Sei sulla pagina 1di 9

Ortografia é a parte da gramática normativa que ensina a escrever corretamente as palavras de

uma língua.

Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes


intermediárias.

É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas.

Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Por exemplo: sé-rie (i = semivogal, e =
vogal).

b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Por exemplo: pai (a = vogal, i =
semivogal).

c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. Exemplos: pai, série.

d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por exemplo: mãe.

Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem,
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oral; quão - Tritongo nasal.

Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez
que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por exemplo: saída (sa-í-da) e poesia (po-e-si-a)

Saiba que:

- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em


palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.

- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal
e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a,io-iô.

Encontros consonantais

Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra,
denominamos essa sequência de encontro consonantal.

O encontro pode ocorrer:

- na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo

- em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio

Atenção:

Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som de todas as consoantes.


Dígrafo é quando duas letras emitem um único som! Teste os dígrafos dessas palavras: assar,
banho, arroz, querido.

Percebe que ao pronunciar ss em assar, nh em banho, rr em arroz e qu em querido, emitimos


apenas um fonema?

Então, quando isso ocorre, chamamos de dígrafo, o qual compreende o seguinte grupo de
letras: lh, nh, ch, rr, ss, que gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc, xs.

Observe as palavras: quente e sequência. A primeira possui o dígrafo “qu”. No entanto, a segunda
não compreende um dígrafo, uma vez que a vogal “u” é pronunciada.

Lembre-se também que o “h” não é um fonema, mas uma letra, considerada etimológica, ou seja,
que permanece em nosso idioma por uma questão de origem.

Jamais confunda encontro consonantal com dígrafo, pois no primeiro há o encontro de duas
consoantes com sons distintos (cartela = rt) e no segundo, como vimos, há a pronúncia de
apenas um som (massa).

Sílaba é uma emissão de voz completa, representada por um ou mais fonemas. As sílabas,
agrupadas, formam vocábulos. De acordo com o número de sílabas que os formam, os
vocábulos podem ser:

 Monossílabos - formados por uma única sílaba: é, há, ás, cá, mar, flor, quem, quão.

 Dissílabos - apresentam duas sílabas: vi-ver, de-ver, cla-ro, com-por.

 Trissílabos - apresentam três sílabas: ca-ma-da, O-da-ir, pers-pi-caz, tungs-tê-nio, felds-


pa-to,ca- va-lo

 Polissílabos - apresenta quatro ou mais sílabas: bra-si-lei-ro, a-me-ri-ca-no, mo-nos-si-la-


bo,dis-si-la-bo, psi-co-lo-gi-a, con-se-quên-cia

Na língua portuguesa, o número de sílabas de uma palavra corresponde ao número de vogais


completas

Divisão silábica é uma forma de descobrir como a palavra é dividida. A divisão silábica obedece
a algumas regras básicas. Veja as principais regras de como separar as sílabas:

SEPARAM-SE:

As letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc.

As vogais dos hiatos.

Os encontros consonantais em que as consoantes se destaquem foneticamente uma da outra.

Toda consoante que não vem seguida de vogal fica na sílaba anterior.

NÃO SE SEPARAM:

As letras dos dígrafos ch, lh, nh, gu, qu

As letras dos encontros consonantais formados por: consoante + L e consoante + R.

As letras que representam ditongo ou tritongo.

Se a consoante for inicial, também não é separada. Exemplos: pneu-má-ti-co.


Translineação

Quando escrevemos, muitas vezes acontece termos de dividir uma palavra utilizando o hífen (-
) e passando parte dela para a linha seguinte. Esta situação designa-se por "translineação".

Regra geral, a divisão da palavra faz-se por silabação, ou seja, separando as sílabas: li-te-ra-tu-ra.
Porém, existem alguns casos especiais.

Em primeiro lugar, não se deve separar os dígrafos ch, lh, qu, gu, isto é, duas letras que
representam um único som: mo-cho; mo-lho; le-nha; que-ro; Gui-lher-me. Só se podem separar os
dígrafos constituídos por duas letras iguais (ss, rr): sor-rir; mis-sa.

Além disso, não se deve separar duas consoantes seguidas que iniciam sílaba: re-gra; ma-dru-
grar; lem-bran-ça; re-pli-car.

Por outro lado, deve separar-se as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes: fac-
to; ob-ter, pac-to.

Também não devem ser separadas as vogais que formam ditongos: oi-ro; lei-tão; lei-te. Mas as
vogais dos hiatos devem ser separadas: co-e-lho; Ma-nu-el; sa-ú-de.

Quando a palavra já tem um hífen e este coincide com o fim da linha, repete-se o hífen no princípio
da linha seguinte: deu-/-te; arco-da-/-velha; cor-de-/-rosa.

