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MALETA JUVENTUDE

O estatuto em releituras

1. Sobre o direito à participação social: Estou no fluxo e a minha hora é essa!

Se por um lado concordamos que a participação é um valor importante para uma


sociedade democrática e, por outro, é nas juventudes que se experimentam processos de
autonomia e inserção social, ela – a participação – precisa ser apreendida pelas novas
gerações.
A participação tem um valor histórico importante, e é preciso resguardar as conquistas
que foram possíveis por meio dela. Ou seja, o “patrimônio” daquilo que foi conquistado como
fruto da luta por mais direitos na sociedade, por meio da participação dos seus membros,
precisa estar continuamente vivo na memória social.
Ser jovem hoje é diferente de ser jovem em outros períodos da história. As
reivindicações que animam as distintas formas de participação modificam-se mediante as
transformações das condições sociais, políticas, econômicas e culturais no curso do tempo.

Três componentes interdependentes:


a herança de conquistas e sua preservação;
o aprendizado da participação;
se a participação, ela mesma, é um direito conquistado, é fundamental que os jovens
façam uso dela para a expressão das suas demandas atuais.

a. Legado, preservação e mudança.


O legado cultural é percebido em uma interação contínua entre as gerações, pautada na
valorização de cada membro desta disseminação. Seja na dimensão familiar ou social, cabe
aos mais jovens avaliar o que recebem, absorvendo ou não aquilo que pode ser útil,
reinterpretando o inventário recebido a partir de sua realidade, mas também garantindo
espaço para a construção do futuro.

b. O aprendizado da participação.
A ideia de que os jovens estão em momento particular de inserção social quer dizer que
estão em processo de formação como sujeitos na sociedade. Ser sujeito, nesse sentido,
implica em assumir mais autonomia na construção de identidades e na identificação com
grupos, em desenvolver suas capacidades de escolhas, gostos, estilos, preferências ou
engajamento em causas.
A etapa da juventude é o momento propício para se desenvolver o elo entre a
experiência da participação e o desenvolvimento pessoal e social. Ou seja, o aprendizado da
participação deve colaborar para que os jovens conquistem o status de sujeitos ativos no seu
desenvolvimento e no de suas sociedades, a fim de que também construam condições
propícias em seu entorno para a satisfação de suas necessidades pessoais e coletivas. Isso
pode ser feito de muitas maneiras.

c. Engajamentos e demandas atuais: lugares de expressão.


