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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE MÚSICA

EFRAIM DOS SANTOS

BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA


ASSEMBLEIA DE DEUS EM SERGIPE: UM APANHADO
HISTÓRICO ENTRE 1958 A 2016.

São Cristóvão - SE
2016
EFRAIM DOS SANTOS

BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA


ASSEMBLÉIA DE DEUS EM SERGIPE: UM APANHADO
HISTÓRICO ENTRE 1958 A 2016.

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao curso de Licenciatura em
Música da Universidade Federal de
Sergipe (UFS), como requisito para a
obtenção do título de Licenciado em
Educação Musical – Licenciatura Plena.

Orientador: Prof. Msc. Daniel Nery

São Cristóvão - SE
2016
EFRAIM DOS SANTOS

BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA


ASSEMBLEIA DE DEUS EM SERGIPE: UM APANHADO
HISTÓRICO ENTRE 1958 A 2016.

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao curso de Licenciatura em
Música da Universidade Federal de
Sergipe (UFS), como requisito para a
obtenção do título de Licenciado em
Educação Musical – Licenciatura Plena.

São Cristóvão, 09 de novembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Profº. Msc. Daniel Nery (orientador)
Universidade Federal de Sergipe - UFS

________________________________________
Profº. Dr. Marcos dos Santos Moreira (avaliador)
Universidade Federal de Alagoas - UFAL

________________________________________
Profª. Msc. Thaís (avaliadora)
Universidade Federal de Sergipe – UFS
Dedico este trabalho primeiramente a
meu Deus, aos meus pais José Antônio
(in memória) e Maria Anunciada. A
minha esposa e filha Robervany e Anne
Beatriz. Aos meus irmãos e sobrinhos.
Enfim, a todos os componentes da Banda
de Música Sons de Júbilo e em especial
ao maestro, professor, amigo,
conselheiro e sempre mestre Manoel
Oliveira de Menezes.
AGRADECIMENTOS

A Deus, por me proporcionar o conhecimento da música e me dar


saúde e força para superar todas as dificuldades e chegar até aqui.
Ao corpo docente do Departamento de Música desta Universidade,
onde alguns dos membros são companheiros de trabalhos.
Ao professor Msc. Daniel Nery, que me conduziu até os últimos
passos nesta jornada.
A todas as pessoas entrevistadas e consultadas para a aquisição do
material de pesquisa.
A minha família que são à base de sustentação de minha vida e sem os
quais não teria conseguido chegar ao fim desta jornada.
Aos familiares do mestre Manoel Oliveira de Menezes, sua filha
Josenai e seu esposo Jodoval; os quais são grandes amigos e sempre estiveram com as
portas abertas.
A Banda de Música Sons de Júbilo na pessoa do maestro Edmael e a
todos os componentes pela colaboração e dedicação tanto para comigo como para esta
empreitada.
Ao professor e amigo Dr. Marcos dos Santos Moreira, pelos
aconselhamentos empregados desde o momento da escolha do tema.
Enfim, a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a
produção deste trabalho, muito obrigado.
Louvai ao senhor!
Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder!

Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza!

Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa!

Louvai-o com adulfe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta!

Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes!

Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor.

Salmos 150.
RESUMO

O objetivo deste trabalho é registrar a trajetória da banda de música Sons de Júbilo da


Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Sergipe. Sendo o mais antigo grupo
instrumental evangélico pentecostal do estado, a banda tem atuado nas liturgias e
demais atividades da igreja Assembléia de Deus e de outras denominações. Representa
um expressivo grupamento musical na história da música evangélica do estado de
Sergipe. Entretanto, ainda não existindo um registro documental sobre este tema, foi
realizado um trabalho que se propôs a investigar e documentar elementos que permitam
mostrar esta trajetória.

Palavras-Chaves: Banda de Música. Música Religiosa. Educação Musical.


ABSTRACT

The objective of this study is to record the trajectory of banda de música Sons de Júbilo
of the Evangelical Church Assembly of God in Sergipe. Being the oldest Pentecostal
evangelical instrumental group status, the band has been working in liturgies and other
activities of the Assembly of God Church and other denominations. It is an expressive
musical grouping in the history of gospel music in the state of Sergipe. However, there
still exists a documentary record on this issue, it performed a work that aims to
investigate and document evidence to show this path.

Key Words: Music Band. Religious Music. Musical Education.


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Daniel Berg ............................................................................................................... 35

Figura 2: Gunnar Vingren ........................................................................................................ 35

Figura 3: Bandeira de Sergipe .................................................................................................. 35

Figura 4: Localização de Sergipe no Brasil .............................................................................. 35

Figura 5: Bandeira de Aracaju .................................................................................................. 36

Figura 6: Localização de Aracaju em Sergipe .......................................................................... 36

Figura 7: Emblema da Igreja Assembléia de Deus................................................................... 36

Figura 8: Primeiro Templo da Igreja Assembléia de Deus ...................................................... 37

Figura 9: Templo da Igreja Assembléia de Deus depois da primeira reforma ......................... 38

Figura 10: Templo atual da Igreja Assembléia de Deus ........................................................... 38

Figura 11: Vista interna do templo da Igreja Assembléia de Deus .......................................... 40

Figura 12: Banda de Música Sons de Júbilo ............................................................................ 44

Figura 13: Desfile dia da Bíblia no interior .............................................................................. 46

Figura 14: Apresentação dia da Bíblia em Itabaiana ................................................................ 46

Figura 15: Inauguração do Templo Adventista ........................................................................ 46

Figura 16: Pedra Fundamental do Templo Maruim ................................................................. 46

Figura 17: Festa dos 25 anos no dia 07 de setembro de 1983 .................................................. 48

Figura 18: Programa BSJ 1983................................................................................................. 52

Figura 19: Programa BSJ 2015................................................................................................. 52

Figura 20: Festa dos 54 anos, 2012 .......................................................................................... 53

Figura 21: Gráfico de resumo das respostas item 3 .................................................................. 54

Figura 22: Gráfico de resumo das respostas item 7 .................................................................. 55


Figura 23: Gráfico de resumo das respostas item 1 .................................................................. 55

Figura 24: Gráfico de resumo das respostas item 12 ................................................................ 56

Figura 25: Gráfico de resumo das respostas item 16 ................................................................ 56

Figura 26: Capa do CD da Banda de Música Sons de Júbilo ano 2004 ................................... 57

Figura 27: Capa do DVD da Banda de Música Sons de Júbilo ano de 2008 ........................... 58

Figura 28: Capa do CD da Banda de Música Sons de Júbilo ano de 2008 .............................. 59

Figura 29: Manoel Oliveira de Menezes 1998 ......................................................................... 62

Figura 30: Manoel Oliveira de Menezes no 28º Batalhão de Caçadores ................................. 63

Figura 31: Edmael Tavares Santos ........................................................................................... 65


ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Bandas de música no Brasil por Estados .................................................................. 23

Tabela 2: Bandas de música por Estados Nordestinos ............................................................. 24

Tabela 3: Bandas de música por cidades sergipanas .................................................................. 3

Tabela 4: Programa comparativo de apresentação ................................................................... 31


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 13

A música e o ritual religioso .................................................................................................. 13

1 LEVANTAMENTO HISTÓRICO DAS BANDAS DE MÚSICA ...................................... 19

1.1 As bandas de música no Brasil ........................................................................................ 20

1.1.1 Classificações e contradições sobre nomenclaturas em relação às bandas de


música ....................................................................................................................................... 25

1.2 As bandas de música em Sergipe .................................................................................... 30

2 BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO, SEU RETRATO HISTÓRICO E SUA


FUNÇÃO NO RITUAL DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ........................................... 34

2.1 Assembléia de Deus no Brasil ......................................................................................... 34

2.2 Assembléia de Deus em Sergipe ..................................................................................... 35

2.3 A escola de música .......................................................................................................... 40

2.4 Banda de Música Sons de Júbilo ..................................................................................... 42

3 OS MAESTROS .................................................................................................................... 61

3.1 Maestro Manoel Oliveira de Menezes: o início............................................................... 62

3.2 Maestro Edmael Tavares Santos: a mudança .................................................................. 65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 70

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 73

ANEXOS I: DEPOIMENTOS ................................................................................................. 77

ANEXOS II: ENTREVISTAS ................................................................................................. 81

ANEXOS III: QUESTIONÁRIOS ........................................................................................... 95

ANEXOS IV: CARTAS E BIOGRAFIAS ............................................................................ 121

ANEXOS V: FOTOGRAFIAS DIVERSAS .......................................................................... 127


INTRODUÇÃO

A MÚSICA E O RITUAL RELIGIOSO

A música pela função que exerce na liturgia bem como o papel fundamental que
ocupa nas diferentes celebrações, vem recebendo atenção por parte de pesquisadores e
integrantes de ministérios musicais das mais variadas denominações cristãs. É de
fundamental importância saber que a música na liturgia1, não é somente para
embelezamento, divertimento ou quebra da nostalgia dos frequentadores. Ela é parte
integrante da ação ritual. A música litúrgica tem como princípio manter e promover a
virtude da Casa de Deus, onde se celebram os mistérios da Igreja na qual o povo se
reúne, para receber a graça dos Sacramentos, adorarem ao Sacramento do Corpo do
Senhor e unir-se em oração comum na celebração pública e solene dos ofícios
litúrgicos.

É fato que a música litúrgica demonstra ser um retorno em adoração da criatura


para o criador, e isso encontramos em todas as religiões. Tais músicas, conduzem os
fiéis a um estado de reflexão.

Martinoff em seu artigo sobre a música evangélica na atualidade descreve parte


dessa significância musical religiosa cristã.

A música é componente essencial do culto evangélico, juntamente com as


orações e a prédica ou sermão. Entretanto, o culto pode transcorrer de
diferentes maneiras, conforme a ênfase dada em um ou outro componente.
Essas variações existem e são encontradas entre as diferentes denominações e
entre igrejas da mesma denominação. Assim, a música é utilizada nas igrejas
evangélicas em sua forma vocal e instrumental. A vocal é executada
principalmente pela congregação, que canta os hinos dos hinários das
diferentes denominações, acompanhada por instrumentos harmônicos,
principalmente o órgão e/ou piano, ou teclados. Aos corais existentes nas
igrejas evangélicas desde sua implantação no Brasil compete a execução de
hinos e outras peças especiais para coro – os anátemas, geralmente
acompanhados por piano ou órgão (MARTINOFF, p. 68, 2010).

As histórias que são relatadas sobre a utilização da música na bíblia, mostra


como era aplicada, seu uso e seus benefícios. Desta forma, encontramos referencias de
que desde o início do cristianismo, a música fazia parte do ritual religioso.

1
Liturgia - A reunião dos elementos ou práticas que, regulamentados por uma igreja ou seita religiosa,
fazem parte de um culto religioso. Dicionário Online de Português.
Ministravam diante do tabernáculo da tenda da congregação com cantares,
até que Salomão edificou a casa do Senhor em Jerusalém; e estiveram,
segundo o seu costume, no seu ministério. I CRÔNICAS, 6:32 (BIBLIA DE
ESTUDO PENTECOSTAL, 1995).

Por todo o texto da bíblia podemos extrair algumas características da música


evangélica: seu poder, como forma de vencer o desânimo, para impressionar o coração
com as verdades nela contida, para fortalecer a vida cristã, para tornar o trabalho mais
agradável, para afastar o inimigo, para vencer a tentação, para trazer alegria, para criar
um ambiente inspirador entre outras.

Regozijai-vos no senhor, vós, justos, pois aos retos convém o louvor.


Louvai ao senhor com harpa, cantai a ele com saltério de dez cordas.
Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.
SALMOS, 33:1-3 (BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995).

Os personagens bíblicos e em particular o rei Davi, o qual estabeleceu o uso dos


salmos como cântico na liturgia, se utilizaram de tal ferramenta para doutrinação dos
fiéis. O livro dos salmos é o hinário mais antigo que se conhece, usado tanto por judeus
como por cristãos (SILVA, 2002, p. 4). Já no Novo Testamento, os apóstolos serviram-
se de igual mecanismo para ministrar seus ensinamentos. Dessa forma, o apóstolo Paulo
diz o seguinte no livro de colossenses:

Habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e


admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais;
cantando ao Senhor com graça em vosso coração. COLOSSENSES, 3:16
(BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995).

Movido por esse sentimento espontâneo de louvor e gratidão é que os fiéis se


reúnem para, juntos expressarem seus louvores, revelar uns aos outros as maravilhas
divinas, e dessa forma exaltar ao sobrenatural. Sendo assim, os fiéis podem desfrutar
das riquezas da palavra de Deus em formas orante, lírica e poética.

Após a reforma protestante ocorrida no século XVI e que teve como idealizador
Martinho Lutero (10/11/1483 – 18/02/1546), é que os fiéis começam a ser inseridos no
canto congregacional, fazendo dessa forma, com que os membros participassem da
liturgia de uma forma direta através das melodias entoadas e assim compreendessem o
culto.

Uma das características da Reforma Protestante feita pelo monge agostiniano


e teólogo Martinho Lutero, em 1550, na Alemanha, foi de levar os fiéis a
participar do serviço litúrgico, fazendo uso do canto congregacional. Até
então a socialização do ritual litúrgico musical era restrita aos monges e
coristas (SOUZA, 2009, p. 17).

Segundo Furtado, Lutero alicerçou seu trabalho em três pilares: o uso da língua
comum (vernácula), uma melodia simples (normalmente partes de músicas conhecidas)
e o texto das escrituras. Havia uma intenção estética, suportada pelos objetivos de
ordem sociológica e psicológica de fazer participar todos os fiéis nos atos litúrgicos.

Nas igrejas luteranas formaram-se, então, coros para acompanhar a


congregação, cantando na língua vernácula versos com métrica versificada e
silábica, em uníssono e a capela. Mas, esse coro foi desenvolvendo
musicalmente, passando a quatro vozes, com soprano fazendo a melodia e
tendo o acompanhamento de um órgão (FURTADO, p. 4).

A música religiosa chega ao Brasil juntamente com os colonizadores


portugueses. Primeiramente com os padres Franciscanos e logo após com os Jesuítas
que se utilizaram dela para poder catequizar os nativos, inserindo nas melodias e cantos
indígenas letras cristãs.

A primeira menção encontrada a um culto evangélico no Brasil é datada de


1557, onde a celebração foi realizada na Baía de Guanabara por um grupo de
calvinistas, e mesmo com a forte resistência da Igreja Católica, as principais
denominações firmaram-se e implementaram formas de propagação do evangelho
utilizando músicas de fácil aprendizagem.

Nas igrejas protestantes, a música é ouvida e cantada pelos fiéis, mas entre
essas denominações, de modo geral, a música continua sendo investida
principalmente, na evangelização de seus membros, na formação dos
músicos, corais e nas bandas organizadas pelos jovens e fiéis (FURTADO, p.
7).

A música congregacional é uma expressão de adoração que acontece no contexto


do culto cristão na qual música e religião estão relacionados. Estas demonstrações
conduzem o fazer musical e se traduz nos textos dos cânticos, hinos, sermões (pregação)
e toda a sorte de estrutura textual que possa se fazer música. Sua função principal é a
comunicação com o sagrado, ou seja, falar com Deus, o que faz da música
congregacional uma forma de manifestação importante na comunidade cristã.

Dentre as muitas características singulares do trabalho de Calvino, destacamos a


inclusão do canto congregacional na ordem do culto, como sua parte constitutiva
(SILVA, 2002, p.6). Assim a música congregacional é encontrada nos cultos e reuniões
regulares, na música coral em apresentação especial nos cultos ou eventos em ambientes
seculares, acampamentos, shows, ensaios de grupos e coral, na EBD2 e nos estudos
bíblicos.

Como mencionado por Furtado, as igrejas evangélicas costumam investir na


formação musical de alguns determinados tipos de grupos musicais. Nas igrejas
evangélicas no Brasil a música faz parte da liturgia como elemento indispensável para o
culto. A formação musical dentro das igrejas evangélicas tem impulsionado a formação
de diversas orquestras, bandas de música, bandas eletroacústicas e coros que são
responsáveis pelo serviço dentro das próprias igrejas, tendo alimentado o mercado
musical e acadêmico.

Um grupo numericamente expressivo de estudantes teve iniciação musical nas igrejas


protestantes e encontra nessas igrejas o principal estímulo aos estudos.
Diferentemente dos ateus e membros de outras religiões, cuja vocação
musical não tem relação necessária com a religião, os protestantes geralmente
adquiriram as primeiras competências musicais nos círculos de sociabilidade e
escolas ligados às igrejas que frequentam (TRAVASSOS, 1999, p. 132).

No caso das igrejas Assembléias de Deus, a grande contribuição é para a


formação de Coros e Bandas de Música. É uma prática das igrejas Assembléia de Deus
dispor do ensino da música a seus membros. Esse cenário constitui um importante
centro de iniciação musical e suporte indispensável para as atividades musicais
vinculadas à liturgia.

Segundo pesquisa realizada por Travassos, verificou-se que nos cursos de


músicas em Universidades, existem uma boa porcentagem de estudantes que se
declaram protestantes, chegando à conclusão de que a formação musical nas igrejas
evangélicas tem colaborado para com as vocações, e consequentemente aumentando o
interesse na formação profissional em música.

Dentre os estudantes de música pela UNIRIO, pelo menos 21% declaram – se protestantes
de várias denominações [...]. O percentual é elevado, comparado a outros
obtidos na mesma cidade. Suspeito que para além das diferenças na produção
das diversas amostragens, o percentual que obtive em um questionário
aplicado a 157 alunos da UNIRIO, expressa a quantidade de vocações
musicais ligadas a confissão religiosa evangélica e a importância do ministério
da música nessas igrejas (TRAVASSOS, 2001, p. 80-81).

O interesse por esse tema vem da nossa vivência em banda de música desde os 9
anos de idade onde se deu o início da formação musical na Banda de música da Igreja

2
Escola Bíblica Dominical - EBD
Assembléia de Deus Ministério Madureira, mudando posteriormente para a Banda de
Música Sons de Júbilo permanecendo nela até os dias atuais. Outro fator que
influenciou para a escolha de tal tema foi à escassez de bibliografia referente às bandas
de música evangélicas. Sendo assim, sua análise contribuirá para o melhor
entendimento do processo musical litúrgico e também para a formação de músicos nas
igrejas evangélicas Assembléia de Deus.

Este trabalho tem como objetivo estudar a história da banda desde sua fundação
até os dias atuais, procurando abordar aspectos como surgimento, trajetória, tradição e
modernização da Banda de Música Sons de Júbilo, desde a sua fundação em 1945, com
a criação da Escola de Música, passando pelo ano de 1958, com sua inauguração e
chegando até os dias atuais, onde atua nas liturgias e demais atividades da Igreja
Assembléia de Deus, como também no meio musical do estado de Sergipe, além de se
destacar como espaço de formação musical.

De maneira quantitativa, realizamos um survey com a observação participante


das atividades da Banda de Música Sons de Júbilo, questionamentos aplicados com
componentes e ex-componentes, entrevistas semiestruturadas com seus integrantes, ex-
integrantes, maestros, pastores e membros da comunidade evangélica.

Através dos dados coletados, pretendemos verificar, identificar, textualizar os


benefícios que a Banda de Música Religiosa traz para a liturgia da comunidade
evangélica em seu dia-a-dia e dessa forma complementar as biografias existentes sobre
bandas de música no Brasil, e em especial as bandas de música evangélicas.

Elaboramos um histórico da Banda de Música Sons de Júbilo desde a criação da


Escola de Música, seguindo a inauguração e chegando aos dias atuais. Coletamos fotos,
depoimentos e entrevistas para realização de um registro documental, onde as atividades
foram em etapas: pesquisa de documentos, bibliografia, jornais, revistas e etc.

A partir da organização e análise dos dados, observamos que o crescente


interesse pelo fazer musical, levou a muitos dos alunos/componentes a se
especializarem em escolas formais nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em
Música, bem como a profissionalização no campo musical. Este material serviu como
referência para contextualização dos fatos apurados.
Por falta da existência de um registro documental que contasse a história e
registrasse a trajetória da Banda de Música Sons de Júbilo, o presente trabalho se
propõe a relatar o surgimento, os contextos, modernização, e a formação musical da
Banda de Música Sons de Júbilo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

O trabalho inicia no capítulo primeiro, com um levantamento histórico das


Bandas de Música. Partindo das Bandas de Música no Brasil, no qual discorremos sobre
terminologia, conceitos, classificações, contradições sobre nomenclaturas adotadas;
seguindo para enfocar as bandas de música em Sergipe onde comenta as facetas
históricas deste grupo musical tão comum neste estado.

