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A partir da ideologia geral txicáo, o autor explicita as concepções de reprodução social, que
é fundamentada em uma dualidade da reprodução social txicao. Esta depende de fatores internos de
ordem biologica e "natural", e fatores externos de ordem cultural e relacional. Esta concepção dual
da reprodução afeta os modos de reprodução social gerando consequencias como: "primeiro, o
estatuto incerto e movel do cativo, do ponto de vista da terminologia de parentesco; depois,
aposição especial que este ocupa na onomástica, quer como entidade designada quer como termo
designante.(p193)
Neste sentido o autor questiona a preponderancia do parentesco, enquanto area de estudo
privilegiada parade explicar a pratica social e seu principio de ordem. Para tanto em sua analise os
termos de parentesco são tratados como um subconjunto dos modos de classificação social que por
sua vez podem contribuir com uma série de indicações "sobre as regularidades estruturais do
sistema social"(p196); Acentuando o ponto de vista que encara a relação entre sistemas de
classificação e organização social como mais complexa do que a descrição de um principio de
agenciamento dos grupos sociais a apartir de um conjunto de termos de parentesco. Por tanto ao se
voltar a literatura a respeito de parentesco o autor afirma que “a existencia de um sistema de
parentesco, protótipo do sistema social, não é um a priori, antes depende das condições de
designação das relaçoes genealógicas e da sua posição numa ideologia particular”(p.197) no
contexto etnografico txicáo o autor se propoem a obter um modelo satisfatorio da organização
social atraves da análise dos sitemas de parentesco e dos sistemas de nomeação, levando em
consideração suas respectivas participações na classificação social.
Enquanto na analise antropologica corrente se opoem categorias de relações e nomes de
pessoas considerando os primeiros como classificatorios e os segundos como individualizantes. No
caso analisado por Menget tanto as categorias de relações como os nomes pessoais são categorias
relacionais, além delas existem “categorias vetores que permitem, em determinadas situaçoes
sociais, transformar um não parente num parente ou, por vezes, o inverso”(p.198). Desta maneira
entre os txicáo os nomes próprios funcionam como categorias que criam novas relações
genealogicas, gerando novos termos de parentesco a certas relações constantes.
Antes de demosntrar o funcionamento dos sistemas de categorias txicao o autor resalta a
necessidade de elucidar os contextos socio linguistigos em que se utiliza da classificação social.
Para tanto recorre ao sistema de substantivos para os txicáo que é semelhante a todo o grupo
linguistico caribe, o sistema é dividido em duas classes, os substantivos que existem independente
de alguém possui-los, e os que necessariamente são acompanhados de uma marca possessiva ao
serem evocados. Os termos de parentesco bem como a maior parte do termo de relações pertencem
a segunda classe de substantivos, entretanto há exeções: o subconjunto dos termos de tratamento
onde pode ser incluido os tecnonimos encontram-se em enunciados sob a forma não possessiva.
Pagina 199 explicação das formas de posse, aqui dentre as possíveis formas de indicar posse o
autor chama atenção para a forma dual, chamada dual inclusivo uk-pari – onde esta incluida a
primeira e a segunda pessoa – pois os termos de parentesco em sua totalidade podem adoptar essa
forma ,” embora os termos de conjunto sejam usados com esta prefixação muito raramente”. A
implicação mais geral deste fato ressoa na teoria do parentesco produzida até então que se utiliza de
um diagrama centrado num ego individual e orientado pelo eixo das gerações para representar os
termos de parentesco. Desta maneira a teoria do parentesco toma como universal um modelo
genealógico da relaçao bem como o fato de o indivíduo ser o ponto central obrigatório do modelo.
