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Varadarajan Seshadri
Roberto Tavares Parreiras
Carlos Antonio da Silva
Itavahn Alves da Silva i
São Paulo
Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
2010
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................... 1
1.1 'rratarnento Unificado ................ ······························ ......................................................................... .r5
6
1.1.1 Convecção ...................................................................................................................................
1.1.2 Difusão ......................................................................................................................................... 7
1.2 Q que Encontrar neste Texto ....................................................................................................... 10
1.:3 A Quem este Texto é Dirigido ...................................... ········ ........................................................ 13
Referêl~ias ................................................................................................................................................... 13
4 Viscosidade ........................................................................................................................................ 41
4<.] Definição de Viscosidade e Lei de Nevvton da Viscosidade .................. ························· ........ 41
4.. 1.1 Interlxetação física de '"( ..................................................................................................... 44
p
Lk 1.2 Dimensão da viscosidade ............................. :........................................................................ 48
+.2 Viscosidade de Gases ....................................................................................................................... 50
11<..'3 Viscosidade de Líquidos ................................................................................................................. 58
4.. 3.1 Viscosidade de metais líquidos ................................ ··············· ............................................. 60
4.. 3.2 Viscosidade de escórias ......................................................................................................... 65
1J..3.2.1 Diagrama de isoviscosidade ............................ ············ ........................................... 68
11<..'3.2.2 Método da sílica equivalente ................................................................................. 70
11<.,'3.2':-; Fórmula de viscosidade ................................... ········ ................................................ 71
75
Re.ierências ..................................................................................................................................................
6 Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos ......................... ·· ...... ········· .. ········· ........... 135
6.1 Equação da Continuidade ............................................................................................................ 136
6.2 Equação do Movimento ............................................................................................................... 1:39
6.3 Equação da Continuidade e do Movimento em Coordenadas Cilíndricas e Estcl~icas 11{,
6.3.1 Coordenadas cilíndricas ..................................................................................................... 1+6
6.3.2 Coordenadas esféricas ........................................................................................................ 1+7
6.4 Soluções de Equações Diferenciais ........................................................................................... 14,8
6.4.1 Escoamento de uma película de fluido ........................................................................... 1+8
6.4.2 Escoamento em um tubo circular ................................................................................... 150
6.4'.3 Escoamento anelar tangencial ............................................. ·............ ·.. ·........ ·.. ·............. ~. 151
6.4.4 Formato da superficie de um líquido com movimento de rotação ......................... 155
6,4<.5 Escoamento laminar em torno de uma esfera ............................................................. 157
6.4'.6 Camada limite ....................................................................................................................... ] 62
6.4<.7 Escoamento transiente em um tubo circular ............................................................... 164<
Referências ................................................................................................................................................. 166
Apêndice .................................................................................................................................................... 167
1
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Introdução
2 Fenômenos de Transporte
Algulls exemplos, nos quais os aspectos científicos fUllLlalllentais dos
processos de bbrica<,:ão são ressai tados, s:\O COI11l'1l tadus a scgu i \'.
Exemplo
o (j) CD ®
o 0 8 ®0 o
t:'\
\.V
G o o oo o
o oo o
o o
o o
'---~IIIIIIIIIII'------'
Gás inerte
Exemplo
3
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
~-
Introdução
Refugo Ciclone
não incinerado Papel/plásticos leves
Separador magnético
A- Papel e
Classificador Não t ~
... plásticos
a ar magnético Magnético Compactador
Papel e
plásticos
Metais
Esquema para reCiclagem de lixo doméstico, de acordo com oUSBM (VEASEY, WILSON eSQUIRES, 1993),1
4 Fenômenos de Transporte
Exemplo
. i
Peças constituídas do composto intermetálico TiA1 são do interesse
. I · I
da indústria aeronáutica, por apresentarem: baix~ densidade; b<?'as
propriedades mecânicas em temperaturas altas; resis~ência à oXidaçãq.
; I I
Varadarajan Scshadri, I~obcrto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 5
Introdução
1.1.1 Convecção
V/m/s). dS(m
2
). [p Cp T(J 1m
3
)]
(1.3)
z
Superfície de controle
perpendicular ao eixo
vy Oy, estática, de área dS
L---->
Meio em
movimento
o~--------~---------------
y
Gradiente de
composição
,,
x O -------------------.--------------y.
Figura 1.1 - Transporte
convectivo e por difusão.
6 Fenômenos de Transporte
I
'j
1.1.2 Difusão
7
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Introdução
/,T~I(Y)
,,
,
tlr
dV
T q
Fourier
y y
dC
dy
c
N
y y
dVy
dz
Fluxo
Newton
I
8 Fenômenos de Transporte
Tabela 1.1 - Similaridades
entre expressões para cálculo
de contribuições difusiva e
I r I iiI S
maIs
"OuLras ConLriú,úçrjes".
As contribuições convectivas e elifusivas foram iclentificauas
anteriormente. Outras contribui~:ões são touas aquelas que não se encaix.am
nas uefinições prévias, como, por exemplo, as dcvielas LI campos e1étricos,
magnéticos, ue pressão e gravitacional, além ela rauiação e mccar1isl1los
particulares ue geração ue encrgia térmica.
9
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, ltavahn Alves da Silva
Introdução
1
10 Fenômenos de Transporte
Considera-se regirne laminar e são utilizadas geometrias lllalS silllples,
que possibilitam lima mais pronta compreensão dos conceitos el1\'olvidos
e das condições de contorno aplicáveis. Este trabalho é complementado
!lO Capítulo 6 no qual são deduzidas as equações gerais de conservação de
11
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Introdução
I
12 Fenômenos rle Transporte
, I
Referências
VE:\SEY, TJ.; WILSON, RJ.; SQUIHES, üiV1. The phys/ca/ sejJiI/lltiU}[ ([I/(I rccuve/)' C!f
/l1I:/a/sfi"())1l wastcs. i\ msterdan: Gordon and Breach, 109:3.
,)
POI HIEH, D.H.; GEIGEH, G.H. Tml/.lportplzelLOlIIcJU1 ln materia/sjJrocessiJ/g \Varrendale,
Pellnsylvania: The Minerais, Metais anel Materiais Society, 1mH.
13IHD, RB.; STEWAln~ vVE.; LlGTl{FOO'l~ E.N, Tramporl phcJ/omcna. ~. cd. New
Yorl\: ,John vVilcy & Sons, '200'2.
13
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
No estudo da termodinâmica metalúrgica, fica bastante clara uma
das limitações dessa ciência: a impossibilidade de prever a velocidade com
que os fenôrnenos ocorrem. Através de alguns exemplos simples, pode-se
Capítulo 02
observar esta limitação.
Inicialmente será considerado o caso visto na Figura 2.1, onde estão
representadas duas barras de um metal, em contato perfeito. Uma das barras
estú a 1.000°C e a outra a 200°C. A termodinâmica prevê que calor vai ser
transportado da barra que está em temperatura mais alta para a barra que
estú cm temperatura mais baixa e que, no equilíbrio, as duas barras estarão
Ll lima mesma temperatura. Entretanto, a termodinâmica não prevê quanto
Equilíbrio
Início
T8Q T8Q
1,OOO°C 200°C Tempo = ?
Calor
q '.1"
15
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Fenômenos de Transporte: Abordagem eAplicações
Início Equilíbrio
Massa c=>
Perfis de
Figura 2.2 - Transporte de
concentração = ?
massa entre duas barras
de aço.
Panela Panela
a válvula, o aço deve ser vazado da panela. Mas não se sabe, por exemplo,
determinar o tempo de esvaziamento dessa panela, em ftll1ção da quantidade
de aço nela contido.
Esses três exemplos mostram as três áreas Jistintas que constituem
o que se chama de Fenômenos de Transporte:
I
16 Fenômenos de Transporte
dentro da metalurgia. Algumas delas podem ser identificadas com o auxílio
. da Figura 2.1" onde se tem um fluxograma geral para a produção de aço
laminado em usinas integradas e semi-integradas.
• Transporte de calor
I
17 I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
,.
• Transporte de massa
Todas as etapas que envolvem reações qUlmlcas estão ligadas ao
transporte de massa e à cinética química. Pode-se citar:
I
18 Fenômenos de Transporte
conceitos são largamente aplicados na indústria aeroespacial, química e
mecánica. lVIerece destaq ue ainda a sua aplicação na meteorologia e na área
da medicina.
Referências
i
CHO, lE. Some aspects r.if TRIZ applications in sleel making processo 30 p. Disponível em:
<http://,,,ww.rcalinl1ovation.com/archiveS/2005l1O/08. p df>. Acesso em: 25 set. 2008.
- i· ~
... ;
O"r:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
19
Para se uesenvolver () estuuo d(; transporte de quantidade de
'" Capítulo
03
'.
JllO\'illlento ele movimento, uma conceituaçao básica deve ser feita. Uma
:ill<Ílise das unidaues normalmente usadas na <juantificaçao das grandezas
("l1\()h'idas nesse estudo, também, se torna importante.
3.1 Conceitos
3.1.1 Fluidos
Paulo Gaivão 21
Conceitos Fundamentais
onde:
IF x' é o resultante das f'Orças atuando no corpo na direção x;
m, a massa do corpo; e
a ' a aceleração do corpo na direção x.
x
Uma outr~ maneira de expressar essa lei é:
(3.2)
onde:
v x' é a velocidade do corpo na direção x; e
t, o tempo.
Deve-se observar que as equações (.<3.1) e (3.2) se confundem quando
a massa é constante, pois:
_àv.
x
a ---
x dt
Lembrando da definição de quantidade de movimento:
22 Fenômenos de Transporte
Ulll cOllceito importante é o de tensâo. IJara definir essa grandeza será
cpnsidcrado o elemento de volume de fluido visto llaFigura S. 1.
,
,,
, ,,
,
,
,,
,
,
/M
iÍrea i1A.
As Cluantidades i1F e i1F são chamadas de torça normal e tOl\~a de
11 t
cisalhamento, respectivamente. Lembrando que tensão é definida como t()rça
por unidade de área, podem-se considerar dois tipos de tensão atllando no
elemento f111ido:
• Tensão normal:
(3.5)
• Tensão de cisalhamento:
(.''$.G)
Paulo Gaivão 23
Conceitos Fundamentais
z
l'
li
/ -_ _+_zy
l'
l'
yz
l'
XI
l'
'fY
l' l' y
/----4--+_ xy yx
. . . )., _______________________________ 7-----.-
l' ,/'/
:<1,/
"/",,,
,/
,/
/
/
3.1.3 Energia
E" = p gz
sendo:
Ep' a energia potencial por unidade de volume do fluido;
p, a densidade do fluido (razão entre a massa e o \·olume);
g, a ílcc!er;H:;\O d;1 g-ra\·idat!c; ('
z, é1 altura cio fluido, em 1'('];1(::10 ;1 um nhT] élrhitr{I1'io !10 qual a cnergl;1
24 Fenômenos de Transporte
cllergia cinética é a energia que o tluiJo possui em virtude ele
J{I (\
~l'lI !l1o\'imento, O seu valor, por unidaJe de volulllc do tluido, pode ser
dt'terminado através da seguinte relação:
(3.8)
onde:
E , é a energia cinética por unidade de volume do fluido; e
(
• difusão; e
• convecção.
Para transporte de calor existe ainda um mecal1lsmo adicional
denominado radiação.
O mecanismo ele elifusão elepenele ela existência ele um meio físico e
ocorre elevido à presença ele um gradiente de uma dada grandeza:
Metal
Ar ventilador
T= 20°C
Aço CD
%c= 1
Água
%C = 0.1
'-----
l__.J Açúcar
Figura 3.4 - Transport8
L ______------·-------~
de massa por difusão e
convecção.
26 Fenômenos de Transporte
3.2 Unidades
~ .. ."
.. ,
.' M~lssa M, •
Comprimento L
: Tempo t
Temperatura T
Aceleração.
Velocidade angular
, Arca
Densidade
j
-Viscosidade dinâmica .1I
Viscosidade cinemática
I' r'
, Ene~'gia, trabalho
Força
'"
. Quàntidade de movimento I~.
_. ,_o • , . ,
Pressão
Tensão
Potência
" I
. Calor específico'
Velocidade
. ~, Volume
Paulo Gaivão 27
II
Conceitos Fundamentais
(,'3.9)
(.<3.10)
!
28 Fenômenos de Transporte
Lembrando da equação da con tinuidade (relação (D.I')), constata-se
q ue os termos den tro do retnn guIo inserido lles ta eq uação se an ulam. Dessa
lórma, a equação (6.'J,-1') pode ser escrita da seg'uinte forma:
(d"[ xx
dv \
r ( -at + v,
dv, dV, dV')
dX + Vy dy + V z dZ =- dX + ay Tz - dPdX
d"[ y'
+
d"[:x )
+ p g, (6.4<5)
- = - (Ô1XX
pDv, - +Ô1-, +Ô1zxJ ôP
y
- --+pg,
Dt ôx ôy ôz ôx '
A equação (6.1.6) enfatiza o significado da equação de balanço de
qllantidade de movimento como um balanço de força. Considerando que
esta equação foi desenvolvida para um dado elemento de volume, pode-se
dizer que o termo do lado esquerdo representa o produto de massa pela
aceleração (para um referencial se movendo com o fluido). Do lado direito,
tcm-sc o somatório das forças associadas à fricção (devido à viscosidade),
pressào e gravidade (segunda lei de Newton).
As equações (6.45) ou (6.4<6) são aplicáveis a qualquer tipo de fluido,
;\l',,"toniano ou não.
Para se colocarem as equações do movimento (componente x derivada
acima, e as componentes y e z) em uma forma útil para determinação de
distribui<,:ão de velocidade, devem-se substituir as tensões de cisalhamcnto
oU f1uxos de quantidade de movimento, por difusão por expressões que os
ôv v (ôvx y
1 =-)II-~+-II
2 - +ôvzJ
- +ôV -
lY - I"' ôy 3 I"' ÔX ôy ôz
(6.+9)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
143
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
(6.50)
(6.51 )
Vx
a +aVI) ((-).!)2 )
't zx
='t
xz
=-
!l (-
é)z
-
ax
As rcla<;ões de ((;.'l't') a (cu):2) fóram apresentadas semprm'a, porque
os argumentos envolvidos são extremamente longos. A deduçüo destas
equações pode ser encontrada em Lamb (1945).1 Estas equações representam
expressões mais completas da lei de Newton da "iscosidade, que se aplicam
em situações nas quais o fluido se move em mais de uma direção.
Quando um fluido se mo\'c na direçüo x entre duas placas paralelas e
perpendiculares à direção y, Vx é função apenas de y e desse modo:
( avxJ
't . =_I[ -
(6.5:3)
yx r- dY
d [ -p
--
d)'
(d-dyV' -+- _.
dV")] - -d [ -p (dV'
dx dz
-
dz
-+- -dV7)] -
dx
-dr
dX
-+- p g,
av +
- x aVy
- +avz
- - O J- (6.21 )
( ax dy êJz
I
144 Fenômenos de Transporte
I,,:,
~ 1
,
J
f tém-se:
Rearranjando a expressão e assumindo viscosidade constante, ob-
~
OYX OYx OYx OYx)
."'',
\~
.. P ( aí + Yx ax + Yy êJy + Yz az =
(6.56)
+ (~ a"yx + ~ a"yx + ~ a"y, + ~ O"Yy + ~ êJ"yx + ~
"
ap
"~
'Jr
a 1
x
0/ az 1 êJx êJy ox 1
a"yz) +- -ax +p gx
ax az
1
~ Agrupando os termos com derivadas cruzadas:
IJ"i
p -a v, + v, -aVI + Vy -
avx' + V, avx) =
~
1 -
( at 'ax ay az
t~ o
a-v, o
a-v, o
a-v, a ( av, aVy av z
+ ~ --~ +1-1 --~ +~l --.; +~l - __ + - + -'
J] +- -ap +p g, (6.57)
ax ox ox '
l
o
a - oy- a z- ay az
[ x
~
~
~ Usando novamente a equação da continuidade [equação (6.~21 )],
~
~ obtém-se que:
i~
~
t1· \
a•
p(- v + v. -
\ at
avx
ax
avo
+ Vy -
ay
+ vz -
avx)
az
=
(6.58)
I
f
, a-v.
0
0
a-v. a-v.
o
1-1 a x 2 + 1-1 a l + 1-1 a z 2
J ~
uP
i, T
(
- ax + p g x
1 .~
,
~
1 • Direção y:
J a Y
p -V+
aVy a Vy a VY)
•·•
1 v -+v -+v - =
( at • ax y ay z az
(6.59)
'~
'!
4
a2Vy
2
a vy
+ 1-1--0 +1-1--0 +1-1--0
2
a vy J--+pg
ap
'~
~ ( ax - ~ -
uy aZ - ay y
i
{
1 j 145
.'~
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
.~,
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
• Direção Z:
((j.GO)
+
a v,2 2va a J2Vz
+Il --"z +Ll --"
aP
::'I
- - +p a-
( /'"'" ox2
II _ _"
I'" a/ 'a z oz
2
bz
(6.65)
y = r sen 8 sen <1>
(6.66)
z = r cos 8
As equações gerais da continuidade c do movimento, bem como as
expressões para tensões de cisalhamento para um fluido Newtoniano, em
coordenadas cilíndricas são apresentadas nas Tabelas 6.7, 6.8 e 6.9, no
"
Apêndice ao final deste capítulo.
Posição
(x, y, z) ou (r, 8, ~)
.. _-------------------------------------_ .. _-_.::...:.:'.-
147
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
I Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
I
• Equação da continuidade:
(G.Gí)
dv z =O
dz
• Equação do movimento (apenas componente z - direção do movimento
macroscópico ).
(6.GB)
(G.70)
Para deterlllillação de C e
1
C~, usam-se as seguintes condi~:ões de
contorno:
i . Condição de contorno 1: x = O
Condição de contorno 2: x = 8 vz = O
p g cos ~ 1
Co = 8-
- 2 l-l
" Finalmente, o perfil de velocidade é dado por:
v. = p g cos ~ ( 2 _ . 2) (Ci.í 1)
z ) 8 x
-11
Esta equação é similar il obtida atra\'é's dos balanços de massa c quantidade
de movimento no elemento de volume considerado no Capítulo [j.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, ltavahn Alves da Silva
149
I'
dVz = O (6.72) f
t-
az
Com a informação da equação da continuidade, tem-se: !
• Equação do ll1o\'imento (apenas componente z):
v z)]
la (ra- ap + P gz = O
(6.7.'3)
~
[ r dr dr - -az
- -
!
Tem-se ainda que: I
f,
a (dVz)
)1 - r - = - (Po-PL +pg )
-
(6.76)
r dr dr L
Condição de contorno: r = R v /, =O
Desse modo:
Co
~
= (po -L PI. + pa)
b
R2
4~l
(G./9)
,
!,
I'
E assim o perfil ele velocielaele serú e1aelo por:
Fluido
,'",
Fluido
~kR
kR
R
'"
Figura 6.4 - Escoamento '1
~i
anelar tangencial entre dois ,
:,
cilindros concêntricos, """
151
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
t
t'
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
• Equação da continuidade:
a ve)
--cP
1
= o (6.S 1)
ae
r
Condição de contorno 1: r = k R V8 = Qi k R
Condição de contorno 2: r = R vo = O
(6.87)
R C?
O=C -+--
I 2 R
Portanto,
(6.91 )
153
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
aVr = O (6.95)
ae
e:
'O
(6.97)
i
I
(6.98) [
",
Em r = kR, a tensão de cisalhamento é dada por: ,:1
(6.99)
(6.100)
[
P = Pn na
Superfícl8
'\/.../
P =P(r,z)
no fluido
zo
Z
Figura 6.5 - Formato da
superfície de um líqUido em
R
..