Já no segundo capítulo, discorreremos do surgimento e contexto da Escola de


Música e posteriormente da Banda de Música Sons de Júbilo da Igreja Evangélica
Assembléia de Deus em Sergipe. Onde começaremos com um pequeno histórico da
Igreja Assembleia de Deus no Brasil chegando até o estado de Sergipe, o início da
escola de música, a criação e inauguração da Banda Sons de Júbilo.

No terceiro capítulo descreveremos uma pequena biografia dos dois principais


maestros da Banda de Música Sons de Júbilo: o maestro Manoel Oliveira de Menezes o
qual foi um dos membros fundadores e o maestro Edmael Tavares Santos que
implementou mudanças estruturais, dando uma nova característica a Sons de Júbilo.

Ao fim do terceiro capítulo, vamos às conclusões retomando os principais focos


do trabalho. Que este trabalho contribua e engendre nas nossas Igrejas uma renovada
consciência sobre a importância das bandas de música nos ministérios litúrgico-cristãos,
em particular as bandas de música das igrejas Assembléia de Deus, mostrando a eficácia
e atuação na liturgia como também na formação de novos músicos tanto para o serviço
das igrejas, como também para os grupos musicais profissionais por todo o país.
1 - LEVANTAMENTO HISTÓRICO DAS BANDAS DE MÚSICA

Comumente o termo banda é utilizado para determinar variados tipos de grupos


instrumentais (banda de rock, banda de música, banda de palco, bandas de forró, banda
de jazz, banda de frevo etc.), no entanto, sua aplicação nesta pesquisa é para grupo de
músicos que toca combinações de instrumentos de sopro e percussão, e em alguns
casos, sopro, percussão e cordas. Para tal propósito, abordaremos tópicos e conceitos
sobre o termo banda, citaremos o que foi encontrado e o que está sendo considerado nos
dias de hoje como grupo musical classificado ou denominado de banda música.

Banda – Conjunto instrumental. Em sua forma mais livre, “banda” é usada


para qualquer conjunto maior do que um grupo de câmara. A palavra pode ter
origem no latim medieval bandum (“estandarte”), a bandeira sob a qual
marchavam os soldados. Essa origem parece se refletir em seu uso para um
grupo de músicos militares tocando metais, madeira e percussão, que vão de
alguns pífaros e tambores até uma banda militar de grande escala. Na
Inglaterra do séc. XVIII, a palavra era usada coloquialmente para designar
uma orquestra. Hoje em dia costuma ser usada com referência a grupos de
instrumentos relacionados, como “banda de metais”, “banda de sopros”,
“banda de trompas”. Vários tipos recebiam seus nomes mais pela função do
que pela constituição (banda de dança, banda de jaz, banda de ensaio, banda
de palco). A banda destinada para desfile (marching band), que se originou
nos EUA, consiste de instrumentos de sopro de madeira e metais, uma grande
seção de percussão, balizas, porta-bandeiras, etc. Um outro desenvolvimento
moderno é a banda sinfônica de sopros, norte-americana, que se origina de
grupos como Gilmore’s Banda (1859) E Us Marine Band, dirigida por John
Philip Sousa (1880-92) (SADIE, 1994, p. 74).

As bandas podem ser nomeadas de acordo com sua função, pelo tipo de
instrumental que utilizam ou pelo estilo musical que executam. Quando uma banda é
nomeada pelo estilo de instrumental que ela possui, é porque na constituição deste
grupo só existe um único tipo de instrumento. Tinhorão descreve um destes grupos:
“confusa formação de músicos tocadores de charamelas, caixas e trombetas vindas dos
primeiros séculos da colonização” (TINHORÃO, 1976, p. 89). Anteriormente, a
referência para tais grupos era de conjunto de charameleiros, banda militar, banda de
corneta, banda de trompete, banda de harmonia etc.

Quando são de combinações de instrumentos diferentes, mas da mesma família,


chamavam-na, por exemplo, de banda de metais que tem em sua estrutura variados tipos
de instrumentos de bocais (trombone, trompete, euphonium, tuba, trompa etc.).

As bandas de música quando são nomeadas pela sua função, ou seja, pela
atividade que exerce em meio a sociedade, é observado normalmente a existência de um
grande equívoco ao nomeá-las por darem a esses grupos a nomenclatura de bandas
militares quando estas não pertencem a corporações militares. O que faz em comum
com as bandas de música militares é o fato de ambas em suas atividades marcharem em
seus deslocamentos ou apresentações. Se tratando da nomeação pelo estilo de música
que determinadas bandas executam, estas podem ser classificadas pelo relacionamento
cultural com o público (banda de rock, banda de forró, banda de jazz, big band, banda
folclórica etc.).

Moreira citando Massim relata sobre as primeiras formações de grupos


instrumentais que poderiam ser consideradas os antecessores das bandas. Estes grupos
eram chamados de guildas, grupos instrumentais do período renascentista. Sua
formação era de funcionários públicos ou vigias que exerciam a atividade musical e sua
estrutura instrumental era composta de instrumentos de variados tipos: sacabuxas,
cromornes e charamelas. (MASSIM, 1997, p. 71 citado por MOREIRA, 2013, p. 67).

Na antiguidade, as bandas realizavam formas de músicas mais suave, ou seja, de


uma complexidade estrutural e harmônica mais simples, e era para grupos de pessoas
não pagantes, quando utilizada para serviços militares, era usada como forma de
encorajamento da tropa, o que pode ser verificado ao se conversar com antigos militares
das forças armadas que estiveram durante a 2ª Guerra mundial, onde ao embarcarem
para o combate nas trincheiras inimigas, apresentava-se ali no porto para despedida das
tropas uma banda militar executando dobrados, hinos e canções pátrios, também nos
dias de hoje verifica-se esta peculiaridade em formaturas de cerimonias das tropas
militares ao saírem para realizarem alguma tipo de atividade ou missão.

1. 1 - AS BANDAS DE MÚSICA NO BRASIL

Para entendermos a situação musical no Brasil voltemos até a sua fase em que
era colônia de Portugal até chegar aos nossos dias para saber como ocorreu toda a
trajetória dos grupos musicais nomeados como bandas de música. Para isso, é preciso
voltar e conferir a influência que Portugal exerceu sobre o Brasil. Moreira relata que
“para compreendermos a cultura musical portuguesa que influenciou os grupos
brasileiros no decorrer do século XIX, é fundamental promover a integração do estudo
musicológico entre Portugal e o Brasil na difusão da música erudita” (MOREIRA,
2013, p. 73).

As bandas de músicas são agremiações que para alguns autores estava presente
no Brasil mesmo antes da chegada da família real, ou seja, mesmo sendo para alguns
como modelos ultrapassados, estes grupos exerciam suas funções musicais semelhantes
ao que chegara com a comitiva da família real durante a fuga de Portugal para o Brasil
em 1808.

Embora considerasse a banda da Brigada Real “arcaica” em comparação aos


modelos que emergiram em Portugal a partir de 1814, Salles ainda
considerava que este conjunto representava um avanço sobre os modelos
brasileiros - as “primitivas, deficientes e imperfeitas bandas de pífanos,
charamelas, trombetas, cornetas e tambores (SALLES, 1985, p. 20 citado
por BINDER, 2009 p. 9).

Abre-se aqui uma grande discussão em relação ao período da colonização


brasileira, sobre a existência ou não das bandas de música e qual seria a sua real
situação para o período; estes grupos eram de fato arcaicos como relata Salles em
comparação ao grupo vindo com a família real de Portugal? Ou estes grupos mesmo
sendo de uma colônia, teriam instrumentais que poderiam ser comparada a estrutura
existente em Lisboa sendo esta a cidade capital do reino?

Salles considerava o fato dos grupos existentes em Portugal no período de 1808,


serem grupos arcaicos começando a se modernizarem por volta de 1814. Mas o fato de
grande relevância a respeito da vinda da família Real para o Brasil, é que como mostram
os livros que relatam os acontecimentos tanto da história da civilização brasileira quanto
os livros que narram à história da música brasileira, é que com a vinda da corte para o
Brasil em 1808, a produção musical no Brasil cresceu muito e foi intensificada pelas
festas reais que tinha a participação de bandas militares e civis.

Existem indícios que mostram a existência de bandas de música no Brasil


com padrões instrumentais semelhantes àqueles encontrados em Portugal,
antes da chegada da corte portuguesa ou da banda da brigada Real da
Marinha (BINDER, 2009 p. 24).

Neste período tão conturbado da história das bandas de música em nosso país,
por falta de registros que nos deem mais precisão nos dados históricos sobre a sua
formação, estas eram as mais diversas formações instrumentais e qualquer grupo
poderia ser denominado como banda por não existir uma nomenclatura ou uma
padronização que especificasse diretamente a formação instrumental do que deveria ser
uma banda ou outro grupo instrumental.

Vicente Salles foi um dos poucos musicólogos brasileiros que estudou com
mais interesse a história das bandas brasileiras. Para ele, as formações
“modernas” começaram a ser introduzidas no Brasil a partir de 1808, com a
transferência da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, mas a Banda trazida pela
corte de D. João VI ainda era arcaica. A música militar aparecida na
metrópole forneceria o modelo para a formação das bandas civis (SALLES,
1985, p. 20 citado por BINDER, 2009 p. 9).

Durante o período colonial brasileiro, no século XVII, os senhores de engenho


para mostrar poder e riqueza mantinham conjuntos de escravos designados e ensinados
para tocarem em atividades musicais, sendo às festas em suas propriedades ou em festas
religiosas.

A tradição das bandas de música no Brasil vem desde os primeiros momentos


de sua colonização, por isso, existe uma considerável história sobre o
assunto. Os jesuítas usavam conjuntos musicais nas festas religiosas, como
nas do cristianismo lusitano, para auxiliarem na educação religiosa dos
pagãos (COSTA, 2005, p. 5).

Ao analisarmos os anais da história das bandas de música, descobrimos que esta


terminologia, ou seja, a locução adjetiva banda de música só começou a ser empregada
no século XIX, foi quando começou a separar o que era uma banda de música, uma
banda marcial, uma banda de fanfarra, uma banda de percussão, uma banda militar etc.
Binder em suas pesquisas afirma que o termo só começou a ser utilizado somente na
segunda década do século XIX e que a locução adjetiva banda de música passou a ser
usada com frequência no Brasil. (BINDER, 2009 p. 26).

Leonardo Dantas Silva faz referência às apropriações das bandas de música no


Brasil durante o século XIX e início do século XX, demonstrando a importância que
este grupo musical veio adquirir:

Com os seus desfiles ruidosos pelas ruas, suas apresentações em retretas nas
praças públicas, sua participação nas festas religiosas, às bandas de música
vieram a se tornar o mais importante instrumento de divulgação da música
popular brasileira, da segunda metade do século XIX até a primeira metade
do século atual (SILVA, 1998, p.51).

No Brasil verifica-se uma grande quantidade de bandas de música. Estas são as


instituições mais populares como se pode verificar desde o período colonial
contribuindo para divulgação da música brasileira, dando aos seus componentes
iniciação a teoria musical, leitura rítmica, leitura melódica, trabalho perceptivo e prática
de conjunto (formação musical) e para a educação dos seus componentes (educação
escolar e formação do caráter social). Elas vêm contribuindo, em sua maioria, para a
formação dos músicos de todo o Brasil desde os tempos passados até os nossos dias.

As bandas comunitárias também consideradas bandas civis constituem-se em


organizações privadas, a maioria registrada como sociedade civil e de
utilidade pública, sem fins lucrativos, chamadas também de instituições
filantrópicas. Elas geralmente gozam de grande respeito pela sociedade
contando com a participação de pessoas ilustres tanto na diretoria quanto
entre os instrumentistas. Com essa organização, elas se intitulam por
denominações variadas como: corporações, sociedades musicais, grêmios,
filarmônicas, euterpes, clubes musicais, liras (COSTA, 2005, p. 7-8).

São oriundos de bandas de música, instrumentistas, compositores e regentes de


renome não só aqui no Brasil com também no exterior. Moreira relata que o compositor
e instrumentistas Anacleto de Medeiros (1866 – 1907), foi participante de banda de
música e que este teve grande importância para as bandas de música como compositor
de dobrados e marchas militares e principalmente no Estado do Rio de Janeiro, pois “...
ficara famoso também como fundador da Banda do Corpo de Bombeiros” (ALBIN,
2004, p. 51 citado por MOREIRA, 2013, p. 74).

Segundo Moreira (2013) citando Veronesi (2006) o que ajudou a expansão das
bandas de música principalmente em São Paulo, foram os campeonatos de bandas e
fanfarras promovidos pela Rádio Record para desfiles cívicos em 1956.

O cadastro FUNARTE3 de 2002, menciona que existem no Brasil um total de


2.182 bandas de música registradas, onde estas são divididas pelas suas respectivas
regiões: nordeste 701, norte 213, centro-oeste 21, sudeste 734 e sul 287. No quadro
abaixo está relacionado o número de bandas por cada estado membro do território
brasileiro.

TABELA 1. BANDAS DE MÚSICA POR ESTADOS (Fonte Funarte 2002)

ESTADOS BANDAS
CADASTRADAS

Acre 7

3
FUNARTE: Fundação Nacional de Artes
Alagoas 36

Amazonas 33

Amapá 5

Bahia 138

Ceará 161

Distrito Federal 6

Espirito Santos 51

Goiás 85

Maranhão 46

Minas Gerais 380

Mato Grosso do Sul 39

Mato Grosso 44

Pará 125

Paraíba 106

Pernambuco 95

Piauí 41

Paraná 109

Rio de Janeiro 173

Rio Grande do Norte 61

Rondônia 36

Roraima 7

Rio Grande do sul 100

Santa Catarina 78

Sergipe 58

São Paulo 130

Tocantins 47
Já no cadastro 2010 da FUNARTE para as bandas de música, só na região
Nordeste existe atualmente cerca de 940 bandas de música espalhadas por todos os
estados do Nordeste. No quadro abaixo pode ser observado à quantidade de bandas por
estados nordestinos.

TABELA 2. BANDAS DE MÚSICA POR ESTADOS NORDESTINOS (Fonte Funarte


2010)

ESTADOS BANDAS
NORDESTINO CADASTRADAS

Alagoas 57

Bahia 139

Ceará 172

Maranhão 60

Paraíba 102

Pernambuco 183

Piauí 70

Rio Grande do Norte 115

Sergipe 42

Estes dados, apesar de serem informados pela instituição que controla as bandas
de música em todo o território brasileiro, não devem ser tomados por certo, onde esta
numeração pode ser para mais ou para menos, ao passo que, a forma de cadastro que é
utilizada para este controle é de formulários informativos. A FUNARTE envia a todas
as bandas de música um formulário para preenchimento e posterior devolução, onde
serão computadas as informações para controle, mas nem todas as bandas devolvem as
fichas de cadastro e sendo que muitas das vezes algumas das que devolvem, não estão
em atividades, e alegam desempenho de função musical para recebimento de benefícios
por parte do governo federal.
1.1.1 - CLASSIFICAÇÕES E CONTRADIÇÕES SOBRE NOMECLATURAS EM
RELAÇÃO ÀS BANDAS DE MÚSICA

Ao longo desta pesquisa e ao verificar os estudos sobre as bandas de música no


Brasil, foi observado que em muitos casos eram e são utilizadas as nomenclaturas
referentes às bandas de forma bastante equivocadas pois, como pode ser visto em alguns
casos, são utilizados para determinado grupo a referência de outro que possui estrutura
funcional completamente diferente. Um caso hipotético que pode ser mencionado é o
seguinte: “uma banda de percussão com um trompetista que é o seu instrutor passa
desfilando e quando se olha o brasão diz banda fanfarra fulana de tal”. Tal situação é
comum em várias partes do estado sergipano, tanto na capital quanto no interior,
principalmente nas escolas da rede pública.

Botelho dividiu as bandas de música em três tipos, sendo essa divisão mais uma
separação social ou funcional, do que uma divisão estrutural:

“Bandas Militares, Bandas pertencentes a uma instituição e Bandas


Sociedades Musicais. As Bandas Militares seriam aquelas pertencentes a
instituições militares, por tanto profissionais. As Bandas pertencentes a uma
instituição seriam aquelas mantidas por Igrejas, colégios, fábricas, etc.,
podendo ser amadoras ou semiprofissionais (seus participantes recebem
algum tipo de pagamento). E as Bandas Sociedades Musicais seriam, como
dito anteriormente, aquela banda mantida por uma instituição, uma Sociedade
Musical, que teria como único ou principal objetivo atividades relacionadas
direta ou indiretamente à manutenção desta banda. ” (BOTELHO, 2006, p.
13).

Mostraremos no decorrer deste tópico os conceitos, as estruturas instrumentais e


a utilização referente a cada nomenclatura que esteja relacionada à banda, partindo do
simples termo banda e seguindo com suas locuções adjetivas banda de música, banda de
jazz, banda de percussão, banda fanfarra etc.

A classificação feita por Nascimento descreve três tipos de grupos musicais


denominados de banda:

“1. Banda Sinfônica ou de Concerto: grupo formado majoritariamente por


instrumentos de sopro e percussão, possuindo os instrumentos típicos da
orquestra sinfônica, como: oboé, fagote, tímpano, golckspel, celesta,
tubofone, etc., podendo ser acrescido, ainda, dos contrabaixos acústicos e
violoncelos. Podem executar quaisquer tipos de repertório, substituindo, nas
obras eruditas, violinos e violas por clarinetas e saxofones. Seu emprego se
dá sem deslocamento, devido à utilização de instrumentos oriundos da
orquestra que não oferecem mobilidade para tal, como é o caso dos grandes
instrumentos de percussão e das cordas.
2. Banda de Música: grupo formado majoritariamente por instrumentos de
sopro e percussão, podendo ter alguns instrumentos de sopro de pequeno
porte utilizados nas orquestras, como é o caso do oboé e do fagote. Podem
executar um repertório bastante variado, com exceção de grandes peças
escritas para orquestras sinfônicas. Seu emprego ocorrer (sic) em
deslocamento ou parado, porém não enfatiza as evoluções.
3. Banda Marcial: grupo formado majoritariamente por instrumentos de sopro
da família dos metais e percussão. Por não ter a família das palhetas, a
execução de grandes peças fica restrita. Seu emprego é próprio para o
deslocamento e evoluções” (NASCIMENTO, 2007, p. 39).

Segundo uma publicação da revista Weril (2007:5) citado por Moreira (2007, p.
25), a AFABAN4 tem como precisa algumas definições no Brasil:

 Fanfarra Simples: corporação composta de percussão e sopro, geralmente sem


pistos.
 Fanfarra com Pisto ou Válvulas: grupo composto de instrumentos com
gatilhos e pistos.
 Banda Marcial: grupo composto de instrumentos utilizados em orquestra e toda
a parte de percussão, sendo o diferencial a marcha.
 Banda Musical: semelhante a marcial incluindo as madeiras como clarinetas e
flauta transversal.

A CNBF5, em seu art. 1º diz o seguinte:

“A Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras – CNBF, instituição


representante das bandas e fanfarras no território nacional – responsável
anualmente pelo Campeonato Nacional de Bandas e Fanfarras, que integra o
Calendário Oficial das atividades das filiadas, abrangendo todas as regiões do
Brasil.”.

Vemos desta forma, o órgão responsável por qualificar e administrar as


corporações musicais relativo às bandas de música no Brasil. Mas, observamos que nem
todos os grupamentos musicais seguem esses modelos indicados nos artigos da CNBF.

No Parágrafo único do art. 7º, menciona o que entende por corporação:


“compreende Estandarte, Pelotão de Bandeira, Corpo Coreográfico, Corpo Musical,
Baliza, Regente, Mór ou Comandante”.

4
AFABAN: Associação de Fanfarras e Bandas do Litoral Paulista e Vale do Ribeira.
5
CNBF: Confederação Nacional de Banda e Fanfarras.
Desta forma, estão definidos os critérios para ser uma corporação e poder
participar de um campeonato pela CNBF. Mas, o que estamos buscando aqui não é
determinar o que possa ser uma corporação e sim o que para a CNBF venha a ser uma
Banda de Música e suas variações dentro do limiar desta pesquisa.

