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UnC- Universidade do Contestado

NIVALDO BREY JUNIOR


CARLOS FELIPE HAENSCH
FABIANO BIALESKI
LUIS ALCEU WITT
SILVANA BREVE

DIREITO E RELIGIÃO

CANOINHAS

2010
UnC- Universidade do Contestado

NIVALDO BREY JUNIOR


CARLOS FELIPE HAENSCH
FABIANO BIALESKI
LUIS ALCEU WITT
SILVANA BREVE

DIREITO E RELIGIÃO

Trabalho acadêmico apresentado


como exigência de obtenção de nota
para disciplina de sociologia do curso
de Direito, na Universidade do
Contestado - UnC, Campus Canoinhas.

Orientador: Prof. Eduardo Gomes de


Mello

CANOINHAS
2010

INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda a concepção sociológica de direito, fontes de


direito na visão do aludido sociológico, para entender como ė essencial estudar
a influência da religião no direito, tendo em vista que muitos em muitos casos
as leis derivam da religião,ė importante estudar a origem do direito dos povos
antigos e a relevância que essas leis primitivas tiveram para o desenvolvimento
do direito positivo.

No decurso do trabalho foram citadas determinadas características


sociológicas de direito, sua relação com a sociedade primitiva e a sociedade
moderna bem com, as características das normas de direito.

Adiante, trata das fontes de direito demonstrando sua natureza com relação
a vontade do grupo social.
Conforme indica Henri L´evi- Bruhi, o direito è antes de tudo um fenômeno
social. [...] è o conjunto das normas obrigatórias que determinam as relações
sociais impostas a todo o momento pelo grupo ao qual pertence.

A obrigação è o elemento fundamental do direito. Conseqüente a obrigação


existe a sanção, sendo o direito um sistema de sanções com efeito no plano
terrestre e social para modificar as condições das pessoas e ate do seu
patrimônio. As sanções classificam em diversas categorias com destaque para
a distinção entre direito civil e direito penal, sendo aquele retributivo e este
repressivo.

Insta em ressaltar que as normas de direito, que impõem obrigações, são


impostas a indivíduos do grupo social de acordo com o grupo social de que se
faz parte. Portanto, as normas de direito derivam do grupo social a que estão
inseridas, conforme o costume e entendimento daquele grupo. Nesse contexto,
o referido autor lança uma incógnita: è verdade que certas sociedades podem
viver sem direito?

O autor destaca que já houve épocas em que se afirmava que o direito


estava indissoluvelmente estava ligado ao estado e só existia em determinados
tipos de sociedade, estando ausente nas sociedades primitivas. Mas enfatiza o
autor que já se percebeu que não era assim justificando pelo fato da dificuldade
de uma sociedade sem classes possuir relações sociais perfeitas sem qualquer
regulamento.

A propósito foi questionado: quais são os grupos que permitem impor seus
membros as normas de direito?

Existem duas correntes de resposta a esse respeito, conhecidas como


ESCOLA MONISTA e ESCOLA PLURALISTA. Na monista acredita-se que o
único tipo de grupo social, o político, esta habilitado a criar normas de direito.
Esta escola compreende a maioria dos juristas. Na pluralista compreendia por
alguns juristas, filósofos e sociólogos, acredita-se que qualquer agrupamento
pode instituir normas de funcionamento.

Entretanto a realidade mostra o contrario da escola monista. Segundo o


autor, a escola monista, de características hegeliana e marxista è errônea,
posto que, existiam e ainda existem direitos que não emanam da competência
do grupo político ou sociedade global, por exemplo, os direitos religiosos
(direitos supra-estatais)

Nos grupos inferiores a sociedade política, durante a Idade Media, na


Europa Ocidental, notadamente na França, pode-se observar o inicio de uma
proliferação de costumes jurídicos locais ou regionais considerados os direitos
infra-estatais.

