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Sobre a Obra: A Visão do Vencidos - A tragédia da conquista narrada pelos astecas

Introdução geral: e tudo isso se passou conosco... O autor inicia o texto relatando sobre
as notícias e crônicas dos descobridores do novo mundo. Através destes teve-se o conhecimento
de formas culturais diferentes existentes no modo de viver destas pessoas. Estes dados trazidos
pelos “cronistas das Índias” nunca deixaram de ser objeto de reflexão. Através destes relatos
tentou-se imagens e idéias de como seria este lugar. No caso do Frei Durán os indígenas eram na
realidade descendentes das tribos perdidas dos judeus. Já Hernán Cortés em relatos fazia apologia
da conquista. (PORTILLA, 1987, p.9)
A historiografia espanhola, português, inglesa, enfim fazem objeto de seu estudo as
coisas naturais e humanas do novo mundo. Segundo o autor os textos e pinturas indígenas, os
relatos espanhóis constituirão duas faces distintas da conquista. Há variações nas imagens
logradas por índios e espanhóis. Para o autor dentro da Mesoamérica as culturas maia e asteca são
as que tem amplo testemunho indígena da conquistas. (PORTILLA, 1987, p.10)
Portilla fala sobre o interesse pela história do mundo indígena: Os marcos em pedras
manuscritos históricos, “livros dos anos” são testemunhos de interesse dos nahuas e maias em
preservar e registrar fatos passados. Na província do México tinham sua livraria, histórias e os
Kalendários, sobre o qual pintavam; histórias que tinham figuras com suas próprias imagens e
com outros caracteres. Havia também Rodas onde eram cada uma de um Século de cinqüenta e
dois Anos. (PORTILLA, 1987, p.11)
Quando entraram os Castelhanos naquela Terra que ensinaram a Arte de Escrever, os
Índios escreveram suas Orações, e Cantares, como entre eles eram praticados escreveram também
a ave Maria e toda doutrina cristão. (PORTILLA, 1987, p.12) Segundo o autor maias e nahus não
deixaram morrer o registro – sua própria visão – do mais impressionante e trágico dos
acontecimentos: a Conquista feita por homens e que destruiu suas formas de vida.
Quanto aos relatos e pinturas nahuas sobre a Conquista: trás primeiramente o Frei Toríbio
chegou ao México em Junho de 1524, com um grupo de 12 franciscanos vindos da Nova Espanha
é o primeiro a descobrir o interesse que os índios tiveram em conservar suas próprias lembranças
a respeito da Conquista. O autor cita um relato dos primeiros espantos à chegada dos espanhóis
ao ver pessoas com trajes diferentes e vindo pela água, coisa que antes não acontecia. O autor
relata sobre os relatos e pinturas junto com outras histórias escritas por indígenas. (PORTILLA,
1987, p.14)
Muitos antigos testemunhos sobre a Conquista encontraram expressão em vários cantares
compostos por alguns poucos poetas sobreviventes. O autor cita partes de poemas mostrando a
reação dos índios ao contemplarem já destruídos o seu mundo e a sua antiga forma de vida. Há
também relatos indígenas escritos em 1528. Há também um manuscrito que teria sido escrito em
1528. Este põe a descoberta um fato extraordinário. Conheceram o alfabeto latino e escreveram a
sua visão sobre a Conquista. (PORTILLA, 1987, p.15,16) Neles expressa o quadro de destruição
da cultura como foi vista por alguns sobreviventes. O primeiro relato teria sido concluído em
1555, mas foi extraviado. Houve também uma segunda concluída em 1585. Esta se constitui o
testemunho mais amplo deixado pelos índios. (PORTILLA, 1987, p.16)
Segundo o autor há relatos de menor extensão e destes serão transcritos aqui diversos
fragmentos. O autor ressalta a existência também de escritores indígenas e mestiços que se
orgulham de descender daqueles que se aliaram a Cortés para conseguir a derrota dos astecas.
Segundo o autor há numerosos pontos de conflito em relação a diversos relatos e crônicas
espanholas da Conquista. Faz se presente nos relatos dos índios passagens de uma dramaticidade
comparável à das grandes epopéias clássicas, eles evocaram os mais dramáticos momentos da
Conquista. (PORTILLA, 1987, P.19)
Miguel cita passagens dos relatos indígenas. E ressalta a riqueza de informação e o
próprio modo como os índios apresentam seus relatos abrindo caminho para numerosos temas de
investigação. Segundo o autor os indígenas teriam inventado para si uma imagem dos
conquistadores.
