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Código de Processo Civil - comentarios-aos-arts-282-a-296-do-cpc

Comentários aos arts. 282 a 296 do CPC


Artigos
Escrito por _____
Sáb, 24 de Novembro de 2007 00:00
Adriane Brasil Blanco
Bianca da Rocha Dalla Vedova
Carla Bonetti de Andrade
Daniela Wendt Toniazzo
Diego Llopart Castro

Contribuição da Academia Brasileira de Direito Processual Civil


DA PETIÇÃO INICIAL

Introdução
Preliminarmente, impõe-se afirmar que a petição inicial, em todo em qualquer processo, é uma declaração de
vontadefundamentada através da qual alguém se reporta ao Estado - figurado na pessoa do juiz - ,a fim de que este
exerça a função estatal da prestação jurisdicional. Tal declaração tem por finalidade a afirmação do direito objetivo trazido
ao conhecimento do juiz competente, dando azo à formação da relação jurídica processual.
A demanda introdutiva, assim cognominada a petição inicial por Liebman, é o ato introdutivo do processo, através da
provocação do juiz e da citação do réu, formando-se, então, a relação angular processual. No direito processual alemão,
aklage traduz-se no ato de iniciação de todo o processo ou como o requerimento com que o demandante pede a tutela
jurisdicional ao juiz.[1]
Historicamente, no regime das Ordenações Filipinas, a finalidade da petição inicial era simplesmente de iniciar o
movimento do processo, sem que se exigisse demasiados requisitos. Mas, no Código de Direito Canônico de 1983, já havia
disposição que vedava a manifestação do juiz sem que fosse formatada na petição.[2] Era, também, por muitos,
denominada libelo.
O saudoso mestre Pontes de Miranda leciona que a petição inicial é instrumento de que o autor da ação utiliza-se para que
o Estado preste, efetivamente, a tutela jurisdicional – através da sentença - , como dever seu, já que, “quase em absoluto,
retirou a defesa de mão-própria.”[3]
Fundamentalmente, é através da peça exordial que restam traçados os limites da atividade do juiz, naquele processo. Isto
ocorre porque a petição inicial, na expressão do referido jurista alagoano, “determina o conteúdo da resolução judicial”. É
o princípio da congruência dos pedidos dispostos na peça inaugural do processo com o teor da futura sentença, figurando
petição inicial e sentença como dois extremos da via processual, concluindo uma das fases do processo.[4]
Segundo este mandado, o autor é quem limita o pedido, na petição inicial. Não pode o juiz proferir sentença fora ( extra),
acima (ultra) ou abaixo do pedido (citra ou infra petita). Vícios desta natureza remontam à imprestabilidade
do decisum,caso não sanados no momento processual certo.
Outro princípio que norteia a matéria relativa à petição inicial é o do dispositivo – nemo iudex sine actore – ne precedat
iudex ex officio - , positivado pelos termos do art. 262, do Código de Processo Civil pátrio, que impede que o juiz proceda
de ofício ao direito a ser reclamado ou não pelo autor. Encaixa-se, assim, o interessado na posição de provocador da
atividade jurisdicional através do exercício de seu direito público subjetivo de ação.[5] Correlato a tal mandamento está o
princípio do inquisitório, segundo o qual compete ao juiz ter limitados poderes de iniciativa probatória, a fim de elucidar os
fatos postos pela parte como fundamento da demanda.[6]
Em razão de todos estes postulados e, em razão da petição inicial ser a “chave de abertura” do processo, a legislação
processual exige que sejam preenchidos certos requisitos inafastáveis para o regular andamento do processo. Estão eles
apontados no art. 282, do Código de Processo Civil brasileiro.
Nesse diapasão, Joel Dias Figueira Júnior ressalta a natureza publicista norteadora da petição inicial, tendo em conta que
não resta ao autor da demanda escolha em observar ou não alguns daqueles requisitos.[7] Trata-se, fundamentalmente,
de normas cogentes e de aplicabilidade imperativa pelo autor e pelo juiz.
Em razão do caráter público que se revestem as normas relativas à petição inicial, imprescindíveis à formação da relação
jurídico-processual, este instrumento foi elencado como pressuposto processual positivo de existência do processo. Através
dele, é possível o conhecimento do mérito e, conseqüentemente, a resolução da lide.
Nesse diapasão, pode-se sustentar que, se há falha inicial na relação jurídica processual, mediante a ausência de alguns
dos requisitos necessários à cognocibilidade da petição inicial, haverá a inexistência de um pressuposto processual de
existência e desenvolvimento regular do processo. Isso leva, necessariamente, à declaração judicial de inadmissibilidade da
demanda.
Acerca de eventual realidade processual desta natureza, deve o juiz analisá-la, aí sim, de ofício, pois está diante de
pressuposto processual, o qual, uma vez validamente presente, permite que o juiz enfrente o mérito da causa. Assim, a
petição inicial, instrumento deflagrador da atividade jurisdicional, deve ser concretizada de acordo com as exigências legais
previamente estabelecidas.
Portanto, por tratar-se de pressuposto processual de forma, a aptidão da petição inicial somente tem guarida quando o
autor articular os fatos e fundamentos de seu pedido harmônica e congruentemente, em obediência aos requisitos legais
do art. 282. do CPC. A regular formação da petição inicial outorga eficácia à relação jurídico-processual, sempre voltada à
obtenção da sentença de mérito, no desiderato de compor o conflito posto em juízo.
Assim, ao despachar a petição inicial, deve o juiz atentar-se à verificação compulsória da existência dos pressupostos de
admissibilidade do julgamento de mérito[8], preconizados inicialmente na peça vestibular, competindo-
lhe, se for o caso, indeferi-la.
Art. 282 - A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Este artigo traz os requisitos para que a petição inicial seja considerada apta, ou seja, que tenha aptidão de produzir
regularmente os efeitos que o autor almeja. São pressupostos para o desenvolvimento válido e regular do processo cuja
falta não sanada pode levar a extinção sem julgamento de mérito (art 267I ou IV e art 295 VI, do CPC). A petição inicial
deve ser necessariamente escrita em português (art 156).
O nome da ação é irrelevante, não podendo ser indeferida a petição apta com nomenclatura equivocada.[9]
A petição inicial determina o conteúdo da sentença que se pretende obter, respeitando o princípio dispositivo que impede o
juiz proceder de ofício no campo da jurisdição[10], contudo as matérias de ordem pública (ex: condição da ação,
pressupostos processuais, litispendência e coisa julgada) podem ser deduzidas de ofício.[11] Ela deve ser perfeitamente
entendível pelo demandado para que possa apresentar sua defesa.
Deve-se observar que, apesar dos requisitos da petição inicial estarem contidos no título VIII que trata do procedimento
ordinário, esses requisitos devem ser respeitados para os demais procedimentos, observando-se que em alguns casos o
procedimento pode exigir além desses requisitos outros específicos, como o que ocorre no procedimento sumário que,
além das exigências do art 282 do CPC, ainda devem ser observados aqueles do art 276 do CPC (apresentar junto à inicial
rol de testemunhas, apresentar quesitos de eventual perícia e a indicação de assistente técnico).
