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ISERJ/FAETEC- PEDAGOGIA – PPIV – Profa.

Christina

Dicas para elaborar uma boa avaliação

As avaliações ocupam um lugar central no processo escolar, tendo vários papéis e


gerando vários subprodutos. Começando pelos papéis, para que serve uma
avaliação? Uma avaliação informa resultados e é utilizada para classificar alunos;
informar ao professor o resultado do seu trabalho e à instituição o resultado do
trabalho de professor e aluno.

Em decorrência de uma avaliação, e de sua importância, surgem vários subprodutos,


entre os quais podemos destacar: a tensão emocional, a mudança de comportamentos
dos alunos, o estímulo à competição e a alteração do julgamento.

A tensão emocional é gerada pela importância atribuída à avaliação, que pode se


tornar um processo traumático. Neste caso, a nota pode deixar de significar
aprendizado e assumir um sentido distorcido no qual não passar no exame ou tirar
notas baixas remete ao fracasso, a uma ‘inferioridade’ oposta aos alunos de nota alta,
exaltados como exemplos.

Diante desta tensão, o comportamento dos alunos se altera, resultando na busca pela
aprovação o professor ou na exibição de desinteresse como forma de repúdio ao
processo. Em consequencia do papel classificatório, surge uma postura competitiva e
individualista na escola, onde deveria haver cooperação e trabalho coletivo.

E por fim, o professor corre o risco de realizar uma análise com base em estereótipos
e de impor aos alunos o “efeito de halo”, em que o julgamento influenciado
poreavaliações anteriores ou por características e habilidades dos alunos resulta em
maior benevolência com o aluno considerado “bom”, e maior rigidez com os alunos
“ruins”.

Para evitar tal efeito, é importante ter cautela e coerência na formulação e na análise
dos resultados. A preparação do instrumento avaliativo tem de ser coerente com os
objetivos propostos pelo professor em seu planejamento curricular. Em geral as
avaliações assumem um caráter classificatório – para quantificação e
classificação/seleção dos alunos.

É errado utilizar provas classificatórias? Não! Mas o ideal é não se limitar a apenas
esta opção. Em vários momentos, seja pela instituição, pelo tempo que se dispõe ou
pela “certeza” que carregamos conosco da nossa formação pautada exclusivamente
em avaliações classificatórias, esta provavelmente será a ferramenta utilizada com
maior frequência. Assim, o ideal é planejar para que esta avaliação não se limite aos
conceitos. Não existe uma receita de “avaliação eficiente”, mas existem algumas
questões a serem pensadas na elaboração de uma avaliação, que tem relação direta
com o sucesso ou não da mesma.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA
As avaliações qualitativas, por exemplo, levam em consideração o domínio dos
conceitos pelos alunos, e em geral requerem que os mesmos construam uma
explicação sobre um fenômeno baseado em dados e informações. Neste tipo de
avaliação, ao invés de solicitar a reprodução ou a definição de conceitos, o professor
precisa elaborar situações onde os conceitos possam ser aplicados. Se o aluno
apreendeu os conceitos, ele consegue analisar os problemas e relacionar os conceitos
aos dados, gerando uma explicação.

O primeiro passo na elaboração de uma avaliação é a criação de uma tabela de


especificações, com a relação dos elementos e competências que devem ser
avaliadas. O próximo passo é a escolha do tipo de questão que irá compor a
avaliação: questões de resposta estruturada ou objetivas? Questões associativas?
Questões dissertativas? Duas destas opções? A combinação entre os três tipos?

QUESTÕES OBJETIVAS
Questões de resposta estruturada ou objetivas são aquelas respondidas com poucas
palavras ou até mesmo por indicação de letras ou números. São questões ou itens de
múltipla escolha, compostos por uma pergunta ou uma frase incompleta, denominadas
raiz, seguida de certo número de respostas, as alternativas. Nesse tipo de questão, a
correção é mais fácil e objetiva, permite incluir vários assuntos numa só prova e os
alunos levam menos tempo para respondê-la.

QUESTÕES ASSOCIATIVAS
As questões associativas são aquelas em que os alunos associam dois termos dentro
de um critério, por exemplo: estruturas às suas funções, descobertas às suas datas,
etc. Para construir os itens de associação é interessante tomar alguns cuidados,
como: colocar nas duas colunas termos homogêneos ou semelhantes; organizar as
colunas dentro de uma ordem lógica, o critério de associação deve ser apresentado
com clareza; colunas com número diferente de itens para que a questão não seja
respondida por exclusão e estabelecer um número mínimo e máximo nos conjuntos.
Nesse tipo de questão é possível verificar se os estudantes absorveram grande
quantidade de informações, porém serve basicamente para medir a memorização
dessas informações.

QUESTÕES DISSERTATIVAS
As questões dissertativas ou de livre resposta, exigem dos alunos respostas
estruturadas e interpretação, e auxiliam na avaliação da capacidade do aluno em
analisar problemas, sintetizar ideias e conhecimentos, compreender conceitos, dentre
outros. Em geral esse tipo de questão é muito mal empregado e existe grande
dificuldade em construir uma avaliação válida, que abranja devidamente todo o
conteúdo. A melhor maneira de utilizar este tipo de questão é propor um problema
autêntico, com dados e informações, para que o aluno construa uma explicação. Este
cuidado faz com que os alunos procurem utilizar conceitos e conhecimentos
esperados, limitando assim a abrangência da resposta.

Fuja de questões como “o quê você acha”, “em sua opinião” e outras questões amplas
demais como “discorra sobre tal assunto”. O aluno precisa articular o que ele sabe,
mas precisa também entender o que você quer dele. O direcionamento nesse tipo de
questão é fundamental.
NÃO SE ESQUEÇA DO FEEDBACK
Outro ponto sobre a avaliação é o “feedback”, que raramente acontece. Os alunos
precisam ter um retorno de onde não foram claros, ou onde estão equivocados. E não
basta só passar as “respostas corretas”, é necessário discutir com os alunos aquelas
respostas. Entender como o aluno estava pensando ajuda também a avaliar se ele
não se expressou bem, não entendeu, ou se de fato é necessário retornar aquele
assunto utilizando outra abordagem. A discussão dos resultados das avaliações
contribui para que o conhecimento seja debatido e repensado, além de possibilitar ao
professor perceber se são necessários alguns reajustes em suas estratégias de
ensino.

A avaliação não pode ser encarada como produto final, e sim como parte do processo
de aprendizagem e, sempre que possível, permitir que os alunos opinem a respeito
deste processo. A participação do aluno reduz o papel classificatório da avaliação e
permite que ele descubra outra perspectiva sobre ser avaliado.

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