Sei sulla pagina 1di 174

Comunicação de Dados

Prefácio

Comunicação de DadosI
© 2009, Jackson Alves Saraiva
Prefácio

As tecnologias de comunicação de dados e as redes de


computadores
t d provavelmente
l t são
ã as que mais i têm
tê crescido
id
ultimamente.
Uma das conseqüências desse crescimento é o aumento
significativo do número de profissões novas, nas quais
conhecimentos sólidos sobre tais tecnologiasg constituem um
fator decisivo para o sucesso profissional.
Além disso, a quantidade de cursos e de alunos das mais
diversas áreas de conhecimento que precisam conhecer muitos
dos conceitos sobre comunicação de dados e redes de
computadores
t d t bé tem
também t crescido
id vertiginosamente.
ti i t

Comunicação de Dados

I-2 © 2009, Jackson Alves Saraiva - Uniron – Campus III


Objetivo

O objetivo da disciplina de Comunicação de Dadosé


Dados
apresentar os fundamentos básicos de redes dando
uma visão geral dos vários tópicos relacionados com
comunicação entre computadores e redes com o
intuito em despertar
p o interesse p
pelo estudo de redes.

Comunicação de Dados

I-3 © 2009, Jackson Alves Saraiva - Uniron – Campus III


Conteúdo

A disciplina Comunicação de Dados, é dividida em três partes:

Parte Um : Visão Geral da Comunicação de de Dados e das Redes de Computadores.


• Esta parte cobre os conceitos introdutórios necessários para o resto do curso.
Parte Dois : Camada Física
• Será discutido os aspectos relacionados às telecomunicações na camada física,
mostrando os meios de transmissão, os quais são controlados pela camada física
e os muitos
it protocolos
t l relacionados
l i d à camada d física.
fí i
• Nesta parte estudaremos os conceitos básicos de telecomunicações e as
características das ondas eletromagnéticas.
Parte Três : Camada de Enlace
• Esta parte é toda dedicada à discussão da camada de enlace da Internet tais
como: detecção de erros, controle do link, padrão Ethernet, conceitos das LANs
sem fio, conexão de backbones e sistemas de telefonia móvel e de satélite.

Comunicação de Dados

I-4 © 2009, Jackson Alves Saraiva - Uniron – Campus III


Bibliografia

Livro Texto
•Forouzan, Behrouz A, Comunicação de dados e redes de computadores / Behrouz A.
Forouzan; tradução Glayson Eduardo de Figueiredo
Figueiredo. – 3
3ª Ed.
Ed – Porto Alegre : Bookman,
Bookman
2006.

840 p.; 25 cm

Comunicação de Dados

I-5 © 2009, Jackson Alves Saraiva - Uniron – Campus III


BIBLIOGRAFIA
Básica
•Gallo, Michael A., Comunicação entre computadores e tecnologias de rede / Michael A,
Gallo, William M. Hancock; tradução da 1ª edição, São Paulo: Pioneira Thomson
Leraning, 2003.
•TANENBAUM, A. S., Redes de Computadores, Tradução da 4a. Edição, Campus, 2003.
•KUROSE J.F.,
•KUROSE, J F ROSS, K W Redes de Computadores e a Internet.
ROSS K.W. Internet Rio de Janeiro : Addison
Addison-
Wesley, 2003
•PETERSON, L. L., DAVIE, B. S., Redes de Computadores, Tradução da 3ª Edição, Rio de
Janeiro, Campus, 2004.
Complementar
•SOARES, L. F. G. et al. Redes de Computadores: das LANs, MANs e WANs às Redes ATM.
p
Campus, 1995
•HELD, Gilbert. Comunicação de dados. tradução Vandenberg, D. de S. Rio de Janeiro : Campus,
2002. 708 p.
•COMER, Douglas E. Inteligação de Redes com TCP/IP. New Jersey : Prentice Hall, 2003.
•TORRES Gabriel.
•TORRES, Gabriel Redes de Computadores: Curso Completo,
Completo Axcel Books 2001.
2001

