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RESUMO - História de uma Gaivota e do gato que a ensinou a voar

É uma fábula em que as personagens são gatos e gaivotas. É a história do Zorbas, gato grande,
preto e gordo, que mora numa casa perto do porto de Hamburgo. Numas férias, Zorbas fica em
casa, sozinho, e estava a apanhar sol na varanda, quando lhe cai ali, mesmo à sua frente, uma
gaivota moribunda. Esta, depois de ser apanhada pela maré negra, perde-se do seu bando e o
seu último destino é a varanda do Zorbas. Porém, antes de morrer, põe um ovo e faz dois pedidos
ao grande gato: este deverá tomar conta da gaivotinha, quando esta nascer e deverá ensiná-la a
voar. Zorbas concorda, sem se aperceber da grande responsabilidade que era educar uma
pequena ave. 1

E, assim, começa a sua grande aventura, querendo ser fiel à sua palavra, vai empenhar-se para
cumprir a sua promessa.

Zorbas, até àquele momento, tinha tido uma vida descontraída e feliz, mas, agora, vê-se com a
árdua tarefa de chocar um ovo. Quando a pequena gaivota nasce, chama mamã ao Zorbas,
porque foi ele quem chocou o seu ovo e foi ele que ela viu primeiro.
O gato procura os seus amigos para que o ajudem a cuidar e a educar a pequena Ditosa. Os seus
amigos são, Collonelo, um gato já com alguma idade, sempre pronto a dar um bom conselho;
Secretário, o seu ajudante; Sabetudo, um gato muito inteligente; Barlavento, um gato marinheiro.

Com as enciclopédias do inteligente Sabetudo, a boa vontade de todos e o sentido do dever de


cumprir a palavra dada, a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa a difícil e delicada
tarefa de educar a pequena gaivota. Todos se empenham para dar lições de sobrevivência a
Ditosa, ensinam-na a voar e dão-lhe o amor e o carinho que a sua mãe não lhe pôde dar

Ditosa é tão bem aceite no grupo e sente-se tão bem com os seus novos amigos que começa a
achar que, também ela, é um gato. Assim, é com eles que ela quer ficar, é com eles que quer
partilhar as suas aventuras e começa a lutar contra o esforço que os seus amigos fazem para a
educar, para que se torne uma verdadeira gaivota.

Ditosa é, no entanto, uma gaivota e a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima e apesar
da imensa vontade que tem de ficar com a sua “família”, seus amigos e companheiros, o desejo
de abrir as asas e de voar também a invade e é muito mais forte. Então, numa noite chuvosa,
Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o seu destino e voa, deixando Zorbas com lágrimas
nos olhos, mas feliz, porque a sua amiga segue o seu caminho.
É uma linda lição: o destino encarrega-se de juntar dois seres completamente distintos que, por
causa de uma promessa, constroem uma bela amizade

1
Ficha de verificação da leitura
1. Quem é o autor deste livro?
a. José Saramago.
b. José Eduardo Agualusa.
c. Luís Sepúlveda.
d. Mia Couto.

2. Qual é a sua nacionalidade?


a. Portuguesa.
b. Chilena.
2

c. Brasileira.
d. Angolana.

3. Onde foi apanhada Kengah pela maré negra?


a. Mar Mediterrâneo.
b.  Mar Morto.
c.  Mar da Mancha.
d.  Mar do Norte.

4. Em que cidade mora Zorbas?


a.  Amesterdão.
b.  Hamburgo.
c.  Bremen.
d.  Estocolmo.

5. Onde caiu Kengah?


a.  No pátio exterior da casa de Zorbas.
b.  No pátio interior da casa de Zorbas.
c.  Na varanda.
d.  No jardim, no meio dos vasos.

6. Como se chamam os amigos de Zorbas?


a.  Sabetudo, Barlavento, Colonello e Secretário.
b.  Colonello, Harry, Matias e Sabetudo.
c.  Secretário, Matias, Sabetudo e Colonello.
d.  Sabetudo, Catavento, Colonello e Secretário.

7. Antes de morrer, Kengah pediu a Zorbas


2
a. que lhe tirasse as manchas de petróleo.
b. que lhe desse algo para comer.
c. que lhe fizesse três promessas.
d. que lhe desse água.

8. Zorbas, Colonello e Secretário foram visitar Sabetudo para lhe perguntarem se sabia
a.  o que deveriam fazer com a gaivota moribunda.
b.  como limpar nódoas de petróleo.
c.  como calar o chimpanzé Matias. 3
d.  onde podiam encontrar Harry.

9. Antes de comprar o Bazar, o que fazia Harry?


a. Era vendedor ambulante.
b. Era marinheiro.
c. Era carregador no porto.
d. Era camionista.

10.Quanto é que Matias cobrava pela entrada, por pessoa, no Bazar?


a. 2 euros.
b. 2 francos.
c. 2 marcos.
d. 2 kwanzas.

11.Onde é que Sabetudo procura as informações de que necessita?


a. No Atlas.
b. No dicionário.
c. Na enciclopédia.
d. No volume 18.

12.Ao consultar os livros, Sabetudo descobriu que a gaivotinha pertencia à espécie das gaivotas
a. douradas.
b. amareladas.
c. esbranquiçadas.
d. argentadas.

13.Como era o ovo que Kengah pôs antes de morrer?


a. Acastanhado.
3
b. Branco com pintinhas azuis.
c. Branco com pintinhas acastanhadas.
d. Bege com manchas azuis.

14.Onde foi feito o funeral de Kengah?


a. No pátio interior, debaixo de um castanheiro.
b. No jardim de Colonello.
c. À beira da praia.
d. No pátio interior, debaixo de uma figueira. 4
15.A segunda parte do livro História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar começa com o
capítulo
a.  “Uma noite triste”.
b.  “Zorbas começa a cumprir o prometido”.
c.  “Os gatos decidem quebrar o tabu”.
d.  “Um gato no choco”.

16.Quantos dias durou a incubação do ovo?


a. Quinze.
b. Vinte.
c. Vinte e cinco.
d. Não se sabe.

17.Qual foi a primeira palavra que a gaivotinha disse mal nasceu?


a.  “Fome!”
b.  “ Mamã!”
c.  “Socorro!”
d.  “Ajuda!”

18.Para dar de comer à gaivotinha, Zorbas foi buscar


a. uma sardinha.
b. uma batata frita.
c. uma maçã.
d. uma cereja.

19.Colonello é um gato que gosta de miar palavras em


a. francês.
4
b. espanhol.
c. alemão.
d. Italiano.

