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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


CURSO DE DIREITO
REGIONAL JATAÍ

DIREITO DE PROPRIEDADE E A MANUTENÇÃO DO LATIFÚNDIO RURAL


NO BRASIL: REPERCUSSÕES DA ASCENSÃO DA CHINA A OMC

JATAÍ
2018
IDENILSON RODRIGUES MORAIS

DIREITO DE PROPRIEDADE E A MANUTENÇÃO DO LATIFÚNDIO RURAL


NO BRASIL: REPERCUSSÕES DA ASCENSÃO DA CHINA A OMC

Projeto apresentado a disciplina de Trabalho de


Conclusão de Curso I, como requisito parcial para
conclusão do Curso de Direito e aprovação na referida
disciplina.

Orientador: Prof. Dr. Hugo Luis Pena Ferreira

JATAÍ
2018
RESUMO

Este pré-projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um trabalho de conclusão


de curso que aborde, a partir do estudo de um caso específico – a entrada da China na
Organização Mundial do Comércio –, se a função social da propriedade, em virtude de
sobrepor o caráter econômico ante o social, é de fato uma limitadora constitucional ao
exercício do direito à propriedade privada ou, ao contrário, é legitimadora da expansão
latifundiária no Brasil.
SUMÁRIO

Resumo ......................................................................................................................... 2
Objetivo Geral .............................................................................................................. 4
Objetivos Específicos ............................................................................................... 4
Hipótese ........................................................................................................................ 4
Justificativa ................................................................................................................... 4
Metodologia .................................................................................................................. 5
Referencial Teórico ....................................................................................................... 5
Cronograma .................................................................................................................. 7
Referências Bibliográficas ............................................................................................ 7
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OBJETIVO GERAL

Propõe-se como este trabalho analisar a função social como limitadora constitucional
ao exercício do direito à propriedade privada visando verificar sua efetividade.

Objetivos Específicos
Demonstrar, num contexto próprio, como o Direito, enquanto instrumento de
pacificação de conflitos, pode causar diferentes efeitos e como esses efeitos contribuem para
perpetuação de desigualdades sociais, utilizando o ingresso da China na Organização Mundial
do Comércio como exemplo de caso concreto.

HIPÓTESE

A importação em grande escala pela China da commoditie soja, ocasionada pelo


ingresso deste país na OMC, alavancou uma parcela significativa do agronegócio – que se
encontrava em declínio – o que permitiu, não só sua consolidação, mas sua expansão, através
de grandes latifúndios. Esse movimento é demonstrativo que apenas a função social da
propriedade não é o instrumento constitucional adequado para limitar a concentração de
propriedade privada.

JUSTIFICATIVA

O Brasil é um dos países onde a desigualdade é mais latente. Parte dessa desigualdade
se dá em virtude da grande concentração de terras por uma parcela ínfima da sociedade.
Apesar desse cenário é somente em 1964, com advento da Lei n° 4.504, popularmente
chamada de Estatuto da Terra, que o país promove sua primeira tentativa de dar impulso a
reforma agrária através de lei. Contudo, é possível afirmar que não houve avanços
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significativos. Com a Constituição Republicana de 1988, nenhum instrumento novo foi


criado. Na década de 1990, esse cenário permanece quase inalterado, a não ser pela
perspectiva de crise que avança sobre o país, e, por conseguinte, o agronegócio. Em outro
contexto, paralelo a esse momento histórico, a China negocia sua entrada na Organização
Mundial do Comércio, o que levaria quinze anos e se efetivaria em 2001. Num momento em
que globalização era a palavra de ordem, esse ingresso representou a possibilidade de
equalização de várias economias pelo mundo, incluindo o Brasil. Nossa proposta de trabalho
se dá a partir desse momento histórico. Num momento onde o país buscava alternativas à
crise, a ascensão da China a OMC representava uma contribuição para a solução. Contudo
com a crescente demanda chinesa por commodities isso refletiu diretamente no agronegócio.
Nesse sentido o agronegócio assume uma importância significativa para a economia. O efeito
colateral disso é concentração cada vez maior de terras, em cada vez menos proprietários.
Assim justifica-se um estudo que verifique se esse cenário é verídico e se os instrumentos
constitucionais que se propunham a limitar o seu acontecimento efetivamente funcionaram.

