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REVISÃO DA LITERATURA

1.1. Microflotação

Para avaliar as interações entre reagentes e minerais no processo de


flotação é necessário o emprego de técnicas que são conhecidas como critérios
de flotabilidade. Essas técnicas fornecem indicativos da flotabilidade ou
hidrofobicidade de um dado mineral, podendo ajudar no esclarecimento de
fenômenos físico-químicos que ocorrem em uma célula de flotação.
Testes de microflotação em tubo de Hallimond e medidas de ângulo de
contato são duas técnicas utilizadas como critério de flotabilidade. Devido ao fácil
manuseio e a boa reprodutibilidade dos resultados, a microflotação em tubo de
Hallimond é muito mais empregada do que a medida de ângulo de contato.
A microflotação compreende a flotação com pequenas alíquotas
amostrais purificadas utilizando-se equipamento específico e delicado, capaz de
viabilizar campanhas rápidas e de baixo custo. Quando utiliza-se o tubo de
Hallimond, as alíquotas compreendem geralmente de 1,0 a 2,0 gramas e o
mecanismo de agitação é a barra magnética (LEJA, 1982).
Essa técnica tem como grande vantagem a realização de ensaios bem
controlados e reprodutíveis, os quais permitem o estudo do mecanismo de
interação entre reagentes e as superfícies minerais e o levantamento das
melhores condições físico-químicas da suspensão ou polpa, pH, ect.
Mas por se tratarem de sistemas simplificados, usualmente com minerais
isolados, água destilada e reagentes purificados, o escalonamento para as
condições de flotação convencional de bancada ou industrial deve ser
considerado com uma extrema prudência. Mesmo assim, os resultados obtidos
em célula de microflotação podem servir como um guia durante a seleção das
condições operacionais em célula de bancada.

1.2. Apatita

A apatita é a principal fonte natural do elemento fósforo, de grande


importância na indústria química bem como na ciência biológica. Sua
mineralogia é bastante complexa, podendo ocorrer em praticamente todos os
ambientes geológicos (CHANDER e FUERSTENAU, 1979).
O grupo das apatitas é caracterizado pelo elevado número de
substituições dos íons da rede cristalina, podendo assim ser classificada em:
hidroxiapatita, fluorapatita e cloroapatita, de acordo com o conteúdo aniônico:
hidróxido (H-), fluoreto (F-) e cloreto (Cl-), respectivamente. P cátion alcalino é
normalmente cálcio (Ca2+), mas pode ser substituído por sódio (Na+), manganês
(Mn2+), estrôncio (Sr2+), potássio (K+), etc.
Devido à grande quantidade de substituições e aos diversos meios de
formação, a composição química das apatitas e, portanto, suas propriedades de
superfície variam muito de um minério para outro, ou seja, de depósito pra
depósito. Devido a esse fato, pode-se notar diferentes respostas à flotação de
apatitas de diversas localidades (HANNA e SOMASUNDARAN, 1976).

1.3. Quartzo

O quartzo é um silicato pertencente ao grupo dos tectossilicatos, de


fórmula química SiO2. O ponto isoelétrico ocorre na faixa de pH de 1,5 e 2,5
(VIANA et al., 2006).
Os tectossilicatos são estruturas em que cada tetraedro compartilha os
quatros oxigênios, gerando estruturas tridimensionais de composição unitária
SiO2. A fragmentação dos tectossilicatos sempre implicará na quebra de
tetraedros de sílica ou alumínio.
O quartzo é o mineral mais abundante na crosta terrestre. As primeiras
observações científi cas sobre propriedades especiais do quartzo iniciaram-se
no final do século XVIII, quando foi percebida sua propriedade piezoelétrica.
O efeito piezoelétrico, observado no quartzo, consiste em que ao ser
comprimido por forças externas gera cargas elétricas em sua superfície e vice-
versa, ou seja, a alternância entre compressão e tensão produz cargas opostas,
que causará expansão e contração respectivamente.
Além de suas propriedades dielétricas e piezoelétricas, o quartzo possui
baixo coeficiente de dilatação térmica, resistência à radiação e corrosão,
capacidade de polarização da luz, recepção e emissão de ultra-sons, entre
outras.
1.4. Reagentes

1.4.1. Hidróxido de sódio (NaOH)

O hidróxido de sódio é um reagente que atua como regulador de pH em


uma flotação. Ele é conhecido também com soda cáustica e costuma ser obtido
a partir da eletrólise de sais de sódio. Caracteriza-se pela capacidade de
provocar bruscas variações de pH com pequenas dosagens, sendo considerado
como o mais forte dentre os reguladores de pH para a faixa alcalina. Por isso, é
indicado em processos que exigem elevados valores de pH (BALTAR, 2010).
NaOH = Na+ + OH-

A soda cáustica possui uma considerável ação corrosiva. Essa


característica implica na necessidade de cuidados especiais durante o
transporte, manuseio e preparo das soluções.

1.4.2. Oleato de sódio

O oleato de sódio é um coletor aniônico produzido pela saponificação do


ácido carboxílico com uma base, sendo que nesse trabalho foi utilizado o
hidróxido de sódio (Eq. 01) e (Eq. 02) e o ácido oléico.

(Eq. 01)

(Eq.02)

O ácido graxo insaturado mais utilizado como reagente coletor é o ácido


oleico, que tem um grau de insaturação e 17 carbonos na cadeia hidrocarbônica
(Eq. 03).
(Eq.03)

A adsorção dos coletores carboxílicos por sua natureza química ocorre,


no plano interno de Helmholtz, com a formação de composto superficial. É
seletiva e possui uma alta energia de interação (BALTAR, 2008).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALTAR, C. A. M. Flotação no tratamento de minérios. – 2. ed. – Recife: Ed.


Universitária da UFPE, 2010.

BALTAR, C. A. M. Flotação no tratamento de minérios. 1.ed. Recife:


Departamento de Engenharia de Minas. UFPE, 2008.

CHANDER, S.; FUERSTENAU, D.W. (1979) Interfacial Properties and


Equilibrium in the Apatite-Aqueous Solution System. Journal of Colloid and
Interface Science, v. 70, No. 3, p. 506-516.

HANNA, M.S.; SOMASUNDARAN, P. (1976) Flotation of Salt-Type Minerals.


Flotation, A.M. Gaudin Memorial volume, AIME, New York, p. 197-272.

LEJA, J. Surface chemistry of froth flotation. New York: Plenum, 1982. P. 758.

VIANA, P.R.M., ARAUJO, A.C., PERES, A.E.C. Teoria e Prática do Tratamento


de Minérios. 1.ed. São Paulo: Signus Editora, 2006. Volume 4.

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