir os requisitos legais e
formais de validade.
Antigamente se dizia que a sentença põe fim ao processo, o que não é verdade, pois ela só põe fim ao
primeiro grau. A sentença passou a ser definida pelo seu conteúdo.
- Conceito legal: art. 203 §1º CPC/15. Definição da sentença pela finalidade e conteúdo.
O código novo incorporou as duas formas de definir sentença, criando um conceito que abarca tanto a
finalidade quanto o conteúdo.
Com o art. 366 o prazo para que seja proferida a sentença foi elastecido para 30 dias, o prazo para
despacho foi para 5 dias.
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no
prazo de 30 (trinta) dias.
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Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a
apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
. Decisões interlocutórias: art. 893 §1º CLT - somente são apreciados na decisão definitiva. Por
isso o protesto é tão importante para a JT.
. Despachos: 712, alínea c da CLT - acho que está errado porque fala sobre secretaria.
- Natureza jurídica: ato de justiça/ato de vontade/ato de inteligência. - a lei é o que o juiz diz que ela é
naquele caso concreto. A decisão é prospectiva, pode servir de embasamento para a decisão em outros
casos. A sentença é um ato complexo, um misto de ato de inteligência, de aplicação da vontade da lei ao
caso concreto e de justiça.
Ato de vontade: juiz vai traduzir a vontade da lei ao caso concreto por mera subsunção ou por criação
de lei, quando não existir previsão para aquele caso. Atendimento à vontade da lei.
Ato de inteligência: ato de lógica, que se faz ver por meio das premissas. O juiz faz a análise detida dos
fatos, critica ao direito e propõe a conclusão, declarando a cada um o que é seu por direito.
Ato de justiça: a decisão fundamentalmente é um ato de justiça, ela deve comportar certa subjetividade.
Além de valorar os fatos e subsumi-los à lei, fará a interpretação do ordenamento jurídico de forma
justa e equânime, atendendo não só aos ditames da justiça no caso concreto, mas ao bem comum.
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação
das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a
identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências
havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e
de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
. Fundamentação (art 93, IX CF e art. 11 do CPC) - aqui fica evidenciada a formação ideológica,
filosófica, política do juiz. Deve ser motivado e deve ter publicidade:
c. Funções extra e endo processual. A motivação tem o aspecto endoprocessual que tem a
ver com as partes e o endoprocessual para o tribunal, que vai ver os erros e acertos do juiz.
O aspecto extraprocessual tem a ver com a sociedade saber o porque o juiz decidiu daquela
forma.
A partir do momento que o agente jurídico invade a esfera jurídica do jurisdicionado ele
tem que fundamentar a sua decisão.
Art. 489 CPC: o juiz passa a ser controlado, tem que observar os requisitos desse artigo.
Mas ele acha que não se aplica ao processo do trabalho, pois o art 832 da CLT (fala o que
deve constar da decisão) seria o suficiente. Deve só ser fundamentada e concisa.
A sentença tem que ter, ainda, custas e recolhimento previdenciário (quando as parcelas forem
de natureza salarial).
. Vícios da decisão
b. Decisão além, fora e aquém do pedido (OJ 41 da SDI 2 do TST): citra, extra e ultrapetita.
Deve-se observar o princípio da congruência, se ater só ao que foi pedido pois a jurisdição
deve ser provocada. A jurisdição só age por provocação.
41. Ação rescisória. Sentença “citra petita”. Cabimento. Revelando-se a sentença "citra petita", o vício
processual vulnera os arts. 141 e 492 do CPC de 2015 (arts. 128 e 460 do CPC de 1973), tornando-a
passível de desconstituição, ainda que não interpostos embargos de declaração.
- Súmula 197 do TST: quando o juiz marca a sentença, entrega na data certa, se a parte foi intimada da
data da sentença, não precisa mais ser intimada da sentença.
PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: O prazo para recurso da parte que, intimada,
não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua
publicação.
Se a secretaria mesmo assim intimar as partes, qual data prevalece? Há quem entenda que induziu a
parte a erro, então prevalece a intimação da secretaria. Mas há quem entenda (ele) que um ato de
secretaria não pode ser mais importante do que o que esta previsto na ata.