No inciso I, tem-se o requisito da competência, ou seja, deve se indicar o juiz ou tribunal ao qual a petição inicial é
dirigida. Trata-se do cabeçalho da petição inicial que deve ser dirigida ao Estado através do juiz e não ao réu. Convém
esclarecer, que não deve ser dirigida à pessoa física do juiz e sim ao órgão integrante do juízo.As regras gerais de
competência estão elencadas nos arts 86 a 100 do CPC. A indicação incorreta do juízo não acarreta indeferimento da
petição inicial. Se a incompetência for absoluta, anula-se os atos decisórios e remete-se ao juízo competente. Todavia, se a
incompetência for relativa, ela deve ser argüida pelas partes, de acordo com a súmula 33 do STJ [12] e o art 112 do CPC.
No inciso II, tem-se o requisito da individuação do autor e réu, ou seja, a descrição das partes processuais.A demonstração
do estado civil tem importância porque pode haver a necessidade do consentimento do outro cônjuge para que se
proponha a ação, como as ações que envolvam direitos reais, elencadas no art 10 do CPC[13] .Quanto ao nome e
prenomes, se o autor não souber como se chama ou precisar quem é, deverá promover a citação por edital com fulcro no
art 231 do CPC.
Quando se tratar de pessoa jurídica, deve ser comprovada sua existência jurídica assim como a idoneidade de sua
representação, provando a legitimidade do outorgante.[14] O simples equívoco quanto ao nome do réu suprido pela
citação da pessoa certa, que não nega aquela identidade não importa a falta de pressuposto do art 282 II.[15], assim
como erro na indicação do nome, residência, estado civil, seja do autor seja do réu, e não houver dúvida quanto à
legitimidade passiva ou ativa, não há falar-se em invalidade do feito[16].
Em relação ao réu incapaz, este também deve ser qualificado e a citação será feita na pessoa de seu representante que
também deverá ser indicada e devidamente qualificada. Em relação ao domicílio, é ele que muitas vezes fixa a
competência e também é relevante para a localização das partes, desnecessária a comprovação do endereço[17].
No inciso III, temos os fatos (causa de pedir próxima) e fundamentos jurídicos (causa de pedir remota- autorização e a
base que o ordenamento dá ao autor para postular sua pretensão[18]), ou seja, a causa de pedir, que é o objetivo a ser
perseguido com o ajuizamento da ação. O autor não precisa dizer o direito (iura novit curia), indicar o dispositivo legal,
porque o juiz conhece o direito e a qualificação jurídica deste direito é dever do magistrado[19], que inclusive pode
atribuir fungibilidade da forma do fundamento, aludindo outro texto de lei[20].
A narração dos fatos deve ser clara e precisa e, logo após essa narração, devem ser apresentados os fundamentos
jurídicos que dão suporte ao pedido do autor. O Brasil adota a teoria da substanciação, em que a causa de pedir é
representada pelo fato a suportar a pretensão do autor[21]. Durante o curso da lide o pedido e a causa de pedir são
imutáveis, porém pode-se incluir explícita ou implicitamente a causa superveniens.[22]
No inciso IV temos o pedido que é o bem da vida pretendido, elencados no art 286 a 294 do CPC. No entanto, alguns
pedidos, por disposição legal, não precisam ser postulados como juros, correção monetária e honorários advocatícios.[23]
No inciso V, tem-se o requisito do valor da causa que está elencado nos arts 258 a 260 do CPC, podendo estar previsto
também em legislação extravagante. A importância do valor da causa está na determinação do valor das custas
processuais e no tipo de procedimento que será seguido. Erros no valor da causa não trazem óbice ao recebimento da
petição inicial e poderão ser impugnados pelo réu, de acordo com o art 261 do CPC[24]. A falta do valor da causa pode
ser sanada a qualquer tempo[25].
O inciso VI dispõe que o autor deve demonstrar as provas que pretende produzir, com base no art 331 do CPC.
No inciso VII, tem-se o requisito do pedido de citação do réu. A citação traz a angularidade da relação processual (art
213). Para a citação o advogado deve apresentar uma cópia da petição inicial para cada réu a ser citado. Em relação à
citação de pessoa jurídica, assim como a do incapaz, a citação deve ser feita na pessoa de seu representante legal. Ainda
que não haja pedido expresso de citação ela poderá ocorrer sem qualquer óbice desde que o autor forneça os meios para
isso (o fornecimento do endereço, o pagamento das custas).[26]
Art. 283 - A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Este dispositivo traz para o autor o dever de anexar junto à petição inicial alguns documentos indispensáveis a propositura
da ação, como por exemplo: escritura registrada na ação reivindicatória, certidão de casamento na ação de divórcio,
contrato de aluguel para despejos, etc[27], isto não significa que o único momento para apresentar as provas é junto a
petição inicial.[28] Logo, deverá se verificar no caso concreto[29] quais documentos serão indispensáveis. Caso os
documentos indispensáveis estejam no poder do réu, poderá o autor postular sua entrega com base no art 355 a 363 do
CPC ou propor uma ação cautelar de exibição de documentos, de acordo com o art 844 a 845 do CPC. A falta de um
documento indispensável acarretará a emenda da petição inicial, sob pena de indeferimento[30].
Art. 284 - Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283,
ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que
o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único - Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
O juiz deve examinar se a petição inicial preenche os requisitos dos arts 282 e 283 do CPC, se há defeitos, dúvidas,
omissões ou irregularidades que dificultem o julgamento do mérito, deverá mandar que o autor emende em 10 dias, sob
pena de indeferimento da petição inicial.[31] Observa-se que havendo mera irregularidade, deve tentar aproveitar o ato
processual do autor, ordenando que este sane o vício.[32] É fundamental que o juiz indique ao autor o vício para que ele
possa saná-lo.[33]
Art. 285 - Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a citação do réu, para
responder; do mandado constará que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como
verdadeiros, os fatos articulados pelo autor.
Verificada a regularidade na petição inicial o juiz deferirá a mesma mandando citar o réu[34]. O mandado deverá conter
expressamente advertência de que não contestada a ação, presume-se aceitos pelo réu, os fatos articulados, sendo nulas
as citações que não obedeçam às prescrições legais segundo o art 247 do CPC.[35]
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida
sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
§ 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e
determinar o prosseguimento da ação.
§ 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
Este artigo, introduzido pela Lei nº 11.227/2005, tem sido chamado pelos doutrinadores de resolução imediata do feito.
Veio norteado pelo princípio constitucional da economia processual e celeridade processual. Vislumbra-se com este artigo
uma maior valorização do juiz de primeiro grau[36], uma vez que, nas matérias exclusivamente de direito, onde já houver
sido proferida sentença de total improcedência em casos idênticos (ações repetitivas) julgados pelo mesmo juízo, poderá
ser dispensada a citação e proferida sentença.
Neste caso, não há condenação de honorários advocatícios, pois nem houve a citação.[37] Alguns autores acreditam que
a racionalização dos processos trazida por este dispositivo acarretaria uma sobrecarga aos Tribunais que terão que julgar
em grau de recurso os processos com resolução imediata do mérito[38].
Observa-se que, havendo improcedência parcial no julgamento análogo, não poderá ser utilizado este instituto. Da decisão
de total improcedência cabe recurso de apelação, podendo o juiz retratar sua decisão em cinco dias. Sendo mantida a
decisão, o réu será citado para oferecer contra-razões ao recurso e a matéria será devolvida ao tribunal, sendo matéria
exclusivamente de direito apenas o tribunal julgará o feito não necessitando de dilação probatória. Contudo, havendo mais
de um pedido, poderá ser utilizado este instituto quanto a um deles e seguirá o processo quanto aos demais, esta decisão,
que é uma decisão interlocutória de indeferimento da petição inicial quanto a um dos pedidos é atacável via agravo de
instrumento e quanto aos demais pedidos prosseguirá o processo,[39]. Logo, ao magistrado de primeiro grau será
outorgado poderes para declarar a total improcedência da demanda, mesmo sem ouvir o réu.
