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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA

LICENCIATURA EM GESTÃO E CONTABILIDADE E FINANÇAS (4° Ano)

SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

RELATÓRIO FINAL DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.

Elaborado por:

Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane

Ismael Carlos Miambo

Corpo docente:

Dra. Eulália Madime (R)

Dra. Guilhermina Notiço (A)

Dra. Sónia Raposo (A)

Dr. Valentim Nhampossa (A)

Dra. Belarmina Matavele (A)

Dr. Abnério Nhambele (A)

Maputo, Outubro de 2017


RELATÓRIO ANUAL 2016
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA

O presente Relatório Anual retracta a actividade do Restaurante em 2016.

Comissão Editorial: RESTAURANTE FAZ BEM, LDA

Departamento Financeiro

Av. Da Malhangalene N° 51 – Sede

Telefone: (+258) 829846607/ 847736831 Fax: 258-21-321363

C.P. 423

Internet: http//www.restaurantefazbem.co.mz

Maputo, República de Moçambique

Coordenação, concepção e produção gráfica: Centro de Documentação e Informação


Restaurante Faz Bem, Travessa Tenente Valadim nº 69

Tiragem: 3 exemplares

Relatório Anual nº 1 - Maputo

RFB/DF-2016

Relatório de Gestão; Conjunto completo das Demonstrações Financeiras; Processo


relativo ao cumprimento das obrigações legais; Informação complementar

Reg Nº 05/GABINFO/DE97

CDU336 (679) 05
INDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO.......................................................................................................................... I
RELATÓRIO DE GESTÃO ..................................................................................................................... 1
MENSAGEM DO DIRECTOR GERAL.................................................................................................. 2
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ................................................................................................. 3
3 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ............................................................................. 7
ECONOMIA INTERNACIONAL ........................................................................................................ 7
ECONOMIA MOÇAMBICANA ......................................................................................................... 8
4 SITUAÇÃO DO SECTOR DE ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES ................ 9
NO MERCADO INTERNACIONAL ................................................................................................... 9
NO MERCADO NACIONAL............................................................................................................. 9
5 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ................................................................................... 11
RESPONSABILIDADE NUTRICIONAL ............................................................................................ 11
RESPONSABILIDADE SOCIAL ...................................................................................................... 11
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ............................................................................................... 12
6 ASPECTOS RELEVANTES DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA ......................................... 13
7 ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE.......................................................................................... 17
ANÁLISE PEST .......................................................................................................................... 17
MICHAEL PORTER ...................................................................................................................... 17
ANÁLISE SWOT ........................................................................................................................ 20
ESTRATÉGIA DE GESTÃO ........................................................................................................... 21
8 SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA................................................................................. 24
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS ..................................................................................... 24
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS. .............................................................. 25
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS ............................................................................................. 28
9 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................... 30
10 PERSPECTIVAS PARA 2017 ........................................................................................................ 30
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS..................................................................................................... 2
BASES DE PREPARAÇÃO ........................................................................................................... 38
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS SIGNIFICATIVAS ............................................................. 40
PRINCIPAIS JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS CONTABILÍSTICOS
48
ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, DE ESTIMATIVAS E ERROS ...... 49
ACTIVOS TANGÍVEIS .................................................................................................................. 50
ACTIVOS INTANGÍVEIS ............................................................................................................. 50
INVESTIMENTO FINANCEIROS ............................................................................................... 51
INVENTÁRIOS ............................................................................................................................... 51
CLIENTES ....................................................................................................................................... 52
OUTROS ACTIVOS CORRENTES ......................................................................................... 52
BANCOS ...................................................................................................................................... 52
CAPITAL PRÓPRIO.................................................................................................................. 53
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS E LEASING ............................................................................... 53
FORNECEDORES...................................................................................................................... 54
OUTROS CREDORES ............................................................................................................... 55
OUTROS PASSIVOS CORRENTES ........................................................................................ 55
VENDAS ...................................................................................................................................... 56
GASTOS COM O PESSOAL ..................................................................................................... 56
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS ........................................................... 57
OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS .................................................. 57
RESULTADOS FINANCEIROS ............................................................................................... 58
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO..................................................................................... 58
CUSTO DAS VENDAS ............................................................................................................... 58
CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................................. 59
CUSTOS DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................ 59
OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS OPERACIONAIS .................................................. 59
INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCO ................................................ 59
EVENTOS SUBSEQUENTES ................................................................................................... 63
PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS ............................ 64
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA .......................................................................... 65
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ...................................................................... 66
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO .............................................................................. 69
CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA........................................................ 71
ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ................................................................................ 72
MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS ............................ 73
MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS ........................................................................................ 76
MAPA DISCRIMINATIVO DOS IMPOSTOS (IRPC, IRPS E IVA)................................................... 77
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ................................................................................................... 78
BALANCETE ANTES DO APURAMENTO DOS RESULTADOS ..................................................... 80
BALANCETE APÓS O APURAMENTO DOS RESULTADOS .......................................................... 90
MAPA DE AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES....................................................................... 100
INVENTÁRIOS DE EXISTÊNCIAS FINAIS .................................................................................... 102
DETALHE DO CÁLCULO DO CUSTO DAS VENDAS .................................................................. 105
INVENTÁRIO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................... 108
INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO ................................................................................................... 110
CONTRATO DE LEASING.............................................................................................................. 112
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO.................................................. 115
CONTRACTOS DE SEGURO ......................................................................................................... 118
NOTA DISCRIMINATIVA DE DEVEDORES E CREDORES POR ACRÉSCIMOS E
DIFERIMENTOS ............................................................................................................................. 127
QUADRO RESUMO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................................... 129
PLANO DE FÉRIAS ........................................................................................................................ 131
RELAÇÃO DE LETRAS DESCONTADAS VINCENDAS ................................................................ 133
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DAS VENDAS POR TRIMESTRE (NÃO ACUMULADAS) ................................................ 13
GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE CLIENTES ..................................................................................... 14
GRÁFICO 3 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS ..................................................................................... 24

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 1 OS NOSSOS VALORES ............................................................................................................. 4
ILUSTRAÇÃO 2 ORGANOGRAMA .................................................................................................................... 5
ILUSTRAÇÃO 3 MODELO DA ANÁLISE PEST ............................................................................................... 17
ILUSTRAÇÃO 4 MICHAEL PORTER ............................................................................................................... 18
ILUSTRAÇÃO 5 ANÁLISE SWOT.................................................................................................................. 20
ILUSTRAÇÃO 6 FLUXOGRAMA ..................................................................................................................... 23

ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 REPARTIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL ................................................................................................. 3
TABELA 2 VENDAS DO PERÍODO .................................................................................................................. 14
TABELA 3 FORNECEDORES DOS PRINCIPAIS BENS E SERVIÇOS ..................................................................... 14
TABELA 4 INVESTIMENTOS FINANCEIROS .................................................................................................... 15
TABELA 5 ACTIVOS TANGÍVEIS ................................................................................................................... 15
TABELA 6 INVESTIMENTOS NÃO FINANCEIROS ............................................................................................ 16
TABELA 7 ESTRUTURA DO CAPITAL DA EMPRESA........................................................................................ 16
TABELA 8 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO ........................................................................................... 16
TABELA 9 MARGENS ................................................................................................................................... 25
TABELA 10 RÁCIOS DE RENTABILIDADE ..................................................................................................... 25
TABELA 11 ANÁLISE DUPONT ..................................................................................................................... 26
TABELA 12 INDICADORES DE LIQUIDEZ ....................................................................................................... 26
TABELA 13 INDICADORES DE FINANCIAMENTO ........................................................................................... 27
TABELA 14 INDICADORES DE EFICIÊNCIA .................................................................................................... 28
TABELA 15 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS DESVIOS ............................................................................................ 28
TABELA 16 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .............................................................................. 30
TABELA 17 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO ................................................................................................ 31
Sumário Executivo

O presente relatório final surge na sequencia da disciplina de simulação empresarial


ministrada num laboratório onde, através de técnicas utilizadas na gestão e contabilidade,
os estudantes de licenciatura em gestão e contabilidade e finanças realizam actividades
práticas que lhes permitem familiarizar-se com processos contabilísticos, burocráticos e
de gestão de situações e fenómenos de representação da vida real das empresas.

Com efeito, os estudantes Adalmira Cumbane (Gestão) e Ismael Miambo (Contabilidade


e Finanças) levaram a cabo actividades do Restaurante Faz Bem, Lda., uma empresa que
se dedica a confecção de alimentos.

Este relatório está estruturado em quatro secções, nomeadamente: (i) Relatório de Gestão
- no qual se faz uma exposição fiel e clara sobre a evolução dos Negócios, do desempenho
e da posição da empresa, bem como uma descrição dos principais riscos e incertezas com
que a mesma se defronta; (ii) Conjunto completo de demonstrações financeiras - as quais
foram preparadas em conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas
Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro (PGC-NIRF); (iii) Processo relativo
ao cumprimento de obrigações legais - que compreende relatório do Auditor
Independente, Fiscal único e declarações fiscais; e (iv) - Informação complementar.

i
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.

RELATÓRIO DE GESTÃO
31 de Dezembro de 2016
REPRESENTANTES CHAVE DO RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.

Direcção Geral

Director Geral Christopher Chance

Mesa de Assembleia Geral


Presidente Adalmira de Fátima Ernesto Cumbane
Secretaria Ana Paula José

Fiscal Único
SILVA CONSULTORES, LDA.
Representada por Percina Antonio Ngovene

Auditoria Independente
WEASEL AUDITORES, LDA.
Representada por Paulo António Carlos
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Mensagem do Director Geral

O exercício económico de 2016 ficará marcado na história desta empresa como um ano
de nascimento, estruturação interna e forte investimento. Com maior prazer,
compartilhamos os principais destaques do nosso primeiro ano de operação. Foi um ano
importante e desafiador, pois sem experiência no mercado materializamos o objectivo de
criar uma empresa. Foi um ano intenso, cheio de eventos e requereu um enorme
compromisso por parte de todos nossos colaboradores, mas acima de tudo foi um ano
inspirador, agradável e interessante. A abordagem escolhida resultou em um restaurante
focado, ágil e orientado para objectivos.

Os resultados gerados pelo Restaurante, que se traduzem num resultado líquido de


1.243.717 meticais, um fluxo de caixa de 1.466.672 meticais e um volume de negócios
no valor de 20.774.344 meticais são o reflexo de engajamento e dedicação de todos.

Iniciamos 2017 com a expectativa de que seja um ano melhor para Moçambique e para
nossa empresa em particular. Trabalharemos para manter uma performance diferenciada
e focada nos desafios e oportunidades que temos pela frente.

Em meu nome pessoal e em nome da Direcção Geral quero manifestar o nosso profundo
e reconhecido agradecimento a todos os colaboradores, parceiros comerciais, clientes e
amigos que, através da sua dedicação e empenho, em muito contribuíram para os
progressos e resultados alcançados.

_____________________________________

Christopher Chance

Director Geral

2
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

1 Introdução

De acordo com as disposições do código comercial, estatutos da sociedade e demais


disposições legais aplicáveis, a Direcção Geral submete o relatório anual 2016.

O presente relatório pretende partilhar com o mercado, colaboradores, clientes,


fornecedores, parceiros e sócios os acontecimentos do Restaurante Faz Bem, Lda. do ano
de 2016.

Neste relatório são abordados os indicadores de desempenho referentes ao período de


2016 e as perspectivas para o exercício de 2017.

As demonstrações financeiras apresentadas no presente relatório foram preparadas em


conformidade com o Plano Geral de Contas baseado nas Normas Internacionais de
Contabilidade e Relato Financeiro.

2 Apresentação da empresa

O Restaurante Faz Bem, Lda. (doravante designado empresa, entidade ou simplesmente


Restaurante) situado na Avenida da Malhangalene, no 51 em Maputo, é uma sociedade
comercial por quotas constituída em 2015 e com início de actividade em 2016.

O objecto social da empresa é a confecção de alimentos.

A sociedade foi constituída com um capital social de um milhão de meticais integralmente


realizado conforme mostra a tabela:

Sócio Valor (em Meticais) %


Adalmira Cumbane 510.000 51%
Ismael Miambo 490.000 49%
Total 1.000.000 100%

Tabela 1 Repartição do capital social

3
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

A nossa visão

Ser um restaurante de referência dentro da gastronomia moçambicana, com serviços de


alta qualidade.

A nossa missão

Promover a saúde e qualidade no estilo de vida, através de confecção e fornecimento de


alimentação nutritiva a preços competitivos.

Os nossos valores

Nutrição:
Promovemos a
saúde e boa
qualidade de vida

Qualidade: Profisionalismo:
Inovação: Apresentamos
Oferecemos
Temos um soluções
alimentação de gastronómicas, com
atendimento primeira um serviço rápido e
personalizado de alta
qualidade
qualidade prático

Integridade:
Seguimos a ética
profissional

Ilustração 1 Os nossos valores

4
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

A nossa estrutura orgânica

A nossa estrutura orgânica é reflectida conforme infra:

Direcção
Geral

Fiscal Único

Direcção Direcção de
Direcção Direcção de
administrativa e Recursos
comercial operações
financeira Humanos

Vendas e Sector de Sector de


Tesouraria Marketing pessoal produção

Sector de
Contabilidade serviços

Serviços
administrativos

Ilustração 2 Organograma

Direcção Geral

A Direcção Geral é responsável pela definição de políticas e directrizes gerais da empresa,


análise de planos e projectos e avaliação dos resultados. Compete ainda a Direcção Geral
a representação da empresa no exterior.

Fiscal Único

O Fiscal Único da Empresa supervisiona como a gestão monitora o cumprimento das


políticas e procedimentos de gestão de risco da Empresa e analisa a adequação da
estrutura de gestão de risco, em relação aos riscos enfrentados pela Empresa. Compete
ainda ao Fiscal Único, fazer a apreciação global das contas da empresa.

5
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Direcção administrativa e financeira

Esta direcção é responsável por administrar os recursos da empresa. Ela faz o controlo da
tesouraria, dos investimentos e dos riscos, além da gestão de contas e impostos, do
planeamento financeiro da empresa e da divulgação de resultados.

Direcção comercial

O foco desta direcção é nos clientes externos da empresa. Ele é o responsável pelas
vendas, garantindo a geração de receitas para a Empresa. Compete ainda a esta direcção,
a criação das estratégias de divulgação e definição das formas de vendas mais adequadas
para alcançar o público-alvo, além de fidelizar a clientela já conquistada.

Direcção de Recursos Humanos

Cabe a direcção de recursos humanos o recrutamento do pessoal e gestão de pessoas. Ela


busca soluções para conflitos, controla os horários de entrada e saída dos trabalhadores,
as horas extras e estabelece políticas para a retenção de talentos, dentre outras funções.

Cabe ainda a direcção de recursos humanos o estabelecimento de políticas de motivação


e treinamento, pensar em planos de carreira e promoções e trabalhar para melhorar as
relações entre as equipes e a qualidade de vida dos colaboradores.