60
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos
neste Título:
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados
por decisão judicial;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior
Tribunal de Justiça;
RECURSOS
- Conceito: é meio processual, utilizado pelas partes ou terceiros, na mesma relação processual para
aperfeiçoar, anular, ou reformar uma decisão. - o que diferencia o recurso de outros meios de
impugnar uma decisão é que ele é feito na mesma relação processual.
A ação rescisória instaura uma nova relação processual, o recurso não. O recurso é uma forma da parte
demonstrar o seu inconformismo com a decisão, mas tudo na mesma relação processual.
Observação: as partes usam e abusam dos Embargos de Declaração. Eles são recursos de primeira
instância e têm como objetivo aperfeiçoar uma decisão. Ocorre quando a sentença é contraditória,
omissa ou obscura.
Os recursos comprovam uma extensão ao direito de acesso à justiça, porém com o procedimento
diferenciado, enquanto que o procedimento em primeiro grau, existem as audiências, as provas são
coletadas etc., no recurso não. As provas no recurso serão avaliadas ou reavaliadas. Não há
propriamente uma audiência, por exemplo, para colher provas pois elas já estão no processo.
- São, também, uma forma de controle dos atos jurisdicionais pelas instâncias superiores.
- Princípios:
1. Taxatividade / legalidade: eles tem previsão legal, não posso inventar recurso. (Regra geral
encontrados no art. 893 CLT).
Art. 893 CLT- Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos; II - recurso
ordinário; III - recurso de revista;IV - agravo.
Hoje, esse princípio decorre do sistema processual, mas no Código de Processo Civil de 1939 este
princípio era expresso no art. 809 CPC/39.
Esse princípio está ligado diretamente com a preclusão consumativa. Significa que se eu tenho
uma decisão contra os meus interesses e eu vou recorrer, e se eu recorrer no terceiro dia e o
prazo do recurso é de 8 dias, seu depois eu quiser complementar o recurso, não poderei recorrer
no sétimo dia, ou mesmo último dia, porque eu já pratiquei o ato.
3. Fungibilidade: permite que utilize um recurso por outro desde que apresentado no prazo do
recurso que estou substituindo. Tem que haver uma dúvida objetiva (da jurisprudência ou da
doutrina) - não pode ter um erro grosseiro nem má fé.
Mas a fungibilidade para que ela ocorra, deve a parte, interpor o recurso ela acredita ser o correto
e com os requisitos também corretos, dentro do prazo legal.
Art. 810. Salvo a hipótese de má-fé ou erro grosseiro, a parte não será prejudicada pela
interposição de um recurso por outro, devendo os autos ser enviados à Câmara, ou turma, a que
competir o julgamento
4. Irrecorribilidade imediata das interlocutórias: são recorríveis, mas não de imediato. Súmula
214 é a exceção.
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Art. 893, §1º - CLT: § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,
admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da
decisão definitiva.
Quando uma decisão interlocutória me é desfavorável, eu tenho que protestar para não precluir.
E quando eu for recorrer, vou recorrer também dessa decisão interlocutória. Exemplo: acontece
com provas. Muitas vezes quando o juiz indefere uma prova, esse indeferimento acaba por
interferir no julgamento. As vezes aquela prova iria provar o direito.
5. Reformatio in pejus: a decisão não pode agravar a situação da parte que recorre. Pois o
objetivo da parte é melhorar.
1. Efeito devolutivo: Regra geral do processo do trabalho, mas não é a regra geral do CPC novo.
PT: sumula 393 - em que extensão o tribunal pode apreciar a matéria. Extensão:
a. Horizontal: da parte. Ela escolhe contra quais condenações vai recorrer, se não recorre
quanto aquele ponto o tribunal não pode apreciar.
Art. 899 – CLT Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a
penhora.
3. Translativo: quando o tribunal analisa matéria de oficio (matéria de ordem pública) por forca da
interposição do recurso. Alguns acham que é um efieto devolutivo em profundidade. devolução
ao tribunal das questões que podem ser examinadas de ofício, ainda que não apreciadas pelo juiz
a quo.
Art. 1.008 CPC/2015 O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que
tiver sido objeto de recurso.
- Admissibilidade do recurso: São os pressupostos que devem ser preenchidos para que o mérito seja
apreciado. Se os pressupostos estiverem preenchidos o mérito será analisado, caso contrário não será
analisado o mérito.
O endereçamento do recurso na petição será ao juiz que proferiu a decisão, pedindo que o recurso seja
encaminhado ao Tribunal para exame da matéria. Junto a essa petição de encaminhamento, serão
apresentadas as razões recursais, ou seja, as razões pelas quais a parte está insatisfeita com a decisão
do juiz.