Convém salientar que o magistrado “poderá” julgar de acordo com caso idêntico, porém poderá também rever seu
posicionamento julgando de modo diverso de acordo com seu livre convencimento motivado (art 131 do CPC).
[40]Observa-se, contudo, que a lei fala em “outros casos idênticos”, assim deve ser mais de um caso idêntico, pelo menos
dois[41].
Há um equívoco na expressão trazida pela lei “matéria controvertida”, pois antes da citação a matéria não se torna
controvertida, deve-se entender essa expressão como sendo “pretensão que já tenha sido controvertida em outro processo
e julgada improcedente pelo mesmo juízo[42]”.
Este instituto pode ser aplicado nos processos de conhecimento, cautelar, execução e também nos procedimentos de rito
especial e nos juízos de qualquer competência.[43]
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou fato ilícito;
III – quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
O Pedido – O pedido constitui o objeto da demanda, vale dizer, é a solução que o autor pretende obter para a satisfação
de sua pretensão processual. A doutrina distingue o pedido em imediato e mediato, tendo o primeiro como fim a natureza
da prestação jurisdicional, ou seja, a classe de tutela solicitada: declarativa pura, constitutiva, condenatória, mandamental
e executiva. O pedido mediato, por seu turno, tem como finalidade o conteúdo da decisão, isto é, o bem da vida a que se
refere a tutela judicial, conforme ensinamento de Darci Guimarães Ribeiro[44].
A importância do pedido não fica restrita à conclusão da exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos da demanda,
pois, mais que isso, delimita a extensão da atividade jurisdicional no caso concreto. Segundo Luiz Rodrigues Wambier, os
arts. 128 e 460 expressam o que a doutrina denomina de princípio da congruência, ou da correspondência, entre o pedido
e a sentença. Ou seja, dado o princípio dispositivo, é vedado à jurisdição atuar sobre aquilo que não foi objeto de expressa
manifestação pelo titular do interesse.[45]
Certeza e determinação – Em primeiro lugar, é preciso dizer que, diferentemente do disposto no artigo em exame, é
unanimidade na doutrina que o pedido deve ser certo e determinado, já que ambas as qualidades lhe são imprescindíveis.
A certeza diz respeito à clareza com que a parte autora expõe suas idéias, de modo que reste fora de dúvida o que se
pretende. A determinação, por seu turno, se refere aos limites da pretensão, devendo o bem jurídico almejado ser
perfeitamente caracterizado.
Como afirma Calmon de Passos, a petição inicial “... é projeto da sentença que se pretende obter. E na inicial o pedido é o
projeto da conclusão que se deseja alcançar com a sentença do magistrado. Sendo impossível a efetividade do comando
quando ele é impreciso relativamente ao que ordena, é impossível igualmente o pedido que não oferece, à futura
sentença, os elementos indispensáveis para que o comando dela emergente seja certo e determinado”.[46]
Segundo Darci Guimarães Ribeiro, a certeza do pedido, por encontrar-se vinculada ao objeto imediato, não admite
nenhuma exceção, já a sua determinação, por estar unida ao objeto mediato, tolera exceções nos casos expressamente
previstos em lei.[47]
Pedido genérico – A regra, como vimos, é a certeza e determinação do pedido. Todavia, o próprio artigo em comento
traz algumas exceções em que a formulação de pedido genérico é permitida. É o caso das ações universais, se não puder o
autor individuar na petição os bens do demandado, como por exemplo, na herança. Outra exceção legal ocorre quando
não é possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou fato ilícito, como por exemplo, no caso de uma
ação de indenização por um atropelamento, onde é possível que somente após o término do tratamento médico a
extensão dos danos seja apurável. O texto legal permite, ainda, a formulação de pedido genérico no caso de a
determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. O exemplo corrente na doutrina
dessa situação é o pedido veiculado na ação de prestação de contas, para que o obrigado pague o saldo que se apurar.
Os arts. 461 do CPC e 84 do CDC como exceções ao princípio de que o juiz deve ater-se ao pedido – Luiz
Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart referem que, de acordo com os artigos supracitados, o juiz pode, de ofício,
ordenar sob pena de multa, conceder a tutela específica ou o chamado “resultado equivalente ao do adimplemento”[48],
de modo que o princípio processual da congruência entre a sentença e o pedido resta
excepcionado por tais regras.
Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma
atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de
descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4º, e 461-A).
Obrigação de fazer e não fazer – Meios de coação e meios de sub-rogação – Antes da apreciação do artigo em
exame, é necessário apontar a diferença quanto ao cumprimento das obrigações de dar, de fazer e de não fazer. Quanto à
primeira, o importante para o credor é alcançar o objeto da obrigação. Sendo desnecessária a participação pessoal do
devedor, poderá o credor utilizar-se dos meios sub-rogatórios para alcançar o bem da vida. No entanto, quanto às
obrigações de fazer e de não fazer, para se lograr a execução in natura há a necessidade de participação pessoal do
devedor. Neste caso, o autor necessitará valer-se de outro meio, já que o sub-rogatório não será suficiente para alcançar-
lhe o bem da vida, porquanto em nada influencia a atividade pessoal do devedor. Quando se objetiva o cumprimento de
obrigação de fazer ou de não fazer caberá ao credor valer-se de meios de coação, ou seja, aqueles que constrangem o
devedor ao cumprimento específico da obrigação.[49]
Obrigação de dar – Descabimento de ação cominatória – Quanto às obrigações de dar, nos termos da Súmula 500 do
STF, não caberá a cominação de multa. No entanto, este entendimento do Supremo Tribunal Federal, que decorre de
interpretação do artigo 302, inciso XII, do Código de Processo Civil de 1939, não se compatibiliza com o artigo 52, V, da
Lei 9.0999/95. Portanto, estaria afastada tal interpretação nos casos previstos na lei dos Juizados Especiais. Esta
incompatibilidade gerou muita dúvida na doutrina quanto à possibilidade de se interpretar amplamente o artigo da lei dos
Juizados Espaciais, aplicando-a subsidiariamente ao CPC. Com a reforma inserida pela lei 10.444/02, permitiu-se a
aplicação da multa em ações relativas à obrigações de entregar coisa. Assim, com a reforma, “não só nas ações sobre
obrigações de fazer e não fazer, mas também nas pertinentes às obrigações de entregar coisa, é possível inserir na ordem
judicial a pena pecuniária pelo atraso no seu cumprimento”[50]
Pedido cominatório – Cabe ao credor formular o pedido de fixação de pena pecuniária diante do descumprimento da
sentença ou da decisão antecipatória de tutela. Trata-se de uma forma de forçar o devedor a cumprir a obrigação que por
ele vem sendo descumprida. A lei não estabelece qualquer limite a fixação do valor da multa. No entanto, como seu
objetivo é induzir o cumprimento da obrigação e não o de ressarcimento, deve ser fixada em valor suficiente para
influenciar a atividade do devedor. Luix Fux se manifestou no sentido de que “a multa diária não é pena posto que não
substitui o cumprimento da obrigação principal, mas ‘meio de coerção' cuja origem remonta às ‘astreintes' do direito
francês”.[51] O juiz tem a faculdade de alterar o valor fixado se for necessário, podendo aumentar, diminuir, ou mesmo
suprir o valor. Além disso, a multa se caracteriza por ser acessória, tendo em vista que “a razão da existência das
‘astreintes' é a necessidade de alcançar um determinado fim. Não sendo este mais almejado, a multa perde a razão
primeira de sua existência”.[52] Há, na doutrina, muita crítica da real eficiência da aplicação de uma multa como forma de
coerção em nosso sistema jurídico, tendo em vista que “essa técnica de pressão psicológica esbarra no sério obstáculo da
carência de meios financeiros do destinatário da ordem”.[53]
Diante da discrepância entre o artigo 287, com redação
Alteração introduzida pela Lei 10.444/02 –
dada em 1973, e as reformas introduzidas no CPC referentemente à antecipação de tutela e à
possibilidade de utilização da ação cominatória, alterou-se a redação do artigo 287,
harmonizando-o com os artigos 461 e 461-A, possibilitando a aplicação da multa pecuniária nas
ações que tenham por objeto obrigação de entregar coisa certa.
