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Funções Contínuas

Prof. Nilomar Vieira de Oliveira

Manaus, 23 de fevereiro de 2014.

Resumo
Vamos apresentar as propriedades básicas das funções contínuas reais. Nos ba-
seamos principalmente nos livros [1], [2] e [3], onde podem ser encontradas versões
expandidas ou mais sintéticas do que escrevemos abaixo.

1 Definição e Propriedades das Funções Contínuas


Definição 1 Seja f : X → R, a ∈ X. Dizemos que f é uma função contínua no ponto a
quando, para todo ε > 0 dado arbitrariamente, existe um δ > 0 tal que

x ∈ X, |x − a| < δ ⇒ | f (x) − f (a)| < ε.

A função f é contínua em X quando for contínua em todos os pontos desse conjunto.

Segue imediatamente da definição que se X é um conjunto discreto, isto é, composto


apenas de pontos isolados então f é contínua em todo ponto de a ∈ X, pois dado ε > 0,
podemos tomar uma δ > 0 tal que, na vinhança de a o único x ∈ D é o próprio a e,
consequentemene, 0 = | f (x) − f (a)| < ε. Em outros termos,

x ∈ X ∩ (a − δ, a + δ) = {a} ⇒ | f (x) − f (a)| = | f (a) − f (a)| = 0 < ε.

E portanto, f é contínua em a.

Assim, vamos considerar sempre X, o domínio de nossa função, um conjunto sem


pontos isolados, já que a pesquisa de continuidade nesses pontos é desnecessária por ser
sempre positiva.

O conjunto X da Definição 1 será usado com as mesmas características no que segue


abaixo.

Exemplo 1 Seja f : R → R, definida por f (x) = x2 . Mostre que f é contínua em R.


Para provar isto, devemos mostrar que f é contínua em todo x0 ∈ R. Devemos mostrar
que, para cada ε > 0, podemos encontrar um δ > 0 tal que |x2 − x02 | < ε sempre que
|x − x0 | < δ. Então, como

|x2 − x02 | = |(x + x0 )(x − x0 )|


= |(x − x0 + 2x0 )(x − x0 )|
≤ (|x − x0 | + 2|x0 |)|x − x0 |,

teremos |x2 − x02 | < ε se |x − x0 | < 1 e |x − x0 | < ε/(1 + 2|x0 |). Portanto, tomamos
δ = min{1, ε/(1 + 2|x0 |)}.

Teorema 1 A função f : X → R é contínua em x0 ∈ X se, e somente se, para toda


sequência xn → x0 tem-se f (xn ) → f (x0 ).

Prova (⇒) Dado ε > 0, existe δ > 0 tal que

x ∈ X, |x − x0 | < δ ⇒ | f (x) − f (x0 )| < ε.

Assim, existe também n0 ∈ N tal que se


1
xn ∈ X, n > n0 ⇒ |xn − x0 | < ⇒ | f (xn ) − f (x0 )| < ε.
n
Portanto, xn → x0 ⇒ f (xn ) → f (x0 ).

(⇐) Suponhamos, por absurdo, que f seja descontínua em x0 . Dado ε > 0, para todo
δ > 0, teríamos

x ∈ X, |x − x0 | < δ, porém | f (x) − f (x0 )| ≥ ε.

Assim, existe também n0 ∈ N tal que


1
xn ∈ X, n > n0 ⇒ |xn − x0 | < , porém | f (xn ) − f (x0 )| ≥ ε.
n
Nesse caso, teríamos
xn → x0 porém f (xn ) 6→ f (x0 ),
uma contradição. Portanto, f é contínua em x0 .

Corolário 1 Sejam f , g : X → R funções contínuas em x0 ∈ X. Então


1. A função soma (ou diferença) f ± g é uma função contínua em x0 .

2. A função produto f · g é uma função em x0 .

3. A função f /g, g 6= 0, é contínua em x0 .

Prova Seguem imediatamente do Teorema 1.