Então o recurso é interposto em primeiro grau e as razões recursais deverão ser encaminhadas ao
Tribunal.
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
1. Cabimento: nem todas as decisões são recorríveis: despachos decisões interlocutórias não são,
o dissídio de alçada é só matéria constitucional.
Sumula 197: juiz encerrou dia 10 e marcou julgamento dia 20, a parte não precisa ser intimada.
Mandato tácito: o advogado que comparece na audiência, só precisa constar seu nome na ata.
Não se admitia a regulação da procuração na fase recursal: mas com o novo CPC ela foi
modificada
Súmula 383 TST: I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual
período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não
se conhece do recurso.
5. Preparo: despesas necessárias a atos de interposição dos recursos. O depósito recursal é devido
quando houver condenação. Súmula 161 TST e visa a garantia da execução.
Custas: taxa, o serviço de prestação jurisdicional que justifica o pagamento. 2% sob o valor da
condenação. Art. 789. Prazo das custas é o prazo do recurso. Art. 789, §1º CLT.
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Se recolhe a menor? Ele acha que no PT como fala que teria a deserção do recurso, ele acha que o
CPC não é aplicável. Súmula 126 TST.
Súmula 422: recurso tem que ser fundamentado. É possível apresentar por simples petição para o
TRT, eu acho.
OJ 120 SDI-1 quando a petição de encaminhamento ou as razoes de recurso não forem assinadas,
ainda assim ele pode ser recebido.
Nos procedimentos sumários (dissídios de alçada) também não cabem recursos, mas caberá quando
houver matéria constitucional.
Em regra, não são recorríveis: as decisões interlocutórias, dissídios de alçada (sumário) e despachos.
RECURSO ORDINÁRIO
No seu âmbito posso reapreciar a matéria de fato e a prova - ampla análise. Tem devolutividade ampla.
Guarda semelhança com a apelação do cível.
- Características:
a. Devolutividade ampla
c. Natureza ordinária
AGRAVO DE PETIÇÃO
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- Conceito: é o recurso que tem por objetivo impugnar as decisões na execução. Discute-se na
jurisprudência sobre as decisões que estariam sujeitas ao agravo - terminativas. Se não tiver como
prosseguir depois da decisão do juiz ela é agravável.
Regra geral é das decisões que julgam os embargos à execução, mas também é possível da decisão que
extingue a execução.
Os embargos da execução são propostos depois de garantido o juízo. Da decisão do juiz que julga os
embargos vai caber agravo de petição.
Outra possibilidade é quando o juiz extingue a execução e a parte contraria entende que há necessidade
de corrigir os valores.
- Cabimento: decisões que julgam embargos / extinção da execução/decisão que acolhe a exceção de
pré executividade ( da que rejeita, não cabe AP).
- Pressuposto específico: art. 897 §1º CLT: necessidade de impugnar as aterias e os valores. Caso não
seja feita, é a hipótese de não receber. Tem que dizer em quais aspectos há a necessidade.
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas
execuções;
AGRAVO DE INSTRUMENTO
- É o recurso interposto dos despachos que denegarem seguimento aos recursos. Art. 897 CLT - Serve
para destrancar recurso. Na JT o RO é endereçado ao juiz de 1º grau. Se ele não receber o recurso, vai
caber agravo de instrumento - tanto RO quanto RR.
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a
interposição de recursos.
- Formação do instrumento: relaciona-se com o recurso principal, art 897 §5º da CLT- a juntada das
peças deve ser de forma completa para permitir, caso o agravo seja provido, a análise do recurso
ordinário.
- Autenticação das peças em mandato tácito - OJ 286 SDI-I TST - a presença de advogado em audiência
configura mandato tácito do mesmo, não sendo necessária apresentação de procuração para
interposição de recurso.
- Preparo - Depósito recursal: 50% do valor do depósito do recurso principal - exceção artigo 899, §8º.
RECURSO DE REVISTA
- Hipóteses de cabimento: Alíneas a a c, do art. 896 da CLT bem como caput do mesmo artigo.
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro
Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal
Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição
Federal.
Juízo de admissibilidade é feito pelo (vice?) presidente do TRT, que não é vinculante e será feito
novamente pelo relator ou a quem ele couber.