\ rotação.
• Componente r:
p-=-
vr/ ap (6.101 )
r ar
É importantc lcmbrar que a derivada de V o com e é nula (equação da
continuidade).
• Componente 8:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
155
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
-.-
• Componente z:
dP (6.1003)
---pg=O
dz
'j
Desse modo, a velocidade V o é dada por: ,
"
-j
(6.105) !
Va =,Q r .l
dP (6.107)
- =-pg
dz
Assumindo que a pressão é uma função analítica da posição, pode-se
escrever que:
dP dP (6.108)
dP = - dr+ - dz
dr dz
Substituindo (6.106) e (6.107) em (6.108), obtém-se:
(6.109)
dP = P Q2 r dr -- p g dz
, r-
o
.+C (6.110)
P = P n- 2 - P g Z . 1
Logo:
(6.111)
Fluido se aproxima de i
baixo COIll velocidJde v'f'
Figura 6,6 - Movimento
laminar do fluido em torno
00
da esfera,
157
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
o perfil
de velocidades está sendo determinado para o caso de um
fluido Ne,vtoniano, com densidade e viscosidade constantes. Além disso,
está sendo assumido estado estaciomírio. O uso de coordenadas esféricas
torna o problema mais simples.
Pela geometria do sistema, observa-se claramente que o problema
não envolve a compbnente <p. Desse modo, com as considerações feitas,
as equações da continuidade e do movimento fornecem os seguintes
resultados:
• Equação da continuidade:
1
p -:;-:;- a
(r 2 v r ) + 1 (vo sen 8) = O a ] (6.114)
[ r- ur r sen 8 a8
• Equações do movimento:
• Componente r:
p[ ~r~ ~
dr
(r~ dve) +
dr
_l_~(sclle
r~ e de'
SCIl
~)
de
_3..r: ve_ 2 dvo _ 3..
r: de r~
\"
n
coI e] - dr + r "
dr:=-'
(6.] ).S)
• Componente 8:
!1 -la- (,
r- -aVR) + 1 -a (senS -avo) + -22 -aVe - v" ] - -1 -ar +p g (6.116)
[ r2 ar ar r2 sen Sas as r as r2 sen 2 S r aS o
P = Pn - Pgz-
f.1v~ (R)2
2'3 R 7 cos 8 (6.118)
I
158 Fenômenos de Transporte
v,. ~ v_ [I - ~ (~) + ~ (~)'] cos 8 (6.119)
onde:
• Fi ,ê a l)ressão no plano z = 0, bem longe da esfera;
()
r = CfJ v=v
z CJ)
Fn = f f (-Plr=
<p=o 8=0
R cos e) R 2 sen e de d<p
(6.121 )
Componente Elemento de área
z da força
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
159
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
,-
ri
t·1
~--~------+----y
,tIt:
1
"'· ·
I··
"
F'~.L
'I'
,L
=21l e=1l [ ( 3
2" ~;- )]
sene sene R'senededq>
(6,125)
Integrando obtém-se:
(6,126)
Ft=4nllRvoo
Essa força é denominada arraste porfricção,
Assim, a força total exercida pelo fluido sobre a esfera é dada por:
(( J.' I ,rI
Fil + r = -4
I TI: R"- r g + 2 TI: P R V ... + 4 TI: P R V,., _ I;
I
160 Fenômenos de Transporte
"
t,!
I.:
ou, tinalrncnte:
(6.128)
exemplo, '
;'
,,:' ,,: .~eix~ndo-s,e'u~a ~sfer~ica!r ~~~tro de um líquid~ia~~~~!i~d? r~,P?~~b;
ela'vaI acelerar
,,' I
ateatmglr "
uma
'
veloqdade constante, (velocldade'tetmmal);
: , " , '_'t', " I "',' ' " -', li','
Quando ,
est~estágio
• ,,' ",'
é 'atingido;
. ,1
asoina'das
.'t~.. . forças,atuando,ná~esferaé::zero!
, . ,,"".-. ~. ., ~r .; ~
Esfera
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
161
.
"
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
Onde:
• p s é a densidade do sólido e V t é a ".velocidade terminal da esfera.
_ 2 R 2 (p~!- p) g
Jl- .. :
9V~t
,, ..
,. Conforme já:mencionado é:mter.i()rmeI1te, a relação acima é válida
para Re < J. I ' :
;. '1
,l
I
'
j .;
Superfície da
camada limite
Fluido escoando
com velocidade v~
v~
Placa
l
162 Fenômenos do Transporte
!. .
I~
I':
ax ay
• Equaçües do Illovimento:
• Componente x:
. ()v, +
p ( .v, uX-:\
v ,) =
V y -:\
uy
a
j.1
(aux-v
2
-:\?
x + ()2
~"
uy-
V
'] _ ()r
~
uX
(6.1.'32)
• Componente y:
2
p y, ~,
()Vy +
vy
a V Y) =
-:\ j.1
(a~ v 2
y + ()2 VY ] _
-:\ 2
ar
-:\
+
P gy
(6.1.'3.'3)
(. uX uy uX u y uy
163
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
X P v= x
Lembrando da definição do número de Reynolds, tem-se:
• Equaç;lo da continuidade:
(6.13í)
dv I =O
az
• Equação do ll1o\'il1lento, componente Z:
at
aVI
p _ = P,,-PI
L
+~l
[1-
r ar
a (r -aVI)]
-
ar
(Ci.];)S)
a)t>O v/=Oparar=R
Condição de contorno:
()VI - ' para r = O
= finito
b) t > O _ _o
dr
0,8
0,2
0.6 0,1
'. v!
V',;,:.', 0.1
:1
'I DA
0,05 Figura 6.9 - Perfis de
0.2 velocidade para o escoamento
O não-estacionário dentro de
O um tllbo circular (BIRD,
DA 0.2 0.2 DA 0,6 0.8 1,0
1.0 0.8 0.6 STEWART e L1GHTFOOl
r/R --
1960).2
165
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
Referências
:- i
LA1\lB, II. J)\'dro((\'l/alllirs. Nl'\\- York Dowr PlIhlicatioll!', l~H:í_
:2 BlHD. n.B.; STE\VArrl~ \V.E.; UCIITFOOT E.N. Tnlll.'/,()rl /,/tl'l/O/lll'/li!. N('\\ York
John \,Vile} 0: Sons, I !)(iO.
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em coordenadas retangulares.
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Tabela 6.2 - Tensões normais
e de cisalhamento para
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Coordenadas retangulares,
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1960)2
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
167
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para um fluido Newtoniano
de densidade eviscosidade
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8 LlGHTFOOT, 1960).2
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2
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P (,'-+v dve Ve ave vo V r -avo) =- (12 dCr 'tre) 1 d'teu d'tzu) ---+pg
' +---+-' J dP
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Tabela 6.4 - Equações da
continuidade e do movimento
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Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 169
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Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos '"*
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movimento em termos dos 'h.:,; ,
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Movimento: Em termos das tensões de cisalhamento ::;
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Tabela 6.7 - Equações da "~
.i·
continuidade e do movimento '"
'.,+.c. __ ,__ .' . em coordenadas esféricas,
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""fr~Lr.;i' .r:.,:!.. '.' ,::' :" ..,>., ,I": .'",. 't :•. \~. .•
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1960),2
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Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 171
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
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172 Fenflmsnos és Tr~f1su~rt.8
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I
r
Tabela 6,9 - Equações do
movimento em termos dos I
gradientes de velocidade
para um fluido Newtoniano
de densidade eviscosidade
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Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 173 T
~
I!,
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos
Exercícios
Lubrificante
3 ~ Determinar V
e
(h
entre dois cilindros coaxiais de raios R e kR girando
com velocidades ~ngulares 00 e 01' respectivamente. Considerar que
o espaço entre doi1s cilindros é preenchido com um fluido isotérmico e
in~ompressível eml escoamento laminar. Ass'umir estado estacionário.
I
4:' Aço líquido a i 1.600°C é desoxidado pela adição de alumínio que
forma alumina (AIO).
2
Pode-se obter melhor qualidade do aço, se as
.~
Dados:
Paço ~7.100 kg/m: ; e
l
p = 3.000 kg/m:l.
AI"O"
Arame
~
C
~ 1°
O \.J \.J
C Reservatório
i de óleo
I- L
~I
, I
6 - a) Um óleo pesado com viscosidade cinemática igual a 3,45 x 10-'~ .
m!? / s está em repouso em Ul~ longo tu bo vertical cOliI raio de 0,7 cm.
Repentinamente deixa-se o fluido escoar pela parte de baixo devido à
gravidade. Depois de quanto tempo a velocidade no centro do tubo é
equivalente a 90% de seu valor final?
b) Qual seria o resultado se o óleo fosse substituído por água a ~WoC
(v = 0,01 cm 2 /s). Usar a Figura 6.9 para obter as respostas.
Varadarajan S8shadri, Rob8rto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alv8s da Silva 175
,I
Equações Diferenciais de Escoamento de Fluidos ,
~
,,
1
Pressão Ps ~ ____________________________~Pressão PB
llllL--.------"U
I Parede I V
z=H
'x = a x= b
Fluido
z=o x
Parede
x=o x=L
7.1 Introdução
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 177
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
Re= D V P (7.1 )
).1
onde:
• D, é o diâmetro do tubo;
• V, a velocidade média do fluido 110 tllbo;
• p, a densidade do fluido; e
• ).1, a viscosidade dinâmica do fluido.
O valor do número de Reynolds, para o qual ocorre a transição de
escoamento laminar para turbulento em tubos, é de aproximadamente
2.100. Esse número foi determinado empiricamente. Sistemas com outras
configurações apresentam transição de regime laminar para turbulento em
outros valores de números de Reynolds.
Para se poder ter uma idéia de como na prática industrial predomina o
escoamento turbulento, considere-se o exemplo do processo de lingotamento
contínuo, onde aço líquido é alimentado em uJ11ll1olde de cobre refl'igerado
com água. Essa alimentação é feita através de um tubo refratário, denominado
válvula submersa. :
Considerando que esta máquina produza placas com dimensões de
1,2 m x 0,25 m, com uma velocidade de lingotamento de 1 m/min, pode-
se avaliar a vazão volumétrica de aço na válvula submersa. Essa vazão será
tal que permitirá manter constante o nível de aço no molde. Desse modo,
a vazão através da válvula corresponderá à vazão de aço sendo produzido
na forma de placas.
178
Sabe-se que para UJllLl vúlvula, o Ilúmero de Heynolds serú dado
por:
d vú l""la V P
Re = ---''----'-
~vz [1 _ (~)2]=
(7.2)
Vz,máxima
(7.S)
V z,múxima 2
,. onde v ,. corresponde à velocidade no centro do tubo e R é o seu raio.
Z,maXl1lla
.'\
• 1
rI (Rr )q
i
--",--VZ
V z,mú,ima
=
l J
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
179
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
Vz 4 (7.5)
V 7_ máxima 5
A velocidade média referida é obtida considerando-se as flutuações
de velocidade com o tempo. Essas expressões são válidas para números
de Reynolds na faixa de 101. a 105 . Nessa faixa do número de Reynolds,
a queda de pressão é proporcional à vazão volumétrica elevada a 7/4.
Uma comparação entre os perfis de velocidade para escoamento laminar e
turbulento é apresentada na Figura 7.1.
Nota-se claramente na Figura 7.1, a transformação de um perfil
parabólico, característico do escoamento laminar, para um perfil mais
achatado, no caso do escoamento turbulento. Nesse último, as variações
de velocidade concentram-se na região próxima à parede do tubo. Na sua
parte central, as velocidades são praticamente uniformes. Para o escoamento
turbulento, como visto na equação (7.5), os valores de velocidade média e
Parede
1,0 -.-_ _ _ _...-__ -.__ -__ .-
Centro do tubo ---
__ .-.;;..-:-:.""c:::-:::=r."....-t---...-=:::::-::-:-
...:.,:,-
•.:..:..------.---.---.---.-
__ .-
__ .-
__ -__ .----'1'
/"x"'" /././ / /.- ........................... " ......\
! .: ,/ "
f /, ""
0,8 i" . / , . \;
i I; ~ \
/
/
~: ~
\
I ~ \
I I
I \
I I
0,6 I I
v1 I \
.1 I
V;, max .1
:,
I
I
0,4 iIiI \
iI I:
:1 li
~ I:
li
I:
0,2 ~
LlGHFOOT, 1960).1
Vz =-
to
fv
1
z dt
(7.6)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 181
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
Oscilação da velocidade
(GUTHRIE. 1992),2
v z -- v z + v z/
(7.7)
1 t+t o (7.8)
viz = - J viz dt = o
lo t
~ v z/2 (7.10)
':'~~
f.:~
;~~'
~:
"o !,
"'t
,>,.J
~;.,.
;,..Ii
""f Z2.1 Equações da continuidade e do movimento suavizadas
, "~.l~
Considerando um f1uido com densidade constante, pode-se escrever
:':~;, ; a equação da continuidade da seguinte forma:
(7.11)
(7.1S)
-/,
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 183
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
(7.15)
equação:
onde:
~t(t) é a viscosidade turbulenta. Expressões similares para as outras tensões
podem ser definidas.
A viscosidade turbulenta não é uma propriedade do fluido e deve ser
avaliada ou estimada para cada sistema em particular.
Nota-se que a proposta de Boussinesq não resolve o problema de
avaliação do fluxo turbulento de quantidade de movimento, apenas o transforma
em um outro problema: o de determinar a viscosidade turbulenta ~l(t).
oaspecto interessante dessa proposta é que ela faz que a equação
do movimento para escoamento turbulento fique idênt~ca à equação para
o regime laminar, apenas substituindo a viscosidade molecular,
:
~, por uma
viscosidade efetiva, ~efi' expressa pela soma das viscosidades molecular (ou
laminar) e turbulenta: .
~eff = ~ + ~(t)
(7.21)
-(I) = _ P 12 dv x dv x (7.22)
't yx
dy dy
onde:
I é o comprimento de mistura, avaliado em função da distância do ponto à
parede.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
185
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
onde:
K é uma constante igual a 0,.36 (determinada a partir de medidas de perfis
2
de velocidade em tubos).
!
• Proposta de Deissler (empírica):
-(t) _
't y, -
2 -
P n v, y
[1 (n v~ YJ] ddyv
- exp -
2 x
onde:
Y é a distância da iparede e n é lima constante avaliada empiricamente
(0,124).
Dentre estas propostas, a que tem sido maIS utilizada é a de
Boussinesq. Nesse caso, uma série de abordagens tem ~ido desenvolvida para
permitir a avaliação da viscosidade turbulenta. Estas abordagens podem
ser classificadas em três categorias, de acordo com o nÍlmero de equações
diferenciais adicionais, que são usadas para avaliação da viscosidade:
\
186 Fenômenos de Transporte
grande na previsão de características de escoamentos turbulelltos, cm
várias áreas de aplicação, inclusive na metalurgia, Entretanto, nenhum
deles fornece resultados quantitativamente corretos em uma tàixa ampla
de aplicações. Geralmente, há um tipo de modelo que funciona melhor para
um dado tipo de aplicação.
O modelo K-E proposto por Jones e Launder (1972r é um dos que
têm fornecido os melhores resultados em aplicações metalúrgicas. As
figuras de 1.3 a 7.5 mostram exemplos de perfis de velocidades obtidos com
o LISO destes modelos aplicados ao processo RH de refino, aos distribuidores
c aos moldes de lingotamento contínuo.
., I
Velocidade
(m/s) Perna de
1,00
0,75
0,50
"
i'·'
0,25
0,00
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 187
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
Figura 7. 4 - Pertil de
velocidades em um
distribuidor de lingotamento
contínuo (TAVARES e CASTRO, Com uma barragem Com um dique euma barragem
1999).4
",
",
'.
".
'.
"
"
'.
\
188 Fenômenos de Transporto
A abordagem descrita é bastante trabalhosa e invariavelmente envolve
o uso de técnicas numéricas complexas e recursos computacionais, para
solução das equações diferenciais de conservação de massa e quantidade de
movimento. Conforme mencionado anteriormente, o uso desta abordagem
é geralmente restrito a aplicações mais elaboradas, nas quais a obtenção
dos perfis de velocidade é absolutamente essencial para a solução do
problema.
Em muitos problemas de aplicação prática na engenharia, podem ser
empregadas técnicas mais simples (do pon to de vista matemático), mas que
conseguem fornecer respostas adequadas. Este tipo de abordagem vai ser
apresentado no próximo item.
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 189
..
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
onde:
• Fk' é a força de atrito ou de arraste entre o sólido e o fluido;
• A, a área característica;
• K, a energia cinética do fluido por unidade de volume; e
• f, o fator de fricção ou coeficiente de arraste.
Deve-se observar que a equação (7.25) não é uma lei de mecânica dos
:. ~
fluidos, mas sim uma definição para o fatal' de fricção. Obviamente, para
um dado sistema, f não está definido até que a área característica, A,' seja
especificada. A definição dessa área varia de acordo com a configuração do
sistema, escoamento interno ou externo.
I
Fk ~ (tt D L) C v')
P f (7.26)
onde:
• TC D L, é a área de cantata fluido-sólido; e
• 12 P V~, a energia cinética do fluido por unidade de volume:
Esta equação ainda não é útil para se calcular a força de fricção, pois
não se conhece o valor de f
o fIto r de fricçi10 é um parâmetro (lvaliadn experimentalmente.
,I
190 Fenômenos de Transporte
É bastante simples imaginar um aparato que permita a determinação
experimental do t~ltor de ü-icção, f A Figura 7.6 mostra um exemplo de
montagem que pode ser empregada com esta finalidade.
Pressão Po Pressão PL
V////Z///(VZZZZ////Z///T~
.. ..
Figura 7.6 - Montagem
z=L experimental para a avaliação
z=o
do fator de fricção.
(7.27)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 191
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
(7.28)
D (7.29)
~f.>
....
,
7.3.1.1 Análise dimensional
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 193.
T'
ii" '.
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais ~....•.
t,-
. , ~l::
'
~
. .' f
Figura 7. 7 - Representação
esquemática da rugosidade Tubo .: I:
de um tubo. ..
>,. ,.
. ~:
I
~'{.
Vista ampliada
da parede
l1,-
I·
I
• V [=] L e l
; e
•E [=] L.
Nestas dimensões, M designa massa, L designa comprimento (não
confundir com o comprimento do tubo) e t refere-se ao tempo.
Através da equação (7.29), determina-se a dimensão do fator de
fricção. Tem-se:
f= ~ (Po - PL) ~ (7.29)
2 L
(ML- 1f 2) L
f[=] ~--'- 2 2 [=] adimensional
L (ML-') (L f)
• variáveis geométricas;
• vari{l\!eis cillemúticas; e
• \'ariá,'eis dinftmicas.
A Tabela 1.'2 íornece lima lista de variá\'eis, normalmente envolvidas
C'II1 problemas de Fenômenos de Transporte, e a sua classiflca<;ão, de acordo
W!11 as categorias acima,
,
;~
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
195
i. Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
• variáveis geométricas: D, L, E;
• variáveis cinemáticas: V; e
• variáveis dinâmicas: p e ~L
É interessante notar, que, de acordo com a lista de variélveis formulada,
existem seis variáveis independentes, D, L, p, ~, V e E (cujos valores
podem ser selecionados na hora de se fazer o experimento) e uma variável
dependente, f (cuj'o valor foge ao controle de quem faz a experiência e que
depende dos valor:es adotados para as variáveis independentes).