No capítulo VI que trata das categorias, a CNBF em seu art. 11 caput diz - “as
corporações participantes do Campeonato Nacional, para efeito de avaliação e
classificação, são divididas nas seguintes categorias”:

I – Técnica do corpo musical:

a) Banda de Percussão;
b) Banda de Percussão Marcial;
c) Banda de Percussão com Instrumentos Melódicos Simples;
d) Banda de Percussão Sinfônica;
e) Fanfarra Simples Tradicional;
f) Fanfarra Simples Marcial;
g) Fanfarra com 1 Pisto;
h) Banda Marcial;
i) Banda Musical de Marcha;
j) Banda Musical de Concerto;
k) Banda Sinfônica;
l) Marching Bands.

II – Faixa etária da corporação:

a) Infantil;
b) Infanto Juvenil;
c) Juvenil;
d) Sênior.

De forma descrita acima é que são definidas as duas categorias utilizadas nos
campeonatos estaduais e nacional regulados pela CNBF.

O capítulo VII trata da caracterização das categorias técnicas, onde no art. 13 em seu
caput relata que “as categorias técnicas caracterizam-se da seguinte forma:
I - Banda de Percussão: constituída dos seguintes instrumentos

a) Bombos, linha de surdos, linha de tambores, linha de pratos, linha de caixas,


tenores, liras e instrumentos de percussão sem altura definida.

II – Banda de Percussão Marcial: constituída dos seguintes instrumentos

a) Bombos, linha de surdos, linha de tambores, linha de pratos, linha de caixas,


tenores, liras e instrumentos de percussão sem altura definida.

III – Banda de Percussão com Instrumentos Melódicos Simples: contendo

a) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,


linha de pratos, linha de caixas, tenores e instrumentos de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campânulas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
b) Instrumentos Melódicos: escaletas, flautas doces, pífaros, gaitas de fole.

IV – Banda de Percussão Sinfônica: contendo

a) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,


linha de pratos, linha de caixas tenores, tímpanos, marimbas, campânulas
tubulares, glockenspiel, família dos vibrafones, família dos xilofones, liras,
celestas e instrumentos de percussão sem altura definida.

V – Fanfarra Simples Tradicional: contendo

a) Instrumentos Melódicos: cornetas, trombones, bombardinos, souzafones e


cornetões lisos de qualquer tonalidade sem utilização de recursos de gatilhos,
varas ou válvulas.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, linha de surdos, linha de tambores, linha de
pratos, linha de caixas tenores, liras e instrumentos de percussão sem altura
definida.
c) Instrumento facultativo: trompa natural

VI – Fanfarra Simples Marcial: contendo


a) Instrumentos Melódicos: família dos trompetes naturais, cornetas, cornetões,
bombardinos, trombones, souzafones – sem válvulas e de qualquer tonalidade.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
c) Instrumentos facultativos: trompa natural.

VII – Fanfarra com 1 pisto, contendo:

a) Instrumentos Melódicos: cornetas, cornetões, bombardinos, trombones,


souzafones agudos e graves com uma válvula de qualquer tonalidade.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas, tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
c) Instrumentos facultativos: trompa de 1 válvula.

VIII – Banda Marcial, contendo:

a) Instrumentos Melódicos: família dos trompetes, família dos trombones, família


das tubas e saxhorn.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas, tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
c) Instrumentos facultativos: trompas.

IX – Banda Musical de Marcha, contendo instrumentos de madeira, metais e percussão.

a) Instrumentos Melódicos: família das flautas transversal, família das clarinetas,


família dos saxofones e instrumentos de sopro das categorias anteriores.
d) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas, tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
e) Instrumentos Facultativos: oboé, fagote, contrafagote, trompa, contrabaixo
acústico e celesta.

X – Banda Musical de Concerto, contendo:

a) Instrumentos Melódicos: família das flautas transversal, família das clarinetas,


família dos saxofones e instrumentos de sopro das categorias anteriores.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas, tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones e liras.
c) Instrumentos Facultativos: piano, oboé, fagote, contrafagote, trompa,
contrabaixo acústico e celesta.

XI – Banda Sinfônica, contendo:

a) Instrumentos Melódicos: família das flautas transversal, família das clarinetas,


família dos saxofones, oboé, fagote, contrafagote, trompa, contrabaixo acústico e
instrumentos de sopro das categorias anteriores.
b) Instrumentos de Percussão: bombos, bombos sinfônicos, linha de tambores,
linha de pratos, linha de caixas, tenores, instrumento de percussão sem altura
definida, tímpanos, marimbas, campanas tubulares, glockenspiel, família dos
vibrafones, família dos xilofones, liras, celesta e piano.
c) Instrumentos Facultativos: harpa.

XII – Marching Bands: os critérios e formação deste grupo serão definidos pelo CNT6.

Observamos que mesmo na CNBF encontramos algumas incoerências em


ralação ao que deve ser cada grupamento de acordo com seu instrumental.

1.2 - AS BANDAS DE MÚSICA EM SERGIPE

Há informações que em Sergipe existiram grupos instrumentais fundados no


século XVII e criação de bandas civis por volta do século XIX. O escritor Sebrão
Sobrinho sendo citado por Moreira (2013) relata que o início das bandas de música no

6
CNT - Conselho Técnico Nacional.
estado se deu na cidade de Itabaiana, ou seja, segundo ele, a primeira banda de música
foi fundada na referida cidade.

Em Sergipe, não fugindo ao panorama nacional, verifica-se a ocorrência de


grandes números de bandas de músicas (que são chamadas também de Liras,
Filarmônicas, Corporações, Sociedades Musicais, Euterpes ou Associações Musicais).
De um total de 75 municípios, o Estado de Sergipe possui mais de 50% com bandas de
música em plena atividade. Estes dados constam do relatório referente ao ano de 2000 a
2002, do Projeto Bandas de Sergipe, que mostra à existência de 58 bandas de música em
atividade. Pode ser observado também que há municípios que possuem mais de uma
banda de música. Verificamos estes acontecimentos nos municípios de Itabaiana que
possui três bandas de música e no município de Ribeirópolis com duas bandas entre
outros. Com uma grande quantidade de bandas de música nos seus limites geográficos,
o Estado de Sergipe contribui muito com o cenário musical nacional. Grande parte dos
músicos que estudam e atuam em grupos musicais em Sergipe, teve sua iniciação
musical em lugares diferente dos conservatórios e escolas de música, o que também
acontece e acontecia em outras localidades e regiões do Brasil.

As bandas também desempenham um papel fundamental na formação de


novos músicos e na revelação de grandes talentos. Só para citar dois
exemplos, o famoso compositor Carlos Gomes, autor de O Guarany, foi um
músico de banda em Campinas/SP sua terra natal, e o maestro da Orquestra
Sinfônica Brasileira, o internacionalmente conhecido Eleazar de Carvalho,
tocava baixo-tuba na banda dos Fuzileiros Navais” (GASPAR, 2009).

Abaixo estão relacionados todos os municípios sergipano que possuem bandas.

TABELA 3. BANDAS DE MÚSICA POR CIDADES SERGIPANAS

CIDADES NOME DAS BANDAS

Aquidabã Filarmônica Lira Senhora Santana

Aracaju Banda de música Sons de Júbilo

Banda de música Hildete Falcão

Banda de música da Fundação Renascer

Banda de música do 28º Batalhão de Caçadores

Banda de música do Corpo de Bombeiros Militar


Banda de música da Policia Militar

Banda de música da Igreja Assembléia de Deus Madureira.

Arauá Filarmônica Nossa Senhora da Conceição

Barra dos Coqueiros Filarmônica Municipal de Barra dos Coqueiros

Boquim Lira Nossa Senhora Santana

Brejo Grande Filarmônica Municipal de Brejo Grande

Campo de Brito Filarmônica Municipal Nossa Senhora da Boa Hora

Capela Filarmônica Nossa Senhora da Purificação

Carmópolis Associação Musical Teotônio Neto

Estância Lira Carlos Gomes

Frei Paulo Lira Paulistana

Gararu Filarmônica Eutério Alves da Cruz

General Maynard Filarmônica Municipal de General Maynard

Indiaroba Filarmônica do Divino

Itabaiana Banda de Música Murilo Braga

Filarmônica Nossa Senhora da Conceição

Itabaianinha Filarmônica Nossa Senhora da Conceição

Itaporanga Filarmônica Municipal de Itaporanga

Japaratuba Lira Santa Teresina

Euterpe Japaratubanse

Lagarto Lira Popular

Laranjeiras Filarmônica Coração de Jesus

Filarmônica Santa Bárbara

Malhador Filarmônica Jacinto Figueiredo Martins

Maruim Euterpe Maruinense

Nossa Senhora da Glória Banda Musical Municipal


Nossa Senhora do Socorro Filarmônica Municipal de Nossa Senhora do Socorro

Pirambu Filarmônica Municipal de Pirambu

Poço Verde Lira Santa Cruz

Porto da Folha Banda de Música Antônio Carlos du Aracaju

Propriá Filarmônica Santo Antônio

Riachão do Dantas Filarmônica Nossa Senhora do Amparo

Ribeirópolis Filarmônica Nossa Senhora do Amparo

Associação Pedro Paes Mendonça

Rosário do Catete Filarmônica Luiz Ferreira Gomes

Salgado Filarmônica Municipal de Salgado

Santo Amaro das Brotas Filarmônica Municipal de Santo Amaro das Brotas

São Cristóvão Filarmônica Batista Prado

Associação Genaro Plech

Simão Dias Lira Santana

Banda de Música Shallon

Tobias Barreto Filarmônica Imperatriz dos Campos

Segundo Moreira, a Prof.ª Ailda Lemos, coordenadora do Projeto Banda de


Música/Governo do Estado/FUNARTE e que promove há mais de 20 anos
retretas com o Projeto Banda na Praça, relata que estes movimentos de
revitalização das bandas por todo o Brasil vêm contribuindo e auxiliando
muitas bandas de interior e das capitais brasileiras, promovendo cursos,
editando livros e entregando instrumentos para ampliação e reposição
(MOREIRA, 2007, p. 39).

Graças as suas bandas que formam uma grande diversidade de músicos atuantes
nas mais diversas áreas do ramo musical, e que como no restante do país se destacam,
aqui em Sergipe, podemos verificar que quase a maioria dos músicos da família dos
sopros na orquestra Sinfônica Estadual (ORSSE)7, da Sinfônica da Universidade Federal
(OSUFS)8 e na Sinfônica de Itabaiana (OSI)9 são originários de uma banda de música, e
este fato pode ser observado também em outros estados da federação brasileira.

7
ORSSE: Orquestra Sinfônica de Sergipe.
8
OSUFS: Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Sergipe.
De acordo com Amorin, já existem estudos sobre a banda de música como
espaço de formação de instrumentistas (AZZI, 1982; GRANJA, 1984;
ALVES, 1999; SOUZA, 2002; COSTA, 2005; BINDER, 2006; HIGINO,
2006; CAMPOS, 2008; MOREIRA, 2009), em Belém (PA), pouco se sabe a
respeito da função exercida por essas instituições na formação e preparação
de instrumentistas que são encaminhados para continuidade dos estudos nas
escolas de música e mesmo para a carreira profissional em orquestras
sinfônicas (AMORIN, 2013, p.1).

O Estado possui uma instituição governamental de ensino formal, mas que não
forma músicos para as atividades musicais devido à falta de regularidade em
permanência dos professores, já que o seu efetivo de profissionais são de contratados.
Tem uma estrutura predial que é o conservatório de música, mas que não possui
professores permanentes como foi citado acima, isso é explicado pelo fato de que no
último concurso para professor efetivo só foram abertas poucas vagas, e após isso o que
acontece é a contratação temporária o qual a última ocorreu em 2015. Existindo este
grande empecilho na formação de músicos em Sergipe, desta forma o ensino musical é
assumido pelas bandas de música tanto na capital e principalmente no interior do
estado.

9
OSI: Orquestra Sinfônica de Itabaiana.
2 – BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO, SEU RETRATO HISTÓRICO E
SUA FUNÇÃO NO RITUAL DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS

A Banda de Música Sons de Júbilo está situada na cidade de Aracaju, capital de


Sergipe. Esta fica precisamente localizada na rua Bahia nº 836, bairro Siqueira Campos,
dentro dos espaços físicos da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, qual vamos
mostrar um pequeno e breve histórico.

2.1 - ASSEMBLÉIA DE DEUS NO BRASIL

A origem da Igreja Assembléia de Deus no Brasil está no avivamento


pentecostal que varreu o mundo por volta de 1900, início do Século XX, especialmente
na América do Norte. Os suecos Daniel Berg (1885-1963) e Gunnar Vingren (1879-
1933), foram para Chicago e participaram de uma convenção pentecostal, lá conheceu
um pastor que tinha participado do grande avivamento em Los Angeles, logo virem ao
Brasil e anunciarem o movimento pentecostal. Ninguém poderia imaginar que aqueles
jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil
religioso e até social do Brasil. Os dois Jovens chegaram ao Brasil precisamente na
cidade de Belém do Pará no dia 19 de novembro de 1910. Como eles já eram membros
da Igreja Batista, continuaram a frequentar a mesma denominação, mas foram
criticados, pois estavam incomodando as igrejas existentes na época.

Começaram a chegar ao Brasil os primeiros missionários protestantes, sendo


eles das mais variadas denominações evangélicas: congregacionais,
presbiterianos, metodistas e batistas, que vieram com o objetivo de propagar
a sua fé (BRAGA, 1960, p. 61).

No dia 18 de junho de 1911, ocorreu o primeiro movimento pentecostal do


Brasil, a casa dos jovens missionários era o local de realização dos cultos e estava
sempre com um bom número de pessoas, e passou a ser um local muito frequentado.
Isto era algo ruim para a igreja Batista, então, os dois jovens suecos e mais um grupo de
fieis foram expulsos da igreja. No mesmo ano fundaram a Missão de Fé Apostólica no
dia 18 de junho, que posteriormente em 1918 ficou conhecida como Igreja Evangélica
Assembléia de Deus.
Figura 1: Daniel Berg Figura 2: Gunnar Vingren

Em poucas décadas, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, a partir de Belém


do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os
grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre,
entre outras cidades até alcançar os limites do estado de Sergipe.

2.2 - ASSEMBLÉIA DE DEUS EM SERGIPE

Figura 3: Bandeira de Sergipe Figura 4: Localização de Sergipe no Brasil

Sergipe é o menor Estado brasileiro, está localizado na Região Nordeste, possui


uma área de 21.918,354 km2, correspondendo a 0,26% da área total do país. Abriga 75
municípios, que juntos totalizam, conforme contagem populacional realizada em 2010
pelo IBGE10, 2.068.017 habitantes. Sergipe limita-se com o estado da Bahia (ao sul e a

10
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
oeste) e com Alagoas (ao norte), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (a leste).
Possui como capital a cidade de Aracaju.

Figura 5: Bandeira de Aracaju Figura 6: Localização de Aracaju em Sergipe

Aracaju está localizada na mesorregião do leste sergipano, possui uma área de


181,857 Km². Esta microregião fica localizada no litoral do estado, sendo cortada pelos
rios Sergipe e Poxim. De acordo com a estimativa do IBGE de 2014, sua população é de
623,766 habitantes. É apontada como A Capital da Qualidade de Vida e reconhecida
como uma das capitais mais seguras do Nordeste tendo os custos de vida mais reduzidos
do país.

Figura 7: Emblema da Igreja Assembléia de Deus


O sargento Ormínio chegou a Sergipe no ano de 1927, oriundo da cidade do
Belém, no estado do Pará. Veio para Aracaju transferido pelo exército brasileiro para
servir nesta localidade. Foi o primeiro pregador pentecostal na cidade de Aracaju, mas
como não era obreiro ordenado11 não podia exercer funções ministeriais. Ele iniciou um
trabalho evangelístico e logo conseguiu vários fieis. Em 1932, a convite dos fiéis locais
o missionário Otto Nelson que morava em Salvador-Bahia, veio para Sergipe e batizou
seis novos membros e ainda nesta ocasião organizou oficialmente a igreja Assembléia
de Deus em Aracaju no dia 18 de fevereiro de 1932. Iniciava assim os trabalhos da
Igreja Assembléia de Deus, com seis fieis que haviam sido batizados e cinco fieis que se
desligaram da igreja Batista. No ano de 1949, a Convenção Nacional reunida no estado
do Rio de Janeiro, determinou a autonomia da Igreja Assembléia de Deus no Estado de
Sergipe.

Figura 8: Primeiro templo da Igreja Assembléia de Deus

A Assembléia de Deus em Aracaju realizou seus primeiros cultos na rua


Maranhão n° 343, onde funcionava sua sede. Em 25 de agosto de 1935, foi transferida
para o templo construído na rua Bahia n° 836, sob a direção do Pr. Jorge Monteiro da

11
Aquele que serve. Nas igrejas é o auxiliar do pastor, uma autoridade espiritual e eclesiástica. Segundo a
enciclopédia de Orlando Boyer, “Aquele que coopera no desenvolvimento de uma empresa ou de uma
ideia.
Silva, permanecendo nesta localidade até os dias atuais. Desde sua fundação, passaram
como líderes da Assembléia de Deus os seguintes pastores: Antônio Beltrão, Jorge
Monteiro da Silva, José Francisco de Lima, Agenor Batista de Azevedo, Euclides
Arlindo Silva, Harmon Alden Johnson, Aristóteles Bispo de Santana, Eugênio Rocha,
José Rodrigues Sobrinho e atualmente está sob a presidência do Pr. José Virgíneo de
Carvalho Neto.

A segunda cidade a receber as mensagens pentecostais no estado de Sergipe foi a


cidade de Propriá, sendo que logo se espalhou pelos territórios vizinhos obtendo grande
êxito pelo interior e litoral do estado.

Figura 9: Templo da Igreja Assembléia de Deus depois da primeira Reforma


Figura 10: Templo atual da Igreja Assembléia de Deus

O atual templo onde se reúne os membros da Igreja Assembléia de Deus sede


em Aracaju, foi projetado para comportar 900 pessoas. Desta quantidade total, 600 são
para pessoas sentadas e mais 300 para pessoas em pé. Atualmente, após uma reforma no
espaço externo da igreja, nos dias de festividade é disponibilizado uma quantidade de
mais 500 cadeiras plásticas para os fiéis poderem assistir ao culto de forma cômoda.

Os assentos são compostos de cadeiras acolchoadas de forro azul, quando se faz


necessário por cadeiras plásticas. Em toda a extensão da fachada do templo, há
revestimento em mármore. Há diversas portas de acesso ao templo, 01 (uma) porta de
vidro que da frente para a rua da fachada da igreja; 02 (duas) portas do lado direito e 02
(duas) portas do lado esquerdo dando acesso do estacionamento ao interior do tempo;
02 (duas) portas ao fundo do templo que servem de acesso aos pastores, aos músicos de
instrumentos eletroacústicos, aos coralistas e aos músicos da banda de música Sons de
Júbilo. O templo tem um formato geométrico de um retângulo, o teto tem altura de 7
(sete) metros sendo forrado por material PVC na cor branca e possui superfície irregular
das laterais para o centro. Suas paredes são revestidas por carpetes de cor azul turquesa.
Possui 02 (duas) galerias nas extremidades do templo: a primeira possui duas escadas de
acesso a cada lado do templo e fica acima do púlpito se estendendo um pouco pelas
laterais onde fica o coral e a banda de música; a segunda possui 02 (duas) escadas de
acesso e fica acima da porta frontal por onde faz acesso a sala de controle de som. O
templo é bem iluminado e possui o piso em mármore. Contém sistema de climatização
com 8 (oito) ar-codicionados. A plataforma onde fica o púlpito de mármore ao centro
não é muito alta e seu formato segue a geometria do templo, um retângulo. Logo à
frente da plataforma existe uma mesa de mármore, onde geralmente fica um arranjo de
flores. Os músicos de instrumentos eletroacústicos (teclado, guitarra, baixo, violão e
bateria) ficam posicionados na lateral direita da plataforma e na outra extremidade da
plataforma ficam obreiros e pessoas que estão visitando. Os cultos são providos de
projeção para as letras das músicas, estudos bíblicos e comunicados. A tela de projeção
é colocada na parede da galeria do púlpito e na parede da outra galeria fica um espelho
em toda sua extensão, para que os coralistas e pessoas que estejam na galeria acima da
plataforma acompanhem todo o culto. Desta forma, e com este relato da estrutura física
do templo da Igreja Assembléia de Deus sede, conseguimos ter uma noção do espaço
estrutural do templo.