- Objetivos:
. Uniformização da jurisprudência,
- Principais aspectos:
1. Efeito devolutivo - art 896, §1º da CLT; - a regra geral é o efeito devolutivo, que permite o
prosseguimento do processo. Fundamental para que o processo não fique paralisado.
O artigo vai falar ainda como deve ser a forma do recurso de revista. Tem que explicitar no seu
corpo a divergência para facilitar para o TST.
2. Uniformização da jurisprudência pelos TRTs - art. 896 §3º da CLT; hoje em dia nos plenos
praticamente perdemos uma boa parte deles editando sumula. Se é verificada uma divergência no
tribunal, ela tem que acabar.
3. Recurso de Revista na execução - art. 896 §2º - sua interposição fica ainda mais limitada. Só é
possível se houver ofensa à CF.
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§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em
execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.
4. Recurso de revista no sumaríssimo - art 896 §9º - o objetivo do sumaríssimo foi estancar o
processo e encerrá-lo o mais rápido possível.
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista
por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
5. Recurso de revista afetado no rito do recurso repetitivo - art. 896 c - possibilidade de afetar o
recurso quando ele for de matéria repetitiva, possibilidade que vem na mesma linha do código
novo. É a jurisprudência defensiva no sentido de criar mecanismos de analisar o processo de forma
coletiva para o judiciário não ficar "enxugando gelo".
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de
direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal
Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos
Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a
existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do
Tribunal
- Transcendência - art. 896-A - como se fosse uma repercussão geral, mas não está regulamentada pelo
TST. Funciona como um filtro para o RR, a fim de impedir que certos recursos, que não tenham
repercussão para a coletividade, sejam admitidos.
EMBARGOS NO TST
- O objetivo é uniformizar a jurisprudência no âmbito desse tribunal. art 894 da CLT - uniformiza
jurisprudência no TST. - as decisões dos embargos vão dar origem às OJ
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios
Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
- Modalidades:
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. Infringentes: inciso I, alinea a do art 894 da CLT- SDC - são os embargos dirigidos ao TST
que tem por objeto modificar a decisão proferida pelo TST em dissídios coletivos não
unânimes, de sua competência originária.
. Divergentes: inciso II do art 894 da CLT - SBDI-I - uniformizar a matéria no âmbito do TST.
Procuram uniformizar a interpretação da legislação da competência do Tribunal Superior do
Trabalho no âmbito da Seção de Dissídios Individuais que julga os recursos referentes aos
conflitos individuais trabalhistas.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
- Características:
5. Repercussão geral - art 102, §3º da CF - importância social, econômica, etc. O fundamental é o
pré questionamento e a devolutividade não é ampla. É semelhante à transcendência exigida no
RR.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
- Previsão: art 897-A - com finalidade específica - pré questionamento - interrupção do prazo para
apresentação do recurso quando conhecidos.
Servem também para discutir pressupostos extrínsecos do recurso (ex: decisão do juiz disse que era
intempestivo, quando era tempestivo).
- OJ 142 SBDI-I - os embargos tem efeito modificativo. Isso significa que podem modificar o julgado.
Súmula 278 do TST.: tem que dar vista a outra parte quando houver efeito modificativo na decisão.
Contraditório no âmbito dos embargos de declaração que acolhe uma jurisprudência do STF.
- OJ 192 da SBDI-I do TST - prazo em dobro (pessoa jurídica de direito público): reforça a natureza
recursal dos embargos - eles são recurso.
-São cabíveis das decisões interlocutórias? Existe uma discussão. Há quem entenda que se o objetivo é
entregar a melhor decisão possível, poderia embargar. Mas há quem tenha uma visão mais restritiva.
Art. 589 - o NCPC prevê as hipóteses e deixa muito aberto. Para ele isso não se aplica ao processo do
trabalho pois compromete a celeridade do processo.
RECURSO ADESIVO
- Art 997 do CPC/15, sumula 283 TST: modalidade de interposição de recurso. Ele segue a sorte do
principal, o procedimento, seu destino e consequências, mas ao mesmo tempo sua matéria não precisa
ser a mesma.
É possível desistir de recurso sem a anuência da outra parte. Só não é possível se tiver ..?
. Recurso principal
PEDIDO DE REVISÃO
- Recurso praticamente em desuso, pos hoje em dia dificilmente o valor da causa será fixado pelo juiz do
trabalho.