• Seleção de variáveis
i
Para se desenvolver a análise dimensional propriamente dita,
i
selecionam-se i,1icialmente três variáveis independentes, que' são
I
• variável geométrica: D;
• variável cinemática: V; e
• variável dinâmica: p.
É importante enfatizar que qualquer outra seleção, que obedecesse
ao critério de uma variável de cada grupo, atenderia às especificações para
desenvolvimento da análise dimensional.
Fenômenos de Transporte
Número de grupos adimensionais = Número de variáveis envolvidas -
(7.30)
Número de variáveis básicas
Existem sete variáveis envolvidas (seis independentes e uma
dependente) e são três as variáveis básicas. Desse modo, o número de grupos
adimensionais é:
Número de grupos adimensionais = 7 - 3 = 4
(7.32)
(7.33)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Si Iv?, Itavahn Alves da Silva 197
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
b =-}
c =-1
I
198 Fenômenos de Transporte
E
Grupo TI> = - (7.39)
J O
0,02
0,05
0,015 .-- -. . . .- -' -. . - . 0,04
0,03
0,02
...-'"
\\ 0,015
0,01 001 =w
0,009 0:008
ó
"'"
c..J<> 0,008 0,006 '"
:>
=ca
E 0,007 0,004 ~
CD
Q.)
-= ......... -=
ca
Ci
C<:í
0,006 0,002 -:'2
cr.>
LL- =
=>
0,005 0,001
::J
o:::
0,004 ~B~~~
"
0,0002
0,003 ' .. " 0,0001
.... 0,00005
0,00001
0,002 -'----,-----,------,------,r-----..::::,.,----==-.j
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 199
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
-. =
1 -3,6 log
[(ElO]!.!!
--
6,9]
+- (7.4·2)
Jf 3,7 Re
~emplo
. (I"2 -2)
I :
: ~l {t; ,~}
1t D2 '
I ,~;
PL) == (1t D L) pV f
- - (Po
4
I
200 Fenômenos de Transporte
,1
i'
" .
, ,i :.' " • i /:;- '",.. :;.e,13'~·;·~1
;t'". ', Para determinar
: .
o fatoi-'de-
, '
fr:icção deve-se calçuJaron'úJjíero;;:pê':::
. : : ' " ': .. ' . .,'I'~'" Í": '': !,I" '.' "i'.
Logo:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
201
:.Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
i; "
diâmetro do tubo = 0,0254. m; e
r.':
material do tubo = ferro fundido.
,. ,!:"
- "'::~;
"SoluçãO'
'- ,,'
,1tD2,; . (1 _)
1tD
, ,_'_ (po ,- pd = (1t D L) - P y2 >f+ - - P g L
2
'4 i 2: 4
,i "Nota~se que
, '
adiferença de pres~ão atu~ em sentido contrário às
1 '
- ReJ.1
v=--
Dp
TCD 2 1·
~
Re 2] f + -TCD 2
I _ 3 61
r;: - - , og
[((~,59
,
. 1~-4)/(0,0254)JI.11 J,9]
+ -,-
>,\,.Ir.
"Iii
vf : 3,7 Re '. I,·
: ' I' "'ii
: "i!,
Para se resolver simultaneamente
,
estas duas equa~ões
I '
não-lineares,i!
, 'I,
o método mais simples é o iterativo.. Nesse método, part~-sedeum.vaI<m:):
inicial de f, por exemplo, e atràvés de'sucessi~as iteraçõe+ 'vão-se obterido:::'
i
, valores de Re e f, que vão se aproximando da solução do problema. Esse
processo é ilustrado a seguir. ' t
I
Considere-se um valor inicial de f igual a 0,006. Esse valor inicial
não altera o resultado final, mas afeta o número de iterações necessárias
para se chegar a uma solução adequada.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 203
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
ti,
i', . ,•
<
~
i ','
. ~. 1
Tem-se:
< '
.: 'I.
v= Re ~ = (39.299,4) (0,001) = 1 547 m/s
Dp (0,0254) (1.000) ,
;'
,, .
~
ou s~ja, Q = 0,784, 1/ s.
onde:
• A, é a área da seção transversal do duto cfetivamente usada para o escoamento; e
• P~'I' o perímetro molhado (comprimento da linha de contato fluido-parede
do duto).
Aplicando-se a definição citada a um duto de seção retangular, como
\'isto na Figura 7.~), tcm-sc:
4WH
Oh = (2 W + 21-1)
'\
Duto não circular
..""
I
'
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 205
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
f=~
<p Re
onde:
<p é um parâmetro que depende da geometria do sistema. Para dutos
com seção transversal retangular, <p é avaliado através do gráfico da
Figura 7.10.
Na Figura 7.10, z I corresponde à dimensão da face menor e z~ da face
maior do retângulo~
É interessante observar que o balanço de forças para dutos não-
Figura 7. 10 - Parâmetro <I> - cilíndricos pode ser todo ele feito usando o diâmetro hidráulico equivalente;
correção do fator de fricção entretanto, o cálculo da velocidade é feito usando as dimensões reais da
para o escoamento laminar tubulação.
em dutos retangulares
(GASKELl, 1992),8
1,2
1,0
16
<1>= f.Re
0,8
0,6
O 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
I.,
206
7.3.2 Escoamento em torno de objetos (externo)
Esfera
Plano
J perpendicular
Projeção
7)
Figura 7.11 - Definição da
área característica para o
escoamento em torno de
objetos.
-li" •
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 207
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
Empuxo Empuxo
Peso Peso
I
208 Fenômenos de Transporte
Dessa lónna, o lJalanço de tor~~as para urna estera se movendo com
velocidade constante na direção vertical, em Ulll fluido estagnado, pode ser
expresso por (considerando-se lima esfera mais densa q ue o fluido):
Peso = Empuxo + Força de arraste (7.4.5)
(7.4.6)
f= l±-
Re
I
I
I
I
I
ci
,ro
Ü"
102 I
I
c..:> I
E I
Q.l I
-= , I
I
êS
ro 10 .. \:
,,.. I ..
I
u.. ,, . 18,5 I
, I
,, f ~ Re 3!5 I
I
f ~ 0,44 I
I
I
. I
1,0 I
I
,I
\II
:1_----
I
0,1
10-1 102 103 104 105 106 Figura 7.13 - Fatores de
10-3 10-2 10
fricção para escoamento
Dvtp
Re = em torno de esferas (BIRD,
~l
STEWART eLlGHTFOOT. 1960).1
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 209.
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
24 i
f =- paraRe :::;
Re
18 5 ; (7A.H)
f = -'- para 1 < Re :::; 500
Re 3/ 5 '
,1Exemplo
I, ,~,' , '
··,ii-,a
, .".
Dados: !
, I
e diâmetro, (ia inclusão = 200 Ilm ; -'"
: '..1 ' ' -,
, ,e densidad~:da inclusão: Ps
• I '
=~L300 kg/m ;
s
i
, e
'..
densidad~ do aço: p
" ·1
=6.700 kg/mil; e
", "I '
, e viscosida<i:le do aço: Il = 6,5 cp.
Rep'etir o 't~lculo p~ra inclusões de 1:00 Ilm e 50 Ilm .
, I !
. ,::':SoluÇãO I
1 '
I, :
.,' Como a in~~:us~o é menos densa que Taço, O balanço de forças pode
colocado nasegumte forma: 1
, " "! ~
Empuxo = Peso + Forç~ de arraste
Assim, obtém-se:
Re = 3,039
,
Como a expressão llsadainicialmente só é correta para Re até I, o
resultado acima estú incorrcto.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
211
i
! Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
Re 2 f= Re 2 (18'Re.3;5) = 7~,93~n
;
: Re= 2,664 :
~~:t ~ . . : . r I ' 1 "
j.: J' Este valor de Reynolds está dentro da: faixa da validade clarelação
" 'il" • I. .' I . i '
, 9s.~da,. sendo, portanto, a solução do problema. . :
,', " . ",!: ' "i ' I
" i 'a' . :" A' part~r, d~ske~ valor de Reynol4 s, ~valia-se a velocidadJ terminal·
4~n~clusãO::' .', ,'\' \' ; ! '
'-:ii .".,., , : "t, . I·
" >11 ~. v ~"Re /l ~ (2,664)(0,0065) '= O0129 mls
..H':! ," ,t iDp (200.10-6)(6.700)~ ,
.~ 'I' "ii ~, . ','. I; "-, i
j?,O~ p~ocedimentos ~nálogos, determiná~se as ~elocidades para a~ inclusões',
de'! 100 Jlm e 50 /lm. Obtém-se: '; i
" . : ..~: ~~ ... ; ..
"
inclusão
, de 50 r11m: v t = 0,00092 m/s. ,
I
212 Fenômenos de Transporte
7.4.1 Equação de Ergun
Leito de partículas
····~~·O·.·Itif···::.,..~:··~:- - Partículas
Qt• • • . ;
..• ••
···oe• • . . ]
~
;,.~~ ~~!
~,~
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
213
Escoamento Turbulento eResultados Experimentais
6 (7.58)
a="d(l-w)
!
214 Fenômenos de Transporte
Figura 7.15 - Definição de
Esfera Partícula esfericidade de uma partícula.
Volume = V
!
A equação (7.59) pode ser colocada na seguinte forma:
, d '1 área da esfera (7.60)
area a partlcu a = -----
<p
6 (7.61)
a=-(1 -(0)
d<p
:,Exemplo
:,)..;.,.;;.;,.:~,,~---------------------_.:....-;.....;..'...;.";~' ,:
r~;}'::'" ,." ",', ,:1',:; , ' , ' ' " , ,.,," , ',',,', ,i';" ;:,,·,t
! . ~~
,.~ ."
15 mm
14
-I
-
1~:...' .../ ......... ..........................................
14 mm
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 215
[:' Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
~... .
r;
I:"
I',
i
I Solução,
, ! :
Inicialmente, calcula-se o volume da p:artícula de minério de ferro:
3
vp = 15 . 10 . 4 = 600 mm
: '
d=-----
I
(%i) /100
(7.62)
i=1 di
onde:
• 11,é o número de peneiras usadas no peneiramento e onde ficou material
retido;
• d, o diâmetro das partículas;
• di' o diâmetro médio do material retido na peneira i; e
• (%i), a porcentagem de material retido na peneira i.
O diâmetro médio do material retido na peneira i é determinado
através da média geométrica da abertura da peneira, onde o material ficou
retido, e da peneira imediatamente superior, por onde o material passou. A
média geométrica é calculada pela raiz quadrada do produto das aberturas
dessas peneiras.
O exemplo seguinte ilustra o cálculo do tamanho médio de partículas
a partir de sua análise granulométrica .
. Exemplo
1
r
l!!"::'
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 217
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
Soluçilo I ;,
I I
C?l~_()~,~~??s?a tabela acima, pode-~e construir a tabela a seguir:
4-,31 0,0197
L = 0,12] 7
_4 volume de vazios
. 1das partlcu
Oh - ,arca super t-lCIa ' Ias
4 (volume de vazios)
volume do leito (7.G5)
Oh = (área superficial das pmiículas)
volume do leito
4 (O 2wd<p
Oh = 6 (7.G6)
3 (I - w)
- (I -w)
dep
A equação (7.G6) expressa o diâmetro hidráulico equivalente de um
leito em função de suas características. De posse da equação, podem ser
utilizadas as expressões de queda de pressão cm tubos, para os regimes
laminar e turbulento, e expressá-las em função do diâmetro hidráulico
equivalente do leito.
Po - PL 8!l V _ 32 ~l V (7.C)!)
L
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
219
! Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
i, .
Po - PL 32 11 V 3211 V (7.68)
--'--- = - - - ' - - -
L 2 O) d <I' )2
( 3 (1 - 0))
oor
?
(7.70)
2 2
L 00 d <1'2
,
I
220 Fenômenos de Transporte
,
r'1"I-:-"
fli
2OOd<P) ood<p
( 3 (1 -(0)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 221
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
Referências
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John \\filey & Sons, 19Gü.
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1992.
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model of turhulence. lnternational Journal qf Heal and Mass Trall.yfer, v. I ri, n. 2, p..'1.0 I-I +,
Feb. I ~)72.
4. TAVAHES, R.P.; CASTRO, L.FA. Modelagem matemática do escoamento de fluido e
transferência de calor em um distrihuidor de lingotamento contínuo. ln: CONGRESSO
ANUAL DA ABM, 54.. , São Palllo. J9fJfJ. Anais ... São Paulo: ABM, I 99fJ. p. 51·1--51·.
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casting of steel. Ccpllputational fluiel elynamics anel heat/mass transfer J1loeleling in the
metallurgical inelus'try. ln: ANNUAL CONFEHENCE OF METALUHGISTS OF CIM,
35., 1996, Montreal, Canadú. Anna!s ... [S.n.t.]. p. 1'29-1·5.
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lnterscience, 1970.
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Aeldison-Wesley.1980.
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Maclllillan, I 99'..!.
9 HAALAND, S.E. Silllple anel cxplicit formulas tor the ti'iction t;.Jctor in turbulcnt pipe
no\\'. Journal qf Fluids Engineering, \".105, n.l, p. 89-90, 1983.
Dados:
• PINCLUSAO = 2,7 . 10'~ kg/m''!;
• PAÇO = -' ,1. 10:3 kg/m:J,• e
• Jl AÇO = 5,5 . 1O-,,! kg/m.s.
A inclusão pode ser considerada esférica. Verificar a validade dos
cálculos.
• D ESFERA = 1 cn1;
• P = 1,261 g/cm:l ; e I
I
I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva: Itavahn Alves da Silva 223
Escoamento Turbulento e Resultados Experimentais
=
.6 - Uma esfera de aço (raio 8,87 cm) é jogada em escória líquida para
determinar a viscosidade desse fluido. A densidade do aço é duas Vezes
' , ! .
maior que a da escória e a velocidade terminal ela esfera é 1,5'24< m/ s
i; I
(determinada experimentalmente). Calcular a viscosidade cinemática da
" ,. !
escona. I
:7 - Gás é~traveJsa
um leito de seção quadrada de ."3,04<8 m de lado
~ 14<,11 m e c?mprnnento. A s pressões d e entra d a e SaI'd a d'o-gas
,I .d i . ,
'$ãO 104.109,97 N/m 2 e 103.4'20,5 N/m!:\ respectivamente. A vazão mássica
II I
°
. ae gás é 90,72 kg/h. Avaliar a fração de vazio do leito (entre e 0,6) para
as condições abaixo: :
I
• diâmetro de l~artícllla = 3,01<8 cm;
• viscosidade do gás = 2,067 . 10-5 kg/m.s; e
.•• densidade do gás = 0,12 kg/ m~! (densidade média).
, '
8 - Calcular a diferença de pressão necessária para fazer água subir em um
°
tubo vertical de 1 m de comprimento a uma vazão de 0,511 s. O diâmetro
do tubo é de 1,5 cm e sua rugosidade de 0,1 mm.
Entrada Saída
..
'.~ Elemento infinitesimal
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 225
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicos
"II
A equação de conservação de massa estabelece que: ,H
[Taxa total de entrada de massa] - [Taxa total de saída de massa] = (8.1 ) ]1
[Taxa total de acumulação de massa]
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
227
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
r- 1, r-
Dp
Aço líquido
d
I-I
I
2 ~ Bocal
'm·:i:.-.O·' I':
.,' :', ,l~~k ;;, I;'
ànço de massá:pode, ,então, ser colocada' ná
,~: -,' I
'~d' !
"',mT!
-m2 = ....------- ,
",' I
---'
m2 = A2 P2 V 2
1
228 Fenômenos de Transporte
Usando a expressão para velocidade média no bocal, tem-se: J:
.• . I ;1.·
' t!".:
qJ2 = A 2 P2 c o J2ih ,I ,· ..•. 11.·(
Considerando que a d~nsidade
do aço seja cons~anté'é unif~rfu&'~l
.
em todo o sistema, pode-se ~screver a seguinte equaJãopara â m~:s;k';:l
' q. I' , . i
d mT = Ar P d h
Combinando-se as equações desenvolvidas, pode~se escrever que:
d lTIl' d h;.
= - lTI2 = - A2 P2 Co~2 g ht
I
-- = Ar P -
dt dt
Separando variáveis na equação acima, tem-se:
dh A, r:;-:: iI
----v; .,= - -- CD" 2 g d t
h- Ar . i
iI
'2
- ho 1/2
=--
A2 r:r=
C D"Lg te
, AI'
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 229
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
.seguinte expressão:
.:'
1 te=
Ar
--o 2 i ho
-'-
( . )In
; . i A 2Co . g .
I • :; . As áreas da~ seções transversais do bqcal e da panela (considerados
!i,j;ç~rculares)
.
'são da~as por:
'.
';:
.'
2:
di
:
1/2
2 . 3,3 = 1.413 s
. lo ( 9,8 )
A2' V2, P2
~------------~~~
Bomba
Figura 8.3 - Sistema para
aplicação do balanço global
de energia (GEIGER e
POIRIER, 1980).1
,--------------- ---.------
~
dt
(E total ) = -~ [ (H + E I' + E c) m] + Q + SR - M (8.8)
onde:
• E é a enero'ia total do fluido, dada !)ela soma das energias interna,
total' b
potencial e cinética;
• l-l, a entalpia do fluido por unidade de Illassa;
• EI" a energia potencial do fluido por unidade de massa;
• E" a energia cinética do tluido por unidade de massa;
• 1;1' a vazão de massa de fluido !lO sistema;
• Q, a taxa líquida de entrada de calor no sistema;
• M, o trabalho mecânico realizado pelo f1uido sobre a bomba (ou qualquer
outro dispositivo de manuseio de fluidos); e
• SI{' a geração líquida de energia no sistema, devido às reações químicas ou
outras fontes.
Na equação anterior, o operador ~ significa (saída - entrada). Dessa
femna, - ~ vai significar (entrada - saída).
(8.9)
(8.1 1)
A seguir, será visto como cada uma uos termos poue ser avaliauo ón
termos de parâmetros mensuráveis.
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 231
',.
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
• Escoamento laminar
Conforme obtido no Capítulo 5, para o escoamento laminar são
válidas as seguintes eqllaçôes para o perfil de velocidades ao longo da seção
transversal do duto e para a sua velocidade média:
(5.1 16)
V = -
R2 (
P gcos R+
I-'
Pu - PL) (5.126)
811 L
Combinando as duas equações acima, pode-se obter uma expressão
relacionando o perfil de velocidades com a velocidade média:
- (R 2 - r 2) (8.15)
Vz = 2 V .,
R~
(8.16)
I
232 Fenôm8nos d8 Transport8
A in tegração da eq lIéH;ão fornece:
(S.17)
1111 ECJ=1tPIVI3R~
;~
i!~ (prove este resultado como um exercício).
~~
Parede ""
1,0 ~__._
...-... .... .. _=._="""".-t-~=-.-
_ -...-...-...-...-.. ;-....,. .. -
...-....-...-...-...----1
~ / ..... -- .................... ,;" .....\
/'y// . "
0,8 :! /
i" \.\.
: / ~\
!1 - $ \
i /~ \\
.i I \ :
I :
06, : I I:',
:I
:I I:
:I ~
A:i I i.
.
:I E:: I:
U z.max ii
:1
..:s Ii
I:
0,4 i I I i
:1 I:
iI li
:1 I:
i liI:
E
0,2
Figura 8.4 - Comparação
qualitativa entre as
distribuições de velocidade
0+---~--~--~--~--4---~--~--~--~--~
nos escoamentos laminar e
1,0 0,8 0,6 0,4 0.2 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
turbulento (BIRO, STEWART e
r/R -
Posição radial LlGHTFOOT. 1960).2
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
233
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
(8.21 )
ECI = ~ V 12 (8.23)
equaçã~
"-
Esta permite a determinação da energia cinética do fll,i'do
por unidade de massa, em função da sua velocidade média, para o caso de
escoamento turbulento.