20.Um dia, a gaivotinha quase foi descoberta


a.  pelo amigo da família.
b. por Harry.
c. pela gata Bibulina.
d. pelas gaivotas. 5
21.Zorbas escondia a gaivota bebé debaixo
a. da cama.
b. dos vasos.
c. da fruteira.
d. do tanque.

22.Quantos gatos saltaram para a varanda de Zorbas com a intenção de comer a gaivotinha?
a. Um.
b. Dois.
c. Três.
d. Quatro.

23.Para proteger melhor a gaivotinha, Zorbas decidiu escondê-la


a. em casa do poeta.
b. no restaurante do René.
c. no bazar de Harry,
d. no museu.

24.Quem tinha por hábito gritar “Terrível! Terrível!”?


a. Sabetudo.
b. Secretário.
c. Colonello.
d. Zorbas.

25.Um dia, o chimpanzé, além de dizer à pequena que ela não era um gato, mas uma gaivota, ainda
acrescentou que
a. nunca ia aprender a voar.
5
b. Zorbas não gostava dela.
c. a mãe a abandonou.
d. os gatos queriam comê-la.

26.O chimpanzé era


a. simpático e educado.
b. malcriado e bêbado.
c. trabalhador e divertido.
d. irónico, mas justo. 6
27.Zorbas foi conversar com o chefe das ratazanas para fazer um acordo. Em troca de não fazerem mal
à gaivota, as ratazanas
a. poderiam comer o queijo que quisessem.
b. tinham direito de comer páginas da enciclopédia.
c. tinham passagem livre pelo pátio.
d. podiam passar pelo bazar de Harry.

28.Como era o chefe das ratazanas?


a. Pequeno com o nariz afiado.
b. Grande, de pele escura e cheio de cicatrizes.
c. Grande e gordo.
d. Comprido e com os olhos vermelhos.

29.Quem descobriu que a gaivotinha era fêmea foi


a. Barlavento.
b. Matias.
c. Colonello.
d. Secretário.

30.Entao, os gatos nomeiam-na


a. Jeitosa.
b. Ditosa.
c. Fogosa.
d. Amorosa.

31.A expressão “Pela tinta da lula!” foi proferida por


a. Sabetudo.
b. Matias.
6
c. Barlavento.
d. Zorbas.

32.Para ensinar Ditosa a voar, Sabetudo procurou, na enciclopédia, a letra


a. V de “voar”.
b. G de “gaivota”.
c. L de “Leonardo da Vinci”.
d. A de “asas”.

33.Barlavento era a mascote de uma draga chamada 7


a. Napoleão I.
b. Octávio III.
c. Donatello II.
d. Hanes II.

34.Miar com os humanos era tabu pois


a. os humanos não conseguiriam aceitar que os gatos os percebessem.
b. os golfinhos eram domesticados por eles.
c. iriam prendê-los e estudá-los como fazem com outros animais.
d. são insensíveis e não gostam dos animais.

35.Zorbas foi pedir ajuda


a. a Harry.
b. ao cozinheiro do restaurante.
c. ao capitão da draga de Barlavento.
d. ao poeta.

36.Finalmente, a gaivota começou a voar a partir da torre


a. da basílica de S. Marcos.
b. da catedral de S. Rafael.
c. da igreja de S. Miguel.
d. da sé de Hamburgo.

1-c 2-b 3-d 4-b 5-c 6-a 7-c 8-b 9-b 10-c
11-c 12-d 13-b 14-a 15-d 16-b 17-b 18-c 19-d 20-a
21-b 22-b 23-c 24-a 25-d 26-b 27-c 28-b 29-a 30-b
31-c 32-c 33-d 34-c 35-d 36-c

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1 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Autor: Luís Sepúlveda

Título do Livro: “História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar”

Editora: ASA

Data de publicação: 1ª publicação- Maio de 1997

8
2 - ELEMENTOS PARATEXTUAIS:
Tanto na capa como na contracapa estão o gato Zorbas e a
gaivota Ditosa, no momento em que a pequena gaivota voa
pela primeira vez. Este momento é o momento mais
importante de toda a história, daí ser essa a imagem de
apresentaçao do livro (capa e contracapa).

3 - INFORMAÇÕES SOBRE O
AUTOR:

Biografia

Luís Sepúlveda nasceu Ovalle, no Chile, em 1949. Reside actualmente em Gijón, na


Espanha, após viver entre Hamburgo e Paris.
Membro activo da Unidade Popular chilena nos anos setenta, teve de abandonar o país após
o golpe militar de Pinochet.
Viajou e trabalhou no Brasil. Uruguai, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios
Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Sepúlveda era, na altura, amigo
de Chico Mendes, herói da defesa da Amazónia. Dedicou a Chico Mendes “O Velho que Lia
Romances de Amor”, o seu maior sucesso.
Perspicaz narrador de viagens e aventureiro nos confins do mundo, Sepúlveda concilia com
sucesso o gosto pela descrição de lugares sugestivos e paisagens irreais com o desejo de
contar histórias sobre o homem, através da sua experiência, dos seus sonhos, das suas
esperanças.

Principais obras

. Diário de um Killer Sentimental

. Encontro de Amor num País em Guerra

8
. História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar

. Mundo do Fim do Mundo

. Nome de Toureiro

. O Velho que Lia Romances de Amor

. Patagónia Express

4 - OBRA LIDA:
9
Resumo

Um dia uma gaivota, chamada Kengah foi atingida por uma maré negra ao ir alimentar-se.
Ao soltar-se voou até uma varanda, onde vivia um gato grande, preto e gordo, chamado
Zorbas.

Zorbas, estava na varanda quando viu um objecto voador vir direito a ele, que quando caio
ele foi ver o que era, era Kengah, a gaivota que fora apanhada pele maré negra.

Quando Zorbas chegou junto dela, ela disse que ia morrer, mas que com as suas ultimas
forças ia pôr um ovo e como Zorbas lhe parecia um gato bom e de nobres sentimentos,
pediu-lhe que fizesse três promessas: que ele não comesse o ovo, que cuidasse do ovo ate
a gaivota nascer e que a ensinasse a voar.

Zorbas foi ter com os seus amigos: Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, para
saber o que iria fazer com o ovo. Quando chegaram a casa de Zorbas a gaivota já estava
morta e tinha ao seu lado um ovo.

Então, decidiram enterrar a gaivota e chocar o ovo.

Quando a gaivota nasceu deram-lhe o nome de Ditosa.

Depois começaram a tratar da última promessa - faze-la voar – a primeira tentativa foi
fracassada, ate que os gatos resolveram quebrar o tabu, ou seja, foram falar com um
humanos para saberem o que fazer.

Então, o humano e Zorbas foram para o terraço de um prédio para fazem Ditosa voar.