Exemplo 2 Mostre que a função f : R → R, definida por

f (x) = 0, se x ∈ Q, f (x) = 1 se x ∈ R − Q

é descontínua em todo x ∈ R.

Solução Seja x0 ∈ Q, xn ∈ R − Q, com xn → x0 . Temos

xn → x0 ⇒ f (xn ) → 1 6= f (x0 ) = 0.

Assim, pelo Teorema 1 f é descontínua em todo x ∈ Q. Semelhantemente, se α0 ∈ R−Q,


rn ∈ Q, com rn ∈ α0 . Temos

rn → α0 ⇒ f (rn ) → 0 6= f (α0 ) = 1.

Novamente, pelo Teorema 1 f é descontínua em todo x ∈ R − Q. Portanto, é descontínua


em todo x ∈ R.

Lema 1 Uma função f : R → R tem a propriedade f (λx) = λ f (x) para todo x ∈ R e


todo λ ∈ R se, e somente se, f for da forma f (x) = mx, para algum m ∈ R isto é, uma
função linear com o coeficiente linear n = 0.

Prova (⇒) Como


f (x · 1) = x f (1),
para todo x ∈ R então f é uma função afim real, isto é, f (x) = mx + n. A equação desta-
cada acima também nos diz que f (0) = 0, logo f (x) = mx.

(⇐) Para todos λ, x ∈ R, temos

f (λx) = mλx = λmx = λ f (x),

como queríamos demonstrar.

Teorema 2 Se função é f : R → R com a propriedade f (λx) = λ f (x) para todo x ∈ R e


todo λ ∈ R, então f é contínua.

Prova Pelo Lema 1, f é uma função da forma f (x) = mx, para algum m ∈ R. Dado
ε
ε > 0, tomemos δ = . Então
|m| + 1
|m|
x0 ∈ R, |x − x0 | < δ ⇒ | f (x) − f (x0 )| < ε < ε.
|m| + 1
Portanto, f é contínua em todo x0 ∈ R.

Teorema 3 A função f : R → R, definida por



x, se x ∈ Q
f (x) =
0, se x ∈ R − Q
é contínua em x = 0 e descontínua em x 6= 0.
Prova Dado ε > 0, tomando |x − 0| < δ = ε, temos

|x − 0| < δ ⇒ | f (x) − f (0)| = | f (x)| = |x| < ε.

Logo, f é contínua em x = 0.

Agora, se x = x0 6= 0, x0 ∈ Q e x ∈ R − Q, então

| f (x) − f (x0 )| = | f (x0 )| = |x0 |.

E se x = x0 6= 0, x0 ∈ R − Q então para todo x ∈ Q tais |x| > |x0 |, temos

| f (x) − f (x0 )| = |x − 0| > |x0 |.

Como Q e R − Q são ambos densos em toda vizinhança ao redor do ponto x0 , então para
todo número real δ > 0, |x − x0 | < δ, não será possível obter

| f (x) − f (x0 )| < ε,

para todos os pontos na vizinhança de x0 quando |x0 | = ε.

Teorema 4 Seja f : (0, 1) → R a função definida por


1 m
(
, se x = ∈ Q ∩ (0, 1), mdc(m, n) = 1
f (x) = n n .
0, se x ∈ (R − Q) ∩ (0, 1)

Então f é contínua em cada número irracional no intervalo (0, 1) e descontínua em cada


número racional do intervalo (0, 1).

Prova Vamos provar inicialmente a afirmação de que f é descontínua nos números ra-
cionais do intervalo (0, 1). Para isto, consideremos um número x0 ∈ Q ∩ (0, 1) e uma
sequência (xn ) em [(R − Q) ∩ (0, 1)], com xn → x0 . Então

f (xn ) = 0,

para todo n ∈ N, de forma que


f (xn ) → 0.
Mas f (x0 ) > 0, pois x0 ∈ (Q ∩ (0, 1)). Assim,

lim f (xn ) 6= f (x0 ),

e f é descontínua em x0 .