Figura 11: Vista interna do templo da Igreja Assembléia de Deus

2.3 – A ESCOLA DE MÚSICA

Após alguns anos da inauguração, a Igreja Assembléia de Deus começou a


crescer e o número de membros e congregados estava aumentando significativamente.
O pastor presidente da época era Euclides Arlindo Silva, o qual tinha o desejo no
coração de formar uma banda de música naquela igreja. Porém, ele estava se deparando
com alguns empecilhos: não saber como dar início ao grupo, disponibilidade financeira
para aquisição de instrumentos musicais e não ter músicos na igreja que pudessem
ensinar música aos outros, estando dessa forma cercados por dificuldades.

No ano de 1945, em uma Convenção Nacional da Igreja Assembléia de Deus


realizada no estado de São Paulo, o pastor Euclides teve a oportunidade de ver a banda
de música daquela igreja tocando, e observando aquele grupo executar os hinos
congregacionais e avulsos, cada vez mais se indagava, a saber, quando teria uma banda
de música daquela na Assembléia de Deus em Aracaju. Desta forma, dirigiu-se à
procura de alguém que pudesse informar como montar uma banda de música em sua
igreja. O pastor Euclides então foi a um jovem pastor que cooperava na igreja em que
estava sendo realizada a Convenção Nacional e o questionou:

Gostaria que Deus desse uma Banda de Música a igreja onde trabalho.
Aquele irmão me disse o seguinte: Você sabe música? Respondi-lhe não.
Disse-me mais, já convidou seus irmãos na igreja para estudarem a música?
Não disse eu. Então como pode nascer uma banda se não existe um começo?
(Euclides, 1983).

Retornando da Convenção Nacional e em reunião com o ministério da igreja em


Aracaju, o pastor Euclides revelou sua intenção de criar uma escola de música na igreja.
Como não se tinha pessoas que pudessem ensinar música na igreja, o pastor Euclides
convidou o senhor Manoel Pedro que era Sargento da Banda de Música da Policia
Militar e marido da irmã Severina para ensinar aos membros da igreja e assim dar início
a escola de música.

Para dar início a escola de música, foram convidados alguns jovens; e o pastor
Euclides, para dar exemplo, se fez presente como o primeiro aluno. A primeira geração
da futura banda de música foi composta pelos seguintes nomes:

 Manoel Oliveira de Menezes – clarinete;


 João Melo Andrade – trombone;
 João Papa - trombone
 Jorge Bezerra - bombo
 José Agripino;
 José Pocidonio – percussão;
 Antônio Ferreira Lima – saxofone;
 Evandro Ferreira – trompete;
 Miguel Carlos – saxofone;
 Walter José dos Santos – requinta;
 Genival Santos – percussão;
 José Calixto Franco - percussão; e
 Manoel Montes - bombardino.

Desta forma, dava-se início no ano de 1945, ao projeto de criação da Banda de


Música Sons de Júbilo com sua Escola ensinando a membros e congregados que
queriam aprender música. Os alunos no início foram todos homens, mas alguns anos
depois as mulheres passaram a frequentar as aulas de música e posteriormente com o
aprendizado a integrar o corpo musical da Banda de Música Sons de Júbilo.

Todos os alunos nesse período eram membros ou congregados da igreja sede ou


de suas congregações, pois não era permitido integrantes que não tivesse vínculo com a
igreja Assembléia de Deus.

As primeiras lições foram ensinadas na casa do pastor Euclides que ficava na rua
Rio Grande do Sul, no bairro Siqueira Campos. Após algum tempo, estas aulas foram
transferidas para a casa do futuro maestro Manoel Oliveira de Menezes, o qual ainda
estava em fase de aprendizado, pois, já tocava violão e agora estava aprendendo a tocar
clarineta. Foram oferecidas aos alunos aulas de teoria musical, solfejo e prática de
instrumento.

Das aulas iniciais saíram muitos alunos para comporem os quadros das Bandas
Militares, Bandas de Prefeituras e Orquestras Sinfônicas. O senhor Manoel Pedro, que
foi o primeiro professor da Escola de Música da Igreja Assembléia de Deus, teve o
esmero em passar os devidos conhecimentos a cada um dos alunos da Igreja, para que se
mantivesse a continuidade da Banda de Música Sons de Júbilo.

Basicamente os primeiros estudantes demoraram um período de 13 anos até a


inauguração da banda de música como um grupo consolidado.
2.4 - BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO

A Banda de Música da Igreja Assembléia de Deus em Aracaju, denominada de


Banda de Música Sons de Júbilo, e a que vamos nos referir a partir de agora como BSJ,
foi idealizada pelo pastor Euclides Arlindo Silva a partir da criação da escola de música
no ano de 1945. Entre esses anos, o pastor Euclides juntamente com mais alguns jovens
irmãos que foram convidados por ele para dar início à escola de música, se prepararam e
estudaram com o sargento da polícia militar do estado de Sergipe o senhor Manoel
Pedro.

O pastor Euclides sentia a necessidade de ter um grupo dentro da igreja que


contribuísse com a liturgia, no acompanhamento dos hinos congregacionais, cantos
avulsos, acompanhamento do coral, desfiles para o dia da bíblia, serviços de
evangelização, campanhas, evangelizações, concentrações entre outras atividades que a
banda pudesse estar desenvolvendo no primeiro momento junto à comunidade cristã da
Igreja Assembléia de Deus.

De início, os alunos tiveram aulas de teoria musical, percepção, solfejo e prática


instrumental. Os materiais didáticos utilizados nas aulas eram desenvolvidos pelo
próprio professor o senhor Manoel Pedro que adequava as lições para a realidade de
cada aluno, e esses tinham a oportunidade de praticar juntos o que aprendiam com o
mestre. Depois de um período, alguns dos alunos que já estavam tocando uns poucos
hinos congregacionais e conseguiam acompanhar os hinos cantados pela igreja, se
reuniram para tocar e melhorar a prática musical, desta forma, começaram a frequentar
os cultos avulsamente, mas nada oficial, ou seja, todos tocavam a mesma melodia, sem
arranjos com contrapontos melódicos ou improvisos elaborados no decorrer dos hinos
congregacionais ou melodias executadas ao longo das reuniões. Ainda não era uma
banda de música e sim, um grupo de jovens aprendizes que se juntaram para praticar os
seus instrumentos durante os cultos.

Pedro Bonfim que já era músico, chega à igreja alguns anos depois do início da
escola de música e percebendo então, a existência de um grupo de músicos tocando nos
cultos consegue um pequeno número de instrumentos de percussão (bombo, caixa e
prato) em uma viagem até a cidade de Ribeirópolis, ao retornar a Aracaju, faz uma
doação à jovem banda de música que estava em fase de estruturação. Á partir deste
momento então, é que se tem a ideia estrutural e inicial de banda de música.

Foi então que no ano de 1958, após 13 anos de dedicação, perseverança e


esforços, tanto por parte dos futuros músicos componentes da BSJ, como também de
quem os ensinava, que em 7 de setembro foi realizado o culto de inauguração da Banda
de Música Sons de Júbilo, contando inicialmente com 13 componentes.

Segundo a carta datada de agosto de 1983, do pastor Euclides Arlindo Silva que
relata parte da trajetória da BSJ, é que podemos ter noção do percurso desde o ano de
1945, quando este chegou de viagem a convecção das Assembléias de Deus no estado
de São Paulo até o ano de 1958, data que a BSJ foi inaugurada:

De volta da convenção revelei meu desejo ao ministério e convidamos o


senhor Pedro, sargento da Policia Militar e esposo da irmã Severina (...)
convidei alguns jovens para ingressarem na citada escola e eu me fiz como
primeiro aluno para estimular os outros (...) Assim foi que nasceu a Banda de
Música da Assembléia de Deus em Aracaju. Que no dia 7 de setembro de
1958, estava capaz de ser inaugurada (EUCLIDES, 1983).

O repertório executado pela BSJ eram hinos da Harpa Cristã, Hinos Avulsos,
Marchas Religiosas e Dobrados Militares. As partituras eram conseguidas nos arquivos
das Bandas do Exército, Polícia Militar e Bandas de Músicas de Igrejas em outros
estados.

Podemos observar aqui neste ponto, uma característica em comum entre as


bandas de música das Igrejas Assembléia de Deus. Pois, o mesmo processo aconteceu
com a banda de música da Igreja Evangélica Assembléia de Deus do templo central em
Natal-RN, a respeito do seu repertório como relata Souza:

O repertório executado pela banda, diz respeito aos “hinos da harpa”, hinos
avulsos, marchas religiosas e dobrados militares. Parte das partituras eram
adquiridas nos arquivos das Forças Armadas e na Polícia Militar e com
bandas de igrejas pertencentes a outros Estados como Rio de Janeiro, Recife
e João Pessoa. Havia também compositores e arranjadores locais (SOUZA,
2009, p. 27).
Figura 12: Banda de Música Sons de Júbilo 1960

Inicialmente, tocava aos domingos, em festas e nos batismos. Durante os cultos,


tocava hinos congregacionais da Harpa Cristã12 e na hora da coleta das ofertas ao meio
do culto um dobrado de caráter militar. Executava-se antes dos cultos um dobrado para
chamar os membros a entrarem ao templo e um ao final para despedida de todos
conforme relato de Bispo:

A banda estava presente aos domingos, em festas e em dias de batismo.


Tocava no culto os hinos congregacionais da harpa e em algumas
oportunidades acompanhava o coral, no meio do culto executava um dobrado
ou marcha militar, que depois passou a ser tocado somente nos desfiles.
Também tínhamos o costume de tocar antes e depois dos cultos ” (BISPO,
2012).

Desde sua fundação a BSJ exerce uma atividade de visitação as congregações


filiadas e a igrejas de outras denominações tanto na capital sergipana como nos
interiores do estado, e também em outros estados brasileiro como Bahia (Salvador,
Feira de Santana), Brasília – DF, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Barra Mansa), Paraíba
(João Pessoa, Campina Grande), Alagoas (Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos,
Marechal Deodoro, Rio Largo) entre outros. Participando de diversos tipos de liturgias
como inauguração de templos, aniversários de Bandas de Música e igrejas, desfiles,
batismos, alvoradas, cultos em praça pública entre variados tipos de cerimoniais

12
Hinário congregacional adotado pelas Igrejas Assembléia de Deus em todo Brasil e impresso pela
CPAD (casa publicadora das Assembléias de Deus).
evangélicos ou civil. A BSJ vem contribuindo para um melhor fazer musical dentro e
fora do meio evangélico.

Em uma das etapas da entrevista feita ao ex-clarinetista Santos e ao saxofonista


Silva, lhes foi questionado a respeito da existência de conflitos entre a BSJ e outros
grupos musicais ou de conflitos de componentes da BSJ com componentes de outras
bandas de música, tanto do meio evangélico como fora deste, os quais afirmaram o
seguinte:

O saxofonista Silva relatou que:

Estou na BJS desde o ano de 1982. Na verdade, nunca presenciei o que


poderia se configurar necessariamente como conflito com outras bandas de
músicas evangélicas, uma vez que não temos tantas bandas de músicas
evangélicas no estado. Da mesma forma tem acontecido fora do meio
evangélico; até porque são estilos e nichos extremamente distintos, além do
fato de que temos excelentes músicos o que destoaria algum tipo de
argumento conflitivo (SILVA, 2016).

Já o ex-clarinetista Santos afirmou que:

Estou na banda desde o dia 03/09/2000, e já fiz várias participações com


bandas e grupos musicais da região e nuca vi rivalidade e sim, muitas das
vezes recebi elogios por participar da banda Sons de Júbilo (SANTOS,
2016).

A banda realiza um desfile anual muito importante no calendário da igreja desde


sua fundação: o desfile do dia da bíblia, ao qual sai às ruas tanto da capital quanto dos
interiores do estado divulgando a festiva data comemorativa para os cristãos.
Figura 13: Desfile dia da Bíblia no interior Figura 14: Apresentação Dia da Bíblia em Itabaiana

Outra atividade exercida pela banda é o lançamento de pedras fundamentais e


inaugurações dos templos, realizando a divulgação da igreja na localidade em que será
construída a congregação com desfiles e retretas.

Figura 15: Inauguração: Templo Adventista Aracaju Figura 16: Pedra fundamental: templo de Maruim

Em 1962, no aniversário de quatro anos, estavam presentes autoridades civis e


religiosas de diversas denominações que vieram se congratular juntamente com os músicos da
BSJ e os membros da igreja Assembléia de Deus. Esta, em pouco tempo de inaugurada, já
estava deixando sua marca na história musical do estado de Sergipe prestando grande e
importante serviço musical.

Vemos esta descrição da importância dos trabalhos realizados segundo o relato do


Pastor Roberto Morais, onde discorre sobre as atividades da BSJ ao longo de sua
existência:

A banda Sons de Júbilo chega para dar um formato eu diria oficial,


preparatório e nos ajudar na condução da música sacra nas suas diversas
vertentes. Também eis a importância então desse trabalho da banda dentro
dos rituais que cabe em qualquer situação... Cerimônias, solenidades como
formatura e casamento, basta receber um convite. Seja também para trabalhos
no âmbito civil. E nas solenidades civis a Banda se prepara o que não deixa
nada a desejar, mais um motivo para que ela possa existir (MORAIS, 2016).

No 7º aniversário em 1965, o maestro Manoel Oliveira de Menezes,


relembrando o pastor Euclides Arlindo Silva que, não mais estando como pastor
presidente da igreja Assembléia de Deus em Sergipe e que se encontrava naquela
ocasião na Suécia como missionário. Também nesta mesma oportunidade, fez um
grande agradecimento a Pedro Bonfim pelo desempenho e dedicação para com a banda.

Desejo neste momento lembrar o nome do Pastor Euclides Arlindo Silva que
encontra-se na Suécia, o qual foi o iniciador da música nesta igreja. Desejo
de uma forma especial agradecer ao prezado irmão Pedro Bonfim que com
dedicação e amor tem orquestrado vários hinos contribuindo assim para
melhor apresentação da banda de música (MENEZES, 1965).

Em 1966, a Banda de Música Sons de Júbilo estava completando oito anos de


inaugurada, mas passava por algumas dificuldades, pois não tinha um local apropriado
para os ensaios, os instrumentos que estavam sendo utilizados eram velhos e não havia
instrumentos para os alunos da escola de música que estavam aptos a iniciarem as aulas
práticas. Foi quando o deputado federal Lourival Batista fez uma visita à igreja e lhe
solicitaram um capital para investir na banda, este pedido foi atendido e o recurso
obtido foi utilizado na aquisição de novos instrumentos musicais. Mesmo ganhando a
verba, a Banda continuava com dificuldades estruturais, pois, ainda não possuía um
local próprio para a realização dos ensaios. Vendo tal situação, uma professora
proprietária da casa ao lado da igreja doou uma área do seu quintal para construir o
salão de ensaio, que quando estava na fase de acabamento recebeu outra visita do
deputado Federal Lourival Batista que ofertou mais uma quantia para finalizar as obras
do salão de ensaio e atividades musicais.
Neste ano, Deus abençoou ricamente a nossa Banda de Música, pois nos deu
um ótimo salão para ensaios, usou homens públicos para nos ajudar doando
verba e assim sempre estamos a progredir, desejo neste momento mencionar
o nome do Senhor Excelentíssimo Deputado Federal Doutor Lourival Batista,
que sempre esteve e estará pronto a nos ajudar, desejo também lembrar o
nome do Reverendo Euclides Arlindo Silva, que se encontra mui distante,
pois foi o iniciador do estudo de música nesta igreja (MENEZES, 1966).

Às 18 horas do dia 27 de março de 1966, estavam reunidos juntamente com os


membros da igreja Assembléia de Deus e de outras denominações autoridades civis e
religiosas, os quais vieram felicitar os componentes da BSJ pela grande conquista que
estava sendo realizada, a inauguração do tão esperado salão de ensaio.

Estamos em 1983, ano de comemoração dos 25 anos de inauguração da BSJ.


Chegamos as Bodas de Prata e com ela, muitas conquistas foram realizadas durante
esses longos 25 anos de existência. Para execução de tal solenidade, foram planejados
quatro dias de festas, e que ao longo da programação compareceram diversas
autoridades civis e religiosas que vieram para estarem juntamente com a Banda de
Música Sons de Júbilo a se congratular.

Figura 17: Festa dos 25 anos no dia 07 de setembro de 1983

Depois que 15 anos se passaram desde as Bodas de Prata, chegamos a 1998, e a


Banda Sons de Júbilo completa 40 anos de inaugurada. Desta feita, seu aniversário não
foi comemorado como sempre ocorria no dia 07 de setembro, mas sim no dia 06, pois
diversos componentes não só integravam a BSJ, agora muitos participavam do quadro
de bandas militares e civis do estado sergipano, sendo assim, impedindo a realização da
festa na verdadeira data.

Souza relata que a música nas igrejas evangélicas vem ganhando cada vez mais
notoriedade. “Ela é praticada e ensinada nas igrejas evangélicas, onde o repertório
escolhido já é do conhecimento de todos” (SOUZA 2014). Dando prosseguimento ao
relato, ela ainda faz referência ao artigo da revista Veja escrita por Favaro:

Historicamente, o ensino de música nas igrejas evangélicas tem contribuído e


propiciado a formação de músicos que atuam em orquestras, corais e bandas
em todo o país, fora do âmbito das próprias igrejas (VEJA, 2007, p. 35 citado
por SOUZA, 2014, p. 1).

Dando continuidade ao exposto acima, encontramos a fala de Sousa (2014),


citando Favaro, onde este diz o seguinte:

Percebe-se que a ausência de um ensino musical efetivo nas escolas


brasileiras, limitadas tanto na formação de profissionais como na formação
de ouvintes preparados para apreciar música, propiciam a procura pelos
estudos de música oferecidos pelas igrejas evangélicas. Pode-se afirmar que
essas se tornaram um dos raros locais onde se investe em formação musical
no Brasil (FAVARO, 2007 citado por SOUSA, 2014, p. 3). Grifo nosso

E para corroborar os comentários sobre o tema, vemos o relato do saxofonista


Silva e o ex-clarinetista Santos:

Silva relata:
O fato de músicos oriundos da BSJ tocarem em outras instituições não tem
sido prejudicial, uma vez que, além de mostrar a eficácia do ensino da
música, também enseja a adição de maior experiência e incremento no
desempenho de cada músico. Na verdade, acaba sendo um somatório de
experiências e isto contribui para o crescimento em qualidade dos nossos
músicos (SILVA, 2016).

Santos diz:
Eu vejo que o fato de muitos músicos tocarem em bandas militares,
orquestras e vários outros grupos, mostra que a banda Sons de Júbilo possui
um nível elevado no que se refere a formação musical de seus componentes.
Claro que quando esses músicos prestam concursos públicos e tem que
residir em outros estados, tornando difícil esse componente atuar com
frequência nas atividades musicais da BSJ, há uma certa perda para a banda
por não ter diretamente aquele componente, mas é muito mais gratificante
saber que tem músicos da nossa banda ocupando cadeiras em bandas e
orquestras do país, do que o fato deles estarem longe (SANTOS, 2016).
Neste mesmo ano, marca-se o desligamento do maestro Oliveira da banda após
longos 40 anos à frente do grupo. Este se afasta da direção assumindo em seu lugar um
dos componentes e aluno, o saxofonista Ávila, o qual já vinha ajudando o maestro
Oliveira na regência da banda e do coral e que deu continuidade aos ensinamentos de
seu mestre.

O maestro José Ávila Pimentel assumiu a Banda de música Sons de Júbilo no


ano de 1999. Em sua gestão, implementou algumas pequenas modificações na estrutura
da banda incorporando a bateria acústica que antes era feita pelo bombo, caixa e prato e
no repertório, mudando um pouco o estilo da banda de música.

Atestando estes fatos, verificamos que aconteceram eventos semelhantes a


outras bandas de música da Igreja Assembléia de Deus em outros estados, onde são
relatadas as mudanças na estrutura instrumental de seus grupos.

A estrutura instrumental da banda de música, o repertório e o próprio ato de


desfilar, acabam por ficar menos atraente para os jovens.... Para atrair jovens
músicos foram introduzidos muitos hinos avulsos (extra-hinário oficial da
igreja, ou seja, a Harpa Cristã), em estilos musicais que tinham maior
aproximação com o gosto musical dos jovens da época. Além do que foram
introduzidos instrumentos musicais como a bateria, o contrabaixo, o teclado
(sintetizador) e a guitarra elétrica (SOUZA, 2009, p. 32).

