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UMUARAMA
2016
ALEX FERNANDO DA SILVA
UMUARAMA
2016
ALEX FERNANDO SILVA
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________________
Professor Orientador Rodrigo da Silva Rodrigues
Universidade Paranaense - UNIPAR
_______________________________________________
Professor
______________________________________________
Professor
Umuarama
2016
A minha família, razão de minha
existência.
A Deus.
Agradecimento
Ao meu orientador Prof. Rodrigo por todo apoio, paciência e incentivo qυе
tornaram possível а conclusão desta monografia. Muito obrigado, você me transmitiu
conhecimento e incentivo, nos momentos que mais precisei.
The pourpose of this research is to present the qualities necessary for a decent
housing, safe and comfortable for the elderly, through the analysis of historical, social
and anthropological the elderly. Thus, during the work will be presented a brief
history of the evolution of the old house, and how it has received greater concern by
researchers in recent years, a fact that is due to the gradual increase in Brazilian life
expectancy. As a result the proposed residential building apartments for the elderly,
the needs of the elderly are appropriate and can offer them security, comfort,
autonomy and so quality of life, considering several defining factors that will be
discussed at work, as the concern to meet the standards of accessibility and
universal design, as well as concern entering the building the existing urban fabric,
integrating residents and the population.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
2. O ENVELHECIMENTO NO BRASIL..................................................................... 14
2.1. Conceitos e o processo de envelhecimento .................................................. 14
2.2. O idoso e a família ............................................................................................ 16
2.3. O envelhecimento e a qualidade de vida........................................................ 17
8. PROJETO ............................................................................................................. 93
8.1. TERRENO E JUSTIFICATIVA ........................................................................... 93
8.1.1. Cidade ............................................................................................................. 93
8.1.2. Terreno ............................................................................................................ 94
8.2. ENTORNO ......................................................................................................... 97
8.2.1. Topografia ........................................................................................................ 97
8.2.2. Insolação ......................................................................................................... 98
8.2.3. Ventilação ........................................................................................................ 99
8.2.4. Vias e fluxos .................................................................................................. 100
8.2.1. Entorno Imediato ........................................................................................... 102
8.3. PARTIDO ARQUITETÔNICO........................................................................... 104
8.4. PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................ 105
8.6. FLUXOGRAMA ................................................................................................ 107
8.7. PLANO MASSA ............................................................................................... 108
8.8. PROCESSO DE PROJETO ............................................................................. 108
INTRODUÇÃO
A ideia de desenvolver o tema relacionado à terceira idade, surgiu a partir da
percepção de um envelhecimento cada vez mais saudável, com idosos ativos e
cheio de vontade de viver. Uma terceira idade que namora, circula, se diverte,
produz, participa e desfruta de uma qualidade de vida. Velhice essa que observamos
nas ruas, supermercados e clubes.
Para este novo perfil de idoso, que possui uma demanda crescente, o modelo
tradicional de casa de repouso, onde o idoso fica institucionalizado, privado de sua
liberdade e autonomia, já se tornou ultrapassado, abrindo então uma lacuna para um
empreendimento que busque atender às essas necessidades contemporâneas dos
idosos.
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2. O ENVELHECIMENTO NO BRASIL
O envelhecimento tem aumentado significativamente nos últimos anos, isso
se dá por razão de vários fatores. Dentre eles, as pessoas estão vivendo cada vez
mais e melhor, e isso tende a se tornar mais intenso nas próximas décadas, por
conta do aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Por
isso é necessário conhecer o processo de envelhecimento que tem ocorrido no
Brasil, principalmente nas últimas décadas, alertando da necessidade de ampliação
das pesquisas e políticas que cercam esse tema, atualmente muito falado, mas
pouco aprofundado em relação às necessidades dos idosos em sua moradia
(BARRETO, 1992, p. 12-15).
Tabela 1. População Idoso no Brasil entre 1950 e 1980 e Projeção até o Ano 2025. *Os dados são
percentuais do total da população brasileira.