Comunicação de Dados

I-6 © 2009, Jackson Alves Saraiva - Uniron – Campus III


VISÃO GERAL DAS COMUNICAÇÕES DE DADOS E DAS REDES DE
COMPUTADORES
As tecnologias de comunicação de dados e as redes de computadores provavelmente são as que mais tem
crescido ultimamente. Uma das consequências desse crescimento é o aumento significativo do número de
profissões novas, nas quais conhecimentos sólidos sobre tais lecnologias constituem um fator decisivo
para o sucesso profissional. Além disso, a quantidade de cursos e de alunos das mais diversas áreas de
conhecimento que precisam conhecer muitos dos conceitos sobre comunicação de dados e redes de
computadores também tem crescido vertiginosamente. A seguir apresentamos as dez tecnologias que
mudarão o cotidiano da sociedade:
1. Convergência: É impossível separar o que é telecomunicação, informática, internet – tudo isso
é uma soma e que estes atores possuem uma incrível sinergia. A evolução tecnológica neste
setor mostrou e aprovou a convergência.
2. Microeletrônica: Futuramente haverá uma grande evolução dos chips, em 2020 atingirá 1
Terabyte, ou seja, um salto de mil vezes, nos atuais megabytes.
3. Computadores: Os computadores sofrerão uma transformação em sua capacidade de
processamento. Em menor espaço de tempo os computadores terão maior capacidade de
processamento.
4. Software: Passarão a ser ainda mais a inteligência humana colocada dentro da máquina para
desenvolver e criar nossas possibilidades e técnicas para o desenvolvimento da sociedade em
todos seus aspectos.
5. Internet: É conhecido que a Internet em menos de uma década expandiu de pouco milhares
para um bilhão e meio de usuários e atingirá, futuramente, mais de três bilhões de usuários, ou
seja, 45% da população, que serão sete bilhões e meio em 2015.
6. Wireless: Esta é uma das tecnologias que o Brasil desponta. A comunicação wireless (satélite,
bluethoot ou celular) revolucionou e evoluiu a telefonia móvel.
7. Networking: As redes de banda larga em 2015 estarão integrando casas – escolas – hotéis –
escritórios – bancos, estando com ou sem fio.
8. Fôtonica: As fibras óticas contribuirão para elevar a capacidade de transmissão de
informações, facilitarão a troca de dados e o conteúdo da informação.
9. Armazenamento de massa (mass storage): Atualmente, uma PC tem a capacidade de
armazenamento de 120 gigabytes, mas, nos próximos 10 anos a capacidade de armazenamento
de uma PC será de 120 terabytes, o que significa 120 trilhões de bytes.
10. Nanotecnologia: Nesta área, por volta de 2015, será possível produzir as menores máquinas de
dimensões moleculares. Essas tecnologias terão o poder de reproduzir-se e modificar-se. Será
utilizada para melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Como exemplo: a destruição
de microorganismos nocivos ao homem no meio ambiente e a remoção das placas de colesterol
da corrente sanguínea.
As comunicações de dados e as redes de computadores são objetos que saíram do universo tecnológico e
caíram no domínio público. Produtos como os aparelhos de MP3 e telefones celulares não são mais
restritos ao mundo de magia da alta tecnologia, mas sim brinquedos para todos: desde pré-adolescentes
aos avós. O progresso na tecnologia de comunicação de dados e nas redes de computadores está
acontecendo numa velocidade assustadora como visto na figura xx.
 
As grandes mudanças no Modelo de Comunicação de Dados
Para se ter uma idéia, as antenas de televisão tipo bunny-ear (antena interna de TV) são coisas pré-
históricas, se comparadas às transmissões digitais a cabo e via satélite dos dias atuais. Hoje os escritórios
são movidos por conexões wireless. Para o usuário final dessas tecnologias, o único requisito é saber
como utilizá-las, isto é, ter o know how. A seguir descreveremos as tendencias tecnológicas:

• VoIP: Para demonstrar a importância e a evolução deste protocolo, estima-se que 50% de
todas as chamadas de longa distância serão feitas com essa tecnologia até o final de 2010.
• Casa Digital: Também chamada de caverna high tech, Este local será para muitos o principal
local de trabalho e entreterimento, será utilizada comunicação de alta velocidade, triunfará a
imagem e a interatividade e será onde poderá fazer turismo virtual, também permitirá a fusão
da educação e entreterimento.
• Hiperescola: Essa tendência irá muito além da educação tradicional. A nova educação contará
com: interatividade total; aulas virtuais e presenciais (questão psicológica) e utilização de
técnicas avançadas de comunicação.
• Teletrabalho: O trabalho humano, futuramente, será caracterizado pela convergência digital
das informações. 1/3 dos Trabalhadores serão teletrabalhadores. Existirá a dualidade entre a
abertura de novos empregos X desempregados tecnológicos