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a
prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o
direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido
alternativo.
Pedido alternativo – Conforme definição de Egas Moniz de Aragão [54], alternativo é o pedido em que “(...) a natureza
da causa faculta a opção a uma das partes, onde o pedido alternativo não pressupõe, necessariamente, uma obrigação
alternativa”. Complementando tal pensamento, Barbosa Moreira afirma que o pedido alternativo poderá ocorrer “(...)
quando a obrigação puder cumprir-se mediante uma de duas ou mais prestações (obrigações alternativas, obrigações com
prestação facultativa ou com faculdade de substituição)”.[55]
Segundo Humberto Theodoro Júnior pedido alternativo é aquele que reclama prestações disjuntivas: “ou uma prestação ou
outra”. Alternatividade refere-se, assim, ao pedido mediato, ou seja, ao bem jurídico que o autor pretende extrair da
prestação jurisdicional[56].
É de se notar que nem toda obrigação alternativa acarretará formulação de pedido alternativo, tendo em vista que, no
caso de a escolha caber ao postulante, e feita por ele a escolha, o pedido formulado será certo e determinado.
Direito de escolha do devedor – O parágrafo único do artigo em exame prevê a possibilidade de a escolha da prestação
caber ao devedor. Tal situação, na verdade, é a regra, uma vez que o art. 252 do novo Código Civil diz que, em princípio,
ela compete ao devedor, se outra coisa não se estipulou. Por conseguinte, segundo Calmon de Passos, só o pacto expresso
autoriza a escolha pelo credor. Competindo ela ao devedor, não pode o autor formular pedido certo, pois estaria
subtraindo do réu o direito de escolha. Daí o pedido alternativo, para que o réu cumpra a obrigação por uma das formas
pactuadas.[57]
Conforme ensinamento de Barbosa Moreira:
(...) Competindo ao réu a escolha, o pedido logicamente deve ser alternativo; ainda que o autor o formule fixo, os efeitos
práticos serão os mesmos: o reconhecimento do pedido pelo réu poderá dirigir-se a outra prestação, a eventual
condenação poderá ser alternativa (exceção ao princípio da correlação ou da congruência) etc.[58]
Havendo sido formulados pedidos alternativos, acolhido um deles, o
Falta de interesse recursal –
autor não tem interesse recursal para pleitear a concessão do outro. (STJ, 1ª T., ROMS 3262-0,
rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJU 20.03.95, p. 6093).
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior,
em não podendo acolher o anterior.
Pedidos sucessivos – Segundo Joel Dias Figueira Jr., o pedido é sucessivo porque formulado pelo autor em ordem
seqüencial, continuada, isto é, um após o outro, todos eles independentes e diferenciados entre si, podendo apresentar,
inclusive, natureza jurídica diversa, de maneira que o juiz somente conhece do pedido subsidiário quando não puder
acolher o pedido principal (antecedente).[59] A cumulação de pedidos ocorrente no dispositivo em questão, para a
maioria dos doutrinadores, é a eventual, posição da qual diverge o ilustre processualista Calmon de Passos, como veremos
a seguir.
Cumulação alternativa de pedidos por subsidiariedade – Ocorre, segundo Calmon de Passos, quando os pedidos
não se situam no mesmo plano, mas um deles é formulado como principal e somente na eventualidade de não ser possível
acolhê-lo será apreciado o pedido formulado subsidiariamente.[60] Filiam-se a tal entendimento Luiz Guilherme Marinoni e
Sérgio Cruz Arenhart, ao afirmarem que no dispositivo em análise “... acontece o inverso daquilo que ocorre na cumulação
sucessiva de pedidos. Na cumulação alternativa, o segundo pedido só será apreciado se não for acolhido o primeiro; na
cumulação sucessiva, ao contrário, o segundo pedido apenas será apreciado se for procedente o primeiro”.[61]
Competência para julgamento dos pedidos sucessivos – “ Não é permitida a cumulação de pedidos num
mesmo processo se eles estão sujeitos à competência de juízos diversos em razão da matéria, na
forma do art. 292, § 1º, II, do CPC. As varas previdenciárias da Justiça Federal não têm
competência para apreciar pedido sucessivo de natureza tributária. Por se tratar de competência
em razão da matéria, de natureza absoluta, a eventual conexão não modifica a competência das
varas especializadas”. (TRF 4ª Região, AG nº 2000.04.01.065644-3, Rel. João Surreaux Chagas,
DJU 18/07/2001, p. 724)
Art. 290 – Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no
pedido, independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar
de pagá-las ou de consigná-las, a sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação.
Obrigações periódicas e pedido implícito – Como já visto anteriormente nos comentários ao artigo 286, o pedido
formulado deve der certo e determinado. No entanto, há certas hipóteses, como nas obrigações periódicas, em que, diante
de suas particularidades, o legislador, por uma ficção jurídica, considera-as como inseridas no pedido independentemente
de requerimento. Trata-se, na realidade, de uma forma de pedido implícito. Calmon de Passos, em seus ensinamentos,
explica que na hipótese de a obrigação consistir em prestações periódicas, “pedindo-se o adimplemento da obrigação,
necessariamente se está pedindo o cumprimento das prestações. Ainda quando não mencionadas expressamente, elas se
contém no pedido”.[62] Da leitura da legislação percebe-se que não é feita nenhuma limitação quanto a serem as
prestações de mesma natureza ou valor. A este respeito Joel Dias Figueiredo Jr. refere que “o que se faz mister é que as
prestações decorram da mesma relação de direito obrigacional, mantendo-se assim o liame desejado entre o
adimplemento sucessivo, que enseja a satisfação do autor, e o bem da vida litigioso”.[63]
Condenação para o futuro – O artigo possibilita que o credor inclua na condenação, enquanto perdurar a obrigação, as
prestações periódicas no caso de o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. Guilherme
Marinoni leciona que:
a condenação para o futuro, embora prestada antes da violação do direito, é concedida para a hipótese de o direito ser
violado. Ou seja, quem pede a condenação [...], tem interesse apenas em formar antecipadamente o título executivo, o
que permitirá que, logo após a violação, seja instaurada a execução, abreviando-se o tempo para a satisfação do direito
lesado.[64]
De regra, há necessidade, para a condenação, da mora do devedor; ocorre que, como já referido, a obrigação se traduz
em prestações periódicas, assim, por uma exceção legal admite-se que o devedor seja condenado a cumprir as prestações
periódicas, mesmo que ainda não vencidas. O Código, nesta previsão, pretendeu atender ao princípio da economia
processual e possibilitar a uniformidade das decisões. Além disso, protege o interesse do autor, que passa a ter desde já
um título executivo, evitando-se despesas com uma nova demanda, já que presente o manifesto interesse em “obter não
apenas a liberação ou o cumprimento de uma das prestações, mas também das subseqüentes”.[65] Trata-se de conceder
ao credor “uma sentença com trato sucessivo, um título executivo que pode pôr em movimento logo que o devedor deixe
de satisfazer, de futuro, qualquer prestação”[66]
Descabimento nas obrigações acessórias – Nos ensinamentos de José Joaquim Calmon de Passos, “quando a
obrigação de trato sucessivo se revestir do caráter de obrigação acessória, na hipótese de apenas se haver pedido o
principal, ou quando configurar prestação diversa da reclamada expressamente no pedido e com ela não constitua
conteúdo de uma obrigação complexa”[67] não deve ser aplicado o artigo sob comentário.