Mesmo com a incorporação de um novo instrumento e novos arranjos, a banda


ainda mantinha em sua essência a marcialidade que era o legado do maestro Oliveira e
continuava a tocar hinos e dobrados do tempo do antigo mestre.

O saxofonista Silva e o ex-clarinetista Santos, que acompanharam na época toda


a transição desde a saída do maestro Oliveira, a posse do maestro Ávila até sua saída e
chegada do maestro Edmael, relataram:

Silva:

A incorporação de novos instrumentos, ritmos bem como técnicas modernas


têm contribuído muito para o crescimento da qualidade musical da BSJ. É
evidente que para pessoas conservadoras isso deveria ser rechaçado. Mas no
geral a reação do público tem sido de total aprovação. No geral foi um
processo paulatino e, de certa forma, não acabou causando tanto impacto o
que permite afirmar que a aceitação teria sido concomitante à proporção que
novos elementos foram sendo incorporados (SILVA, 2016).
Santos:

A banda na sua formação tradicional, não dispõe de instrumentos como


teclado, baixo elétrico e guitarra. Com a inserção desses novos instrumentos,
a banda ganhou uma nova roupagem, possibilitando a banda inserir em seu
repertório vários outros ritmos e estilos, aumentando ainda mais o seu
enriquecimento musical. Uma minoria de fiéis, por preferirem o estilo
tradicional, inicialmente não aderiram, mas hoje em dia a banda é muito bem
aceita por toda a comunidade da igreja (SANTOS, 2016).

Após quatro anos, o maestro Ávila tomou a decisão de não continuar à frente da
banda de música. Desta forma, indicou dois componentes para assumir o seu lugar: o
clarinetista Jair, que já vinha atuando na regência em situações que o maestro Ávila não
pode estar conduzindo a banda e o clarinetista e arranjador Edmael, que chegara a
capital sergipana transferido pelo exército e que já vinha colaborando com a banda
trazendo arranjos de hinos da harpa cristã e hinos gospel em novos ritmos. Mas o pastor
da igreja, que na época era Gutemberg Junior, decidiu colocar à frente da banda o
saxofonista Jônatas Leite Cruz, até a escolha definitiva do novo maestro pelo presidente
da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, o Pastor Virgínio de Carvalho Neto.

Logo após a saída do maestro Ávila, quem assumiu em seu lugar no ano de
2003, foi o saxofonista Jônatas Leite Cruz, também oriundo da escola e aluno do
maestro Oliveira. Jônatas permaneceu por um período de transição curto conduzindo a
BSJ, até a escolha e nomeação do novo maestro definitivo, o qual foi escolhido pelo
pastor presidente José Virgínio de Carvalho Neto. Para o cargo foi indicado o
Subtenente do Exército Edmael Tavares Santos o qual permanece à frente da banda até
os dias de hoje.

Até esse momento a estrutura instrumental da BSJ era composta pelo padrão
tradicional das bandas de música: flauta transversal, clarineta, saxofone alto, saxofone
tenor, sax horn, trompete, trombone de vara, trombone de pisto, bombardino, souzafone,
bombardão, bombo, caixa, prato e bateria acústica.

Importante lembrar as mudanças ocorridas na década de 1980, na música


mundial e também na música popular brasileira, decursiva de novas tecnologias de
produção musical como teclado, bateria eletrônica, bateria acústica, guitarra e baixo, e
como também da expansão do rock e outros ritmos na mídia. O que acabou
influenciando na atuação musical entre os evangélicos como relatou Souza em sua
pesquisa sobre música evangélica.
Dentro deste contexto o novo maestro Edmael Tavares Santos quando assumiu a
banda no ano de 2003, começou a introduzir novas transformações estruturais na
instrumentação e inserção de novos arranjos com estilos e ritmos diversos, deixando a
banda de executar somente marchas, valsas e boleros, tão comuns para este tipo de
grupo musical. Desta feita em diante a BSJ começou a executar baladas, funk, forró,
salsa, pop, rock, jazz e outros ritmos que estão sendo inseridos até os dias de hoje.

Com a incorporação de novos instrumentos foi notório a evolução musical


realizada pelo novo maestro, as novas possibilidades sonoras com a inclusão de
instrumentos como baixo elétrico, teclado, bateria acústica e guitarra que não faziam
parte da estrutura da BSJ e que não são comuns a uma banda de música tradicional,
deram coloração, brilhantismo ao grupo e possibilidades diversas para execução de
novos arranjos.

Vemos abaixo dois programas e uma tabela demostrando os tipos de repertório


da BSJ. O primeiro demonstra o tipo de música utilizado desde o início da banda com o
maestro Oliveira até a saída do maestro Ávila; o segundo compreende o estilo musical
desde a chegada do maestro Edmael até os dias atuais:
Figura 18: programa BSJ 1983 Figura 19: programa BSJ 2015

TABELA 4. PROGRAMA COMPARATIVO DE APRESENTAÇÃO

REPERTÓRIO 1 (1958 à 2003) REPERTÓRIO 2 (2003 até os dias atuais)


Hinos congregacionais em ritmo de Hinos congregacionais em ritmo diversos.
marcha.
Coleta do ofertório – dobrado ou hino Coleta do ofertório – canção gospel ou
congregacional em ritmo de marcha. hino congregacional em ritmo diverso.
Oportunidade para banda - dobrado Oportunidade para banda – canção gospel
Término - dobrado Término – canção gospel

Figura 20: Festa dos 54 anos, 2012.

Hoje, a estrutura instrumental da BSJ conta com uma vasta diversidade no seu corpo
musical. Tendo instrumentos como flauta pícolo (flautim), flauta transversal, clarineta pícolo
(requinta), clarineta soprano, clarineta baixo (clarone), saxofone alto, saxofone tenor,
saxofone barítono, trompa, trompete, trombone de vara, trombone de pisto, tuba, baixo
elétrico, guitarra, teclado, bateria acústica e percussão diversa.

Após muitos anos de existência, a BSJ vem a cada dia contribuindo com a música
instrumental evangélica de forma progressiva. Podemos observar que durante os 58 anos de
trabalho, sua função musical passou de um simples grupo de acompanhamento aos hinos
congregacionais, desfiles cívicos, desfiles para o dia da bíblia, acompanhamento do coral
entre outros, para um grupo de destaque tanto na igreja como na sociedade sergipana.
O saxofonista Silva e o ex-clarinetista Santos ao serem entrevistados e perguntado
sobre as afirmações acima relataram o seguinte:

Para o Silva:

Esta trajetória se deu exatamente pelo fato de que juntamente com o que ocorreu e
tem ocorrido, houve o aumento de qualidade musical da BSJ. A chegada do maestro
Edmael contribuiu muito para este salto de qualidade. É fato de que com o
incremento da qualidade musical muitos músicos de primeira linha têm se juntado a
BSJ. E isso evidentemente tem contribuído para que a BSJ venha tendo destaque,
tanto no meio evangélico, como na sociedade sergipana. A isso adicionaria o fato de
que a BSJ tem sido ao longo de seus 58 anos de existência um celeiro de grandes
músicos (SILVA, 2016).

Compartilhando com o mesmo pensamento acima, Santos declara:

A banda nunca foi um simples grupo, é um grupo conhecido tanto nas igrejas
Assembléias de Deus, como em toda comunidade evangélica. Com toda essa
evolução dos últimos anos, tanto para a comunidade evangélica como para a
sociedade sergipana, teve uma aceitação muito grande e o reconhecimento ultrapassa
os limites estaduais, se propagando por todo o país (SANTOS, 2016).

Também se verifica a grande notoriedade do grupo pelos pedidos de apresentações


recebidas pela direção da igreja que vem de igrejas filiadas, igrejas de outras denominações
do estado de Sergipe como também de outros estados da federação brasileira.

Como o número de alunos e componentes sempre aumentando desde a fundação,


alguns participantes da banda passaram a ajudar aos mestres ao longo dos anos nas aulas de
música, estes se tornaram multiplicadores do conhecimento musical e das experiências no dia-
a-dia da banda. Muitos integrantes também saíram em busca de se especializarem em
instituições de ensino musical reconhecidas como o CMSE13, realizando o curso básico e
técnico, UFS14 com a graduação em educação musical ou em outras instituições de ensino em
diversas cidades do Brasil para obterem a graduação de variados níveis em música.

Podemos observar que o nível de instrução na BSJ é bastante diversificado onde


38.7% tem o ensino superior completo, 19.4% o ensino médio ou superior incompleto, 9.7% o
ensino técnico profissionalizante, 6.5% possuem mestrado e 3.2% com especialização.

13
CMSE - Conservatório de Música de Sergipe.
14
UFS – Universidade Federal de Sergipe.
Figura 21: Gráfico de resumo das respostas item 3

Da Banda de Música Sons de Júbilo têm saído muitos profissionais para comporem os
quadros de bandas de música militares (Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar,
Bombeiros Militar), bandas de músicas civis, bandas de palco e orquestras sinfônicas. A
necessidade de um grupo para suprir as obrigações litúrgicas da igreja agora tem em sua
tradição a formação de profissionais de alto nível para preencher os claros dos grupos
musicais por todo país.

Vemos que a atuação dos músicos da BSJ é bastante diversificada em bandas fora do
meio evangélico, os quais destacam as seguintes subárea: 22.6% são músicos militares, 16.1%
são de banda sinfônica ou professores e 6.5% são de orquestra sinfônica ou banda de palco.

Figura 22: Gráfico de resumo das respostas item 7

Em relação a sexo concluímos que 87.1% dos entrevistados são do sexo masculino e
12.9 % do sexo feminino.
Figura 23: Gráfico de resumo das respostas item 1

A influência exercida pelas bandas de música é muito grande, sobre qual formação de
banda inspirou na formação musical: 74.2% afirmaram que foi a banda de música evangélica,
22.6% falaram que foi a banda de música militar e 3.2% disseram que foi a banda de música
escolar.

Figura 24: Gráfico de resumo das respostas item 12

A contribuição oferecida na formação profissional que foi herdada da banda de


música: 32.1% responderam que o esforço individual para aprender um instrumento musical,
28.6% falaram que a oportunidade de conhecer através da banda de música vários gêneros
musicais, 17.9% disseram que a estrutura que sua banda ofereceu no início dos seus estudos e
14.3% o ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música.
Figura 25: Gráfico de resumo das respostas item 16

Todos estes gráficos foram coletados de entrevista realizada via formulário eletrônico
disponibilizado em:

https://docs.google.com/forms/u/0/d/1H7lMnejYtXrZHcQgM9xMmDu3MtM137qIxsf_ofcY
37s/edit, onde os integrantes e ex-integrantes da BSJ que se disponibilizam a responder ao
questionário puderam estar contribuindo para o aprimoramento deste trabalho.

Para surpresa dos componentes da BSJ, no ano de 2004, no aniversário de 46 anos de


fundação, o Pastor e Deputado Estadual Antônio dos Santos presenteou ao grupo com o
patrocínio da gravação do seu primeiro CD que foi titulado de “Louvando Com Amor”. Neste
álbum foram gravadas 10 músicas das quais foram 03 Pout Pourri, 04 hinos da Harpa Cristã 15,
01 Rapsódia Evangélica, 01 Concertino para Bombardino e Banda e 01 Canção Gospel. Todas
as músicas foram composições e arranjos do maestro Edmael Santos.

15
Hinário congregacional adotado pelas Igrejas Assembléia de Deus em todo Brasil e impresso pela CPAD (casa
publicadora das Assembléias de Deus).
Figura
26: Capa do CD da Banda de Música Sons de Júbilo ano 2004

Participaram da gravação do CD além dos componentes da BSJ, músicos convidados


que são conhecidos no cenário musical sergipano como: Gentil Leite (trompete) -
BMBMSE16, Jorge Dias (trompete) – BM 28 BC17 e a cantora lírica Suzana Furtado. Neste
mesmo projeto foi realizada uma homenagem ao grande mestre que esteve à frente da Banda
Sons de Júbilo por 40 anos, Maestro Manoel Oliveira de Menezes conhecido por todos os
membros da banda e da Igreja como irmão Oliveira.

“Manoel Oliveira de Menezes, Servo de Deus que esteve à frente da Banda de


Música Sons de Júbilo por mais de 40 anos, dedicou maior parte da sua vida a essa
banda, formando músicos de boa qualidade para louvarem a Deus e posteriormente
se transformar em grandes músicos profissionais; falamos isso porque muitas
Bandas Militares do nosso país e algumas orquestras possuem músicos formados por
irmão Oliveira como é conhecido por todos. Homem abnegado que transformou
garotos não só em excelentes músicos mais em cidadãos e cristãos; pessoa simples
que sempre teve palavra de conforto e bons conselhos para seus músicos, porque
sabíamos que ele não era só um professor de música ou regente da Banda de Música,
era e ainda hoje é um pai e grande amigo que está pronto a nos ajudar a qualquer
momento” (FICHA TÉCNICA, CD, 2004).

No ano de 2008, grande festa no seu jubileu de ouro, a Banda Sons de Júbilo teve um
grande trabalho musical com a gravação do seu primeiro DVD no concerto de aniversário no
Teatro Tobias Barreto.

16
BMBMSE – Banda de Música do Bombeiro Militar de Sergipe.
17
BM 28 BC – Banda de Música do 28° Batalhão de Caçadores.
Figura 27: Capa do DVD da Banda de Música Sons de Júbilo ano 2008.

Participaram como convidados especiais grandes nomes do cenário musical nacional e


sergipano:

 Moises Paraíba (trompete) – Orquestra Sinfônica de Brasília;


 Moises Santos (trombone) – Exército Brasileiro;
 Ademir Júnior (saxofone) – Banda do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília;
 Marcus Dó 7 (trompete) – Músico Free lancer.
 José Batista Júnior (clarineta) – Professor de Música/Clarineta da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro);
 Marcus Vinícius (clarineta) – Banda do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe;
 José Gentil (trompete) - Banda do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe;
 Grupo Vocal 5 – Igreja Adventista do Sétimo Dia de Aracaju.

Também nesse mesmo ano, a BSJ teve a oportunidade de mais uma vez estar
realizando um trabalho fonográfico com a gravação do seu segundo CD titulado como
“Ressurreição”. Este projeto mais uma vez teve apoio de pessoas que acompanham o trabalho
realizado pela banda. Desta feita, a benfeitora foi a grande amiga e admiradora da Banda a
senhora Renagel Carvalho Mendonça.
Figura 28: Capa do CD da Banda de Música Sons de Júbilo ano 2008.

Neste álbum foram colocadas 12 músicas sendo que 05 hinos da Harpa Cristã, 01 Pout
Pourri, 01 Fantasia sobre hino da Harpa Cristã, 01 Concertino para Trombone - Trompa e
Trompete, 01 Peça Sinfônica e 01 Dobrado. Com composições e arranjos do maestro Edmael
Santos. Neste trabalho também foi realizada uma segunda homenagem ao maestro e agora
Presidente Interino da Banda Sons de Júbilo o irmão Oliveira como é conhecido por todos
com a gravação do dobrado “Irmão Oliveira de Menezes”.

Participaram da gravação do CD mais uma vez, músicos conhecidos no cenário


musical nacional e sergipano como: Gentil Leite (trompete) – BMBMSE, Kerty Hanzlike
(saxofone e fagote) - ORSSE18, Robson Gomes (trompa) – ORSSE, Moises Paraíba
(trompete) - OSBR19, Ismark Nascimento (percussão) – ORSSE e a cantora lírica Susana
Furtado.

Para enaltecer o trabalho desempenhado pela BSJ, em 12 de dezembro de 2014, o


prefeito da cidade de Aracaju senhor João Alves Filho, sancionou a lei número 4.599, do
Pastor e Vereador Roberto Morais. Esta lei trata da inclusão do dia da Banda de Música Sons
de Júbilo no calendário cultural da cidade.

18
ORSSE – Orquestra Sinfônica de Sergipe.
19
OSBR – Orquestra Sinfônica de Brasília.
“Art. 1º. Fica incluído, no calendário cultural festivo da Cidade de Aracaju, o Dia da
Orquestra da Banda Sons de Júbilo, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus do
Estado de Sergipe, a ser comemorado no dia 7 de setembro. ”

E mais uma vez no ano de 2016, a BSJ está em trabalho fonográfico, com a realização
da gravação do seu terceiro CD que encontra-se em fase final. Tendo previsão de lançamento
para logo mais a masterização e a mixagem fiquem prontas, o CD conta com 12 faixas
seguindo o padrão dos CDs anteriores.

Mais uma vez além da participação dos componentes da BSJ, foram convidados
alguns músicos do cenário musical sergipano que frequentam o ambiente da BSJ:

 Gentil Leite (trompete) - BMBMSE,


 Geazí Viana (trompete) – BM 28 BC,
 José Eneas Santos (clarineta e saxofone) – BMFN20,
 Silas Menezes (saxofone) – Exército Brasileiro
 Carlisson Cavalcante (trombone tenor) – BM 28 BC,
 Bruno Gomes (trombone baixo) ORSSE,
 Lucas Farias (bateria e percussão) - BMFN.

Todos os integrantes que formam a banda de música Sons de Júbilo, são em


unanimidade estimulados e incentivados no trabalho e fazer musical dentro da liturgia da
igreja Assembléia de Deus, ou seja, para cooperarem com o ministério de música e serviços
de louvor dos rituais. É possível dizer que o ensino musical realizado pela BSJ das mais
variadas formas, contribui para a liturgia e também para formação musical de futuros
profissionais em Sergipe como também no Brasil, onde alguns alunos excedem as
expectativas da igreja fazendo com que a música deixe de ser mero instrumento litúrgico para
se tornar uma atividade profissional.

20
BMFN – Banda de Música dos Fuzileiros Navais.
3 – OS MAESTROS

O Regente, maestro ou Mestre de Banda como comumente são chamados, é a coluna


central da banda de música. Este personagem, que é a figura central da prática musical nas
cidades brasileira, não tão somente desempenha a função de maestro, mas sim também de
professor, conselheiro, compositor, arranjista e até na maioria das vezes e localidades são
considerados como um pai, devido ao vínculo que a convivência proporciona.

Tem a missão de ensinar para as crianças e adultos, mas não o bastante, além do
ensino ajuda adquirindo material para seus pupilos devido à maioria ser atribuído de carência
financeira. No seu dia-a-dia, agrega pessoas das mais diversas classes sociais, tendo que em
muitos casos se desenrolar para reger dois grupos ou mais, para garantir o sustento da família.

Com uma metodologia de ensino musical organizada para o desempenho de um


preparo rápido ao ingresso do aluno no grupo, os mestres desenvolvem um preparo da
aprendizagem musical, onde montam variados tipos de processos didáticos voltados a
realidade do local e do aprendiz, e possibilita à adequação do treinamento a necessidade do
grupo.

Parte do aprendizado musical é feito através do contato com os músicos mais antigos
das bandas, isso começando desde a fase de iniciação até o ingresso como membro efetivo do
grupo. Desta forma, o funcionamento do processo serve como base de uma contínua formação
musical dos integrantes, e de renovação do corpo musical das Bandas de Músicas.

Desta forma, vamos nos concentrar neste capítulo nas biografias dos dois principais
maestros da BSJ. O primeiro sendo um membro fundador do grupo o Maestro Manoel
Oliveira de Menezes o qual permaneceu durante 40 anos contados a partir da inauguração da
BSJ. O segundo é o Maestro Edmael Tavares Santos que trouxe inovações ao grupo e que
permanece a frente do mesmo até os dias de hoje.

3.1 – Maestro Manoel Oliveira de Menezes: o início

Manoel Oliveira de Menezes (1934), músico instrumentista, regente de banda e coral.


Foi um dos músicos pioneiro da banda de música Sons de Júbilo. É considerado pelos
músicos da Igreja Assembléia de Deus em Aracaju, um dos mais importantes nomes na
música coral e instrumental daquela instituição.

Figura 29: Manoel Oliveira de Menezes1998.

Manoel Oliveira de Menezes nasceu no dia 27 de outubro de 1934, em uma cidade do


estado de Alagoas, não se sabe ao certo qual seria. Filho único de José Bezerra de Menezes e
Jovelina Maria da Conceição. Devido a circunstâncias não conhecidas, seu pai juntamente
com sua mãe, após o casamento decidiram migrar do estado de Alagoas para Sergipe.

No ano de 1941, José Bezerra de Menezes e Jovelina Maria da Conceição saíram da


cidade em que estava morando no estado de Alagoas e mudaram-se para a cidade de Capela,
Município do estado de Sergipe e nesta cidade registraram a criança Manoel Oliveira de
Menezes a qual já estava com 7 anos de idade.