Agora suponhamos que α ∈ [(R − Q) ∩ (0, 1)]. Dado ε > 0, pela propriedade arqui-
mediana, existe k ∈ N, tal que
1
< ε.
k
Existe apenas uma quantidade finita de números racionis em (0, 1) cujo denominador
é menor do que k. Assim, existe um número δ > 0 tal que todos os racionais no intervalo
(α − δ, α + δ) têm denominadores (com frações simplificadas) maiores ou iguais a k.
Segue que x ∈ (0, 1) e
1
|x − α| < δ ⇒ | f (x) − f (α)| = | f (x)| ≤ < ε.
k
Portanto, f é contínua em α.

Teorema 5 Se f : X → R, uma função contínua no ponto x0 ∈ X, e f (x0 ) > 0, então


existe um número real δ > 0 tal que

f (x) > 0,

para todo |x − x0 | < δ, x ∈ X.

Se o domínio de f for um compacto (limitado e fechado) da reta real então a imagem


f (X) será um conjunto limitado (e fechado). Isto pode ser expresso formalmente através
do seguinte teorema.

Teorema 6 Sejam X ⊂ R um conjunto compacto e f : X → R uma função contínua.


Então f (X) é um conjunto compacto.

Prova Vamos mostrar que o conjunto f (X) é limitado e fechado. Suponhamos, por
absurdo, que f (X) não seja limitada. Então, para cada n ∈ N, existe um ponto xn ∈ X tal
que
f (xn ) > n.
Como X é limitado, o teorema de Bolzano-Weierstrass implica que a sequência (xn ) tem
uma subsequência (xnk ) convergindo para algum x0 ∈ R. Como X é fechado, devemos
ter x0 ∈ X. Como f é contínua em x0 , ( f (xnk )) converge para f (x0 ). Em particular, a
subsequência ( f (xnk )) deve ser limitada. Mas isso contradiz o fato que f (xnk ) > nk ≥ k,
para todo k ∈ N. Assim, f (X) só pode ser limitada.

Falta mostrar que f (X) é fechado. Seja (yn ) uma sequência convergente em f (X) e
seja y0 = lim yn . Basta mostrar que y0 ∈ f (X). Como yn ∈ f (X) para cada n ∈ N, existe
uma sequência (xn ) em X tal que f (xn ) = yn para todo n ∈ N. Como X é compacto, nova-
mente pelo teorema de Bolzano-Weierstrass, existe uma subsequência (xnk ) convergindo
para x0 ∈ X. Como f é contínua em x0 , temos

f (x0 ) = lim f (xnk ) = lim ynk .


k→∞ k→∞

Mas (ynk ) é uma subsequência de (yn ), então lim ynk = y0 . Logo, f (x0 ) = y0 e y0 ∈ f (X),
k→∞
como queríamos.
Corolário 2 (Weierstrass) Sejam X um subconjunto compacto de R e f : X → R uma
função contínua. Então f assume valores máximos e mínimos em X. Isto é, existem x1 e
x2 em X tais que
f (x1 ) ≤ f (x) ≤ f (x2 ), para todo x ∈ X.

Prova Do teorema anterior f (X) é um conjunto compacto, logo f (X) possui ambos um
mínimo, digamos y1 , e um máximo, digamos y2 . Como y1 , y2 ∈ f (X), existem x1 , x2 ∈ X
tais que f (x1 ) = y1 e f (x2 ) = y2 . Segue que

f (x1 ) ≤ f (x) ≤ f (x2 ), para todo x ∈ X.

Exemplo 3 Seja X = (0, 1). Encontre uma função f : X → R tal que f seja limitada em
X, mas que não assuma valores máximo nem mínimo em X.