Art. 291 – Na obrigação indivisível com pluralidade de credores aquele que não participar do processo
receberá a sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Obrigação indivisível – As obrigações podem serdivisíveis ou indivisíveis, As primeiras são aquelas “cujas prestações são
suscetíveis de cumprimento parcial”.[68] As obrigações indivisíveis, por seu turno, têm definição expressa no artigo 258
do Código Civil de 2002: “a obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio
jurídico”. O art. 291 do CPC se preocupa com a hipótese em que, havendo uma obrigação indivisível, há pluralidade de
credores, pois nos termos do artigo 260 do Código Civil qualquer credor de uma obrigação indivisível está legitimado a
exigi-la por inteiro em favor da pluralidade de credores. No entanto, neste caso, “o autor apenas está legitimado a levantar
a parte que lhe for devida, legitimados os que não participaram do processo, tanto a executar a sentença pela parte que
lhes couber, como a levantar do produto a quota que lhes for devida, abatida sua participação proporcional nas despesas
do processo”.[69]
Nas palavras de Pontes de Miranda, “o art. 291 somente se refere à pluralidade de credores. O que não participou do
processo, se houve a sentença favorável aos credores, é tratado como quem tivesse sido parte”. Ressalta, ainda, o ilustre
processualista que: “Grande parte das obrigações indivisíveis são-no porque foram feitas, pelos interessados, indivisíveis as
prestações. Grande parte das obrigações divisíveis são-no porque foram feitas, pelos interessados, divisíveis as
prestações”.[70]
Já para Araken de Assis, o art. 291 disciplina a repartição de despesas entre os litisconsortes, impondo ao omisso,
preservado seu direito ao crédito, o ônus de dividir as despesas processuais, já incluídos os honorários de advogado, na
proporção que lhe competir sobre o resultado fina da ação. [71]
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que
entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o
autor empregar o procedimento ordinário.
Cumulação de pedidos - O artigo em comento trata da cumulação de pedidos, no mesmo processo, também
cognominada objetiva. A cumulação dos pedidos pode ser, segundo Araken de Assis, própria, que abrange as hipóteses em
que os pedidos, de ordinário, admitem a procedência simultânea, ou imprópria, na qual o autor, por razões ditadas pela
circunstância de vir realizar um direito subjetivo e obter o bem da vida através da tutela estatal, sempre cercada da álea
ínsita ao processo, indica vários caminhos ao fim colimado na demanda.[72]
A cumulação simples é aquela que veicula pretensões totalmente independentes entre si, como por exemplo, ações
reparatórias com base em eventos distintos. A cumulação sucessiva é aquela em que o autor formula um segundo pedido
que, em relação ao primeiro, depende da sua procedência, como no caso das ações de resolução de contrato e de perdas
e danos. A cumulação de pedidos eventual, como já dito, é aquela prevista no art. 289, onde o juiz apreciará a ação
formulada em segundo lugar, se não acolher a primeira, como, por exemplo, a ação para restituição de coisa, ou,
subsidiariamente, o equivalente pecuniário.
Outros autores classificam, ainda, a cumulação de pedidos como inicial, quando provocada na peça exordial da ação, ou
superveniente, quando uma das partes ajuíza, durante o procedimento do mesmo processo, uma das ações incidentais:
reconvenção, declaratória incidental ou denunciação da lide.
Nelson Nery Júnior bem observa que, caso ocorra a situação da cumulação de pedidos num mesmo processo, uma vez
indeferido um deles, e citado o réu para os demais, o indeferimento daquele pedido em cumulação perfaz-se numa decisão
interlocutória, merecendo ser atacado pelo recurso de agravo, haja vista não ter ocorrido o encerramento do processo.
[73]
Requisitos da cumulação de pedidos - A lei autoriza o cúmulo de pedidos, uma vez preenchidos certos requisitos.
Porém, cabe referir que não é requisito para a cumulação que os pedidos sejam conexos, na forma do art. 103, do CPC.
A primeira exigência é a de que os pedidos sejam compatíveis entre si. Os pedidos se mostram incompatíveis quando um
exclui o outro, ou seja, não se lhes concebe o triunfo simultâneo, como por exemplo, no caso de o autor pedir o
desfazimento de certo contrato e o seu cumprimento[74]. É de se notar que tal requisito só se faz necessário quando a
cumulação é homogênea, pois o pedido feito pelo réu, numa reconvenção, por exemplo, não requer que seja compatível
com o pedido do autor, na petição inicial.
Outro requisito de admissibilidade da cumulação é a de que o juízo seja competente para conhecer de todos os pedidos.
Segundo o mestre Pontes de Miranda, se se tratar de incompetência absoluta, há a declarabilidade de ofício e a
alegabilidade em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção (art. 113). Se relativa a
incompetência, e o réu não opõe exceção declinatória do foro e de juízo, no caso e prazo legais, a cumulação passa a ser
legítima (art. 114).[75]
Aliado a essas exigências está o derradeiro requisito, qual seja: de que os pedidos devem estar
em adequação ao tipo de procedimento. Caso a parte deseje cumular ações que demandem ritos
distintos, a lei confere a opção da ordinarização do feito, que será compulsória para a
admissibilidade da cumulação. A parte deverá, portanto, renunciar à sumariedade ou
especialidade incidente em um dos pedidos.
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os
juros legais.
Interpretação restritiva do pedido - É o autor quem delimita a lide, ou seja, o pedido contido na petição inicial limita a
sentença. Nas palavras de Joel Dias Figueira Jr, deve-se interpretar limitativamente o pedido, observando-se unicamente
os termos articulados na peça inaugural[76].
Na lição de J.J Calmon de Passos:
Interpretar restritivamente o pedido é tirar dele tudo quanto nele se contém e só o que nele se contém, sem que se possa
ampliá-lo por força de interpretação extensiva ou por consideração outra qualquer de caráter hermenêutico. Compreendido
no pedido só o que expressamente nele se contiver, não o que, virtualmente nele poderia estar contido.[77]
Exceções: pedidos implícitos - Exceção feita à interpretação restritiva do pedido é a desnecessidade de requerimento
para incidência no valor principal de juros legais, uma vez que o artigo em comento afirma expressamente que eles
estarão compreendidos na condenação, independentemente de pedido expresso.
