Sei sulla pagina 1di 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE DIREITO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS PENAIS

1. Enquanto Membro do Ministério Público Federal


com atuação na área criminal na Cidade de Porto Alegre/RS, você recebe,
após distribuição automática, em 16/08/2017, correspondência oficial exarada
pelo Juiz do Trabalho Dr. ODILON RIBEIRO JÚNIOR, também com atuação em
Porto Alegre/RS, mediante a qual ele lhe encaminha em anexo, para os fins
penais cabíveis, uma via original de um “Mandado de Citação, Penhora e
Avaliação”, oriundo da MMª. 3ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS –
titularizada pelo mencionado Juiz do Trabalho –, referente ao Processo
Trabalhista nº 308-3-087/15, expedido em desfavor da empresa ACREVEL
VEÍCULOS LTDA., com sede em Porto Alegre/RS, na Rua Adão Baino nº 137,
em cujo verso se encontra uma CERTIDÃO lavrada pela Oficiala de Justiça-
Avaliadora VERA LÚCIA DOS SANTOS, na qual se lê o seguinte:

“Certifico e dou fé que, em cumprimento ao r. Mandado,


dirigi-me ONTEM, 02/08/2017, às 10:20 horas, ao endereço nele
indicado como sendo da executada ACREVEL VEÍCULOS
LTDA., e lá estando, após as formalidades legais, dei início ao
cumprimento do referido Mandado. (...) Certifico ainda que, tão
logo lavrei o Auto de Penhora, chegou ao local o Sr. ANDERSON
MOURA, sócio da executada, que ficou muito irritado e
ameaçou impetrar representação contra os Oficiais desta
Justiça, o qual tomou de mim o Mandado, dirigindo-se para a
sua sala, ocasião em que eu o segui e adentrei a sala com ele,
e, num ímpeto de raiva, o referido empresário escreveu em tinta
preta o que se lê no anverso do r. Mandado de Citação, Penhora
e Avaliação que ora junto aos autos, expressão esta
devidamente assinada por ele. Certifico que deixo de
transcrever o conteúdo do que foi escrito, tendo em vista que
trata-se de uma expressão de baixo calão extremamente
desrespeitosa à pessoa do Juiz, cuja íntegra pode-se ler no
anverso do Mandado suprarreferenciado. Certifico, outrossim,
que procurei acalmá-lo e adverti-lo no sentido de que não devia
referir-se à pessoa do Juiz de maneira tão desrespeitosa, bem
como à minha pessoa.”

2. No anverso da referida CERTIDÃO encontra-se


consignada a seguinte expressão chula: “SEU JUIZ DE MERDA, VÁ TOMAR
NO CU!”, expressão esta seguida da assinatura de ANDERSON MOURA.

3. Como ato preliminar, você oficia ao Juiz do


Trabalho ODILON RIBEIRO JÚNIOR, solicitando-lhe encaminhe para depor
sobre os fatos, em Sede Ministerial, a referida Oficiala de Justiça-Avaliadora
VERA LÚCIA DOS SANTOS, a qual, oitivada em 01/09/2011, corroborou
integralmente a versão factual acima narrada, salientando ainda, ipsis verbis :

Rua Epaminondas Jácome, 3.017 – Centro — Fones (68) 223-2790 [GAB] – 224-0321 [PABX] – 224-0673 [FAX] — CEP 69908-420 – RIO BRANCO – AC
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DO ACRE

“QUE, a declarante, no cumprimento do Mandado de Citação,


Penhora e Avaliação oriundo da MMª. 3ª Vara do Trabalho de
Porto Alegre/RS, referente ao Processo Trabalhista nº 308-3-
087/15, expedido em desfavor da empresa ACREVEL VEÍCULOS
LTDA., dirigiu-se à sede daquele estabelecimento no dia
02/08/2017, às 10:20 horas, sendo atendida por uma das sócias
da empresa executada chamada ESTHER, sendo que procedeu
à penhora de dois balcões existentes na ACREVEL, e que,
quando já estava de saída, ANDERSON MOURA chegou, e
quando viu a declarante já foi logo dizendo: ‘O QUE VOCÊ ESTÁ
FAZENDO AQUI?’, sendo que a declarante lhe explicou que
estava na empresa dele para cumprir uma determinação de
penhora por ordem do Juiz do Trabalho ODILON RIBEIRO
JÚNIOR, nos autos antes mencionados; QUE, ANDERSON
MOURA estava exaltado e novamente em tom descortês disse:
‘AQUI A SENHORA NÃO VAI FAZER PENHORA NÃO, POIS AQUI
NÃO TEM QUE FAZER PENHORA PORRA NENHUMA!’’, sendo
que, desta feita, ANDERSON MOURA tomou o Mandado de
Penhora das mãos da declarante e seguiu em direção à sua
sala, tendo a declarante ido atrás dele; QUE, enquanto se dirigia
para a sua sala, ANDERSON MOURA dizia: ‘AQUI VOCÊ NÃO
VAI FAZER PENHORA PORRA NENHUMA, EU NÃO VOU TOMAR
CIÊNCIA DE NADA!’, dizendo também o seguinte: ‘NÃO SEI O
QUE AQUELE JUIZ DE MERDA TEM CONTRA MIM! NÃO SEI
PORQUE SÓ ESSE CHIFRUDO DO JUIZ ODILON FICA ME
PERSEGUINDO! TODO DIA TEM FILHA-DA-PUTICE DELE
CHEGANDO AQUI!’; QUE, já na sala de ANDERSON MOURA, a
declarante lhe disse : ‘ANDERSON, VOCÊ NÃO PODE FALAR
ASSIM! E TAMBÉM NÃO PODE FICAR COM O MANDADO!’;
QUE, nesta ocasião, ANDERSON MOURA, gritando, falou para a
declarante o seguinte: ‘DIGA PRAQUELE JUIZ CHIFRUDO,
FILHO DUMA PUTA, QUE VÁ TOMAR NO CU! DIGA, PODE
DIZER!!!; QUE, a declarante disse que não iria falar aquilo para
o Juiz; QUE, nesta ocasião, ANDERSON MOURA falou para a
declarante: ‘POIS ENTÃO ME DÁ AQUI ESSE MANDADO QUE
EU VOU ESCREVER PARA ELE’; QUE, o Mandado de Penhora já
estava em cima da mesa de ANDERSON MOURA, tendo ele
pego o Mandado e escrito NO SEU ANVERSO: ‘SEU JUIZ DE
MERDA, VÁ TOMAR NO CU!’, assinando a seguir. QUE, após,
retomou o Mandado de ANDERSON, voltando para a Vara e
certificando o ocorrido, juntando o aludido documento aos
autos.”.

4. Com os fatos delineados em seus pormenores,


você resolve denunciar ANDERSON MOURA, optando por ouvi-lo apenas
judicialmente.

2
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DO ACRE

5. Elabore a peça respectiva.

Potrebbero piacerti anche