As equações para regime laminar e turbulento podem ser escritas em
uma mesma forma geral, como apresentado a seguir:
Sendo:
• ~ 1= 1/2 para o regime laminar; e
• ~1 = 1 para o regime turbulento.
onde:
(8.28)
m]
(8.29)
m]
representam a taxa líquida de entrada de calor e o trabalho mecânico
realizado pelo fluido, ambos por unidade de massa de fluído que escoa no
sistema.
Lernbrando agora das ddiniçües da Termodinâmica, tem-se:
p
H=E+ _ (8.30)
P
onde:
• E, é a energia interna por unidade de massa do fluido; e
• P, a pressão do fluido.
Combinando as equações (8.27) e (8.30), obtém-se:
L1E+L1
(PP) +L1Ep+L1Ec-Q +M =0 * * (8.S I)
Varadarajan Sestladri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
235.
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
(8.3.'3)
. '
Cancelando termos, tem-se:
1 (8.36)
- dp + dEr + dEc + OEr = O
P
A integração dessa equação ao longo de todo o sistema (com o termo
M* aparecendo novamente) fornece a chamada Equação de Bernoulli, numa
forma que pode ser aplicada à maioria dos problemas de escoamento de
fluídos:
f2-P1 d p + g
I
V-;.
+ -- - -
(Z2 - ZI)
2 ~2
(-2 -2J
VI
2 ~I
• -
+ M + Er - O
(8.37)
_ P M~I (8.30)
p- R T
onde Mi\" é o peso molecular do gás. (Demonstre esta equação a partir da
lei dos gases ideais).
Substituindo (8.39) em (8.37) e integrando, obtém-se:
(8.4D)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
237
, Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
Pressão PI Pressâo P2
: . D
• ------r-----------------------------------------r---------- ---
onde:
• FI" é a f()rça de atrito entre o fluído e a parede do cluto;
• a diferença de pressão entre os pontos 1 e 2 (o fluido escoa do ponto
PI - P 2 , 1
para o ponto 2); e
• A, a área da seção transversal cio cluto.
A equação é estabelecida considerando que quando o fluído escoa com
velocidade constante, o somatório de forças atuando sobre ele é nulo.
Aplicando-se agora um balanço de energia para o fluído escoando no
sistema visto na Figura 8.5, ohtém-se:
P2 - PI + Er = O (8.'1.2)
P
Para se chegar à essa equação, considerou-se que o duto tem seção
transversal constante (assim VI = V2 ), está na posição horizontal (ZI == Z.)
e que não há equipamentos para bombeamento do fluido entre os pontos 1
e ';2 (M'* == o).
1 - ' ) t'
(7.26)
Fk=(rrOL)(-py-
2
Para um duto de seção transversal circular, tem-se:
D1 (8.44)
A=rr -
4
Combinando-se as equações (8.4.3), (7.26) e (8.44), pode-se obter uma
expressão para estimativa das perdas de energia por fricção em seções retas
de tubula~;ües:
1 -
Er = (rr D L)( 2 P y2) f = 2 f (~) Y2
2
0 D
prr -
4
(Demonstre que uma equação idêntica à expressão anterior seria obtida se
fosse considerado um duto vertical).
A equação (8.45) pode também ser usada para dutos não circulares,
bastando substituir o diâmetro D pelo diftmetro hidráulico equivalente,
definido pela equação (7.43) .
•. Exemplo
~.; i " .. ' . I
. " ' .: :
li. Um v~ntilador sopra a~ ao longo de um duto >tétangular c6~ ii:
ti ~s':s~guin te~ ,dimensões: ,seç~: o,~o ,m x 0,30. Ill\5,~Kl1lP!!~e~ t~t~",~!
~i50.',O TIL O a~.ei1tr~ a ~woC e 7Fo.~T Hg de preSSã?::'ll~y~~~~,de ~rr~:?:I::
fpongo da tubulação, é: 0,5 mSls, ;~~~siderard~t,o ~idr~~li~a~ent~~~1~f:1l~
I. (rugosidade = o) e na posição: horizontal. Qual devesera:potênciado l!i
• I ! ,". '}'!':~: '. .
: . , . ' -,! i.:_ :,'" -.: ",:~,~ >'q'. '?',''/., ':'),:
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
239
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
50 m ·1
I~
1
---
---
2
ar
-----
J
-
~
\
:~;jl ;:,
Nesse casojapesar de se estar s(?pran4~ um gás, como a temperatura
:' ~ 'a pressão nãôl variam, pode-se considerar a forma da equação de
,hernoulli aplica1,a a um fluido incompressfvel. Tem-se:
i,
<, . . j '. j
"
i .•
!
v
(2 iJ +M'
'
Para determinar M* resta, então, avaliar a velocidade no ponto
+Ef~O
'
t~ e:E( ,:
I' "
f'", , Para calcular a velocidade no ponto, 2 e Ef,é necessário conhecer j
, I~'
.
L
Substituindo valores, obtém-se:
= P MM = 99.992,44. 0,02884 ~1 1844 ~ / 3
P R T : 8,3 L 293 ' gm
~ .. ,
Dh
= 2 . 0,2'. 0,3 = 24 m
;(0,2 + 0,3) ,
° I, I
I·
!
. ,,,~;' , ' , ," II,.; .' " ,
Com esses valores, pode-~e calcular o número de Reynolds: '
, - I ;', I ..,' ,
Re= Dh' V2 • P ~! 0,24 :8,33. 1,1844 =131.~4736
~ i I , 18 . 10-5
, 'I:' '
" I
J~"~ ,;" " " :. ,.."
: ' Como a tubulação é hidl~auliqlÍnente lisa, pode-s~:deteríninar O':
'fatorde fricção a partir da seg~inte' equação, usando E'= .€>:,::;" ":\
~4, ! 1 y
' -~,I f~
-', Assim, as perdas por fricção são dadas por! '
Ef = 2 f(~)
'Oh
V 2 =2 .~,004~~.(~)'
,"~; 0,24,
2
.(8,33)2= 121,77'rn /s
'.. " ,
2
:l-' .
M =-2
( ~2 - Ef
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 241
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
. i, .
•;:~t~i::,'ff:::E,,~mpp~t~~tt)~~brar queM*::~epre~enta o trabalho feito p~lo
~fll1{~~PS~P?f~?l$?~$ de,~assa dofl~do ser do transportado, Logo:
':'lh(i';':" .' ,1M [= I M I Q p = 147,45.0,5:.1,1844 = 92,66 W
:. !Xl"t~n: ~~'té) : i i ;;'~l .. ;' .';~: :
,: J~~r"~X:\Usandoo fator de conversão (vejaCapítulo 3 - Tabela 3.2), obtém-se:
1 - 2 (8.4<6)
Er = '2 er V
o parâmetro e
é determinado através de correlações experimentais,
f
que expressam o seu valor em função do tipo de expansão ou contração
(repentina ou gradual), da relação das áreas antes e após a contração/
expansão e do valor do número de Reynolds.
• Contrações
A Figura 8.6 mostra eSf)uematicamcnte uma contração repentina em
uma tubulação.
1
--- ~I 2
~
esquemática de um COlltração
contração.
I
242 Fenômenos de Transporte
Para o caso de contrações repentinas (como a que é vista na Figura 0.6)
e regime altamente turbulento, o valor do fator de perda por fricção pode
ser avaliado através da seguinte equação:
er = 0,45 (l - a)
••
243
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
i,'
• ExjJansões
Para uma expansão repentina e em escoamento altamente turbulento,
o fator de perda por fricção pode ser estimado a partir da seguinte
correlação:
(8.4,9)
er = (1 - ai
Quando se usa essa equação para avaliação do fator de perda por
fricção, a velocidade que aparece na equação (R.'H1) deve ser estimada usando
a área da seção antes da expansão (menor área).
Os valores de e , no caso de expansões, se aplicam igualmente bem a
1'
todos os tipos de acabamentos dados na região de transição da menor para
a maior seção (exceto para expansões graduais, como será visto a seguir),
uma vez que a formação de vórtices depois das expansões não se altera se
as quinas são ou não arredondadas.
Para escoamento através de expansües graduais, as perdas por fl'icção
são significativamente reduzidas, devido à eliminação de vórtices. Resultados
experimentais mostram que, para esse caso, e1' é função do ângulo de abertura
e da relação das áreas A/ A~, como se vê na Figura 8.S.
1,0 -----.Qb_____::J[_0___A_l_~6
AI
0,9
0.8
0.7
ai-
0.6
0.5
DA
0,3
0,2
0,1
Er = 2. (L)
j' O -V 2
(8.50)
onde:
I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
245
I Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicos
~xemplo
;.. ,1;" •
24,384 m 112,192 m
2
36,576 m
Bomba 91.44 m \-
Q Joelho de 90°
raio padrão .. -
1,524 m
, . 1
l' .
~
. '
0,1 m ., .'
I ....
Caixa d'água " ".
As seções transversais no pon{o 2 e ao longo da t~bulação são ás! ." ' ·10
I !
I"'
,. ~AdUIO ,I' .
Deve-se agora determin~r o valor de
• I . ,•
P2'
Isto é feito avaliando-se
~
o número de Reynolds no pont<»'2,.para
.
saber se o escoamento
I ,
é laminar
ou turbulento. Tem-se: i' .! I' .
1 . ' 'I '
.' Re = Dduto V2 R = 0,1?16. 0,74 .1.000 = 175.184
,
II
/'"'",
"., O 00 I :
' 1
I, , i
Como Re > 2.100, o esco~ment~ é turbulento e P é, !então, igual â 'I.
• I 21
. ',' . .
' l' I . - d . , I, •
Po de-se agora ava Iar a vanaçao a energIa cll~etlca entre 6s .
I
pontos 1 e 2:, . ,. !
l·:'·
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
247
f
I
II, Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
i
1
, Para se detenninar a potência da bomba, é, ainda, necessário estimar
I,
!
Ientre estes dois pontos, têm-se perdás associadas à:
i ,
, • contração na entrada do duto que ~stá nb interior do reservatório;
I '
1 ,I ' '
i ,. fricção ao longo das seções retas de tubulação; e
I I , I
I. i Er = 2 f(k) V d~to
I " Ddut?
: I 'I.
,i Inicialmente, avalia-se o fator de fricção para o escoamento dentro
da tu bulação.: I i '
~ 'il
li I
O fator delfl-icção écalculado pela seguinte equação:
, 1: 'I I
! ..ff' 3;7 , Re
Ef
= 2f (~J -2
Y <lulO
= 2 (O 0056) (166,216J (O
' 1 16 ' °° 74)~ = 10034
, 01
2/ 2
S
Ddmo ' .
(~) =31
Yd~1l0 ~ (0,0~56) (3) (31) (0,74)2 ~ 0,570m /s
e
Ef = 2f (Lo)
D
=
!., I
2 2
'
.
:;
:1
• i:? ' 1· ' . :l!
De posse dos valores det~rminados, pode-se retorparà equação de li'
Bernoulli, para avaliação da p~tência: da bomba. Tem-sef . ';'
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
249
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicos
>~~ Atmosfera
.~2·:\:1----r------------t
Panela
Diâmetro: DpaneaI
Atmosfera
Figura 8.9 - Vista
Orifício
esquemático de uma panela Diâmetro: O .
contendo metal. - - _ . _..._--~~~------------'
,
!
250 Fenômenos de Transporte
Para se estabelecer uma equação relacionando a velocidade do metal
no orifício de vazamento com a altura de metal na panela, pode-se aplicar
a equação de Bernoulli aos pontos 1 e '2, contórme mostrado na figura.
Como se trata de um tluido incompressível, a equação de Bernoulli fica na
seguinte fórma:
P2 - PI
~_--.:.
p
+ g (Z,-Zl) + ( ---
-
2
Vo - -
2 ~2
Vil J'
- + M + Er
2 ~I
= O
(8.38)
P 2 == PI == Pntllloslcrica (8.51 )
Z2 - Z I =-h (8.52)
,
A? = 1t D~rilicio (8.56)
- 4
Substituindo as relações acima na equação (8.54.), obtém-se:
1
D~rilkio (8.57)
VI = 2 V2
O panela
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
251.
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
Ef = 2 [panela
( -h-
Opancla
J-2 VI
(8.61)
ex "" °
Considerando que a contração não possui nenhum acahamento
(8.65)
Er = 2 [panela
( --
h J -2
VI + -I (0,45) -V 22
(8.67)
D panc1a 2
Como visto, a velocidade no ponto 1 é bem menor que a velocidade
no ponto 2. Dessa forma, o termo associado às perdas no interior da panela
pode ser desprezado, quando comparado com a perda devido à contração.
Voltando à equação de Bernoulli, incorporando as moaliações, tem-se:
g (-h)
-)
Y7- J
(- +-
+ -
I _.
(0.45) V; = O
(S.oS)
~ :2 ~:' 2 -
1
252 Fenômenos de Transporte
Rearralljando termos, pode-se obter uma eq uaçüo para a velocidade
do metal na saída da panela:
V =
- b
')al
1
1 )1 -o
(8.69)
2 ( ' ~2 + 0,45
I'
. ! A equaçüo (8.09) é COl11umente escrita na seguinte forma:
I
.... (8.70)
.~ V 2 = CD (2 g h)2
onde CD é denominando coeficiente de descarga e é avaliado por:
i
I).!. 2
(8.71)
C =
D ( 1
~2 + 0,45
"
O",
: Exemplo
Válvula gaveta ~l
Ldllto
Diâmetro: ~ -
D 2
dulO
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 253.
, Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas,
,S~lução
, 'i. I
,
;, !:
;;
Para se estabelecer uma relação para: avaliação da velocidade do
I
P2 = PI = P atmosférica
• ~ t
, ô'nde:
:L~ut:,é
;. -
O comprimento do duto refratário acoplado à panela.
" ,.'
, Para se calcular a variação de energia cinética, deve-se relacionar
}.,
'\
i A1V 1 = A2 '~h
1 ' : '
, ~: As seções thnsversais nos pontos 1 e 2 são avaliadas através das
"ii
;:,,!;'. ' , i
."s~g\1mtes equaçoes:
N : •
!
2 i.
Dpan'cla
AI =;1t' ---;-:-
,.,:' ,
~; 41
~"
'l,'!J
'D 2duto
!
A2 = 1t
'~!,.l.'
--;--
_ ii;
!', ' 'Para o caso em análise, fS pe~as por fricção est~r associadas a:, i i
t
••.•••• ..•••..•
' fricção el;n seçãoreta no intFrior df panela; 'II. i:
;,
1i fricção devido à contração qa entr:,tda do orificio;l· . ; ' Ii;
f:;.· refr~tário; e
,friCÇão na seção :eta do dutp r
l '.', !r:
~ , ., ."fricção devido à válvula ga~eta. ..;'. I· ", '!i,;
A perda por fricção na ~eção i:eta no interior da ~anela é avaliada:l'
atràvés da seguinte equação: ... I .
i
it
Er
.
~ 2 fp~e'a (-h-J'
Dpm.
.
YI2
~ ..
'1 . Já a perda por fricção na contr'ação é avaliada através da seguinte
'. expressão: .. 1 -2
Er="2 efV2
onde:
área da seção transversal do duto .
a=
área da seção transversal da panela
Para a situação em estudo:
a "'" O
Considerando, ainda, que a contração não poSSUI nenhum:
.: acabamento especial na região. de entrada, tem-se: ."
" i .~.:"
I"
t-
;]
er ~ 0,45'.(1- O) = 0,45
, i j.i:
: . • . ti.
A perda por fricção na seção reta no interior do duto é dada por: !I!
i· ,;;: .' I· . , :?:\f
.
! 2'
(Lduto
Er:= fduto -.- V 22
Y J- .'
,[.
I
'11:'I
.,••
•
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 255
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
I' '
onqé, o valor do par~metro L/D depende da abertura da válvula .
,1]
• 'ii'.' i ,I .
: i Assim, as perdas totais por fricção são dadas por:
':i'11
, I'
E) i
= 2f "",. (_h_J V+ :í
Dpancla
2
1
2
(0,45) V: +
'>ii, I : i
;:. i: 2 fi ( LdutO) - 2 + 2 'f ( Lc ) - 22
':' duto V2 duto V
,,~;, ,:: : D duto .' D válvula gaveta
r:~,' ~~ -.~'"
,:.'W:!i~:;~~?mO visto,~cima, a velocidad~tno p~nto 1 é bem menor que a
I 'oe:. j
l;j"~~';'"
;., '
-g C'h +
' .
L,"" )+ (V2 ~2.)'.~+ ~2 (0,45)
22
'
V: +
; ,
. . ,:. "(Ldut (Le)
O )
2 fduto. - - V 2 + 2 fduto ---'
-2::; V2 = O
-2
. .:' Dduto . ,. D \' ál"ula gaveta
. ::,,:.
'<
V 2 =i+045+4f
A.,' dllto
(L~u'.to)',
D'····
+4!. f (Lc)
dllto - i
..
:. '";\
P2 I ,
. " .:
duto, D válvula gaveta
;:;; ,e.; ..•. ,." :1 ' , ".,: i .
i .j;:i't.~ ~ificlildi<jtllue surge para o U,S? ~es~a equação para avfiiação da;
,iy,'il~if!;~~f~~;~;(d~!g~ P3l1~la, está~ss~~ia?atao fato de o fator de fricção i
:.[g~t,~~~rd~E,~Q;:IW~II1erode Reyng~~~":Hu,e, por sua vez, d~pende d~i~
n\vel()qg.,ª(;l~, de.sa.I~,aJdo ,metal. Dessa forma, para se avalIar a velocldaden
it~,)~!dá.;i~i;Qgri~~~r (,V mas para~vai}at, este parâmetroprecisa~ss!
~~~~~f.:~ ;\rel9,~,\~~.eE~t~ dificuJa~~J ê.~~ntornada }'tiliza~do-se u~:~
i!!m~F<?il\í.ii~rativo.. tl',esse ní~todo, part'f,sede !um valor inicial de f,;,o' (que).
~::tãb~'~ôá~to}pói~l~ãose conhecea v~loéÍda~e do metal) e determina.:.se:::
~'?tJi~6idade~rEstalvelocidade
l
" é tamblm;aIJrloximada, pois foi ca1culada%\
,~;':'.!t \;:>'.~"J ;',;;:~
u,~al,\aq:,t~m>aloriiI1correto
',. '
parao;[a~,or de
',,1'(' i
fricção. Com essa nova,~
~ ! .
".;,,:,~,~
'yelo~idade, calcula1se o número de Re~nolds;e um valor atualiz~do para °i
.., ',', . , ", ' .,." " I . : ' ,. :"
fatorde fi-icção. Com este valor, reinicia:...se o processo, executando-se mais ':,' ,
I
, de'velocidade e de tàtor de fficção começam a se repetir após sucessivas ;;1
iterações. Um exemplo de ap~i~açã~ deste método é aplresentado a segll~r.l
"
"
,I
• válvula gaveta metade ab~rta, (L/D) = 190.
Considerando que o fllJido é o aço l.íquido, tem-se:
I
• densidade, p = 7.000 kg/m~; e
I
• viscosidade, ~l = 0,007 Pa.s.
Substituindo dados na equação para a velocidade, tem-se:
-2
2 . 9,8 . (3 + I)
V=
2
~+ 0,45
!-lo
-
+ (_1_)+4 fd
uto 0075
,
4 fd
uto
(190)
(A)
o t~ltor
de fricção é estimado através da seguinte expressão
(assumindo escoamento turbulento):
-- =
I .