Direcção de Operações

A direcção de operações é responsável por administrar todo o processo de transformação


dos insumos no produto final.

Ela controla a entrada e o consumo de matérias-primas, dá suporte logístico, faz a gestão


do uso e da manutenção das máquinas e equipamentos e acompanha os níveis de
produtividade da empresa.

Sua função é garantir que a operação transcorra sem imprevistos, tendo como meta
garantir que a empresa obtenha a maior produção possível aplicando o mínimo de
recursos.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

3 Enquadramento macroeconómico
Economia internacional

A economia mundial cresceu 3,1% em 2016, abaixo dos 3,2% no ano anterior, segundo
estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). As economias avançadas
progrediram 1,6% no ano de 2016, contra 2,1% em 2015, enquanto os mercados
emergentes e as economias em desenvolvimento mantiveram o mesmo ritmo de
crescimento nos últimos dois anos, 4,1%. Os resultados dentro dos blocos económicos
são, todavia, muito diversos. As razões para a desaceleração da actividade económica
mundial em 2016 são de ordem diversa, entre as quais se encontram uma redução
expressiva do comércio internacional, fraco investimento, apesar de os preços das
commodities terem estabilizado em níveis mais baixos do que no ano precedente (o preço
do petróleo caiu em média 15,9% em 2016 e as restantes matérias primas desceram, em
média ponderada, em 2,7%, segundo o FMI).

Os níveis do comércio internacional, o qual reflecte a procura e a oferta nos vários países,
que por sua vez influi nos níveis de investimento, é talvez um dos indicadores mais
preocupantes para a economia global em 2016. Em 2016 o comércio internacional
aumentou apenas 1,9%, quando tinha crescido 2,7% no ano anterior. No plano global, as
taxas de juro mantiveram-se em 2016 em níveis historicamente baixos, embora os Estados
Unidos tenham assinalado uma subida de juros, no último mês do ano, o que impacta
negativamente o valor das moedas que estão ligadas ao dólar, em particular para os
mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

No que respeita ao nível de preços, o ano de 2016 não trouxe muitas alterações aos
principais blocos económicos. Nas economias avançadas, os preços aumentaram em
média 0,7% em 2016, contra 0,3% no anterior. Nos mercados emergentes e nas economias
em desenvolvimento, o nível médio dos preços cresceu 4,5% em 2016, quando tinha
aumentado 4,7% no ano precedente.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Economia moçambicana

O Produto Interno Bruto de Moçambique cresceu 3,3% em 2016, em contraste com uma
subida de 6,6% em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Do lado da oferta, e de acordo com a análise do Banco de Moçambique, este


abrandamento terá resultado da queda de produção devido à instabilidade política e aos
eventos climáticos extremos (cheias e seca) que afectaram o desempenho do sector da
agricultura. Do lado da procura, a redução das despesas de investimento e de consumo,
em resultado dos efeitos da política monetária restritiva e da contenção da despesa
pública, em face da suspensão da ajuda externa pelos parceiros programáticos, explica,
em parte, o fraco desempenho da actividade económica registada em 2016. A
consequência destes eventos foi que, como explica a Economist Inteligence Unit (EIU),
a economia de Moçambique foi prejudicada em 2016 pela falta de divisas, pelo aumento
exponencial da inflação e pela redução da despesa pública, em simultâneo com a
percepção entre os responsáveis da banca e das empresas privadas dos elevados riscos
políticos. O ano de 2016 foi muito desafiante, quer para os agentes económicos e
políticos, quer para as famílias moçambicanas.

Já no final do ano de 2016, alguns sinais começaram a ajudar a mudar as perspectivas,


quer com o desanuviamento da situação político-militar (com as tréguas entre os dois
principais partidos políticos, que se mantiveram nos primeiros meses do ano seguinte), as
indicações de que os contractos de gás iriam realmente avançar (e confirmado com a
assinatura de compra e venda entre a Exxon e a ENI no início de Março de 2017) e com
a verificação de que a política restritiva do Banco de Moçambique conseguiu estancar e
começar a inverter a desvalorização do metical e a subida da inflação.

O início de 2017, ainda com base nalguns acontecimentos e comportamentos de 2016,


que vieram a ser conhecidos apenas em 2017, indiciou efectivamente melhores
perspectivas para o País para 2017.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

4 Situação do sector de alojamento, restauração e similares


No mercado Internacional

O sector dos restaurantes e similares é um sector com bastante importância a nível


internacional. Este sector assume um papel bastante relevante nos Estados Unidos da
América EUA, conforme o “Barómetro Nº5 do Sector dos Restaurantes e Bebidas” de
Setembro/Outubro de 2007, através de um estudo da National Restaurant Association, em
que o impacto económico da indústria dos Restaurantes nos (EUA), em 2007, excede os
1,3 triliões de dólares e emprega 12,8 milhões de pessoas que representam cerca de 9%
do emprego total dos EUA, colocando-se como maior empregador logo depois do
governo. O mesmo estudo revela que nos EUA por cada dólar gasto nos restaurantes, 2,34
dólares são gastos em outras indústrias relacionadas com os restaurantes e por cada 1
milhão de dólares em vendas nos restaurantes criam-se 37 empregos na economia dos
EUA. As previsões deste estudo apontam para que, em 2017, este sector atinja os 14,8
milhões de empregos nos EUA, um crescimento acima dos 16%. De acordo com o estudo
“Study on the competitiveness of the EU-27 Tourism industry” este sector, em 2006, gera
um volume de negócios de 308.000.000.000 Euros e cerca 6.750.000 empregos na
Europa. Este estudo indica ainda que os períodos de recessão geram graves consequências
neste sector. Em 2008, este estudo através de um inquérito a este sector, demonstrou que
80% dos inquiridos verificaram mudanças nos padrões de consumo dos seus clientes, e
dois terços verificaram que os clientes se tornaram mais conscientes dos preços, com
consequente diminuição do dinheiro gasto por estes.

No mercado Nacional

No primeiro trimestre de 2016, o indicador de confiança do sector de alojamento


restauração e similares estava em queda, o volume de negócios diminuiu drasticamente
em comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, este indicador continuou
com perfil descendente. A deterioração no sector continuou a dever-se, principalmente, à
avaliação negativa da procura no momento apesar de aumento considerável da facturação
(volume de negócios) comparando ao trimestre anterior. No terceiro trimestre o indicador

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

do sector registou uma subida ligeira após situação desfavorável nos últimos trimestres.
O aumento da confiança no sector deveu-se ao incremento do volume de negócios e da
procura que aumentou de uma forma substancial, facto que, todavia, ocorreu num clima
caracterizado pela queda da perspectiva da procura nesse trimestre. No quarto trimestre,
o indicador abrandou depois de ter experimentado um sinal de recuperação no trimestre
anterior, tendo o saldo atingido um novo mínimo da respectiva série temporal. A
avaliação desfavorável da confiança no sector em análise deveu-se, à diminuição da
procura e do volume de negócios actuais do sector, que suplantaram a apreciação positiva
da perspectiva da procura no período em referência. Em linha com o indicador síntese do
sector, a perspectiva da capacidade hoteleira diminuiu no mesmo período, facto
acompanhado pela quebra da perspectiva de preços. Cerca de 38% das empresas deste
sector enfrentou alguma limitação de actividade no período em análise, representando 8%
de diminuição das empresas com obstáculos no desempenho normal das suas actividades.
Os principais factores referidos pelos agentes económicos do sector continuaram sendo a
baixa procura, a concorrência, e os outros factores não especificados na mesma ordem de
importância.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

5 Responsabilidade corporativa
Responsabilidade nutricional

Para além de seguir os princípios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o


Restaurante desenvolveu uma política formal de responsabilidade nutricional com o
objectivo de divulgar o seu compromisso com a saúde de seus clientes.

Nossos colaboradores são responsáveis pela implementação desta política e pelo


fortalecimento de esforços contínuos no sentido de:

▪ Atender às normas sobre os procedimentos de manuseio e cuidados com os


alimentos, garantindo a segurança dos clientes;
▪ Incentivar positivamente a mudança comportamental dos clientes por hábitos
alimentares mais saudáveis;
▪ Incentivar a alimentação saudável educando para a qualidade das escolhas
alimentares;
▪ Proporcionar a orientação nutricional aos clientes, actuando com a medicina do
trabalho de cada empresa cliente.

Responsabilidade social

A gestão do Restaurante atenta para segurança dos seus colaboradores, respeito às


pessoas, bem-estar no ambiente de trabalho e impacto das suas operações na sociedade.
Sendo assim, o Restaurante desenvolve programas que demonstram o sério compromisso
da Empresa com o público com que se relaciona, nomeadamente: colaboradores, clientes,
fornecedores, comunidade e governo. Cada um desses programas tem em vista:

▪ Cultivar a excelência no clima organizacional, proporcionando um ambiente de


trabalho agradável, seguro e humano;
▪ Cumprir a legislação trabalhista, que regula as relações individuais e colectivas
de trabalho;
▪ Integrar a política de meio ambiente, saúde e segurança como parte importante
nos processos de tomada de decisão;

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

▪ Manter política de benefícios que agregue mais qualidade de vida ao colaborador;


▪ Combater a discriminação de qualquer natureza;
▪ Manter uma política disciplinar justa, coibindo acções abusivas, coerção, ameaça
ou exploração entre os colaboradores;
▪ Contribuir com o desenvolvimento dessas comunidades através da geração de
empregos, fortalecimento dos fornecedores locais e do envolvimento em ações
sociais beneficentes.

No âmbito da responsabilidade social, o Restaurante doou 20.000 meticais para a cruz


vermelha de Moçambique.

Responsabilidade ambiental

Além da preocupação com a preservação do meio ambiente, o Restaurante está


comprometido em buscar a melhoria contínua e atender a todos os requisitos legais e
normas aplicadas a sua actividade. Este compromisso sustenta-se através da sua política
de responsabilidade ambiental.

No âmbito da responsabilidade ambiental, o Restaurante disponibilizou dois contentores


de depósito de lixo na Avenida da Malhangalene.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

6 Aspectos relevantes das actividades da empresa

a) Actividades operacionais

Vendas

Em sede de vendas, vale referir que a principal fonte de rendimento para empresa foram
as empresas de construção civil. Estas representaram 73% das vendas totais.

O primeiro trimestre foi marcado por dificuldades na produção devido ao atraso no


fornecimento das principais matérias primas. Não obstante, a empresa conseguiu gerir
suas obrigações com seus clientes.

O segundo e terceiro trimestres foram marcados pelo aumento de trabalhadores dos


clientes do Restaurante e contratação de novos clientes. Conforme se poderá notar no
gráfico a seguir, a entidade atingiu seu pico de vendas no terceiro trimestre, quando as
empresas de construção aumentaram sua força laboral. Este facto deveu-se igualmente a
uma venda efectuada ao exterior.

O quarto trimestre foi o menos produtivo do exercício. Principais destaques são dados
para baixa actividade no mercado e consequente redução da força de trabalho dos clientes
mais lucrativos. O detalhe da evolução das vendas é apresentado no gráfico a seguir.

Gráfico 1 Evolução das vendas por trimestre (não acumuladas)

13
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

A carteira de clientes mostrou uma evolução do primeiro trimestre para o segundo, tendo
mantido para os restantes. Note-se que a carteira de clientes se manteve até ao final,
porém, o número de trabalhadores variou trimestralmente o que culminou com a baixa
das vendas no quarto trimestre.

Gráfico 2 Evolução da carteira de clientes

As vendas do exercício são conforme mostra a tabela a seguir:

Mercado Interno Mercado Externo Total


Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344
20.448.427 325.917 20.774.344

Tabela 2 Vendas do período

Fornecimento dos principais bens e serviços

Os principais bens e serviços foram oferecidos pelas entidades na tabela infra:

Fornecedor Bem/ Serviço


SE Distribuição Agua, Luz, Comunicações e Equipamentos
Aki Armazenista, Lda. Inventário
Limpezas Cheira nem, Lda. Limpeza e Higiene
Energias XXI, Lda. Combustíveis
Maputo Rent, Lda. Transporte
Check-Up, Lda. Assistência medica e medicamentosa
Banco Online Serviços bancários e seguros

Tabela 3 Fornecedores dos principais bens e serviços

14
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

b) Actividades de Investimento

Investimentos financeiros

À data do balanço, a rubrica de investimentos financeiros apresentava um valor bruto de


2.000.000 de meticais referente constituição de depósito a prazo. Ora, ao longo do
exercício a entidade efectuou diversos movimentos na rubrica de investimentos
financeiros conforme a tabela infra:

Data de Data de
Categoria Descrição Valor aquisição vencimento Estado
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 300.000 05/06/2016 02/12/2016 Vencido
Fundo de Acções Aquisição de fundo de acções 1.499.992 19/09/2016 31/12/2016 Vencido
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 2.000.000 31/12/2016 31/03/2017 Activo

Total 3.799.992

Tabela 4 Investimentos financeiros

Investimentos não financeiros

Os investimentos não financeiros compreendem os activos tangíveis e intangíveis. O


montante bruto dos activos tangíveis ascende 1.552.086 meticais conforme o detalhe na
tabela a seguir:

Activo Valor em Meticais


Equipamento de Escritorio 294.157
Equipamento de Transporte 509.883
Equipamento Basico 634.330
Ferramentas e Utensilios 113.715

Total 1.552.086

Tabela 5 Activos tangíveis

O valor dos activos intangíveis, o qual diz respeito a marca FAZ BEM ascende 134.882
meticais.

15
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

O quadro a seguir mostra o resumo dos investimentos não financeiros:

Investimentos não Financeiros Valor em Meticais


Activos Tangíveis 1.552.086
Activos Intangíveis 134.882

Total 1.686.967

Tabela 6 Investimentos não financeiros

c) Actividade de Financiamento

As actividades de financiamento destinaram-se essencialmente à aquisição de activos


tangíveis. Com efeito, o capital alheio tem um peso significativo na estrutura do capital
da empresa conforme se mostra na tabela a seguir:

Capital Valor em Meticais %


Capital Alheio 1.948.392 45%
Capital próprio 2.351.622 55%

Total 4.300.014 100%

Tabela 7 Estrutura do capital da empresa

As modalidades de financiamento que a entidade recorreu são mostradas na tabela a


seguir:

Financiamentos Não corrente Corrente Total


Empréstimos bancários m.l.prazo 1.050.000 300.000 1.350.000
Contas bancárias de letras descontadas - 155.142 155.142
Leasing 355.970 87.280 443.250

Total 1.405.970 542.422 1.948.392

Tabela 8 Modalidades de financiamento

A gestão da Empresa conduziu seus negócios de modo que a dívida financeira se situasse
em níveis sustentáveis. Com efeito, a dívida financeira representa 28% do activo total. A
parte remanescente dos activos foi autofinanciada através da gestão de prazos de
pagamento e recebimento.

16
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

7 Análise do meio envolvente


Análise PEST

A análise PEST aborda factores externos importantes a um sector sob quatro pontos de
vista: político-legal, económico, sócio-cultural e tecnológico.

