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Escola Politécnica
Universidade Federal da Bahia
Tecnologia da Construção Civil
AULA 6
ALVENARIA ESTRUTURAL:
PROJETO E
RACIONALIZAÇÃO
Prof. Dr. Luiz Sérgio Franco
O QUE É ALVENARIA
ESTRUTURAL?
ALVENARIA ESTRUTURAL:
Processo Construtivo que se
caracteriza pelo uso de paredes
como principal estrutura suporte
do edifício, dimensionada através
de CÁLCULO RACIONAL
O QUE É ALVENARIA
ESTRUTURAL?
O QUE É ALVENARIA
ESTRUTURAL?
Conceituação:
Processo Construtivo de SEGURANÇA
DETERMINADA
Com grande POTENCIAL DE
RACIONALIZAÇÃO
Simplicidade de ORGANIZAÇÃO e
execução do Processo
Histórico
Principal material de construção até o
início do século XX
Vários exemplos na história da
humanidade
CATEDRAIS
Histórico
São projetadas empiricamente
Técnicas passadas de geração para geração
Avanços com base na experiência anterior
Isto ocorre até os dias atuais
Histórico
Exemplo mais marcante é o Monadnock
Building
Construído em Chicago entre 1889 e 1891
com 16 andares, 65 m de altura
paredes de 1,80 m de espessura no térreo
Histórico
1951 Marco inicial da “MODERNA
ALVENARIA ESTRUTURAL”
Paul Haller com base em ensaios e
pesquisas na Universidade, projeta e constrói
na Basiléia (Suiça) um edifício em alvenaria
simples (não armada)
13 andares e 41,4 m de altura,
paredes de 0,375 m de espessura
evidencia as vantagens da construção em
alvenaria
Histórico
A partir dos anos 60 ocorre a
disseminação da alvenaria estrutural:
Intensificação das pesquisas na área;
criação de teorias fundamentadas em
extensas bases experimentais
Esforços de Engenheiros e projetistas em
grandes realizações em alvanaria
Progressos na fabricação de materiais
Progressos nas técnicas de execução
Pesquisas
Pesquisas
Ensaio de paredes submetidas à ações horizontais com
vários níveis de pré-compressão, simulando o desempenho
das paredes em diferentes andares de um edifício.
B P Sinha
A W Hendry
Março - 1976
Histórico
1967 – 1o. IBMAC (International Brick
Masonry Conference)
Reconhecida como de dimensionamento
racional e preciso
Hoje nos EUA e na Europa são
construídos edifícios de 12 a 22 pav.
Se o Monasnock fosse erguido hoje ele
possuiria paredes de 30 cm na sua base
Histórico – no Brasil
1966 – foi introduzida a Alvenaria Estrutural
“Central Parque da Lapa”
edifícios de 4 pavimentos
em 72 foram construídos 4 edifícios de 12 pav.
INÍCIO DOS ANOS 70
Fabricação dos blocos sílico-calcários
Utilização da alvenaria não armada
edifício de 13 pavimentos em Alphaville
Histórico – no Brasil
Fabricação de blocos cerâmicos
No início dos anos 80 a alvenaria estrutural é
disseminada com a construção dos
conjuntos Habitacionais
Reconhecida como processo construtivo
bastante eficiente e racional
existe ainda uma grande lacuna, principalmente
na técnica de construção
Patologias são comuns
É tida como processo para “baixa renda”
Histórico – no Brasil
Início dos anos 90
Esforço de normalização
Início do desenvolvimento tecnológico no país
Na EPUSP
EPUSP/TEBAS
EPUSP/ENCOL
Histórico
Disseminação na produção de edifícios de
padrão médio
Alvenaria Armada até 24 pavimentos