-3,6.1og êduto /DdutO)1.11 + _~ô--:,9=--_
.Jf duto
(
3,7 D du;o V 2 P I '
1J..l
i I
Substituindo dados: ':!' I
I
i I
, I
_1_ = -3 6log
I
0,0002/0,075
)1.11 + ~,9
I
.JfdU,O' ( · 3,7 (y
(0,075) 2)( 7.000)
0,007
lnicia-:se o processo iterativo com um valor drbitrário de fJ um'. .
, !
V 2 = 3,7698 m/s
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 257
" Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicos
\ . ,'"!"'- i'
i' f dulO ::: 0;006459 :'l' :
'''::fl':' ."' ~
<;/~t::~.~ela tab,ela, cpnstata-se que, ap6s:a qUflrta iteração, os valores de
t 'j' ." ",
,:.v~16cidade
',' ,', ,""
e fator de' fricção começam a repetir.
" ,I
Desse modo, a velocidade
"c~tr~t~:é3,41~6 m(;s. Uma outr~ form~de"r~~olver,o problema pode ser
;a~?,tad~;atraves do ;usode plamlhas eletromcas. Nesse caso, a equação
p~ll~a:'fdllt~ seria substituída na equação para a: velocidade e se buscaria o
z~fo da seguinte fU1~ÇãO:/ '
I
2
O", •
,\
2.9,8.(3+'1) =0
. :unção = V 2 ;~
~-,
_1 + O45 + 4
P2'
-(1')'-
ff{V2,),' 4 ~;-
dUl~;~ " 0,0,75
+ ff(V2)
dulo
(190)
,
• , i
IteratIVO.
,
.. ~. -,!"." ...,
E~emplo
(f" \
~ .,;~~~;;. , . ,~., .,~,,;. '
,
I
.
' '
y"f.:":; '; ".:'" ::~~- ::""~--."
0'0
, h
Atmosfera
Aço líquido F
Distribuidor
Figura 8.10 - Vista
esquemática do sistema de
transferência de metal do
fm if
lingotamento contínuo.
Válvula gaveta
Ddulo LlIulo
Atmosfera o
2
lp !: _L-
Molde
Aço líquido
(8.73)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 259
'. Balançás Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
(8.79)
A2 = W l110lde • Tl110ldc
- D:íu(tl
1
(8.80)
A du(o -1t -4-
onde:
• W,list' é a largura do distribuidor;
• T dist ' a espessura do distribuidor;
• W moII' a largura do molde; e
ll' LI
• TI'
mo1ce
a eSI)essura do molde.
Substituindo as relações (8.78) a (8.80) na equação (8.77), obtém-se:
2
1t D<lu(o (8.81 )
VI = 4 Vdu(o
W dis( T di,(
2
1t Dduto
V2= 4 Vdu(o
W molde T molde (8.82)
2nO
"
e- [\ onnm( PGO'
,.,.., iV, v ' v
rb
"".'
1;;;;;c;!Jn~:;.
...
,l .... - --
~.
ii;-.
Dessa forma, pode-se afirmar que os termos associados ú energia
cinética são pouco rele\"all tes, sendo v<Í 1ida a scgu in te aproxilll:I\'ão: fI
( -')
v v;
-'
2 ~2 2 ~I
1- - O (8.88)
t
onde:
área da seção transversal do duto (8.88)
0:= ----------~-------------------
área da seção transversal do distribuidor
Como jé1 comentado anteriormente, para o caso em análise tem-se
que:
o: :=:; O (8.89)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 261
">
~::
i1~'
Assim:
1 -2 (8.91 )
E" contrariO,= -2 .0,45. V (j uto
(8.92)
E rdulO
_ 2 f dulO ( -
-
LdutO) - 2
- V duto
Dduto
E r," h'ul,
=;'
- f <luto
(L)
'O
o v I"ula
-2
V <lUII)
(8.9~3)
i
onde (L/D),:'thllla depende da abertura da válvula gaveta.
,
e _ Fricção devido à expansão na saída do duto e entrada do molde
onde:
área da seção transversal do duto (8.96)
ex= área da seção transversal do molde
Novamente, pode-se escrever que:
(8.91)
ex : : ;: O
Assim:
1 - o
(8.98)
E f cxpan..,i\\l =-1
2 . . y"duto
~
E r = ' ) .O
,
~
45 . -V OUlll
2 + '),
- t oulO
( Lauto) - 2
V L1UI" +
_ Douto
(8.99)
2[. dUI" (L,,)
-
O
.
v l"ul3
-7
-+-]-
V duto
]
2 . . V dUIO
-7
. i;
Colocando o quadrado da velocidade no duto em evidência, tem-se:
(8.102)
V duto ==
[ 045
, + 4 f' dulO ( L
DdulO
dUlo
J+ 4 [ dulo (Lé)
O válvula
+ 1] I
I
Exemplo
Ifi
Usar a equação (8.102) parà determinar a velocidade do aço no duto
I'
, que liga o distribuidor e o molde de lingotamento contínuo. Consider~~
I,
i"
. os seguintes dados: !.
1:
• comprimento do duto, Ld'uW = i· m; íI,
,
. ,
• altura:de aço no distribuidor, h = 0,80 m;
I I
• diâmetro do duto, Dd uto ~I 0,075. m;
• penetração do duto no üiterior do molde, p = 0,20 rb;
I,I:
• rugosidade
,
do duto, ê = 6,0002
I
m; e 'I "
• posição da válvula gavet~: me~o aberta. I I:
I ~
ti
!
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ,263 . ~;
i·i
~;~:
~,,:
i';:' ,
I J '
: i:
Solúção i
" I
Substituindo ?ados na equação (8.102),iterri-se:
i
I,
1
2
i' "
. '
i
I' i
I" i; I
,~ .~ !:
'A~r~"'
":?;l;~; , 'I'- I V duto ~ 2,152 m/s :
e, f dU10; = 0,006542 ,
'~"'~:lil,:'-
dHI1",,'," i1 :,'
massa~de'aço. Tem-se:
.':\IL/" ' j
'''I:,', Q == 1t lD!ulo V duto = 1t (0,075)2". 2,152 = 0,0095 m 3 Is
4 '
".:,-
Analise o cf(~ito ela abertura da vá1vula gaveta ~()hre a Vélzfío ele élÇO.
I
264 Fenômenos de Transporte
r''-
~:f~'
~-z,
.• ',{
~,l~
~;
f .: 8.4 Técnicas de Medida de Vazão de Fluidos
:t~
,.) '," ~_ .. ~ _e " '
~
__ ,r,
~ '" -- .~~. ".,. - _.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 265
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
.',.,.
,.
esquemática de um Venturi.
Para a análise a ser desenvolvida, será considerada a placa de orifício
vista na Figura 8.11. Nesse dispositivo, um disco fino com um orifício circular
no centro é inserido no duto, conforme indicado na figura.
Como se vê na Figura 8.11, o fluxo se contrai antes do orifício e
continua a contrair por uma pequena distância, a partir da posição da placa
do orifício, formando lima região onde a área para escoamento é mínima. A
posição em que isso acontece é denominada vena cOIztracta.
Para se entender o princípio de funcionamento deste equipamento,
será aplicada a equação de Bernoulli aos pontos 1 e 52 na Figura 8.11.Nesse
estudo, serão desprezadas as perdas por fricção e será considerada a forma
da equação de Bernoulli válida para fluidos incompressíveis. Isso visa
simplesmente facilitar o tratamento matemático do problema. Tratamentos
similares podem ser feitos introduzindo as perdas por fricção e usando a
equação de Bernoulli para fluidos compressíveis.
Para os pontos 1 e 52 da Figura 8.11, a equação de Bernoulli toma a
seguinte forma:
(8. lOS)
-2 -2 (8.101,)
P2 - PI + V 2 _ VI = O
P 2 2
Considerando que o fluido possui densidade constante e aplicando-se
um ha1<mço ele massfl entre os pontos 1 e 2, obtém-se:
266
\!.-
Mas, tem-se que:
A = 1t _D~ (8.106)
1 4
A = 1t -D~ (8,107)
2 4
Combinando as equações (8.105), (8.106) e (8.107), obtém-se:
(8.108)
ou ainda:
(8.109)
(8.110)
(8.111)
(RI12)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 267
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
(8.115)
B= Do
DI
A Figura 8.] .(3, determinada experimentalmente, mostra os valores
de K em função do parâmetro B, definido pela equação (8.] ] 5), e da posição
do medidor de pressão, após a placa de orifício.
o exemplo a seguir ilustra a determinação do \'alor de 1\ para uma
dada pIara de orifício.
0,95 - , - - - - - r - - r - - . - - - , - - . . , - - - - - - - - - ,
0,90
0,85
0,80
0,75
0,70
0,65 '0~\S
~~~
Figura 8,13 - Valores do
coeficiente de escoamento 0,60 ~?-~~~~~=====-~~
0,5 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
para a placa de orifício Posição dll mr.dirlflr de pressão 30ÓS :1 plélC(] de orifício (nm diâm8trns do Qu\n)
L -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _. _ _ _ _ _ _ ------------'
(GEIGER e POIRIER, 1973),1
t-
de orifício. ,
I (,!
;
Solução '.
t
'I
f
Pelos dados acima, teul-se que: ,.
'1
I
í
Do = 20 cm DI =40cm; t
,
:
B = Do =05
, ""
!
DI , ,
.,'
'I
Q = 1t' D~ V o~O
4
,,
65 TC D;
4
t (p, -.,P2)
,p , .
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
269
"~,
.~' " Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
0,95
0,90
0,85
0,80
0,75
0,70
K= 0,65
0,60
0,5 1,0 1,5 2,0 3,0 4,0 5,0
Posição do medidor de pressão após a placa de orifício (em diâmetros do duto)
l"
i~
H
ii.:
I,
'I ,
8.4:f2 Tubo de Pitot
:~~~3 I
(8.117)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 271
ti
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
iii :,
I'
,. ,,
!:
ou ainda: crI,
(8.118)
It
Para corrigir os efeitos das aproximações feitas no desenvolvimento i·
.~I
desta relação (incompressibilidade do fluido e inexistência de perdas por
atrito), normalmente é incorporado na equação (8.118) um coeficiente Cp
denominando coeficiente de tubo de Pitot, e a expressão fica na seguint~
...
forma:
(8.119)
v~ = CP
centro do duto) pode ser relacionada com a velocidade média. Isto evita
que se tenha que determinar a velocidade em vários pontos. Como se viu
no Capítulo 5 - equações (5.117) e (5.126), para fluxo laminar em dutos
circulares, tem-se:
(8.120)
v
-----
V múxima 2
Para escoamento turbulento em dutos circulares e para números de
Reynolds entre lO'~ e 10" tem-se:
'. i
.- o", '," I
, í
Solução i:;,
I '
"',I':,
( ' t ; "
,,'
. ',,- "
'jHJl
~.~.~ :i~~'_~~'f
••:-.
P RT = M 'I • ~ j
'
sendo:
"
'"
• M1\!: massa 11101eculardo ar ~ 0,02884< kg/moI; "
.-, .
P MM = (182059,81) .(0,02884) = 1,867 kg/m3
P= R T ' (8,31). (65,5 + 273)
"
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 273
~:i
'i~'!;>'
, I ,
8.4.2 Rotâmetros
Saída de
fluído
tt
Duto cônico
Flutuador
V r (Pr - p) g = FA (8.123)
mI' (8.124)
Vr= -
Pr
onde 11\ é a lllassa do flutuador.
Combinando as equações (8.12.'3) e (8.12'1')' tem-se:
(8.125)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 275
. Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
.'
Referências
Panela
Diâmetro = 3 m
Distribuidor
Válvula gaveta -..r:1><fl
Ar 0,8 ln
0,2 ln
Molde
Seção transversal = 1,2 m x 0,25 ln
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 277
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicos
Ar
- -
45°
1{;-
j Aço
k3 Pressão: 0,01 atm
.---
Câ mara de vácuo
Lingoteira
- Panela
h=3m
45°
(
Ao
- Distribuidor
Veio 1 Veio 2
Placa 1 Placa 2
. n78
Li
Deseja-se manter o nível de aço no distribuidor o mais constante possível.
Para tal, é necessário variar o difunetro do oriflcio da panela à medida
que esta vai esvaziando. Obter uma relação matemática entre a área de
abertura do orifício da panela e altura de aço no seu interior, de modo a
garantir uma altura constante de aço no distribuidor, até que se tenha
apenas 100 mm de aço na panela. Usando a relação desenvolvida, calcular
quais deverão ser as áreas do orifício para as alturas inicial (.'3 m) e final
( 100 mm) de aço na panela.
Câmara de pressão: P i I
I
! I
O
• ~
O O
O O
0=1 cm Joelho: raio padrão
O h= 0,5 m O , !
j
Aço líquido + I
l~ r =
~
...... t h 05 m
I 1m
~T~~'
I
...
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ·279
Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
, ,
Bomba
Bm - Tira de aço
.-
2m Bfll:~1
/1
1m 3m
ItI--
0,5 m
Reservatório
1-,.-
··········.·1
1,_~
~
0= 10 cm
Áqua
Reservatório! Reservatório 2
ri = 8,8 mm
hI = lO cm''
h2 = 15 cm''
h = 15 cm'
j ,
h'f = 20 cm;
L = 8 cm; e
H = 10 cm.
i
Considerar que o tubo de vidro é hidraulicamente liso e que o fator de
fricção é dado por:
f= ~ + 0,0385
Re (0,839 - log Re)2
,
7 - Uma panela com diâmetro interno de 1 m contém ~lumínio líquido. I ,:
! .
, I
'. tempo requerido para esvaziar a panela pelo orificio do fundo;
• taxa inicial de vazamento de metal em kg/ S; e
• taxa de vazamento de meta.! (kg/s) quando a panela está 50% cheia.
i
<
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 281
"
~.~;! '
;'Id
t~.~~.
:~ Balanços Globais no Escoamento de Fluídos Isotérmicas
','
1.,1
0
Retorno de 180
1m
Um
1m
Reservatório: diâmetro = 2 m
Ódiâmetro mínirrto do duto, que garanta ser possível obter uma vazã;de
'alimentação de água de 50 lImin no distrib~idor, apenas por gravidade. A
rugosidade da tubulação é de 0,1 mm. Propriedades da água: densidade:
, I
~ g/ cm:l ; viscosidade: 1 cP.
Caixa d'água
\ J
I
7
8 cm -.1.
\
--L-
""'i j7
Altura do reservatório = 1 m
Diâmetro = 2 m
• •
Diâmetro = 50 mm 0,8 m
Ar
I
I
I
I
!,
•l
~ :I
II
1
,
t
,I
"
.
,:1
.!
, ;\
"
l"
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 283
,
.'
o·,l~o·~o:O
.1:
'~
f'~
~
,. ~ .~:",
Através da Segunda Lei da Termodinâmica é pdssível demonstrar
que calor é transterido das regiões de alta para as de baixa temperatura.
Capítulo Og
.•',
, '.
Entretanto, os conceitos de Termodinâmica não permit~m a estimativa da
taxa com que a transferência de calor ocorre. Em algumas situações práticas
de Engenharia, particularmente dentro da metalurgia, a taxa de transferência
de calor tem grande relevfmcia, pois pode definir a produtividade dos
processos e afetar a qualidade dos produtos .
.,A Figura 2.4, apresenta um fluxograma geral ilustrando a produção de
bobinas de aço em usinas siderúrgicas. Ao longo desta sequência de etapas,
é possível identificar uma série de aplicações do estudo da Transferência
de Calor.
Na coqueria, gases quentes, resultantes da combustão de gús de alto-
forno, gás de coqueria e ar, transferem calor para as paredes refratárias das
células de coqucificação que, por sua vez, transferem calor para a mistura de
carvões, promovendo a sua transformação em coq ue. A eficiência térm ica e a
produtividade deste processo dependem da taxa de transferência de calor.
Na sin terização, as trocas térmicas ocorrem entre os gases sendo
succionados e as partículas de sínter e da mistura a sinterizar. A taxa de
transferência de calor entre estas fases afeta a velocidade de descida da
frente de combustão, gerada quando a mistura a sinterizar sofre a ignição.
A velocidade de avanço desta frente de combustão determina o tempo
necessário para que o processo ocorra e afeta a sua produtividade.
A Transterência de Calor tem um papel muito relevante na fabricação
do ferro gusa em altos-fornos. Neste processo,as troca& térmicas entre as
partículas sólidas de carga metálica e de combustível e 'o gás determinam
a extensão da zona de reserva térmica, a geometria e a posição da zona de
amolecimento e fusão. Variações nestas características afetam o consumo
de combustível e a produtividade do reator. As perdas de calor através das
paredes do torno também atetam o seu consumo energético.
'I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 285
Introdução à Transferência de Calor
Exercício
I '
i, I
1 ,~ Além dos já cit'ados no presente capítulo, identifique e analise outros
sistemas e situações na metalurgia onde a transferência de calor é
relevai1te.
10
., .1
10.1.1 Condução
;
, "
~
~
287
"
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
----------------------____________',;[1
,':~,
Bala·nços de Energia e Mecanismos de Transporte de Calor
q =-k aT (10.1 )
x ax
onde:
aT (10.2)
ax
onde:
• Tu é a temperatura em x = L (1'\ ou °C); e
• To' a temperatura em x = O (1'\ ou °C).
Sendo T menor que To, o gradiente de temperatura é negativo (a
L
temperatura diminui quando a posição x aumenta).
Como a condutividade térmica é sempre positiva, o fluxo de calor
ilustrado na Figura 10.1 também é positivo. A convenção para o sinal do
fluxo de calor é:
• positivo, se for no mesmo sentido de crescimento da posição x; e
• negativo, se for no sentido contrário ao do crescimento da posição x.
No caso visto na Figura 10.1, o calor é transferido de To para T L
(alta para baixa temperatura). Desse modo, o flllXO de calor está no mesmo
sentido do crescimento do eixo x e é, portanto, positivo.
A condutividade térmica é lima propriedade física do meio ao longo do
qual o calor está sendo conduzido. Seu valor tende a ser mais elevado para
os sólidos, particularmente para os metais, c mais hú\.o parél os gases.
ii
~j
'I·
IIIf
I;
A taxa de transterêllcia de calor pode ser obtida 1I1111tiplicando o fluxo I
pela área perpendicular à direção de transferência de calor. Desse modo:
.. dT
Q = A.C) = -A.k.- (10.3)
'x dx
onde:
• Q" é a taxa de transtCrl'l1cia de calor na direção x (\IV); e
• A, a área perpendicular à direção de transferência de calor (m~).
10.1.2 Convecção
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 289
Balaáços de Energia eMecanismos de Transporte de Calor
onde:
• qx' é o fluxo de calor entre a superfície do sólido e o fluido, na direção x
(W /m~);
• h, o coefIciente de transferência de calor (W /m~.I\ ou W !Jl1~.~C);
• T ' a temperatura da superfície do sólido (I\ ou 0C); e
s
• Too' a temperatura do fluido em um ponto aÜlstado da superfície do sólido
(1'\ ou oC)o
A equação (10.4,) se refere a uma situação como a ilustrada na
Figura 10.2.
Parede
Fluido. Too
.Ts
i'
I
x
Figura 10.2 - Transferência de x=o
calor por convecção.
Alguns pontos relevantes associados à equação (10."1') devem ser
destacados. Inicialmente é importante mencionar que a equação (10.4) não
é uma lei de Fenômenos de Transporte. É mais adequado entendê-la como
uma definição do coeficiente de transferência de calor. Este coeficiente
depende de uma série de parâmetros, incluindo propriedades físicas do fluido
e geometria do sólido. O valor do coeficiente de transferência de calor é,
normalmente, determinado através de experimentos e expresso na forma de
correlações empíricas. Expressões para estimativas deste coeficiente serão
vistas no Capítulo 13.