Estava a chover, e quando o humano lançou a Ditosa, ela desapareceu e o humano e


Zorbas pensavam que ela tinha caído, mas de repente ela apareceu por entre as nuvens.

Género literário: Narrativo

5 - APRECIAÇÃO DO LEITOR:
Aspectos mais interessantes: Quando o gato Zorbas e os seus companheiros tentam
ajudar a Ditosa a voar.

9
Apreciação global da obra: Esta obra é como um aviso aos Homens, para que não
formem marés negras, pois, quem sofre grande parte das vezes são os animais que vão ao
mar apenas para se alimentarem.

A obra tem uma grande moral: Quando tentamos acabamos por conseguir fazer tudo
aquilo que queremos.

A expressão/frase que mais gostei de toda a obra foi:

“ Zorbas permaneceu ali a contemplá-la, até que não soube se foram as gotas de chuva ou
as lágrimas que lhe embaciaram os olhos amarelos de gato grande, preto e gordo, de gato
bom, de gato nobre, de gato de porto.” 10

PERSONAGENS

Zorbas- O gato grande, preto e gordo.


Ditosa- A gaivotinha.
Kengah- A gaivota apanhada pela maré negra.
Sabetudo.
Colonello.
Secretário.
Barlavento.
O Poeta.

10
É uma fábula em que as personagens são gatos e gaivotas. É a história do Zorbas, gato
grande, preto e gordo, que mora numa casa perto do porto de Hamburgo. Numas férias,
Zorbas fica em casa, sozinho, e estava a apanhar sol na varanda, quando lhe cai ali,
mesmo à sua frente, uma gaivota moribunda. Esta, depois de ser apanhada pela maré
negra, perde-se do seu bando e o seu último destino é a varanda do Zorbas. Porém,
antes de morrer, põe um ovo e faz dois pedidos ao grande gato: este deverá tomar conta
da gaivotinha, quando esta nascer e deverá ensiná-la a voar. Zorbas concorda, sem se
aperceber da grande responsabilidade que era educar uma pequena ave. 11
E, assim, começa a sua grande aventura, querendo ser fiel à sua palavra, vai empenhar-
se para cumprir a sua promessa.

Zorbas, até àquele momento, tinha tido uma vida descontraída e feliz, mas, agora, vê-se
com a árdua tarefa de chocar um ovo. Quando a pequena gaivota nasce, chama mamã
ao Zorbas, porque foi ele quem chocou o seu ovo e foi ele que ela viu primeiro.
O gato procura os seus amigos para que o ajudem a cuidar e a educar a pequena Ditosa.
Os seus amigos são, Collonelo, um gato já com alguma idade, sempre pronto a dar um
bom conselho; Secretário, o seu ajudante; Sabetudo, um gato muito inteligente;
Barlavento, um gato marinheiro.

Com as enciclopédias do inteligente Sabetudo, a boa vontade de todos e o sentido do


dever de cumprir a palavra dada, a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa a
difícil e delicada tarefa de educar a pequena gaivota. Todos se empenham para dar lições
de sobrevivência a Ditosa, ensinam-na a voar e dão-lhe o amor e o carinho que a sua
mãe não lhe pôde dar.

Ditosa é tão bem aceite no grupo e sente-se tão bem com os seus novos amigos que
começa a achar que, também ela, é um gato. Assim, é com eles que ela quer ficar, é com
eles que quer partilhar as suas aventuras e começa a lutar contra o esforço que os seus
amigos fazem para a educar, para que se torne uma verdadeira gaivota.
Ditosa é, no entanto, uma gaivota e a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima e
apesar da imensa vontade que tem de ficar com a sua “família”, seus amigos e
companheiros, o desejo de abrir as asas e de voar também a invade e é muito mais forte.
Então, numa noite chuvosa, Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o seu destino e
voa, deixando Zorbas com lágrimas nos olhos, mas feliz, porque a sua amiga segue o seu
caminho.

É uma linda lição: o destino encarrega-se de juntar dois seres completamente distintos
que, por causa de uma promessa, constroem uma bela amizade.

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História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar – Comentários

Ao longo dos anos temos vindo a apostar cada vez mais na leitura em voz alta na sala de
aula dos textos de leitura integral. A partir desse trabalho, a exploração do texto é feita em
permanente interação com os alunos. Pretende-se com esta atividade promover o
interesse, gosto, apetência pela leitura (claro que está implícito sempre a compreensão do
texto que acaba sempre por acontecer, com esta estratégia de uma forma muito
espontânea) e autonomia.
Para desenvolver este último aspeto, tem de se treinar o registo dos aspetos essenciais
do estudo de um texto. Assim, criou-se um modelo de ficha de leitura que se sugere que 12
os alunos sigam, quando elaboram as suas fichas de leitura.
Desta vez, no 7º Ano (turmas A e B), este trabalho foi feito, pela primeira vez, neste ano
letivo, com o conto de Luís Sepúlveda: História de uma gaivota e do gato que a
ensinou a voar. Para a elaboração do comentário e uma vez que seria a primeira vez
que os alunos fariam um trabalho do género, em sala de aula, apresentou-se a estrutura
de um comentário e descreveu-se o processo que deve estar inerente à sua escrita. E
para ajudar nesta tarefa, difícil, mesmo para alunos que já estejam no 7º Ano, sugeriu-se
a consulta deste guião.
Parece-nos que desta forma, os alunos perceberam que um comentário, uma opinião
para ter validada tem de estar sempre fundamentada.

Publicamos de seguida os comentários do 7ºB, da Carolina Bonifácio e Lara Kwai e do


7ºA, da Carlota Pina, Francisco Marques, Hugo Henriques, Joana Cruz Silva, Madalena
Carvalho.

