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Em certos momentos, estes textos revelam que o significado de uma determinada mensagem

foi “mal compreendido”. A história da recepção de imagens, da mesma forma que a dos textos
, enfraquece a noção de senso comum, de má compreensão, mostrando que diferentes
interpretações do mesmo objeto, ou ainda do mesmo acontecimento, são normais e não
aberrações, e que é difícil encontrar boas razões para descrever uma interpretação como
“certa” e outras como “erradas” (BURKE, 2004, p. 229).

As respostas dos espectadores podem ser influenciadas ou manipuladas por meios textuais,
das inscrições em medalhas às legendas em fotografias (BURKE, 2004, p. 231).

as imagens não são nem um reflexo da realidade social nem um sistema de signos sem relação
com a realidade social, mas ocupam uma variedade de posições entre estes extremos. Elas são
testemunhas dos estereótipos, mas também das mudanças graduais, pelas quais indivíduos ou
grupos vêm o mundo social, incluindo o mundo de sua imaginação (BURKE, 2004, p. 232).

os testemunhos sobre o passado oferecidos pelas imagens são de valor real, suplementando,
bem como apoiando, as evidências dos documentos escritos. É verdade que, especialmente no
caso da história dos acontecimentos, elas frequentemente dizem aos historiadores que
conhecem os documentos algo que essencialmente eles já sabiam. Entretanto, mesmo nestes
casos, as imagens têm algo a acrescentar. Elas oferecem acesso a aspectos do passado que
outras fontes não alcançam (BURKE, 2004, p. 233).

A maioria delas não foi produzida com este propósito. Algumas delas o foram, mas a maioria
foi feita para cumprir uma variedade de funções religiosas, estéticas, políticas e assim por
diante. Elas, frequentemente, tiveram seu papel na “construção cultural” da sociedade. Por
todas estas razões, as imagens são testemunhas dos arranjos sociais passados e acima de tudo
das maneiras de ver e pensar o passado (BURKE, 2004, p. 233).

Toda imagem conta uma história (BURKE, 2004, p. 175).

o estereótipo pode não ser completamente falso, mas frequentemente exagera alguns traços
da realidade e omite outros. (BURKE, 2004, p. 155).

O olhar frequentemente expressa atitudes sobre as quais o espectador pode não estar
consciente, sejam elas de medos, ódios, ou desejos projetados no outro (BURKE, 2004, p. 156).

os estereótipos muitas vezes tomam a forma de inversão da auto-imagem do espectador. [...]


Dessa forma, os outros são transformados no “Outro”. Eles são transformados em exóticos e
distanciados do eu (BURKE, 2004, p. 157).

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