A casa e o grupo familiar são muito importantes para o idoso, pois fazem
parte de sua história, um elemento referencial do passado. Por isso, é necessário
que o espaço físico, ou seja, a casa, esteja adequada às necessidades físicas e
psicológicas, e que seja capaz de corresponder a esse modo particular de vida do
idoso.
De acordo com Barreto (2000), cerca de 60% dos idosos apresentam pelo
menos uma doença crônica que lhe traz limitações e sofrimento, e 33% tem duas
dessas doenças sobrepostas, ele ainda estima que cerca de 5% da população idosa
tenha doenças psíquicas graves, incluindo demencias avançadas e outras psicoses.
Isso tudo acarreta não só no sofrimento do próprio enfermo, mas também em seu
círculo familiar.
Barreto (2000) afirma que em muitos casos o mau ambiente criado na família
conduz à rejeição do idoso, vítima de negligencias ou mesmo maus tratos e
agressões.
Por esses motivos muitos idosos acabam preferindo viver sozinhos, muitas
vezes sem companhia e auxilio, mas que são compensados pela maior liberdade.
Esse problema é agravado em situações onde o idoso já não possui mais a sua
família de sangue, e o idoso se encontra à guarda de parentes distantes ou
“acidentais”.
Esses dados nos revelam que a qualidade de vida do idoso, tem como
princípio a capacidade funcional e autonomia. Pontos esses, que devem ser
explorados na arquitetura, de modo a oferecer ao idoso, formas para que isso possa
ser alcançado, através do projeto de ambientes funcionais, seguros e confortáveis.
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3. O IDOSO CONTEMPORÂNEO
Precisa-se compreender os idosos de hoje, quais as suas necessidades, as
suas atividades e como é o seu dia-dia. Entendendo de que forma isso pode
contribuir para uma arquitetura mais inclusiva, social e humanista. Para essa terceira
idade contemporânea é necessário que haja estruturas adequadas, que possam
corresponder às suas necessidades e expectativas, tornando a vida dessa
população mais confortável e segura.
1
Human Factors and Ergonomic Society (tradução livre: sociedade de fatores humanos e
ergonomia), é uma sociedade fundada nos EUA em 1957, sua missão é promover a descoberta e
intercâmbio de conhecimentos sobre as características dos seres humanos que sejam aplicáveis à
concepção de sistemas e dispositivos de todos os tipos, fonte:
https://hfes.org/web/AboutHFES/about.html
21
Nota-se que grande parte dos idosos só deixam o seu lar, quando se
encontram com dificuldades para morarem sozinhos. Dificuldades essas que muitas
vezes poderiam ser superadas se tivessem uma habitação adequada, que
atendesse às premícias de acessibilidade, ou que ainda possuíssem algum tipo de
auxílio para realizar as atividades cotidianas.
De acordo com Kachar (2001), o idoso durante muito tempo, foi esquecido por
sua família, e por toda a sociedade, sentindo-se desdriminado e excluído, contudo
com o avanço da Tecnologia, por conseguinte, da Medicina, a terceira idade está
ganhando lugar de destaque junto à sociedade, pois provou que o indivíduo, mesmo
em idades bem avançadas possui potencial produtivo e participativo, e que poderá
viver com qualidade.
2
Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de
recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas
com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão. (BERSCH & TONOLLI,
2006).
26
- Cama articulável: uma cama com controle remoto onde o usuário ajuste a
cama para que se sinta mais confortável;
“O Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada não foi uma instituição
qualquer, mas uma instituição modelar para a sua época. Fundado por um
proeminente homem de negócios da sociedade carioca, o Visconde Ferreira
de Almeida, rapidamente passou a receber subvenções públicas e a contar
com o apoio de uma ordem de freiras Franciscanas que cedia irmãs para
3
“Workhouse” era uma instituição onde os trabalhadores pobres eram alimentados e
alojados. Os primeiros registros de workhouses datam de 1600 na Inglaterra, época em que uma
série de Leis dos Pobres foram definidas, a fim de ajudar os pobres e indigentes, instaurado por
Elizabeth I (CROWTHER, 1979).