O autor por fim faz os agradecimentos as pessoas que o auxiliaram na escrita e
organização da obra. Ele ainda diz que deseja com a obra despertar o entusiasmo por trabalhos
semelhantes. (PORTILLA, 1987, p.23)
Capítulo I: Presságios da vinda dos espanhóis: O autor começa apresentando os
documentos indígenas utilizados no decorrer do livro. Estes abordam desde pouco da chegado
dos espanhóis até o quadro final em poder dos conquistadores. O autor se pauta nos valor humano
dos textos que refletem mais que os fatos históricos a maneira como foram vistos e interpretados
por índios nahuas de várias cidade e procedências. Assim neste capitulo I a versão direta dos
nahuatl, assim como uma breve seção retirada da História de Tlaxcala de Diego Munõz Camargo.
Este reflete em seus escritos a opinião dos índios tlaxcaltecas, aliados de Cortés. (PORTILLA,
1987, p.25)
Os índios afirmar ver maus agouros uns dez anos antes da chegada dos espanhóis. O
primeiro agouro ocorreu no céu, era uma espiga de fogo. E assim o autor segue descrevendo
agouro por agouro até o oitavo agouro. (PORTILLA, 1987 p. 26, 27, 28)
Após isso traz os presságios que eram vistos por superstição, agouro e estranho presságio.
Eles procuraram saber por adivinhos e feiticeiros o que poderia significar tão estranha sinal jamais
visto e ouvido no mundo. Assim o autor relata a ocorrência do segundo presságio, terceiro até o
oitavo presságio. (PORTILLA, 1987, p.28, 28, 30,21)
Os nativos diziam que haveriam de ser criados outros novos povos e viriam outros novos
habitantes do mundo. Assim andavam tristes e apavorados que não sabiam que juízo fazer em
relação a essas coisas tão raras, peregrinas, tão novas e nunca vistas e ouvidas. Ainda houveram
outros sinais dias antes da chegada dos espanhóis. (PORTILLA, 1987, p.31)
Capítulo II: Primeiras notícias da chegado dos Espanhóis: Relata-se que Alvarado
Tezozómoc perturbano pelos presságios manda chamar os sábios e feiticeiros para interrogá-los.
Estes não souberam responder, mas veio um macehual das costas do Golfo com noticias sobre
uma “espécie de torres ou pequenos morros que vinham flutuando sobre o mar”. E descreve as
pessoas que vinham. Esta noticia os deixou angustiado. (PORTILLA, 1987, p.32) E mandou
reunir magos. Petlacálcatl que era uma espécie de mordomo-mor diz o que estará prestes a
acontecer.
Posteriormente um homem do povo que não foi enviado por ninguém, nem mesmo por
algum chefe, este foi direto ao palácio e disse: que havia chegado as margens do grande mar e
tinha visto andar pelo meio do mar uma serra ou morro grande que andava de um lugar para outro
sem chegar às margens, e isso jamais havia visto. Alguns foram verificar e viram duas torres
andando pelo mar. Em outro momento foram verificar e encontraram cerca de oito barcos
pescando com anzóis. (PORTILLA, 1987, p.35)
Capitulo III: Nessa parte os índios relatam como os mensageiros enviados por
Motecuhzoma foram até os espanhóis levando presentes, os quais continham pedras preciosas
representando riqueza desses povos. Os presentes aos recém-chegados aparecem no texto de
maneira especificada, onde podemos observar uma grande quantidade de detalhes. Quando
encontraram os espanhóis puderam então entregar os objetos, mas não foram tão bem recebidos,
pois os espanhóis queriam amedrontar entregando a eles espadas para que assim pudessem lutar,
os mensageiros indignados recusaram-se por medo do que Motecuhzoma pudesse fazer contra
eles. Os espanhóis sabiam que os mexicanos eram fortes e para contê-los era preciso colocar
medo. Mais que depressa os mensageiros retornam para contar o que haviam encontrado fato que
não agradou Motecuhzoma, que enviou outros mensageiros os quais eram magos e feiticeiros,
com a intenção de afastar esses forasteiros, mas de nada adiantou, e Motecuhzoma agora