Outro aspecto importante relativo à equação (10.4) é a ordem em que
aparecem as temperaturas T s e Too' A escolha desta ordem está vinculàda à
orientação que é dada para o eixo x. Na situação vista na Figura 10.2, se T,
for maior que Too' o calor irá da superfície do sólido para o fluído. Esse é o
mesmo sentido do crescimento do eixo x e, portanto, o fluxo ele calor será
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 291
·ii~
(i\
.~., :
P: Balanços de Energia eMecanismos de Transporte de Calor
l'
.I
De acordo com a lei de Stefan-Boltzmann, o máximo poder de emissão
de energia por radiação, por um corpo ou superfície, pode ser determinado
pela equação (10.5):
( 10.5)
onde:
onde:
• t, é a emissividade da superfície.
A emissividade é uma propriedade da superfície. Seu valor varia na
faixa de O a 1 e depende do tipo de material e de seu acabamento superficial.
A emissividade pode, também, variar com a temperatura da superfície.
Além de emitir energia por radiação, uma superfície pode, também, receber
energia por radiação. A quantidade total de energia que incide sobre uma
superfície por radiação é denominada irradiação e é geralmente designada
pela letra G.
Do total da energia que incide sobre uma superfície por radiação, uma
parte pode ser absorvida, uma parcela pode ser ref]etida e uma terceira parte
pode ser transmitida. Dessa forma, pode-se escrever a seguinte relação:
onde:
• G, é a irradiação C'vV / m~);
• a, a absorssividade ou absortfll1cia da superfície: fl'ação d<l ener,2;ia incidente
que é absorvida;
• p, a rctlctividade Oll rcf1etfmcia da superfTcie: t1';-](ão da energia incidente
CJUC l' rcf1cti(L!; e
I
292 Fenômenos 08 Transpol te
• t, a trallslllissividade ou transmitáncia da superfície: fraçé\O da energia
incidente que é transmitida.
Dividindo a equação (10.7) por G, obtém-se:
a+p+t=1 ( 10.8)
Uma boa parte dos corpos sólidos são opacos, ou seja, não transmitem
energia por radiação. Logo, para estes corpos pode-se escrever:
a+p = 1 (10.9)
t=O ( 10.10)
Das três parcelas citadas, apenas aquela que é absorvida pelo corpo
afeta o seu balan<,x) de energia.
Um caso de troca de energia por radiação de grande relevância e que
é bastante comum é a de um corpo que é envolvido completamente por uma
vizinhança, que está a uma temperatura diferente. Nesse caso, a troca líquida
de calor por radiação entre o corpo e a vizinhança pode ser expressa por:
(10.11 )
onde:
n'lrad' é·\( troca Jí<]uida de calor 1)01' radial~ão
'\
cntre o corl1o e a vizinhanca
)
(\V /m C ); e
T'iz' a telllperatllra da vizillhall<,:él (I{).
N ovamen te, a ordem das temperaturas na eq uação (10.1 1) pode ser
invertida dependendo da convenção de eixos coordenados que fór adotada
no problema.
A equação (10.1 1) pode ser escrita cm uma forma similar à de troca
de calor por convecção:
(10.12)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 293
~t
:1rBalanços de Energia eMecanismos de Transporte de Calor
u~uais de geracão
, '
estão 3s~n(i~l\.la~ à:
'.t~..... • .,
• conversão de energia elétrica em energia térmica por efeito Joule. Esta
parcela pode ser estimada lllultiplicando-se a resistência elétrica do material,
R, pela corrente elétrica, I, elevada ao quadrado. Esta t~xa é sempre positiva
e contribui para o aumento da energia do elemento de volume; e
I
Exemplo
Solução , I
ir,"
'I
I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 295
I'Balanços de Energia e Mecanismos de Transporte de Calor
~r .
!{'
~i;
(~:
,'. : ,Taxa de entrada de energia O .
!~./il, .. ; i , ' "'-'cnt , I
,II N- I' di d ' :
'.;~,dl- ao la entra' p e energIa no arame. D~ssa,forma:
". ,.ll.'
.il" .1
, [Taxa de entrada]
" =Q! =0
, . " ii, I. de energia . , ; cnt
.i'.taxa de saída de '~nergia, Q.,.. '. :'
,:~'-"Il' "-'. "I i ~ S.I! J'
dO'ar;llTIe.
"
• !:Ta~ade geração de energia, Qer
',' .'. g
':' . tE'ssa geração é devida à conversão de energia elétrica em calor por
'efeito'iJoule. O seu valor é calculado pela seguinte equação:
Taxa de geraçãO] _ ' _ . 2
. - QgC'- R .L.1
. .... [ de energia ..
~ .' 'O produto R".L fornece a resistência elétrica do arame de
. c()ITIprimento L .
. " \ ..
'd~j§.egtiinté ·equélç~~:.. ,:
• ", , ," 'I: .• -!;'~ ',' . ! '!' ': \.~ , " ' l '" . , ~'I
·3J~~,~~,~~;~.Lh'(;'i:T-H[.q.L.f."(T. -
"1 " 4
!;r) + ! .L.I
2 nD
~ ~ .L.p. Cp' TI
1 dTa .
Ôt 1t.D 2
-4-·L.P.C p '
ou ainda:
j;
'J
vão fazer que o tempo gasto ~os cálculos fique extrema~ente elevadotP*~~ o: ,
, ,'o
se d~terminar um valor de ~t adequado, que forneça !resultados preCi~Bs :
. I ' .
sem um tempo de cálculo excessivo, devem-se executar os cálculos com
. ~ '1 ' ',l
, .l
; ,
ilt sucessivamente men~res. A partir de um certo popto, verifica-se qu~ "
reduções nos valores de ilt não causam alterações significativas nos valofes,
de temperatura, apenas aumentam o tempo consumid6 nos cálculos.' i
,
t'
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ,297
" Balanços de Energia e Mecanismos de Transporte de Calor
, . ~ • I
:' I'::; , :A p~ani}ha ~lFtrônic~, arame.xls (~o CD: que acompanha este livro)
" ~~~ie~:;~~,~ ..~S..f,a]?y:~!~ ~~,~anaçãode t~~pe~atlra dp a~ame, especificando-
.s~J~,s;o,vGll?r.esde;R",p,h, e,I, p e Cp.A;lpgura: a segl1lr, apresenta curvas
?~~q,!o~cln;ento dq~rame para diferen,!~s ,valores de ~t, onde se observa
~tq'ue;foicomentad~ sobre o efeito do\falor de ~t.
-,\~~~i:;l"C"1"--'-' . ";'! ..~
200 " 1 ' - - ; - - - - - - - - - - - - - - - - -
160
G 120
'L..
'"
::;
'§
CD
=
E
~ 80
40
o+---~~--~----~--~----~----~--~----~
o 5 10 15 20 25 30 35 40
. ,i:'
.::2> l;t;;i ostél'eq~élção p~de ser resolvida usa.!}do o cçmando SOLVER da planilha,':
, ,', .,w.: ""1" '"
,',p,", , . .;::t" ','
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ib~1~Jçõ~i~~~e~v61vido ~o':"~~e"ffiplõ anterior pod~rjaser,l
*...... "':,'::', " '.' '.< 'l., .' .
L'
:\~:tl lza ,,~~~~r~1~Úri~I~~oTésf~iamento:-d~:a;adtl~, quando:inter~dmpido,~'"l
""lr'i'í~-:~~,'"JI' ,'ot~"":i':' 'I"
i-',i:,I'j , • ",.!"
:-"a.~~~~I~:e.nto?,E oa~~ecimel1to do aram~;,se estf fosse colocado no int~rior::
o í
, Exemplo
Solução II
I,
o consumo de energia: elétri~a pode ser estimado a partir d~ um,'
balanço de 'energia para o for;no de 'reaquecimento.
: " "
I! ' . :i .'
~i :1
~ I
onde:
. r, é a massa de aço que entra no fi)rno por unidade de tempo (kg/s); e
VaradarajanSeshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 299
Balanços de Energia e Mecanismos de Transporte de Calor
t:" , .
,': .
~.:
r = v p ' 1. e.p
: onde; . ' . I
;:.~JL c . . ' !
:,.; v', é a velocidade de deslocamento das placas no interior do forno (mi s);
: :; , ,l~:
" .:1
,'dI' '"
.p . 1
a la~gu~.~ das['placas (m);
. '. .., ',I
", :
:~Ljl . I !
. . CombinandbI ,as duas equaçôes, obtém-se:
i.·
:~;:;ll'
1:;":1 " . ,I
".;}~j, '. .,"'! 'I
;::H~.ll·:,,! Qcnl= VJl'1. e. p .Cp·(lent - Trcf )
,.:")l,·t I I
.:::}:!i:'<'
, ; ~i ~':. ':, .•. . •
!:,'~: perdas térmica~ pelas paredes do forno, incluindo convecção para o are
. 1'.;'1.1
~nde:
t·
" ", > ,I
",
I.' ~
300 Fenômenos de Transporte
".
.~
t~;:,." tf
':'
..,.
:!
.~
"
"
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 301
Balanços de Energia e Mecanismos de Transporte de Calor
~xemplo
I
:T=?
I i .
Ar. vizinhança
,
T T
00
1
Vil
= 25°C
(
Tc = 150°C
x=o
I~ , Para se calcular a temperatura T, pode-se fazer um balanço de
. . I , .
\
302 Fenômenos de Transporte
, o fluxo de calor que sai da superfície é a soma dos f1uxos por
convecção para o ar e por radiação para a vizinhança:
Fluxo de calor que] • 4 .4 "
:
.
Substituindo dados nas expressões e colocando todas';as
t:
temperaturas em K, tem-se:, I.! ;
.. i .
8 -I" L '
qs = (15).(423 - 298) + (5,67 x 10- ).(0,75). .';,' i~
i
[(423)4 -r (298)4] = 2.901,1 W/m 2
i
;r ,; . '
" I
f i,
Igualando entradas ~ saídas de calor:
!
:(1). (Ti - 423) = 2.901,1 I
:
: (0,23) II :L,":,
i i .
obtém-se: I ':I!':)
Ti = 1.090,3 K = 817,3°C !·i1'
': [..··li!:, .
As temperaturas no Vjolo refratário vão varia~ de ~1 7 ,3.o~ ni~ ftce .
. quente a 150°C na face fria.; I ' '. :f
Referências
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
.303
~_. Balanços de Energia eMecanismos de Transporte de Calor
ii
Exercícios
I
i
1 - Uma das superfícies de uma parede de aço inoxidável com 10 mm de
=
espessura (k 15 ~ /m.I'\:) é mantida a 900e por condensação de vapor
d'água, enquanto a: face oposta está exposta a uma corrente de ar a 20°C
=
e h 25 W /m 2 .1''\:. Qual a temperatura da superfície em contato com ar?
Qual o fluxo de calor nesta superfície?
i
3 - Uma panela cqntendo aço líquido é transportada da instalação de
refino secundário 'até a unidade de lingotamento contínuo. O tempo
de: transporte é de: .5 minutos. Estimar a queda de temperatura do aço
neste percurso. A panela tem formato aproximadamente cilíndrico com
diâmetro de 3 m. A altura de aço na panela é de 3,3 m. Tem-se ainda os
I, I '
see:uintes
..,.,
dados: !I :'
L= 0.30 m L= 0.20 m { i .
1
Gás
I '
j
Interior I,
do forno Ar: T= 20°C
Vizinhança: T= 20°C
Tdo gás = 1.300°C
Rorratário 1 R8fratário 2 I:
., ;.
r
Chapa de aço
A temperatura da superfície externa da chapa de aço é uniforme
e igual a :wo"c. Estimar a taxa oe perda de calor do forno (incluir
r~diação). Assumir que o fundo do forno é adiabático. A temperatura no
interior do forno é ] .~300°C. A emissividade da chapa de aço é 0,8 e o forno
tem comprilllento de 10 m, lúrgura de 5 m e altura de 3 m. Calcular a
temperatura da ülce interna do forno nas paredes verticais.
O coeficiente de transferência de calor em todas as superfícies
externas verticais é de 5 'vV /mé!.I'\: e no teto é de 12 W /m~.K
Daoos dos refratários e da chapa Oe aço:
• Refratário 1: densidade = 2.500 kg/m\ calor específico = 700 l/kg.!'\',
condutividade térmica = 5 W /mJ\:;
• Refratário 2: densidade = 2.800 kg/m'l, calor específico = 800 l/kg.K,
!
condutividade térmica = 2 W /m.1'\:; e
i 1
• Aço: densidade = 7.80:0 kg/m\ calor específi90 670 l/kg.K,
.t,
condutividade térmica = 35 W /m.K
~
!
I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 305
Balanços de Energia eMecanismos de Transporte de Calor
I '
=
jat?s de água. Para f produção de tiras de açol(densidade 7.800 kg/m ,
S
306
Capítulo
11
11.1 Lei de Fourier
q =-k -
aT (11.1)
x x ax
q =-k -
aT ( 11.2)
Y Y ay
q =-k-
aT ( 11.3)
z z az
onde:
• q" qy' qz' são os fluxos de calor !las dircções ortogonais x, y e z,
respectivamente (W /m~);
• k" k)} k" as condutividades térmicas nas direções x, y e z (vV /m.K); e
• T, a temperatura (I{ ou 0c).
Materiais anisotrópicos podem apresentar valores de condutividades
térmicas diferentes ao longo das três direções ortogonais. Para materiais
isotrópicos, as condutividades nas três direções são iguais. Nesse texto, serão
consideradas apenas situações envolvendo materiais isotrópicos.
A condutividade térmica é Lima importante propriedade dos materiais I.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 307
Nos sólidos, os metais puros possuem condutividades térmicas mais
elevadas que as ligas ~etálicas. De um modo geral, estes materiais metálicos
têm condutividade mais elevada que os materiais não metálicos.
j
k=ll.
I"'"
(c P
+
1,25.R)
M!,•
(11.4)
onde: I
I
• k, é a condutividade térmica do gás (W /m.I\);
• a viscosidade do gás (Pa.s);
j.l,
• C, o calor específico do gás à pressão constante (J/I\g.l\);
p
• R, a constante dos gases (J / mol.!'\); e
ti M, a massa molecular du ~ás (li:g/mol).
I
3GB
'·i
I
;
.~
,,
500 = - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
400 PCratoure
@
300 Ouro
200 Alumínio.
Liga de alumínio 2024
~ 100
~
Ferro ..
o.>
-=
ro .. ' Aço inoxidável, AISI304
5 20 ------
==
-=
=
= 10
c..:l
Óxido de alumínio'
2
Quartzo fundido
Figura 11.1 - Condutividade
1 térmica de alguns materiais
100 300 500 1.000 2.000 4.000
sólidos (lNCROPERA eDEWITI.
Telllperatura (K)
2003).2
0,8
Água
i .
I
,.
52
E 0,6
---~
ro
.~
Amônia
E
:s
o.>
-=
ro 0,4
-=
';>
=
=
-=
= Glicerina
=
c..:l
0,2
. }
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, ltavahn Alves da Silva 309
.Condução em Regime Estacionário '
,;
t
.•...•..'
0,3
I
l
,...---------------~
. Hidrogênio
Hélio fi'
:1.
, ,
--º
~
E
cd
C>
0,2
'§
~
CJ.)
-=
cd
-=
.:;;:
==
-=
c:
C>
c...:>
0.1 Água
(vapor, 1 atm)
carbono
~Freon12
O~--~~==~---~--~--~
Figura 11.3 - Condutividade O 200 400 600 800 1.000
térmica de alguns gases Temperatura (K)
(lNCROPERA e DEWITT, 200W
Para mistura de gases, a condutividade térmica pode ser estimada a
partir da composição química da mistura e da condutividade dos gases que
compõem a mistura. A equaç80 proposta é:
k =..c.-i=-.:.I_ _ __
( 11.5)
111 n
"x
.t..J M
i= I
I-
lí3
I
onde:
• n, é o número de componentes na mistura gasosa;
• Xi' a fração molar do gás i;
• Mi' a massa molecular do gás i; e
• a condutividade térmica do gás i.
l{i'
Estas equações permitem a estimativa da condutividade térmica de
gases com discrepâncias inferiores a 5% em relação aos valores determinados
experimenta Imcntc.
310
A Figura lIA· apresenta um sumário das ÚlÍxas de valores de
condutividade para diferentes materiais.
Zinco Prata
Metais puros
Níquel Alumínio
I Ligas
Espumas Fibras
Sistemas de
isolamento
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ·311
'" Condução em Regime Estacionário
~I
uma equação matemática que descreve està variação em função da posição
e do tempo. Esta equação pode ser obtidél desenvolvendo um balanço de
energia para um elemento de volume infiniiesimal em uma posição crenérica
no interior de um meio sem movimento l~lacroscópico. A obtenç~o desta
equaç~o para diferentes sistemas de coordenadas é apresentada nos itens
a segUlf. !
Elemento
/.~~
de volume
________ 1---~-----7
/).z
/
/
/
/
/
/
/ /).x
/
/
/
/
volume em coordenadas
cartesianas. x
I
Para o desenvolvimento do balanço Ide energia será considerado o
caso de um material isotrópico, que aprese~ta gradientes de temperatura
nas três direções ortogonais e cuja tempera:tura possa também variar com
o tempo. I .
312
que serão consideradas para avaliação das entradas e saídas de energia são
escolhidas de acordo com a orientação dos eixos coordenados. As entradas
são avaliadas nas faces localizadas nas posições x, y e z e as saídas nas faces
localizadas em x + L1X, Y + L1y e z + L1z. Tem-se, então:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 313
Condução em Regime Estacionário
Fazendo o limite da equação (11.1 SI) para ,1x, ,1y, ,1z e ,1t tendendo
a zero; obtém-se:
aq, aqy aqz·
______ +q = pC -aT (11.14<)
ax ay az . at p'
aT
q =-k - ( 11.2)
y ay y
aT
q =-k-
(11..'3)
z az z
obtém-se:
~(kx
ax . aT)+~(k
ax ay aTJ+~(kz
ay az . aT)l~
az I = p.C .aT
y at p
(11.16)
k -k-k-k
x y z
(11.17)
logo:
_a (k-
aT) +-
a (k-
aT J+-a (k-
aT) +q. =p.C.-
aT i (11.18)
ax ax ay ay az az at p
I
(11.19)
onde:
• a. {. a dil'usiyidade t{'nnÍcrl do l1l;\terial, detinida pela l'quéI(,'cIO (1 1.(i).
I
1
314 Fenômenos de Transporte
Para condições de regime estacionário, a temperatura não é função do
tempo e a equação de conservação de energia é simplificada para:
'" .
Ouando a transferência de calor ocorre apenas em uma direção (y,
por exemplo), não há geração de calor (q = o) e as condições são de regime
estacionário, obtém-se:
~(kOTJ
oy oy =0
(11.21 )
( 11.22)
onde:
• C, é uma constante.
Nesse caso, observa-se que o fluxo de calor na direção y é uma
constante .
. Versões similares à equação de conservação de energia em coordenadas
retangulares podem ser obtidas para coordenadas cilíndricas e esfericas.