Em sua vida estudantil, Manoel Oliveira de Menezes frequentou a escola completando o


ensino fundamental e o ensino médio técnico em contabilidade, este último no colégio senhor
do Bonfim na rua Carlos Correia no bairro Siqueira Campos.

Manoel Oliveira de Menezes nunca teve estudos aprofundados, mas revelou talento para
música logo cedo. Em tenra idade ainda na cidade de Capela começou a dedilhar alguns
poucos acordes ao violão, chegando a Aracaju, juntou-se a outros dois jovens os quais já
tocavam violão há mais tempo e estes começaram a passar novos conhecimentos para o jovem
Manoel Oliveira de Menezes.

No ano de 1945, aos 11 anos de idade, Manoel Oliveira de Menezes vai para a recém-
criada escola de música da Igreja Assembléia de Deus a convite do pastor Euclides Arlindo
silva. Lá, com o senhor Manoel Pedro, que era sargento músico da banda de música da polícia
militar, começa a ter uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer a teoria, a
percepção e a prática musical. Depois de algum tempo na escola de música, Manoel Oliveira
de Menezes que já tocava violão torna-se um clarinetista.

Os seus progressos nos estudos musicais foram de tal forma notável que, em 1958,
quando é dado início aos trabalhos oficiais da banda de música da Igreja Assembléia de Deus,
por ocasião de sua inauguração, Manoel Oliveira de Menezes torna-se o primeiro maestro da
banda o qual já era professor da escola de música.

Em 1952, aos 18 anos de idade o jovem Manoel Oliveira de Menezes, incorpora as


fileiras do exército brasileiro. Após o ano do período de recrutamento, consegue engajamento
e segue carreira na vida militar como músico clarinetista, fazendo parte da banda de música
do 28º Batalhão de Caçadores – Batalhão Campo Grande na cidade de Aracaju.

Figura 30: Manoel Oliveira no 28º Batalhão de Caçadores

No de 1949, Manoel Oliveira de Menezes conhece a jovem Jannete Ferreira de Oliveira,


dessa amizade após alguns anos de convivência floresceu nos jovens o interesse comum de
construir um relacionamento, e em 1952, começam a namorar até o mês de agosto de 1954,
quando noivam. Durante os 3 anos seguintes os preparativos são intensificados para
finalmente no dia 23 de março de 1957, aos 23 anos de idade Manoel Oliveira de Menezes,
contraí matrimonio com sua jovem noiva que passou a ser chamada pelo nome de Jannete de
Oliveira Menezes. Deste matrimonio nasceram cinco filhos.
1. Joas Oliveira de Menezes;

2. Josman Oliveira de Menezes;

3. Joseana Oliveira de Menezes;

4. Josenildes Oliveira de Menezes; e

5. Josenai Oliveira de Menezes.

Manoel sempre que podia procurava complementar os seus estudos musicais, tendo aula
em cursos de curta duração no Conservatório de Música de Sergipe e em outras instituições
que ofereciam Workshops e Masterclass.

Em 1998, depois de mais de 40 anos à frente da Banda de Música Sons de Júbilo e do


Coral Vozes de Júbilo, Manoel Oliveira de Menezes entrega o cargo de maestro titular a um
dos seus componentes, o saxofonista Ávila Pimentel.

Sua carreira profissional na banda de música do 28º Batalhão de Caçadores foi o que
podemos classificar como profícua, incorporado as fileiras do exército como soldado recruta
passou por todas as graduações dos praças21 até chegar a graduação de 1º sargento músico, o
qual esteve à frente da banda de música do 28 BC de 1979 até a data de sua reserva.

No ano de 1981, aos 47 de idade o Sargento Menezes Músico da Banda do 28º Batalhão
de Caçadores – Batalhão Campo Grande, vai à reserva remunerada como 1º sargento,
terminando assim sua carreira como músico militar.

Após muitos anos de trabalhos musicais tanto na vida religiosa como na vida militar,
Manoel Oliveira de Menezes no ano de 2013, foi acometido por uma doença que o está
impossibilitando a alguns anos de falar e andar. É visitado constantemente por alunos e ex-
alunos tanto os que moram no estado que tem grande admiração e respeito quanto os que
porventura em férias aparecem na cidade de Aracaju.

3.2 – Maestro Edmael Tavares Santos: a mudança

21
Praças são todas as graduações que compreendem recruta, soldado, cabo, sargento e subtenente das forças
armada.
Edmael Tavares Santos 24 de março de 1961, músico multi-instrumentista, arranjista,
compositor e regente de banda. Considerado importante na música instrumental para banda de
música tanto no meio evangélico como também para a música militar. Inovou adicionando
alguns novos padrões na estrutura instrumental da banda de música da Igreja Assembléia de
Deus em Aracaju.

Figura 31: Edmael Santos Tavares

Edmael Tavares Santos nasceu no dia 24 de março de 1961, na cidade de Palmeira dos
Índios estado de Alagoas. Filho de Eneas Tavares Santos (22/11/1931) e Maria Alves dos
Santos (19/03/1931- 12/09/1994) foi o primogênito de seus pais que tiveram mais 5 filhos:

1- Edmir Tavares Santos (23/03/1962)

2- Elizama Tavares Santos (17/12/1965)

3- Edielza Tavares Santos (22/02/1968)

4- Ediezel Tavares Santos (14/05/1969)

5- Eliene Tavares Santos (27/08/1973)

A origem da família de seu pai é proveniente do estado de Alagoas, já a família de sua


mãe tem origem no estado de Pernambuco. Depois que Eneas e Maria já estavam casados no
ano de 1966, decidiram mudar-se para a capital sergipana, neste momento a criança Edmael
estava com a idade de 5 anos.

Estudou em várias escolas durante o ensino fundamental, fato verificado pela


transitoriedade que seus pais faziam de uma localidade para outra, e o ensino médio concluiu
no Colégio Estadual Moreira e Silva na cidade de Maceió/AL.
No ano 1976, na idade de 15 anos, Edmael residia juntamente com seus pais e irmãos na
cidade de Matriz de Camaragibe. Eneas seu pai, que também é músico e mestre de banda,
tinha sido convidado para formar na Igreja Assembléia de Deus daquela cidade uma banda de
Música, neste momento, Edmael começa a estudar música e ter aulas de clarineta Piccolo22
com seu pai.

Retornando para a cidade de Maceió em 1979, o rapaz já estava com a idade de 18 anos
e agora toca além da clarineta pícolo, saxofone e clarineta soprano que futuramente
acontecerá de ser o instrumento de trabalho nas Forças Armadas. Neste período, além de tocar
na banda de música da Igreja Assembléia de Deus, Edmael começou a executar em outras
bandas de música, bandas de baile e também em orquestras Big Band da cidade de Maceió.

No ano de 1981, com a idade de 20 anos e após ser dispensado do Serviço de


Alistamento Obrigatório, Edmael presta concurso para soldado músico do Exército na cidade
de Maceió/Al no 59º BIMTZ/7ª RM23 para a vaga de percussão no instrumento Surdo, mas
após o curso de habilitação militar passa a desempenhar a função de soldado músico
clarinetista.

É 1982, e Edmael conhece uma moça chamada Verônica quando foi tocar num alto de
natal a pedido de uma amiga de ambos numa congregação da Igreja Assembléia de Deus em
Alagoas. Mas eles só começaram a namorar em 1983, ela com 16 e ele com 22 anos de idade,
quando mais uma vez essa amiga em comum o convidou para tocar na mesma igreja.

Neste mesmo ano em 16 de junho de 1983, foi promovido a graduação de cabo músico
no instrumento Clarineta Soprano em Sib, dando continuidade aos seus trabalhos como
músico instrumentista e também como arranjista.

Depois de um ano de namoro com Verônica Edmael a pedi em noivado em 1984,


começando a partir desta data os preparativos para o dia do casamento.

Em 30 de março de 1985, casa-se com a jovem Verônica Cabral da Silva, ela agora com
18 e ele com 24 anos de idade. No ano seguinte tem a grande surpresa de sua mulher conceber
a primeira filha, Erika Valéria Cabral Tavares que nasceu no dia 25 de fevereiro de 1986.
Neste mesmo ano, é promovido a graduação de 3º sargento músico no instrumento Clarinete

22
Clarineta pícolo, mas conhecido no Brasil como requinta.
23
59º BIMTZ/7ª RM – Quinquagésimo Nono Batalhão de Infantaria Motorizada da Sétima Região Militar.
Soprano Sib e também é transferido por motivo de necessidade do serviço militar do 59º
BIMTZ/7ª RM na cidade de Maceió estado de Alagoas para o 2º RC MEC/3ª RM24 na cidade
de São Borja estado do Rio Grande do Sul.

Em julho de 1989, foi à cidade de Gramado estado do Rio Grande do Sul, para
participar do I Encontro Nacional de Mestres de Bandas. Lá pode participar dos cursos de
Técnicas de Regência para Mestres; Técnicas Instrumentais; Repertório para Mestres; Prática
de Música de Câmara e Ensaios Gerais.

Em novembro de 1991, é transferido pôr motivo de necessidade do serviço militar, da


cidade de São Borja/RS onde servia no 2º RC MEC/3ª RM para a cidade de Salvador/BA,
para servir no 19º BC/6ª RM25

Após seis anos do nascimento de sua primogénita, em 04 de dezembro de 1992, nasce o


seu segundo filho Tiago Henrique Cabral Tavares. Foi promovido em 08 de junho de 1993, a
graduação de 2º sargento músico no instrumento Clarineta Soprano Sib.

Morando na cidade de Salvador devido sua transferência, foi comunicado no dia 12 de


setembro de 1994, do falecimento de sua mãe.

No ano de 1998, mais uma vez é transferido pôr motivo de necessidade do serviço
militar, do 19º BC/6ª RM para a 1ªBDA INF SL26.

Em 1º de dezembro de 2000, é promovido a graduação de 1º sargento. E logo no ano


seguinte 2001, mais uma transferência por motivo de necessidade do serviço militar da
1ªBDA INF SL para o 28º BC/6ª RM27.

Já em dezembro de 2006, foi promovido a Subtenente músico, sua última graduação no


exército brasileiro. Para finalizar suas transferências por motivo de necessidade do serviço
militar, em 2010, é mandado do 28º BC/6ª RM para o Esqd C 2ª Bda C Mec28 na cidade de
Uruguaiana/RS, indo neste mesmo ano para a reserva remunerada do exército brasileiro.

24
2º RC MEC/3ª RM – Segundo Regimento de Cavalaria Mecanizada da Terceira Região Militar.
25
19º BC/ 6ª RM – Décimo Nono Batalhão de Caçadores da Sexta Região Militar.
26
1ª BDA INF SL - Primeira Brigada de Infantaria de Selva.
27
28º BC/6ª RM – Vigésimo Oitavo Batalhão de Caçadores da Sexta Região Militar.
28
Esqd C 2ª Bda C Mec – Esquadrão de Cavalaria da Segunda Brigada Cavalaria Mecanizada.
Durante sua carreira musical foi ganhador de vários concursos:

 Vencedor de 4 concurso de canções militares; e

 Vencedor do concurso de dobrados em homenagem ao brigadeiro Sampaio, realizado


pelo exército em comemoração aos 200 anos de morte do patrono da infantaria.

São de sua autoria as seguintes obras:

 Dobrado General Claudimar


 Dobrado Major Mariano
 Dobrado Major Pascarella
 Dobrado O Couraçado (Brigadeiro Sampaio)
 Dobrado Cmt Jaborandy
 Dobrado Dr. José Carlos Machado
 Dobrado Major Luiz Henrique Valério
 Dobrado Pastor Virgínio de Caralho Neto
 Dobrado Tenente Coronel Carlos Henrique
 Dobrado Batalhão Campo Grande
 Dobrado Coronel Abrahão
 Dobrado General Elito
 Dobrado Irmão Oliveira de Menezes
 Dobrado Manoel Teles de Menezes
 Dobrado Pastor José Neco
 Dobrado Prefeito Iradilson
 Dobrado Professor Jairo Alves de Almeida
 Dobrado Tenente Coronel Jeferson
 Dobrado Coronel Monteiro
 Dobrado Tenente Machado
 Dobrado Coronel Ariel
 Dobrado Os Doze Cabos
 Dobrado Sons de Júbilo
 Dobrado Sargento Honorato
 Dobrado Amigo Eudes
 Dobrado Coronel Morgado
 Dobrado Sociedade Filarmônica Carlos Gomes
 Dobrado Batalhão Pirajá
 Dobrado Maestro Eneias Tavares Santos
 Dobrado Capitão Pinheiro
 Dobrado Comandante Silva Néto
 Dobrado Tenente Gedolin
 Dobrado Tenente Roberto
 Dobrado Maestro Rivaldo Dantas
 Bandeira Brasileira
 Cantos e Contracantos
 Exaltação a Infantaria
 Cidade de Aracaju
 Exaltação ao Soldado
 Um Solo a Três (peça para trombone, trompa e trompete)
 Ressureição
 O Triunfo de Jerusalém
 Brincando com o Bombardino
 Brincando com a Tuba
 Fantasia para Trombone Baixo e Banda de Música
 Rapsódia Evangélica 1
 Rapsódia Evangélica 2
 Rapsódia Evangélica 3
 Concerto para Clarineta e Banda de Música
 Pequeno Concerto para Clarineta
 Valsa Verônica
 Tema para Erika
 Tema para Thiago
 Tema para Renagel
 Ao Som dos Trombones
 Divertimento para Trompete e Banda de Música
 Fantasia Missionária
 Fantasia para Duas Trompas e Banda de Música
 Cristo Vem
4 – CONCLUSÕES

É grande o crescimento que os evangélicos têm tido no campo da música instrumental.


Em certo ponto, as Igrejas Evangélicas se tornaram locais de ensino e formação musical para
que esses alunos e futuros músicos possam atuar diretamente na liturgia do culto,
acompanhando os hinos e louvores nas igrejas.

Durante a realização deste trabalho, foram entrevistados músicos componentes e ex-


componentes da referida banda de música, como também pessoas ligadas direta ou
indiretamente às atividades desta instituição musical. Seguindo do ponto dos entrevistados,
foram observadas as seguintes características: sexo, idade, nível de instrução, tipo de
formação musical, área de trabalho, motivos para trabalhar com música, onde foi a formação
musical, estrutura oferecida durante a formação musical, quanto tempo tocou na instituição
onde aprendeu, quais valores agregados da formação musical que influenciaram na vida
profissional não musical entre outros.

Observamos que a banda Sons de Júbilo mostra-se hoje como um grande centro de
formação musical independente se estes alunos irão tornar-se músicos profissionais ou não.
Também verificamos que ao passar dos anos a BSJ teve uma evolução tanto na sua estrutura
física como também na sua musicalidade, onde a incorporação de novos instrumentos
possibilitou um novo colorido.

Com a realização deste trabalho, conseguimos mostrar alguns pontos da trajetória da


Banda de música Sons de Júbilo que não era conhecida por muito dos seus componentes,
tanto os mais novos como os mais antigos. Pode-se ver que o início da trajetória foi muito
antes da data de comemoração de seu aniversário que é datada como 7 de setembro, o que nos
vem a indagar qual seria sua verdadeira data de nascimento: o ano de 1945, com a criação da
escola de música ou o ano de 1958, quando foi dada por inaugurada?

Outro fator que observamos durante a pesquisa, foi sobre a nomenclatura utilizada
pelas bandas de música; se tratando deste grupamento musical específico qual seria a real
definição para a BSJ, ela que incorpora elementos não comum a este tipo de formação. A BSJ
se mantém como uma banda de música com novo padrão instrumental, ou ela pertence a uma
nova nomenclatura utilizada especificamente para grupos que como ela transformaram-se e
adaptaram-se com o passar dos anos?
Também constatamos e verificamos a utilização e significação da palavra Banda para
diversos tipos de grupamentos musicais, os quais são muitas vezes relacionadas as suas
funções perante a sociedade, pelo tipo de instrumental e pelo estilo de música que tocam.

Verificamos que a terminologia, banda de música só começou a ser empregada no


século XIX, quando começou a separar o que era uma banda de música de uma banda
marcial, de uma banda fanfarra, de uma banda de percussão e de uma banda militar

Discorremos sobre o período da colonização brasileira, se existia ou não bandas de


música e qual seria a sua real situação: grupos arcaicos comparado a banda vinda com a
família real de Portugal? Ou de estrutura instrumental semelhante a existente em Lisboa?

Constatamos que no Brasil existe uma grande quantidade de bandas de música; as


quais contribuem para divulgação e formação musical, dando iniciação a teoria musical,
leitura rítmica, leitura melódica, trabalho perceptivo e prática de conjunto. Estes grupos
também fazem o trabalho de formação do caráter social contribuindo para a formação dos
músicos e cidadãos por todo o Brasil.

Com todos estes fatos, podemos observar o porquê da BSJ mostrar-se hoje como um
dos mais importantes grupos musicais do estado de Sergipe tanto como grupo musical
religioso como também grupo musical que faz apresentações para a sociedade sergipana.
Tendo como principal função a contribuição para com a liturgia da igreja e consequentemente
a formação de músicos para serem inseridos nesta liturgia e deste ponto em diante que
venham ou não a se tornar profissionais. As diversas fontes documentais nos mostram que
esta instituição teve através dos anos funções diferentes na comunidade evangélica, entre o
período de 1958 a 2016. Para chegar a tal conclusão embasei-me nos relatos, entrevistas e
depoimentos coletados com pessoas, ex-alunos e membros mais antigos da Igreja Evangélica
Assembléia de Deus.

Estas ferramentas permitiram constatar que a BSJ na necessidade de se manter em


atividade, estruturou-se e doravante continua se estruturando nas peculiaridades e contextos
em que está inserida, fazendo parte tanto da vida musical dos membros da igreja evangélica
Assembléia de Deus e também de outras denominações evangélicas que a convida para
participar de seus rituais, e também na vida musical, cultural e social da comunidade
sergipana. Se outrora as atividades indicavam que a BSJ era um grupo musical evangélico
fechado, pois só exercia as funções religiosas, hoje em dia nos mostra o caminho do
conhecimento musical para os jovens aprendizes e o desenvolvimento cultural através da
música tanto para os membros da comunidade evangélica como a sociedade sergipana. A BSJ
revela-se como um baluarte, uma micro organização em forma de banda de música
transformando-se e adaptando-se, o engendrar do viver musical a cada período da sua história.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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↑ª Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) (1º de junho de 2008). Página visitada em março
de 2015.
ANEXO I

DEPOIMENTOS
DEPOIMENTO DE JOSEMAR SOUZA: EX-TROMBONISTA DA BANDA DE
MÚSICA SONS DE JÚBILO

Retirado do vídeo Homenagem ao maestro Manoel Oliveira de Menezes

15/01/2016

A paz do senhor para todos os meus irmãos da banda Sons de Júbilo, e um abraço especial
para o meu professor e maestro Manoel Oliveira de Menezes. Eu quero dizer da minha grata
satisfação de estar participando dessa homenagem, dessa singela homenagem, mas que eu
creio que é de coração de cada um deste que estão participando.

Eu iniciei meus estudos musicais ali na igreja Assembléia de Deus na rua Bahia, Siqueira
campos, no ano de 1984, e dali em diante eu comecei minha vida musical, me profissionalizei,
consegui constituir minha família através da música, hoje em dia eu sou sargento do exército,
graças a Deus irmão Oliveira já estou terminando a minha carreira agora dia 13 de fevereiro,
faço 27 anos ficam faltando só 3 anos, para eu encerrar e com toda dignidade que além dos
meus pais o senhor me ensinou através da música.

Eu creio que nós perdemos a conta de quantos os discípulos o senhor tem por aí a fora e fora
do Brasil a exemplo do nosso irmão e pastor Jasiel, então meu irmão Oliveira, eu quero dizer
da minha gratidão que abaixo de Deus eterna ao senhor e a sua família, a sua esposa irmã
Janete, que está aí ao seu lado sempre e que Deus continue abençoando. E agora para
completar minha felicidade musical, estou cursando bacharel em trombone na Universidade
Federal aqui no Rio de Janeiro e, diga-se de passagem, eu nunca tive uma outra escola de
música que não fosse a escola de música do irmão Oliveira ali na Assembléia de Deus na rua
Bahia.