- O juiz fixa, caso o autor não o faça, pois o valor da causa é requisito da inicial trabalhista. Se a parte
impugna o valor e mesmo assim o juiz o mantém, cabe pedido de revisão.
- Art. 2º da lei 5584/70: prazo sui Genesis para discutir o valor da causa. Procedimento sumário- para
caber recurso a matéria tem que ser constitucional.
- Finalidade de impugnar as decisões monocráticas proferidas pelos relatores das turmas dos TRTs e do
TSTque negarem seguimento ao recurso , e também do juiz corregedor nas correições parciais.
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Decisões como deferir ou indeferir liminar, impugna as decisões monocráticas dentro do tribunal.
Principio da taxatividade dos recursos: como eles podem ser fixados por regimento interno? Pq ele faz
parte da família do agravo de instrumento, por isso é possível sua previsão no regimento interno.
RECLAMAÇÃO CORRECIONAL
- Correição parcial: quando há um erro de procedimento, não pode ser analisado o mérito. Quando o
juiz desvia do procedimento, quando ele cria.
- É a interferência direta do corregedor. Nas reclamações, ele atua como investigador e quem decidirá é
o pleno.
OBS No processo do trabalho continua tendo análise de admissibilidade pelo juiz de 1º grau, mesmo que
o novo CPC preveja diferente agora.
LIQUIDAÇÃO
- Liquidação de sentenças: serve para saber a quantificação da condenação. Havia uma discussão se ela
era um procedimento prévio à execução ou se ela complementa o titulo da fase de conhecimento.
Art 879: faz referência às modalidades de liquidação, mas não as conceitua nem trata dos seus
procedimentos.
§2º: procedimento - as partes são intimadas dos cálculos, se não se manifestam, está preclusa a
oportunidade de discutir o valor.
- Espécies:
1. Por cálculo: será feita quando a apuração do montante depender apenas de operações
aritméticas. É a melhor e mais importante. Art. 509, §2º e 3º e 504. Muitas vezes as partes
apresentam os cálculos.
2. Por arbitramento: consiste no exame ou vistoria pericial de pessoas ou coisas, com a finalidade
de apurar o quantum relativo à obrigações pecuniárias que deverá ser adimplida pelo devedor.
Ou, em determinados casos, de individualizar com precisão o objeto da condenação. O juiz não
tem condição de verificar o valor de um determinado bem. Ex: empregado recebia mensalmente
uma cadeira que foi julgado como salário in natura que deverá ser quantificado para saber o valor
a ser integrado no salário. Deve ser evitado pois é mais onerosa. Se o juiz fixar a liquidação por
arbitramento mas verificar na execução que pode ser feita por cálculo, pode mudar.
3. Por artigos: incube à parte articular em sua petição aquilo que deve ser liquidado. Quando
tenho que provar o fato novo e complementar a prova produzida na fase de conhecimento. Ex:
motorista de empresa interestadual, muitas vezes os juízes apuram que existem h. extras mas não
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sabe quantificar. Aqui o adv vai dizer que no trajeto de tanto a tanto cumpria tal jornada e quer
provar que fazia 2 horas extras. Ela praticamente repete um conhecimento. A melhor
denominação seria procedimento comum.
EXECUÇÃO
- Conceito: conjunto de atos processuais praticados para satisfação de titulo judicial ou extrajudicial de
competência da justiça do trabalho. - ela tem por suporte o título que vai permitir que ela seja
processada
- Princípios:
a. Ausência da autonomia - pela possibilidade de ser iniciada de oficio (art. 878 da CLT), apesar
da citação. - pode ser instaurada de ofício e não pode ser lida de forma isolada. Apesar da
existência de citação na execução, que não é para formar um novo processo, mas para mandar
pagar
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou
Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
c. Titulos executivos judiciais e extrajudiciais - art. 876 da CLT - art 13 da instrução normativa 39
do TST. (cheque e nota promissória - art. 784, I do CPC). - previstos no 876 da CLT. Judiciais:
sentenças e acordos. E extrajudiciais: olhar no artigo. Instrução normativa: não pode ter este
caráter normativo e não fundamentou porque uma norma aplica e a outra não. Fixou títulos
extrajudiciais com base no 784 do CPC colocando o cheque e a nota promissória dentro. O que
deveria ser por lei. Tem um projeto querendo ampliar os tit. Extrajudiciais, como o TRCT.
e.1 Ativa: credor, união, sucessor e MPT - o código permitiu dentre os que tem legitimidade
para recorrer, o MPT tanto quando for órgão agente como quando for fiscal da lei. O MPT
pode ser executado também
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de
citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as
cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de
contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a
execução, sob pena de penhora.