Por último, deve evitar-se deixar uma vogal sozinha no fim ou no princípio de uma linha, mesmo
que essa vogal constitua uma sílaba: leia; anel; ovos.

Regras de Acentuação Gráfica

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, temos a seguir as regras de
acentuação gráfica.

Monossílabas tônicas

Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s).

Pá, pós, já, pés.

Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados.

Céu, véu, dói, réis.

Palavras oxítonas

Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens.

Amapá, compôs, reféns, bambolê.

Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados.

Herói, troféus, papéis.

Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas.

Piauí, tuiuiú.

Palavras paroxítonas

Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), um(uns).


Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs, sótão, álbum.

Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) também são acentuadas.

Vácuo, insônia, subúrbio.

Atenção

Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.

Ideia, apoia, colmeia.

Atenção

Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem
depois de um ditongo.

Feiura, baiuca, bocaiuva.

Palavras proparoxítonas

Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Matemática, trânsito, farmacêutico, estético.

Letras I e U na segunda vogal do hiato

Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na segunda vogal do hiato e sem
nh após estas letras.

Caída, traíram, faísca, carnaúba.

Atenção

É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e paroxítonas antes de


acentuar palavras que se encaixem nesta regra.

Verbos ter e vir

Na terceira pessoa do plural destes verbos, estas palavras serão acentuadas.

Eles têm, eles vêm.

Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do singular terá acento
agudo e a terceira pessoa do plural terá acento circunflexo.

Ele mantém, eles intervêm.

Acentos diferenciais

Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo
poder).

O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar)


e fôrma/forma (recipiente).

Palavras com as repetições oo, ee

Não são acentuadas.

Voo, veem, perdoo.

Estrutura das palavras


Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas chamamos de
elementos mórficos ou morfemas.

A palavra menininhos, por exemplo, é formada por quatro morfemas:

Menin inh o s

Base do indica o grau indica o gênero indica o número significado diminutivo masculino plural

Os morfemas que constituem as palavras são os seguintes: radical, desinência, vogal temática,
afixos, vogais e consoantes de ligação.

Radical

O radical é a parte fundamental da palavra, esse contém seu sentido básico, é comum a um grupo
de palavras do idioma.

Exemplos:
Pastel pasteleiro pastelaria

Desinência

Em Português, as desinências são de dois tipos:

- nominal: a desinência nominal indica o gênero (masculino/feminino) e o número


(singular/plural) dos substantivos, adjetivos e alguns pronomes.

Exemplo: noss-os, mania-s, absurd-as.

- verbal: a desinência verbal indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plural), o tempo e
o modo (indicativo...., presente...).

Exemplo: cant – radical

á – vogal temática

sse – desinência que marca tempo imperfeito e modo subjuntivo

mos – desinência que marca 1ª pessoa, número plural.

Vogal temática

É a vogal que torna possível a ligação entre o radical e a desinência. Observe o verbo cantar:

Cant: radical

A: vogal temática

R: desinência de infinitivo.

A junção do radical cant- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal temática “a”
que torna possível essa ligação.

- Vogais temáticas nominais: são –a, -e e –o, quando átonas finais, como em escola, dente, livro,
essas vogais ligam as desinências indicadoras de plural, como escolas, dentes, livros. Os nomes
terminados em vogais tônicas não apresentam vogal temática, como café, cipó, caju, saci.
- Vogais temáticas verbais: são –a, -e e –i, essas caracterizam três grupos de verbos
denominados conjugações. Os verbos cuja vogal temática é –a pertencem à primeira
conjugação; aqueles cuja vogal temática é –e pertencem à segunda conjugação e por fim
aqueles que tem vogal temática –i pertencem à terceira conjugação.

Primeira conjugação Segunda conjugação Terceira conjugação

Am-a-va beb-e-ssem fug-i-rem

Atac-a-va estabelec-e-sse imped-i-sse

Afixos

São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua significação básica. São
divididos em:

- Prefixos: antepostos ao radical. Exemplo: impossível, desleal.

- Sufixos: pospostos ao radical. Exemplo: lealdade, felizmente.

Vogais ou consoantes de ligação

As vogais ou consoantes de ligação ocorrem eventualmente entre um morfema e outro por


motivos eufônicos, facilitando ou até possibilitando a leitura de uma palavra. Exemplos: paulada,
cafeteira, gasômetro.

Formação de palavras

A língua portuguesa dispõe de diferentes processos de combinação de morfemas para formar


novas palavras. Para compreender esses processos precisamos retomar alguns conceitos:

Palavras primitivas: são palavras que servem como base para a formação de outra e que não
foram formadas a partir de outro radical da língua. Exemplos: pedra, flor, casa.