31
O modelo de asilo brasileiro, até hoje ainda tem muitas semelhanças com as
instituições totais, ultrapassadas no que diz respeito à administração de serviços de
saúde e/ou habitação para idosos (LIMA, 2011). De acordo com Goffman (2007, p.7)
define instituição total como sendo "um local de residência e trabalho, onde um
grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade
mais ampla por considerável período de tempo, leva uma vida fechada e
formalmente administrada".
A procura por essas instituições tem aumentado, mas o Brasil não está
preparado para esse aumento de demanda, e as instituições na sua grande maioria,
não estão estruturadas para receber os idosos (Ministério Público Federal (BR),
2011). Geralmente são casas inapropriadas e inadequadas às necessidades do
idoso, as quais não lhes oferecem assistencia social, cuidados básicos de higiene e
alimentação. É uma modalidade muito antiga, que mantem o idoso fora do seu
convivio familiar, favorecendo dessa forma o seu isolamento, sua inatividade física e
mental, tendo assim consequencias negativas quanto à sua qualidade de vida. Na
maioria delas, os idosos ficam esperando a morte (FREITAS e SCHEICHER, 2010).
A partir de 1914, com a Primeira Grande Guerra Mundial, viu-se uma grande
dificuldade para a importação de materiais de construção da Europa. Vidros, grades,
dobradiças, luminárias, papéis de parede, cerâmicas, torneiras não puderam mais
ser importados. O que dificultou a construção civil e impulsionou o desenvolvimento
de material nacional (LEMOS, 1996).
A casa não será mais essa coisa espessa que pretende desafiar os séculos
e que é o objeto opulento através do qual se manifesta a riqueza; ela será o
instrumento, da mesma forma que o é o automóvel. A casa não será mais
uma entidade arcaica, pesadamente enraizada no solo pelas profundas
fundações, construída em ‘duro’ e à devoção da qual se instaurou desde
muito tempo o culto da família, da raça etc (LE CORBUSIER, 2006, p.166).
4
. A Immeuble-Villa é a primeira casa-modelo do arquiteto Le Corbusier, que seria a principal
forma de residência em seu projeto de cidade. Inspirada nas celas dos monges de Ema, a Immeuble-
Villa (edifício vila) era uma habitação de pé direito duplo, margeada por um jardim, que poderia ser
disposta vertical ou horizontalmente, criando pequenos blocos residenciais.
33
Por isso esse capítulo tem como objetivo, tratar as questões relacionadas ao
morar para o idoso, baseado nos princípios de Ergonomia, Desenho Universal e da
acessibilidade. Com primícias de segurança e conforto espacial, levando em conta
os requerimentos funcionais e dimensionais da terceira idade.
Muita gente espera viver vidas longas e realizadas, mas poucas devem
admitir envelhecer quando isso envolve deterioração nas suas habilidades
físicas e mentais. Quando isso é agravado por um desenho inadequado no
ambiente construído, a mobilidade pessoal pode facilmente ser reduzida, e
o medo de ser acidentes – particularmente de quedas – irão
justificadamente inibir o estilo de vida de muitas pessoas no
envelhecimento. (...) Os projetos de habitações adequadas para essas
pessoas idosas devem ser considerado como um subgrupo, apoiando a
manutenção da independência pessoal e da dignidade enquanto as
pessoas envelhecem (HARRISON, 2001).
O autor acima esclarece que para uma velhice saudável, depende de como é
a interação do idoso com o meio ambiente, relacionamento este que está em
constante transformação. Independentemente da existência de leis e normas, que
obrigam os projetos a se ajustarem as necessidades de acesso, deve-se sempre ter
como prioridade o conforto e a segurança do usuário.