Existem muitas maneiras de os jovens explicitarem suas demandas por meio da
participação. As mídias sociais, por exemplo, têm sido lugares destacados de intensa
participação de jovens opinando sobre diversos temas relacionados aos seus direitos ou sobre
a situação social e política brasileira. As mobilizações de rua, convocadas por movimentos
sociais, ou aquelas de caráter mais “espontâneo” são também grandes aglutinadoras de jovens
que expressam ali sua contestação (anexo 2). Na atualidade tem ocorrido uma conexão
interessante entre as redes e as ruas, conforme pode ser visto pelas chamadas jornadas de
junho, em 2013, que ilustram um fenômeno bem retratado no documentário Levante.
Para assistir: O documentário Levante! (DVD1)
Há também as performances culturais, sobretudo nas áreas urbanas, que se traduzem
por meio de diferentes linguagens artísticas, como por exemplo no grafite, nas pichações, nos
saraus de poesia ou nas letras de Hip-Hop. Nas expressões citadas, a estética e a política se
encontram e reverberam um protesto ou um conflito social que de algum modo revela
condições de vida, situações de preconceito e discriminação e/ou leituras e valores sobre o
mundo que os jovens desejam construir. Quando articuladas a outras movimentações sociais,
colaboram para a sensibilização da sociedade e para a construção de pautas que buscam
garantir direitos. Em relação às práticas mais sistemáticas de engajamento de jovens, é
comum direcionarmos o olhar para as que ocorrem também por meio de alguma
institucionalidade, grupos ou coletivos.
Institucionalidades ditas tradicionais: Em relação aos formatos mais
institucionalizados, destacam-se os partidos políticos, as organizações estudantis, os sindicatos
e os projetos de Organizações Não Governamentais (ONGs).
Movimento Estudantil: Não há dúvida de sua relevância na história política brasileira,
sendo a atuação mais conhecida o enfrentamento à ditadura militar nas décadas de 60 a 80 do
século passado e o papel exercido pelos seus líderes.
A existência de organismos ligados ao Movimento Estudantil dentro das universidades
(Diretórios Centrais dos Estudantes ou Centros Acadêmicos) e de escolas do ensino médio
(grêmios estudantis) reflete a busca por mais organicidade, além de serem espaços centrais
para convocações e mobilizações.
Para assistir: O curta CES: Ontem e Hoje (DVD 4) traça um percurso histórico do
Centro dos Estudantes de Santos, fazendo um paralelo entre os diferentes contextos políticos e
de militância, na sua jornada de 1932 até hoje. Trata-se de um bom recurso para disparar um
debate sobre a atuação do movimento estudantil e sua força política na atualidade.
Os coletivos juvenis: Para os jovens que encontram algum sentido no engajamento
de uma causa ou ação comunitária, é bem comum estarem envolvidos e transitarem por
diferentes instâncias ao mesmo tempo, como fazer parte de um projeto de uma ONG ou se
identificar com a militância de um ou mais movimentos sociais e mesmo de partidos políticos.
Esses deslocamentos múltiploS e não lineares indicam que mais do que se enquadrar num
formato específico, os jovens exercitam seu direito à experimentação, inclusive no campo da
participação.
Em primeiro lugar, a necessidade de identificação com outros jovens e a conexão que
estabelecem, motivados por alguma demanda na dimensão sociocultural ou comunitária e que
está relacionada ao cotidiano de suas vidas e do seu entorno. Isso significa a possibilidade do
encontro, da troca e do intercâmbio, sem muitas mediações orientadas, para compartilhar
preocupações, aspirações e expectativas comuns. Podem surgir daí propostas de ação
concreta, com resultados plausíveis, imediatos e com certo grau de flexibilidade na execução;
em princípio não há preocupações exaustivas se um projeto ou ação vai durar um mês ou um
ano; nem de produção de documentos complexos exigidos por grandes financiadores.
Em segundo, voltamos ao tema da representatividade e da hierarquização. Os
coletivos jovens valorizam a horizontalidade em seus processos de tomada de decisão e não
apresentam expectativas de uma representação verticalizada e generalizante, ou seja, não
arvoram o atributo de falar por todos os jovens a partir de determinado tema ou território.
Também não parecem aspirar de imediato uma institucionalização ou formalização jurídico-
administrativa. O fundamental, nesse ponto, é que esse tipo de inserção valoriza a experiência
individual e as subjetividades.

Para refletir em grupo:

Existem algumas dinâmicas que facilitam o debate em grupo sobre a importância da


organização social. Uma delas é o “Jogo das torcidas”. Quer conhecer?
Divida a turma em 2 grupos distintos. Cada um representa a torcida de um time. Todas elas
estão atrasadas e precisam chegar juntas ao estádio para assistir a partida. O problema é
que, para chegar ao local a tempo, ambas precisam passar pelo mesmo cruzamento. Marque
no chão, com giz ou fita crepe, o percurso:

TORCIDA 1

TORCIDA 2
O mediador faz uma contagem regressiva para que as torcidas se locomovam em direção ao
estádio e, neste momento, a confusão acontece: os participantes se atropelam, se
desorganizam, discutem, e dificilmente o grupo conseguirá chegar junto.
Reflita sobre o ocorrido, o que poderia ser diferente e como a tarefa dada a cada torcida
poderia ter sido concluída como o comandado. Certamente surgirão algumas opções, mas a
mais provável é que o grupo sugira alguma forma de regular o trânsito por meio de um sinal,
combinado entre torcidas ou agente de trânsito. Ou seja, vão trazer a necessidade de
organização social para garantir que todos alcancem os seus objetivos de forma pacífica.
Esta atividade também é uma boa oportunidade para refletir sobre a vida em sociedade, a
cultura de direitos e a importância da participação política.

PAREI NA PÁG. 72

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