Também a correção monetária, segundo a opinião geral, não carece de pedido, e, segundo alguns, nem mesmo representa
pedido autônomo, pois a verba integra o principal[78].
Nesse sentido a Súmula 254 do STF.
Ressalte-se que o artigo 293 refere-se a pedido implícito, não havendo possibilidade de condenação implícita, ou seja, se
não forem pedidos juros legais e/ou correção monetária, a sentença poderá incluí-los na condenação; mas se não previstos
na sentença, não poderão ser reclamados em execução[79].
Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em
razão dessa iniciativa.
Aditamento do pedido - Nas palavras do mestre Pontes de Miranda, “aditar é aumentar, adicionar, acrescentar ao
existente. O pedido subsiste, juntando-se a ele outro pedido, que o autor deixou de formular ao propor a ação (art. 263).
O aditamento acarreta cumulação de pedidos e, por isso, deve obedecer ao art. 292...”.[80]
A relação processual somente se angulariza com a citação. Dessa forma, antes de tal ato processual o autor poderá aditar
ou modificar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de qualquer autorização.
A norma em comento exterioriza a necessidade de estar a lide estabilizada no momento da contestação, evidentemente,
para que o réu saiba do que deve se defender e o que necessita impugnar.
Modificação do pedido depois da citação - Completada a relação processual, com a citação do réu, o autor não
poderá modificar o pedido ou a causa de pedir, salvo se houver autorização do réu (art. 264 do CPC).
Quando a questão versar sobre direitos indisponíveis (para os quais não se permite transação) não poderá haver
aditamento do pedido, mesmo com consentimento do réu[81].
Despesas do aditamento - As despesas que eventualmente decorrerem dessa modificação deverão ser suportadas pelo
autor, que recolherá a diferença das custas, sob pena de indeferimento da inicial, caso não se verifique o pagamento em
30 dias (art. 257 do CPC).
Termo final para aditamento do pedido - A modificação do pedido ou causa de pedir somente poderá ser feita até o
término da fase postulatória. Depois do saneamento, isto é, depois da audiência preliminar, prevista no art. 331 do CPC,
nem mesmo com a autorização do réu poderá o autor modificar o pedido ou a causa de pedir[82].
Art. 295. A petição inicial será indeferida:
I - quando for inepta;
II - quando a parte for manifestamente ilegítima;
III - quando o autor carecer de interesse processual;
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5 o);
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao
valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;
VI - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284.
Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir;
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III - o pedido for juridicamente impossível;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
A petição inicial, como pressuposto processual de existência que é, deve observar certos requisitos, bem como ter certa
viabilidade, pois é através dela e, na maioria das vezes, tão-somente através dela, que o autor exerce seu direito de ação,
dado ao Princípio da Demanda.
O indeferimento da inicial deve ser a exceção, pois embora ela integre o processo, este deve ser pensado como um
instrumento para atingir um fim maior, que é a prestação jurisdicional. O Estado visa à solução do conflito e, em hipótese
alguma, deve almejar o indeferimento da inicial, pois este leva extinção do processo sem resolução do mérito, a teor do
art. 267, I, do CPC, que nada soluciona, pelo contrário, aumenta a insegurança das partes. “Sob esse prisma, todos os
componentes aproveitáveis devem ser levados em conta, ainda que não constitua a melhor técnica, pois não se olvida que
a parte espera muita da jurisdição.”[83]
Assim, o indeferimento deve se dar quando não houver forma de sanar o defeito e que este inviabilize o fim máximo do
processo, a prestação jurisdicional. Com o indeferimento da inicial declara-se a existência do vício e obsta à produção de
seus efeitos.[84]
“O indeferimento é, portanto, uma forma obstativa da eficácia. Enquanto a nulidade faz cessar os efeitos que já se
produziram, o indeferimento sanciona o ato com a ineficácia, antes mesmo que os efeitos por ele perseguidos se tenham
produzido”.[85]
Quanto à natureza jurídica asseverou Nelson Nery Junior: “As matérias que ensejam o indeferimento da inicial são de
ordem pública. Não estão sujeitas à preclusão, podem ser conhecidas a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição e
devem ser conhecidas ex officio pelo juiz.”[86]
Saliente-se que no caso de indeferimento da inicial, este deverá ocorrer antes do seu recebimento, não havendo que se
cogitar acerca do indeferimento da inicial após a citação, como comumente ocorre. Entendimento contrário, importaria na
inocuidade dos incisos do art. 267, que prevêem como casos de extinção do processo sem resolução de mérito, entre
outras, as mesmas hipóteses de indeferimento da inicial, ou seja, dependendo do momento em que se constatar o defeito
peça, não ocorrerá o indeferimento da inicial, mas a extinção do processo sem resolução do mérito com base em outro
inciso que não o do indeferimento da inicial. “Por isso mesmo, a inépcia da petição inicial, alegada pelo réu (CPC, art. 301,
III), pode levar à extinção do processo, mas não ao indeferimento da inicial”[87]
O primeiro dos seis casos de indeferimento da inicial é quando a inicial for inepta, o que, a teor do parágrafo único, ocorre
quando: lhe faltar pedido ou causa de pedir; quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; quando
o pedido for juridicamente impossível e quando contiver pedidos incompatíveis entre si. Assim, a inépcia da inicial está
vinculada aos vícios do pedido, que obstam o exame do mérito.
A falta de pedido leva a inépcia, pois é ele que delimita a ação, que expressa a pretensão da parte autora e é com base
nele que o Juiz profere a sentença, à vista do Princípio do Dispositivo. A causa de pedir, também requisito da inicial, é a
obrigação da parte de elucidar os fatos e fundamentos do pedidos, ou seja, é o conjunto dos fatos apontados pelo autor,
para deduzir sua pretensão de direito material.
A petição inicial também será considerada inepta quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão (art.
295, parágrafo único, II, do CPC).
Deve haver, portanto, uma verdadeira coerência lógica entre aquilo que é narrado e o pedido formulado, sob pena de a
petição inicial ser considerada inepta.[88]
Haverá inépcia da inicial quando contiver pedidos incompatíveis entre si, pois para haver cumulação de pedido faz-se
necessário que os pedidos sejam compatíveis entre si, em não sendo, o Juiz deve possibilitar a parte que desista de algum,
emendando a inicial e só então, no caso de não emenda, deverá indeferir a inicial.
A impossibilidade jurídica do pedido, último caso de inépcia a ser tratado, ao lado dos casos de indeferimento previstos nos
incisos II e III, quais sejam, ilegitimidade de parte e ausência de interesse processual, são as condições da ação, cuja
falta, se verificada de plano, enseja o indeferimento da inicial.
A constatação de ausência de qualquer das condições da ação enseja sempre a extinção do processo sem resolução do
mérito, seja antes ou depois do deferimento do processo. Porém, se já foi determinada a citação do réu (situação em que
já foi deferida a inicial), a decisão que extinguir o processo sem resolução do mérito, mesmo que com base numa das
hipóteses de indeferimento da inicial, não será de indeferimento da inicial.[89]
O inciso II do artigo em tela comprova que só haverá o indeferimento da inicial quando puder se constatar de plano a
irregularidade, ao prever o indeferimento da inicial quando a parte for manifestamente ilegítima.
A decadência e prescrição verificada desde logo também importa indeferimento da inicial. Os prazos para exercer as
pretensões constitutivas, que tenham prazo fixados em lei, são de decadência. Os prazos para o exercício das pretensões
condenatórias são de prescrição.