Palavras derivadas: são palavras formadas a partir de outros radicais. Exemplos: pedreiro,
floricultura, casebre.

No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: derivação e
composição.

Derivação

É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva. Exemplos: inútil =


prefixo in + radical útil.

O processo de derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintético, regressivo e impróprio.

Derivação Prefixal

Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.

Exemplos: desfazer, refazer.

Derivação Sufixal
Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.

Exemplos: alegremente, carinhoso.

Os sufixos são divididos em nominais, verbais e adverbiais.

Sufixos nominais são os que derivam substantivos e adjetivos;

Sufixos verbais são os que derivam verbos;

Sufixo adverbial é o que deriva advérbio, esse existe apenas um: -mente

Derivação Parassintética

Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva.

Exemplos: desalmado, entristecer.


A derivação parassintética só acontece quando os dois morfemas (prefixo e sufixo) se unem ao
radical simultaneamente. Note que na palavra desalmado houve parassíntese. É fácil perceber,
pois não existe a palavra desalma, da qual teria vindo desalmado, da mesma forma não existe a
palavra almado, da qual também teria vindo desalmado. Portanto, ocorreu anexação de prefixo
e sufixo ao mesmo tempo.

Derivação Regressiva

Faz-se pela redução da palavra primitiva.

Exemplos: trabalho (trabalhar), choro (chorar).

O processo de derivação regressiva produz os substantivos deverbais, esses são substantivos


derivados a partir de verbos.

Derivação Imprópria

Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja
alterada.
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (Adjetivo torna-se substantivo).

Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um substantiva o
advérbio).

Composição

O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.

Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio.

Há dois tipos de composição: aglutinação e justaposição.

Composição por Aglutinação


Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações.

Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).

Composição por Justaposição

Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações.

Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol.

Outros processos

Hibridismo

Ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas diferentes.

Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim).

Onomatopeia

Acontece nas palavras que simbolizam a reprodução de determinados sons.

Exemplos: tique-taque, zunzum.

Redução ou Abreviação

Esse processo se manifesta quando uma palavra é muito longa, pois forma novas palavras a
partir da redução ou abreviação de palavras já existentes.

Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático).

Neologismo

É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes em contextos


específicos.
Veja os neologismos num trecho do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade:

Que pode uma criatura senão,

senão entre criaturas, amar?

amar e esquecer,

amar e malamar,

amar, desamar, amar?

sempre, e até de olhos vidrados, amar?

O estrangeirismo é um fenômeno linguístico que consiste no uso “emprestado” de uma palavra,


expressão ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na língua nativa. Por
algumas gramáticas é considerado um método de composição de palavras, por outras é
considerado uma figura de linguagem, e há as gramáticas mais conservadoras que tratam o
estrangeirismo como sendo um vício de linguagem. Para que seja considerado uma figura de
linguagem, é necessário que tenha valor estilístico para o texto, a palavra estrangeira deve ser
conhecida e utilizada na língua nativa.

O estrangeirismo pode também ser chamado de peregrinismo ou de barbarismo. Alguns


gramáticos mais tradicionais consideram todos os estrangeirismos como um barbarismo,
expressão que vem dos latinos (consideravam que todo estrangeiro era um bárbaro).

No caso da língua portuguesa, existem muitos estrangeirismos vindos da língua inglesa, talvez
seja essa a língua mais influente na atualidade por ser utilizada como língua universal. Este fato
faz com que muitos produtos importados venham sempre com as informações e inglês, assim
como internet, livros, moda, etc. A influência da cultura não poderia deixar também de influenciar
a linguagem.

Exemplos de estrangeirismos: Okay, brother, croissant, designer, jeans, link, cappuccino, yes,
show, site, pizza, hot dog, reveillon, stop, pink.

Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente uso na língua portuguesa,
já foram incorporados ao léxico da língua, ou seja, já são palavras dicionarizadas.

São exemplos: shampoo (xampu), deletar (delete), football (futebol), basketball (basquete).

Portanto, o estrangeirismo no Brasil é o fenômeno linguístico que traz palavras de outros idiomas
para a língua portuguesa. Algumas das expressões que são utilizadas aqui vindas de outro
idioma são pronunciadas tais e quais o são no seu idioma de origem, já outras palavras sofrem
modificações na sua pronúncia por uma questão de acomodação da linguagem, adaptando-as
para uma pronúncia semelhante às palavras da língua nativa. Este outro fenômeno é
popularmente chamado e aportuguesamento.

Vejamos exemplos de palavras “aportuguesadas”: Recorde, abajur, etc.

Potrebbero piacerti anche