Definição 2 Uma função f : X → R é chamada limitada se sua imagem f (X) é um


subconjunto limitado de R. Isto é, f é limitada se existe k ∈ R tal que | f (x)| ≤ k, para
todo x ∈ X.

Infelizmente, uma função contínua pode não ser limitada mesmo quando seu domí-
nio é limitado. Vejamos:

Lema 2 Seja f : [a, b] → R uma função contínua. Se f (a) < 0 < f (b), então existe um
ponto c ∈ (a, b) tal que f (c) = 0.

Prova Seja A = {x ∈ [a, b]; f (x) ≤ 0}, vamos mostrar que o número c procurado é o
maior elemento desse conjunto. Como a ∈ A, pois f (a) < 0, então A é um conjunto não-
vazio. Além disso, x ≤ b, para todo x ∈ A. Assim, o conjunto A é não-vazio, limitado
superiormente, logo existe c = sup A em [a, b]. Afirmamos que f (c) = 0. Vamos mostrar
que não acontece f (c) < 0 nem f (c) > 0. Suponhamos, por absurdo, que f (c) < 0. Então
existe uma vizinhança V de c tal que f (x) < 0 para todo x ∈ V ∩ [a, b]. Mas isso contraria
o fato de c ser uma cota superior, uma vez que poderíamos encontrar x ∈ A, com x > c.
De forma semelhante, se f (c) > 0, então existe uma vizinhança W de c tal que f (x) > 0
para todo x ∈ W ∩ [a, b]. Isto contraria a suposição de c ser o supremo de A, visto que
encontraríamos x ∈ W ∩ [a, b], x < c, com a propriedade de ser f (x) > 0. (É bom lembrar
que, para qualquer ε > 0, c − ε não é cota superior de A, ou seja, existe x ∈ A tal que
f (x) ≤ 0.) Concluímos que f (c) = 0, como desejado. Finalmente, com f (a) < 0 < f (b)
e f (c) = 0, deve c ∈ (a, b).

Teorema 7 (Teorema do Valor Intermediário) Seja f : [a, b] → R uma função contí-


nua. Se k é qualquer valor entre f (a) e f (b), então existe c ∈ (a, b) tal que f (c) = k.

Prova Seja k qualquer número entre f (a) e f (b). Se f (a) < f (b), podemos aplicar
o Lema 2 à função contínua g : [a, b] → R dada por g(x) = f (x) − k. Então g(a) =
f (a) − k < 0 e g(b) = f (b) − k > 0. Assim, exite c ∈ (a, b) tal que g(c) = f (c) − k = 0.
Se f (a) < f (b), um argumento parecido pode ser aplicado à função g(x) = k − f (x).
Exemplo 4 Utilizando o Teorema do Valor Intermediário, mostre que todo número po-
sitivo tem uma raiz n-ésima.

Prova Suponha k > 0 e n ∈ N. Seja f (x) = xn . Então f (0) = 0 < k. Além disso, se
b = k + 1, então
bn = (1 + k)n ≥ 1 + kn > k,
pela desigualdade de Bernoulli. Assim f (b) > k. Como f é contínua, concluímos que
existe c ∈ (0, b) tal que f (c) = k. Portanto, cn = k e c é uma raiz n-ésima de k.

Exemplo 5 Supondo que f (x) = cos x é uma função contínua, prove que x = cos x, para
algum x ∈ (0, π/2).

Prova Seja f (x) = x − cos x. Então f (0) = −1 e f (π/2) = π/2. Como f é contínua,
existe x0 ∈ (0, π/2) tal que f (x0 ) = 0. Isto é, x0 = cos x0 .

2 Continuidade Uniforme
Definição 3 Seja f : X → R. Dizemos que f é uniformemente contínua em X se para
todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que

| f (x) − f (y)| < ε, sempre que |x − y| < δ e x, y ∈ X.

Exemplo 6 Mostre que se f : R → R é definida por f (x) = mx+n, com m, n ∈ R, m 6= 0,


então f é uniformemente contínua em R.