Os resultados da análise PEST são mostrados na ilustração abaixo:

Ilustração 3 Modelo da Análise PEST

Michael Porter

A análise das Cinco Forças Competitivas de Porter, é essencial para identificar as


ameaças a serem contornadas e as debilidades que poderão ser oportunidades, para a
Empresa estabilizar-se no mercado de Simulação Empresarial. A intensidade conjunta
dessas cinco forças determina o potencial de lucro. Quanto menor a intensidade desse
conjunto de forças, maior é a possibilidade de sucesso da empresa. No entanto,

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

independentemente de qual das forças pressiona mais a competitividade do sector, é tarefa


da empresa encontrar a melhor estratégia.

Poder de
barganha dos
clientes

Ameaça de Produtos
Rivalidade no
entrantes substitutos
sector
potenciais

Intenso
Poder de Médio
barganha dos
fornecedores Fraco
Quase inexistente

Ilustração 4 Michael Porter

Como se pode observar na ilustração acima, a força competitiva mais intensa no mercado
é o poder de barganha dos clientes. Outra força significativa é proveniente dos produtos
substitutos, seguida de maneira mais branda, pela força dos fornecedores e a rivalidade
no sector.

Ameaça de entrantes potenciais


A ameaça de novos entrantes é quase inexistente devido aos investimentos iniciais
necessários, a regulamentação sobre as condições mínimas de higiene e a forte
identificação dos consumidores com a marca FAZ BEM.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Poder de barganha dos fornecedores


Para o fornecimento da principal matéria-prima, a empresa tem a sua disposição muitos
fornecedores com preços competitivos. Os custos de contratação e rescisão dos contractos
de fornecimento são quase imateriais, por isso os fornecedores não exercem grande poder
de negociação.

Rivalidade no sector
No mercado de Simulação Empresarial, a rivalidade entre concorrentes é baixa devido ao
reduzido número de restaurantes. O Restaurante Faz Bem, Lda. é o líder no ramo de
restauração com uma quota do mercado de 60%.

Ameaça de produtos substitutos


Os produtos substitutos do Restaurante são refeições de outros restaurantes e vendedores
ambulantes. O Restaurante diminui a ameaça de produtos substitutos oferecendo
alimentação que proporciona satisfação a preço competitivo e investindo na fidelização
dos clientes.

Poder de barganha dos clientes


A principal ameaça no sector de restauração é o poder de barganha dos clientes. Os
clientes têm à sua disposição várias opções desde restaurantes, lanchonetes, bares,
vendedores ambulantes de refeições e outros lugares para adquirir refeições. Com efeito,
o cliente tem grande poder de negociação.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Análise SWOT

Para identificar vantagens competitivas do Restaurante recorremos à análise SWOT, em


que analisamos os pontos fortes e pontos fracos, bem como as oportunidades e ameaças
que o mercado lhe oferece.

Os resultados da análise SWOT do Restaurante são mostrados na tabela abaixo:

FORÇAS FRAQUEZAS
▪ Preços competitivos; ▪ Fraca promoção
▪ Boa qualidade dos serviços; ▪ Recursos humanos ainda em
▪ Ambiente agradável desenvolvimento
▪ Bom atendimento ao cliente; ▪ Pouco tempo de experiência no
▪ Capacidade inovadora e dinâmica sector
▪ Boa política comercial
▪ Líder no mercado de restauração
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
▪ Preocupação dos clientes com a sua ▪ Cadeias de fast food;
saúde; ▪ Vulnerabilidade à actual
▪ Crescimento e incentivos a conjuntura económica;
investimentos no sector de Turismo; ▪ Elevado custo de tecnologia no
▪ Crescente procura por restaurantes; mercado nacional.
▪ Existência de poucos restaurantes no
mercado de simulação empresarial.

Ilustração 5 Análise SWOT

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Estratégia de Gestão

Ao lidar com as cinco forças competitivas, o Restaurante Faz Bem escolheu a estratégia
de liderança no custo. O Restaurante Faz Bem, Lda. minimizou seus custos através do
aumento substancial da escala de produção.
Ademais, o Restaurante realiza um marketing muito forte, principalmente em feiras. Com
efeito, entre os dias 28 e 31 de Dezembro, o Restaurante participou na feira das
actividades económicas, organizada pela Associação Comercial e Industrial da Simulação
Empresarial. Esta participação serviu para expor ao público os serviços prestados pelo
Restaurante.
As principais técnicas de marketing são a seguir enunciadas.

Técnicas de Marketing

Mix - Marketing

O composto de marketing ou mix-marketing pode ser entendido como um conjunto de


variáveis mercadológicas que a empresa planeia, implementa e controla de modo a
satisfazer seu mercado alvo. O mix de marketing utilizado em serviços é ampliado,
conhecido como 8 P’s. Além dos 4 P’s tradicionais (Produto/Serviço, Preço, Praça e
Promoção) utiliza-se também mais 4 P’s, nomeadamente: Ambiente físico (Physical
environment), Pessoas, Processos e Produtividade.

▪ Produto/Serviço – o Restaurante oferece refeições.


▪ Preço – o Restaurante adopta estratégia de vendas que contempla técnicas de
envolvimento que faz com que os clientes percebam que o restaurante e o produto
por ele oferecido são melhores que os da concorrência. Por isso, adoptamos a
política do preço justo (menor do que o da concorrência). O preço médio de uma
refeição são 170 meticais.
▪ Praça – os serviços e produtos oferecidos pelo Restaurante são comercializados
no próprio local físico da empresa de segunda-feira à domingo, das 7 às 22 horas,
situado em posição estratégica perto do centro da cidade.
21
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

▪ Promoção – a estratégia para a promoção e divulgação dos produtos/serviços deste


restaurante tem grande influência pela comunicação boca-a-boca, visto que, por
se tratar de uma cidade pequena, vai depender muito dos clientes já atendidos.
Entretanto, inicialmente realizamos várias comunicações através de email.
▪ Pessoas - Todas as pessoas envolvidas directa e indirectamente na produção e
consumo de um serviço são parte importante do marketing mix. Com a
implementação de normas, padrão de qualidade foi realizado um curso de
qualificação dos colaboradores. A partir da satisfação dos clientes define-se
alguns aspectos de avaliação como cordialidade, pontualidade, organização e
aparência. Além disso, criou-se código de ética para atender os padrões de
comportamento esperados. O nível de desenvolvimento das pessoas que prestam
o serviço como factor fundamental de diferenciação deve ser alcançado por meio
de formação, capacitação e motivação.
▪ Ambiente físico – O Restaurante tem uma área confortável de agradável
qualidade, comodidade, de maneira a proporcionar plena satisfação aos seus
clientes.
▪ Processos - Um método particular de operações ou séries de acções, que
normalmente envolve passos que precisam de serem dados em uma sequência
definida. Os procedimentos, mecanismos e fluxo de actividades pelos quais um
serviço é consumido são elementos essenciais da estratégia de marketing. Através
de uma metodologia de qualidade nos processos, analisa-se pontualmente cada
etapa, desde o pedido do cliente até a entrega final.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Fluxograma

Ilustração 6 Fluxograma

▪ Produtividade – relação entre os resultados e os meios empregados para produzir.


Uma cozinha produtiva é aquela que consegue entregar todos pratos solicitados
com o melhor aproveitamento de recursos disponíveis e no menor tempo possível
mantendo a qualidade como a segurança dos alimentos e o bom atendimento ao
cliente. Factores críticos para a produtividade no nosso restaurante: bom ambiente
de trabalho (condições físicas, psicológicas e socias), motivação da equipe,
racionalização do custo, comunicação e capacitação. A produtividade líquida do
trabalho é 1.424.420.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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8 Situação económico-financeira
Análise dos principais resultados

Gráfico 3 Análise dos principais resultados

Uma breve análise nos permite aferir que o EBITDA1 e o EBIT2 situaram-se em
2.278.722 e 2.046.780, respectivamente. Em termos de margens, estes resultados
representam cerca de 11% (EBITDA) e 10% (EBIT), portanto, níveis baixos
influenciados maioritariamente pelos elevados custos operacionais.

Os resultados financeiros situariam-sem em 200.114 meticais negativos, corolário do alto


endividamento e fraca aplicação de recursos financeiros.

O imposto sobre rendimento representa cerca de 48% do resultado liquido do período,


situação que não se manifesta favorável para a empresa. Com efeito, o resultado líquido
ascendeu 1.243.717 meticais.

1
Earnings before interest, tax, depreciations and amortisations( Resultado antes de juros, impostos e
amortizações/depreciações)
2
Earnings before interest and tax( Resultado antes de juros e impostos)

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

Análise dos principais indicadores financeiros.

A seguir são apresentados os principais indicadores de desempenho financeiro.

Margens

Margens 31/dez/16
Margem Bruta 40%
EBITDA 2.278.722
Margem EBITDA 11%
EBIT 2.046.780
Margem EBIT 10%
Legenda:
EBITDA= Earnings before Interest, tax, depreciations and amortisations (Resultado operacional antes de impostos)
EBIT = Earnings before interest and tax (Resultado antes de juros e impostos)

Tabela 9 Margens

A margem bruta de 40%, mostra-nos o quanto a empresa está a ganhar como resultado
imediato da sua actividade. Este indicador foi influenciado pelo elevados custos de
produção, com principal destaque os custos das matérias primas.

As margens EBITDA (11%) e EBIT (10%) situaram-se em níveis baixos devido aos
elevados custos operacionais, resultado do recurso a subcontratações de serviços.

Indicadores de Rentabilidade

Rentabilidade Formula 31/dez/16


Rentabilidade dos capitais próprios RL/CP 53%
Rentabilidade operacional do ativo RO/AT 30%
Rentabilidade líquida do ativo RL/AT 18%
Rentabilidade operacional das vendas RO/VV 10%
Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6%

Legenda:
RL = Resultado liquido
CP = Capital Próprio
RO = Resultado Operacional
AT = Activo Total
VV = Volume de Vendas

Tabela 10 Rácios de Rentabilidade

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

Os indicadores de rentabilidade relacionam o lucro obtido com o investimento feito ou


existente. A rentabilidade dos Capitais Próprios, indica-nos que cada 100 meticais
investidos rendem 53 meticais, o que se mostra favorável no primeiro ano de actividade.
A rentabilidade líquida das vendas a qual se situou em 6% mostra-nos um lucro de 6
meticais por cada unidade vendida. Globalmente, a rentabilidade da empresa se situou em
níveis satisfatórios, pese embora a entidade ainda apresente baixa remuneração dos seus
activos e capacidade da exploração em gerar uma margem liquida.

Análise Dupont.

Análise Dupont Formula 31/dez/16


Rentabilidade líquida das vendas RL/VV 6%
x Rotação do activo VV/AT 3,0
÷ Autonomia financeira CP/AT 34%
= Rentabilidade dos capitais próprios 53%
Legenda:
RL= Resultado liquido
VV = Volume de Vendas
CP = Capital Próprio
AT = Activo Total

Tabela 11 Análise Dupont

A análise Dupont é uma técnica que procura analisar a evolução da rentabilidade dos
capitais próprios através da decomposição desta em vários factores explicativos. Pela
análise Dupont concluímos que a rentabilidade dos capitais próprios poderá ser
aumentada se a rentabilidade das vendas crescer, as vendas por unidade de activo
aumentarem ou a autonomia financeira reduzir.

Indicadores de Liquidez

Liquidez Formula 31/dez/16


Grau de líquidez geral AC/PC 1,1
Grau de líquidez reduzida (AC-Inventários)/PC 0,9
Grau de líquidez imediata Disponibilidades/PC 0,5
Fundo de maneio AC - PC 302.568
Legenda:
AC = Activo Corrente
PC = Passivo corrente

Tabela 12 Indicadores de liquidez

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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(Valores expressos em meticais)

O indicador de liquidez geral (1,1), mostra-nos que 110% das responsabilidades de curto
prazo poderão ser satisfeitas recorrendo às disponibilidades, cobrança dos créditos de
curto prazo e venda das existências. Os demais indicadores mostram-se igualmente
favoráveis, analisados conjuntamente com o fundo de maneio de 302.568 meticais.

Indicadores de Financiamento

Financiamento Formula 31/dez/16


Endividamento DF/AT 28%
Cobertura de encargos financeiros (n° de vezes) RL/Juros 9,1
Rácio de solvabilidade CP/PT 52%
Autonomia financeira CP/AT 34%
Legenda:
DF = Divida Financeira
AT = Activo Total
RL = Resultado liquido
CP = Capital Próprio
PT = Passivo Total

Tabela 13 Indicadores de Financiamento

Estes rácios visam dar indicações sobre o grau de intensidade de recurso a capitais alheios
no financiamento de uma empresa.
Por um lado, o indicador de endividamento mostra que o activo total da empresa é
financiado em 28% pela divida financeira. Ainda no mesmo cerne, 34% dos activos são
financiados pelo sócios da empresa. Estes indicadores mostram que a empresa ainda
enfrenta desafios de gestão.
Por outro lado, a capacidade da empresa honrar seus compromissos de médio e longo
prazo se situou em níveis favoráveis, resumindo-se em 52%.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Indicadores de eficiência

Eficiência Formula 31/dez/16


Prazo médio de pagamentos (dias) Fornecedores/ (Compras * 1,17)* d 32
Prazo médio de recebimentos (dias) Clientes/(Vendas*1,17)* d 13
Nº de dias de inventário CICV/Inventários 19
Legenda:
d = numero de dias
CICV = Custos dos inventários consumidos e vendidos

Tabela 14 Indicadores de eficiência

Indicadores de eficiência ajudam a explicar os impactos financeiros da gestão ao nível do


ciclo de exploração. A empresa leva 32 dias para pagar aos seus fornecedores, e em
contrapartida leva 13 dias para cobrar aos seus clientes.

Análise dos principais desvios

Os principais desvios são analisados a seguir, conforme a tabela infra:


Realizado Previsto Desvio %

Vendas 20.774.344 13.488.152 54%


Volume de negócios 20.774.344 13.488.152 54%

Custo de mercadorias vendidas (10.614.280) (2.890.160) 267%


Gastos com o pessoal (4.404.797) (4.680.802) -6%
Fornecimentos e serviços de terceiros (3.088.072) (2.563.892) 20%
Outros rendimentos e gastos operacionais (388.473) (305.232) 27%

Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722 3.048.066 -25%

Amortizações e depreciações (231.943) (188.785) 23%

Resultado operacional 2.046.780 2.859.281 -28%

Rendimentos financeiros 2.967 71.000 -96%


Gastos financeiros (203.081) (46.500) 337%

Resultados antes do imposto 1.846.666 2.883.781 -36%


Imposto sobre o rendimento (602.949) (922.810) -35%

Resultado líquido 1.243.717 1.960.971 -37%

Tabela 15 Análise dos principais desvios

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Vendas e custos dos inventários vendidos

O desvio favorável na ordem de 54% a nível de vendas deveu-se a antecipatória e flexível


angariação de clientes e baixa rivalidade no sector. A empresa esperava ter uma quota de
mercado de cerca de 40%, entretanto, seus esforços de marketing culminaram com uma
parcela de 60% do mercado.