Que Deus continue abençoando a sua vida irmão Oliveira, meu professor eterno, e que se não
nos vermos mais possamos nos ver na glória, ali sim não haverá mais choro, não haverá mais
dor, estaremos ali gozando de uma vida eterna com nosso senhor e salvador Jesus Cristo.

Que Deus possa estar abençoando o senhor e sua família, e que Deus possa esta abençoando
as pessoas que tiveram essa iniciativa de fazer este simples DVD para homenagear o senhor.

Um grande abraço a todos que Deus continue abençoando todos.


DEPOIMENTO DO Pr. JAZIEL RODRIGUES: EX-SAXOFONISTA DA BANDA DE
MÚSICA SONS DE JÚBILO

Retirado do vídeo Homenagem ao maestro Manoel Oliveira de Menezes

15/01/2016

Gostaria de enviar aqui este pequeno testemunho como agradecimento por tudo que o irmão
Oliveira, o maestro Oliveira significa para mim, para minha vida.

Na verdade, eu fui aluno na escolinha da banda de música no final dos anos 80 e início dos
anos 90, e toquei alguns anos na banda de música, e para mim foi uma grande benção poder
participar e aprender tantas coisas, conhecer muitas pessoas e o que eu posso dizer que a
música tem acompanhado a minha vida.

Na verdade, desde quando iniciei também tive o privilégio de ter 2 irmãos, o meu irmão mais
velho Josias e o Júlio, nos 3 tocamos na banda de música, conhecemos muitos outros irmãos e
amigos que se tornaram muito importantes e especiais para nós.

Eu vejo que uma das intenções do nosso querido maestro nunca foi apenas o conhecimento
musical, mas formar homens de bens, de boa reputação, homens que guardassem a humildade
aonde quer que encontrasse e posso resumir que o nosso maestro ele sempre pensou em
formar não apenas músicos, mas verdadeiros adoradores. Digamos que ele tinha 2 chapéus, 2
batutas diferente: banda sons de júbilo e coral vozes de júbilo, as vozes os sons, mas sempre
ele procurou transmitir um amor a Deus primeiramente e fazer de nos seus discípulos
verdadeiros adoradores, bom na música bom na comunhão com o pai da música nosso senhor.

Eu me lembro de que as aulas de música era algo muito particular para mim, porque o irmão
Oliveira conseguia de uma maneira simples passar conhecimentos profundos e uma base
sólida na minha vida, na vida de outros músicos que passaram pela banda de música e como
se o irmão Oliveira colocou um fundamento sólido, pedras que as pessoas continuaram a
construir de maneiras deferente e contextos diferentes.

A gente no Senegal eu tive a oportunidade eu estava trabalhando ali com uma equipe de
missionários e Deus me deu a ideia de fundar ali uma escola de música. Então, rapidamente
voltou na minha mente, boas lembranças do tempo passado em Aracaju, e eu decidi fazer
junto com um músico senegalês Uabi Domi Jhompi, nós fundamos a escola de música Halabí.
Halabí é o nome de uma guitarra tradicional senegalesa, e nós começamos a ensinar aquelas
crianças, e realmente buscamos a simplicidade porque nossos alunos não sabiam ler nem
escrever, mas eles aprenderam a lar a partitura como se as notas fora a sua primeira língua que
eles aprenderam, foi uma alegria de ver. Hoje, já deixei o Senegal, a música tem
acompanhado, como se a semente que o irmão Oliveira plantou com certeza ultrapassou
fronteiras.
Não apenas eu, mas eu penso em muitas pessoas que estão em outros países e continuam
louvando ao senhor.

Então fica aqui meu agradecimento nessa homenagem que está sendo prestada ao nosso
grande mestre irmão Oliveira, e nós agradecemos por essa semente que foi plantada e que tem
dado frutos, frutos visíveis e que sabe mesmo invisíveis que nós não podemos ver, mas a
eternidade vai mostrar que a semente foi plantada e tem produzido frutos com abundancia e
continuará fazendo isso para a glória do senhor.

Que Deus possa fortalecer ainda o nosso querido maestro e que o tempo que Deus ainda tem
determinado de vida para ele será cumprido no final. Que nosso mestre vai passar para o
descanso eterno, o lugar onde a música nunca acaba, o lugar de onde a música veio, vai ser
uma alegria um dia poder reencontra-lo seja aqui ou seja na eternidade.

Então fica aqui meu abraço profundo meu coração, minha gratidão a Deus, não apenas ao
nosso maestro, mas a todos os outros que seguiram e aqueles que continuam ainda hoje
fazendo parte da banda de música.

Forte abraço que Deus abençoe a todos.


ANEXO II

ENTREVISTAS
ENTREVISTA COM MESTRE MENEZESE (MAESTRO OLIVEIRA) E IRMÃ JANETE EM
10/10/2010

Oliveira - Quando eu vim pra cá, a ideia inicial de banda de música na Assembléia de Deus
teve como um dos pioneiros Miguel Carlos (Miguel da alfaiataria) que veio de capela e trouxe
uns instrumentos.

O pastor Euclides deu início a escola de música em 1945.

O maestro Pedro Bonfim que viera de Ribeirópolis trouxe consigo um bumbo, uma caixa e
um prato dando a ideia inicial de banda de música.

Janete – a banda foi inaugurada em 7 de setembro de 1958.

Através de campanhas foram adquiridos alguns instrumentos.

Oliveira – outros foram emprestados.

Eu fui o primeiro mestre da banda.

De início a banda era composta por aproximadamente uns 10 músicos:

Genival – caixa

Valter – requinta

Miguel Carlos -

Mestre Menezes - clarineta

Mestre Pedro Bonfim - clarineta

Irmão Calixto -

Manoel Montes – bombardino

Data aproximada entre os anos de 1957 para 1958 na gestão do pastor Euclides Arlindo Silva

Janete – Oliveira trazia instrumentos do quartel, arranjava os instrumentos descarregados e


mandava consertar.
A banda teve início com um pequeno grupo de irmãos com instrumentos emprestados e
instrumentos descarregados do exército

Oliveira - As primeiras lições foram na escolinha na casa do pastor Euclides Arlindo Silva na
rua Rio Grande do Sul.

Depois a escola de música foi transferida para a garagem da minha casa na rua Acre.
ENTREVISTA A ALBERT LEITE CRUZ: PERCUSSIONISTA DA BANDA DE
MÚSICA SONS DE JÚBILO EM 26/07/2026

Qual o ano que você entrou na banda?

Resp. Eu comecei na aula de música em 1990, porém na banda mesmo 94 ou 95.

O fato dos músicos da BSJ tocarem em outras bandas como PM, Exercito e outras
instituições militares, foi prejudicial para ela ou mostra sua eficácia no ensino de
música?

Resp. Mostra a eficácia e um desfalque.

Com as mudanças que aconteceram com a incorporação de novos instrumentos e ritmos,


o que você acha dessas mudanças e qual a reação da comunidade da igreja, gostaram ou
não aceitaram de imediato?

Resp. Ficaram em meio termo e depois aceitaram. Não demoraram muito não para aceitar.

Como sabemos a BSJ passou de um simples grupo de acompanhamento dos hinos


congregacionais, desfile, acompanhamento do coral entre outros para um grupo de
destaque tanto na igreja como na sociedade sergipana. Relate tal trajetória.

Resp. A BSJ Hoje em dia está no topo em relação a banda de música de igreja evoluiu
bastante.

Em todo esse período que você faz parte da BSJ alguma vez existiu conflitos com bandas
de outras denominações ou até mesmo fora do meio evangélico?

Resp. Nessa minha trajetória de banda não sempre bem com todos e sempre fazendo
amizades com as outras bandas e orquestras.
ENTREVISTA A JOSÉ ENEAS LEMOS SANTOS: EX-CLARINETISTA DA BANDA
DE MÚSICA SONS DE JÚBILO EM 27/04/2016

O fato dos músicos da BSJ tocarem em outras bandas como PM, Exército e outras
instituições militares, foi prejudicial para ela, ou mostra sua eficácia no ensino de
música?

Resp. Eu vejo que o fato de muitos músicos tocarem em bandas militares, orquestras e vários
outros grupos, mostra que a banda Sons de Júbilo possui um nível elevado no que se refere a
formação musical de seus componentes. Claro que quando esses músicos prestam concursos
públicos e tem que residir em outros estados tornando difícil esse componente atuar com
frequência nas atividades musicais da BSJ, há uma certa perda para a banda por não ter
diretamente aquele componente, mas é muito mais gratificante saber que tem músicos da
nossa banda ocupando cadeiras em bandas e orquestras do pais do que o fato deles estarem
longe.

Com as mudanças que aconteceram com a incorporação de novos instrumentos e ritmos,


o que você acha dessas mudanças e qual a reação da comunidade da igreja, gostaram ou
não aceitaram de imediato?

Resp. A banda na sua formação tradicional, não dispõe de instrumentos como teclado, baixo
elétrico e guitarra. Com a inserção desses novos instrumentos, a banda ganhou uma nova
roupagem, possibilitando a banda inserir em seu repertório vários outros ritmos e estilos
aumentando ainda mais o seu enriquecimento musical. Uma minoria de fieis por preferirem o
estilo tradicional inicialmente não aderiram, mas hoje em dia a banda é muito bem aceita por
toda a comunidade de igreja.

Como sabemos a BSJ passou de um simples grupo de acompanhamento dos hinos


congregacionais, desfiles, acompanhamento do coral entre outros, para um grupo de
destaque tanto na igreja como na sociedade sergipana. Relate tal trajetória.

Resp. A banda nunca foi um simples grupo, é um grupo conhecido tanto nas igrejas
Assembléias de Deus, como em toda comunidade evangélica. Com toda essa evolução dos
últimos anos, tanto para a comunidade evangélica como para a sociedade sergipana, teve uma
aceitação muito grande e o reconhecimento ultrapassa os limites estaduais, se propagando por
todo o país.

Em todo esse período que você faz parte da BSJ, alguma vez existiu conflitos com
bandas de outras denominações ou até mesmo fora do meio evangélico?

Resp. Estou na banda desde o dia 03/09/2000, e já fiz várias participações com bandas e
grupos musicais da região e nuca vi rivalidade e sim, muitas das vezes recebi elogios por
participar da banda Sons de Júbilo.
ENTREVISTA A JEVERTON SOUZA GOMES: CLARINETISTA DA BANDA DE
MÚSICA SONS DE JÚBILO EM 21/04/2016

O fato dos músicos da BSJ tocarem em outras bandas como PM, exército e outras
instituições militares foi prejudicial para ela ou mostra sua eficácia no ensino de
música?

Resp. Mostra sua eficiência, até porque alguns que estudava na escolinha tinha o sonho de
fazer parte de uma banda militar.

Com as mudanças que aconteceram com a incorporação de novos instrumentos e ritmos,


o que você acha dessas mudanças e qual a reação da comunidade da igreja, gostaram ou
não aceitaram de imediato?

Resp. Ao meu ver, a banda toca as músicas que a igreja já canta, cada um nasceu em uma
época diferente, não tem como a banda querer tocar as músicas mais recentes e esquecer as
antigas e vice-versa. A banda tem que ser atemporal, tem uns que vão gostar e outros que não
irão.

Como sabemos a BSJ passou de um simples grupo de acompanhamento dos hinos


congregacionais, desfiles, acompanhamento do coral entre outros para um grupo de
destaque tanto na igreja como na sociedade sergipana. Relate tal trajetória.

Resp. Entrei na escolinha aos 15 anos e como muitos também tinha o sonho de tocar em
banda militar, ao ser dispensado pelo exército pensei que este sonho não se realizaria. Foi
então que abriu o concurso para a PMSE, graças a Deus fui aprovado. Depois de formado
trabalhei na CSE (companhia de segurança escolar) e 9 meses depois estava lotado na banda
de música. 3 anos depois prestei concurso à 3ª sargento onde fui aprovado e hoje estou como
1º sargento aguardando a promoção a subtenente.

Diante dos fatos só tenho a agradecer primeiramente a Deus, ao irmão Oliveira, Eva minha
mãe que insistiu para que eu estudasse música e que fosse como meu primo que já servia ao
exército tocando na banda de música e que também foi aluno na mesma escolinha e com o
mesmo professor.
Em todo esse período que você faz parte da BSJ alguma vez existiu conflitos com bandas
de outras denominações ou até mesmo fora do meio evangélico?

Resp. Não que eu saiba.

ENTREVISTA A PEDRO PAULO MONTEIRO SILVA: SAXOFONISTA DA B


BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO EM 06/08/2016

O fato dos músicos da BSJ tocarem em outras bandas como PM, Exército e outras
instituições militares, foi prejudicial para ela, ou mostra sua eficácia no ensino de
música?

O fato de músicos oriundos da BSJ tocarem em outras instituições não tem sido prejudicial, uma vez
que, além de mostrar a eficácia do ensino da música, também enseja a adição de maior experiência e
incremento no desempenho de cada músico. Na verdade acaba sendo um somatório de experiências e
isto contribui para o crescimento em qualidade dos nossos músicos.

Com as mudanças que aconteceram com a incorporação de novos instrumentos e ritmos,


o que você acha dessas mudanças e qual a reação da comunidade da igreja, gostaram ou
não aceitaram de imediato?

A incorporação de novos instrumentos, ritmos bem como técnicas modernas têm contribuído muito
para o crescimento da qualidade musical da BSJ. É evidente que para pessoas conservadoras isso
deveria ser rechaçado. Mas no geral a reação do público tem sido de total aprovação. No geral foi um
processo paulatino e, de certa forma, não acabou causando tanto impacto o que permite afirmar que a
aceitação teria sido concomitante à proporção que novos elementos foram sendo incorporados.

Como sabemos a BSJ passou de um simples grupo de acompanhamento dos hinos


congregacionais, desfiles, acompanhamento do coral entre outros, para um grupo de
destaque tanto na igreja como na sociedade sergipana. Relate tal trajetória.

Esta trajetória se deu exatamente pelo fato de que juntamente com o que ocorreu e tem ocorrido como
o citado no quesito 1, houve o aumento de qualidade musical da BSJ. A chegada do maestro Edmael
contribuiu muito para este salto de qualidade. É fato de que com o incremento da qualidade musical
muitos músicos de primeira linha têm se juntado a BSJ. E isso evidentemente tem contribuído para
que a BSJ venha tendo destaque, tanto no meio evangélico, como na sociedade sergipana. A isso
adicionaria o fato de que a BSJ tem sido ao longo de seus 58 anos de existência um celeiro de grandes
músicos.

Em todo esse período que você faz parte da BSJ, alguma vez existiu conflitos com
bandas de outras denominações ou até mesmo fora do meio evangélico?

Estou na BJS desde o ano de 1982. Na verdade nunca presenciei o que poderia se configurar
necessariamente como conflito com outras bandas de músicas evangélicas, uma vez que não temos
tantas bandas de músicas evangélicas no estado. Da mesma forma tem acontecido fora do meio
evangélico; até porque são estilos e nichos extremamente distintos, além do fato de que temos
excelentes músicos o que destoaria algum tipo de argumento conflitivo.
ENTREVISTA AO PASTOR ROBERTO MORAIS – TRANSCRIÇÃO DO AUDIO –
ENTREVISTA REALIZADA EM 12/01/2016

Pr. Roberto Morais – Efraim entendo que a música ela sempre fez parte da liturgia, os
trabalhos rituais então das diversas instituições religiosas e a banda Sons de Júbilo ela chega
para dá um formato eu diria oficial, preparatório e nos ajudar nessa condução da música sacra
nas suas diversas vertentes, também eis a importância então desse trabalho da banda dentro
dos rituais que cabe em qualquer situação; aproveito até para falar da minha alegria em
perceber a banda Sons de Júbilo participando de diversas cerimônias, solenidades como
formatura, casamento; basta receber um convite seja também para trabalhos no âmbito civil é
nas solenidades civis a Banda se prepara o que não deixa nada a desejar, mais um motivo para
que ela possa existir.

Como um querendo apresentar um relato da sua história como um todo e como a vejo durante
toda essa trajetória diria que é sempre um processo de avanço, ou seja, não esquecendo a sua
essência o trabalho que desenvolve no mundo sacro mas também desenvolvendo uma ação de
preparação para os futuros músicos para dentro e fora da igreja porque não foram poucos os
que passaram por essa escola posso assim dizer que é a Banda Sons de Júbilo tem servido
também como uma escola não foram poucos que passaram por essa escola para se projetar pro
mundo da música e se apresentarem qualificados preparados para as diversas oportunidades
testes avaliações nas orquestras no mundo a fora desse Brasil e não é difícil também encontrar
nas muitas orquestras da nossa nação pessoas que passaram pela orquestra Sons de Júbilo, ou
seja, em suma não esqueceram sua essência que é na verdade mediatamente apresentar a Deus
louvor ajudar os trabalhos da igreja na condução do momento de louvor acompanhando
sempre e claro trazendo sempre uma nova roupagem sem esquecer sem padrões e funções
para qual foi fundada mas trazendo sempre uma novidade, ou seja, através de arranjos numa
roupagem uma música histórica uma música que já tenha seu reconhecimento universal a
orquestra Sons de Júbilo traz pra nós também esse grande presente e como sempre foi
defendido e aqui não posso fazer diferente a orquestra Sons de Júbilo nos orgulha porque a
todo instante ela se supera nas apresentações na maneira como conduz cada momento de
apresentação seja em qualquer tipo de cerimônia ela se supera na forma de preparar pessoas,
ou seja, a gente vê um leigo chegando hoje para poder absolver o ensino uma preparação e
logo – logo a pessoa se apresenta como um grande músico fruto desse trabalho que é
desenvolvido pela orquestra Sons de Júbilo.
ENTREVISTA A VERÔNICA: CABRAL DA SILVA – ESPOSA DO MAESTRO
EDMAEL TARAVES SANTOS EM 24/07/2016

Conheci o Edmael no ano de 1982, na época eu tinha 15 anos. Ele foi tocar na igreja que eu
congregava, numa peça de natal, a pedido de uma amiga em comum.

Mas, só começamos a namorar em 83, eu já com 16 anos. De novo, ele foi tocar a pedido
dessa nossa amiga. Como eu morava vizinho da igreja, quando terminou o culto ficamos
conversando e na hora de ir embora, ao se despedir ele me beijou na boca, no momento fiquei
surpresa, com medo q meus pais tivessem visto, mas depois queria muito corresponder aquele
beijo. No outro dia, que era um domingo fui para a igreja sede, aonde ele tocava na banda, nos
encontramos, e já voltamos para casa como namorados.

Em 84 noivamos, e no dia 30 de março de 1985 nos casamos na igreja sede de Maceió. Eu


com 18 anos e o Edmael com 24 anos.
ENTREVISTA ÁVILA: EX-MAESTRO DA BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO
EM 04/02/2016 - TRANSCRIÇÃO

Àvila - Quando eu cheguei na igreja, eu já sabia música. Não tinha muita prática ainda no
instrumento. Eu aprendi teoria e prática no clarinete foi com seu Walter, sargento Walter, ai
meu pai comprou um clarinete de madeira, mas era de 13 chaves e eu comecei estudar e
comecei a tocar. Ai passei a congregar aqui na sede que eu vim do 18, mas não tinha muito
contato com o pessoal da sede, na verdade existia uma certa rivalidade entre sede e
congregação. Ai, mas minha mãe percebendo que eu tava com umas amizades no mundo, ele
me trouxe pra igreja e me colocou nos Filhos de Sião, na época quem regia era a esposa do
irmão Oliveira a irmã Janete. Só que eu já tava com 14 anos e não podia mais era só pra
criança e eu tava na pré adolescência, mas minha mãe conversando com ela e ela vendo a
necessidade de me manter ocupado me deixou ficar, ai irmã Janete me aceitou e eu fui me
enturmado e passei a me interessar também pela banda de música e ai comecei a ter mais
teoria e prática com os mais antigos da banda na época Moises ajudava dando aula
ENTREVISTA A IZAIAS BARBOSA BISPO: TUBISTA DA BANDA DE MÚSICA
SONS DE JÚBILO EM 01/12/2010

QUAL A FINALIDADE DA BANDA DA IGREJA

É um departamento que serve assim de incentivo a vida do elemento. Que incentivo?


Incentivo esse que serve para o futuro do homem e da mulher, como temos muito que hoje
são músicos profissionais na vida militar no exercito, marinha, aeronáutica, PM tanto aqui em
Sergipe como em outros estados e são pessoas que aprenderam ali na nossa banda ali na igreja
com o nosso professor que era irmão Oliveira. Ele como militar, foi militar do exercito hoje
está na reserva. E ai tinha a escolinha de música que foi incentivo para muitos profissionais.

