Da espuma das ondas; Cantemos � real e imensa origem De onde partiram alados, os imortais Desejos. Destes, uns transpassam as almas com seus dardos Espirituais, e as incitam, feridas j� pelo aguilh�o Da nostalgia, a ascender at� o alto, Buscando ardentemente o poder voltar a ver, Resplandecentes como a chama do fogo, As habita��es de sua M�e. Os outros, obedientes aos desejos do Pai E as previstas decis�es que separam O mal do mundo, se esfor�a, por meio Da gera��o, em multiplicar a vida no universo infinito, Excitando nas almas o desejo de nascer sobre a terra. H� outras que incessantemente vigiam os diferentes Caminhos das intimas rela��es do matrim�nio Para assim, conseguir que, gerando homens mortais, Possa de este modo construir, imortal a ra�a Dos homens, afligidos por infinitos males. Todos, enfim, se cansam em secundar as obras Da Citer�ia, procriadora do Desejo. E quanto a ti, oh Deusa, - j� que teu ouvido por toda �s partes est� atento-, Seja que te estenda sobre o amplo horizonte Celestial e al� sejas, tal como se dizem, A alma divina do eterno universo; Seja que habites no seio do �ter, Por cima das sete �rbitas dos planetas, Derramando sobre tudo o que de ti prov�m. Infinitas energias, Escut�-me, e conduz, oh Vener�vel, Com a ajuda de teus impulsos mais justos, O penos�ssimo caminho da minha dolorosa vida Apagando da minha alma o frio impulso Dos desejos n�o divinos!