A nível dos custos dos inventários o desvio foi desfavoravelmente estrondoso. O desvio
desfavorável em 267% é explicado pelo custo das principais matérias primas para
confecção das refeições. Tal facto, deveu-se a mudança repentina e desprogramada de
fornecedor de matérias primas, dado que o fornecedor com o qual a empresa contava, não
conseguia fornecer a matérias primas em tempo útil. Com efeito, a empresa recorreu a
um fornecedor melhor organizado, embora com preços elevados.

Custos operacionais

A nível dos fornecimentos e serviços financeiros, o desvio na ordem de 20% é fruto do


ajuste dos gastos de limpeza das instalações e dos serviços de transporte de refeições. O
serviço de transporte é responsável por 17% do desvio global nos fornecimentos e
serviços de terceiros.

O desvio desfavorável em 27% nos outros gastos operacionais é explicado pelo aumento
dos valores de participação na feira anual das actividades comerciais e industriais.

A rubrica de amortizações e depreciações apresentou um desvio desfavorável na ordem


de 23% por conta da aquisição de uma fritadeira industrial não prevista.

Rendimentos e gastos financeiros

Por um lado, a rubrica de rendimentos financeiros foi desfavoravelmente afectada em


96% pela falta de excedente de tesouraria para aplicação e baixa taxa de remuneração das
pequenas aplicações.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
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Por outro lado, a entidade contraiu empréstimos além do previsto para aquisição de 3
fogões industriais, o que culminou com encargos financeiros que excedessem os previstos
na ordem de 337%. Note-se ainda, que o custo do capital alheio se situou acima do que
foi previsto.

Estes elementos, conjuntamente, contribuíram para que o resultado realizado se situasse


aquém do previsto, em cerca de 37%.

9 Proposta de Aplicação de Resultados

Considerando as disposições legais e estatutárias relativas a reserva legal e reservas


especiais, nos termos do nº 1 do artigo 314º e nº 1 do artigo 315º do Código Comercial, a
Direcção Geral propõe que os resultados líquidos apurados no exercício de 2016, tenham
a seguinte aplicação:

Aplicação Valor em Meticais %


Reservas legais 248.743 20%
Reservas livres 310.929 25%
Dividendos 373.115 30%
Resultados a acumular 310.929 25%
Total 1.243.717 100%

Tabela 16 Proposta de aplicação de resultados

10 Perspectivas para 2017

A marca Restaurante Faz Bem é presentemente uma aposta ganha, sendo no mercado de
simulação empresarial uma referência sólida atingindo o desiderato do reconhecimento
pela competência, pelo saber e pela realização. As perspectivas para 2017 são de
confiança nas capacidades, nos princípios e valores que norteiam a nossa equipe.

30
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
RELATÓRIO DE GESTÃO - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Esperamos aumentar em pelo menos 3% a receita líquida até o final do ano e aumentar o
número de clientes lucrativos.

A seguir são ilustradas as perspectivas para o exercício de 2017, através do Balanced


Scorecard, uma ferramenta destinada ao acompanhamento das decisões estratégicas
tomadas pela empresa com base em indicadores previamente estabelecidos:

PERSPECTIVA OBJECTIVO METAS INDICADOR INICIATIVA


Financeira Aumentar receitas Aumentar em 3% a receita Demonstrações Desenvolver novas políticas
líquida em 12 meses. financeiras de crédito para os clientes.

Atrair novos clientes Aumentar em 2% o número Crescimento em no de Buscar diferenciais nos


Clientes e reter clientes de clientes e facturação. clientes serviços e divulgar acções
existentes sociais.
Controle Aumentar Aumentar o % alimentos Efectuar estudos para o
Interno reaproveitamento reaproveitamento de reaproveitados reaproveitamento seguro;
alimentos em 10% nos efectuar parceria de doação.
proximos 6 meses.
Aprendizado e Formar e desenvolver Treinar 100% da equipe de Número de Celebrar contractos de
crescimento colaboradores produção. certificados formação dos trabalhadores.
adquiridos pela
equipe.

Tabela 17 Perspectivas para o futuro

Maputo, 31 de Janeiro de 2017

Os membros da Direcção Geral


_____________________________
Christopher Chance (Director Geral)

_________________________________
Adalmira de Fátima Cumbane (Sócia - Gerente)

__________________________________
Ismael Carlos Miambo (Sócio-Gerente)

31
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 de Dezembro de 2016
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

ÍNDICE

Demonstração da Posição Financeira 32

Demonstração de Resultados por Naturezas 33

Demonstração de Resultados por Funções 34

Demonstração de Fluxos de Caixa 35

Demonstração da Variação de Capitais Próprios 36

Notas às Demonstrações Financeiras 37-63


RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Demonstração da Posição Financeira

Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016

ACTIVOS
Activos não correntes
Activos tangíveis 5 1.320.143
Activos intangíveis 6 134.882
Investimentos financeiros 7 2.000.000

Total dos activos não correntes 3.455.025

Activos correntes
Inventários 8 565.265
Clientes 9 902.076
Outros activos correntes 10 453.765
Bancos 11 1.466.672

Total dos activos correntes 3.387.778

TOTAL DOS ACTIVOS 6.842.802

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS

Capital próprio
Capital social 12 (i) 1.000.000
Outras Componentes do Capital Próprio 12 (ii) 107.905
Resultado liquido do período 1.243.717
Total do capital próprio 2.351.622

Passivos não correntes


Empréstimos obtidos 13 1.050.000
Outros Credores - Leasing 13,15 355.970
Total dos passivos não correntes 1.405.970

Passivos correntes
Fornecedores 14 1.164.182
Outros Credores 15 187.952
Empréstimos obtidos 13 455.142
Outros passivos correntes 16 1.277.934

Total dos passivos correntes 3.085.210


Total dos passivos 4.491.180
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOS 6.842.802

O Técnico de Contas Direcção Geral


______________________________ _____________________________

(Pedro Fonseca Gomes) ( Christopher Chance)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Demonstração de Resultados por Naturezas

Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016

Vendas 17 20.774.344
Volume de negócios 20.774.344

Custo de mercadorias vendidas 8 (10.614.280)


Gastos com o pessoal 18 (4.404.797)
Fornecimentos e serviços de terceiros 19 (3.088.072)
Outros rendimentos e gastos operacionais 20 (388.473)

Resultado operacional antes de depreciações 2.278.722

Amortizações e depreciações 5 (231.943)

Resultado operacional 2.046.780

Rendimentos financeiros 21 2.967


Gastos financeiros 21 (203.081)

Resultados antes do imposto 1.846.666


Imposto sobre o rendimento 22 (602.949)

Resultado líquido 1.243.717

O Técnico de Contas Direcção Geral


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(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Demonstração de Resultados por Funções

Em 31 de Dezembro de 2016
Nota 2016

Vendas 17 20.774.344
Volume de negócios 20.774.344

Custo de vendas 23 (12.475.420)


Gastos de distribuição 24 (569.775)
Gastos administrativos 25 (5.394.751)
Outros rendimentos e gastos operacionais 26 (287.618)

Resultado operacional 2.046.780

Rendimentos financeiros 21 2.967


Gastos financeiros 21 (203.081)

Resultados antes do imposto 1.846.666


Imposto sobre o rendimento 22 (602.949)

Resultado líquido 1.243.717

O Técnico de Contas Direcção Geral


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(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Demonstração de fluxos de caixa (método directo)

Em 31 de Dezembro de 2016
Notas 2016

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimentos de clientes 23.506.048


Pagamentos a fornecedores (12.343.492)
Pagamentos aos colaboradores (1.954.976)
Pagamentos/recebimentos de impostos (1.543.166)

Outros Pagamentos/recebimentos operacionais (5.114.790)


Caixa líquida gerada pelas actividades operacionais 2.549.624

Fluxos de caixa das actividades de investimento


Pagamentos relativos a:
Aquisição de activos tangíveis (1.219.377)
Aquisição de activos intagíveis 6 (157.811)
Aquisição de investimentos financeiros 7 (2.000.000)

Caixa líquida gerada pelas actividades de investimento (3.377.189)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos relativos a
Realização do capital social 12 1.000.000
Subsidios do Governo 12 107.905
Empréstimos obtidos 13 1.489.840

Pagamentos relativos a
Reembolso de empréstimos obtidos (216.633)
Juros e gastos similares (86.876)

Caixa líquida gerada pelas actividades de financiamento 2.294.237

Variação de caixa e seus equivalentes 1.466.672


Saldo de caixa no início 0
Saldo de caixa e seus equivalentes no final 10 1.466.672

O Técnico de Contas Direcção Geral


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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Demonstração das Variações no Capital Próprio

Em 31 de Dezembro de 2016
Capital próprio atribuível aos detentores do capital da casa mãe
Outras componentes de capital Resultado líquido
Natureza dos movimentos Notas Capital social próprio do período Total do Capital próprio
Saldo a 1 de Janeiro de 2016 -
Alterações do período: -
Outras alterações 12 (ii) - 107.905 - 107.905

Resultado líquido do exercício - - 1.243.717 1.243.717


Resultado líquido absoluto do período 107.905 1.243.717 1.351.622
-
Operações com detentores de capital -
Constituição de capital social 12 (i) 1.000.000 - - 1.000.000

Saldo a 31 de Dezembro de 2016 1.000.000 107.905 1.243.717 2.351.622

O Técnico de Contas Direcção Geral


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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Notas às Demonstrações Financeiras


1. Bases de Preparação
2. Políticas Contabilísticas Significativas
3. Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos
4. Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros
5. Activos Tangíveis
6. Activos Intangíveis
7. Investimento Financeiros
8. Inventários
9. Clientes
10. Outros Activos Correntes
11. Bancos
12. Capital Próprio
13. Empréstimos Obtidos e Leasing
14. Fornecedores
15. Outros Credores
16. Outros Passivos Correntes
17. Vendas
18. Gastos com o Pessoal
19. Fornecimentos e Serviços de Terceiros
20. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais
21. Resultados Financeiros
22. Imposto Sobre o Rendimento
23. Custo das Vendas
24. Custos de Distribuição
25. Custos de Administração
26. Outros Rendimentos e Gastos Operacionais
27. Instrumentos Financeiros e Gestão De Risco
28. Eventos Subsequentes

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Entidade a reportar

O Restaurante Faz Bem, Lda., doravante designado Restaurante, Empresa ou entidade, é


uma sociedade por quotas, registada na República de Moçambique e foi constituída em
2015 na sequência da disciplina de simulação empresarial. A sua principal actividade é a
produção, distribuição e venda de refeições incluindo prestação de serviços de catering e
fornecimento de banquetes.

O ano de 2016 é o primeiro ano de actividade da entidade. A entidade foi constituída e é


domiciliada em Moçambique.

Endereço registado: Avenida da Malhangalene, nº 51, caixa postal 3555 Maputo,


Moçambique.

Bases de Preparação
1.1. Base contabilística

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Geral de


Contabilidade baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (doravante
denominado PGC – NIRF). As demonstrações financeiras são elaboradas com base nos
princípios do custo histórico salvo indicação em contrário. As demonstrações financeiras
foram igualmente preparadas com base nos princípios do acréscimo e da continuidade.
De modo a dar uma imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras a
entidade derrogou o §15 das disposições da NCRF 26 – Contabilização de Subsídios do
Governo e Divulgação de Apoios do Governo o qual refere que os subsídios relativos a
activos devem ser apresentados no balanço como rendimento diferido, ou deduzindo o
subsídio para apurar a quantia registada do activo. A entidade aplicou supletivamente o §
14 da NIC 20 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do
Governo o qual refere que a entidade deve registar o subsídio directamente no capital
próprio.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Se a entidade tivesse registado o subsídio como rendimento diferido o capital próprio


ascenderia 2.243.717 meticais e o total do activo seria de 6.950.707 meticais. A entidade
entende que o tratamento dado é o mais apropriado às circunstancias.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Direcção Geral em 31 de Janeiro de


2017.

1.2. Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras são apresentadas em meticais, que constitui a moeda


funcional da Empresa. Todos os montantes foram arredondados para a unidade do Metical
mais próxima, a menos que o contrário seja indicado.

1.3. Uso de estimativas e julgamentos

Note-se, no entanto, que a preparação das demonstrações financeiras em conformidade


com o PGC-NIRF exige que a Direcção Geral formalize julgamentos, estimativas e
pressupostos, que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e mensuração dos
activos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são
baseados na experiência histórica e outros factores considerados razoáveis de acordo com
as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e
passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais
podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento
ou complexidade, ou para os quais os pressupostos e estimativas são considerados
significativos, são apresentados na nota 3.

Assim, estas demonstrações financeiras reflectem o resultado das operações e a posição


financeira do Restaurante com referência a 31 de Dezembro de 2016.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Políticas Contabilísticas Significativas

As políticas contabilísticas descritas abaixo foram consistentemente aplicadas ao logo do


exercício económico de 2016.

2.1. Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data


das transacções. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira
são convertidos para meticais à taxa de câmbio em vigor na data do correspondente
movimento. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em
resultados.

As taxas de câmbio utilizadas para conversão dos saldos expressos em moeda estrangeira
foram as seguintes:

31 de Dezembro de 2016
Compra Venda
Dólar Norte-Americano 59,76 60,98

2.2. Activos tangíveis

(i) Reconhecimento e mensuração

Os activos tangíveis utilizados pela entidade no decurso da sua actividade são registados
ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas.

O custo inclui as despesas que sejam directamente atribuíveis à aquisição do activo e


todas outras despesas directamente atribuíveis para colocar o activo em condições de
executar o trabalho para o qual o mesmo se destina.

Na data de início de actividade, a entidade decidiu adoptar como custo considerado para
os seus activos tangíveis o valor reavaliado.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

(ii) Custos subsequentes

Os custos de substituir parte de um item de activos tangíveis são reconhecidos no valor


contabilístico do item, se for provável que os benefícios económicos futuros incorporados
em parte desse item fluirão para a Empresa e o seu custo puder ser mensurado de forma
fiável. Os custos diários com a prestação de serviços de manutenção aos activos tangíveis
são reconhecidos em resultados conforme forem incorridos.

(iii) Depreciação

A depreciação é reconhecida em resultados segundo o método das quotas constantes


durante os períodos de vida útil estimada de cada parte de um item de activos tangíveis.

A vida útil estimada do período corrente é de:

Item Anos de vida útil


Equipamento básico 8
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 4 - 10
Ferramentas e utensílios 3-4

O Restaurante efectua regularmente a análise de adequação da vida útil estimada dos seus
activos tangíveis. As alterações na vida útil esperada dos activos são registadas através
da alteração do período ou método de depreciação, conforme apropriado.

Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade


em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis
exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos
resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos
resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor
recuperável do activo.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido
e o valor de uso, sendo este calculado com base nos fluxos de caixa estimados que se
esperam a vir obter do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Um item do activo tangível deixa de ser reconhecido aquando da sua alienação ou quando
não se esperam benefícios económicos futuros decorrentes da sua utilização ou alienação.
Qualquer ganho ou perda decorrente da anulação do reconhecimento do activo (calculado
como a diferença entre o rendimento da venda e a quantia escriturada do activo) é
reconhecido em resultados no período da sua anulação do reconhecimento.

2.3. Activos intangíveis

Os activos intangíveis são inicialmente mensurados pelo seu custo.

O custo do activo intangível compreende o seu preço de compra, incluindo direitos de


importação e impostos não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e
abatimentos, e quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na
localização e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida.

Após o reconhecimento no momento inicial, os activos intangíveis são registados por uma
quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer
amortização acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas
subsequentes.

Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade


em activos intangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos intangíveis
exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos
resultados do exercício. O Restaurante procede a reversão das perdas por imparidade nos
resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor
recuperável do activo.

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RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

2.4. Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros são reconhecidos pelo custo de aquisição.

Quando os investimentos financeiros tiverem, à data do balanço, uma quantia registada


superior ao seu valor de mercado, a diferença encontrada é deduzida da quantia registada
através do correspondente ajustamento. Este ajustamento é reconhecido nos resultados do
período. Quando deixarem de existir os motivos que levaram à sua constituição, o
ajustamento é reduzido ou revertido.

2.5. Inventários

Os inventários são mensurados ao mais baixo entre o custo histórico e o valor realizável
líquido, como se segue:

▪ Matérias-primas, consumíveis e mercadorias para revenda: custo de


aquisição, incluindo todos os custos incorridos na aquisição dos
inventários e para colocá-las na sua presente localização e estado, líquidos
de descontos e abatimentos posteriores, segundo o critério do primeiro a
entrar, primeiro a sair (“FIFO”).
▪ No caso dos produtos acabados e dos investimentos em curso: o custo das
matérias-primas, custo de conversão e uma parcela adequada dos custos
indirectos de produção, com base na capacidade normal de produção.

2.6. Imparidade

(i) Activos financeiros

Considera-se que um activo financeiro sofre imparidade se houver uma evidência


objectiva indicando que um ou mais acontecimentos afectaram negativamente os fluxos
de caixa estimados futuros desse activo.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Uma perda por imparidade de um activo financeiro registado pelo custo amortizado é
calculada como a diferença entre a sua quantia escriturada, e o valor actual dos fluxos de
caixa estimados futuros, descontados à taxa de juro efectiva original. Os activos
financeiros individualmente significativos são testados para imparidade numa base
individual. Os activos financeiros remanescentes são avaliados conjuntamente, em grupos
que compartilhem características de risco de crédito semelhantes.

Todas as perdas por imparidade são reconhecidas em resultados.

Uma perda por imparidade é revertida, se a reversão puder ser objectivamente relacionada
a um acontecimento que ocorra após a perda por imparidade ter sido reconhecida.

(ii) Activos não-financeiros

As quantias escrituradas dos activos não-financeiros da Empresa, são revistos na data de


relato para determinar se existe alguma indicação de imparidade. No caso de existir essa
indicação, o valor recuperável do activo é estimado. Para os activos intangíveis com uma
vida útil indefinida, o valor recuperável é estimado na data de relato.

Uma perda por imparidade é reconhecida sempre que a quantia escriturada de um activo
exceder o seu valor recuperável. Uma perda por imparidade é revertida caso tenha havido
uma mudança nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável. Uma perda por
imparidade é revertida somente na medida em que a quantia escriturada do activo não
exceda a quantia escriturada que teria sido determinada, líquido de depreciação ou
amortização, caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida.

2.7. Locações

A determinação se um contracto é ou contém uma locação é baseada na substância do


contracto, atentando à determinação de qual a entidade que retém substancialmente os
riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem locado.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Nas locações financeiras, as quais transferem substancialmente para o Restaurante todos


os riscos e vantagens, o custo do activo é registado como um activo tangível, e a
correspondente responsabilidade é registada no passivo. A depreciação do activo é
calculada conforme descrito na nota 13 e registada como gasto na demonstração de
resultados dentro do período a que respeitam.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do


capital (tal como inicialmente reconhecido como passivo). Os encargos financeiros são
suportados nos exercícios a que se referem.

2.8. Instrumentos financeiros

(i) Activos financeiros não-derivados

A empresa reconhece inicialmente os empréstimos e montantes a receber na data em que


estes são originados.

A empresa desreconhece um activo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos


de caixa do activo expiram, ou quando transfere os direitos para receber os fluxos de caixa
contratuais numa transacção em que substancialmente todos os riscos e benefícios da
propriedade do activo financeiro são transferidos. Qualquer interesse em tais activos
financeiros transferidos que é criado ou mantido pela empresa é reconhecido como um
activo ou passivo separado.

Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros com pagamentos fixos ou


determináveis que não são cotados num mercado activo. Estes activos são reconhecidos
inicialmente pelo justo valor acrescido dos custos de transacção directamente atribuíveis.
Depois deste reconhecimento inicial, empréstimos e contas a receber são mensurados pelo
custo amortizado através do uso do método da taxa de juro efectiva, deduzidos de
eventuais perdas por imparidade.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Os empréstimos e contas a receber compreendem bancos e clientes.

Bancos

Bancos incluem saldos de depósitos à ordem e depósito a prazo com maturidades de três
meses ou menos a partir da data de aquisição que são sujeitos a um risco insignificante
de alterações no seu justo valor, e são utilizados pela empresa na gestão dos seus
compromissos de curto prazo.

(ii) Passivos financeiros não-derivados

A Empresa reconhece inicialmente os títulos de dívida emitidos e passivos subordinados


na data em que eles são originados. A Empresa desreconhece um passivo financeiro
quando as suas obrigações contratuais são liquidadas, canceladas ou expiram.

Após o reconhecimento inicial, estes passivos financeiros são mensurados pelo custo
amortizado usando o método da taxa de juro efectiva. Outros passivos financeiros
compreendem empréstimos de curto prazo, fornecedores e outros credores.

2.9. Reconhecimento de gastos e rendimentos

O Restaurante regista os seus gastos e rendimentos de acordo com o princípio da


especialização de exercícios pelo qual estes elementos são reconhecidos na data da
transacção que os origina, independentemente do respectivo pagamento ou recebimento.
As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e
despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, consoante a
natureza da diferença. Os acréscimos e diferimentos são compensados e o valor líquido
apresentado na demonstração da posição financeira reflecte o saldo da rubrica de
acréscimos e diferimentos.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

2.10. Rendimento e custos financeiros

Os rendimentos financeiros compreendem a receita de juros dos fundos investidos e os


ganhos cambiais que sejam reconhecidos na demonstração de resultados. O rendimento
financeiro é reconhecido quando vencido, usando o método da taxa de juro efectiva.

Os encargos financeiros incluem a despesa dos juros pagos pelos empréstimos e as perdas
cambiais.

2.11. Rédito

O rédito da venda dos produtos é mensurado pelo justo valor do pagamento recebido ou
a receber, líquido de devoluções e provisões, descontos e bónus. O rédito é reconhecido
quando os principais riscos e direitos de propriedade são transferidos para o comprador,
(aquando da entrega dos produtos aos clientes) a recuperação do pagamento é provável,
os custos associados e a devolução dos produtos podem ser estimadas de forma fiável e
não haja nenhum envolvimento contínuo da gerência com os produtos.

2.12. Imposto sobre o rendimento

O imposto é calculado de acordo com as taxas estipuladas por lei, tomando-se por base
os resultados reportados na demonstração de resultados preparada com base no PGC –
NIRF, após ajustamento para efeitos fiscais.

O imposto corrente é o imposto que se espera pagar sobre o lucro tributável do ano,
usando as taxas legisladas ou substancialmente legisladas à data de relato.

2.13. Subsídios do Governo

Os subsídios do governo não reembolsáveis relativos a activos não depreciáveis são


apresentados na posição financeira da Empresa em capital próprio conforme as notas 6 e
12.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
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Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos

A preparação das demonstrações financeiras exige que a gerência formule julgamentos,


estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e dos valores reportados
em activos, passivos, receitas e custos. Os resultados reais podem diferir destas
estimativas.

As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões


às estimativas contabilísticas são reconhecidas no período em que a estimativa é revista
e em todos os períodos futuros que a revisão vier a afectar.

A informação sobre os julgamentos críticos na aplicação de políticas contabilísticas que


tenham efeito mais significativo no valor reconhecido nas demonstrações financeiras é a
seguinte:

(i) Vidas úteis e valores residuais dos activos fixos tangíveis

os activos fixos tangíveis são amortizados ao longo da sua vida útil, tendo em conta os
valores residuais, se for o caso. As vidas úteis e valores residuais dos activos são avaliados
anualmente e podem variar dependendo de uma série de factores. Na avaliação de vida
útil, factores como inovações tecnológicas, ciclos de vida dos produtos e programas de
manutenção são levados em conta. As avaliações de valor residual consideram questões
como condições de mercado, a vida útil remanescente do activo e valores de alienação
previstos. Consideração também é dada para os lucros e perdas correntes na alienação de
activos semelhantes. Refira-se à nota 5 - activos tangíveis.

(ii) Imparidade de clientes

A imparidade é reconhecida para clientes vencidos com base na experiência histórica de


incumprimento de pagamentos pelo cliente e outros factores. A gestão exerce o
julgamento ao estimar o valor de imparidade a ser reconhecido.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
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(iii) Imparidade de inventários

A imparidade é reconhecida em itens de inventários de baixa rotatividade. Itens de baixa


rotatividade são identificados com base na demanda do mercado e uso pretendido.

(iv) Impostos

Os impostos sobre o rendimento são determinados pelo Restaurante com base nas regras
definidas pelo enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação
fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes
interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do
Restaurante sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de
poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais.

A Direcção Geral acredita ter cumprido todas as obrigações fiscais a que o Restaurante
se encontra sujeito, pelo que eventuais correcções à matéria colectável declarada,
decorrentes destas revisões, não se espera que venham a ter um efeito nas demonstrações
financeiras.

Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros

Devido ao facto de ser o primeiro ano de actividade da Empresa, nada consta a relatar em
sede de alterações de políticas contabilísticas no exercício findo em 31 de Dezembro de
2016.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
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Activos Tangíveis

O movimento ocorrido nos activos tangíveis é analisado como segue:

Saldo em Saldo em
Aumentos
01-Jan-16 31-Dez-16
Custo de aquisição:
Equipamento básico - 634.330 634.330
Equipamento de transporte (i) - 509.883 509.883
Equipamento administrativo - 294.157 294.157
Ferramentas e utensílios - 113.715 113.715
- 1.552.086 1.552.086

Saldo em Depreciação do Saldo em


01-Jan-16 exercício 31-Dez-16
Depreciações acumuladas
Equipamento básico - 79.609 79.609
Equipamento de transporte - 84.980 84.980
Equipamento administrativo - 36.994 36.994
Ferramentas e utensílios - 30.360 30.360
231.943 231.943
Valor líquido 1.320.143

(i) Todos os activos tangíveis foram adquiridos em condições normais de compra,


com a excepção do equipamento de transporte que foi adquirido por leasing
financeiro. Maior detalhe sobre esta operação é dado na nota 13.

Activos Intangíveis

Saldo em Saldo em
Aumentos
01-Jan-16 31-Dez-16
Custo
Propriedade industrial e outros direitos - Marca - 134.882 134.882
- 134.882 134.882

Valor líquido 134.882

A entidade adquiriu a marca FAZ BEM ao custo de 134.882 meticais, cujo pagamento foi
financiado pelo governo em 80% do custo de aquisição. As informações disponíveis não
apontaram para qualquer imparidade do activo e a entidade entende que o mesmo tem
vida útil infinita.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
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Investimento Financeiros

Montante Taxa de juro


Deposito a prazo 2.000.000 4,25%

O investimento financeiro a que se refere a nota, diz respeito ao depósito a prazo


constituído a 31 de Dezembro de 2016 com vencimento a 31 de Dezembro de 2018. O
rendimento esperado para exercício de 2017 ascende 85.000 meticais.

Inventários

A rubrica de inventários é composta pelo seguinte:

31-dez-16
Mercadorias 222.245
Matérias primas subsidiárias e de consumo 343.020
565.265

Perdas por imparidades de inventários -


565.265

Os inventários são e estão na propriedade da Empresa e, portanto, não possui inventários


dados como garantia de passivos.

Os movimentos em inventários foram os que se mostram na tabela:

Movimentos Mercadorias Produtos acabados Matérias Primas Total


Saldo inicial - - - -
Entradas 1.681.213 12.923.144 9.498.332 24.102.689
Saidas (1.458.968) (12.923.144) (9.155.312) (23.537.424)
Saldo final 222.245 - 343.020 565.265

O custo dos inventários vendidos é o seguinte:

Movimentos Mercadorias Matérias Primas Total


Existências Iniciais - - -
Compras 1.681.213 9.498.332 11.179.544
Regularização de inventários - - -
Existências finais (222.245) (343.020) (565.265)
Custo do período 1.458.968 9.155.312 10.614.280

51
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Clientes

31-dez-16
Não corrente Corrente
Clientes
Clientes conta corrente - 746.934
Clientes conta títulos a receber - 155.142
- 902.076
Perdas por imparidade acumuladas - -
- 902.076

No decurso do exercício económico a entidade estabeleceu contractos com pelo menos


60% das entidades do universo da simulação empresarial e não houve evidência que
remetesse a constituição de imparidades.

Outros Activos Correntes

31-dez-16
Gastos diferidos - Seguros 26.253
IVA a recuperar 427.512
453.765

Bancos

31-dez-16
Depósitos à ordem 566.672
Depósitos à prazo (i) 900.000
1.466.672

(i) Depósito à prazo

O depósito a prazo é remunerado a taxa de juro de 2,5% e tem seu vencimento a


31 de Março de 2017.

A empresa não tem qualquer restrição à movimentação dos montantes em Bancos.

52
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Capital Próprio

(i) Capital social

O capital social do Restaurante ascende 1.000.000 de meticais, integralmente subscrito e


realizado pelos sócios da empresa.

(ii) Outras Componentes do Capital Próprio

Os 107.905 meticais na rubrica em epígrafe, corresponde a 80% do valor de aquisição da


marca FAZ BEM, que fora atribuído pelo governo no âmbito da projecção comercial das
empresas em início de actividade, conforme referido na nota 6.

(iii) Reservas

A Direcção Geral propôs a aplicação de 100% do resultado líquido na proporção de 20%


para reservas legais, 25% reservas livres, 30% dividendos e 25% para resultados a
acumular. A proposta de aplicação de 20% do resultado para reserva legal é consistente
com o Artigo 314° do código comercial o qual refere que a entidade deve transferir para
reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital
social.