desesperados só pensava em fugir, e ao pensar um pouco decidiu ficar. (PORTILLA, 1987, p.43,
44, 45)
Os espanhóis guiados por um homem de Cempoalla o qual havia sido encontrado quando
vieram ver terras e cidades, conseguiram chegar às terras de Tlaxcaltecas e foram recebidos ao
som de guerra, no entanto os espanhóis arrasaram esses povos, sendo assim continuaram sua
marcha. Na segunda parada os índios receberam os espanhóis de maneira amigável, pois sabiam
o que haviam acontecidos com o grupo que tentou enfrentá-los, e por uma questão de
sobrevivência acabaram se aliando aos espanhóis. No entanto tal união tinha como intenção
ficarem mais fortes, através da ajuda dos espanhóis os índios venceram seus inimigos, fato que
foi contado com duas versões, onde cada uma defende seus interesses, de um lado a tribo que foi
massacrada e do outro aqueles que assim fizeram. Em quanto isso Motecuhzoma aguardava a
chegada dos espanhóis com medo do que pudessem acontecer. Sendo assim observando que
existia uma rivalidade entre os índios, cada qual defendendo seus interesses, onde tribos menores
se sentiam ameaçadas pelas maiores. (PORTILLA, 1987, p.49, à 62)
Com a marcha continuando até o vale do México motecuhzonaainda envia mas presentes
para os espanhóis envia para ele de presente algumas peças de ouro “Ao entregar numerosos
objetos de ouro aos espanhóis , os índios deliciam-se ao pintar qual foi a reação dos forasteiros
:encheram a cara de risos ...levantavam o ouro como se fossem macacos ...ansiavam pelo ouro
como se fossem porcos famintos” (PORTILLA, 1987, p.63) e é o que exatamente era a intenção
dos espanhóis levar do México a maior quantidade possível de ouro .dessa vez os relatos mostram
que alguns guerreiros tentaram se passar por motecuhzuma. E em um ato de desespero
motechuzuma envia feiticeiros só que estes não chegam ao destino, pois na metade do caminho
são repreendidos por estarem trazendo a destruição do México e aceitando as vontades de
motecuhzumasem
Já no capitulo VII ele começa a trabalhar com as recepções que houve por parte de um
príncipe para os espanhóis, estes os receberam com presentes alimentação, mesmo os espanhóis
tendo ficado um pouco receosos com essa recepção aceitaram subir a serra e encontrar novas
populações, o objetivo dos espanhóis era a catequização destes índios o que conseguiram com
facilidade já que o próprio príncipe foi convertido e o restante da população foi seguindo o seu
exemplo. Quando a mãe do mesmo diz que os filhos aceitaram de uma maneira muito fácil essa
religião imposta pelos “bárbaros” o príncipe ameaça matá-la e coloca fogo em suas salas ela
consegue sair e pedi para ser batizada. (PORTILLA, 1987, p.68 à 72)
No capitulo VIII motecuhzuma sabendo dos feitos dos espanhóis decide recebê-los
também por que diz que eles estavam predestinados a passarem por aquelas terras só que ao
chegarem os espanhóis não escondem o fato de que eles querem toda as riquezas que o local
possuía começam a saquearem lugares tidos como locais santos para os mexicanos e amedronta
a população que se esconde para não serem encontrados pelos espanhóis. (PORTILLA, 1987,
p.73 à 79)
Capítulo IX: Motecuhzoma praticamente se converteu em prisioneiro de Cortés. Vários
textos indígenas como o Códice Ramirez e o Códice Aubin se referem de maneira direta à matança
preparada por Dom Pedro Alvarado, durante a festa de Tóxcatl, celebrada pelos nahuas em honra
de Huitzilopochtli.
Hernan Cortés havia se ausentado da cidade para ir combater a Pánfilo de Narváes, que
tinha vindo prender o conquistador por ordem de Diego Velázquez, governador de Cuba.
Alvarado traiçoeiramente levou a cabo a matança, quando a festa alcançava seu esplendor.
(PORTILLA, 1987, p.80,81)
Quando iniciou a festa ao anoitecer começaram a montar o corpo de Huitzilopochtli.