Alvenaria Não Armada até 13 pavimentos
Outros usos
Muros de arrimo
Caixas d’água
Alvenaria protendida
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Técnica executiva simplificada
Facilidade de treinamento da mão-de-obra
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Técnica executiva simplificada
Facilidade de treinamento da mão-de-obra
Menor diversidade de materiais e mão-de-
obra
MENOR DIVERSIDADE
DE MATERIAIS E MÃO-
DE-OBRA
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Técnica executiva simplificada
Facilidade de treinamento da mão-de-obra
Menor diversidade de materiais e mão-de-
obra
Facilidade de controle
FACILIDADE DE CONTROLE
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Técnica executiva simplificada
Facilidade de treinamento da mão-de-obra
Menor diversidade de materiais e mão-de-
obra
Facilidade de controle
Eliminação de interferências
ELIMINAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS
ELIMINAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS
ELIMINAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS
ELIMINAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Técnica executiva simplificada
Facilidade de treinamento da mão-de-obra
Menor diversidade de materiais e mão-de-
obra
Facilidade de controle
Eliminação de interferências
Facilidade de integração com os outros
subsistemas
FACILIDADE DE
INTEGRAÇÃO COM OS
OUTROS SUBSISTEMAS
FACILIDADE DE
INTEGRAÇÃO COM OS
OUTROS SUBSISTEMAS
FACILIDADE DE
INTEGRAÇÃO COM OS
OUTROS SUBSISTEMAS
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Excelente Flexibilidade e Versatilidade
Excelente
Flexibilidade
FLEXIBILIDADE E
VERSATILIDADE
EXCELENTE
FLEXIBILIDADE E
VERSATILIDADE
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Excelente Flexibilidade e Versatilidade
Flexibilidade no planejamentos de
execução das obras
FLEXIBILIDADE NO PLANEJAMENTOS DE
EXECUÇÃO DAS OBRAS
FLEXIBILIDADE NO PLANEJAMENTOS DE
EXECUÇÃO DAS OBRAS
FLEXIBILIDADE NO PLANEJAMENTOS DE
EXECUÇÃO DAS OBRAS
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Excelente Flexibilidade e Versatilidade
Flexibilidade no planejamentos de
execução das obras
Facilidade de organização do Processo de
Produção
FACILIDADE DE
ORGANIZAÇÃO
DO PROCESSO
DE PRODUÇÃO
FACILIDADE DE ORGANIZAÇÃO DO
PROCESSO DE PRODUÇÃO
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
Excelente Flexibilidade e Versatilidade
Flexibilidade no planejamentos de
execução das obras
Facilidade de organização do Processo de
Produção
Possibilidade de diferentes níveis de
mecanização
Principais Vantagens da
Alvenaria Estrutural
GRANDE POTENCIAL
DE REDUÇÃO DE
CUSTOS
Desvantagens da Alvenaria
Estrutural
Desvantagens da Alvenaria
Estrutural
A CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
CONDICIONA A ARQUITETURA;
RESTRINGE A POSSIBILIDADE DE
MUDANÇAS;
Desvantagens da Alvenaria
Estrutural
Para se conseguir as vantagens é
necessário que se encare de forma
sistêmica:
PROJETO bem estudado e elaborado;
MATERIAIS com qualidade assegurada;
Mão-de-obra TREINADA e supervisionada;
Obra organizada e PLANEJADA.