 
Hoje em dia as redes de comunicação de dados mudaram nosso modo de fazer negócios e nosso estilo de
vida. A tomada de uma decisão de negócios tem sido feita cada vez mais rapidamente e aqueles que as
tomam requerem cada vez mais informações concretas (confiáveis). Por que esperar uma semana para que
um relatório originado na Alemanha chegue pelo correio, se ele pode aparecer quase que
instantaneamente através de uma rede de computadores? Mas antes de nos perguntarmos quão
rapidamente podemos consegui-lo numa transmissão, precisamos conhecer como as redes funcionam,
quais os tipos de tecnologias disponíveis e qual projeto melhor atende às nossas necessidades.
O desenvolvimento do computador pessoal modificou tremendamente os negócios, a indústria, a
ciência e a educação. Uma revolução semelhante está acontecendo nas redes de comunicação de dados.
Tecnologias avançadas estão tornando possível transmitir cada vez mais sinais e em velocidades cada vez
maiores. Como resultado, os serviços estão evoluindo para permitirem o uso a essa capacidade estendida,
incluindo a extensão para estabelecer serviços tais como um conference calling, chamada em espera,
mensagens de voz e identificador de chamada.
O fato básico é: as redes de comunicação de dados ainda estão na infância. O objetivo é ser
possível trocar informação em tempo hábil, como textos, áudio e vídeo a qualquer lugar do mundo.
Queremos acessar a Internet rápida e confiavelmente, a qualquer momento, e fazer downloads e/ou
uploads da informação contida nos sites sem muita demora.
Contudo, um estudante destes campos do conhecimento humano deve estar familiarizado com tópicos e
conceitos mostrados na Figura 1.

Modelos de Redes

Protocolos e Padrões
Comunicação de Dados Conectividade

Internet

LANs e WANs

Componentes Processamento distribuído

Representação de dados Critérios

Fluxo de dados Estrutura

 
Visão geral

Comunicação de Dados
As redes de comunicação existem para que dados possam ser enviados de um lugar para outro,
essa é a ideia básica da comunicações de dados. Para que esse assunto seja entendido
completamente. devemos compreender os componentes físicos de uma rede; saber representar os
diferentes tipos de dados e estarmos aptos a criar/gerenciar um fluxo de dados.
Conectividade
A comunicação de dados entre locais remotos pode ser realizada através de um processo denomi-
nado conectividade, que envolve desde a conexão de computadores, meios e dispositivos de
redes (os ativos de redes). Assim, quando estivermos falando sobre conectividade, queremos que
se tenha em mente três conceitos: processamento distribuído, critérios (protocolos) de redes e
infra-estrutura de redes.
Rede Locais e Redes Geograficamente Distribuídas
Redes de computadores são classificadas em duas categorias principais: redes locais (LANs) -
Local Area Networks - e as redes geograficamente distribuídas (WANs) – Wide Area Networks.
Essas redes têm diferentes tipos de características e funcionalidades. Em geral, uma conexão
LAN é uma coleção de computadores e dispositivos periféricos numa região limitada, tal como
um prédio ou um campus. Uma LAN quase sempre está sob o domínio privado de uma empresa,
lá uma rede WAN é uma coleção de LANs e estende-se geograficamente por enorme região.
Internet
A Internet, é uma coleção de LANs e WANs unidas por dispositivos de internetworking. Na
figura 1, mostramos esse relacionamento na caixa intitulada Internet que encerra as LANs e
WANs. Entretanto, a Internet; é mais do que simplesmente uma conexão física de LANs e
WANs; ela também é um emaranhado de protocolos e padrões de internetworking.
Protocolos e Padrões
Os protocolos e padrões são vitais para a implementação de uma rede de comunicação de dados.
Os protocolos referem-se às regras; já um padrão é um protocolo adotado por organismos
internacionais de padronização e empresas do ramo. No diagrama da Figura 1, a caixa Protocolos
e Padrões abrange tanto o conjunto comunicação de dados quanto networking (redes) para
enfatizar que cada área ou competência tem uma regra própria.
Modelos de rede
Os modelos de rede servem para organizar, unificar e controlar os componentes de hardware e
software da rede de comunicação de dados. Embora o termo "Modelos de rede" pareça estar
relacionado apenas às redes, ele também se aplica à comunicação de dados em si.
 
Sistemas de Numeração e Conversão entre
Bases
Os computadores modernos fazem uso de quatro tipos de sistemas de numeração, a
saber:
1. decimal
2. binário
3. octal
4. hexadecimal

Cada um deles apresenta vantagens em níveis diferentes do processamento digital.

B.1 SISTEMAS DE NUMERAÇÃO


Todos os sistemas de numeração examinados são posicionais, isto significa que a
posição relativa de um símbolo determina o seu valor. Na estrutura de um número, cada
símbolo é denominado dígito ou algarismo (decimal, binário, octal ou hexadecimal).
Por exemplo, o número decimal 798 possui três dígitos. Os dígitos são organizados na
ordem ascendente de valores, partindo do dígito menos significativo à direita e
deslocando-se em relação ao dígito mais significativo à esquerda. Por esta razão, o
dígito mais à esquerda é denominado dígito mais significativo e o mais à direita é
denominado menos significativo.