12
Este conto fala sobre uma gaivota, chamada Kengah que foi atingida por uma maré
negra ao ir apanhar um peixe. Ao desprender-se voou até ao porto de Hamburgo, onde
depois acabou por cair numa varanda onde vivia um gato grande, preto e gordo, chamado
Zorbas. No primeiro capítulo, adorei a forma como o autor quis realçar um dos maiores
problemas do mundo: a poluição. No segundo capítulo, do que mais gostei foi quando o
autor sempre que se referia a Zorbas dizia: um gato grande, preto e gordo.
Já no capítulo 4, Kengah disse a Zorbas que ia morrer, mas, que ia pôr um ovo e
então pediu-lhe que fizesse três promessas: que ele não comesse o ovo, que cuidasse do
ovo até a gaivota nascer e que a ensinasse a voar. No início deste capítulo conhecemos
melhor o nosso amigo Zorbas que parecia um pouco arrogante (pois quando Kengah caiu
à frente dele a primeira coisa que ele disse foi: não foi uma aterragem muito elegante).
Zorbas prometeu cumprir os últimos desejos da gaivota. A seguir a gaivota morreu.
Aqui sim, Zorbas mostrou-se ser um bom gato capaz de ajudar quem precisasse. 13
Zorbas foi ter com os seus amigos: Secretário, Sabetudo e Colonello, para saber o
que iria fazer com o ovo.
Quando chegaram a casa de Zorbas a gaivota já estava morta.
Foi na segunda parte do texto que a gaivotinha nasceu. Zorbas e os seus amigos
deram-lhe o nome de Ditosa. Achei o momento em que a Ditosa nasceu um dos mais
bonitos do livro.
Zorbas já tinha cumprido 2 promessas agora faltava a última: ensiná-la a voar.
Foi muito difícil ensiná-la a voar, então os gatos decidiram ir falar com um humano
para os ajudar.
Numa noite chuvosa, o humano lançou Ditosa, e, finalmente, ela abriu as suas asas,
seguiu o seu destino e voou, deixando que Zorbas se sentisse feliz e responsável. Esta
parte foi simplesmente linda, a forma como o Zorbas se sentiu ao ver que a sua “filha”
estava a voar.
É um livro muito interessante. Especialmente porque me chamou a atenção sobre o
ponto de vista do autor em querer de certa forma alertar-nos como estamos a poluir o
nosso planeta e como a gaivota ganha afeto pelo gato ao ponto de lhe chamar mamã
A Lição que eu tirei deste texto foi: as coisas não acontecem por acaso, Zorbas tinha
3 missões e ao cumpri-las fez uma grande amizade.
Carolina Bonifácio, 7ºB

O conto começa por falar sobre um bando de gaivotas que voava sobre o Rio Elba, em
direção à convenção ATLÂNTICO que se iria realizar. Entre esta estava Kengah. Com a
autorização das gaivotas que guiavam o voo, algumas gaivotas lançaram-se para apanhar
arenques. Kengah ficou presa numa enorme de petróleo infelizmente lançada pelo
Homem. Estas frases em que Kengah sofreu muito até conseguir se salvar, relatam um
pouco de certa forma a realidade. Para mim foi das partes mais tristes deste conto,
porque foi o que levou á morte de Kengah. Mas na realidade muitos seres vivos morrem
pelos erros que o ser humano tem feito ao longo da sua evolução, que essa tem vindo a
destruir vidas e até espécies! Zorbas um gato que iria fazer promessas que mudaria o
destino de uma vida que vivia no Porto de Hamburgo que é uma cidade estado localizada
no norte da Alemanha, nas margens do Rio Elba, sendo um dos maiores portos do
mundo!
Mais à frente ficamos a saber que Kengah estava grávida de uma gaivotinha, e que
Zorbas tera feito três promessas: não comer o ovo, cuidar dele até que ele nasça e
ensina-lo a voar. Gostei desta parte porque destaca a cumplicidade e lealdade que os
animais de estimação.

13
Zorbas quando soube desta triste história procurou logo encontrar ajuda para salvar
Kengah, pediu ajuda a muitos gatos do porto: Colonello, Secretário, Sabetudo. Mas
quando voltou já era tarde demais porque Kengah já tinha morrido, mas tinha chegado a
por o ovo! Todos ficaram tristes com a sua morte.
Depois deste triste acontecimento Zorbas queria-se concentrar no ovo. Ficou durante
muito tempo a cuidar dela (neste momento do conto já tinha feito uma das promessas que
tera prometido). Numa tarde em que o gato estava na sua varanda com o ovo a apanhar
sol, nasce a gaivotinha! Na minha opinião é muito engraçada a maneira como o gato se
afeiçoou perante o papel de “MÃE”.
Zorbas a certa altura teve dificuldade em ensinar a Ditosa (nome que os gatos deram à
gaivotinha) a voar. Pediram a outro gato chamado Barlavenco, que era um gato
“marinheiro” e muito dado ao meio marinho, se sabia alguma técnica, mas não os
conseguiu a ajudar. Até nessa altura surge o MAIOR problema, não tinham ninguém que 14
os ajudasse a ensinar a gaivota a voar.
O gato viu-se obrigado a pedir aos seus assessores para quebrar o tabu, que consistia
numa promessa que era, nenhum gato do porto podia miar na lingua dos humanos, com
eles. Confirmaram que ele podia quebrar o tabu. Na minha opinião esta parte do conto é
muito sincera e verdadeira. A razão pelo qual o tabu existia era porque a maioria dos
humanos não são capazes de aceitar com algo que para nós não é NORMAL e
HABITUAL.
Os gatos tinham de fazer uma escolha acertada mas difícil, tinham de encontrar o
humano com um perfil perfeito para os ajudar. Ficou decidido que quem os iria ajudar era
o dono de Bubilina, um poeta e pela descrição de Zorbas ele “voava com as palavras”. O
humano aceitou ajudar-los.
Numa noite Zorbas, Ditosa e o humano subiram à torre de S. Miguel. A gaivotinha estava
receosa de voar, mas quando chegou o momento ela conseguiu! Zorbas ficou muito
orgulhoso e realizado por ter conseguido realizar a sua promessa.
Este conto para mim de certa forma alertou-me ainda mais pelas terríveis formas como os
humanos tratam o planeta terra, ao poluírem e matar muitos seres vivos.
A lição “que só voa quem se atreve a faze-lo” é muito destacada neste conto.
Lara Kwai, 7ºB