HABITAÇÃO DE
PADRÃO MÉDIO
HABITAÇÃO DE
PADRÃO MÉDIO
HABITAÇÃO DE
PADRÃO MÉDIO
HABITAÇÃO DE ALTO
PADRÃO
HABITAÇÃO DE ALTO
PADRÃO
HABITAÇÃO DE ALTO
PADRÃO
MUROS DE ARRIMO
MUROS DE ARRIMO
CAIXAS D´ÁGUA
EDIFÍCIOS
COMERCIAIS
Tecnologias
Racionalizadas
Controle
do recursos
processo humanos
aquisição
suprimentos de
tecnologia
projeto
Barros (1996),
É
FUNDA-
MENTAL
GESTÃO DO
PROCESSO DE
PROJETO
EXEMPLO - Edifício de 15
Pavimentos
Necessidade muito grande de integração
entre as diversas disciplinas
estrutura x arquitetura x instalações x
paisagismo x fundações
Terreno muito acidentado
Necessidade de redução de custo e
racionalização do trabalho
Concepção estrutural
integrada
DY 1 D Y2 DY 3 D Y4 D Y5 D Y6
C Y1 C Y2
C Y3 C Y5
C Y4 CY 6
CX 1
DX 1
C X2
A X2 BX 2 DX 2
PX
C X3
DX 3
A X3 BX 3
PAREDES COMO
CONTRAVENTAMENTO DO EDIFÍCIO
EXEMPLO - Edifício de 15
Pavimentos
Solução foi integrada desde o início
Prazo bastante longo para
desenvolvimento dos projetos
Resultado bastante interessante em
termos de custos de produção
CONSTRUTIBILIDADE
especialistas experiência
dos produtos
na execução
APLICAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO
AOS DIVERSOS SUBSISTEMAS
COORDENAÇÃO
DIMENSIONAL
É O PRINCÍPIO BÁSICO DA
INDUSTRIALIZAÇÃO
COORDENAÇÃO
MODULAR
“Técnica que permite relacionar
as medidas de projeto com as
demais medidas modulares,
por meio de um reticulado
espacial de referência”
“MÓDULO”
Uso de base de comprimento ou volume
como referência de dimensão;
Uso de fator numérico que determina uma
série de relações, proporcionais à base
Dimensão = n.M
MÓDULO
FATOR NUMÉRICO
INTEIRO
“MÓDULO”
CRIA A REGRA A PARTIR DA
QUAL É POSSÍVEL COORDENAR
OS COMPONENTES
NA ALVENARIA
ESTRUTURAL:
NA ALVENARIA
ESTRUTURAL:
NA ALVENARIA
ESTRUTURAL:
NA ALVENARIA
ESTRUTURAL:
NA ALVENARIA
ESTRUTURAL:
ASSENTAMENTO AJUSTE
CONDIÇÃO PARA A
COORDENAÇÃO MODULAR
NA ALVENARIA ESTRUTURAL
CONDIÇÃO PARA A
COORDENAÇÃO MODULAR:
CONDIÇÃO
PARA A
COORDENAÇÃO
MODULAR
CONDIÇÃO
PARA A
COORDENAÇÃO
MODULAR
APLICAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO
AOS DIVERSOS SUBSISTEMAS
Shafts em alvenaria
Shafts visitáveis
Paredes hidráulicas
Passagens por forro falso
Shafts horizontais
Enchimentos / Carenagens
Vazados dos blocos
Shaft Visitável
Embutimento no forro
Shaft horizontal
Carenagem
Caixinhas pré-
pré-embutidas
Batentes envolventes
Verga Pré-
Pré-moldada
Verga Pré-
Pré-moldada
Contramarco de Arg
Arg.. Armada
Revestimentos
Laje acabada
Laje Acabada
Escadas
Moldada no local
Pré-moldado pesado
Pré--moldado pesado
Pré
Pré--moldado pesado
Pré
Pré--moldada pesado
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (jacaré)
Pré
Pré--moldada (patamar)
Pré
Pré--laje
Pré
168
LAJE PRÉ-MOLDADA
SISTEMA CONSTRUTIVO
LAJE PRÉ-MOLDADA
SISTEMA CONSTRUTIVO
LAJE PRÉ-MOLDADA
Pré--moldado pesado
Pré
172
Pré--moldado pesado
Pré
173
Pré--moldado pesado
Pré
174
Pré--moldado pesado
Pré
175
CUSTOS COMPARATIVOS
CUSTOS
ESSES NÚMEROS SÃO MUITO
RESTRITOS POR QUEM OS TEM
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
TIPO 1 TIPO 2
12 x 5 x 3 = 180 m2 18 x 5 x 3 = 270 m2
fachada/ pav fachada/ pav
50% a mais
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
TIPO 1 TIPO 2
24 x 5 x 3 = 360 m2 27 x 5 x 3 = 405 m2
alvenaria pav fachada/ pav
13% a mais
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
TIPO 1 TIPO 2
16 pontos de 19 pontos de
fundação fundação
19% a mais
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
TIPO 1 TIPO 2
24 x 5 = 120 ml de 27 x 5 = 135 ml de
baldrame viga baldrame
13% a mais
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
COMPONENTES DO EDIFÍCIO
QUANTIDADES DE PAREDES/LAJES
INSTALAÇÕES
FUNDAÇÃO
COBERTURA, ETC.