Montaram o corpo com sementes de bredos de chicalote (erva medicinal comestível conhecida
como argemona mexicana). Os colocavam sobre uma armação de varas e os fixavam com
espinhos, faziam pintura no rosto do boneco, montaram cada parte do corpo com pedras preciosas,
penas, e os pés foram feitos em ouro. Envolveram todo o corpo do boneco com um pano inferior
pintado com caveiras e ossos, por cima deste manto vestiram um colete que era pintado de crânios,
orelhas, corações, entranhas, tórax, peitos e pés. Foi posto o Maxtle, peça do vestuário masculino
que cobria as partes genitais. Nas costas foi colocada uma bandeira vermelha cor de sangue, ela
era feita de puro papel de figueira. Tem uma pedra de sacrifício como coroamento, feito também
de papel, possui ainda uma bandeira pintada em cor de sangue, igual a que possui nas costas, no
escudo tem ainda quatro flechas. (PORTILLA, 1987, p.81 à 83)
Ao amanheceu os seguidores de Huitzilopochtli fizeram fila e começaram a queimar
incenso e colocaram oferendas: carnes de jejum (carne humana) e rodelas de sementes de bredos
condensados. O levantaram e levaram a sua pirâmide. Os homens e jovens estavam dispostos a
comemorar a festa, para mostrar e fazer-se admirar os espanhóis e pôr-lhes as coisas defronte. E
então todos vão ao pátio do templo sagrado. E começaram a dançar e cantar, mas aquele que não
seguisse as ordens seria afastado do festejo, e ainda era golpeado nos quadris, joelho, coxas e
panturrilhas até sair do local onde acontecia a festa. Eram muito dignos de veneração aqueles que
praticavam jejum, principalmente aqueles que jejuavam por um ano, recebiam até o titulo de
irmãos de Huitzilopochtli. Enquanto ocorria a festa os espanhóis tomam a decisão de matar os
mexicanos, logo aparecem com armas de guerra. Eles fecharam as entradas e saídas da cidade.
Os espanhóis vão a pé com seus escudos e espadas e começam a matar, atacam pelas costas,
decepam os membros, ferem o abdômen, as pernas e esquartejam os corpos. E os que não morriam
mesmo muito feridos correm na esperança de sobreviverem.
Houve também os que sobreviveram, alguns conseguiram se esconder, se deitavam em
meio aos mortos, e fingiam estar mortos para sobreviver. Naquela noite o sangue escorreu pela
terra como água, de tanta crueldade. E os espanhóis andavam em qualquer parte em busca das
casas da comunidade, em qualquer parte lançavam estocadas, buscavam coisas, averiguavam
tudo. (PORTILLA, 1987, p.83 à 86)
Os mexicas lutam com venábulos, com setas e ainda com dardos, com arpões de caças
aves. E seus dardos são lançados com ferocidade. Os espanhóis imediatamente se dividiram em
quatro grupos, começaram então a atacar os mexicanos, dispararam o canhão e o arcabuz.
Colocaram grilhões em Motecuhzoma. Os capitães mexicanos foram retirados um a um após a
matança. (PORTILLA, 1987, p.86)
Os mortos eram levados para suas casas e depois eram levados para o pátio sagrado onde
foram queimados. E os demais astecas foram queimados na casa dos jovens. (PORTILLA, 1987,
p.87)
Ao anoitecer Itcuauhtzin veio transmitir o recado de Motecuhzoma. Pois não somos
competentes para igualá-los, que não lutem os mexicanos. Que deixe em paz o escudo e flecha.
Pois não somos competentes para fazer-lhes frente, que se deixe de lutar. Após isso os mexicanos
se revoltam. Logo se alcançou o estrondo da guerra, foi crescendo rapidamente a clamor guerreiro.
E também imediatamente caiaram flechas na açoitéia. E os espanhóis se protegeram com seus
escudos, e se não fosse isso Motecuhzoma e Itcuauhtzin teriam morrido. A razão de tos mexicanos
terem irritado-se tanto foi que tinham matado guerreiros, sem que eles sequer se dessem conta do
ataque, por haver a morte de seus capitães. (PORTILLA, 1987, p,87 à 89)
Estavam sitiando a casa real: mantinham vigilância a não ser que alguém entrava
escondido e em segredo levassem alimentos. E foi proibida a entrega de alimento. Mas aqueles
que ainda em vão tratavam de se comunicar com eles, lhe davam alguns avisos; tentavam
reconciliar-se dando informações de onde encontrar alimentos. Se estes informantes eram vistos
eram mortos pelos mexicanos. A partir daí começou a se fiscalizar o que cada um fazia. Cada um
que fosse pego alimentando ou dando informação aos espanhóis era morto.
Deste modo estavam fiscalizando as pessoas, andavam cuidando de todos, não mais
andaram examinando as caras, seu oficio. E a muitos por fingido delito os justiçaram, por injuria
os mataram, pagaram um crime que não haviam cometido. Os demais trabalhadores se
esconderam, não se deixavam ser vistos por ninguém, não visitavam as pessoas, estavam com
muito medo, não queriam cair na mão de ninguém.
Tóxctl levantavam para o alto o ídolo. Mataram os cantores quando começava o baile.
Não mais viam Motecuhzoma e disse Malintzin: Chegou a festa do nosso deus: é daqui à dez dias.
Vamos ver se o levantamos.