METODOLOGIA

Buscar-se-á através de pesquisa referencial em fontes literárias ou da jurisdição,


direito constitucional e do direito civil, investigar os princípios e conceitos atinentes ao direito
de propriedade privada e se sua aplicação atendeu aos objetivos da lei. Utilizar-se-á como
estudo de caso a ascensão da China a OMC. Nesse sentido, analisar-se-á o funcionamento
desse órgão de solução de controvérsias. Contudo, por se tratar de um tema polêmico também
será necessário um estudo dos seus variados aspectos (material, temporal, pessoal, espacial e
quantitativo) além da verificação de posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais
dissonantes.

REFERENCIAL TEÓRICO

O presente trabalho se desenvolverá com intuito questionador de, a partir da previsão


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constitucional, disposta no Art. 170, III da CF/88, In Verbis:


Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes princípios:
[...]
III - função social da propriedade;

e no artigo que dispõe acerca dos direitos e garantias individuais:


Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
[....]
XXII- é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Além das definições infra-constitucionais dispostas no art. 1.228, §§1º e 2º do CC:


Art. 1.228. (...)
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade
com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e
das águas.
[...]
§ 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade,
ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.

Verificar se esse é mais um instituto limitador do direito de propriedade ou se, ao


contrário, mesmo esse não sendo o objetivo do legislador, ter se tornando um mecanismo
legitimador de opressão, ao não levar em consideração o caráter econômico oriundo da
utilização comercial de propriedades rurais.
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CRONOGRAMA

Fases de execução do projeto(*) m a m j j


ar br ai un ul

Entrega e submissão do pré-projeto para avaliação X


Entrega do capítulo I para avaliação X
Re-escrita do texto após análise do orientador X

Redação e entrega do capítulo II para avaliação X


Novas leituras e adequações do texto do cap. II X
Entrega do capítulo III para avaliação X

Novas leituras e adequações do texto do cap. III X

Entrega do capítulo de Introdução para avaliação X


Entrega do capítulo de Conclusão para avaliação X X
Adequação dos resultados finais X
Apresentação dos resultados finais X
(*) as fases serão executadas no ano de 2018

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOOTH, Wayne C. et al. A arte da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Sec. Especial de Editoração e Publicações – SEEP, 2012.

BRASIL. Código Civil. Lei n° 10406, de 10 de janeiro de 2002.

FILHO, José Luiz Alcântara & FONTES, Rosa Maria Olivera. A formação da propriedade e a
concentração de terras no Brasil. Revista de História Econômica & Economia Regional
Aplicada – Vol. 4 Nº 7 Jul-Dez 2009. Disponível em <
http://www.ufjf.br/heera/files/2009/11/ESTRUTURA-FUNDI%C3%81RIA-ze-luispara-
pdf.pdf>. Acesso em 25 jan 2018.
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FUJITA, Edmundo Sussumu. O Brasil e a China: uma parceria estratégica modelar. Política
Externa, vol. 11, n. 4, março/maio 2003, p. 59-70.
GONÇALVES, Williams & BRITO, Lana Bauab. Relações Brasil-China: uma parceria
estratégica? Século XXI, Porto Alegre, Vol. 1, n.1, jan-dez 2010. Disponível em:
<http://sumario-periodicos.espm.br/index.php/seculo21/article/view/1701/28> Acesso em: 2
dez.2017
PINTO, Luiz Fernando de Andrade. Direito de Propriedade. Curso de Direitos Reais, 2011,
Rio de Janeiro. Direitos Reais. Rio de Janeiro: EMERJ, 2013. Disponível em:
<http://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/16/seriemagi
strado16.html>. Acesso em: 25 jan 2018.

TAVARES, Francisco Mata Machado. Regime constitucional da propriedade rural e suas


controvérsias hermenêuticas. Revista do CAAP, Belo Horizonte, V. 8, N. 12,2004-2005.
Disponível em:
<https://www2.direito.ufmg.br/revistadocaap/index.php/revista/article/view/88/87> Acesso
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VIA CAMPESINA. A natureza do agronegócio no Brasil. Disponível em:
<https://quilomblog.files.wordpress.com/2011/03/a_natureza_agronegocio.pdf>. Acesso em:
3 dez. 2017.
VILELLA, Eduardo V. M. As relações comerciais entre Brasil e China e as possibilidades de
crescimento e diversificação das exportações de produtora brasileiros ao mercado consumidor
chinês. Grupo de Estudos da Ásia-Pacífico - PUC. Disponível em: <
http://www.pucsp.br/geap/artigos/art4.PDF>. Acesso em: 3 dez. 2017.

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