Até a alteração da Lei 11280/06, que no art. 219, parágrafo quinto, introduziu a possibilidade de conhecer de ofício
também a prescrição, não havia aplicação prática o inciso IV do art. 295, no que toca à prescrição, pois não se poderia
indeferir a inicial sem conhecer de ofício da prescrição, o que era defeso. Quando se tratar de decadência convencional,
não caberá o indeferimento da inicial, pois está não pode ser conhecida de ofício.
Em que pese os casos de indeferimento conduzirem a extinção do processo, sem resolução de mérito, a teor do art. 267, I,
do CPC, tal não ocorre quando o indeferimento der-se em razão da decadência e da prescrição, pois, neste caso, haverá a
extinção do processo com a resolução de mérito,como bem leciona Voltaire de Lima Moraes:
Em se tratando, todavia, de prescrição ou decadência, quer seu reconhecimento se dê ab initio, quando o juiz entende em
não admitir a petição inicial, quer posteriormente, quando já angularizada a relação processual, a extinção do processo
deve ocorrer com julgamento de mérito. E isso porque os institutos da prescrição e da decadência envolvem matéria de
direito substancial. Tanto é assim que, em tais hipóteses, o CPC prevê que a extinção do processo se dá com o
julgamento do mérito (art. 269, IV).[90]
A quinta hipótese de indeferimento da inicial ocorre quando houver a inadequação do tipo de procedimento, ou seja,
quando a escolha do tipo de procedimento for errada, considerando a natureza da causa ou o valor da ação. Nesses casos,
o juiz deverá determinar a emenda da inicial, sob pena de cerceamento de defesa. Se o autor não emendar a inicial, o juiz
deverá indeferir a inicial, salvo se for possível adaptar o rito.
Ocorrerá, ainda, o indeferimento da inicial, teor do inciso VI do artigo em questão, quando não
forem atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. No primeiro
caso, será indeferida a inicial se o advogado ou a parte, caso esteja atuando em causa própria,
deixar de declarar na exordial o endereço que receberá as intimações. Nesse caso, só se
indeferirá a petição se o autor intimado a suprir a omissão, não o fizer no prazo de 48 horas, nos
termos do parágrafo único, primeira parte, do art. 39, do CPC. A segunda hipótese levará ao
indeferimento da inicial se a parte, intimada a emendar ou completar a inicial por falta ou
irregularidade de algum dos requisitos da inicial, constantes do art. 282 e 283, deixar de fazer no
prazo de 10 dias.
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas, reformar sua decisão.
Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal
competente.
Está possibilidade de o juiz se retratar após a prolação da sentença, constitui uma exceção ao art. 463 do CPC, pois de
acordo com este dispositivo, o juiz, após publicação da sentença, só poderá alterá-la em razão de inexatidões materiais ou
de erros de cálculo, salvo as hipóteses de embargos de declaração.
Saliente-se que este artigo aplicar-se-á só nas hipóteses em que houver o indeferimento da inicial propriamente dito, se já
houver triangulação da relação processual, mesmo que o processo seja extinto com base em alguma hipótese que
ensejaria o indeferimento da inicial de plano, não se aplicará essa possibilidade de “retratação”.
Quando o autor requerer antecipação de tutela na petição que foi indeferida e o juiz manter a decisão, nada impede que o
Tribunal, uma vez entendendo não ser caso de indeferimento, conceda a antecipação da tutela, como bem salienta
Marinoni:
Não há como pensar que o Tribunal, nesse caso, apenas poderia deferir a petição inicial, sob o argumento de que análise
dos pressupostos para a concessão da tutela antecipatória caberia ao juiz de 1(primeiro) grau de jurisdição. É que a
sentença ao indeferir a inicial também nega a tutela antecipatória. De modo que o recurso de apelação devolve ao tribunal
a análise dos requisitos da inicial e dos pressupostos da tutela antecipatória. Não há razão para separar a apreciação dos
requisitos da petição inicial da análise dos pressupostos da tutela antecipatória (...) [91]
Segundo o parágrafo único, se o juiz não reformar a sentença, o processo será encaminhando imediatamente ao tribunal
competente para a apreciação da apelação, recurso cabível, neste caso, pois a decisão atacada trata-se de sentença. Como
fica claro do próprio dispositivo, a apelação será remetida ao tribunal, sem que o réu seja citado ou intimado para contra-
razoar, o réu só será citado se o tribunal reformar a sentença.
Importa salientar, que a interpretação literal do parágrafo único é bastante difundida, inclusive defendida por ilustres
processualistas[92], que sustentam que quando citado, o réu terá assegurada a ampla defesa, ao argumento de que a
decisão do tribunal vincula o autor, mas não o réu, que não participou do processo.
Tal sistemática, porém, traz prejuízo ao réu, em que pese poder alegar a matéria que originou o indeferimento, pois a
decisão da apelação influenciará o julgador, seja no juízo de origem, seja em grau recursal, sem que ao réu tenha sido
garantido o contraditório. A hipótese mais grave dar-se-á nos casos de indeferimento em razão de decadência e de
impossibilidade jurídica (caso de improcedência prima facie), pois nestes casos teremos a discussão de mérito sem a
presença do réu. Assim, em atenção ao princípio do contraditório, há que se concluir que o artigo inovou apenas no que
toca à possibilidade de retratação do juiz, pois no caso de manutenção do indeferimento pelo juízo de origem é
indispensável a citação do réu.[93]

[1] CRUZ, José Raimundo Gomes da. A Petição Inicial. Revista Forense, v. 363, set.-out., 2002, Rio de Janeiro, p. 99-120.
[2] Idem. p. 103.
[3] MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Comentários ao Código de Processo Civil. 3.ed. Tomo IV, Forense: Rio de
Janeiro, 1999, p. 4.
[4] Idem. p. 5. Acerca desta convergência entre o objeto delimitado pelos termos da petição inicial e o, finalmente,
conhecido pelo juiz, instrumentalizado na sentença, é claramente definido por Joel Dias Figueira Júnior: “os efeitos no
plano do direito material que serão obtidos pelas partes litigante sem qualquer tipo de ação ou processo estarão
umbilicalmente atrelados aos contornos definidos na peça inaugural mediante propositura de demanda, donde decorre a
grande e manifesta importância instrumental da petição inicial (...).” JÚNIOR, Joel Dias Figueira. Comentários ao Código de
Processo Civil.V.4, Tomo II. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p. 29.
[5] Pontes de Miranda relembra importante exceção à regra do princípio do dispositivo, no processo civil, no art. 130, da
Lei nº 8.069 (Estatuto da Criança e do Adolescente), segundo o qual o juiz pode promover, ex officio, o afastamento
cautelar do agressor da moradia, em caso de maus-tratos à criança e ao adolescente. Idem, p. 4. Relembre-se, nos casos
de jurisdição voluntária, como o do impulso de ofício pelo juiz da ação de inventário, quando nenhuma das pessoas
legitimadas a fazê-lo o tenha requerido no prazo legal (art. 989, do CPC).
[6] SILVA, Ovídio Baptista da. Curso de Processo Civil. 5.ed.,v. 1, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p. 62.
[7] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil. V.4, Tomo II. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2001, p. 26.
[8] DINAMARCO. Cândido Rangel. Fundamentos do Processo Civil Moderno. 5.ed., Tomo I, São Paulo: Malheiros, 2002, p.
449.
[9]NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 9.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p 479.
