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SENHORITA EM PARIS”
Esta análise literária foi realizada como proposta de trabalho para a disciplina
Teoria Literária II do curso Licenciatura em Letras, ministrada pela Profa. Dra. Walnice
de Matos Vilalva para a Universidade do Estado de Mato Grosso, campus universitário
de Tangará da Serra – MT. O objeto de estudo será o conto “Carta a uma senhorita em
Paris” escrito por Julio Florencio Cortázar, catalogado por Flávio Moreira da Costa e
traduzido por Remy Gorga Filho. A problematização do conto girará em torno das
possíveis metáforas que existem no mesmo.
Isto causa um estranhamento, que intriga no leitor e até mesmo nos faz pensar se
realmente foi essa a frase que foi lida. Este elemento estranho no conto, é chamado na
1
Acadêmico do 3º Semestre de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus
universitário de Tangará da Serra.
literatura de insólito, que seria algo fora do normal: algo entre o maravilhoso e o
fantástico. Assim como qualquer animal, os coelhos brincavam e se alimentavam, mas
eles dormiam pela manhã, em um armário o qual o narrador os trancava.
Esse tipo de personagem possui uma visão limitada do que ocorre, trazendo um
certo suspense para a obra. Neste conto o narrador está contando algo que já havia
acontecido, algo que ficou no passado, portanto ele tem todo o conhecimento, mas
somente do seu ponto de vista, na história que está narrando.
Ele descreve a casa como “tranquila sala festejada de sol”, ou seja, era um
ambiente com muitas janelas. O autor vai criando uma imagem em nossa cabeça,
detalhando o ambiente.
Sara era a criada da casa e seu receio era de que ela suspeitasse de algo e
descobrisse seu segredo, então ele toma todas as precauções para que ela não perceba os
coelhos que ele guarda no armário de seu quarto. Ele encara essa situação como um
dever e uma tristeza, pois vai apagando todos os rastros deixados pelos animais, porém
isto vai saindo do seu controle no decorrer do conto.
Ele nunca contou a ninguém que vomitava coelhos e isto era difícil pois sempre
acontecia quando ele estava sozinho. Na carta ele confessa a Andrée: “Nunca lhe
contara antes, não acredite que por deslealdade, mas naturalmente a gente não vai ficar
explicando a todos que, de quando em quando, vomita um coelhinho”. (CORTÁZAR, p.
572).
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CORTÁZAR, Julio. Carta a uma senhorita em Paris. In: COSTA, Flávio Moreira da.
(Org.). Os Melhores contos fantásticos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 571-
578.