Esta parte da história passa-se antes de Kengha conhecer Zorbas. Kengha e as gaivotas
voavam no mar do Norte. Kengha gostava de observar os barcos e as bandeiras. Voa e
grasnava com as suas companheiras enquanto mergulhava e comia arenques. Estava
previsto irem até ao estreito de Calais e ao canal da Mancha, onde se reuniriam com
outros bandos de gaivotas e dariam inicio a uma grande convenção das gaivotas dos
mares Báltico, do Norte e Atlântico. As gaivotas como habitualmente voavam calmamente
até que de repente foram apanhadas por uma maré negra! Um petroleiro tinha lançado ao
mar petróleo que se ia alastrando numa área cada vez maior.
As gaivotas agitaram-se e Kengha teve a pouca sorte de ser apanhada pela onda de
petróleo quando tentava apanhar um arenque, ficando coberta por aquela massa
pegajosa e preta que não a deixava movimentar-se. Ao fim de várias tentativas conseguiu
finalmente levantar voou até que caiu na varanda do Zorbas, o gato. Ai Kengha pôs um
ovo, e sentindo-se a morrer pediu ao gato que lhe jurasse que não o comeria, que cuidava
dele e que depois da gaivota nascer a ensinasse a voar.
Hamburgo é uma cidade costeira, que tem um dos maiores portos da Europa e está
situada na Alemanha.
É uma cidade muito industrializada, mas também muito bonita com belos monumentos
entre os quais se salienta a Igreja de S. Miguel. Hamburgo vai ser a cidade onde toda a
história se vai desenrolar. Zorbas promete inúmeras vezes a gaivota, logo nos primeiros
capítulos que sempre cuidara do ovo e que ensinaria a gaivotinha a voar. O que nem
14
sempre foi fácil uma vez que Zorbas precisou de muitas ajudas, pois ele é um gato e ela é
uma gaivota, por isso foi muito difícil um gato ajudar uma gaivota a voar.
Zorbas teve muitos ajudantes, o Collonelo, o Sabetudo, o Secretário, a Bubulina, o dono
da Bubulina entre outros. Mas também teve quem lhe dificultasse a vida como as
ratazanas que queriam comer a gaivotinha ou os gatos arrogantes e desprezíveis que
tinham o mesmo objetivo.
Os quatro gatos deram um nome a gaivotinha, chamaram-lhe Ditosa.
Ensinar a gaivota a voar foi uma tarefa árdua, os gatos tiveram de fazer muitas pesquisas,
sobre como é que as gaivotas voavam, qual as melhores condições para os fazer e como
ensinar alguém a voar. Ao início a gaivota não queria voar e disse que era uma inútil e
que não valia a pena, mas depois com a ajuda do humano, na torre da Igreja de S. Miguel
e com toda a fé e carinho de Zorbas a Ditosa conseguiu levantar voou.
Já mais na parte final da história há alguns comportamentos caricatos e ao mesmo tempo 15
sentidos e com sentido.
A parte em que Zorbas fala com o humano, em que ele quebra o tabu, e lhe explica toda a
sua situação é uma das partes mais importantes da história, na minha opinião, pois
mostra a dificuldade de comunicação e de entendimento entre as espécies de seres vivos.
Zorbas também sabia que a atitude de querer ir falar com um humano podia ser o seu fim,
pois o humano podia reagir mal e fazer como a alguns animais, como os golfinhos,
prende-lo só por ser diferente e falar a língua dos humanos.
Logo no inicio da história também é muito vincada a solidariedade entre Zorbas e os seus
amigos, que rapidamente se apressaram a ajudar o amigo.
Todas as pessoas sabem que atirar lixo para o mar e para o chão não se deve fazer, mas
neste texto essa ideia esta muito explícita, logo no início quando Kengha ficou presa na
maré negra devido à descarga de petróleo feita pelo petroleiro.
No final da história Ditosa, o humano e Zorbas percebem o que afinal de contas é mais
importante na história, que quando se quer muito uma coisa e quando nós esforçamos por
conseguir essa coisa, conseguimos sempre alcança-la. Principalmente Ditosa que
conseguiu, depois de tanto esforço, voar.
Carlota Pina, 7ºA

O livro fala de uma gaivota, Kengah, que vai a uma convenção de gaivotas. Nessa viagem
é apanhada por uma maré negra, o que, na minha opinião, mostra que cada vez mais
existe poluição dos mares. Ela ao ser apanhada vai para Hamburgo e encontra um gato,
que faz umas promessas, o que eu acho que é um pouco humor irónico um gato não
comer uma gaivotinha. Daí a história nasce. Os amigos desse gato sempre o apoiaram e
ajudaram a cumprir as promessas, uma união que é muito importante na história. Na
minha opinião todos os animais, racionais e irracionais, deviam ter uma união assim, mas
pronto. No meio da história ensinam muitas lições e uma das que eu acho mais
importante, nem sei se queriam dizer aquilo mas pronto, é quando a gaivotinha diz que
não quer voar e quer ser uma gato. Depois o gato faz um discurso (que eu não vou dizer
aqui) e acho que a mensagem que ele queria transmitir é que todos devemos aceitar
quem somos, que somos todos diferentes e ninguém é melhor que alguém. Depois outra
coisa que me impressionou foi o gato ir falar com o humano. A reação do humano não foi
prendê-lo e mandá-lo para um laboratório mas sim ajudá-lo a fazer com que a gaivotinha
voasse. E é esse tipo de relação que acho que todos devem ter, sejam humanos, sejam
animais. Os humanos devem ajudar os animais, visto que têm uma “mente superior” aos
animais, e não mete-los em jaulas para os porem no circo ou assim. Na base acho que o
livro passou muitas mensagens importantes e gostei muito de o ler e apreciá-lo, ouvindo
não só a minha interpretação do livro mas também a dos meus colegas.
Francisco Marques, 7ºA

15
Esta história surpreendeu-me… pela positiva desde a primeira até á ultima página.
Esta história começa com o voo de Kengah e das outras gaivotas pelos mares do norte
com o objetivo de irem ter á esperada convenção das gaivotas dos mares Báltico, do
norte e do atlântico. Apesar do papel de Kengah ser um dos mais pequenos, eu acho que
foi um dos mais importantes.
Se não fosse Kengah, o ovo não teria ido ter ás mãos de Zorbas, os outros personagens
(Colonelo, Sabe-Tudo….) não teriam ganho vida e dar “frutos” a esta bela e magnifica
história.
Esta personagem foi uma desastrosa perda, quando foi apanhada pela “Maré Negra”.
O cenário realiza-se em Hamburgo, uma cidade magnífica situada no norte da Alemanha, 16
nas margens do rio Elba.
A parte que eu mais gostei foi, quando a pequena gaivotinha após inúmeras tentativas
consegue voar e se sente concretizada. Eu gostei realmente
desta parte do livro pois, é a prova que se nunca desistirmos conseguimos alcançar os
nossos sonhos!
No que toca às personagens, penso que cada uma teve um papel importantíssimo na
história sendo cada uma única á sua maneira. Um dos personagens que eu achei
interessante foi o poeta.
Porque ele era sensível e na sua opinião torna o mundo num lugar melhor com as suas
palavras, com a sua escrita e não se preocupa com os que os outros dizem,
simplesmente é ele. Para não referir que foi um papel importante na vida da gaivotinha,
pois é o poeta que ajuda a gaivotinha a voar.
Não consigo fazer grandes referências a este livro, mas consigo com certeza dizer que ao
início pensei que não passaria de um livro parvo para crianças.
Fez-me abrir os olhos, ensinou-me que a leitura não tem idades e que as amizades não
se escolhem!
Hugo Henriques, 7ºA