Solução Dado ε > 0, queremos tornar | f (x) − f (y)| < ε, fazendo x suficientemente
próximo de y. Como

| f (x) − f (y)| = |(mx − n) − (my − n)| = |m(x − y)| = |m||x − y|.


Então, se tomarmos
ε
δ= ,
|m|
sempre que |x − y| < δ, teremos

| f (x) − f (y)| = |m||x − y| < |m|δ = ε.


Portanto, f é uniformemente contínua em R.

3 Exercícios
1. Seja f (x) = (x2 − 4x − 5)/(x − 5) para x 6= 5. Como deve ser definido f (5) de
forma que f seja contínua em x = 5?

2. Defina f : R → R por f (x) = x2 − 3x + 5. Use a definição para provar que f é


contínua em x = 2.
3. Prove ou dê um contra-exemplo: “Toda sequência de números reais é uma função
contínua."

4. Seja f : D → R uma função contínua em c ∈ D e suponha que f (c) > 0. Prove que
existe α > 0 e uma vizinhança U de c em que f (x) > α para todo x ∈ U ∩ D.

5. Suponha que f : [a, b] → R é contínua e que f (r) = 0 para todo número racional
r ∈ (a, b). Prove que f (x) = 0 para todo x ∈ (a, b).

6. Mostre, utilizando o Teorema do Valor Intermediário, que todo número positivo


possui uma raiz n−ésima.

7. Supondo que cos x é uma função contínua, prove que x = cos x para algum x ∈
(0, π/2).

8. Seja I um intervalo compacto e suponha que f : I → R é uma função contínua.


Mostre que f (I) é um intervalo compacto.

9. Mostre que 2x = 3x para algum x ∈ (0, 1).

10. Mostre que a equação 3x = x2 tem ao menos uma solução real.

11. Mostre que qualquer polinômio de grau ímpar tem ao menos uma raiz real.

12. Suponha que f : [a, b] → R e g : [a, b] → R sejam funções contínuas tais que f (a) ≤
g(a) e f (b) ≥ g(b). Prove que f (c) = g(c) para algum c ∈ [a, b].

13. Seja f : [a, b] → [a, b] contínua. Prove que f tem um ponto fixo. Isto é, prove que
existe c ∈ [a, b] tal que f (c) = c.

14. Encontre uma função contínua f : D → R e uma sequência de Cauchy (xn ) em D


tal que ( f (xn )) é divergente.

15. Prove que são uniformente contínuas utilizando a definição: (a) f (x) = x3 em
1
[0, 2]; (b) f (x) = em [2, ∞).
x

16. Prove que f (x) = x é uniformemente contínua em [0, ∞).

17. Sejam f , g : I → R, contínuas em a ∈ I ⊂ R, com I um intervalo, e g(a) < f (a).


Mostre que existe δ > 0 tal que x ∈ I, |x − a| < δ ⇒ g(x) < f (x).

18. Sejam f , g : I → R, contínuas em a ∈ I ⊂ R, com I um intervalo, e g(a) < f (a).


Mostre que existe δ > 0 tal que x ∈ I, |x − a| < δ ⇒ g(x) < f (x).

19. Seja f : [0, 1] → [0, 1] contínua. Mostre que f tem pelo menos um ponto fixo, isto
é, existe pelo menos um ponto x ∈ [0, 1] tal que f (x) = x. Dê exemplo de uma
função contínua f : [0, 1) → [0, 1) sem ponto fixo.

20. Mostre que dados um ponto a ∈ R e um subconjunto fechado não-vazio F ⊂ R,


existe pelo menos um ponto x0 ∈ F tal que |a − x0 | ≤ |a − x| para todo x ∈ F.
21. Seja f : [a, b] → R contínua. Prove que se f (a) < d < f (b) então existe c ∈ (a, b)
tal que f (c) = d.