Considerando os estados modernos, os pluralistas acreditam que qualquer


agrupamento humano tem seu direito. Contudo, infere-se que, no seio de uma
sociedade global, um agrupamento cria normas diferentes da que são
comumente observadas, e essas normas são aplicadas sem oposição pelos
interessados (normas jurídicas muitas vezes ‘‘ clandestinas '', mas podem
assumir grande extensão e serem incorporadas ao sistema jurídico). As
normas de direito possuem caráter essencialmente provisório, pois, se o grupo
muda o direito também muda.

Afirma o autor que para o sociólogo as normas jurídicas não possuem


caráter estável e perpetuo, possuindo estabilidade apenas durante a
permanência do grupo social. O autor explica indagando: como o direito, sendo
expressão da vontade de um grupo poderia ser imutável, enquanto o grupo
modifica-se constantemente?

Apesar de o direito ser instável suas normas permanecem fixas. A par


disso, o juiz procura inflectir o sentido da norma para uma solução equitativa.
cabe-lhe apoiar-se na norma de direito, podendo ser segundo os tempos e os
lugares, consuetudinária ou legal.

Importante destacar que, nas sociedades primitivas o direito não se


diferencia da religião. Nas sociedades modernas, não se confunde religião com
o direito, seja pela natureza dos atos que ele regulamenta ou pela natureza das
sanções que aplica.

O campo de aplicação das normas morais difere das normas jurídicas haja
vista que, uma quantidade de atos e comportamentos amorais ou mesmo
imorais são indiferentes aos olhos do direito, para o qual tudo o que não è
proibido è permitido. Entretanto, moral e direito estão muito perto um do outro
gerando conflitos em determinados casos. A respeito, o sociólogo acredita que
e a norma do direito que deve ser obedecida, pois representa a vontade do
corpo social, enquanto a outra exprime uma opinião pessoal ou de uma fração
da sociedade.

As fontes do direito na concepção sociológica de Henri Lèvy-Bruhl

No sentido dogmático da palavra fonte tem-se a origem do conjunto de


normas jurídicas. A sociologia entende que o direito emana do grupo social, as
normas jurídicas expressam a maneira pela qual esse grupo entende que
devam ser estabelecidas as relações sociais. Portanto, as fontes formais de
direito não passam de variedades de uma só e mesma fonte, que e a vontade
do grupo social.

Como primeiro exemplo de fonte do direito tem – se o costume. O


costume e a fonte vital das instituições jurídicas, e por seu intermédio que as
idéias introduzem-se na legislação de um país, e por eles que se criam novas
instituições.

Um exemplo de costume e o desuso de uma norma de direito. Existem


também os costumes criadores trazendo inovações no meio de um grupo
propagando-se inicialmente num meio restritivo e ai sendo postos a prova, é
acolhido pela sociedade global e recebe consagração legislativa, seio social
devido à jurisprudência. Na realidade, são consideradas modificações
consuetudinárias.
Destaca o autor a importância que o costume possui na formação do
direito, mesmo nas sociedades mais evoluídas. Todavia, as normas
consuetudinárias praticadas numa sociedade regida pela lei são bastante
frágeis e não possui o alcance de uma norma ratificada pela sociedade global,
a lei.

As sociedades primitivas que desconhecem a escrita vivem


necessariamente sob o regime do direito consuetudinário co costumes variados
e numerosos.

Outra importante fonte do direito e a lei. Conta o autor que a lei aparece
mais tarde que o costume, e por duas razões; em primeiro lugar, em virtude da
escrita que só foi inventada em um período relativamente recente da historia da
humanidade. Porem, e possível imaginar normas de direito proclamadas
oralmente e com o alcance das normas legislativas. Por requerera lei a
existência de um órgão especializado que a elabore, praticamente não sendo
encontrada entre as populações mais arcaicas as quais vivem sob o regime de
costumes tradicionais.

Nota-se, segundo o autor que as primeiras leis estão muito próximas dos
costumes. Por sua vez, o código moderno tem um caráter totalmente distinto
sendo o produto de uma elaboração consciente e refletida. Cita o autor que
Savigny, líder da escola histórica, contrariando Thibaut chegou à conclusão de
que o costume deveria ser preferido à lei, posto que constituísse a expressão
direta e pura das aspirações da coletividade nacional. Longe de ser mais
flexível que a lei o costume tende a modificar-se com dificuldade.