ÍNDICE DE COMPACIDADE
PÉ-DIREITO
NÚMERO DE PAVIMENTOS
CUSTOS (1)
(com base em orçamento)
1 SUBSOLO (315,60 m2)
1 TÉRREO (205,89 m2)
4 TIPOS (236,90 m2)
1 COBERTURA DUPLEX (236,90+156,24 m2)
CASA DE MÁQUINAS (30,11 m2)
TOTAL: 1892,34 m2
CUSTOS (1)
ALVENARIA ESTRUTURAL:
CUSTO (R$)
ETAPAS % ACUM.
1o. Sem/03
ACABAMENTOS R$240.388,64 26% 26%
ESTRUTURA R$236.468,96 26% 52%
INDIRETOS R$104.380,00 11% 63%
FECHAMENTOS R$72.492,74 8% 71%
HIDRÁULICA R$100.000,00 11% 82%
FUNDAÇÕES R$67.423,38 7% 89%
ELÉTRICA R$60.000,00 7% 96%
ELEVADORES R$36.750,00 4% 100%
TOTAL R$917.903,72
CUSTOS (1)
ALVENARIA ESTRUTURAL:
ACABAMENTOS
7% 4%
7% 26% ESTRUTURA
INDIRETOS
11%
FECHAMENTOS
HIDRÁULICA
FUNDAÇÕES
8%
26% ELÉTRICA
11%
ELEVADORES
CUSTOS (1)
ESTRUTURA CONVENCIONAL:
CUSTO (R$)
ETAPAS % ACUM.
1o. Sem/03
ACABAM ENTOS R$267.648,44 26% 26%
ESTRUTURA R$221.226,04 22% 48%
INDIRETOS R$139.120,00 14% 62%
FECHAMENTOS R$111.666,20 11% 73%
HIDRÁULICA R$100.000,00 10% 83%
FUNDAÇÕES R$78.815,16 8% 90%
ELÉTRICA R$60.000,00 6% 96%
ELEVADORES R$36.750,00 4% 100%
TOTAL R$1.015.225,84
CUSTOS (1)
ESTRUTURA CONVENCIONAL:
ACABAMENTOS
6% 4%
8% 26% ESTRUTURA
INDIRETOS
10%
FECHAMENTOS
HIDRÁULICA
11% FUNDAÇÕES
22% ELÉTRICA
14%
ELEVADORES
CUSTOS (1)
DIFERENÇAS
CUSTOS (2)
Estudo comparativo baseado em trabalho
acadêmico da Univ. Federal de Santa Maria
(RS);
• CASE : análise de edifício de 9 pavimentos tipo, 4
aptos por andar (348 m2 de laje) com a comparação
entre as seguintes etapas :
•Estrutura;
•Vedações;
•Revestimento interno e externo;
•Estas etapas, representam custo médio
aproximado de 50% da edificação
CUSTOS (2)
CUSTOS (2)
CUSTOS (2)
Custos relativos R$ AE R$ CA % AE % CA
Concreto R$ 46,92 R$ 106,84 20,09% 45,76%
Alvenaria R$ 72,96 R$ 69,03 31,25% 29,56%
Revestimento R$ 57,62 R$ 57,62 24,68% 24,68%
TOTAL R$ 177,50 R$ 233,49 76,02% 100,00%
CUSTOS (3)
Construtora Maspar (Revista Construção Mercado n.
26 – setembro de 2003)
Alvenaria estrutural X Estrutura convencional de
concreto com fechamento de blocos
Edifício Residencial Grã-Bretanha
• 02 Subsolos de garagem
• 15 pavimentos-tipo
• 04 unidades por andar: total de 60 unidades
• Área construída total: 7.598,77 m2
• Início: Janeiro de 1998
• Término: Dezembro de 2003
CUSTOS (3)
Considerando que a estrutura e o fechamento representam 30%
do custo total dessa obra, temos: