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RESUMO
Este capítulo gira em torno das mudanças que a sociedade inglesa apresentou, entre os
anos de 1500 e 1800, acerca da concepção de civilidade, natureza e as relações do homem com
a natureza.
Durante a leitura percebesse que há claras distinções claras de pensamento entre o que
o homem elitizado e o trabalhador. Observa-se, por exemplo, que o campo após determinada
época é visto como um refúgio dos homens da cidade, mas para os homens do campo é encarado
como uma fonte pouco romantizada de ganhar o seu sustento.
Keith Thomas descreve a história do desenvolvimento humano, desta época, com
grande valentia, pois não se nega em observar os menores detalhes do cotidiano inglês, evitando
que o leitor tenha uma visão “romantizada” sobre como a sociedade funcionava naquela época.
É observado, no livro, que ocorreu uma mudança de visão do homem em relação aos
animais. Observa-se que até aquela época, os animais que não tinham alguma “serventia” para
o homem, eram vistos como asquerosos e deveriam ser eliminados, projetando a necessidade
do homem em ampliar a divisão para com a natureza.
Em primeiro aspecto, observa-se que o homem, no século XVI, objetivava que a cidade
era vista como algo sublime, e que os homens das cidades eram exponencialmente mais
civilizados que os homens do campo. Todavia, com a necessidade de ampliação das terras
produtivas, as matas foram devastadas, dando lugar a pastagens e campos com alimentos. Essa
alteração no escopo social incentivou a mudança de pensamento de que o campo era algo “belo”
e, dessa maneira, muitos homens elitizados passaram a frequentar mais os campos, inclusive
construindo propriedades que eram utilizadas por eles para passarem os finais de semana.
Todavia, essa não era uma visão abrangente, haja vista que os trabalhadores não conseguiam
visualizar essa “beleza distinta”, pelo simples fato de que, para eles, o campo era um lugar de
trabalho e de onde tiravam o seu sustento.
Neste interim, segundo o livro, uma visão sobre o campo pareceu particularmente
ganhar força, se anteriormente as matas eram vistas como “paisagens desprovidas de qualquer
beleza”, que mostravam a “decadência da condição do homem” pois, conforme observa-se, via-
se na natureza a subversão do paraíso, a partir do Séc. XVII a visão de que as florestas
precisavam ser conservadas ganhou força, tem-se a ação de paisagistas, que compreenderam a
função primordial de preservar toda a flora inglesa. Em suma, a visão contextualizada do livro
descreve que, conforme foram-se reduzindo as áreas de mata virgem, mais preocupados com a
estética e com a necessidade de preservação o homem pareceu estar.
Observou-se, no contexto da obra, que as pessoas da época em questão, desenvolveram
o hábito de buscar a beleza em formas geométricas, rechaçando tudo aquilo que lhes era
apresentado como “natural” ou “não trabalhado pelo homem”.
Houve o desenvolvimento do pensamento de que a natureza existe por algum motivo,
que as pessoas não podem simplesmente fazer o que quiserem com aquilo que “Deus criou”,
pois se a flora existe, então ela é parte da criação.
Um contexto mais abrangente e cru é dado sobre o tratamento que o homem dispensou
aos animais. Como comentando anteriormente, a obra em si é detalhista sobre a maneira como
o homem daquela época pensava sobre os animais.
O livro nos conta que existiam campanhas com a finalidade de eliminar a máxima
quantidade de animais que se pudesse. Inclusive a caça foi muito fomentada e, conforme é
descrito, existiam pessoas da corte que eram caçadores treinados e que usavam o nome do rei.
Essa ação tinha o foco em eliminar qualquer possibilidade que a natureza tinha em reagir contra
a expansão humana, e o crescimento dos campos de plantio. Naquela visão o homem tinha o
“Direito divino” de matar os animais, uma vez que ele – o homem – era o administrador dos
bens concedidos pelo criador.
Pouco a pouco, todavia, essa visão foi perdendo espaço para a concepção de que os
animais, assim como o homem, são frutos de um mesmo ambiente e, dessa forma, devem
compartilhá-lo de igual maneira. Todavia, essa perspectiva chegou tarde demais pois, conforme
é descrito, houve um assassinato em massa contra todos os tipos de animais que eram
considerados inservíveis ao homem.
O livro descreve que na idade média até mesmo as minhocas eram mortas, pois
achavam que elas devoravam as raízes das plantas, alguns animais eram mortos pelo simples
fato de se acreditar que eles tinham algum tipo de riqueza em seu organismo (visão essa que,
inclusive, se perpetuou até os dias de hoje, pois em algumas regiões do Brasil acredita-se que
as pedras do fígado dos bois, são pedras preciosas). Os sapos, por exemplo, naquela época
eram mortos pois a crença dizia que eles tinham pedras preciosas em suas cabeças.
Em outros casos animais eram abatidos por oferecerem ameaças aos humanos ou à
produção de alimentos. Como era o caso dos corvos, que foram mortos aos milhares, por
causarem prejuízos nas lavouras.
O livro aponta para o fato de que houve então um amadurecimento do pensamento
humano, promovendo assim uma preocupação com a questão ambiental. Descreve-se que se
iniciaram políticas com vistas a conter o avanço do desmatamento e também do abate de
animais. Foram criadas algumas reservas ambientais, permitindo assim que a vida pudesse
florescer e se perpetuar. Ainda, conforme é observado no livro, ocorreu uma mudança na forma
como como a argumentação sobre a relevância das questões ambientais era analisada.
Primeiramente, a visão criacionista foi abordada largamente, adotando-se, assim, a
postura de que o que o homem fazia era responsabilidade dele perante o Criador, em outras
palavras, se o homem era o administrador delegado por Deus, então deveria administrar direito.
Todavia, os estudos científicos se intensificaram, e o posicionamento sobre os impactos
ambientais do homem na natureza tornaram-se mais palpáveis. Algumas pessoas
desenvolveram um espírito mais aguçado acerca da necessidade, por exemplo, de se consumir
carne, assim algumas pessoas defendiam com unhas de dentes e fato de que o homem não pode
matar animais e jamais consumi-los.
AVALIAÇÃO CRÍTICA