Na época mais antiga a lei, era editada sob a forma de oráculos e rei
legislador constituía o órgão do Deus que falava por sua boca. Mais tarde, em
oposição à igreja, a lei passou a expressar-se pelas autoridades do estado com
procedimentos variados.

Nos países de democracia direta a lei emana das decisões dos


cidadãos. Sob regime parlamentar, e votada pelos representantes da nação
eleitos para esse fim. No regime de monarquia absoluta, a lei emana do rei.
Essas modalidades, de grande importância pratica, não escondem um
principio comum a todos, o costume, expressão da vontade geral.

Importante observar que nem toda a lei tem o mesmo valor, a exemplo
das leis constitucionais, que são verdadeiras leis, mas, de uma natureza
particular tanto pelas matérias que regem como pelo lugar superior que
ocupam. Existe a subordinação das leis ordinárias as leis constitucionais em
que o legislador evita votar leis em contradição formal com a letra ou o espírito
dos textos constitucionais.

A lei nasce quando e promulgada, tempos em que quando nasce è levada


ao conhecimento dos interessados tendo efeito a partir deste momento. A lei
deixa de estar em vigor sob a ab-rogação que pode ser tácita ou explicita.

Continuando, observa-se outra fonte importante do direito a


jurisprudência. Tecnicamente a jurisprudência designa as decisões emanadas
dos órgãos judiciários. Consiste de dar a textos de lei uma interpretação ora
extensiva, ora restritiva, em todo o caso. Diferente do sentido normal da lei
como fora concebida pelo legislador, uma vez que este sentido formal já não
convém. Entretanto muitas vezes a jurisprudência afasta-se dos textos legais
decorrentes a contradição fatal entre os textos e fluidez da vida social. Nesse
sentido, o autor alerta que, na esperança de obter uma justiça mais exata,
suprimir os textos equivaleria a dar liberdade de interpretação ao juiz
equivalente a um remédio pior que doença, pois o juiz privado do freio que è
para ele o texto legal, seria levado a estatuir segundo as suas convicções
próprias e o litígio, correndo o risco de encontrar solução diferente daquela que
teria em outro tribunal. De tal forma, abalar a confiança que as pessoas ainda
depositam na justiça.

Ressalta ainda o autor que seria uma solução antidemocrática, pois teria
como atribuir ao juiz de fato o poder legislativo. Por fim, a doutrina surge como
uma das fontes do direito para a teoria clássica. Entretanto, segundo, o
sociólogo a doutrina não è uma fonte de direto. Entende-se por ala as opiniões
motivadas daqueles que se dedicam ao direito, os juristas.
Essa fonte de direito distingue-se das demais. Pode-se dizer que,
enquanto as outras fontes constituem fontes diretas, a doutrina não passa de
uma fonte indireta. Para o autor, as opiniões dos juristas não têm nenhuma
força jurídica e coercitiva. Somente adquiriram essa eficácia quando
consagradas pela lei, costume ou jurisprudência.

A doutrina facilita singularmente o trabalho do legislador e do interprete,


mas não cria diretamente normas de direito. Enquanto não adotadas pelo
grupo social, as opiniões dos autores, ou seja, a doutrina pertence apenas a
eles sem influenciar na vida jurídica.

Religião versus Direito

Entre os gregos e os romanos, e também entre os hindus as leis surgiram


como parte da religião e eram fundamentadas e originadas dela. A principio as
normas do direito eram dispostas entre regras religiosas.

As leis mais antigas regiam sobre tudo. Podem-se citas as leis das 12
tabuas, nela se encontram descrições sobre os ritos religiosos, bem como
Sólon, que apesar de ser denominado legislador, sua obra contempla também
sobre rituais e cultos sagrados.