QUAL A IMPORTANCIA DA BANDA PARA A LITURGIA DA IGREJA?

Serve assim de incentivo, animação quando vai começar os trabalhos na igreja o culto, então
vem primeiro o louvor, a banda toca, então através da música e a letra da música então puxa
para que saia a mensagem do pregador ou vice e versa através da mensagens temos uma
música que vai influenciar na liturgia, na mensagem que o pregador passou para a igreja.

Como nós temos assim a banda toca e a música que apresentamos tem a letra muitas 90% tem
a letra e são acompanhados por uns elementos que cantam e nós tocamos. Como exemplo
hoje nós temos um cantos que é filho aqui da nossa igreja, o Paulo Figueiredo que é um
cantor Professional, então ele canta acompanhado pela nossa banda.

COMO SE DEU O PERÍODO DE TRANSIÇÃO DA BANDA?

Olha! O que era que acontecia a uns dez anos, era que o ritmo de nossa banda era um, hoje é
outro, porque isso devido a evolução do tempo. Naquela época nós tocávamos mais marcha
outros ritmos como valsa, ritos comuns. E hoje com a evolução do tempo com maestro mais
moderno, então ele ai mudou, todos os ritmos nós tocamos valsa, samba, bolero vários ritmos,
o que uma orquestra toca hoje nós tocamos apesar de agente não termos todos os instrumentos
de orquestra, mas o ritmo tudo nós temos para uma orquestra só faltamos mesmo os
instrumentos, alguns instrumentos nós faltamos. Foi a mudança assim que houve com a
evolução do tempo fez com que mudasse tudo.

FAÇA UM RELATO DE COMO ERAM OS DESFILES DO DIA DA BIBLIA E OS


DESFILES DE LANÇAMENTOS DE PEDRAS FUNDAMENTAL.
O desfile do dia da bíblia era um desfile normal como nos moldes atual, só que no desfile do
dia da bíblia era todo mundo em forma, coluna por dois ou três e agente saia desfilando rua
abaixo rua acima. Digamos aqui em Aracaju, agente saia ou da frente da igreja, ou da praça da
bandeira, ou do palácio, ou saia antigamente aquele colégio americano batista era ali na
avenida barão de maruim, e nos reuníamos ali todos os evangélicos e saiamos em desfile a
banda os pastores, todo mundo em forma. Com bandeira do Brasil, bandeira das igrejas tudo
saiamos para fazer a concentração em frente ao palácio ou praça da bandeira. Era assim,
mesma coisa nos interiores desfile também a banda saia tocando rua abaixo rua acima a banda
saia tocando.

E pedra fundamental a banda ia para o local e o pastor realizava o culto a banda tocava e
depois íamos embora.

EM QUAIS SITUAÇÕES A BANDA SE FAZIA PRESENTE

A banda estava presente aos domingos, em festas e em dias de batismo. Tocava no culto os
hinos congregacionais da harpa e em algumas oportunidades acompanhava o coral, no meio
do culto executava um dobrado ou marcha militar, que depois passou a ser tocado somente
nos desfiles. Também tínhamos o costume de tocar antes e depois dos cultos.
ANEXO III

QUESTIONARIOS
QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO 1958 A 2013.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
(X) Masculino
( ) Feminino
2. Idade: 40
3. Qual o seu nível de instrução?
Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( ) Superior Incompleto – área __________________________
( ) Superior Completo – área ___________________________
( ) Especialização – área _______________________________
(X) Mestrado – área Música
( ) Doutorado – área __________________________________
( ) Outra. Especifique: ________________________________
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
(X) Na igreja evangélica
( ) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________
5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?
Obs. Coloque nos espaços correspondente a cada item, a instituição ou o nome do
(s) professor (es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
( ) Curso de Música na Igreja __________________________
( ) Escola de Música _________________________________
(X) Conservatório: vários professores
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
( ) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
(X) Graduação em Música – Clarineta UFRJ
(X) Especialização em Música – Mestrado em música UFRJ
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


(X) Sim
( ) Não
7. Onde você atua na área da música?
(X) Professor
( ) Banda de Música Militar. Especifique. ____________________
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
( ) Outro. Especifique. ____________________________________
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( ) Necessidade de trabalho
( ) Influência da família
( ) Influência dos amigos
(X) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique _______________________________________
9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de
música ou banda de música?
( ) Não
(X) Sim. Especifique. Diversos cursos e encontros na área de instrumento, música de
câmara e música contemporânea.
10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
(X) Não
( ) Sim. Especifique. ________________________
11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?
( ) Banda de música comunitária
( ) Banda de música evangélica
( ) Banda de música escolar
( ) Banda de música militar
(X) Outros. Especifique. Instituto Lourival Fontes - Sergipe
12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
(X) Através de empréstimo de instrumento para estudo
(X) Permissão para estudar na sede da banda de música
( ) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
( ) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique. _________________________________
13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?
( ) Sim
(X) Não
14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
(X) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
( ) Mas de 7 anos
( ) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
banda
15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?
( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos

( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros

musicais
(X) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

(X) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical

( ) Outros. Especifique. __________________________________

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida profissional?
( ) A oportunidade de conseguir um emprego na área musical
( ) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
(X) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
( ) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
(X) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
( ) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
(X) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
(X) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. ____________________________________

MUITO OBRIGADO POR RESPONDER E DEVOLVER ESTE QUESTIONÁRIO!


QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO E PEDAGÓGICO ENTRE 1958 A 2016.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
(X) Masculino
( ) Feminino
2. Idade: 47 anos
3. Qual o seu nível de instrução?
Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( ) Superior Incompleto – área __________________________
( ) Superior Completo – área ___________________________
( ) Especialização – área _______________________________
( ) Mestrado – área ___________________________________
( ) Doutorado – área __________________________________
(X) Outra. Especifique: Ensino médio incompleto
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
(X) Na igreja evangélica
( ) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________
5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?
Obs. Coloque nos espaços correspondente a cada item, a instituição ou o nome
do(s) professor(es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
(X) Curso de Música na Igreja __________________________
( ) Escola de Música _________________________________
( ) Conservatório ____________________________________
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
(X) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
( ) Graduação em Música ______________________________
( ) Especialização em Música ___________________________
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


(X) Sim
( ) Não
7. Onde você atua na área da música?
( ) Professor
(X) Banda de Música Militar. Especifique. Banda de Música do Exército
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
( ) Outro. Especifique. ____________________________________
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( ) Necessidade de trabalho
(X) Influência da família
( ) Influência dos amigos
( ) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique _______________________________________
9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de
música ou banda de música?
( ) Não
(X) Sim. Especifique. Festivais e encontro de bandas de música
10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
(X) Não
( ) Sim. Especifique. ________________________
11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?
( ) Banda de música comunitária
( ) Banda de música evangélica
( ) Banda de música escolar
(X) Banda de música militar
( ) Outros. Especifique. ________________________
12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
(X) Através de empréstimo de instrumento para estudo
(X) Permissão para estudar na sede da banda de música
(X) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
(X) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique. _________________________________
13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?
(X) Sim
( ) Não
14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
( ) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
( ) Mas de 7 anos
(X) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
banda
15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?
( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos

( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros


musicais

( ) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

(X) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical

( ) Outros. Especifique. __________________________________

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida profissional?
(X) A oportunidade de conseguir um emprego na área musical
(X) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
(X) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
( ) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
( ) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
( ) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
(X) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
( ) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. ____________________________________

MUITO OBRIGADO POR RESPONDER E DEVOLVER ESTE QUESTIONÁRIO!


QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO E PEDAGÓGICO ENTRE 1958 A 2013.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
(X) Masculino
( ) Feminino
2. Idade: 48
3. Qual o seu nível de instrução?
Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( ) Superior Incompleto – área __________________________
(X) Superior Completo – área administração
( ) Especialização – área _______________________________
( ) Mestrado – área ___________________________________
( ) Doutorado – área __________________________________
( ) Outra. Especifique: ________________________________
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
( ) Na igreja evangélica
(X) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________
5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?
Obs. Coloque nos espaços correspodente a cada item, a instituição ou o nome
do(s) professor(es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
( ) Curso de Música na Igreja __________________________
( ) Escola de Música _________________________________
(X) Conservatório 3 anos em orgão
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
( ) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
( ) Graduação em Música ______________________________
( ) Especialização em Música ___________________________
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


( ) Sim
(X) Não
7. Onde você atua na área da música?
( ) Professor
( ) Banda de Música Militar. Especifique. ____________________
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
(X) Outro. Especifique. Na igreja
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( ) Necessidade de trabalho
( ) Influência da família
( ) Influência dos amigos
(X) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique _______________________________________
9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de
música ou banda de música?
( ) Não
(X) Sim. Especifique. Regência para banda e coral
10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
( ) Não
(X) Sim. Especifique. Administrador de empresa
11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?
( ) Banda de música comunitária
(X) Banda de música evangélica
( ) Banda de música escolar
( ) Banda de música militar
( ) Outros. Especifique. ________________________
12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
(X) Através de empréstimo de instrumento para estudo
( ) Permissão para estudar na sede da banda de música
( ) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
( ) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique. _________________________________
13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?
( ) Sim
(X) Não
14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
( ) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
(X) Mas de 7 anos
( ) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
banda
15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?
( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos

( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros


musicais

( ) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

( ) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical

( ) Outros. Especifique. __________________________________

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida profissional?
( ) A oportunidade de conseguir um emprego na área muical
( ) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
(X) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
(X) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
( ) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
(X) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
( ) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
( ) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. ____________________________________

MUITO OBRIGADO POR RESPONDER E DEVOLVER ESTE QUESTIONÁRIO!


QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO E PEDAGÓGICO ENTRE 1958 A 2016.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
( X ) Masculino
( ) Feminino

2. Idade: _41_

3. Qual o seu nível de instrução?


Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( X ) Superior Incompleto – área: _MÚSICA_
( ) Superior Completo – área ___________________________
( ) Especialização – área _______________________________
( ) Mestrado – área ___________________________________
( ) Doutorado – área __________________________________
( ) Outra. Especifique: ________________________________
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
( X ) Na igreja evangélica
( ) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________

5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?


Obs. Coloque nos espaços correspondente a cada item, a instituição ou o nome
do(s) professor(es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
( X ) Curso de Música na Igreja __________________________
( ) Escola de Música _________________________________
( ) Conservatório ____________________________________
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
( ) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
( ) Graduação em Música ______________________________
( ) Especialização em Música ___________________________
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


( X ) Sim
( ) Não

7. Onde você atua na área da música?


( ) Professor
( X ) Banda de Música Militar. Especifique: _Força Aérea_
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
( ) Outro. Especifique. ____________________________________
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( X ) Necessidade de trabalho
( ) Influência da família
( X ) Influência dos amigos
( ) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique: _A necessidade de um trabalho. Bem como, a influência
de colegas que já eram de Bandas de Militares._

9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de


música ou banda de música?
( ) Não
( X ) Sim. Especifique. _Já participei do CIVEBRA._

10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
( X ) Não
( ) Sim. Especifique. ________________________

11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?


( ) Banda de música comunitária
( X ) Banda de música evangélica
( ) Banda de música escolar
( X ) Banda de música militar
( ) Outros. Especifique: _A própria Banda da Igreja e as bandas Militares,
quando íamos assistir aos desfiles de 07 de Setembro._

12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
( X ) Através de empréstimo de instrumento para estudo
( X ) Permissão para estudar na sede da banda de música
( ) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
( ) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique: _O Maestro e professor na época, disponibilizava o
espaço físico da Sala de Ensaio e consequentemente, o instrumento._

13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?


( ) Sim
( X ) Não

14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
( ) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
( X ) Mas de 7 anos
( ) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
Banda.

15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?


( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos

( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros

musicais

( X ) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

( ) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical

( ) Outros. Especifique: _Todo os alunos na época eram todos meninos simples e


estavam todos no “mesmo nível” de conhecimento e basicamente as mesmas idades.
Uns mais e outros menos.

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida profissional?
( ) A oportunidade de conseguir um emprego na área musical
( ) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
( ) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
( X ) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
( X ) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
( X ) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
( X ) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
( ) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. _Com certeza, que em grupo você tem a obrigação de
tocar juntos com todos. Sem falar na percepção de afinação que o grupo te
proporcionar, respeitando as dinâmicas e peculiaridades de cada instrumento e
instrumentista.

MUITO OBRIGADO POR RESPONDER E DEVOLVER ESTE QUESTIONÁRIO!


QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO E PEDAGÓGICO ENTRE 1958 A 2013.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
(X ) Masculino
( ) Feminino
2. Idade: 63
3. Qual o seu nível de instrução?
Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( X ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( ) Superior Incompleto – área __________________________
( ) Superior Completo – área ___________________________
( ) Especialização – área _______________________________
( ) Mestrado – área ___________________________________
( ) Doutorado – área __________________________________
( ) Outra. Especifique: ________________________________
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
( X ) Na igreja evangélica
( ) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________
5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?
Obs. Coloque nos espaços correspondente a cada item, a instituição ou o nome
do(s) professor(es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
( X ) Curso de Música na Igreja: Prof. Manoel Oliveira de Menezes
( ) Escola de Música _________________________________
( ) Conservatório ____________________________________
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
( ) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
( ) Graduação em Música ______________________________
( ) Especialização em Música ___________________________
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


( ) Sim
( x ) Não
7. Onde você atua na área da música?
( ) Professor
( ) Banda de Música Militar. Especifique. ____________________
( X ) Banda de Música Evangélica. Banda Sons de Júbilo
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
( ) Outro. Especifique. ____________________________________
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( X ) Não exerce.
( ) Necessidade de trabalho
( ) Influência da família
( ) Influência dos amigos
( ) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique _______________________________________
9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de
música ou banda de música?
(X ) Não
( ) Sim. Especifique. ________________________
10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
( ) Não
( X ) Sim. Especifique. Empresário
11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?
( ) Banda de música comunitária
( ) Banda de música evangélica
( ) Banda de música escolar
( ) Banda de música militar
( ) Outros. Especifique. ________________________
12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
(X ) Através de empréstimo de instrumento para estudo
( ) Permissão para estudar na sede da banda de música
( ) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
( ) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique. _________________________________
13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?
(X ) Sim
( ) Não
14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
( ) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
( ) Mas de 7 anos
(X) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
banda
15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?
( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos
( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros

musicais

( ) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

( ) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical

( ) Outros. Especifique. __________________________________

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida?
( ) A oportunidade de conseguir um emprego na área musical
( ) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
( X ) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
( ) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
(X ) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
( ) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
( ) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
( ) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. ____________________________________

MUITO OBRIGADO POR RESPONDER E DEVOLVER ESTE QUESTIONÁRIO!

QUESTIONÁRIO
BANDA DE MÚSICA SONS DE JÚBILO DA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM
SERGIPE: UM APANHAR HISTÓRICO E PEDAGÓGICO ENTRE 1958 A 2013.

QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS MUSICOS

Importante!

A forma de resposta consiste em assinalar com um (x) quantas alternativas forem


pertinentes e/ou preencher espaços (__) com letras de forma.

1. Sexo:
( x ) Masculino
( ) Feminino
2. Idade: 45
3. Qual o seu nível de instrução?
Obs. Assinale o nível mais alto e identifique a área de sua formação:
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Técnico – área ____________________________________
( x ) Superior Incompleto – área Bacharelado em trombone
( ) Superior Completo – área ___________________________
( ) Especialização – área _______________________________
( ) Mestrado – área ___________________________________
( ) Doutorado – área __________________________________
( ) Outra. Especifique: ________________________________
4. Como se deu seu 1º (primeiro) contato com a música?
( ) Através da influência familiar
( ) Na banda de música da sua comunidade
( ) Na igreja evangélica
( x ) Na escola onde você estudou
( ) Outra. Especifique ____________________________________
5. Qual ou quais foram os tipos de formação musical que você teve?
Obs. Coloque nos espaços correspondente a cada item, a instituição ou o nome
do(s) professor(es).
( ) Autodidata
( ) Aula Particular (prof.) _____________________________
( ) Curso de Música na Igreja __________________________
( x ) Escola de Música _________________________________
( ) Conservatório ____________________________________
( ) Curso de Extensão Universitário _____________________
( ) Curso Livre de Música _____________________________
( ) Técnico em Música ________________________________
( x ) Graduação em Música ______________________________
( ) Especialização em Música ___________________________
( ) Doutorado em Música ______________________________

6. Você trabalha como músico profissional?


(x ) Sim
( ) Não
7. Onde você atua na área da música?
( ) Professor
( x ) Banda de Música Militar. Especifique. Músico do Exército Brasileiro
( ) Orquestra Sinfônica. Especifique. ________________________
( ) Banda de Palco. Especifique. ____________________________
( ) Outro. Especifique. ____________________________________
8. Quais razões ou motivações levaram você a escolher a profissão de músico?
( ) Necessidade de trabalho
( ) Influência da família
( ) Influência dos amigos
( x ) Desejo pessoal
( ) Outros. Especifique _______________________________________
9. Você participa de cursos, oficinas, seminários ou outros encontros na área de
música ou banda de música?
( ) Não
( x ) Sim. Especifique. Festivais
10. Você exerce outra atividade profissional que não seja na área musical?
( x ) Não
( ) Sim. Especifique. ________________________
11. Qual banda de música influenciou a sua formação profissional?
( ) Banda de música comunitária
( ) Banda de música evangélica
( x ) Banda de música escolar
( x ) Banda de música militar
( ) Outros. Especifique. ________________________
12. Sua banda de música ofereceu-lhe estrutura para sua formação profissional?
( x ) Através de empréstimo de instrumento para estudo
( x ) Permissão para estudar na sede da banda de música
( ) Existência de professores para orientar o ensino da técnica instrumental
( ) Acesso às partituras para estudo
( ) Outros. Especifique. _________________________________
13. Você ainda toca na banda de música em que aprendeu a tocar?
( ) Sim
( x ) Não
14. Quanto tempo você tocou na banda de música em que aprendeu antes de
ingressar na vida profissional?
( ) De 1 a 2 anos
( ) Entre 3 a 4 anos
( ) Entre 4 a 6 anos
( x ) Mas de 7 anos
( ) Permanece até hoje participando dos ensaios e apresentações de sua primeira
banda
15. Qual o fator que mais contribuiu na sua formação profissional?
( ) A estrutura que sua banda de música ofereceu no início dos seus estudos

( ) A oportunidade de conhecer através da banda de música os variados gêneros

musicais

( ) O ambiente familiar e acolhedor proporcionado pela banda de música

( x ) O seu esforço individual para aprender um instrumento musical


( ) Outros. Especifique. __________________________________

16. De todos os aprendizados que a banda de música lhe proporcionou o que mais
valoriza em sua vida profissional?
( x ) A oportunidade de conseguir um emprego na área musical
( ) A oportunidade de ter acesso ao repertório musical variado
( ) As práticas de conjunto e a experiência musical obtida na banda de música
( x ) A disciplina e a cordialidade de um ambiente alegre, descontraído e
responsável de uma banda de música
( ) Outros. Especifique. _________________________________________
17. Que benefício, a prática de estudo e conjunto, promovido pelas bandas, trouxe
para sua educação musical?
( x ) Estimular o estudo coletivo para melhoria do grupo
( x ) Apurar a afinação e a necessidade de ouvir os outros instrumentos
(x ) Assimilar a técnica de tocar em conjunto e respeitar as dinâmicas e
articulações
( ) Adquirir independência musical integrada ao trabalho de grupo
( ) Outros. Especifique. ____________________________________

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ANEXO IV

CARTAS E BIOGRAFIAS
Ata de Inauguração do salão da banda em 1966
Anotações pessoais do maestro Oliveira pagina 1
Anotações pessoais do maestro Oliveira pagina 2
Carta do Pastor Euclides 1983 pagina 1
Carta do Pastor Euclides 1983 pagina 2
ANEXO V

FOTOGRAFIAS DIVERSAS
01/01/1962

Bodas de Prata 07/07/1983


Alvorada do Jubileu de Prata 07/07/1983

Desfile do Dia da Bíblia


Inauguração do prédio anexo ao templo

Inauguração do Templo da Igreja Adventista


Inauguração do Templo de Areia Branca

Pedra Fundamental do templo de Maruim


Primeiros anos da banda

Desfile
Bodas de Ouro do Coral Vozes de Júbilo
Alvorada do aniversário de 55 anos em 2013
Apresentação na igreja Congregacional em 2015

100 anos da igreja Assembléia de Deus no estado de Sergipe em 2011

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