Empréstimos Obtidos e Leasing

31-dez-16
Não corrente Corrente
Empréstimos bancários m.l.prazo (i) 1.050.000 300.000
Contas bancárias de letras descontadas (ii) - 155.142
1.050.000 455.142

Leasing (iii) 355.970 87.280


1.405.970 542.422

(i) O empréstimo bancário de médio e longo prazo


O saldo correspondente ao empréstimo obtido junto ao Banco Online no montante
de 1.500.000 meticais em finais de Junho de 2016 para o reforço da capacidade

53
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

instalada de maquinaria para produção, vence juros a taxa 9%. O montante


corrente diz respeito ao que a entidade irá pagar até 12 meses após a data do
balanço e não corrente o remanescente. O empréstimo tem prazo de 5 anos.
(ii) Contas bancárias de letras descontadas
O saldo corresponde ao desconto de letra efectuada a 31 de Dezembro para suprir
necessidades de tesouraria. O financiamento de curto prazo é remunerado a taxa
de juro de 5%.

(iii) Leasing
A entidade adquiriu em Maio de 2016 por leasing financeiro, uma viatura Peugeot
Boxer 290 C 2.0 HDI para transporte de pequenas mercadorias. O valor do
contracto é de 509.883 a taxa de juro de 8% por 5 anos. A primeira prestação foi
paga na data de celebração do contracto e o valor em dívida ascende 443.250 dos
quais 87.280 a entidade espera desembolsar em 2017 e o remanescente em
exercícios subsequentes.

Depreciações Valor líquido


Bens adquiridos com recurso a leasing Custo de aquisição
acumuladas contabilístico
Peugeot Boxer 290 C 2.0 HDI 509.883 84.980 424.902
509.883 84.980 424.902

Fornecedores

31-dez-16
Fornecedores Fornecedores
Nacionais Internacionais
Fornecedores conta corrente 1.164.182 -
1.164.182 -

A entidade estabeleceu relações com dois fornecedores, nomeadamente Aki Armazenista


de Alimentos, Lda. (mercado nacional) e Habitat de Alimentos, Lda. (mercado
internacional). O saldo na rubrica de fornecedores reflecte a dívida da entidade com o
fornecedor nacional, Aki Armazenista de Alimentos, Lda.

54
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Outros Credores

31-dez-16
Não corrente Corrente
Leasing 355.970 87.280
Técnico Oficial de contas (i) 56.000
Outros (ii) - 44.672
355.970 187.952

(i) Técnico oficial de contas


Para prestação do serviço de contabilidade a entidade contratou um técnico oficial
de contas que é pago trimestralmente um montante líquido de imposto de 56.000
meticais.

(ii) Outros
A rubrica de outros compõe os gastos com renda, transporte e outros serviços
relacionados.

Outros Passivos Correntes

31-dez-16
Acréscimos de gastos
Remunerações a pagar (i) 407.458
Juros a pagar 4.236
Outros gastos a reconhecer 69.059
480.752
Estado
Imposto sobre o rendimento (IRPC) 602.349
Retenção na fonte (IRPS) 26.400
Contribuições para INSS 35.833
664.582
Clientes
Adiantamento de clientes 132.600
1.277.934

55
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

(i) Remunerações a pagar


O saldo desdobra-se do seguinte modo:
200.000 meticais para o fiscal único, 107.458 meticais referente ao décimo
terceiro salário do pessoal e 100.000 meticais aos trabalhos de auditoria
executados até 31 de Dezembro de 2016.

Vendas

Mercado Interno Mercado Externo Total


Venda de refeições 20.448.427 325.917 20.774.344
20.448.427 325.917 20.774.344

Para além de dominar o mercado interno, a entidade conseguiu realizar vendas para o
exterior que representam 1,57% das vendas totais.

Gastos com o Pessoal

31-dez-16
Remunerações dos órgãos sociais 1.760.083
Remunerações dos colaboradores 635.390
Encargos sobre remunerações 87.819
Gastos de acção social 667.277
Seguros 60.533
Ajudas de custo 18.500
Outros gastos com pessoal 1.175.194
4.404.797

No decurso das suas actividades a entidade contou com 16 trabalhadores permanentes.


Dos gastos de acção social, 67% diz respeito aos gastos com refeições para o pessoal da
empresa e o remanescente refere-se aos gastos com assistência médica e medicamentosa.
Dos outros gastos com o pessoal, 52% diz respeito aos serviços de transporte do pessoal
que a entidade providenciou, 42% refere-se as viagens oferecidas pela empresa para os
colaboradores que mostraram melhor desempenho e o residual diz respeito a formação
dos trabalhadores.

56
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Fornecimentos e Serviços de Terceiros

31-dez-16
Subcontratos 310.000
Comunicação, agua e luz 209.802
Transporte de carga 468.920
Rendas e alugueres 260.000
Serviços de limpeza 771.248
Trabalhos especializados 430.626
Serviços diversos 637.476
3.088.072

Dos gastos que compõem a rubrica supra, 24% diz respeito aos serviços de limpeza do
restaurante e 20% refere-se a serviços de manutenção dos equipamentos da empresa.

Outros Rendimentos e Gastos Operacionais

31-dez-16
Impostos e taxas 242.114
Quotizações 23.732
Donativos 20.000
Outros 102.627
388.473

Dos outros gastos operacionais, 54% diz respeito ao imposto sobre valor acrescentado
não aceite fiscalmente para efeitos de dedução e o remanescente diz respeito a gastos
operacionais de diversa natureza. No âmbito da responsabilidade social a entidade doou
20.000 meticais a cruz vermelha de Moçambique. A entidade não teve qualquer
rendimento operacional ao longo do exercício.

57
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Resultados Financeiros

31-dez-16
Rendimentos e ganhos financeiros
Juros obtidos 2.400
Diferenças de cambio favoráveis 567
2.967
Gastos e perdas financeiros
Juros suportados (133.447)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (28.338)
Outros gastos e perdas de financiamento (41.295)
(203.081)
Resultados financeiros (200.114)

Imposto Sobre o Rendimento

31-dez-16
Resultado corrente 1.846.666
Imposto sobre o rendimento usando a taxa de imposto aplicável (32%) 590.933
Efeito das despesas não-dedutíveis 37.550
Imposto sobre rendimento a pagar 602.949

Custo das Vendas

31-dez-16
Custo de inventários consumidos 10.614.280
Gastos com o pessoal 533.104
Fornecimentos e serviços de terceiros 1.235.854
Depreciações 92.182
12.475.420

Os gastos que compõem a rubrica de custo das vendas são os que se identificam com o
sector de produção.

58
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Custos de Distribuição

31-dez-16
Distribuição de refeições 468.920
Participação na feira 100.855
569.775

Os gastos com participação na feira, organizados pela Associação Comercial e Industrial


da Simulação Empresarial Moçambicana foram realizados para promover os produtos e
serviços da empresa.

Custos de Administração

31-dez-16
Gastos com o pessoal 3.871.693
Fornecimentos e serviços de terceiros 1.383.298
Depreciações 139.761
5.394.751

Outros Rendimentos e Gastos Operacionais

31-dez-16
Impostos e taxas 242.114
Quotizações 23.732
Donativos 20.000
Outros 1.772
287.618

Instrumentos Financeiros e Gestão De Risco

A exposição aos riscos da moeda, crédito, liquidez e taxa de juro ocorre no decurso
normal do negócio da Empresa. Os riscos da Empresa são continuamente monitorados.
Os instrumentos financeiros apresentados no balanço incluem os recursos de caixa,
clientes e fornecedores.

Nesta nota é dada informação a respeito da exposição da Empresa a cada um dos riscos
acima mencionados, dos objectivos da Empresa, políticas e processos para mensurar e
gerir o risco, e do processo mediante o qual a Empresa realiza a gestão do seu capital.

59
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

A Direcção Geral é inteiramente responsável por estabelecer e supervisionar a estrutura


de gestão de risco da Empresa.

As políticas de gestão de riscos da Empresa são estabelecidas para identificar e analisar


os riscos enfrentados pela Empresa, para definir limites e controlos de risco adequados, e
para monitorar os riscos e a adesão aos limites. Políticas e sistemas de gestão de riscos
são revistos periodicamente, por forma a reflectir as mudanças nas condições de mercado
e nas actividades da Empresa. A Empresa, através da sua formação e das normas e
procedimentos de gestão, visa desenvolver um ambiente de controlo disciplinado e
construtivo, no qual todos os trabalhadores compreendam as suas funções e obrigações.

O Fiscal Único da Empresa supervisiona como a gestão monitora o cumprimento das


políticas e procedimentos de gestão de risco da Empresa e analisa a adequação da
estrutura de gestão de risco, em relação aos riscos enfrentados pela Empresa.

27.1. Risco de mercado

O risco do mercado é o risco das alterações nos preços do mercado, tais como alterações
em taxas de câmbio e de juros afectarem as receitas da Empresa ou os valores dos seus
instrumentos financeiros. O objectivo da gestão de risco do mercado é gerir e controlar
as exposições ao risco do mercado dentro de parâmetros aceitáveis, optimizando o retorno
sobre o risco.

27.1.1. Risco cambial

A Empresa incorre em riscos, como resultado das compras e vendas em moeda


estrangeira. A moeda em que a Empresa realiza os seus negócios e que dá origem ao risco
cambial é o Dólar norte-americano (USD).

A Empresa procura atenuar o efeito do risco cambial, contraindo empréstimos quando for
efectivo em termos de custo, em meticais. Além disso, a Empresa compra moeda

60
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

estrangeira, sempre que as taxas se apresentam favoráveis, de modo a liquidar os passivos


denominados em moeda estrangeira.

27.1.2. Risco da taxa de juro

Devido a conjuntura económica, o nível de exposição às alterações nas taxas de juro sobre
os empréstimos da empresa é baixo. A política geralmente adoptada pela gestão da
Empresa é assegurar que os seus empréstimos sejam negociados a taxas relacionadas com
o mercado, como forma de se precaver contra o risco da taxa de juro.

27.2. Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco de a Empresa não ser capaz de cumprir as suas obrigações
financeiras a medida que se vencem. A abordagem da Empresa para gerir o risco de
liquidez, destina-se a assegurar, na medida do possível, que a mesma tenha sempre
liquidez suficiente para fazer face às suas responsabilidades, sob condições normais e sob
pressão, sem incorrer em perdas inaceitáveis ou colocar em risco a reputação da Empresa.

O risco de liquidez é gerido de forma activa através de projecções do fluxo de caixa, de


modo a assegurar a disponibilidade de fundos suficientes para qualquer investimento de
curto e longo prazo. Os empréstimos bancários de curto prazo são usados para gerir este
risco.

Tipicamente, a Empresa garante que tem fundos suficientes à disposição para satisfazer
os custos operacionais esperados por um período de 90 dias, incluindo a manutenção de
aplicações financeiras; isto exclui o impacto potencial de circunstâncias extremas que não
se possam prever com algum grau de razoabilidade, tais como desastres naturais.

Encontram-se, de seguida, as maturidades contratuais dos passivos financeiros, incluindo


as estimativas de pagamentos de juros excluindo o impacto dos acordos de compensação.

61
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

Quantia escriturada Fluxo de caixa contratual 3 meses ou menos


Fornecedores 1 164 182 1 164 182 1 164 182
Outros credores 162 904 162 904 162 904
Emprestimo de curto prazo 155 142 155 142 155 142
1 482 228 1 482 228 1 482 228

27.3. Risco de crédito

O risco de crédito é o risco de a Empresa incorrer em perdas financeiras, no caso de um


cliente ou contraparte para um instrumento financeiro não cumprir as suas obrigações
contratuais, e for principalmente originado pelos devedores da Empresa.

A gestão segue uma política de crédito que lhe permite monitorar continuamente a
exposição ao risco de crédito. As avaliações à carteira de crédito são realizadas
periodicamente ao crédito dos clientes. A gestão está a tratar esta área como uma área de
foco prioritária. A máxima exposição ao risco de crédito é representada pela quantia
escriturada de cada activo financeiro no balanço.

Clientes

A exposição da Empresa ao risco de crédito é principalmente influenciada pelas


características individuais de cada cliente. Os dados demográficos da base de clientes da
Empresa, incluindo o risco de falta de pagamento da indústria e do país em que os clientes
operam, têm menos influência no risco de crédito.

A Empresa estabeleceu uma política de crédito, no âmbito da qual cada novo cliente é
individualmente analisado quanto à sua qualidade de crédito antes dos termos e condições
de pagamento serem oferecidos. Em casos de concessão de créditos, são estabelecidas
condições de pagamento, sendo estas sujeitas à aprovação pelo Director Comercial,
Director Financeiro e Director Geral.

Caso fosse necessário, a Empresa estabeleceria um subsídio para fazer face à imparidade,
que representa a sua estimativa das perdas incorridas no que respeita a clientes, entretanto
não houve indício que conduzisse ao registo de tal imparidade.

62
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em meticais)

27.4. Gestão do capital

A política da Direcção Geral é manter uma base de capital forte, de forma a manter a
confiança do investidor, credor e do mercado e sustentar o desenvolvimento futuro do
negócio. A Direcção Geral monitora o crescimento do número de sócios, assim como o
retorno de capital, que a Empresa define como o total do capital próprio.

A Direcção Geral procura manter um equilíbrio entre os retornos mais altos que se
apresentem possíveis e os níveis mais baixos dos empréstimos contraídos e usufruir das
vantagens e segurança oferecidas por uma posição de capital prudente. O objectivo da
Empresa é atingir um retorno sólido do capital próprio.

Eventos Subsequentes

De 31 de Dezembro de 2016 até a data de relato não ocorreram eventos significativos que
mereçam a divulgação ou ajustamento nas demonstrações financeiras.

O Técnico de Contas Direcção Geral


______________________________ _____________________________

(Pedro Fonseca Gomes) (Christopher Chance)

63
PROCESSO RELATIVO AO CUMPRIMENTO
DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS
Nota introdutória

A presente secção apresenta o processo relativo ao cumprimento das obrigações legais


(de natureza comercial e fiscal) e elementos de continuidade, nomeadamente:

▪ Declaração do Técnico de Contas


▪ Relatório de Auditoria
▪ Relatório do Fiscal Único
▪ Convocatória para a Assembleia-geral anual
▪ Acta relativa a assembleia-geral de apreciação de contas.
▪ Modelo 22 e nota explicativa do preenchimento dos campos
▪ Modelo 20 e respectivos anexos
▪ Mapa discriminativo dos impostos

64
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA
(Artigo 39º do RCIRPS e Artigo 40º do RCIRPC)

Pedro Fonseca da Cunha Gomes, contabilista certificado, membro n.º


1516/CC/OCAM/2012, NUIT 000001, declara que os elementos constantes do Modelo
20-Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal, previsto na alínea c) do n.º 1
do RCIRPC, referente ao exercício fiscal de 2016, respeitante ao sujeito passivo
Restaurante Faz Bem, Lda. com NUIT 400912802 são expressão da verdade e estão em
conformidade com o normativo aprovado para o sector.