Alem do mais, acreditavam não ser os legisladores os verdadeiros autores


das leis, os amigos afirmavam que as leis eram oriundas dos Deuses. Atendo-
se ao fato de que legislador è quem escreve a lei através de sua competência
intelectual e a impõe aos outros, este, de fato, não existiu. Tampouco a lei veio
do povo diretamente, ela vem de algo muito mais antigo e estável, as crenças
antigas.

Não foi da interrogação da ciência do homem que nasceu o direito antigo.


Comprova-se isso ao confrontar as leis com as necessidades da sociedade.
Percebe-seque há uma contradição, pois de fato as leis não condizem com a
equidade natural e sim com as crenças religiosas. '' A religião dizia: o filho
continua o culto, não a filha; e a lei repetia co à religião: o filho herda a filha não
'', a lei deveria estar em conformidade com a religião e era de fato a aplicação
da religião dentro das relações humanas.

Mesmo quando a vontade do homem passou a ser admitida, ainda deveria


ser requisitado o consentimento da religião. A decisão do povo não era
suficiente para aprovar uma lei, pois acima dele ainda havia de passar pela
aprovação dos pontífices. Razão pela qual o povo antigo respeitava tanto as
leis, para eles não eram humanas, mas sagradas, divinas, desobedecer-lhas
era cometer sacrilégio. A exemplo disso o autor cite Platão, que afirma que
desobedecer a lei era desobedecer aos Deuses ele mostra-nos Sócrates, que
fez o que a lei exigiu, entregando-lhe sua vida.

A lei cria um caráter eterno, imutável, mesmo quando houvesse outra


leia contradizendo era impossível sua substituição. Novas leis eram
desenvolvidas, porem as antigas não poderiam ser revogada, a pedra sob a
qual se gravava uma lei era sagrada, inviolável. Ela não poderia ser discutida,
pois não era obra de alguma autoridade, era divina.

A priori das leis erma passadas de pai para filho através da crença,
surge neste contexto uma idéia de direito natural, onde as leis não
necessitavam serem escritas, e mesmo quando começou a ser escrita, a lei
continuava ligada a um naturalismo religioso. o formato em que eram dispostas
as leis assemelhavam com os versículos dos livros sagrados. O autor ainda
cita Aristóteles, que alega as leis serem cantadas antes de serem escritas.

Para os antigos a lei esta ligada a religião de tal forma que quem não
participava dos cultos não era beneficiado pelas leis. Os estrangeiros e os
plebeus não eram amparados pela lei, nem os escravos, pois não eram
participantes da religião da cidade. Os estrangeiros e cidadãos poderiam viver
lado a lado, porem não poderiam estabelecer nenhum vinculo jurídico, se fosse
credor de algum cidadão não se poderia propor uma ação para o pagamento
da divida, pois a lei de forma alguma o protegeria.

CONCLUSÃO
Por meio de raciocínio alcançado com a leitura dos ensinamentos
sociológicos, deduz-se que, o direito è um sistema de sanções com efeitos no
plano terrestre e social para modificar as condições das pessoas e ate de seu
patrimônio, em contrapeso ao que se refere a religião pode influenciar na
formação das leis, e mesmo as leis positivas, antes de serem postas eram
repetidas por gerações na forma de costumes. A religião foi de grande
importância no processo de socialização. A religião acrescenta-se como um
dos fenômenos culturais mais antigos na humanidade, na qual esclarecemos
varias teorias nas origens da religião; como nasce no homem este sentido de
crença; vimos também que a religião emana a partir do mito que não pode ser
explicado nem comprovado cientificamente. E com a sua força imponente
sobre a humanidade no período medieval, funcionado como um dos mais
eficazes aparelhos ideológicos já criados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. DE COULANGES, F, A Cidade Antiga. São Paulo: Martin Claret, 2008.


2. LLOYD-JONES,H. O Mundo Grego. Rio de Janeiro: Zabar Editores, 1965.
3. JARDE, A. A Grécia Antiga e a Vida Grega. São Paulo: EPU, EDUSP,1977.
4. REDE, Marcelo, A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva,1999.
5. ZAIDMAN, Louise Bruit; SCHIMITT PANTEL, Pauline. Religion in the ancient
Greek city. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 1992.

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