Apenas começara o canto, e vão saindo os cristãos. Então vão e dando um golpe no que
está guiando a dança. Um dos espanhóis dá um golpe no nariz da imagem de Deus. Esbofeteiam
os que tocavam os atabaques. Dois tocavam o tamboril, e um de Atenpam batia o atabaque. Sendo
assim um alvoroço geral com o qual sobreveio completa ruína. Neste momento o sacerdote de
Acatl iyacapan, começou a gritar: - mexicanos, não é por caso guerra? Tenhais confiança! Que
em sua mão tenhas escudos dos cativos! Acabam atacando somente com paus de abeto. Mas
quando vêem, já estão feito migalhas pelas espadas. Os espanhóis se escondem nas casas de onde
estão alojados. (PORTILLA, 1987, p. 89, 90)
Capítulo X: Cortés assim que venceu Pánfilo de Narváez, juntou o maior número de
soldados e voltou ao México – Tenochtitlan. Os informantes de Sahagún relatam como foi
recebido Cortés. Cortés teria disparou canhões, ao entrar nas casas reais de Motecuhzoma. Este
foi o sinal que deu início à guerra. Foram quatro dias de lutas intensas. Foi quando os espanhóis
lançam a beira d’água os corpos de Motecuhzoma e Itzcuauhtzin( eles eram dois governadores).
“Dizem que um dos índios atirou uma pedrada da qual morreu; embora digam os vassalos que os
mesmos espanhóis o mataram e pelas partes baixas lhe meteram uma espada”. Acontecendo a
desforra dos guerreiros mexicas, que se conhece como a “Noite Triste”. (PORTILLA, 1987,
p.91,92)
Quando chegou a meia noite, saíram os espanhóis abandonando a cidade em formação e
também todos os tlaxcaltecas. Os espanhóis iam à frente e os tlaxcaltecas os iam seguindo.
Levavam consigo pontes portáteis de madeira: as foram pondo sobre os canais. Mas quando
chegaram ao de Mixcoatechialtitlan, que é o canal que se acha em quarto lugar, foram vistos.
(PORTILLA, 1987, p.92,93)
Logo que foram vistos entraram em combate que tinham as barcas defendidas. Dirigem-
se até Mictlantonco, e depois até Macuiltlapilco. As barcas defendidas por escudos. Lançam-se
contra eles. Outros também foram a pé, se dirigiam linearmente a Nonohualco, caminhando até
Tlacopan. Os que tripulavam as barcas defendidas por escudos, lançaram seus dardos contra os
espanhóis. Mas os espanhóis também atiravam nos mexicanos. Lançavam pasadores (flechas ou
setas muito finas lançadas com uma balestra) e arcabuz. De um lado e de outro haviam mortos.
(PORTILLA, 1987, p.93) Os espanhóis continuavam matando e ainda morriam espanhóis.
(PORTILLA, 1987, p.93)
Foram sendo levados em canoas; entre os tules, eles os abandonaram, ali ficaram
estendidos. Também deixaram por lá as mulheres (mortas): estavam inteiramente nuas, estavam
amarelas. A todos estes despiram, lhes tiraram o quanto possuíam: deixaram lá sem vestimentas,
os deixaram totalmente abandonados e desprovidos. Mas os espanhóis, num lugar aparte
colocaram, os puseram em filas. Pegaram os “cervos” que suportam em cima os homens, os ditos
cavalos. Também ali lograram cascos de ferro, cotas e couraças de ferro, escudos de couro,
escudos metálicos, escudos de madeira. E ali se logrou ouro em barras, discos de ouro, e ouro em
pó e colares de chalchihuites com dixes de ouro. Tudo isso era pego, era rebuscado
cuidadosamente. (PORTILLA, 1987, p.95)
Capítulo XI: Após toda essa tormenta os índios acharam que os espanhóis não
retornariam e voltaram a celebrar festas como à algum tempo atrás. Foi eleito um novo líder
Cuitláhuac ele seria o grande rei que sucederia a Motecuhzoma. Mas após esse fato veio a peste
que foi chamada de hueyzáhualt ouhueycocoliztli, que de forma geral se pensa ter sido uma
epidemia de varíola, doença que foi trazida pelos espanhóis. E uma das vitimas dessa peste foi
Cuitláhuac. E reapareceram os espanhóis rumo a Tezcoco. (PORTILLA, 1987, p.98,99)
Após a saída dos espanhóis e antes da volta de seu exercito uma peste se propagou entre
os mexicas. Ela foi considerada pelos índios como destruidora de gente, ela cobriu todas as partes
do corpo. Ela foi destruidora, matou muitas pessoas, e ainda era pegajosa, ninguém conseguia
andar, poucos se moviam, quando se moviam gritavam de dor, muitos nem se moviam. Os que
não morreram por causa da doença morreram de fome, por causa da peste deixaram de cuidar um
dos outros e nem das lavouras. Já os que sobreviveram ficaram cheios de cicatrizes, ou cegos.