Maputo, 25 de Fevereiro de 2016


Contabilista Certificado
___________________________________

A PREENCHER PELA OCAM

A Secretaria Geral
___________________________________

65
WEASEL AUDITORES, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de contas
Inscrito na OCAM sob o N° 13
NUIT: 400912803

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES


Aos Sócios do

RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.

Relatório sobre as demonstrações financeiras

Auditámos as demonstrações financeiras do Restaurante Faz Bem, Lda. que


compreendem a demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2016, as
demonstrações de resultados, alterações no capital próprio e fluxos de caixa do ano findo
naquela data, assim como um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas
explicativas, constantes das páginas 32 a 63.

Responsabilidade da Administração em relação às demonstrações financeiras

Os Administradores são responsáveis pela preparação e correcta apresentação destas


demonstrações financeiras, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente
aceites em Moçambique, tal como disposto no Plano Geral de Contabilidade baseado nas
Normas Internacionais de Relato Financeiro, assim como pela manutenção de um sistema
de controlo interno que a gestão determinar como sendo pertinente para a preparação de
demonstrações financeiras que estejam livres de erros materiais, decorrentes de fraudes
ou erros.

Responsabilidade dos Auditores

A nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras


com base na nossa auditoria. Executámos a nossa auditoria de acordo com as Normas
Internacionais de Auditoria. Tais normas exigem, da nossa parte, o cumprimento de
requisitos éticos pertinentes, bem como o planeamento e a execução da auditoria de forma
a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de
quaisquer distorções materialmente relevantes.

66
WEASEL AUDITORES, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de contas
Inscrito na OCAM sob o N° 13
NUIT: 400912803

Uma auditoria inclui a aplicação de procedimentos que nos permitam obter evidência de
auditoria a respeito dos valores e divulgações apresentadas nas demonstrações
financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do nosso julgamento, incluindo
a avaliação dos riscos de distorções materiais das demonstrações financeiras, quer devidas
a fraude ou erro. Ao procedermos a avaliação desses riscos, consideramos os controlos
internos relevantes para a preparação e apresentação adequada das demonstrações
financeiras pela entidade, de modo a permitir o desenho de procedimentos de auditoria
que sejam, nas circunstâncias, apropriados, mas não com a finalidade de expressarmos
uma opinião sobre a eficácia dos sistemas de controlo interno da entidade. Uma auditoria
também inclui a avaliação da adequação dos princípios contabilísticos adoptados e a
razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas pela Administração, assim como uma
avaliação da apresentação global das demonstrações financeiras.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e adequada para fornecer


uma base razoável para a emissão da nossa opinião de auditoria.

Opinião

Em nossa opinião, estas demonstrações financeiras apresentam, de forma verdadeira e


apropriada, em todos os aspectos materiais, a posição financeira do Restaurante Faz Bem,
Lda. em 31 de Dezembro de 2016, assim como o seu desempenho financeiro e fluxos de
caixa do ano findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente
aceites em Moçambique, tal como disposto no Plano Geral de Contabilidade baseado nas
Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Ênfase

Sem alterarmos a nossa opinião, chamamos atenção para o descrito na nota 12 das
demonstrações financeiras sobre a derrogação do critério de registo do subsídio do
governo referente a marca, o qual nas disposições do PGC – NIRF deveria ser registado
como rendimento diferido, porém a entidade para dar uma imagem verdadeira e
apropriada registou no capital próprio de acordo com as Normas Internacionais de

67
WEASEL AUDITORES, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de contas
Inscrito na OCAM sob o N° 13
NUIT: 400912803

Contabilidade. Note-se que se a entidade tivesse registado o subsídio como rendimento


diferido o capital próprio ascenderia 2.243.717 meticais e o total do activo seria de
6.950.707 meticais.

WEASEL AUDITORES, LDA

Representado por Paulo António Carlos

Maputo, 28 de Fevereiro de 2017

68
SILVA CONSULTORES, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de contas
Inscrito na OCAM sob o N° 12
NUIT: 400912801

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO


REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

Aos Exmos. Srs. Sócios do


RESTAURANTE FAZ BEM, LDA.

De acordo com as disposições legais e estatutárias, o Fiscal Único apresenta aos Exmos.
Srs. Sócios o relatório sobre a acção fiscalizadora exercida no Restaurante Faz Bem, Lda.,
bem como o seu parecer sobre o relatório e contas relativos ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2016.

Relatório:
Através de contactos estabelecidos com a Administração, bem como de esclarecimentos
e de diversa informação recolhida junto dos serviços competentes, informei-me acerca da
actividade da Empresa e da gestão do negócio desenvolvida no período acima referido.
Procedi a verificação da informação financeira preparada pela Empresa, efectuando as
análises julgadas convenientes.
Comprovei a adequação da aplicação do referencial contabilístico previsto no Plano Geral
de Contabilidade baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro, em
Moçambique.
Apreciei as demonstrações financeiras apresentadas que compreendem o Balanço, a
Demonstração dos Resultados por naturezas, Demonstração dos Resultados por funções,
as Demonstrações dos Fluxos de caixa e das Variações no Capital Próprio, e os
respectivos Anexos.
Analisei ainda o Relatório de Gestão, que relata a actividade prosseguida pela Empresa
no período em apreço.
Verifiquei a observância da Lei e dos Estatutos da Empresa.

69
SILVA CONSULTORES, LDA.
Sociedade de Revisores Oficiais de contas
Inscrito na OCAM sob o N° 12
NUIT: 400912801

Parecer:
Em resultado do trabalho desenvolvido e tendo em consideração os documentos
referidos no parágrafo anterior, sou de Parecer que a Assembleia-geral Anual da
Empresa:
a) Aprove o Relatório de Gestão e Contas referentes ao período findo em
31 Dezembro de 2016

b) Proceda à apreciação geral da Administração e Fiscalização da


sociedade.

Maputo, 28 de Fevereiro de 2017

______________________________________
SILVA CONSULTORES, LDA.
Representada por Percina Antonio Ngovene

70
RESTAURANTE FAZ BEM, LDA

Sede: Avenida da Malhangalene, n.º 51 – Maputo, Moçambique

NUIT: 912802

ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

De harmonia com o disposto no artigo 132o do Código Comercial e no artigo 14o dos
estatutos, convoco os Senhores Sócios para reunirem em Assembleia Geral no próximo
dia 27 de Março de 2017, pelas 15 horas, nas instalações do Restaurante Faz Bem, Lda.

ORDEM DO DIA

1. Deliberar sobre o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e os


restantes documentos de prestação da Sociedade relativos ao exercício de 2016.
2. Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados relativos ao exercício de
2016.

Maputo, 10 de Março de 2017

71
ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Acta n. º3

Aos vinte e sete dias do mês de Março de dois mil e dezassete, pelas quinze horas, reuniu
na respectiva sede social, sita na avenida da Malhangalene n⁰ 51, Maputo, a Assembleia
Geral Ordinária anual dessa Sociedade, Restaurante Faz Bem, Lda., Sociedade por
quotas, com Capital social de 1.000.000 meticais, registada na conservatória do registo
de entidades legais de Maputo na sequência da convocatória legalmente divulgada e
publicada.---------------------------------------------------------------------------------------------

Presidiu à reunião a Presidente da Mesa a Dra. Adalmira Cumbane que por indicação é
sócia da empresa, tendo sido secretariada pela Sra. Ana Paula José. -------------------------

Encontravam-se igualmente membros convocados: Dr. Ismael Miambo, sócio da


empresa, os membros do corpo directivo e o representante do fiscal único. ----------------
A Presidente tomou a palavra, agradeceu a todos pela presença. De seguida, procedeu a
leitura da seguinte ordem de trabalho: ------------------------------------------------------------
Ponto um: Deliberar sobre o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e os
restantes documentos de prestação da Sociedade relativos ao exercício de dois mil e
dezasseis. ---------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto dois: Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados relativos ao exercício
de dois mil e dezasseis.-----------------------------------------------------------------------------
Passou-se, de imediato ao ponto um da ordem de trabalhos, no âmbito do qual o Socio -
Gerente, Dr. Ismael Miambo fez exposição e explicação daqueles documentos, focando
os aspectos mais relevantes do exercício de actividade daquele período.--------------------
Após a exposição foi posta à votação o relatório de gestão e as contas do exercício de dois
mil e dezasseis, os quais foram aprovados por unanimidade.---------------------------------
Passando para o ponto dois da ordem de trabalhos, foi deliberada por unanimidade a
aplicação dos resultados obtidos de acordo com a proposta da Direcção Geral anexa ao
relatório de Gestão e Contas do exercício económico de 2016. -------------------------------
E por nada mais haver a tratar, foi encerrada a sessão, tendo da mesma sido lavrada a
presente Acta, que vai ser assinada pelos membros da Mesa. ---------------------------------

______________________ ________________________
Adalmira Cumbane (Presidente da Mesa) Ana Paula José (Secretária)

72
MODELO 22 E NOTA EXPLICATIVA DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS3

3
Exclusivamente os campos relevantes

73
Quadro 8 - Apuramento do lucro tributável

Campo 210 – Prémios de seguro

De acordo com o artigo 23º., n.º 2 do CIRPC:

Não são ainda aceites como custos os prémios de seguros de doença e de acidentes pessoais, bem
como as importâncias despendidas com seguros e operações do ramo «Vida», contribuições para
fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares de segurança social, excepto quando
estejam abrangidos pelo disposto nos artigos 31 a 33 do Código e sejam considerados
rendimentos de trabalho dependente nos termos do Código do IRPS.

O artigo 32º do CIRPC na sua alínea a) refere que os benefícios (dos seguros) devem ser
estabelecidos para a generalidade dos trabalhadores permanentes da empresa ou no
âmbito de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho para as classes
profissionais onde os trabalhadores se inserem. Visto que o contracto de seguro vida foi
celebrado apenas para os sócios gerentes, o referido custo não é aceite fiscalmente. O
montante ascende 86,80 meticais.

Campo 219 – Donativos

Em conformidade com o artigo 34º, n. º1, alínea a) do CIRPC:

São também considerados custos ou perdas do exercício os donativos, em dinheiro ou em espécie,


concedidos pelos contribuintes até ao limite de 5% da matéria colectável do ano anterior se as
entidades beneficiárias: a) Forem associações constituídas nos termos da Lei n.º 8/91, de 18 de
Julho [Lei da livre associação], e sua regulamentação, e as demais associações ou entidades
públicas ou privadas, que sem objectivos de proselitismo confessional ou partidário, desenvolvem,
sem fins lucrativos, acções no âmbito da Lei n.º 4/94, de 13 de Setembro [Lei do mecenato]

No âmbito da responsabilidade social, o Restaurante doou 20.000 meticais a Cruz


Vermelha de Moçambique, uma entidade constituída no âmbito da lei do mecenato.
Tendo em conta que este é o primeiro exercício económico da empresa, e
consequentemente sem matéria colectável no exercício anterior, o total do valor doado
não é aceite como custo fiscal.

74
Campo 224 - 50% das despesas com ajudas de custo e de compensação

Á luz do artigo 36º., n. º1, alínea e) do CIRPC:

Não são dedutíveis, para efeitos de determinação do lucro tributável, os seguintes encargos,
mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exercício:

[…] 50% das despesas com ajudas de custo e de compensação pela deslocação em viatura própria
do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não facturadas a clientes, escrituradas a
qualquer título, excepto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRPS, na esfera do
respectivo beneficiário.

Ora, no âmbito da Feira, organizada pelo ACISEM na cidade da Beira a entidade


despendeu 18.500 meticais para compensar a deslocação em viatura própria dos
trabalhadores nas condições dispostas pelo artigo 36º., n. º1, alínea e). Após os cálculos
relevantes, o montante não aceite fiscalmente ascendeu 9.250 meticais.

Campo 229 -Encargos com viaturas ligeiras de passageiros

De acordo com o artigo 36º, nº 4 do CIRPC:

Não são dedutíveis, para efeitos de determinação do lucro tributável, 50% dos encargos
relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, designadamente, rendas ou alugueres,
reparações e combustível, excepto tratando-se de viaturas afectas à exploração de serviço público
de transportes ou destinadas a ser alugadas no exercício da actividade normal do respectivo
sujeito passivo e sem prejuízo das reintegrações e amortizações não aceites como custo fiscal, nos
termos a regulamentar e do disposto nas alíneas h) e i) do n.º 1 do presente artigo.

A empresa despendeu 16.426 meticais na compra de gasóleo para uma viatura ligeira. Após os
cálculos relevantes, o montante não aceite fiscalmente ascendeu 8.213 meticais.

Quadro 10 - Cálculo do Imposto

Campo 310-Retenções na fonte

A empresa efectuou aplicações financeiras ao longo do exercício que foram objecto de


retenção na fonte a título de pagamento por conta no valor de 600 meticais. Em
conformidade com o disposto no artigo 67º do Código do imposto sobre o rendimento das
pessoas colectivas o respectivo rendimento é dedutível à colecta. Portanto, a
correspondente retenção, foi deduzida ao abrigo do artigo 67.

75
MODELO 20 E RESPECTIVOS ANEXOS

76
MAPA DISCRIMINATIVO DOS IMPOSTOS (IRPC, IRPS E IVA)

Os impostos descriminam-se conforme se mostra na tabela:


31-dez-16
(A) Activo
IVA a recuperar 427.512

(B) Passivo
IRPC a pagar 602.349
Impostos retidos na fonte 26.400
Contribuições para INSS 35.833

Subtotal 664.582
(A)-(B) 237.070

77
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

78
Nota introdutória

Nesta secção apresentamos a informação complementar do relatório final,


nomeadamente:

▪ Balancete progressivo analítico antes do apuramento dos resultados


▪ Balancete progressivo analítico após o apuramento dos resultados
▪ Mapa de amortizações e reintegrações
▪ Inventários de existências finais
▪ Detalhe do cálculo do custo das vendas
▪ Inventário de aplicações financeiras
▪ Inventário do activo fixo
▪ Contractos de Locação financeira e respectivo plano de serviço da dívida
actualizado
▪ Contractos de Empréstimos de médio e longo prazo
▪ Contractos de Seguros
▪ Nota discriminativa de devedores e credores por acréscimos e diferimentos.
▪ Quadro resumo com os elementos de identificação dos trabalhadores
▪ Plano de férias
▪ Relação das letras descontadas vincendas

79
BALANCETE ANTES DO APURAMENTO DOS RESULTADOS

80
81
82
83
84
85
86
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88
89
BALANCETE APÓS O APURAMENTO DOS RESULTADOS

90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
MAPA DE AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES

100
Activo Taxa de
Equipamento de Escritório Custo de aquisição Depreciação Depreciação do período(*) Valor liquido do activo
Computador Standard 96.190 25% 17.547 78.643
Computador Portátil Pro 48.094 25% 8.773 39.321
Impressora A4 jacto de tinta 11.592 25% 2.115 9.477
Balcão de Madeira e Alumínio 21.304 10% 1.319 19.985
Mesas (salas de reuniões) 73.852 10% 4.571 69.281
Cadeiras 43.125 10% 2.669 40.456

Subtotal 294.157 36.994 257.163


Equipamento de Transporte
Viatura Automóvel de 5 lugares 509.883 25% 84.980 424.902

Subtotal 509.883 84.980 424.902


Equipamento Básico
Máquina trituradora 11.880 13% 1.084 10.796
Fritadeira Industrial 45.754 13% 5.719 40.034
Fogão industrial 144.835 13% 18.104 126.731
Máquina de descascar batatas 38.475 13% 4.809 33.666
Máquina de lavar loiça industrial 46.313 13% 5.789 40.523
Máquina de café 203.346 13% 25.418 177.928
Batedeira Eléctrica 14.484 13% 1.883 12.601
Frigorifico 23.940 13% 3.112 20.828
Forno eléctrico 84.970 13% 11.046 73.924
Microondas 20.335 13% 2.644 17.691

Subtotal 634.330 79.609 554.722


Ferramentas e Utensílios
Loucas e Objectos de Vidro 23.183 33% 7.727 15.456
Talheres e Utensílios de Cozinha 90.532 25% 22.633 67.899

Subtotal 113.715 30.360 83.356


Total 1.552.086 231.943 1.320.143

(*) Depreciação do período = Depreciação acumulada

101
INVENTÁRIOS DE EXISTÊNCIAS FINAIS

102
Descrição
Diversos itens (confeccionáveis) Qtd Preço Valor
Alface 60,00 70,02 4.201
Alho francês 2,27 148,80 338
Arroz 60,00 41,26 2.476
Azeite 60,00 203,82 12.229
Batata 60,00 15,01 901
Cabrito 60,00 305,11 18.307
Caldo de carne (caixa de 24 un) 45,00 107,54 4.839
Caldo de galinha (caixa de 24 un) 60,00 145,05 8.703
Carne de porco 6,25 228,33 1.427
Carne de vaca 3,75 266,34 999
Cebola 60,00 160,06 9.603
Cenoura 60,00 26,26 1.576
Costeletas 60,00 97,53 5.852
Espinafres 70,00 105,04 7.353
Farinha 60,00 30,01 1.801
Feijão branco (lata 0,5 kg) 60,00 27,51 1.651
Feijão verde 60,00 73,78 4.427
Galinha 60,00 70,02 4.201
Grão-de-bico 60,00 53,77 3.226
Manteiga 40,00 253,84 10.154
Massa esparguete 450,00 25,01 11.255
Ovos (12un) 300,00 72,53 21.759
Pato 60,00 280,10 16.805
Perú 391,67 203,82 79.830
Pimento 60,00 91,28 5.477
Piri-piri (embalagem 50 gr) 18,33 63,77 1.169
Queijo fresco (embagem 0,5 kg) 100,00 100,04 10.004
Sal fino 0,46 123,73 57
Sal grosso 60,00 7,50 450
Açúcar granulado 150,00 41,26 6.189
Salsa 0,28 257,59 72
Salsichas (lata 10un) 60,00 32,51 1.951
Sardinha (lata 0,1 kg) 90,00 40,01 3.601
Tomate 60,00 78,78 4.727
Vinagre 27,50 66,27 1.822
Camarão 168,58 187,31 31.575
Bacalhau 60,00 700,25 42.015

Subtotal 343.018

103
Descrição
Mercadorias Qtd Preço Valor
Biscoitos 60,00 226,33 13.580
Bolachas 15,00 58,77 882
Bolo-rei 60,00 233,83 14.030
Cereais crocantes 30,00 392,64 11.779
Gelado de baunilha 30,00 70,02 2.101
Gelado de café 30,00 171,31 5.139
Gelado de caramelo 60,00 152,55 9.153
Gelado de chocolate 10,00 210,07 2.101
Gelado de morango 60,00 121,29 7.277
Pastéis de nata 30,00 340,12 10.204
Tarte de maçã (1un = 1,3 kg) 60,00 370,13 22.208
Tosta integral (embalagem 300 gr) 60,00 86,28 5.177
Cerveja com álcool 0,33l 60,00 22,21 1.333
Champanhe (garrafa) 60,00 485,17 29.110
Coca-cola 1,5l 60,00 36,26 2.176
Garrafão água 5l 60,00 47,52 2.851
Sumo sem gás 60,00 28,76 1.726
Vinho branco (garrafa) 30,00 92,53 2.776
Vinho tinto (garrafa) 30,00 72,53 2.176
Whisky 15,00 622,72 9.341
Café 60,00 496,42 29.785
Café descafeinado 30,00 711,05 21.332
Café em grão 30,00 467,66 14.032
Leite gordo 72,00 27,51 1.981

Subtotal 222.247
Total 565.265

104
DETALHE DO CÁLCULO DO CUSTO DAS VENDAS

105
A tabela que se segue mostra o cálculo do custo de produção de um prato típico visto que
a entidade confeccionou uma variedade de refeições.
Pressupostos:
Em média, a empresa produziu 450 pratos diariamente. São necessárias 4 horas para
produção de 450 pratos4 de feijoada o que implica 4 horas de funcionamento das
maquinas e do pessoal da produção. O mapa a seguir mostra os custos (em meticais) de
produção cada prato de feijoada5.
Feijoada Custo (em u.m)
Materiais directos
Alface 4,67
Arroz 4,13
Azeite 1,85
caldo (Galinha) 1,21
Cebola 2,67
Cenoura 0,18
Costeletas 2,79
Feijão Branco 50,20
Pimento 1,30
sal grosso 0,15
Tomate 1,13
Subtotal 70,26

Mão de Obra Directa


Salario dos trabalhadores 29,62
Subtotal 29,62

Custos Indirectos
Depreciações
Fritadeira Industrial 0,60
Fogão industrial 1,89
Máquina de descascar batatas 0,50
Máquina de café 2,65
Batedeira Eléctrica 0,20
Frigorifico 0,32
Forno eléctrico 1,15
Microondas 0,28
Panelas 1,34
Subtotal 8,92

Outros custos Indirectos (imputáveis a produção)


Gás 8,69
Electricidade 4,07
Aluguer de imóvel 13,33
Agua 5,54
Subtotal 31,64
Custo de produção unitário 140,44

4
Isto significa que são necessárias 0,0089 horas por prato.
5
Note-se que para o caso da feijoada foram produzidos 260 pratos diariamente.

106
Na tabela a seguir são apresentados os custos de produção de cada refeição ao longo do
ano.
Produto Custo total
Aperitivos (chamussas e rissóis) 329.705
Assado de Cabrito 506.330
Camarão 1.334.067
Carne de Porco 580.912
Feijoada 1.090.736
Guisado de Cabrito 1.679.961
Guisado de Galinha 2.234.489
Guisado de Pato 2.381.720
Guisado de Peru 1.926.340
Guisado de Vaca 858.884

Total 12.923.144

Visto que houve uma parte da produção que não se destinou a venda, apresentamos o
resumo da repartição da produção.

Repartição da produção Meticais %


Venda 12.475.420 97%
Consumo 447.724 3%
Total 12.923.144 100%

107
INVENTÁRIO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS

108
Data de Data de Numero de
Categoria Descrição Valor Instituição aquisição vencimento movimento Estado
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 300.000 Banco Online 05/06/2016 02/12/2016 134525 Vencido
Fundo de Acções Aquisição de fundo de acções 1.499.992 Banco Online 19/09/2016 31/12/2016 151838 Vencido
Deposito a prazo Constituição de depósito a prazo 2.000.000 Banco Online 31/12/2016 31/03/2017 174020 Activo

Total 3.799.992

109
INVENTÁRIO DO ACTIVO FIXO

110
Valor de Data de Descrição do Taxa de Vida útil Valor
Referência Categoria Descrição do bem Aquisição Fornecedor Serie aquisição Departamento Local Responsável Valor actual Depreciação (anos) residual
A001 Computadores e Periféricos Computador Standard 96.190,00 CompOffice, Lda 1001 07/04/2016 Comercial Mesa 001 David Rodrigues Guilima 96.190,00 25% 4 0,00
A002 Computadores e Periféricos Computador Portátil Pro 48.094,00 CompOffice, Lda 1002 07/04/2016 Recursos Humanos Mesa 002 Carlos de Nascimento Massango 48.094,00 25% 4 0,00
A003 Computadores e Periféricos Impressora A4 jacto de tinta 11.592,00 CompOffice, Lda 1003 07/04/2016 Comercial Mesa 003 David Rodrigues Guilima 11.592,00 25% 4 0,00
A004 Moveis e Utensílios Balcão de Madeira e Alumínio 21.304,00 CompOffice, Lda 1004 18/05/2016 Comercial Sala 1 David Rodrigues Guilima 21.304,00 10% 10 0,00
A005 Moveis e Utensílios Mesas (salas de reuniões) 73.852,00 CompOffice, Lda 1005 18/05/2016 Recursos Humanos Sala 1 Carlos de Nascimento Massango 73.852,00 10% 10 0,00
A006 Moveis e Utensílios Cadeiras 43.125,00 CompOffice, Lda 1006 18/05/2016 Recursos Humanos Sala 1 Carlos de Nascimento Massango 43.125,00 10% 10 0,00

V001 Veículos Peugeot Boxer - 5 lugares 509.882,81 Moz Viaturas, Lda 2000 18/05/2016 Comercial Parque 1 Chistopher Chance 25% 4 0,00

A007 Maquinas e Equipamentos Máquina trituradora 11.880,00 CompOffice, Lda 1007 07/04/2016 Comercial Sala 1 David Rodrigues Guilima 11.880,00 13% 8 0,00
A008 Maquinas e Equipamentos Fritadeira Industrial 45.753,51 Aki Armazenista 1008 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 45.753,51 13% 8 0,00
A009 Maquinas e Equipamentos Fogão industrial 144.835,10 SE Distribuição 1009 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 144.835,10 13% 8 0,00
A010 Maquinas e Equipamentos Máquina de descascar batatas 38.475,00 SE Distribuição 1010 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 38.475,00 13% 8 0,00
A011 Maquinas e Equipamentos Máquina de lavar loiça industrial 46.312,50 SE Distribuição 1011 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 46.312,50 13% 8 0,00
A012 Maquinas e Equipamentos Máquina de café 203.346,14 Aki Armazenista 1012 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 203.346,14 13% 8 0,00
A013 Maquinas e Equipamentos Batedeira Elétrica 14.483,70 SE Distribuição 1013 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 14.483,70 13% 8 0,00
A014 Maquinas e Equipamentos Frigorifico 23.940,00 SE Distribuição 1014 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 23.940,00 13% 8 0,00
A015 Maquinas e Equipamentos Forno eléctrico 84.969,90 SE Distribuição 1015 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 84.969,90 13% 8 0,00
A016 Maquinas e Equipamentos Microondas 20.334,62 Aki Armazenista 1016 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 20.334,62 13% 8 0,00

A017 Ferramentas e Utensílios Loucas e Objectos de Vidro 23.182,70 Aki Armazenista 1017 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 23.182,70 33% 3 0,00
A018 Ferramentas e Utensílios Talheres e Utensílios de Cozinha 90.532,14 Aki Armazenista 1018 05/01/2016 Brigada de Produção Cozinha 1 Nicson de Jose Gomes 90.532,14 25% 4 0,00

111
CONTRATO DE LEASING

112
113
114
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO

115
116
117
CONTRACTOS DE SEGURO

118
119
120
121
122
123
124
125
126
NOTA DISCRIMINATIVA DE DEVEDORES E CREDORES POR
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

127
Acréscimos de Gastos
Remuneração do fiscal único 200.000
Trabalhos de auditoria 100.000
Electricidade 24.689
Agua 22.183
Luz 3.688
Juros a pagar 4.236
Remunerações a pagar 107.458
Ajudas de custo 18.500

Total 480.753

Gastos diferidos
Seguro vida 60
Seguro automóvel 4.395
Seguro de acidentes de trabalho 20.698
Seguro multirriscos 1.100

Total 26.253

128
QUADRO RESUMO DE RECURSOS HUMANOS

129
Ordem Nome Idade Nível de Formação Data de Admissão Vínculo Função Vencimento
1 Adalmira da Fatima Cumbane 21 Licenciatura 30/07/2015 Efectivo Socia Gerente 23.000
2 Ismael Carlos Miambo 21 Licenciatura 30/07/2015 Efectivo Socio Gerente 23.000
3 Chistopher Chance 28 Licenciatura 28/08/2015 Efectivo Director Geral 21.750
4 Clerio da Silva Nhachava 27 Licenciatura 20/12/2015 Efectivo Director Financeiro 18.500
5 Carlos de Nascimento 28 Licenciatura 20/12/2015 Efectivo Director de Recursos 18.500
6 David Rodrigues Guilima 26 Licenciatura 20/12/2015 Efectivo Director Comercial 18.500
a
7 Celso Dos Santos Cossa 23 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Empregado de Mesa 4.576
a
8 Costa Calisto Malate 23 11 Classe 20/12/2015 Efctivo Empregado de Mesa 4.576
a
9 Jorge Lombardim Lio 25 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Empregado de Copa 5.338
a
10 Cilicio da Silva Teo 25 11 Classe 20/12/2015 Eectivo Empregado de Copa 5.338
a
11 Nelton Jose Gamires 24 11 Classe 20/12/2015 Efectvo Empregado de Copa 5.338
a
12 Nicson de Jose Gomes 25 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Cozinheiro 7.245
13 Morgan Andersen Grimes 20 11a Classe 20/12/2015 Efectivo Ajudante de Cozinheiro 4.004
a
14 Dwayne Johnson Rock 20 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Ajudante de Cozinheiro 4.004
a
15 Stephan Amel Arrow 20 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Ajudante de Cozinheiro 4.004
a
16 Ana Paula Jose 24 11 Classe 20/12/2015 Efectivo Recepcionista 4.957

130
PLANO DE FÉRIAS

131
Meses
Ordem Nome Cargo Profissional Nº. De dias Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
1 Adalmira da Fatima Cumbane Socia Gerente 12
2 Ismael Carlos Miambo Socio Gerente 12
3 Chistopher Chance Director Geral 12
4 Clerio da Silva Nhachava Director Financeiro 12
5 Carlos de Nascimento Massango Director de Recursos Humanos 12
6 David Rodrigues Guilima Director Comercial 12
7 Celso Dos Santos Cossa Empregado de Mesa 12
8 Costa Calisto Malate Empregado de Mesa 12
9 Jorge Lombardim Lio Empregado de Copa 12
10 Cilicio da Silva Teo Empregado de Copa 12
11 Nelton Jose Gamires Empregado de Copa 12
12 Nicson de Jose Gomes Cozinheiro 12
13 Morgan Andersen Grimes Ajudante de Cozinheiro 12
14 Dwayne Johnson Rock Ajudante de Cozinheiro 12
15 Stephan Amel Arrow Ajudante de Cozinheiro 12
16 Ana Paula Jose Recepcionista 12

132
RELAÇÃO DE LETRAS DESCONTADAS VINCENDAS

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134

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