[10] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 1991,
p. 194.
[11] Idem. p. 478.
[12]NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 9.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p. 478
[13] MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes. Comentários de Processo Civil . Tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 1999,
p.10.
[14]SCARPINELLA, Cássio Bueno - MARCATO, Antonio Carlos (coordenador). Código de Processo Civil Interpretado . São
Paulo: Atlas, 2004, p 856.
[15] Idem. p. 10.
[16] Op. Cit. p 11.
[17] SCARPINELLA, Cássio Bueno - MARCATO, Antonio Carlos (coordenador). Código de Processo Civil Interpretado. São
Paulo: Atlas, 2004, p 856.
[18] NERY JUNIOR, Nelson. Op. Cit. p 478.
[19] SCARPINELLA, Cássio Bueno Op. Cit. p. 857.
[20] MIRANDA, Pontes. Comentários de Processo Civil. Tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 1999, p 19.
[21] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 1991,
p 202.
[22] MIRANDA, Pontes. Op. Cit. p. 16.
[23] NERY, Nelson Júnior e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 9.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p 478.
[24] SCARPINELLA, Cássio Bueno - MARCATO, Antonio Carlos (coordenador). Código de Processo Civil Interpretado. São
Paulo: Atlas, 2004, p 859
[25] MIRANDA, Pontes. Comentários de Processo Civil, tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 20.
[26]SCARPINELLA, Cássio Op. Cit. p. 861.
[27] SCARPINELLA, Cássio Op. Cit.p. 869.
[28]NERY JÚNIOR, Nelson. Op. Cit. p 480.
[29] Idem. p. 480
[30] SCARPINELLA, Cássio Bueno - MARCATO, Antonio Carlos (coordenador). Código de Processo Civil Interpretado. São
Paulo: Atlas, 2004, p 870
[31] MIRANDA, Pontes. Comentários de Processo Civil, tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 1999, p 28.
[32] SCARPINELLA, Cássio Bueno - MARCATO, Antonio Carlos (coordenador). Código de Processo Civil Interpretado. São
Paulo: Atlas, 2004, p 873.
[33]Idem. p. 874.
[34] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 1991,
p. 211.
[35] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Op. Cit. p 212.
[36] NEVES, Daniel Amorim Assumpção, RAMOS, Glauco Gumerato, FREIRE, Rodrigo da Cunha Freire e MAZZEI,
Rodrigo. Reforma do CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p 374
[37] NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 9.ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2006, p.482.
[38] WAMBIER, Luiz Rodrigues, WAMBIER, Teresa Arruda Alvim, MEDINA, José Miguel Garcia. Breves Comentários à Nova
Sistemática Processual Civil 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais: 2006, p.64.
[39]NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 9.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p 482.
[40] Idem. p.483.
[41] NEVES, Daniel Amorim Assumpção, RAMOS, Glauco Gumerato, FREIRE, Rodrigo da Cunha Freire e MAZZEI,
Rodrigo. Reforma do CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p.381.
[42] NERY JÚNIOR, Nelson. Op. Cit. p.482.
[43] Idem. p 483.
[44] RIBEIRO, Darci. La Pretensión Procesal y la Tutela Judicial Efectiva: hacia uma teoria procesal del derecho.
Barcelona: J.M. Editor, 2004.
[45] WAMBIER, Luiz Rodrigues. (coord.). Curso Avançado de Processo Civil : teoria geral do processo e processo de
conhecimento. 7.ed.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, v. I.
[46] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
[47] RIBEIRO, Darci. La Pretensión Procesal y la Tutela Judicial Efectiva: hacia uma teoria procesal del derecho.
Barcelona: J.M. Editor, 2004.
[48] MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 4.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2005.
[49] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil. v. 3. Rio de Janeiro: Forense, 2004. p.
208-210.
[50] THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 1 v. 44ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p.
396.
[51] FUX, Luiz. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 1082.
[52] AMARAL, Guilherme Rizzo. As Astreintes e o Processo Civil Brasileiro . Porto Alegre: Livraria do Advogado. p.68.
[53] ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 222.
[54] ARAGÃO, Egas Dirceu Moniz de. Comentários ao Código de Processo Civil . 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1979, vol.
II, p. 345-6.
[55] MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 11-2.
[56] THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 44.ed. 1 v. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
[57] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil. v. 3. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
[58] MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 20.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999.
[59] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil . v. 4. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
[60] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004, v. III.
[61] MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do Processo de Conhecimento. 4.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2005.
[62] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004, v.III, p.
220.
[63] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil . São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2001, v. IV, p.123.
[64] MARINONI, Luiz Guilherme. As novas sentenças e os novos poderes do juiz para a prestação da tutela jurisdicional
efetiva. In. Leituras Complementares de Processo Civil [coord. Fredie Didier Jr.]. Salvador: JusPODIVM, 2005. p. 341.
[65] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil . São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, v. IV,
p. 290.
[66] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao código de processo civil . Rio de Janeiro: Forense, 2004, v. III, p.
220.
[67] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao código de processo civil . Rio de Janeiro: Forense, 2004, v. III, p.
221.
[68] BEVILÁQUA, Clóvis. apud THEODORO JR., Humberto. Código de Processo Civil anotado. 4. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1998.
[69] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao código de processo civil . Rio de Janeiro: Forense, 2004, v. III, p.
224.
[70] MIRANDA, Pontes de. Comentários ao Processo Civil: arts. 282 a 443. Rio de Janeiro: Forense, 2001, tomo IV.
[71] ASSIS, Araken de. Cumulação de Ações. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
[72] Idem.
[73] NERY JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 7.ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2003, p. 676.
[74] ASSIS, Araken de. Cumulação de Ações. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
[75]MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes de. Comentários ao Processo Civil: Tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
[76] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil . São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, v. IV.
[77] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2005, v. III.
[78] . PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil . Rio de Janeiro: Forense, 2005, v. III.
[79]PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil . Rio de Janeiro: Forense, 2005, v.III.
[80] MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Comentários ao Processo Civil. Tomo IV. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
[81]PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil . Rio de Janeiro: Forense, 2005, V. III.
[82] FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Comentários ao Código de Processo Civil . São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, v. IV.
[83] WAMBIER, Luiz Rodrigues. Coord, Curso Avançado de Processo Civil , 3ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000,
p.309.
[84] TESHEINER, José Maria. Pressupostos Processuais e Nulidades do Processo Civil, 1ª ed., São Paulo: Saraiva, 2000, p.
89.
[85] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, 9 ed., Rio de Janeiro: Forense, 2005, p.
240.
[86]NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado, 9ª ed. revista, São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 490 e 491.
[87]TESHEINER, José Maria. Pressupostos Processuais e Nulidades do Processo Civil, 1ª ed., São Paulo: Saraiva, 2000, p.
89.
[88] MORAES, Voltaire de Lima, As Preliminares no Processo Civil, 1ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 14.
[89] MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Manual de Processo de Conhecimento. 5. ed., 2006, Revista
dos Tribunais, p.106.
[90] MORAES, Voltaire de Lima, As preliminares no Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 21.
[91] MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Manual de Processo de Conhecimento, 5 ed., São Paulo:
Revista dos Tribunais, p.108.
[92] NERY JUNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado, 9ª ed. revista, São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 490 e 491.
[93] PASSOS, José Joaquim Calmon de. Comentários ao Código de Processo Civil, 9 ed., Rio de Janeiro: Forense, 2005, p.
268.

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