3. Citação por edital, caso não seja encontrado o executado. - essa citação por edital
no PT acontece em 2 situações: quando causa embaraço ou quando é local incerto e
não sabido.
Art. 882 - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução
mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou
nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do
Código Processual Civil.
2. Bens a penhora observada a ordem do art 836 CPC/15 - a parte escolhe os bens a
serem penhorados e tem que haver a concordância da outra parte.
g. Penhora: conceito: ato praticado na execução com a finalidade de vincular determinados bens
ao processo para satisfação do crédito do exequente
b. Efeitos: individualizar bem/bens, garantir o juízo; tornar ineficaz a alienação dos bens
constritos.
Penhora - fase intermediária da execução. Quando não há nomeação de bens, nem o pagamento é feito
de forma voluntária. Forma de individualizar o bem.
Online: é uma forma de acelerar a execução e torná-la efetiva. Foi construção jurisprudencial que teve
uma grande resistência em certo momento, mas ela é uma modalidade de penhora que dá efetividade à
execução e passou a estar positivada no CPC no art. 854. Aplicação financeira ou a conta ficam
imobilizados e a quantia transferida para a contra do juízo que vai garantir a execução.
Bens impenhoráveis art 833 CPC. Inciso II - discutível, pois é muito subjetivo. Inciso IV: vencimentos,
salários, etc. Grande discussão quando há situação de periclitância. OJ 156 SBDI-II. Inciso V Diz respeito a
pessoa física. Inciso X - ele acha que não aplica esse objetivo pois é errado ter poupança enquanto deve a
outra pessoa.
Quem avalia os bens? O oficial de justiça - chamado oficial avariador. Antes havia uma fase de
avaliação, feita por um avaliador. Art. 721 da CLT, é bom ser feito por oficial de justiça pq tira uma fase.
Quando houver uma divergência muito grande, ou o bem for muito fora da curva, pode se questionar a
avaliação feita pelo oficial. É uma situação excepcional - art 13 da lei 1630/80.
Responsabilidade: o depositário infiel não pode ser preso (olhar a súmula - questão de direitos
humanos).
Ele pode responder civilmente por perdas e danos e, segundo, sua conduta como ato atentatório
à dignidade da justiça. Art. 161, § único do CPC: crime de obediência pois não cumpriu a
determinação do juiz de guarda dos bens.
- Nomear como depositário o empregado da empresa: questão complicada e deve ser evitada. Se
a pessoa sai da empresa, não sabe a destinação do bem .
. Previsão: no DPT tem previsão no artigo 884 da CLT com a matéria objeto dos embargos,
podendo ser arguidas as matérias contidas nos art. 525 e 917 do CPC/15.
Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para
apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.
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- Matéria: prescrição, acordo, quitação da dívida, etc. Está no art. 884 e subsidiariamente os art.
525 e 917 do CPC.
Prazo de 5 dias a partir da penhora dos bens para embargar. O juiz na execução julga os
embargos e a impugnação do exequente. O exequente pode impugnar a liquidação,
enquanto o executado pode embargar. O juiz julga os dois na mesma decisão.
. Aplicação no DPT: sumula 327 STF - entende que se aplica. Art. 884, §1º fala como
matéria dos embargos a prescrição só pode ser a intercorrente. Alguns argumentam que
esta súmula está ultrapassada, pois o supremo não tem mais reconhecido dessa matéria
por achar que ela é infraconstitucional. Se o supremo considera infraconstitucional, quem
deve decidir é o TST.
. Não aplicação no DPT: sumula 114 do TST e execução de ofício (art. 878 da CLT) - o juiz
executa de ofício, indicando que não existe a prescrição intercorrente pois ele esmo pode
praticar os atos para dar seguimento à execução.
. Execução fiscal: art. 40 §4º lei 6830/80 - LEF - não há divergência, a prescrição
intercorrente se aplica.
. Prazo para embargos da fazenda pública: prazo dilatado de 30 dias. (MP 2180) - a
medida provisória fixou o prazo. Em setembro de 2013 o TST suspendeu a declaração de
inconst. Dessa MP até manifestação do STF. O STF até o julgamento da ADC 11, prevalece o
prazo de 30 dias. Os artigos 535 e 910 do NCPC conferem o prazo de 30 dias. A discussão se
há constitucionalidade ou não da MP pq não é matéria de urgência cabe so no DPT, não no
DPC.