Em 2015, a norma foi novamente revisada pela ABNT, onde foi ressaltado os
critérios de sinalização em espaços públicos, parametros de ergonomia para
mobiliario e equipamentos urbanos, entre outros pontos. A abordagem foi ampliada,
a fim de atender aqueles que também tem dificuldades para se locomover, como
idosos, obesos, gestantes, anões e outros, seguindo o conceito de desenho
universal, onde é assegurado a acessibilidade para todas as pessoas
(NBR9050/2015).
obstáculo, e que não exista desníveis no percurso. Pois para cadeiras de rodas, seja
manual ou motorizada, qualquer obstáculo significa um transtorno. Em relação as
dimensões utilizadas pelas cadeiras de rodas manuais, a figura abaixo relaciona-as
(figura 5).
Os projetos devem estar aptos a atender todo tipo de usuário, sejam crianças,
adultos, idosos, portadores de necessidades especiais. Obstáculos e dificuldades
que possam gerar riscos ou acidentes devem ser evitados, a fim de proporcionar
autonomia e independência para a realização de atividades cotidianas.
Princípio 6 (Figura 14) – Pouco esforço físico: O desenho pode ser usado de
forma eficiente e confortável com um mínimo de fadiga:
De acordo com Barros (2010), muitos itens do desenho universal são opções
simples sem custo adicional. Outras têm um custo muito baixo e vão se tornando
mais econômicas à medida que o seu uso se torna mais frequente. A produção em
massa, gera uma economia de escala, minimizando os custos e permite produzir
itens que possam ser padronizados e largamente utilizados, ao mesmo tempo úteis
e atrativos para todos, pode e deve se tornar uma realidade concreta.
5.2.2. Quartos
As portas devem ser mais largas que o convencional, conforme já foi
explicado, preferencialmente com 90cm. A maçaneta deve ser do tipo alavanca, pois
facilita o seu uso. Os interruptores devem ser simples, e de fácil acionamento, é
recomendável a utilização de interruptores paralelos ao lado, de forma que o idoso
possa desligar a lâmpada e acende-la ao deitar-se. A altura correta da cama, é
quando o idoso consiga colocar o pé no chão ao se sentar na beirada, entre 45 e 50
cm, barras de apoio na lateral da cama pode ajudar, principalmente quando estiver
sonolento (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 2009).
5.2.3. Banheiro
Este é o espaço que apresenta maior atenção, não só pela diversidade de
medidas e de acessórios que devem ser utilizados para minimizar os riscos e facilitar
o uso, mas principalmente por ser o ambiente que mais represente perigo, face às
estatísticas que mostram ser o local onde ocorre a maior parte das quedas
domiciliares. Com a popularização dos edifícios de apartamentos cada vez menores,
os banheiros diminuíram significativamente, onde antes existia um banheiro, foi-se
feito dois (BARROS, 2010, p.60).
bancada da pia, para onde são lavados os alimentos que saem do refrigerador, para
serem limpos e cortados; a área de processamento, onde os alimentos são
misturados, e a área de cocção, onde pode haver uma série de equipamentos como
o fogão, forno, micro-ondas, forno elétrico e grill.
- Flexibilidade e modularidade;
- Simplicidade;
- Fácil higienização;
- Segurança;
5
an Introduction to Foodservices Industry, NAFEM – North American Association of Food
Equipaments Manufactures, 1995 (Tradução livre: Associação Norte Americana de Fabricantes de
Equipamentos Alimentícios).
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- O alcance máximo para pessoas deve ser 1,2 vezes a sua altura;
5.2.6. Considerações
Após as considerações, conclui-se que espaços para os idosos devem ser
concebidos para proporcionar uma atmosfera segura, acolhedora e independente
que estimule a interação social e atividades saudáveis. Os espaços podem também
serem tratados como espaços terapêuticos que ajudem na recuperação tanto física
como psicológica do idoso.
Iida (2005), define uma zona de conforto para ambientes destinados a idosos,
essa zona é encontrada entre as temperaturas efetivas de 20º a 24º, com uma
umidade relativa do ar de 40% a 80%, com uma velocidade do ar moderada, da
ordem de 0,2 m/s.
