Pilares são elementos lineares de eixo reto que as forças normais
de compressão são as principais. Desde que mantenha a definição citada anteriormente, podem apresentar diversos tipos de formas de seção transversal, tais como as mais usuais sendo quadrada, retangular, e circular, bem como algumas outras.
Baseado no que diz a NBR 6118 (ABNT, 2014), independente da
forma que apresente, a seção transversal de pilares e de parede maciços não pode ser inferior a 360cm², nem possuir uma dimensão inferior a 19cm, contudo, tal dimensão pode ser aceitável ainda de acordo com a norma, podendo variar entre 14cm e 19cm, uma vez que os esforços aplicados sejam majorados corretamente.
O dimensionamento estrutural dos pilares pode ser realizado
pelos métodos: geral; pilar-padrão com curvatura aproximada; ou pilar- padrão com rigidez K aproximada.
Para o cálculo das armaduras mínimas em pilares de concreto
armado, é utilizada a equação ---min 6.1--- ; e para as armaduras máximas, utiliza-se ---max 6.1---.
Nas armaduras longitudinais, é necessário que se tenha pelo
menos uma barra localizada em cada vértice para seções poligonais, e no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro, quando se tratar de seções circulares. Com relação ao espaçamento máximo, deve-se obedecer as seguintes condições: ser menor que 400mm, ou menor que duas vezes o valor da menor dimensão da seção transversal do pilar. Já o espaçamento mínimo, deve se analisar as condições onde este deve ser maior que: 20mm, o produto entre as espessuras da barra, feixe e luva, ou 20% maior do que a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Para o caso das armaduras transversais, os chamados estribos, é
preciso que se tenha uma relação baseada no diâmetro, onde este deve ter no mínimo 5mm ou 25% da espessura longitudinal. Sobre o espaçamento, este deve ter valor máximo de: 200mm, menor dimensão da seção transversal do pilar, ou 24x a espessura longitudinal para CA-25, ou então de 12x a mesma para CA-50.
Em peças comprimidas tais como os pilares, o índice de esbeltez é
uma propriedade que faz relação entre o comprimento da flambagem da peça e o raio de giração da sua seção transversal. Após realizado o cálculo da esbeltez, sabe-se que estes devem possuir valores máximos de 200, apresentando apenas valores aceitáveis superiores a este quando há algum caso específico, onde elementos apresentam força normal baixa. A classificação dos pilares de acordo com sua esbeltez é tida por: curtos (valores iguais ou inferiores a 35), medianamente esbeltos (valores superiores a 35, e iguais ou inferiores a 90), esbeltos (valores superiores a 90, e iguais ou inferiores a 140), e muito esbeltos (valores superiores a 140, e iguais ou inferiores a 200).
A flambagem é um fenômeno que pode ocorrer em peças
esbeltas como explicado no parágrafo anterior, onde a área da seção transversal é bem menor do que o comprimento da peça. Estas peças podem gerar um deslocamento lateral na direção mais esbelta da peça quando há uma solicitação por forças de compressão axial. O comprimento de flambagem faz uma relação direta com as vinculações das extremidades dos pilares, o que indica o sentido do deslocamento que pode estar sujeito.
Para que seja possível realizar a verificação do estado-limite
último, é necessário que se leve em consideração algumas certas imperfeições geométricas do eixo, podendo estas serem: globais, que é quando se deve considerar um desaprumo dos elementos verticais, lembrando que o desaprumo não se sobrepõe ao carregamento de vento, uma vez que se deve analisar ambos, mantendo a preferência para o mais desfavorável; e locais, onde se deve levar em consideração a tração que é causada pelo desaprumo do pilar contraventado nas vezes em que se utilizam elementos de ligação entre pilares contraventados e pilares de contraventamento.
---talvez dê para adicionar mais coisas do 6.6---
Quando se observa um deslocamento horizontal localizado nos
nós das estrutura proveniente da ação das cargas verticais e horizontais, é ocasionada a geração de 2ª ordem, os chamados efeitos globais de 2ªordem. Se ao ser calculado o índice de esbeltez, e este se mostrar inferior ao valor limite, os efeitos de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados. Este valor limite é o qual onde os efeitos mencionados começam a provocar uma diminuição na resistência no pilar, obtido por uma relação entre a dimensão da seção na direção considerada, a excentricidade de 1ª ordem, e um valor obtido de acordo com o tipo de pilar e carga a ser encontrado com base nas vinculações das extremidades.
No cálculo dos pilares, é preciso realizar uma classificação com
base na sua posição em planta. Suas classificações são: pilares intermediários, que são aqueles solicitados por compressão normal centrada, em outras palavras, a excentricidade inicial é zero, e ainda que a força normal atue no centroide da seção transversal, ainda é necessária uma verificação na seção por uma relação entre o momento mínimo de 1ª ordem, força normal solicitante de cálculo, e excentricidade de 2 ª ordem; pilar de extremidade, que são os que se localizam nas bordas dos edifícios e são submetidos à forças normais de compressão e ações dos momentos transmitidos pelas vigas onde neste são apoiadas, utilizando-se também para o cálculo destes, relações matemáticas de acordo com a direção, de acordo com o eixo que apresenta ou não excentricidade; e pilar de canto, que são aqueles que como o próprio nome diz, são os situados nos cantos dos edifícios, e estão sujeitos à forças normais de compressão e ações dos momentos transmitidos pelas vigas, contudo, considera-se que este pilar é solicitado por flexão oblíqua composta, apresentando excentricidades iniciais nos dois eixos das ordenadas da seção transversal do pilar, além de se mostrar necessária a verificação das solicitações na extremidade de topo, extremidade da base, e seção intermediária.
Além do método de equações apresentadas anteriormente para o
dimensionamento dos pilares, também é possível obter a taxa de armadura na seção do pilar de uma forma rápida e simples, a partir da utilização de ábacos. Para que seja feita a leitura neste, utiliza-se dois valores: um referente à força normal adimensional, e outro como sendo o momento fletor de cálculo. Ao empregar estes valores, obtém- se um novo valor referido à área de aço parametrizada, que finalmente se pode obter a área de aço fazendo uma relação desta com a área da seção transversal do pilar, a resistência de cálculo à compressão do concreto, e a tensão de escoamento de cálculo.