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FICHA DE TRABALHO DE PORTUGUÊS

Questões de gramática

A CADEIA DE CAMILO
1 “ Uma prisão à moda antiga
A Cadeia da Relação do Porto abriu as suas portas no final do século XVIII, para funcionar de acordo com
os conceitos da época. Alojou Camilo Castelo Branco, entre outras figuras ilustres, e chegou a escandalizar
um rei.
5 Da sua janela, via as torres da Igreja do Bonfim, os telhados num suave declive e, delineado contra o
horizonte, o Convento de S. Bento de Avé-Maria, a atual gare ferroviária de São Bento, no centro do Porto.
[…] Na altura, nomeadamente nos meses invernosos, o cenário que o olhar de Camilo Castelo Branco
abarcava era seguramente mais sombrio, e o frio devia tolher-lhe as mãos pousadas no peitoril, junto das
grades.
10 No entanto, Camilo sabia – e admitia – que habitava a melhor cela individual da Cadeia da Relação,
orientada para o exterior, com vista sobre o burgo. Mesmo outras celas do terceiro piso do edifício,
denominadas “quartos de malta”, ocupadas pelos reclusos mais abastados ou mais ilustres, não
beneficiavam das mesmas vantagens, já que se encontravam viradas para o interior da cadeia, e o olhar
encontrava apenas as paredes de pedra que subiam, nuas, do saguão principal, posteriormente transformado
15 em pátio para os presos.
Aqui, na zona “privilegiada”, os reclusos
ficavam nos seus quartos […] ou, sempre que o
desejassem, podiam passear pelo amplo corredor,
1
onde os criados lhes levavam comida e roupa
20 lavada, conversando com outros detidos. Foi o
caso de Camilo e de Zé do Telhado, com quem o
escritor travou amizade por “conveniência”, como
explica Sónia Silva, responsável pela Extensão
Cultural e Educativa do Centro Português de
25 Fotografia, alojado no imenso edifício que foi
tribunal até 1937 e cadeia até 1974. De facto,
Camilo estava convencido de que o marido de Ana
Plácido, o abastado comerciante Manuel Pinheiro
Alves, teria subornado alguém para o agredir quando estavam ambos detidos, acusados de adultério, pelo
30 que fez de Zé do Telhado (também recluso no terceiro piso, apesar de ser um salteador de estrada, por ter
dinheiro e ser um líder nato) “uma espécie de guarda-costas”.
A amizade perdurou ao ponto de lhe ter recomendado o seu advogado, mas nem este conseguiu salvá-
lo do degredo em África.

SUPER 198 - Outubro 2014


In http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=2859:a-cadeia-de-
camilo&catid=9:artigos&Itemid=83 (consultado dia 26/01/2015- com supressões)

Responde às questões, selecionando, para cada ítem, a única alínea correta:

1. No enunciado “A Cadeia da Relação do Porto abriu as suas portas no final do século XVIII” (l. 2) a coesão é
assegurada pelo recurso
a) à pronominalização.
b) à repetição intencional.
c) à substituição lexical.
d) ao uso correto do pretérito imperfeito do indicativo.

2. Quantas preposições (simples e/ou contraídas) encontras no enunciado “para funcionar de acordo com os
conceitos da época” (ll.2-3)?
a) Duas.
b) Três.
c) Quatro.
d) Cinco.

3. A palavra “escandalizar” (l. 3), quanto ao seu processo de formação, é


a) um composto morfológico.
b) um composto morfossintáctico.
c) uma palavra derivada por prefixação.
d) uma palavra derivada por sufixação.

4. Se substituirmos o complemento direto por um pronome, no enunciado “chegou a escandalizar um rei.“ (ll.
3-4), a opção correta será
a) “chegou-o a escandalizar.“
b) “chegou a escandalizá-lo.“
c) “chegou a escandalizar-lo.“
d) “chegou-o a escandalizá-lo.“

5. Identifica o recurso expressivo presente no enunciado “Da sua janela, via as torres da Igreja do Bonfim, os
telhados num suave declive e, delineado contra o horizonte, o Convento de S. Bento de Avé-Maria, a atual gare
ferroviária de São Bento, no centro do Porto.” (ll. 5-6).
a) Dupla djetivação.
b) Hipérbole.
c) Enumeração.
2
d) Perífrase.

