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1ª.

Lei da Termodinâmica para um Volume de


Controle

Grande parte dos problemas de interesse na Engenharia envolve sistemas


abertos, ou seja, sistemas nos quais há fluxo de massa através de suas fronteiras. É,
portanto, conveniente obtermos uma expressão da 1ª. Lei válida para sistemas abertos.
O estudo de sistemas abertos é simplificado pelo emprego do conceito de volume de
controle. Conforme vimos anteriormente, um volume de controle é definido como uma
região fixa no espaço, com forma e volume fixos. Em princípio, um volume de controle
poderia ser definido de forma menos restritiva, permitindo-se que ele se movesse e
mudasse de volume. Nesse caso, porém, seria necessário computar explicitamente o
trabalho realizado (ou recebido) pela sua fronteira (a superfície de controle). É, assim,
usual simplificar a análise e adotar volumes de controle fixos e rígidos; no que se segue,
admitiremos essas qualidades para o volume de controle.

1. A Conservação de Massa para um Volume de Controle

Para um sistema fechado, a conservação de massa é satisfeita de forma trivial


pela própria definição de sistema fechado: uma coleção fixa de partículas. Em um
volume de controle pode haver fluxo de massa através de suas fronteiras e o balanço de
massa deve levar esse fluxo em conta.

Consideremos um volume de controle (VC) que no instante t contém em si uma


massa m(t). Suponhamos que no intervalo de tempo Dt uma massa Dme adentrou o
volume de controle através de sua fronteira, a superfície de controle (SC), enquanto uma
massa Dms deixou o volume de controle. A massa no volume de controle no instante t +
Dt é, portanto:

m(t + Dt ) = m(t )+ Dme - Dms (1)

A variação de massa no volume de controle no intervalo Dt é:

DmVC = m(t + Dt )- m(t ) = Dme - Dms (2)

A variação média de massa no volume de controle durante o intervalo Dt é


obtida dividindo-se a variação de massa DmVC pelo intervalo decorrido Dt:

DmVC m(t + Dt )- m(t ) Dme Dms


= = - (3)
Dt Dt Dt Dt
No limite de Dt Æ 0 temos, assim, as taxas instantâneas de variação de massa:
dmVC
m& VC = = m& e - m& s (4)
dt
A equação (4) expressa o Princípio da Conservação de Massa para um volume
de controle. Ele essencialmente afirma que a variação de massa no volume de controle é
igual ao fluxo líquido de massa através da superfície de controle.

Nota:

O cálculo dos fluxos de entrada e saída de massa é feito caso a caso para cada
problema. Um volume de controle pode ter um ou vários fluxos de entrada e
saída, com propriedades homogêneas ou não homogêneas. Genericamente, o
lado direito da equação (4) pode se expresso por uma integral ao longo da
superfície de controle:

dmVC
= Ú rVdA (5)
dt SC

onde r é a densidade local do fluido, V é a velocidade local do fluido normal a


dA (positiva para dentro) e dA é o elemento de área da superfície de controle.

2. 1ª Lei Para um Volume de Controle

Apresentamos agora uma dedução simples da 1ª. Lei para um volume de


controle assumindo inicialmente que há apenas um fluxo de entrada e um fluxo de saída
de massa através da superfície de controle. Em seguida, generalizaremos para múltiplos
fluxos. Naturalmente, a expressão da 1ª. Lei para o volume de controle será obtida a
partir da aplicação da 1ª. Lei para um sistema (fechado) convenientemente definido.

Consideremos assim o sistema (fechado) e o volume de controle mostrados na


figura:
W& x
e
W& x e

Dme
Fronteira
do Dms
sistema
(fechado)

Q&
Q& s
a) Instante t s b) Instante (t + Dt)

O sistema (fechado) é definido de modo a ser composto pela massa no interior


do volume de controle no instante t mais a massa Dme que adentrará o volume de
controle no intervalo Dt. Desta forma, no instante (t + Dt), o sistema (fechado) é
composto pela massa no interior do volume de controle no instante (t + Dt), a qual agora
inclui a massa Dme, mais a massa Dm s, que deixou o volume de controle no intervalo
Dt. Note-se que o sistema (fechado) é sempre composto pelas mesmas partículas de
massa.

Para simplificar nossa dedução vamos admitir que os fluxos de entrada e saída
estão em equilíbrio termodinâmico, de modo a podermos empregar suas propriedades
intensivas (tais como volume específico e energia interna específica) como se estas
estivessem distribuídas de forma homogênea nas porções Dme e D ms de massa. Essa
hipótese simplificadora é razoável desde que o intervalo Dt seja pequeno e que as áreas
de entrada e saída sejam pequenas (e também desde que não existam descontinuidades
nas propriedades, como no caso de ondas de choque).

