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Celso Assis*
VISTO
A questão que abordo leva-nos a outras perguntas: quais países que não
exigem visto do brasileiro e de quais países os EUA também não requerem tal
permissão para adentrar em seus territórios. Apesar de tratar de um pequeno
Para evitar os grandes custos dos produtos no Brasil além de poder fazer
(em muitos casos) a primeira viagem internacional, o brasileiro embarca para os
Estados Unidos disposto a gastar. A diferença dos preços aqui e lá é um grande
incentivo para o brasileiro que melhorou seu poder aquisitivo e deseja exibir sua
nova condição social viajar e viver “o sonho americano” que tanto assistiu em filmes,
mesmo que seja por algumas semanas. Um exemplo recente que demonstrou o
cúmulo dos altos preços no Brasil foi o lançamento do novo console de vídeo game
da Sony, o Play Station 4, em novembro passado. Os quatro mil reais que seriam
gastos aqui, um brasileiro poderia viajar para Miami, hospedar-se em um hotel,
comprar o aparelho pelo equivalente a R$ 900 e voltar ao Brasil tranquilamente.
Segundo afirmou o presidente Barack Obama, esta é uma de injetar mais recursos
na economia do país, que ainda se recupera da recessão. "A cada ano, dezenas de
milhões de turistas de todo o mundo vêm visitar os Estados Unidos. E quanto mais
visitantes vierem, mais americanos voltarão a trabalhar", afirmou. "Queremos mais
gente vindo facilmente aos Estados Unidos".
Dado a todos estes fatos, a isenção de vistos para brasileiros pode demorar.
Quando visitou o Brasil em agosto de 2013, o secretário de Estado americano John
Kerry afirmou “que os EUA têm interesse em facilitar a entrada de brasileiros em
território americano, mas indicou que a isenção do visto ainda levará mais tempo,
afirmando esperar que ‘vamos chegar um dia’ a esse estágio”, publicou o portal de
notícias Último Segundo.
É preciso que haja uma sincronia de informações para que seja feito com
que o Brasil entre no programa de isenção de visto. Steven Bipes, um dos diretores
da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), comentou a
respeito. Há uma necessidade de haver uma igualdade na eficiência em recuperar
passaportes perdidos ou roubados, tanto da parte da americana quanto da brasileira.
A troca de informações sobre criminosos ainda empaca pois o sistema jurídico é
diferente em cada país. Informações sobre terroristas é quase nula no Brasil e é
com isso que os EUA se preocupa. “Ambos os governos criaram um grupo de
trabalho para tratar desses assuntos, porém ele está parado”, ele disse.
Uma das metas do Brasil é ter menos de 3% dos vistos negados, o que não
é difícil já que a nossa taxa não ultrapassa os 4%. Existe até um projeto de lei a ser
votado no Senado americano que aumentaria a taxa para 10%, o que permitiria a
entrada do Brasil, da Polônia, de Israel e da Croácia no Programa de Isenção de
Vistos.
CONCLUSÃO
Uma relação tão longa quanto a que temos com os norte-americanos não
deve ser paralisada por causa de entraves políticos e burocracia desnecessária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LACERDA, Antônio Corrêa de. Depois do 11 de setembro: o que mudou para a globalização
e o Brasil? In: ANTAS, Ricardo Mendes Jr.; DOWBOR, Ladislau; IANNI, Octavio (orgs.).
Estados Unidos: a supremacia contestada. São Paulo: Cortez, 2003. P. 81
OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Política externa brasileira. São Paulo: Saraiva, 2003. Pp.
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