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Tomando o Brasil como exemplo, percebemos que a nossa democracia permite que uma
parte dos menores de 18 anos vote e que as pessoas com mais de 70 anos continuem a
exercer seu direito de cidadania. Al�m disso, a nossa constitui��o n�o prev� nenhum
empecilho de ordem religiosa, econ�mica, pol�tica ou �tnica para aqueles que
desejem escolher seus representantes pol�ticos. At� os analfabetos, que d�cadas
atr�s eram equivocadamente vistos como �inaptos�, hoje podem se dirigir �s urnas.
Na concep��o desta antiga sociedade, aqueles que n�o compartilhavam dos mesmos
costumes de Atenas n�o poderiam ter a compreens�o necess�ria para escolher o melhor
para a p�lis. Al�m disso, observando o modo como os atenineses viam a mulher,
sabemos que tal exclus�o feminina se assentava na �inferioridade natural� reservada
ao sexo feminino. Por fim, os escravos tamb�m eram politicamente marginalizados ao
n�o terem o preparo intelectual necess�rio para o exerc�cio da pol�tica.
Dessa forma, n�o podemos dizer que a democracia ateniense era cingida por uma
estranha contradi��o. Ao contr�rio, percebemos que as institui��es pol�ticas dessa
cultura refletiam claramente valores diversos que eram anteriores ao nascimento da
democracia grega. Tamb�m devemos levar em conta que o nosso ideal democr�tico �
influenciado pelas discuss�es pol�ticas dos intelectuais que defenderam os ideais
do movimento iluminista, no s�culo XVIII.
A dist�ncia entre a democracia grega e a atual somente corrobora com algo que se
mostra bastante recorrente na hist�ria. Com o passar do tempo, os homens elaboram
novas possibilidades e, muitas vezes, lan�ando o seu olhar para o passado, fazem
com que a vida de seus pr�ximos seja transformada pelo intempestivo movimento de
ideias que torna nossa esp�cie marcada pelo signo da diversidade.