(PORTILLA, 1987, p.99, 100)
Os espanhóis retornaram e marcaram seu território em Tezcoco e estabeleceram sua
realeza em Tlacopan. Pedro de Alvarenga coube o caminho que ia a Tlatelolco. Mas tomou o
rumo de Coyohuacan. E seu campo vai por Acachinanco até Tenochtitlan. E foi em Punta de los
Alisos onde se iniciou a guerra. Logo retornam os espanhóis e os guerreiros em braças atacam.
Levam suas barcas bem defendidas. (PORTILLA, 1987, p.100, 101)
Os barcos partiam de Tezcoco, ao total eram doze e partiram para Acachinanco. Se
puseram em fila levando os canhões. Não iam depressa, vão tocando seus tambores, suas
trombetas, flautas e apitos. Dois bergantins iam passando lentamente por um lado do canal já que
do outro haviam casa. Mas logo houve marcha e combate. Morreram mexicas e espanhóis. O povo
correu apavorado, as crianças foram pegas e colocadas nas embarcações e abandonaram tudo.
(PORTILLA, 1987, p.102,103)
Quando os mexicas se deram conta da trajetória das balas de canhão começaram
estabelecer defesa avançar em ziguezague, fugiam da trajetória das balas e flechas, jogavam-se
no chão quando eram lançadas as bala de canhão. Quando os espanhóis chegaram ate Huitzilan
havia uma muralha para os mexicas se proteger. (PORTILLA, 1987, p. 103) Mas saíaramdos
barcos e atiraram contra a muralha de Huitzila, ela se desfez e invadiram a cidade. Então o povo
fugiu para o canal, e lá jogaram pedras, botes, paus tudo que pudesse trancar o córrego na tentativa
de fugir, mas logo foram perseguidos pelos espanhóis que estavam a cavalo. Logo os espanhóis
chegaram a Porta da Águia e trouxeram consigo os canhões. (PORTILLA, 1987, p.103 à 105)
Os mexicanos estavam sobre o templo de Huitzlopochtli. Os que remavam eram os
rapazes que conduziam as barcas. Quando os espanhóis viram que já iam contra eles, que já os
vinham perseguindo, logo se retiraram e empunharam as espadas. Os mexicanos se refugiaram
em Xoloco e os espanhóis se refugiaram Acachinanco.
Cap XII: De acordo com os testemunhos indígenas alguns espanhóis foram sacrificados
ao entrar na cidade sitiada, com isso outras demais tentativas também acabaram por
fracassar,sendo sacrificados mais de cinquenta espanhóis.Com isso ambos lutavam para defender
seus objetivos, de um lado os indígenas de outros os espanhóis. E por fim no capitulo seguinte os
espanhóis tomaram conta da cidade, muitas pessoas perderam suas vidas, as doenças estavam
espalhadas por toda parte, o cheiro dos corpos eram horríveis.
Capitulo XIV: Ano 13 foram vistos espanhóis na água. O autor passa a relatar sobre a
visão indígena da conquista. E traz inúmeros contos do que teria acontecido.
Cap XV- Contos tristes da conquista: A coleção “Cantares Mexicanos” que foi composto
até o ano de 1523 recorda com a tristeza a ruína dos povos nativos- mexícatl. Autores índios
relatam com dramatismo extraordinário a situação de seu povo frente à chegada dos
conquistadores espanhóis. Através de manuscrito de 1828, relatam com eloqüência a ferida ainda
aberta, pela derrota e desolação sofrida pelos nativos.
Nos poemas é presente os detalhes e o vale de lágrimas em que se encontram. A ruína da
cidade do México; as casas destelhadas, os murros ensangüentados, as águas vermelhas pelo
sangue, os vermes que pulam pelas ruas e praças. (PORTILLA, 1987, p. 147 à 151)
Quanto a evolução cultural no México antigo: o esplendor asteca é decorrente de uma
longa sequência cultural, que remonta a tempos anteriores à era cristã. E que a chegada dos
primeiros seres humanos à América, teria ocorrido há aproximadamente trinta mil anos. O fóssil
mais antigo encontrado em Tepesxpan, próximo as pirâmides remontando uns dez mil anos. A
oposição de forma cultural superior na América é mais tardia que o Velho mundo. No Egito e
Mesopotâmia os testemunhos escritos partem do século IV a.c. No México estes vestígios
remontam de mil a quinhentos anos a.c. Vestígios de agricultura e confecção de objetos de
cerâmica, aparecem mais tarde. (PORTILLA, 1987, p. 153)
Os restos arquitetônicos mais antigos no México pré hispânico datam de 500 anos a.c.