6. As vírgulas são usadas para delimitar o enunciado “a atual gare ferroviária de São Bento “ (l. 6) porque se
trata de
a) um vocativo.
b) modificador de frase.
c) modificador do grupo verbal.
d) modificador apositivo do nome.

7. A palavra “invernosos” (l. 7) pertence à subclasse dos adjetivos


a) relacionais.
b) qualificativos.
c) numerais.
d) identificativos.

8. O complexo verbal “devia tolher” (l. 8) é composto por um verbo auxiliar seguido de um verbo principal
a) transitivo direto.
b) transitivo indireto.
c) transitivo direto e indireto.
d) intransitivo.

9. O conector “No entanto” (l. 10) possui um valor de


a) adição.
b) oposição.
c) alternativa.
d) conclusão.

10. As formas verbais “sabia – e admitia” (l. 10), encontram-se ambas no


a) pretérito imperfeito do Indicativo.
b) Condicional.
c) presente do Conjuntivo.
d) Gerúndio.

11. Na linha 10, o uso do travessão justifica-se com a intencionalidade de


a) introduzir o discurso direto.
b) adicionar um modificador de frase.
c) isolar informações complementares.
d) demarcar um segmento, enfatizando-o.

12. Relê o enunciado “Camilo sabia […] que habitava a melhor cela individual da Cadeia da Relação” (l. 10) e
assinala a única alínea incorreta:
a) O sujeito deste enunciado é simples.
b) Neste enunciado verifica-se a presença de uma oração subordinante e de uma oração subordinada
substantiva completiva.
c) A palavra “que” pertence à classe dos pronomes relativos.
d) Se substituirmos o complemento direto por um pronome, este deverá antepor-se ao verbo por estar
inserido numa oração subordinada.

13. A forma verbal “beneficiavam” (l. 13), quanto à subclasse, designa-se por verbo
a) copulativo.
b) transitivo indireto.
c) transitivo direto.
d) auxiliar.

14.
a)
A locução “já que” (l. 13) é uma locução conjuncional
temporal.
3
b) condicional.
c) causal.
d) concessiva.

15. Atenta na palavra “olhar” (l. 13) e assinala o seu processo de formação:
a) conversão.
b) amálgama.
c) composição morfológica.
d) derivação não afixal.

16. Identifica o recurso expressivo presente no enunciado “paredes de pedra que subiam, nuas, do saguão
principal” (l. 14):
a) hipérbole.
b) pleonasmo.
c) enumeração.
d) metáfora.

17. A forma verbal “desejassem” (l. 18) encontra-se no


a) pretérito imperfeito do Indicativo.
b) pretérito imperfeito do Conjuntivo.
c) pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.
d) futuro do Conjuntivo.

18. A oração “que foi tribunal até 1937 e cadeia até 1974” (ll. 25-26) designa-se oração subordinada
a) adverbial causal.
b) substantiva completiva.
c) adjetiva relativa restritiva.
d) substantiva relativa.
19. O constituinte “De facto” (l. 26) desempenha a função sintática de
a) vocativo.
b) sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) modificador de frase.

20. O uso das aspas ao longo do texto (ll. 12,16 22, 31) justifica-se pela
a) delimitação do discurso direto.
b) delimitação de palavras de outra língua.
c) necessidade de destacar palavras usadas com um valor especial.
d) introdução de citações.

A professora: Lucinda Cunha

PROPOSTA DE CORREÇÃO

1-a 2-c 3-d 4-b 5-c 6-d 7-a 8-c 9-b 10-a
11-d 12-c 13-b 14-c 15-a 16-d 17-b 18-c 19-d 20-a

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