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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

1 - CARACTERIZAÇÃO:

A definição da palavra ‘caracterizar’ pode ser entendida como: ‘por em evidencia uma
característica especifica de algo ou alguém’, dessa forma o presente trabalho tem
como fim por caracterizar de uma embarcação de pesca característica da região do
nordeste Cearense, Acaraú, iniciando assim o processo de aperfeiçoamento do cenário
pesqueiro local, no caso desse estudo levantando dados sobre a embarcação.

A caracterização da embarcação nesse estudo foi feita através da medição das suas
dimensões físicas como comprimento, boca, volume de armazenamento, etc., e pelas
características de navegação que foram obtidas por meio de entrevista dos usuários e
construtores do pesqueiro. Com esses dados foram construídos desenhos técnicos,
Plano de Linhas e Arranjo Geral, que facilitarão o calculo e determinação de outros
parâmetros importantes na caracterização de uma embarcação.

2 – DIMENSÕES, ÁREAS E COEFICIENTES:

2.1 – DIMENSÕES PRINCIPAIS:

As dimensões principais de uma embarcação são os maiores influenciadores no


desempenho de uma embarcação, características como capacidade de carga,
flutuabilidade, estabilidade, preço de construção, velocidade e estrutura são só alguns
dos que sofrem influencia direta das dimensões principais.

A) Comprimento Total: se refere ao comprimento longitudinal máximo da


embarcação vai do extremo de ré ao extremo de vante.
B) Comprimento na linha d’água: comprimento longitudinal máximo da linha d’água
no casco obtida no calado de projeto.
C) Boca: é a largura da seção transversal da embarcação, como na maioria dos casos
não temos uma seção constante é definida como a maior largura do casco.
D) Boca na linha d’água: largura máxima obtida pela linha d’agua do casco no calado
considerado.
E) Calado: é a distancia vertical da linha d’água até a parte mais baixo da embarcação
naquele ponto.
F) Pontal: é a distancia vertical do convés até a linha de base da embarcação.
G) Borda-Livre: é a distancia vertical da linha d’água até o convés, sendo um
importante indicador da reserva de flutuabilidade da embarcação.

2.2 – ÁREAS:
Como forma de melhoria organizacional tem-se a otimização do arranjo físico ou
layout, que está diretamente associado a vários fatores relacionados diretamente ou
indiretamente à eficiência produtiva, podendo citar os seguintes: economia de espaço,
redução da movimentação e transporte, redução do volume de material em processo,
redução do tempo de manufatura, redução de custos indiretos, satisfação do trabalho,
incremento da produção, melhor qualidade e flexibilização da produção (OLIVÉRIO,
1985).

É notória a indispensabilidade de um bom arranjo de espaço para que critérios como


segurança, conforto, economia e operação sejam atendidos da melhor forma possível
melhorando a produtividade. Existem diversas abordagens na avaliação do arranjo
geral de uma embarcação, no presente estudo será feita a divisão entre áreas
operacionais e áreas rentáveis, estas podendo ser usadas como parâmetros que
possibilitam diversas analisem técnicas, tais como: aspecto arquitetônico, porte
dimensional, viabilidade econômica, estudos para otimização de espaços, entre outros,
tais parâmetros também podem servir para analises de viabilidade econômica, social e
ambiental, quando relacionados com dados de mão-de-obra e matéria-prima utilizada
no processo de construção.

Para avaliar o nível de otimização e rentabilidade dos espaços, as áreas da embarcação


serão divididas em dois grupos, áreas operacionais e áreas rentáveis. Dessa forma

A) Área Operacional: Qualifica as áreas destinadas ao funcionamento da embarcação,


local onde são apresentadas condições necessárias para operar a embarcação.
B) Área Rentável: Qualifica as áreas onde o ocorre a transformação ou estocagem da
mercadoria que da o retorno financeiro que justifica a operação.
C) Área Total: Formada por todas as áreas construídas.

2.3 - COEFICIENTES DE FORMA:

São adimensionais que expressam as diversas relações entre as formas do casco, sejam
essas superfícies ou volumes, em conjunto complementam o projeto inicial do navio,
pois nos oferecem uma perspectiva da forma do casco e das suas seções submersas.