As gaivotas seguiriam até ao estreito de Calais e ao canal da Mancha até chegarem aos
céus da Biscaia onde seria a grande convenção das gaivotas dos mares Báltico do Norte
e Atlântico. Graças aos barcos petroleiros, Kengah morreu porque foi atingida por uma
onda de petróleo que fez com que as suas asas colassem e não conseguisse voar.
Hamburgo é uma cidade no Norte da Alemanha e tem um dos maiores portos do mundo.
Kengah reconheceu a torre de S. Miguel, uma grande peça da arte barroca. Hamburgo é
o local onde se vai desenrolar toda a ação. No capítulo “O fim do voo”, Zorbas promete a
Kengah proteger o ovo e ensinar a voar a gaivotinha e, para cumprir o prometido foi pedir
auxílio.
Nos capítulos “Em busca de conselho”, “Um lugar curioso” e “Um gato que sabe tudo”
Zorbas pede ajuda a Sabetudo, Colonello e Secretário mas também encontra inimigos os
gatos provocadores e as ratazanas. No processo de aprendizagem de Ditosa para voar,
ela, nas suas primeiras tentativas, caiu e, então, os gatos pediram ajuda a um humano, o
poeta, que levou Ditosa para a torre de S. Miguel. Aí, ela conseguiu voar.
E foi escolhido o poeta porque este escreve palavras belas que alegram ou entristecem,
mas que produzem sempre prazer e suscitam o desejo de continuar a ouvir e é ele que
ajuda Ditosa a voar. Zorbas teve de quebrar o tabu, que era miar na língua dos humanos,
para cumprir o prometido.

16
As gaivotas andam sempre em bandos nunca sozinhas. Elas têm um grande sentido de
organização, pois tinham a viagem toda planeada. O gatos ajudaram a gaivota, ou seja,
são solidários. Os gatos cumprem o prometido sem voltar atrás.
A enciclopédia de Sabetudo dá-lhe uma grande cultura.
Respeitaram a gaivota e era diferente deles, e ajudaram-na mesmo sendo diferente.
Nós, humanos, não damos conta que estamos a matar os outros seres vivos e a nós
mesmos poluindo o ambiente e, só quando já não houver volta a dar, é que nos vamos
aperceber do mal que fizemos. Ou seja, na minha opinião, não temos nenhum respeito
pelos animais, nem por nós, não sabemos respeitar a diferença.
Deste livro tira-se uma grande lição e que se deviam tomar por exemplo: saber ser
solidário e respeitar a diferença.
Era bom que esta história fosse real…
Joana Cruz Silva, 7ºA 17

As gaivotas iam para uma convenção dos mares báltico, Norte e Atlântico entre todas as
gaivotas estava Kengah.
No plano de voo estava previsto irem até ao estreito de calais, onde se encontrariam com
outras gaivotas e voariam até aos céus de biscaia, mas uma maré negra apanhou kengah
e isso custou-lhe uma vida, a sua única vida.
Kengah conseguiu escapar-se da maré negra em Hamburgo e ao reconhecer a igreja de
S.Miguel, já nos seus últimos tempo de vida Kengah grasnou.
No capítulo 4 intitulado “O fim de um voo” o gato prometeu à gaivota tratar do ovo, ensinar
a filha a voar e não comer o ovo. Estas promessas fizeram com que Zorbas resultasse
numa espécie de mãe. Zorbas teve ajudas como Sabetudo, Colonello, o secretário de
Colonello e Barlavento e inimigos como os gatos maus e as ratazanas.
A gaivotinha demorou muito tempo para aprender voar, no início não queria mas depois
queria muito, teve que tentar muitas vezes e começou a perder a esperança mas com a
ajuda de um humano e de Zorbas finalmente conseguiu.
O poeta era um humano sensível, por vezes um bocado aluado e distraído, mas foi capaz
de ajudar a gaivota a voar.
As gaivotas têm um “acordo” que não podem assistir à morte das outras nem podem
tentar ir ajudar
Neste livro os gatos e as gaivotas dão-se bem e têm verdadeiro amor uns pelos outros,
apesar de alguns como o chimpanzé tentarem destruir isso não conseguiu
O humano voava com as palavras, tinha alegria no que fazia e conseguia pôr Zorbas a
voar sem estar a voar.
Também trata aqui de uma verdade na nossa atualidade o facto da poluição e do que
pode fazer aos animais que não têm culpa nenhuma dos nossos atos.
Os humanos humilham os animais ao ponto de os fazer vestirem roupas e desfilarem, isto
não é justo para os animais.
Se a gaivota não tivesse tentado e tentado e tentado não tinha conseguido, é uma grande
lição de vida, temos que insistir e persistir para um dia lá chegar.
Gostei muito deste livro, ensina-nos a nunca desistir e mesmo que não sejamos os
melhores para desempenhar uma atividade tentar sempre fazê-la com um sorriso na cara.
Madalena Carvalho, 7ºA

17
História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar? é uma fábula, em que os actores
principais são gatos e gaivotas, mas apesar de estas poucas palavras poderem dar a entender de
que se trata de um conto para crianças enganam-se, uma criança não consegue retirar desta linda
história a lição de vida que ela contém.

Temos então a história de um gato, Zorbas, gato grande, preto e gordo, que mora numa casa
perto do porto de Hamburgo. Numas férias em que Zorbas fica em casa sozinho, estava ele a
apanhar sol na sua varanda, quando lhe cai de repente á sua frente uma gaivota moribunda, que
depois de ter sido apanhada pela maré negra, perde-se do seu bando e faz da varanda do Zorbas
o seu ultimo destino. Porém, antes de morrer, põe um ovo, e faz dois pedidos a Zorbas, o primeiro
é que tome conta da pequena gaivota que irá nascer, o segundo é que a ensine a voar. Perante o
estado da pobre gaivota, Zorbas aceita os pedidos, sem se aperceber do tamanho de tal
responsabilidade.
18
Assim começa a sua aventura, que sendo fiel á sua palavra vai fazer todos os esforços para fazer
cumprir a sua promessa.

Até a pequena gaivota nascer, Zorbas, que até agora tinha uma vida descontraída, vê-se com a
tarefa de chocar o ovo, desta forma quando a pequena gaivota nasce, Zorbas é chamado de
mama.

Neste momento, Zorbas procura os seus amigos, que o vão ajudar a cuidar da pequena Ditosa,
assim a chamaram, e ajuda-lo nesta difícil tarefa. Os seus amigos são, Collonelo, um gato de
alguma idade sempre pronto a dar um bom conselho, Secretário, o seu ajudante, o Sabe-Tudo,
gato muito inteligente e o Barlavento, um gato marinheiro.
Com as enciclopédias do Sabetudo, com a boa vontade de todos, e com o sentido de cumprir esta
obrigação a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa então esta difícil tarefa, de dar
umas lições de sobrevivência a Ditosa, de a ensinar a voar, e de lhe dar o amor e carinho do qual
a sua mãe ficou privada.