Correntes:
a. Não admite: posição mais restritiva e fiel aos princípios do processo do trabalho.
c. Questões envolvendo pagamento, com a admissão de forma mais ampla: situação que
não é rigorosamente de ordem pública.
Efeitos:
a. Decisão de rejeita a exceção: Não cabe recurso (decisão interlocutória) - a parte tem que
garantir o juízo e se for o caso entrar com embargos de execução.
b. Decisão que acolhe a exceção (agravo de petição) e põe fim à execução: então vai caber
agravo de petição - tem um pressuposto que tem que especificar o valor e a matéria.
3. Embargos de terceiro (art 674 a 681 do CPC/15): meio processual utilizado por terceiro, que tenha sua
posse perturbada por ato judicial.
Previsão: não tem na CLT - segue o CPC por força dos arts. 769 e 889 da CLT. Principalmente arts. 674 e
677 do NCPC.
Art. 674 teve o caput alterado dizendo que quando houver constrição de quem é não é parte, ele pode
pedir o desfazimento. Fala quem é o 3º. Só é possível desconsiderar personalidade jurídica no CPC novo
quando for apresentado incidente, como ele não fez parte, ele pode embargar (WTF?)
677: procedimento. É uma situação complicada, poderia haver ius postulandi em embargos de terceiro?
O sócio ele tem legitimidade para apresentar embargos de terceiro, se houve desconsideração da
personalidade jurídica? No processo do trabalho não existe incidente de desconsideração da
personalidade jurídica. Quando há a desconsideração, o sócio ficou no lugar da empresa, então não é
um terceiro.
Os embargos de terceiro são uma ação de rito especial ou um incidente processual na execução?
Incidente porque deles cabe agravo de petição. Se fosse ação, caberia RO.
EXPROPRIAÇÃO DE BENS
- publicidade;
- venda de bens pelo maior lance (§1º); - quando não existir lance, pelo valor da avaliação.
b) adjudicação: é ato processual pelo qual o próprio credor incorpora ao patrimônio o bem constrito,
que será submetido à hasta pública. - você se paga com o bem. Ela pode ser feita antes da possibilidade
de arrematação? Ou só quando não houver maior lance? No PT é fundamental que haja a praça, com
arrematante ou não, com licitante ou não. No PC não.
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É realizada pelo maior lance (art 888, §1º CLT) ou pelo valor da avaliação (art 24 da lei 6830/80) -
art 879 CLT.
É a quitação da execução (pagamento) pelo executado. - executado quitar toda a execução para
que seja deferida a execução.
Pressuposto:
1. Quitação de toda a execução para que seja deferida a remissão (art 13 da lei 5584/70 -
art 826 CPC/15) - preferência da remissão
d) Lance vil (preço vil): lance inferior ao valor do bem ou a sua avaliação. (art 891 CPC/15) - previsão
feita pela doutrina, mas sem uma definição no texto legal. O CPC agora coloca no art 891 uma regra
objetiva. Ou o juiz fixa ou não pode ser inferior 50%. Na JT se admite a arrematação até por 20% do
valor do bem, o que terá de ser repensado em virtude do NCPC.
e) Embargos à arrematação ou adjudicação - suprimidos (art 903 NCPC). - não tem mais previsão no
código novo com essa terminologia.
f) Suspensão da execução (art 921 NCPC - art. 4 lei 6830/80) - as hipóteses estão previstas no código.
Forma de não praticar atos processuais desnecessariamente.
g) Extinção da execução (art 924 e 925 NCPC)- tem as hipóteses e algumas são vistas com muita cautela
na JT em virtude do principio da proteção.
h) Execução provisória: execução de um título judicial que é objeto de recurso, recebido apenas no
efeito devolutivo. Processamento: ocorre até a penhora - art. 899 CLT, mas com julgamento de
embargos e agravo de petição (aperfeiçoamento da penhora). - ela ocorre quando tiver pendente
recurso - regra geral. O efeito suspensivo não admite. A execução provisória na JT por forca do 899 vai
até a penhora. Pode ser interposto embargos a execução da penhora da execução provisória? A
jurisprudência admite.
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo
as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.