(pg199 e 200)
AS CATEGORIAS GERAIS
Ao analisar o lexico txicáo persebemos que este é recheado de categorias - que para uma visão
etnocentrica - “confunde” determinadas posições genealógicas de gerações diferentes. Bem como
categorias que podem definir conjuntos de pessoas variaveis em numero e em principio de
agregação, ou seja aparentemente categorias imprecisas. É o caso da palavra tenpano – categoria
mais geral da nomenclatura txicáo, o homem por oposição as demais espécies vivas.
- explicação das expecies vivas pg 201
Dentre as categorias de seres vivos o autor chama a atenção para a de wonkin “ser dotado de uma
particularidade ambigua, ou melhor situada em condiçoes extraordinárias”. Termo que se refere a
espirito(seres polimorfos geralmente maléficos). Wonkin não é distindo das demais categorias
segundo dados da realidade sensível, desta maneira qualquer ser pode ser wonkin. “ o que acaba por
distinguir os wonkin dos outros homens e animais é uma realidade mais profunda, de ordem
inteligível e não sensivel”(pg203). Ou seja wonkin funciona como classe residual onde seus
criterios de definição escapam a coerencia de conjunto do esquema. Por tanto é definido por uma
condição suplementar, exterior a sua definição classificatória.
-Pensar na classe residual wonkin como figura que explique como funciona a classificação de
parentes.
- relato do encontro entre 2 grupos falantes da mesma língua, estes se reconhecem tenpano por falar
a msma língua
-
- exemplo do homem sozinho na floresta pg204
No sentido mais restrito tenpano remete a humanidade por excelencia, ou seja, os Txicáo. Por isso
se tem a concepção de que partilhar a língua é partilhar os mesmos mitos e os mesmos herois, assim
a mesma historia, os mesmos antepassados. Ideia expressa no termo Kantavo-banopun – a parentela
de kantavo (heroi mitico cuja comunidade linguistica tem uma relação de filiação mas sem
conteudo genealógico preciso e específico) termo equivalente a comunidade dos tenpanongmo –
uma coletividade ideal e não um grupo identificavel. Neste sentido tenpano opoem-se a urot (o
estrangeitro-inimigo) aquele que não tem a lingua txicao como língua materna. Estes são idealmente
aqueles sobre quem se “exerce a vingança,fornecedores de prisioneiros, de troféus humanos e das
identidades complementares, sob a forma de nomes próprios”. (pg205) Os dois termos nunca são
marcados pelo possessivo e funcionam como categorias complementares e nunca fixas, dependendo
das relações dos txicáo com outros povos suas alianças politicas ou relaçoes de hostilidade.
O movimento que o autor faz ao apresentar o lexico Txicáo é partir dos termos mais gerais
de classificação – humano não humano, Txicáo não Txicáo – em direção aos termos mais
especificos que descrevão laços genealógicos.
por tanto ibanonpun que remete a uma parentela de extenção variavel compreende os todos
os termos de tratamento do lexico Txicáo exceto um ublinta, o é termo usado para um rival numa
relação de hostilidade ou de competição, tambem é utilizado(sob conjugação eblinta) para designar
o marido da irma da esposa de um homem, e a mulher do irmão do marido de uma mulher. “um
eblinta é portanto um homem ou uma mulher que substitui indevidamente o ego, ou seu irmão do
mesmo sexo (na mesma posição classificatoria)” associado metaforicamente ao inimigo. Isso ocorre
devido a pratica social da ooliginia sororal e da poliandria fraternal, praticas que extendem as
relações matrimoniais para os irmãos do(a) conjuje.
- A oposição entre ibanonpun e eblinta tambem é utilizada para pensar a questao da indistição entre
parentes consanguineos e por aliança no parentesco txicao.
- por tanto ibanonpun que remete a uma parentela de extenção variavel compreende os termos todos
da tabela 7 exeto eblinta, que são utilizados junto a metafora da distancia para qualificar o laço
genealogico.
Oque ele quis dizer exatamente com a distinção termos de tratamento e termos de referencia e a
ineficacia dessa divisão para identificar sistemas isoláveis?