Ditosa, integra-se bem no grupo, de tal modo que começa a achar que também ela é um gato, e
que é com eles que ela quer ficar e começa então a lutar contra o esforço dos seus amigos.

Mas Ditosa é realmente uma gaivota e a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima, e
apesar da imensa vontade de ficar com a sua ?família?, a vontade de abrir as asas e voar
também a invade. De tal forma que numa noite chuvosa, Ditosa finalmente abre as suas asas,
segue o seu destino, e voa, deixando Zorbas com lágrimas nos olhos ao ver partir a sua amiga,
mas compreendendo também a necessidade dela de seguir a sua natureza.

É uma lição linda, de dois seres completamente distintos, que por partida do destino se juntam,
que por honra a uma promessa acabam por construir uma bela amizade, de um grupo de amigos
que por lealdade a um do grupo, e que apesar de todas as dificuldades aparentes, o ajudam a
cumprir uma promessa quase impossível de cumprir.

Como podem ver, é uma parábola cheia de significado, a história de uma linda amizade e de
valores que não vemos no dia a dia, um exemplo a seguir e mais do que isso, uma conclusão a
tirar: tudo a que nos prestamos a fazer, se o quisermos verdadeiramente, conseguimos alcança-
lo.

18
Matriz de Correção das questões de interpretação e gramática no teste sobre a obra

A.
1. O gato é pachorrento, preguiçoso e gosta de apanhar sol. É atento e rápido nas suas reações.
2.1. O acontecimento responsável pela interrupção do descanso do gato é a aproximação de um
objeto voador que não conseguiu identificar / o aparecimento de uma gaivota.
3.1. A gaivota foi apanhada por uma maré negra.
3.2. “Tinha o corpo impregnado de uma substância escura e malcheirosa.”, “E que mal que
cheiras!”; “Estás cansada e suja.”; “…numa voz quase inaudível…”, “…. Desfalecida
gaivota….”.
3.3. O gato mostrou-se surpreendido, “- Não foi uma aterragem muito elegante”.
3.4. Inicialmente, o gato mostra interesse e curiosidade, “Que é isso que tens no corpo?”; depois, 19
apoia a gaivota e tenta ajudá-la, revelando ser solidário.
4.1. “Por isso, vou pedir-te que me faças três promessas. Fazes?”
4.2. O gato pensou que a gaivota estava a delirar, mas acedeu ao seu pedido.
4.3. Com essa reação, o gato manifesta generosidade e solidariedade.
4.4. Zorbas prometeu que não comia o ovo, que cuidava dele até nascer a gaivota e que a ensinaria a
voar.

B.
5. Preguiçosamente – palavra formada por Derivação por Sufixação;
Malcheirosa – palavra formada por Composição morfossintática
6.1. O gato – Sujeito
A cabeça – Complemento Direto
6.2. Um pequeno ovo branco – Sujeito
Rolou junto do seu corpo – Predicado
6.3. Era uma ave – Predicado
Muito suja – Predicativo do sujeito
6.4. No preciso momento – Modificador
Por um objeto voador – Complemento Agente da Passiva
7.1. O gato surpreendeu-se quando a gaivota aterrou na varanda. (or. Subordinante + or.
Subordinada temporal)
ou
O gato surpreendeu-se porque a gaivota aterrou na varanda. (or. Subordinante + or. Subordinada
causal)
7.2. A gaivota morreu porque foi vítima de uma maré negra. (or. Subordinante + or. Subordinada
causal)
8.1. O ovo foi tratado por Zorbas com muito carinho.
9.1. Prometo ensiná-la a voar.

19
"História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar" de Luís Sepúlveda (ASA)

Esta será, juntamente com O Velho que lia Romances de Amor, a obra de maior sucesso
comercial de Luís Sepúlveda. Trata-se de um conto destinado ao público infanto-juvenil,
mas que não deixa de seduzir, também, os adultos. Escrita durante o período em que o
Autor e a família viviam em Hamburgo, a trama subjacente a este conto incide na vida de
um gato que habita as imediações do porto da cidade e, também, na amizade entre o
felino e uma gaivota que tem o azar de ser surpreendida por uma maré negra.
20
Luís Sepúlveda escreveu a estória do gato Zorbas – que habitou realmente a casa e fez,
durante largos anos, parte da família Sepúlveda – para os filhos colocando “o gato
grande, gordo e negro” como personagem central. O verdadeiro Zorbas viveu com os
Sepúlveda e a biografia deste simpático animal é-nos mostrada num lindíssimo relato
incluído na colectânea As Rosas de Atacama. Estão, no entanto, impregnadas na trama
central de História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voaratravés não só do
discurso do narrador mas, sobretudo, na linha de pensamento e nos valores transmitidos
pelas personagens as principais marcas ideológicas que nos habituámos a ver no
discurso de Sepúlveda: a defesa do meio ambiente, sobretudo no que respeita ao
ecossistema dos oceanos, a solidariedade, a aceitação e integração das diferenças.

A personagem que desencadeia a trama é Kengah, a gaivota marinheira e piloto,


integrada no bando migrante que efectua viagens transcontinentais. Tem características
muito especiais. É uma cidadã do mundo que assiste a convenções internacionais de
gaivotas, é poliglota, reconhece as várias bandeiras que correspondem a diversas
nacionalidades e associa-as às diferentes sonoridades linguísticas, o que lhe proporciona
a faculdade de distinguir vários idiomas humanos – ao perceber várias sonoridades
diferentes para a o objecto “peixe”, por exemplo. Sabe, também, decifrar a linguagem dos
gatos o que lhe facilita a comunicação com Zorbas.

Linguagem e Discurso

Logo nas primeiras páginas deste cativante fábula, aquilo que prende a atenção do leitor,
ao ler as primeiras frases, é a projecção dos conhecimentos e experiência de voo do autor
projectadas na linha de pensamento da gaivota e, ao mesmo tempo, a presença da gíria,
típica dos marinheiros

.
“Banco de arenques a bombordo! – anunciou a gaivota de vigia, e o bando do Farol da
Areia Vermelha recebeu a notícia com grasnidos de alívio. Iam com seis horas de voo
sem interrupções e, embora as gaivotas piloto as tivessem conduzido por correntes de
ares cálidas que lhes haviam tornado agradável aquele planar sobre o oceano…” (excerto
do capítulo I).
20
Os personagens felinos

Outro aspecto que se destaca na obra é a solidariedade dos gatos que habitam as
imediações do porto de Hamburgo é o sentido de compromisso, subjacente à coesão do
grupo, e que reveste um carácter quase que sagrado, no que respeita ao cumprimento da
palavra dada. Esta pequena confraria de gatos não chega a confundir-se com o gang dos
gatos arruaceiros, precisamente pela interiorização de uma série de valores relacionados
com o civismo. Por isso, assemelha-se, talvez, um pouco à guarda do Mosqueteiros de
Dumas onde, na eventualidade de algum dos seus membros se encontrar em
dificuldades, os restantes unem-se para o ajudar. É o que acontece quando Zorbas se vê 21
a braços – ou a patas – com a filha de Kengah à qual promete ensinar a filha a voar logo
que chegue à idade adulta.