De acordo com Silva (2008), quanto mais frágil e debilitado for um organismo,
maior será a sua predisposição para sofrer os efeitos dos ruídos. Por essa razão é
que idosos, crianças e os doentes são mais vulneráveis à ação de sons
indesejáveis.
Knusden (1950) explica que grande parte das casas são projetadas e
construídas sem nenhuma preocupação acústica e o resultado disto é,
frequentemente deplorável. Os halls e escadas são tubos ruidosos, salas de jantar e
estar são extremamente reverberantes, as janelas dos quartos são muitas vezes
voltadas para ruas barulhentas. O isolamento entre os quartos e outros ambientes
são totalmente ineficazes. Os dormitórios e ambientes que requerem silêncio devem
ser voltado para os lados que cumpram essas exigências.
6. OBRAS CORRELATAS
Será analisado três obras pertinentes ao tema, de forma que seus estudos
possam contribuir para a elaboração da proposta final, objetivo dessa pesquisa.
Dessa forma, as obras escolhidas foram analisadas desde o histórico de construção
do edifício, até mesmo a solução estrutural adotada e os materiais utilizados.
As duas próximas obras analisadas, são localizadas fora do país, locais onde
esses tipos de edifício são mais comuns. Ambas apresentam uma solução
arquitetônica relevante, pertinente ao local onde foram construídas. Dessa forma,
nessas análises focou-se na funcionalidade dos espaços e como eles se relacionam
entre sim.
O edifício Hiléia (figura 18) tem uma área construída total de 13.400 m²,
desenvolvido pelo escritório de arquitetos Aflalo & Gasperini em 2007. Está
localizado no Morumbi, bairro nobre da zona sul da cidade de São Paulo – SP. O
edifício integra as funções de residencial, clube e atendimento à saúde,
especializado em pessoas com mal de Alzheimer. Possui um grande programa de
necessidades, com fluxos bem definidos, com enfoque na funcionalidade, além de
possuir uma excelente volumetria e solução estética e material. Razões que fizeram
esse projeto ser escolhido para ser analisado.
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6.1.1. Partido
Era importante o edifício ter elementos que permitisse o paciente se identificar
com o lugar, e provocar nele uma sensação de familiaridade, fator importante tanto
para manter o equilíbrio emocional do idoso afastado da sua casa quanto para
atenuar a eventual sensação de desorientação do portador de Alzheimer.
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O terreno com declive de cerca de seis metros, fez com que o edifício fosse
composto por dois volumes: um embasamento horizontal com três pavimentos de
áreas comuns do hotel e da clínica e o segundo vertical, que foi implantado no alto
do terreno onde se eleva um prédio laminar com 50m de comprimento por 17m de
largura, com oito pavimentos onde estão as suítes e na cobertura está localizada a
UTI.
6.1.2. Implantação
O edifício foi implantado em um terreno com cerca de 2.600 m². A parte
posterior do terreno foi ocupado por um volume como se fosse uma caixa, onde se
encontram os espaços destinados a lazer e múltiplas atividades.
O acesso dos usuários está localizado ao lado direito, feito pela rua
Jandiatuba, o estacionamento é acessado após o volume horizontal pela mesma rua
e o acesso dos funcionários é ao lado esquerdo, pela rua Itacaiuna, conforme
assinalado na figura 19.
6.1.3. Função/Zoneamento
No primeiro subsolo, que se abre para os jardins, está localizado a piscina
coberta, as salas de atividades, a academia e os ateliês. A circulação vertical se dá
pela parte central, com circulações largas e intuitivas, sinalizadas na figura 20.
Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
No térreo está o acesso principal ao edifício, que é feito por meio de uma
grande praça de acesso, que inclusive pode ser acessada por veículos para
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Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
especialidades, uma ampla praça com varandas, os banheiros são amplos para
atender os usuários.
Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
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Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo - Março 2009 / Edição 180, editado pelo autor.