Neste período em Israel os profetas se pronunciava. Enquanto que na Grécia já se conhecia os
primeiros filósofos. O império romano se consolidava. Já o cristianismo se expandia em torno do
Mediterrâneo. No México surgem também os Impérios. Na região central do México edificam a
grande cidade de Teothuacan, com pirâmides, palácios, esculturas e pinturas.
A ruína do Império romano coincide com o esplendor clássico das cidades maias, que até
o século IV e V possuíam inscrições, demonstrando profundo conhecimento da história e do
tempo, desenvolvendo um calendário. (PORTILLA, 1987, p.154)
Entre os séculos VIII e IX, os centros rituais do mundo Maia, coçam a decair devido a
transformação cultural com a vinda de outras tribos vinda do norte. O autor compara esta
transformação com a ameaça dos povos bárbaros germânicos na Europa Medieval.
Na região central do México nasce um novo Estado, o império Tolteca, integrado por
povos vindos do norte que falavam a língua Náhuatl que séculos mais tarde seria a língua asteca.
Numerosos textos falam sobre os taltecas foram grandes artífices religiosos e comerciais. Estas
regiões recebem novos grupos tribais que vão sofrer a influencia dessa cultura. (PORTILLA,
1987, p.155)
A expansão asteca não suspeitava encontrar com o movimento expansionista muito mais
poderoso e que possuía técnicas de destruição superiores. Segundo as referências astecas estes
acreditavam que os conquistadores eram os deuses que regressavam.
Segundo o que é relatado os espanhóis desconsideravam a cultura asteca, apoderando-se
das suas riquezas e impuseram uma nova forma de vida. Neste período a Espanha terminava nas
guerras, contra os Arábes, tornando-se a nação mais poderosa da Europa. Enquanto que a cultura
asteca chegava no seu ponto culminante. (PORTILLA, 1987, p.157)
Os astecas construíram a grande metrópole México-Tenochtitlan, junto as águas que
eram usados para o transporte. Canoas transportavam pessoas e tributos, e abasteciam a cidade de
mercadorias. Possuía um mercado muito movimentado, soldados presentes com Cortes, que já
estiveram em outras cidades da Europa. (PORTILLA, 1987, p. 158)
A cidade estava dividida em quatro grandes seções, com edifícios, templos, escolas,
mercado e sua população era calculada em trezentos mil habitantes. (PORTILLA, 1987, p. 160)
Exerciam diversas atividades tais como: praticavam exercícios militares, sequestravam
povos de outras tribos para sacrifícios humanos. Provavelmente antes dos astecas já haviam
sacrifícios humanos. Acreditavam que o sangue das vitimas preservava a vida do sol. Os astecas
dominavam os povos vizinhos e os obrigaram pagar tributos. Reconheceram a independência de
Tlaxsla, com este Estado mantinham permanente guerra e com isso tinham território próximo para
a obtenção de vitimas para o sacrifício. Os astecas exerciam domínio sobre milhões de pessoas.
(PORTILLA, 1987, p.164)
O autor passa a relatar como era a sociedade asteca. Os astecas entram em contato com
povos de cultura avançada descendentes dos toltecas. Procuraram se incluir a esse povo por meios
parentescos e fazem a escolha do primeiro rei, um nobre culhuacano. Os filhos que este teve com
várias mulheres astecas, constituíram o núcleo da classe social dos nobres. Estes receberam um
educação aprimorada, tinham propriedades individuais exerciam cargos elevados e entre eles era
escolhido o rei.
Outra camada social era a “gente do povo” que viviam em propriedades comunais,
freqüentavam as escolas semanais. Enquanto que os nobres apreendiam a escrever e interpretar
códigos, a astrologia e teologia.