22. Seja f : R → R contínua. Mostre que o conjunto Z f = {x ∈ R; f (x) = 0} é fechado.


Conclua que se f , g : R → R são contínuas então C = {x ∈ R; f (x) = g(x)} é um
conjunto fechado.

23. Seja X ⊂ R. Uma função chama-se localmente limitada quando para cada x ∈ X
existe um intervalo aberto Ix , contendo x, tal que f Ix ∩ X é limitada. Mostre que

se X é compacto, toda função f : X → R localmente limitada é limitada.

24. Seja f : R → R contínua. Prove que se f (x) = 0 para todo x ∈ X então f (x) = 0
para todo x ∈ X.

25. Seja f : [a, b] → R uma função contínua tal que f (x) > 0 para todo x ∈ [a, b]. Prove
que existe um número α > 0 tal que f (x) ≥ α para todo x ∈ [a, b].

26. Sejam f , g : X → R contínuas no ponto a ∈ X. Prove que são contínuas no ponto a


as funções ϕ, ψ : X → R, definidas por ϕ(x) = max{ f (x), g(x)} e ψ(x) = min{ f (x), g(x)}
para todo x ∈ X.

27. Seja f : R → R contínua. Mostre que o conjunto Z f = {x ∈ R; f (x) = 0} é fe-


chado. conclua que f , g : R → R são contínuas em C = {x ∈ R; f (x) = g(x)} é um
conjunto fechado.

28. Sejam f , g : X → R contínuas. Prove que se X é aberto então o conjunto A = {x ∈


X; f (x) 6= g(x)} é aberto e se X é fechado então o conjunto F = {x ∈ X; f (x) =
g(x)} é fechado.

29. Seja f : R → R contínua. Prove que se f (x) = 0 para todo x ∈ X então f (x) = 0
para todo x ∈ X.

30. Prove que f : R → R é contínua se, e somente se, para todo X ⊂ R, tem-se f (X) ⊂
f (X).

31. Seja f : I → R uma função monótona, definida no intervalo I. Se a imagem de


f (I) é um intervalo, prove que f é contínua.

32. Prove que não existe uma função f : [a, b] → R que assuma cada um dos seus
valores f (x), x ∈ [a, b], exatamente duas vezes.

33. Sejam f , g : X → R uniformemente contínuas. Prove que f + g é uniformemente


contínua. O mesmo ocorre com o produto f · g, desde que f e g sejam limi-
tadas. Prove que ϕ, ψ : X → R, dadas por ϕ(x) = max{ f (x), g(x)} e ψ(x) =
min{ f (x), g(x)}, x ∈ X são uniformemente contínuas.

34. Dado um conjunto não-vazio S ⊂ R, defina f : R → R pondo f (x) = inf{|x −


s|; s ∈ S}. Prove que | f (x) − f (y)| ≤ |x − y| para quais x, y ∈ R. Conclua que f é
(uniformemente) contínua.
35. Seja A ⊂ R aberto. A fim de que f : A → R seja contínua é necessário e suficiente
que f −1 (B) seja aberto, qualquer que seja B ⊂ R aberto.

36. Seja F ⊂ R fechado. Uma função f : F → R é contínua se, e somente se, para
todo conjunto fechado G ⊂ R, sua imagem inversa f −1 (G) é fechada.

37. Seja f : [a, b] → [a, b] contínua. Prove que f possui um ponto fixo, isto é, existe
x ∈ [a, b] tal que f (x) = x.

38. Toda função contínua monótona limitada f : I → R, definida num intervalo I, é


uniformemente contínua.

Referências
[1] Lima, E. L., Curso de Análise, volume 1, IMPA, Projeto Euclides, Rio de Janeiro,
2002.

[2] Lima, E. L., Análise Real, volume 1, IMPA, SBM, Coleção Matemática Universi-
tária, Rio de Janeiro, 1989.

[3] Guedes, D. F. Análise I, Livro Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro,
1996.

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