(11.2.'3)
( 11.25)
Varadarajan S8shadri, Rob8rto Parr8iras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alv8s da Silva 315
Condução em Regime Estacionário
r + Sz
e + L\e
r + L\r
Figura 11.6 - Elemento de
volume em coordenadas
cilíndricas (INCROPERA B
DEWITT. 2003).2
Seguindo procedimento similar do adotado para coordenadas
cartesianas, pode-se obter a equação dr conservação de energia em
coordenadas cilíndricas:
1 a (k.r. aT)
~ ar ar +"11 aea (k. aT
ae ) + aza (k at
az ). aT
+q = p.C at p
( 11.26)
I
Esta equação poderia, também, ser obtida através de algebrismos com
a equação em coordenadas retangulares, dsando as relações matemáticas
entre os dois sistemas de coordenadas:
(1 1.27)
x = r.cose
(11.28)
y = r.sene
(11.29)
z=z
11.2.3 Coordenadas esféricas
1
A Figura 11.7 mostra um e1ement o de volume em coordenadas
esféricas.
e + L\e
volume em coordenadas
esféricas (INCRO PERA B
ffY
x
el
DEWITT. 2003).2 L_--. - - - - ----------1---------
1 I
316 Fenômenos de Transporte
As eq uaçües ue Fourier para coordenadas esíericas são:
êlT ( 11.30)
qr=-ka;
I.
, !
, ,
ij
k aT (11.31)
q(J= --; êle d
I'
i, l i
k aT ( 11.32)
q =----
'P rsene a<p
x = r.sene.cos<p (11.33)
y = r.sene.sen<p (11.34)
z = r.cose ( 11.35) : . i
o resultado obtido é:
,
í
I
( 11.36)
?
1 a ( k.sene.-
êlT).
+q = p.C -aT
csene ae ae p at
!I
I
I
Para se determinar a distribuição de temperatura em corpos sólidos,
é necessário resolver a equação diferencial de conservação de energia. Para 1II
se obter esta solução, é necessária a aplicação de condições de contorno e ,j
,I
~'I
iniciais (em casos de problemas transientes). Estas condições são discutidas
no próximo item. ;i
..
'
,i
'1
'
11.3 Condições de Contorno e Iniciais ;1
'i
,I.
'I
Em transferência de calor, as condições de coi1torno usualmente ,.,
encontradas se encaixam em Ulll dos tipos ilustrados na Figura 1 1.8. j!
·l
.1
,.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 317
Condução em Regime Estacionário
EQuaçao: dT = qs
- - k dy
®
Equação: T (y = O,t) = Ts
T T
Ts
Y
Y
y=O y=O
Temperatura constante na superfície Fluxo de calor constante
I é1T
Equação: - k - = h.[T - T (O,t)] +
I dX =
+ () .E.[T~ - T 4 (O,t)]
Equação: - k ~~ = ° I
T T
T(O, t)
@
1111
Figura 11.8 - Condições y ,Y
de contorno normalmente
y=O y=O
encontradas em problemas de Convecção e radiação na superfície
Superfície adiabática ou plano de simetria
transferência de calor.
A condição de contorno do tipo A pode ocorrer quando a superfície
está em contato perfeito com algum materiil puro que sofre mudança de ÜISC.
Nesse caso, a temperatura permanece constante no valor ela temperatura ele
mudança de fase e o fluxo de calor estará as~ociado
I
à liheração ou à absorção
do calor latente de mudança ele fase.
I
A situação vista na condição de contorno do tipo B está relacionada
com a colocação de um afjuecedor elétrico .i~lJlto à superfície. Este aquecedor,
~, .
dissipando uma dad<l potência, vai fornccer11llTI fluxo de Cillor constantc para
I
318 Fenômenos de Transporte
11
l
:r
1
·'lt
1
l'
a superfície. Um caso particular dessa condição de contorno ocorre quando
o fluxo de calor é !lulo (tipo C). Essa situação ocorre em superfícies bem
isoladas. Uma outra possibilidade de fluxo de calor nulo é a de planos de
simetria no interior de materiais sofrendo aquecimento ou resfriamento.
I'
parcela do lado direito da equação para o caso D, na Figura 11.8. 1:
I,
, !
.É importante mencionar que as equações relativas às condições de ,'1'
contorno de B a D foram estabelecidas através de balanços de energia para L
a superfície.
\.
Para problemas transientes, além das condições de contorno, é
necessário especificar a condição do sistema no instante em que se começou
a contabilizar o tempo. Essa condição é usualmente denominada condição
inicial. A condição inicial mais comum é a de uma temperatura uniforme ao
longo de todo o sistema em estudo. Esta condição é vista esquematicamente
na Figura 1 1.9.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 319
Condução em Regime Estacionário
T
I
; .
'.
• Te .. .,
onde:
• C/, é uma constante de integração.
Lembrand_o da equação de Fourierj c~ns:a~a-se que para geol11etr~a
plana, sem geraçao de calor e em estado es~aclOnano, o fluxo de calor atraves
da Pélrede l' CO/lstante'. I ~"'
~,
~~"
J
.~~
~
320 Fenômenos de Transporte .
..w..";,i'''.•.
Assumindo que a condutividade térmica seja constante, pode-se
escrever que:
dT _ C'I - C ( 11.39)
dx -T- 1
onde:
• C2 , é LIma constante de integração.
Observa-se que com as considerações feitas (transferência
unidimensional, sem geração de calor, estado estacionário e k constante), o
perfil de temperatura é linear.
A determinação das constantes de integração C) e C2 é feita a partir
das condições de contorno, As condições de contorno que serão adotadas
são as do tipo A, da Figura 11.8:
Condição de contorno 1: x = O T=T'I ' e
Condição de contorno 2: x = L T = Te'
Aplicando estas condições na equação do perfil de temperatura,
obtém-se:
(11.4<1)
Ti = CI·(O) + C 2
Te = CI·(L) + C2 (11.4<2)
C =
T-T
e I
(11.4<4)
I L
Substituindo os valores de C) e C 2 na equação (11/1,0), obtém-se:
x
T = (T~ -T) -L + T I· I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 321
Condução em Regime Estacionário
onde:
• A, é a área do material perpendicular ~ dircção de transferência de calor.
A equação (1 1/1<7) pode ser reescrha na seguinte forma:
Q ~ (T; - TJ
x (L)
k.A
I
(11.48)
T = C1.x + C 2 (ll.1D)
Como a primeira condição de contol~no não foi alterada, obtém-se que:
I
( 11.43)
T= T -
h."(T
I
- T='.x
e) ( 1 1.51 )
I hc. L + k
Esse perfil pode ser colocado na seguinte forma adimensional:
T -T I X ( 11.52)
T -TCO,e
I 1+ >(.L
o parâmetro k/ll".L é um número adimensional. O seu inverso é um
grupo adimensional denominado número de Biot, Bi:
. hc· L . (11.5.'3)
BlOt=Bl = - -
k
Esse número tem grande relevúncia na transferência de calor,
especialmente em problemas transientes, como será visto no Capítulo 12.
Reescrevendo o perfil de temperatura em função desse número, tem-se:
T -T I X ( 11.54)
T -TDO,e
I
1I
T
.T([,0
~ .
.
hT
el 00, e
Si
111 1 Figura 11.11 - Perfis de
temperatura esquemáticos
x para dois valores limites do
x=o x=L número de Siot.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 323
,.
i:
~.
Condução em Regime Estacionário
í ::
I"
f'"
pronunciados.
O fluxo de calor através do material pode ser expresso pela seguinte
equação: I
dT k.hc·(Tj-Tooc ) (] 1.56)
q x = -k dx = h .L + k .
c
e a taxa por:
k.h .. (T - T .) (] 1.57)
Q = A. . = A. c 1 OO.C
X qx h c' L + k
I
~
I'
!
~.,'
~
x=O x=L
Figura 11.12 - Analogia da
transferência de calor em L 1
uma placa plana com um k.A TI
c
L -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
circuito elétrico em série.
I
I
Q == (Tc.o,i -T ,c )
(I L I)
CoO
( 11.59)
x
--+-+--
hj.A k.A hc.A
A.k (11.61)
Qx = L·(Tj - Te)
ou, ainda:
(T=,'.-T)=~
( 11.63)
AI 1
. lj
( T - Tc ) = Q, ( II}).!.)
1 A.k
L
(Tc -T=J
,
=
A.
Q~ c
(11.65)
ou finalmente:
( 11.59)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Siiva, Itavahn Alves da Silva a25
! ' •
, ~'
T ,i
Cf)
T
["f).r.
h,I he
( 11.67)
, ,ii
I
, Exemplo I'I
'. I'
I
é!ma~tida
,: ,:,: ,Uma superfi4ie cuja temperatura a 400°C está,separada
" ~f (Ima corrente de~~ l~or uma,ca~ada de ~sol~nte térmico com espessura
de .sOmm e condutlvIdade ter mIca de <1:>,2 W /m.K. Se a temperatura
'.,_, _ ' I
, dó ;lI' é de So°C e o coeficiente de transferência de calor entre o ar e a
s~perfIcie externa do isolante é igual a 4do W/m~.I{, qual a temperatura
1
da superfIcie externa do isolamento? Qlfal o fluxo de calor através da
camada de isolante? '
+,'.
I
326 Fenômenos oe Transporte
Solução .'1
Isolante
Ar. T= 25°C
h= 400 W/m 2.K
x=O x=L
: T(x=L)=31,loC I
,
I
I . ·
O fluxo de calor pode ser calculado através da r;elação abaixo:
.
, I
I ·
2
qx = h.[T(x = L) - T=] = (400).(31,1 - 25) = 2.440 W/m
i
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 327
~.. Condução em Regime Estacionário
~';;!'.
~; .
.
~'! '
~ .,:
Il'f.
...... .
'
....
o···························
q = -k _dT (11.69)
r • dr
dT . (11.71)
k.r.- = C}
dr
Multiplicando ambos os lados da equação (11.71) por (-2.1t.L), tem-se:
dT ' ( 11.72)
-2.1t.r.L.k- = Q,. = -2.1t.L.C ,
dr
~2B
Como (~.7t.L.C) é uma constante, pode-se afirmar que a taxa de
transferência de calor na direção radial, também, será constante neste caso.
Da equação (11.69) pode-se concluir que o fluxo de calor, 'qr' não é constante
ao longo da direção radial. Seu valor é inversamente proporcional a r.
onde:
(11.75)
Tc = C1·lnR c + C 2
Resolvendo o sistema de equações, obtém-se:
T -T
C ='
I Re (11.76)
ln-...!...
Re
T -T
C 2 = Ti - ' R" .1nR i (11.77) :I
In-'
Re
O perfil de temperaturas é, então, expresso através da seguinte
(11.78)
(11.79)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 329
Condução em Regime Estacionário
o, '
0_ -{
Q = (Ti-Tc) II
, ln(~ J (] 1.81)
2.1t.L.k
i '-,
Usando a analogia com a Lei de Ohm da eletricidadc, determina-
. j
se uma equação para a resistência térmica por condução em coordenadas
. 'A;
t'
cilíndricas:
R ~ ln(~J
Tocond 2 .1t. L . k
(1 1.82)
To'J,e
,:? ,!
"':. '
he f~
(lloR~l)
( 11.85)
2.n.L.k 2
( 11.86)
2.n.L.k 3
(11.87)
(11.89)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 331
I.
Condução em Regime Estacionário
R erit =
e
~
h
( 11.92)
e
d2RT
-2- =
1 2 (-1- + -2-) :i (11.9+)
d Rc 2.1t.L.R c k3 hc·Rc I
d2RT
_ _ = 1 1
(--+- 2 ) >0 ( 11.95)
d2Rc 2.1t.L.R~ k} k}
Como a derivada segunda é maior que zero, trata-se de um ponto de
mínimo.
Uma análise mais aprofundada deste resultado pode ser feita avaliando
o comportamento de variação das resistências por condução na camada mais
externa e por convecção entre esta camad~ e o fluido em contato com ela,
em função da espessura desta camada. Ass~~mindo que:
Rc = R 2 + e l (11.96)
onde e representa a espessura da camada mai externa, estas duas resistências
podem ser expressas da seguinte maneira:
ln(l+~J
R
(11.97)
2
R condução = 2 .TL L . JC
.,
I
332 Fenômenos de Transporte
( 11.98)
RconwcçàO = 2 .TC..(R 2 + e.
) L.11<
~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~ 19.500
0,07
... ,i
0,06 19.000
8,05 18.500
§2
-- 0,04
~
~
Taxa
§2
.~
Rconvecçao' 18. 000 -;;:;
E
,=
><
~
i
'ü
0,03
=
'S
<Z>
17500
& 0,02
17.000
0,01
Figura 11.16 - Variação das
+-_ _-.------,.-----r------.------,----+- 16.500 resistências térmicas em
O
0.2 0,25 0,3 função da espessura da
O 0,05 0,1 0,15
camada mais externa, para
Espessura do isolamento (m)
um duto cilíndrico,
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
333
Condução em Regime Estacionário
r
Exemplo !
i"
Plástico
l ~;.
i máiinl:a corrente qu'e pode passar no fio de cobre, sem risco de fundir o
, is~l~nte plástico. A iemperatura de fusão do plástico é 200"C.
",:'11 ' I "
" li ,I
=
: Dâd,p~:'Rc 1,25 mm Ri 1,75 mm =
,
'
i
!
, COlldutividades térmicas: cobre: 1-00 W / m.K;' plástico: 0,16 W /m.K.
,Ii' , ,I
r I :
. S~,~~tãO ,'1 : i, ·
'?ff
',I
.:;'Um balanço d~ energia para o condutor ~e cobre pode ser colocado
;. I '
na:s,egumte forma: i : i
<'I" ' , I
i.:1. . [:::::r:~trada]-[:::::r:~:ífa]+ [:::::r:~eraçãO]~ O
; ' A taxa de ge~ação de calor ocorr1b po',r efeito Joule e pode ser
,expr;es,sa por:
,," [Taxa de geração] _ 2
- Rc·L.I
.:' de energia
I. i 'A taxa de saída de calor é dada pon :
, 'Qr = [T(r = Rb -T.J
! In({(LL~
21tLK 21t Ri L h
1
334 Fenômenos de Transporte
Substituindo dados, obtém-se:
L.(200 - 25) ,
=----~--~----==l I,30.L W " j
ln (1,75J
1,25 + ___1___
-, r: •
'; i
;I ~ ~,
21t(O,16) 21t(O,OO 175)(6)
I
,
i
!
,i .
,,',
, I ' II, í.
RI
~~(k.I'~'
,,'I,
,
r- dr
dT) = O
dr
(11.99) I
I
I
. :,4'
Varadarajan S8shadri, Rob8rto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alv8s da Silva 335
Condução em Regime Estacionário
dT 2 dT (11.101)
Qr = -k.A.- = -kA1t.r . -
dr dr
Integrando a equação (1 U)9), tem-o e:
k .r 2 . dT
dr
= C'1 1 (11.102)
T = C'I ! + C 2 = + C2 S
k r r
onde C1=C'1 / k.
As condições de contorno são:
Condição de contorno 1: r = Ri T = Ti; e
• . I
Condi.çã~ de cOitorno 2: r.= T= Rc [e.
SubstItumdo essas condIções de contorno na equação (1 1.1 04}
T
I
= SR. +C
2
(11.105)
I
C (11.106)
T = _I+C
c R 2
c
(11.107)
\
336 Fenômellos de Transporte
R. ( l1.lOS)
I
ou rearranjando:
Q = (Tc - TJ
r (_1 __1J (11.111)
Ri Rc
4.1t:.k
_1 _ _
( Ri
1 J (11.112)
Rc
RT,cond = ...2..-~_~
4.1t:.k
i
Uma outra situação relevante de transferência de calor em
coordenadas esféricas é apresen tada na Figura 11. IS, onde se tem uma esfera,
cuja temperatura superficial é mantida constante, em contato com um fluido !
onde:
• R, é o raio da esfera.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 337
" '
,.
FI ui10 "tag nado. k, . '.
R T00
J,~(k.r2. dT) ~ O
r- dr dr
I
!
(11.113)
i
Considerando k constante, esta equação pode ser integrada para
fornecer a seguinte distribuição de tempe1atura:
(11.114<)
T= S +C 2 II
r I
(11.116)
T~ =C 2
A constante C] é dada por:
(11.117)
C1 = R.(Ts - T~) i
O perfil de temperatura é, então, d~do por:
R (11.118)
T = Too + (T" - T~).
r
\
338 Fenômenos de Transporte
o ±luxo de calor na superflcie da esfera é:
k (11.119)
qr Ir=R = R (T~ - T~)
Como visto anteriormente, o fluxo de calor entre um sólido e um fluido
em contato com ele pode ser estimado através da seguinte relação:
( 11.120)
h.D =2 (11.122)
k
O número adimensional expresso por h.D/k é denominado número de
N usselt. Como será visto mais adiante, este número é usado para expressar
correlações experimentais para avaliação do coeficiente de transferência de
calor.
O número de N usselt tem uma forma semelhante ao número de Biot;
entretanto, no número de Nusselt, li se refere à condutividade térmica do
fluido, enquanto no número de Biot, k é a condutividade térmica do sólido
com o qual o t1uido está em contato.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 339
Condução em Regime Estacionário
T
•
Q
T
e e
i
T
I
..
y=-L :,-.
Figura 11.19. - Parede plana
com geração de calor.
I
340 Fenômenos d8 Transporte
i
i .
Consiuerando que haja transterência ue
calor apenas na uireção y, a
cqLla\~ão g-cral dc conscl'\',\(,'ão de encrgia em coordenadas cartesianas pode
ser simplificada para:
- d(dT) + q. =0
k-
(11.123)
dy dy
.
onde q é a taxa de geração de calor por unidade de volume.
onde:
-T-T
' , (11.126)
C,- 2.L
C = q
2
.e
+ Te + Ti (] 1.127)
2.k 2
Substituindo os valores destas constantes na equação (11.125),
determina-se o perfil ue temperaturas:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da' Silva, Itavahn Alves da Silva ·341
·ii: ,~
~.
~~ i, •
,> ,
~i
d 2T __ 5l (11.131)
dy2 k
o sinal da derivada segunda d e do sinal do termo de geração.
de energia. Se ele for positivo (geração calor por efeito Joule ou reação
exotérmica), a derivada segunda será n gativa e haverá um máximo de
temperatura. Caso ele seja negativo (cons I mo de calor devido a uma reação
endotérmica, por exemplo), a derivada I nda será positiva e o ponto de
mínimo.
É ainda intereksante observar que, se as temperaturas Ti e Te forem
iguais, o ponto de máximo ou mínimo v ocorrer no ponto y = 0, ou seja,
I
no centro da peça.
Considerando o caso em que as peraturas nas superfícies sejam
iguais e que as superfícies estejam em tato com um fluido a T e com
um coeficiente de transferência de calor i! aI a h, pode-se umaestabele~er
relação entre a temperatura superficial e a temperatura do fluido. Para
tal, desenvolve-se um balanço de energi para uma das superfícies. Para a
superfície em y = L, tem-se:
dT (11.132)
-k .-d =h .(Tsup -T) ~
Y y=L
onde:
• T :-.up ,é;\ tl'lTIjx'ratllra da sllperfície em = L (T
\ . . . ul'
= T = T ).
I {'
,
" I
"I" I
( 11.13+)
T =q.L+T
h
SlIp ~
, ,i
Como era de se esperar, um aumento no valor de h f~lZ a temperatura \I
,I
T .~ se a!)roximar ele T . 00
,i
Para sistemas cilíndricos, pode-se adotar um procedimento semelhante
para determinar o perfil de temperatura, quando se tem um termo de geração
de calor. A equação diferencial que governa a transferência de calor neste
caso é dada por (considerando transferência de calor na direção radial):
onde:
Desta forma:
: ;
1 ; f
q.c (11.138)
T = - - +C I
1
'
'
.4.k 2
• 1
, '
i';
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ·343 '. '
i I
Condução em Regime Estacionário
T = T + ~ .(R 2 - r
2
)
sUl' 4.k
Se a superfície do cilindro estiver emlcontato com um fluido a T ,pode
I 00
-k.- dTI
dr r= R
= h.(TsUl' - T= )
(11.14<1)
e finalmente obter:
I
344 Fenômenos de Transporte
j'
I
·i
11.5.1 Discretização
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva ·345
Condução em Regime Estacionário
®
y= L
T
i
Domínio
I
1y !