A gente do povo se organizava também em comerciantes e artesão, além de ocupar da
agricultura. Além da gente do povo havia várias categorias de escravos que faziam trabalhos por
períodos limitados de tempo. (PORTILLA, 1987, p.165)
Entre a classe nobre eram escolhidos os que iriam desempenhar os mais altos cargos
como: juízes, comandantes do exército, entre outros. (PORTILLA, 1987, p.165)
Quanto à cultura religiosa o povo asteca cultuava um Deus supremo, que tinha diversos
títulos, e era de gênero masculino e feminino. (PORTILLA, 1987, p.166)
Após relatar sobre o povo passa a falar sobre a guerra no México antigo. Os astecas
praticavam guerras com diversos objetos para assim expandir seus territórios e repelir agressões
de outros povos. Também praticavam a guerra para obtenção de vitimas para o sacrifício. Estes
sacrifícios eram para alimentar o sol com o sangue das vítimas tendo assim boas colheitas e ser
bem sucedido.
Os armamentos que tinham era, arcos e flechas de diversos tamanhos usavam escudos
de madeira ou fibras. Usavam também máscaras feitos com pele de animais. (PORTILLA, 1987,
p. 166, 167)
Quanto à educação: Pelo menos nos 100 anos que precederam a conquista pelos
espanhóis a educação universal era obrigatória. As crianças astecas deviam assistir aulas nos
centros de educação especializada. Nos bairros tinham as “casas de jovens” que eram centros de
educação e que transmitiam os elementos sobre religião e moral. Desenvolveram a escrita e
possuíam calendário este era formado por dezoito grupos de 20 dias somando 360 dias juntavam
um dia a mais a cada quatro anos. (PORTILLA, 1987, p.168 a 169)
Literatura indígena: Os povoadores do México antigo deixaram um rico legado de caráter
literário. Os maias e astecas entre outros povos viviam na mezoamérica. Estes possuíam um
sistema de representação pictórico ideográfico e fonético. Transmitiam cantos divinos mitos,
narrações épicas e demais composições literárias. Os conquistadores espanhóis destruíram antigos
sistemas educativos, reduzindo a cinzas a maior parte dos códigos e antigos livros de pintura.
Em contraste a esta atitude destruidora, alguns missionários se empenharam em recolher
dos indígenas seus livros de pintura e tradições e contos que haviam memorizado na época pré-
hispânica. Os relatos dos índios foram transcritos para o espanhol pelos missionários tornando-se
possível resgatar a cultura destes povos. (PORTILLA, 1987, p.170)
Segundo o autor hoje em dia ainda se conservam nas bibliotecas da Europa e América
vários desses manuscritos. Por exemplo: Ángel Garibay estudiosa desses textos relatou a
existência de mais de 40 manuscritos referentes à literatura asteca que apresenta menções poéticas
do tipo religioso, lírico épico, dramático, discursos didáticos, lendas e histórias.
Coleção de contos mexicanos da Biblioteca Nacional do México entre outros manuscritos
apresentam relatos de alguns dos sábios que sobreviveram à conquista e contaram seus
testemunhos como foi a conquista e destruição de sua cultura. Enquanto o mundo asteca chegava
no seu apogeu na sexta-feira santa de 1519 Herman Cortés coloca os pés em terra firme. As
noticias que Cortés recebeu sobre o fabuloso império asteca motivou para realizar a marcha da
conquista. (PORTILLA, 1987, p.171)
Miguel relato como teria sido a rota dos conquistadores: Em 18 de fevereiro de 1519
Cortés parte da ilha de Cerba com uma armada de 10 naus, e traz consigo 100 marinheiros, 508
soldados, 16 cavalos e 32 balestras, 10 canhões de bronze e poços de artilharia curto calibre. Na
ilha de Cogumel embarcam com Cortés, Jeronimo de Aguiar que aprendeu falar a língua maia.
Mais adiante embarcam a índia Malinche resultado de um acordo de paz decorrente de um
primeiro confronto com índios. Esta índia falava a língua maia Nahnatl possibilitando assim a
comunicação com os astecas. Tomando conhecimento da chegada dos homens brancos
Montezema, teria mandado enviar presente para persuadir os espanhóis a se afastar destas terras.
(PORTILLA, 1987, p.172)
Cortés conquista a confiança dos nativos estes acompanham seu grupo rumo aos astecas.
Com o auxilio dos espanhóis os Tlaxcaltecas tinham esperanças em derrotar seus antigos
inimigos. Os espanhóis foram alojados nos palácios reais. Os astecas preparam grande festa para
receber os espanhóis durante esta os espanhóis começam a matança dos índios sobre liderança de
Dom Pedro de Alvorada. Os índios revidam com a volta de Cortés que estava ausente, os
espanhóis são obrigados a abandonar a cidade perdendo a metade de seus homens e os tesouros
que saquearam. Os espanhóis vão em busca de auxilio com os índios aliados em 30 de maio de
1521, Cortés volta com 80.000 homens soldados Tlaxcaltecas saqueiam a devastam a cidade.

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