Do mesmo modo, sendo Dt pequeno, vamos admitir que as taxas de transmissão


de calor Q& e trabalho W& x são constantes durante Dt, de forma que o calor trocado e o
trabalho transferido durante Dt podem ser dados por:

QDt = Q& ⋅ Dt (6a)

W = W& ⋅ Dt
x Dt x
(6b)

Além do trabalho transferido de ou para o sistema mostrado em (6b), o sistema


realiza trabalho de fronteira nas áreas de entrada e saída de massa. Denominando por
DVe e DVs os volumes correspondentes aos fluxos de entrada e saída, respectivamente, e
fazendo uso da hipótese de equilíbrio desses fluxos para denotar por p e e p s suas
pressões, temos que o trabalho de fronteira é dado por:
W f Dt = p s DVs - pe DVe (7)

Os volumes DVs e DVe podem ser expressos em função das respectivas massas e
volumes específicos como:

DVe = ve ⋅ Dme (8a)

DVs = v s ⋅ Dms (8b)

De forma que o trabalho total realizado pelo sistema durante Dt é:

WDt = Wx Dt + W f Dt = W& x ⋅ Dt + ps vs ⋅ Dms - pe ve ⋅ Dme (9)

A energia total dos fluxos de massa Dme e Dms pode ser dada pela soma de suas
componentes de energia interna, cinética e potencial (aqui restrita ao potencial
gravitacional):

Ê 1 ˆ
DE m e = Dme Á u e + vm2 e + gz e ˜ (10a)
Ë 2 ¯
Ê 1 ˆ (10b)
DE m s = Dms Á u s + vm2 s + gz s ˜
Ë 2 ¯
ue, us : energias internas específicas
vm e , vm s : velocidades médias

ze, zs : cotas

A energia total no sistema (fechado) nos instantes t e (t + Dt) é, assim, dada por:

Et = EVC t + DEm e (11a)

Et + Dt = EVC t + Dt + DEm s (11b)

onde EVC t e EVC t + Dt são as energias totais no volume de controle nos


respectivos instantes (lembremos aqui da definição do sistema e sua relação com o
volume de controle).

A variação de energia no sistema (fechado) é:


DE = Et + Dt - Et = DEVC + DE m s - DE m e (12)

onde DEVC = EVC t + Dt - EVC t é a variação de energia no interior do volume de


controle.

A 1ª. Lei para o sistema (fechado) aplicada entre t e (t + Dt) fornece:

DE = QDt - WDt (13)

Combinando a expressão (9) de WDt com as expressões (10a) e (10b) para Dme e
Dms, empregando a expressão (6a) para QDt e substituindo-as em (13) e (12), temos:

DE = Q& ⋅ Dt - W& ⋅ Dt - p s v s ⋅ Dms + pe ve ⋅ Dme (14)

Ê 1 ˆ Ê 1 ˆ
DE = DEVC + Dms Á u s + vm2 s + gz s ˜ - Dme Á u e + vm2 e + gz e ˜ (15)
Ë 2 ¯ Ë 2 ¯
De (14) e (15) temos, fazendo Dt Æ 0 , que:

dE È 1 ˘ È 1 ˘
Q& - W& x = VC + m& s Í(u s + p s v s )+ vm2 s + gz s ˙ - m& e Í(u e + pe ve )+ vm2 e + gz e ˙ (16)
dt Î 2 ˚ Î 2 ˚

Os termos (us + psvs) e (ue + peve) são, por definição, as respectivas entalpias de
saída e entrada, hs e he :

dE Ê 1 ˆ Ê 1 ˆ
Q& - W& x = VC + m& s Á hs + vm2 s + gz s ˜ - m& e Á he + vm2 e + gz e ˜ (17)
dt Ë 2 ¯ Ë 2 ¯
Finalmente, a equação (17) pode ser generalizada para múltiplos fluxos de
entrada e saída tornando-se suas somatórias:

dE Ê 1 ˆ Ê 1 ˆ
Q& - W& x = VC + Â m& s Á hs + vm2 s + gz s ˜ - Â m& e Á he + vm2 e + gze ˜ (18)
dt saídas Ë 2 ¯ entradas Ë 2 ¯
Esta é a equação geral da 1ª. Lei para um volume de controle, válida para regime
permanente e não-permanente e múltiplas entradas e saídas.

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