Nós
~
"
y=o
Figura 11.20 - Domínio x= L
x= O
bidimensional antes e após a Domínio após discretização
Domínio
discretização.
Elementos de volume
Aie--+-_,n.. ~<-,rn_o p
1--"_'."_,--...-'_'''j-T_u.. rticial
......
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 347
,
i, j + 1
x i, j - 1
oT ::::: -k T. - TI'
-k - 1,1 I' ,I = k TI'
,- J - T',I' (11.144)
oX ~x ~x
~x
• direção y:
-T)
1 k (T,'J:-
I
A 1,1
L.\X.. I ó'y
348
• taxa de saída de energia:
• direção x:
(T - TI')
~y.l.k I,) I+- .J
~x
• direção y:
(T - T I)
~x.l.k I,J IJ +
~y
~x ~y (11.14<5)
T-T ,. T.-T,
~y.l.k 1,1 I + ,I _ ~x~ l.k IJ 1,1 +- =O
~x ~y
Considerando Ulll caso cm que L1X c L1y sejam iguais e que a
condutividade térmica seja constante e uniforme ao longo de todo o domínio,
obtém-se a seguinte equação:
(11.146)
Qualq uer elemento de volume no interior do domínio tem uma
equação de conservação de energia similar às apresentadas nas equações t
,
(11:145) ou (11. 14<6). \ i
!1y .
i-l,i i,i Figura 11.23 - Detalhe de
um elemento de volume
localizado em uma face
i,i-1
lateral.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva .349 . \
Condução em Regime Estacionário
~x
• direção y:
AX (T 1 - T.)
_o_.I.k IJ- I.)
2 ~y
• direção y:
~x .1.k (Tij - Ti,j + 1 )
2 ~y
(T1-.)
I' - T1,1 ) AX (TI.) - 1 - T) (11.H7)
° y. 1.k.
A _0_, 1 k
+ . . .-"------'-- IJ_
~x 2 ~y
h.~y.(T. _T )_ ~x .1.k. (T ii
. - Ti .i + I) =c O
IJ = 2 ~y
\
350 Fenômenos de Transporte
-v
i - 1, j
() i, j-l
onde:
• [A] é a matriz dos coeficien tes;
• [T] é o vetor das temperaturas (incógnitas); e
• [B] é o vetor dos termos independentes.
Várias técnicas convencionais, incluindo a inversão de matrizes,
podem ser empregadas para solução do sistema de equações lineares obtido.
Entretanto, para o caso específico dos sistemas sendo tratados aqui, estas
técnicas não são muito eficientes do ponto de vista numérico e costumam
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 351
Condução em Regime Estacionário
"a ..T
T. = _ L..J
I,)
VIZ
b
VIZ + _ 1 . ) (11.151)
a·I,) a·1,1
onde:
• a,.iz' são os coeficientes das tempeqlturas dos elementos de volume
vizinhos;
• a.,
I,)
o coeficiente da temperatura T;
I,]
el,
• b., o termo independente da equação d6 balanço de energia para o elemento
I,] I
de volume i,j. .
1
Este procedimento corresponde explicitar a temperatura, T. na
equação do balanço de energia para o elJmento de volume i,j, Isto dev~J ser
feito para todas as equações do balanço cle energia.
I
la I>"" la ··1
Itl ~ VII.
(11.153)
y=H
, I
',' T(x, y)
Tl . Kuniforme e constante ,Tl
""
.,.
y
.....
,'!'
Ts -TL 1t n =1 n L senh(n1tH/L)I
Serão considerados os seguintes dados:
T L = 100 0
e L = H = 0,10 m.
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 3.53
Condução em Regime Estacionário
I~x = 0,025 ~I
T25 : T3.5 T45 :
T55
... - ~ _. - - - .. --
T2,4 = T4.4
Assim, as incógnitas a serem determinadas são as temperaturas
T ,2' T:l,2' T Z ,3' Ts,:J' T 2 ,+ e T~,'f Como são todas temperaturas relativas a
2
elementos de volume internos, os balanços de energia para estes elementos
são expressos pelas seguintes expressões:
T1,2 + T2•1 + T3•2 + Tv - 4.Tz.2 = O (elemento de volume 2,2)
As temperaturas T, 1,.1
T 1,1 , T "-I_. e T I,"_são obtidas através das condições
de contorno. Para o método de Gauss-Seidel, deve-se também propor uma
solução inicial. Para tal, serão considerados os seguintes valores:
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva .355
Condúção em Regime Estacionário
,,
5, 2'5;00. ,71 574,11 1:000,OO1.000;ÓO ).000,00
.~;\~:,O():;·róo,&;!,::4.85;7;i·: 574,1ti:6BQ,Ôo;{ôõõ~ô'Oi1)0Õ:Õ~
',;~!.7.ri :'I~!).OO '] ~~:;~1 '~8J,7;] :(~;;~,(l(; I.(;OO,~)O ; .(;O(~,(~~·
.~.
'['7'1,,1 I ]
~~~~~.~--~~~~--~~-_.--~--_._.~--_._-
1
356 Fenômenos de Tré1ilSoorte
...~... ".
Referências
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva .357
I,'
!'
i,
I:: 1 Condução em Regime Estacionário
I
I,
Exercícios
i
x=o x=, L x=o ix =L x=o x=L
I: I I . I '
!I I ' :
!
358 Fenômenos de Transporte
T=T
I
Ar Refratário
T=Tar
h
Convecção
! z
z=o z=L
I
Determinar o valor da temperatura do r~fratário em z o,
considerando os seguintes dados:
• T., = 1.200"F;
• T ar = 25"C-'
• condutividade térmica do refratário: k = 0,60 BTU/h.ft.oF;
• espessura: L = 30 cm.
Analisar o efeito do coeficiente de transferência de calor, h, sobre
a temperatura superficial do refratário em z = o.
1lb m = O).4<5359 kg 1 ft = 0304·8
, m 1 lb.t='
1< ').4.82 N 1 in = 00254<
, m
1 BTU = 1055 J
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 359
: Condução em Regime Estacionário
z=o z=L
,I
I T=T I
II
Ar Refratário
:, '/
T=T ai
h
1 2
Convecção • i I •
.,
.4,.\
:~- ;'
'I
z= ,1 m
t
z= 0,04 m
Determinar ds valores da tempedtura do refratário em z
, ' I
=Oe
Z = :L.Considerar: i I '
.: .T ar = 250C; i
i
I
.: 'calor específico do refratário: C = 0,2~ BTU/lb ."F;
, P J ln
I
• espessura: L = 30 cm. I
intern:c~~:a~cer todas as resposta1 em unidades do sistema
..
5:-' T em-se o SIstema I ' E• m x = O,a temperatura
Vlsto na f"19ura a segUlr.
é~'3000C. Em x = L, a superfície da pl~ca está em cantata com água,
cuj~ temperatura é 25°C. O coeficiente Ide transferência de calor entre
a placa e a água é 200 vV I mq'\. Há ainda geração de calor devido à
,
~:::
~j1~
fll_,
.
\
Água, T = 25°C
h = 200 W/m 2 K
x=O x=L
,TI" Considere que o material seja cobre (densidade = 8.900 kg/m'\ calor
específico = 385 llkg.!'\: e condutividade térmica = 4·00 Vv Im.!\} Todas
as temperaturas fornecidas estão em oe. A distância entre os nós é de
5 mm, na horizontal e na vertical.
Isolado
., • • o o • Isolado
200 ., 70
180
Fluxo 150 50
1,2 x 106 W/m 2
•
• Água, T 25°C
h 1B.000 W/m K=
=
2
e
e
G o fi
• • • Isolado
Isolado
r
• f
,
.~ ,
Varadarajan S8shadri, Rob8rto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alv8s da Silva 361
.. I
Condução em Regime Estacionário
12 cm 8 cm
I-
1.200 K
Ar, T= 300 K
400 K
Material A Material B
i
. I
9 ~ Um arame conbutor de eletricidad~ possui 1,5 mm de diâmetro e é
isolado na superfíde externa por um revestirnento de plástico que possui
1 mm de espessufa e condutividade térmica igual a 0,25 W Im.K. A
interface entre o arame e o plástico possui uma resistência de contato igual
a 1 x 10-S m 2 .K/W O coeficiente de tralnsferência de calor na superfície
externa do revestimento é de 15 W Im 2 .K. Se a temperatura do isolamento
não deve ser superior a 320 K, qual ~ máxima potência que pode ser
dissipada pelo condutor? Considerar que o seu comprimento é de 5 m
,. .
e que a temperatura ambiente é de 293! 1\. Determine a temperatura do '\1-""
,
p"
.
f~ ..
" '.~. '''''', '''~~,:.I~'; ~.,..,••,,;m.-,'''''' """';"",t';""~~;I\-:-<;~ .,.: f' ..".•..)~\ :~fn...~'{"?,,~~~<~r.~~t'~~~~"'''.~~ 'A '"'*: . " !1>~':f,~A' ..
Biot = h.L
e
«< 1 Biot = h.L
e
»> 1
k k
_ _ _-+-,_ _ _ T
1
Fluido Fluido
i I·
t crescente ••.. . . ;;:t;;;j~~í~
he, Too he,t ----+--:-.. '.: ." r 1'f";"':":J
: . i .
j I
... , ..rf!:]"
í}!~:i~$jl
x=-L x=O x=L x =-L x=O x=L x =-L x=O x=L
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva .363
i··
I
Condução em Regime Transiente
da relação:
V (12.1 )
L=-
Asup
onde:
• V, é o volume; e
• A Sllp
,a área superficial da peça.
I
ou:
, dT ( 12..'3)
O-h.A sup .(T - T= ) = V.p.C P .dt
-
onde:
• p, Cp e T, são a densidade, o calor específico à pressão constante e a
temperatura da ]w\,lI, rcspccti\'alllente.
dt V.p.C p
• relação f\,,/V: quanto maior for a área superficial por unidade de volume,
mais clevada será a taxa de aquecimento/resfi'iamento do corpo;
• p.C : este produto é comumcnte denominado capacidade calorífica. Quanto
p
li1éiÍS elevado for este produto, menor será a taxa de variação de tel11pen~tllra
da peça;
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva
'I
( 12.5)
t = o. Considerando que:
e finalmente:
h.A sup ( 12.7)
ln (T - T=) = , .t
(Ti - T~.) V.p.C p
ou:
(1 ~.8)
1
366 Fenômenos de Transporte
·4.,.!~~1 "
','. ,til' .
.~: ·~r~~-
·~~.i ;
o
, . , ,-I,
.......
~ ','
,
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'
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i
lê i , - - - - - - , - , . , , - , - - - , - - , --" -_.--_._----------------,
" '. :,) '
,
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I
T<':;-"~ ,
h.A sup
T- T r:/)
vc
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crescente
p
TI - T
cJ)
Exemplo
; \.
:-
i
, r
. ,I.
I
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 367
I Condução em Regime Transiente
i
I
T = 25°d :T
, = 1.400°C
/.J
~
V=I 1t.O
~SUP = 1t.D.L
4 i
. ~:- ::
,;" ,{t~:J:< . , ! '
}"T. '.:,: '. . . .f . I :
1M. ",_:substituindo :valores na equação pra ~ tempo, obtém-se,
. .: . ._ -1' (:1.000-1.400)(0,05).(7:832).(541) - 817
t- n.. I - 5s
. 'o, 25 -1.400 (80).(4) ,
, .
1
368 Fenômenos de Transporte
l
Fluido Fluido
he, TC/, h, T
e '"
ou:
éfT én (12.10)
( X2- = -
ax at
e_ condj~:ões de contorno:
aT
k-I ( 12.12)
x= L : - ax ,=L
= h[T(x = L ,~
t) - T ]
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 369
Condução em Regime Transiente
• condição inicial:
T(x, t == O) == Ti (unifonne) (12.13)
sendo:
CJT (12.H)
x == O : -k·-;-I x=() == O
, ux
(12.15)
• temperatura adimensional, 8:
c = 4.sen(ç,J (12.22)
11 2.çn + sen(2.çl1)
i:,
para valores selecionados de Biot.
I
No centro da placa, x* = 0, a temperatura é dada por: ,i
i
I
(12.25) i
t,
,! 'Ii
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 371 1
I
Condução em Regime Transiente
. 10, 15 92
·~_~i".,r"1'Í~",:~:\':'{n· ..;.",~ ',7L::":~\~~~ '~!.~+{)y~~\!~' ~:~'li~):'?'.j~~~~.,
'. 000 7;2281' '; '·']O.20()3
..
~~~-_.~~~~~._-------- ~,-------~~~-----~~
Soluçi'io
Inicialmente, deve-se calcular o número de Biot para. verificar: o
regime de aquecimento. Serão considerados os seguintes valores para as
I ' ."
propriedades do aço: i -
p = 7.830 kg/m:;
} ' I
Cp = 550 J/kg.K; e k = 48:W/m.K.
'
I , I
, i ,,0::- I \
Considerando a tra?sferência de calor ao lOt1go da espessura,>:da
placa, tem-se o seguinte valor para o número de Biqt: ' jl;'i~_
-i
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 373
Condução em Regime Transiente
. C;; .' · . 1
o'r I '
.J~cri~'t\r::t:.
. Adif~renç~:~áxima de temperatJa ;erá de
!.:.';::::»' II ,,,' , ' 1 1 , : ; ) !
60,5 K. '.
' ..'
'o, teújpon~Fes·sário. de aqueci~ento,1 para que o centro da peça
';.":'t~iJ~~~~,t~~p~rat~l~rade 1.280 K (temp~~atupl mínima na placa), é obtido
':~:1~k·,,~··. ·..', ,'," ',I,' "
r~,:~~fi?,~t,il~.da relaçã?':i' ' . :': , . I
!,
( 12.26)
onde:
• dV, representa UIll volume diferencial da peça.
No caso de geometria plana, esse volume diferencial é dado por:
dV = A.dx ( 12.28)
onde:
• A, é a área da seção transversal da peça na direção perpendicular à direção
da transferência de calor.
Na avaliação de E, foi assumida a convenção de que energIa
armazenada na peça é positiva (aquecimento) e energia removida é negativa
(resf,'iamen to).
A máxima quantidade de energia que pode ser removida ou fornecida
para a peça é:
(12.29)
~= 1- sen(<;').8 ( 12.30)
u
E máx <;,
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 375
Condução em Regime Transiente
Fluido
h.e T
cf)
( 12.S2)
t • = .F0 =
a.t
R-2
• número de Biot:
. h.R (1 G) <)0)
_ •• ).J
81=-
k
Para condições de contorno e inicial gas às do caso de transferência
de calor em geometria plana, o perfil de peratura adimensional é dado
por (INCHOPEHA e DE'WITT, 200:3):1
( 1~ ..')/1')
,
i
!
(12.35)
(12.37)
(12.38)
Varadarajan Seshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 377
Condução em Regime Transiente
Exemplo
°
".
,
· h.R· (150).(0,095) 030 l' (_. , . )
B1 = - ~ , =, >[ " nao lsotenmco
t .,
k .' 48 '
,J{;~~;!
. :1:]( .. Usando a Pli,ilha que acompanha
j ... ~
r .
te texto, determina-se:
" I
partir da relação: '
!
378 Fenômenos de Transporte
Substituindo dados~ obtém-se:
, ~ -,
...••. p-.
i
"
O 32 = (I
, ':
057).e~p [-(0'743)2
'
(48).i' , ]
(7.830).(550)[(0,095)2
t=d.752,6s Fo=2,16'
. \
. I I \' ,I 1
A diferença de ,temperatura entre o centro e a superfkie ser'á,de
o ' ;, i ii I
134,2 C. I
I
i
Ji.• ,
i"
~ 1 • ( 12/IÜ)
e = L..i C n
•
?
exp( -ç~ .Fo ) . - -•.sen( çll.r )
n=1 çn'1'
VaradarajanSeshadri, Roberto Parreiras Tavares, Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 379
Condução em Regime Transiente
8 0 = CI·exp(-ç~.Fo)
Quando Fo é maior que 0,2, a quantidade de energia removida ou
fornecida durante um certo intervalo de tempo pode ser calculada por:
I
E 0 3.8
- - = 1 -3- .[sen(çl)-(çl)·cos(çl)]
En"íX Çl
':Exemplo
. ~! I
~ y • I
,,:;,1'.11 'Pelotas'de mihério de ferro são;c~rregadas em um forno e são
t ~ • J" l
aq\.i~c!das, Í)or'um gas 'que está a 1.100:11. Determine as temperaturas
f'" ',. r' I " :
-.:----.-:-~.-.: -:
-, -. . --
I
, j
I
.. I
Solução " ~:.
. I .
~7'19,2~C if:~tILli
. !
.
8(superficie) = d,476: T(superficie) /.'
: . I ,!
r:'IA:
i
Varadarajan Seshadri. Roberto Parreiras Tavares. Carlos Antonio da Silva, Itavahn Alves da Silva 381
I.
:~ ~>.' >~$' O';~~ .~'. <,' ;.~~;:., 0,763 1; 19E-l 0,760 . . ~2,:65E-OS -3,42E-06
;;,,~~ [.:;'~:-'J;;. >~:,.. :"'~~~:,~6r~;~~::'7"~~;~~~~~T~'~~~~à~É=éW;::"~J~ "04Ê~-ri .T:,~' ,O' ·'6'10.7<'?:~1
~.~_'''_;~< ~.: ':"'::;~:"::'~~;''"1!..:,;••_~::' >.i:-':+>;~? :.? ,.;..;y:'"'_,':....,~\i" .. ,;..;;1- ..J:>.j. ,~, ;...w •• il'·'Lj.~;.;..;"*.i:i.,
..;, "~: '..-~, -~ ~ .- I
. . }". O;~· '"l~"'; ·,~:"}~:'·:0~6.$3, ,,'r'S,;30,E-03 . -5,40E-:ç>9 i-:-4,52E-ll 0,639
" . ~:. "~; , \ - ..... ;o~,~" '.' ~, o' "·--;'.!\-:;-7:~. ~;. ,.t i·:,;::-;-~'\7.; ";:: ;:,~r~=:)rA\-;~~-f;X:'-;:::--:·. 7-~;·i;.;' '-T'~":~:-""1
'.' '" 0,6, ",', , '",; ·,-0 5ffi9./ t.,..~18.1'·7E-03 ,.:;,·~>-2 22E-::O(S.'r </'.;;.-'}' 18E.,..10~' '\~'.' ·055;,.~-i. ~j
..:....<l!-~"'-~;- ,.,.. ! ._..... _~ ..::..z...... ~'f4:..T..!.:...i:.- .~~~ .....,,~)i.·- .:..i••.. ,,'~, ' ' '" ..:>' q;.;..I. ;~..:;>:-",: .'';; i'>"'~" o·'.~ ,;','. L,,',.... '/,.;.. '. '.'.: _,11
04<62'
~~~;~.; l.~~ri.;;;i.{.l,. . ~;~--r..'~~"~ ~'~~~i~~~.'''~~7·'':i;.,.;.r;;,~'!::~.l~~ 7'; "J~~~ri~<~;~~~ 'r..7",7.~~~~~,. .~~ ,~ ~.!l':~»-.T, J";....
',,~' 'O.~ . '. ';".' . . .fO·~S*ff .," ;'\<9'19E"ôs:"';' ,,!fj<sSE..:of? ;"~"S'6tE(101'~1,,;V . ·"0:i.f57~~· "1
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