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6.1.4. Materiais
O principal material utilizado foi a madeira, que proporciona uma sensação de
aconchego visual. A madeira é utilizada no térreo, nos terraços, na cobertura e nos
pilares estruturais (figura 28).
Figura 28. Revestimentos de madeira nos pilares, guarda corpo, brises e mobiliário
Fonte: http://aflalogasperini.com.br
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Fonte: https://www.flickr.com/photos/hilea/
6.1.5. Forma
O conjunto formal é composto por elementos retangulares, essas formas
estão relacionadas de maneira consistente e organizada. Possuindo três elementos
bem definidos, sendo dois horizontais e um vertical, como destaca a figura 31.
Fonte: Autor
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6.1.7. Considerações
O edifício Hiléia apresenta uma proposta arquitetônica pertinente, mesmo
tendo como público alvo pessoas que possuam mais recursos financeiros ela busca
atender de uma forma mais humanizada os idosos, oferecendo privacidade,
autonomia e segurança, além de um leque de atividades oferecidas tanto a
residentes como ao público.
Fonte: http://leejungha.blogspot.com.br/2012/09/wozoco-housing-by-mvrdv.html
6.2.1. Partido
Os arquitetos encontram diversas dificuldades durante o projeto. Inicialmente
eram previstos apenas 87 apartamentos, que estariam condizentes com as
restrições do zoneamento, porém esse número foi posteriormente aumentado para
100 apartamentos. A solução então encontrada para acomodar essas 13 unidades
adicionais sem violar a legislação foi deixa-las na fachada norte em balanço.
Fonte: http://leejungha.blogspot.com.br/2012/09/wozoco-housing-by-mvrdv.html
6.2.2. Implantação
O edifício fica em um bairro característico dos anos 60, chamado de Osdorp,
um distrito a oeste de Amsterdam, considerado um jardim da cidade. Fica em uma
via de fácil acesso, chamada de Rua Ookmmerweg. Ao se observar a figura 36,
nota-se que o edifício é cercado por diversos prédios e grandes áreas verdes.
6.2.3. Função/Zoneamento
O edifício é constituído de 9 pavimentos sobre o solo, e mais o
estacionamento no subsolo (figura 38). Ele possui um programa de necessidades
bem enxuto, somente com alguns depósitos, o estacionamento e os apartamentos.
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6.2.4. Forma
A solução formal foi condicionada pelo terreno e pela legislação, o edifício é
do tipo lamina, tendo um grande comprimento longitudinal. Possuindo 8 andares, o
edifício se destaca pela horizontalidade (figura 42).
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Fonte: https://br.pinterest.com
Um dos destaques do edifício são suas sacadas de vidro colorido, que trazem
alegria e energia para o edifício. As sacadas foram dispostas de forma aleatória
(figura 43), uma diferente da outra, representando a diversidade dos moradores,
cada morador com sua personalidade, sua história e seus costumes.
Fonte: https://br.pinterest.com
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Fonte: https://br.pinterest.com
6.2.5. Considerações
O edifício WoZoKo é singular, a solução encontrada pelos arquitetos para
resolver a necessidade de aumentar o número de apartamentos, colocando-os em
balanço é muito criativa. Apesar do edifício ser de interesse social, possui uma boa
qualidade arquitetônica no que está proposto a oferecer, os apartamentos são
amplos, bem iluminados e ventilados e são todos acessíveis.
6.3.1. Implantação
A implantação foi proposta procurando privilegiar os dormitórios com a
iluminação natural do sol e a vista para o rio (figura 47). O acesso é feito por uma
importante via de acesso (figura 48), a entrada de serviço é ao lado esquerdo,
enquanto a entrada de moradores e visitantes fica ao lato direito, setorizando dessa
forma os acessos. O acesso principal é feito por uma praça ajardinada, e possui
algumas vagas para visitantes.
No térreo (figura 51), por onde é feito o acesso dos moradores, visitantes e
funcionários. Não possui apartamentos nesse pavimento, somente áreas de
convívio, área médica e o setor dos funcionários do edifício. As áreas de convívio e
lazer possui grandes aberturas para um terraço, com vista para o rio.