Os personagens felinos são os que despertam maior curiosidade pelos traços particulares
que exibem.

Zorbas, “o gato grande, preto e gordo”, bonacheirão e guloso, é tão bon vivant como
Garfield embora sensível e coração mole. O que não o impede de exibir dentes garras
quando encontra pela frente o bando dos gatos de rua – os provocadores e pseudo-
valentões:

“Estendeu lentamente uma pata da frente, pôs de fora uma garra tão comprida como um
fósforo e aproximou-a da cara de um dos provocadores” (sic).

“ – Gostas? Olha que tenho mais nove! Queres experimentá-las no espinhaço? – miou
com toda a calma.

“Com a garra diante dos olhos, o gato engoliu cuspo antes de responder.”

Depois temos Colonello, que habita as redondezas da cozinha do Ristorante Italiano “O


Baloiço”. Colonello exibe quase que a postura de um pater famílias siciliano, é o chefe da
confraria dos gatos do porto, torna-se o patriarca dos gatos, “por ser velho e talentoso”.
Tem uma vocação especial para aconselhar e confortar os outros, apesar de nunca
solucionar um problema.

A seguir vem Secretário, o moço de recados de Colonello, ao qual cabe sempre aquilo
que os outros não querem fazer, isto é, as tarefas mais ingratas.
E, por último, Sabetudo, o enciclopedista, que habita o Bazar do porto onde, entre muita
tralha, se encerra a biblioteca mais eclética do mundo. O Bazar é guardado por Matias, o
impertinente macaco que, apesar da petulância, não consegue impedir a iniciativa nem o
apurado instinto de investigação deste quatro “mosgateiros”…
21
A Inspiração nos contos tradicionais

Há, inequivocamente, em História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar vários
elementos que denunciam a inspiração vinda dos contos tradicionais, como as três
promessas exigidas pela gaivota-mãe a Zorbas, onde o número três se reveste de um
carácter quase que sagrado ou, pelo menos, mágico

.
Depois os adjuvantes – os gatos do porto – e os oponentes – o gang dos provocadores, a
Ratazana e o Homem.
22

Por último, a quebra do tabu, a título excepcional – isto é, a exposição ao risco – também
presente na maior parte dos contos tradicionais, como recurso extremo e em caso de
força maior. Nesta situação, trata-se de entabular diálogo com uma figura humana – um
poeta, um idealista – que medeia os interesses assentes na defesa do ecossistema à
escala global, dos humanos e dos animais.

A quebra do tabu – falar a linguagem dos humanos e mostrar que são por eles
compreendidos – implica um elevado risco para os gatos: a perda da independência e da
liberdade.
O grupo tem consciência do facto por analogia com o sucedido a outros animais:
golfinhos, papagaios, primatas e até os felinos de grande porte que servem de brinquedo
aos humanos ou que são submetidos a torturas em laboratórios, em nome do avanço da
Ciência. Mais uma achega do Autor na defesa dos direitos dos animais...

…de onde emerge a importância da escolha de uma figura humana escolhida a dedo para
integrar a missão de ajudar os gatos e a gaivota.

A solução será fazer com que pareça tratar-se de um sonho…


…uma vez que não é considerado incomum que um poeta sonhe com coisas
aparentemente bizarras.

Uma fábula contemporânea, a exibir uma das melhores facetas da escrita de Luís
Sepúlveda.

22
2. IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR:

a. Nome / Pseudónimo: Luís Sepúlveda

b. Dados Biográficos:

Nascimento (Local e data): Nasceu em Ovalle, no Chile em 1949

Profissão: Escritor
23
Morte (Local e data): É vivo

Episódios marcantes da sua vida:Quando publicou “ O vello que lia romances de amor”
tornou-se um dos escritores de língua espanhola mais lidos no mundo inteiro.

Obras publicadas pelo autor: “ O vello que lia romances de amor” ; “Mundo do Fim
do Mundo”

3. Análise da obra

· Tipo de texto: Ficção

· Género literário: Narrativo

· Tema estruturante:____________________________

Sumário da obra (+- 100 palavras): Esta é a história de Zorbas um gato grande, preto e
gordo e de uma gaivota chamada Kengah, de penas cor de prata. Um dia Kengah é
apanhada por uma maré negra de petróleo enquanto procurava alimento. Isto provocou-
lhe muitas dificuldades para conseguir voar e encontrar alguém para pedir ajuda. Kengah
chega mesmo a morrer com o corpo impregnado de petróleo. Mas antes de morrer pôs
um ovo que deixara ao cuidado de Zorbas e fez-lhe prometer que ensinará a pequena
gaivota a voar. Tudo isto com ajuda dos seus companheiros Secretário, Colonello,
Sabetudo e Barvalento. A pequena gaivota ficou com o nome de Ditosa.

· Tipo de linguagem:

a. Registo de línguas: Registo de Lígua cuidado e corrente

b. Recursos expressivos:

Adjectivação expressiva: “…do gato grande, preto e gordo”


23
Comparação: “ Muitas vezees virá lá do alto como certos grandes barcos…”

Enumeração: “ … Secretário, Sabetudo, Colonello e Zorbas…”

_ c. Denotação/conotação: “Estamos á cunha”

· Personagem(ns) preferida(s): Zorbas e Kengah

Aspectos marcantes: “ Quando Zorbas tenta ajudar a gaivota Kengah cuidando do ovo
que a gaivota deixa antes de partir”

24

Outras personagens em destaque: Colonello, Secretário e Sabetudo

· Elementos paratextuais relevantes: Título ; Índice

4. APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA:

Algumas palavras novas encontradas: repugnância; impregnada; arenques; azáfama;


caótica; cloaca; pestilento; asfalto

Frases marcantes: “ Porca miseria- exclamou Colonello”

“ É terrivel! Terrivel! ”

“ Continue, continue a tirar-me os miados da boca “

Três boas razões para ler este livro:

1) É um livro pequeno

2) De fácil compreensão

3) É divertido

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