Coeficiente de bloco (CB): nos passa a ideia de quão cheio é o casco da embarcação. O
coeficiente de bloco também está intimamente ligado à velocidade da embarcação e a
sua capacidade de carga. Numericamente falando é a razão entre o volume de carena
e as dimensões principais para a dada linha d’agua:
𝑉
𝐶𝐵 = 𝐵.𝐿.𝑇

Sendo:
V: Volume de Carena, B: Boca moldada, T: Calado de Projeto, L: Comprimento da linha
d’água

Coeficiente de Seção Mestra (CM): é a razão entre a área imersa da seção mestra e o
retângulo formado pela Boca e Calado analisado, este adimensional nos passa a ideia
de quão esbelto é o casco da embarcação:

𝑀𝐴
𝐶𝑀 = 𝐵.𝑇

Sendo:

AM: Área de carena da Seção mestra

Coeficiente Prismático (CP): Estabelece a relação uma razão entre o volume de


deslocamento da carena (V) e o volume de um prisma imaginário, definido pelo
produto da área da seção mestra (ASM) e o Comprimento da embarcação (L)
𝑉
𝐶𝑃 = 𝐴
𝑆𝑀 .𝐿

Coeficiente de Linha D’água (CWP): é a razão entre a área de flutuação e a área do


retângulo imaginário definido pelo comprimento do navio L e a boca B:
𝐴𝑊𝑃
𝐶𝑊𝑃 = 𝐵.𝐿

Coeficiente Volumétrico (CV): expressa o deslocamento da embarcação em termos do


seu comprimento, sendo que quanto maior esse coeficiente mais cheias serão as
formas do casco:
Δ
𝐶𝑉 = 𝐿3
10

Coeficiente de Deadweight (CDWT): esse coeficiente relaciona a quantidade de carga


(DWTC) transportada e o volume deslocado (Δ) pela embarcação:
𝐷𝑊𝑇𝐶
𝐶𝐷𝑊𝑇 = 𝛥

1 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DA EMBARCAÇÃO:


1.1 – DESENHO TÉCNICO:

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da
arquitetura. Utilizando um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e
indicações escritas normatizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido
como a linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. (SOUZA W. 2008).

Toda obra de engenharia em estagio de criação e desenvolvimento está diretamente


ligada à expressão gráfica, sendo o desenho técnico uma ferramenta fundamental para
apresentar resultados, facilitar cálculos, analises de risco, estudos econômicos e etc.
Isso se da pelo fato do desenho representar uma idealização visual do que se almeja
construir permitindo assim uma maior amplitude de analises, pois muitas
características podem passar despercebidas pela analise puramente analítica. No ramo
naval é papel do engenheiro representar a geometria complexa da embarcação
através de um desenho técnico.

– PLANO DE LINHAS:

O desenho técnico que representa a geometria do casco de uma embarcação é


conhecido como plano de linhas, este é constituído por vários planos imaginários que
cortam a embarcação em determinada posição e representam a sua forma naquela
corte.

Figura 01: http://naval.wiki.br/images/5/5a/Cortes.jpg

Efetuando-se cortes transversais ao longo do casco serão obtidas as balizas de cada


seção, geralmente o espaçamento entre cada seção será igual, sendo usadas na
construção do plano de balizas. De modo análogo se forem feitos cortes horizontais e
verticais serão obtidos, respectivamente, os planos de linhas de alto e de linhas
d’agua.

Figura 02: http://www.lodidesign.com.br/blog/wp-


content/uploads/2014/01/planolinhas4.png

Com o plano de linhas completo é obtido a total definição bidimensional do casco


tridimensionalmente, o que é suficiente para que se possa fazer a maioria dos cálculos
necessários para avaliar certas qualidades que se almeja alcançar e assim definir a
construção. O conjunto de dados, curvas hidrostáticas, são obtidas através do plano de
linhas e apresenta dados essenciais como posição do centro de gravidade,
deslocamento, superfície molhada, etc.

Para um melhor entendimento da representação das linhas, temos a tabela abaixo:

Vistas Plano de Referência Representação das Linhas do Navio


em que são
Projetadas
Linhas d’água Linhas do Alto Linhas de Baliza

Planos de Linha Plano da Base Verdadeira Retas Retas


D’água grandeza

Planos das Linhas Plano Diametral Retas Verdadeira Retas


do Alto Grandeza

Plano de Balizas Plano de Meia nau Retas Retas Verdadeira


Grandeza

Tabela 01 – Cap. 02 – Arte Naval 2005

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