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6.3.3. Considerações
O edifício é versátil, capaz de atender a idosos em diversas situações, desde
totalmente dependentes, podendo ser temporário ou não, mas que exigem cuidado
profissional, equipamentos especiais e uma equipe médica sempre disponível, a até
idosos independentes, que não necessitam de nenhum auxílio. Oferecendo algumas
atividades importantes, como pilates, hidroginástica e espaços de convívio, que
contribuem diretamente para a qualidade de vida e bem estar do idoso.
8. PROJETO
8.1.2. Terreno
O terreno a ser escolhido deve ter uma localização privilegiada. Os critérios
da escolha do terreno foram os seguintes:
Além desses itens acima descritos, é necessário que o plano diretor municipal
permita atividade residencial multifamiliar e edifícios acima de 2 pavimentos, o
terreno ainda deve possuir as dimensões mínimas necessárias para que se
estabeleça o programa de necessidades básico do edifício.
RECUOS
TX. TX.
C.A. ALTURA (PAV.)
OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE FRONTAL LATERAL FUNDO
8.2. ENTORNO
8.2.1. Topografia
A formação topográfica do local de implantação escolhido foi um ponto
determinante, visto que para evitar rampas e escadas longas seria necessário que o
terreno tivesse uma topografa suave, proporcionando assim aos pedestres um
caminhar confortável e acessível.
8.2.2. Insolação
Aspectos climáticos interferem de modo direto no processo projetual,
considerando que tais aspectos não podem ser alterados, o projeto deve se adequar
a esses fatores, a fim de tirar proveito deles e proporcionar conforto e qualidade ao
usuário, favorecendo assim a execução de suas atividades.
8.2.3. Ventilação
A ventilação natural pode reduzir o consumo energético do edifício e
proporcionar ambientes mais confortáveis termicamente, essencialmente em regiões
de climas quentes como o da cidade de Umuarama-PR. Para isso é necessário que
possua ferramentas de avaliação e análise dos ventos, a fim de potencializar as
decisões projetuais relacionadas ao aproveitamento da ventilação natural.
Dessa forma, o edifício não seria utilizado somente pelos moradores, mas sim
por toda a comunidade, oferecendo atividades e serviços que atraíssem os
pedestres e moradores da vizinhança para utilizá-lo, promovendo dessa forma a
sociabilização de moradores do edifício e a comunidade.
Cozinha, estar,
Apartamentos 70 1-2 2-4 45 m² dormitório e banheiro
PNE
Equipamentos de
Academia 1 - 30 120 m²
ATIVIDADES (usuários externos
ginastica
Piscina Térmica 1 - 30 180 m² -
Equipamentos de
e residentes)
Fisioterapia 3 1 2 30 m²
fisioterapia
Equipamentos para
Pilates 1 - 30 60 m²
pilates
Atelier 2 - 15 30 m² Mesas e cadeiras
Tanque, máquina e
Lavanderia 1 - 2 45 m²
MANUTENÇÃO / SERVIÇOS
armários
Depósito de lixo 1 - 2 15 m² -
Depósito de Limpeza 1 - 2 12 m² -
Lojas 4 1 10 60m² -
OUTROS
Estacionamento 60 - - 15m² -
8.6. FLUXOGRAMA
A partir do pré-dimensionamento foi criado um fluxograma para
delimitação dos fluxos ocorridos entre os ambientes, prevendo futuros problemas
quanto à orientação dos ambientes e fluxos de usuários e funcionários, conforme
representados na Figuras 68.
forma de lâmina (etapa 3), em seguida, o espaço livre resultante buscou-se integrar
ao entorno, propondo uma grande praça.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROBSON, D.; NICHOLSON, A.-M.; BARKER, N. Homes for the Third Age: A
Design Guide for Extra Care Sheltered Housing. 2ª. ed. Londres: Chapman & Hall,
2005.