Mais Menos
significativo significativo

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Último dígito Primeiro dígito


 
Posição dos dígitos e seus significados 
 
Por exemplo, considerando o número decimal 1234, o dígito mais significativo é o 1 e o
menos significativo é o 4.

Números Decimais
0 sistema de numeração decimal é o mais familiar às pessoas porque é utilizado
praticamente em todas as atividades que elas executam. Todos os nossos parâmetros de
contagem estão baseados nele e, de fato, quando falamos de outros sistemas de
numeração, temos uma certa tendência de comparar os números escritos nesses sistemas
com os equivalentes decimais. O sistema decimal também é conhecido como sistema de
base-10.
A palavra decimal origina do latim deci, que significa 10. O sistema decimal usa 10
símbolos para representar os valores quantitativos: 0. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Peso e Valor
No sistema decimal, cada posição ocupada por um dígito tem um peso igual a 10
elevado à posição que o dígito ocupa no número decimal. Assim, o valor parcial do
número na primeira posição é igual ao valor do dígito vezes 1. O peso associado à
segunda posição é 10. O valor parcial do número na segunda posição é, portanto, igual
ao valor do dígito vezes 10. O peso na terceira posição é 102. O valor parcial do número
na terceira posição é igual ao valor do dígito vezes 100 .

Pesos do sistema decimal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 104 103 102 101 100
(10.000) (1.000) (100) (10) (1)

0 valor do número como um todo é a soma de cada dígito vezes o peso associado à
posição.

A. Figura mostra o número 4567 e os respectivos pesos.

 
Exemplo de um número decimal 
 
Números Binários
O sistema de numeração binário proporciona a base de funcionamento de todos os
computadores em operação. Os computadores funcionam manipulando a corrente
elétrica e a desligando. O sistema binário usa dois símbolos 0 e 1 para representar um
sistema de dois níveis. Esse sistema também é conhecido como sistema base 2, onde o
zero representa o estado desligado (baixo) e o 1 representa o estado ligado
(alto).Também originada do latim, a palavra binário deriva do latim bi e significa 2.

Pesos e Valores
O sistema binário, assim como os outros sistemas estudados nesta seção, é um sistema
com ponderação. Cada dígito possui um peso associado na posição que ele ocupa no
número. O peso de cada dígito no sistema binário é a base 2 elevada à posição ocupada
pelo dígito, como mostra o exemplo na tabela abaixo. Observe que os valores dos pesos
são mostrados em potências de 2 e os valores correspondentes em decimal entre
parênteses. O valor de um dígito específico é igual ao dígito vezes o peso de sua
posição.
Pesos do sistema binário
Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 24 23 22 21 20
(16) (8) (4) (2) (1)

Para calcular o valor de um número, multiplicamos cada dígito pelo peso de sua
posição, obtendo valores parciais para cada posição. Em seguida, somamos os
resultados. A Figura B.3 demonstra a conversão do número binário 1101 para decimal.
Como você pode ver, 1101 é o número binário equivalente ao número decimal 13.

 
Exemplo de um número binário 
 
Números Octais
O sistema de numeração octal é utilizado pelos programadores para representar os
números binários numa forma compacta. Esse sistema também é conhecido como
sistema base 8. A palavra octal deriva da palavra grega octa e significa 8. A utilidade
desse sistema baseia-se no fato de que 8 é o resultado de uma potência de 2 (23) e assim
pode ser usado para modelar conceitos binários.
O sistema octal usa oito símbolos para representar os valores quantitativos: 0, 1, 2, 3, 4.
5. e 7.

Pesos e Valores
O sistema octal também é um sistema com ponderação. Cada dígito possui um peso
baseado na sua posição no número. O peso em octal é o valor da base (8) elevado à
posição do dígito no número, como mostra a Tabela B.3. Observe que os valores dos
pesos são mostrados em potências de 8 e os valores correspondentes em decimal entre
parênteses. O valor de um dígito específico é igual ao dígito vezes o peso de sua
posição. Por exemplo, um número 4 na terceira posição possui o valor equivalente
decimal 4 x 64 ou 256.

Pesos do sistema octal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 84 83 82 81 80
(4096) (512) (64) (8) (1)

Para calcular o valor de um número, multiplicamos cada dígito pelo peso de sua
posição, obtendo valores parciais para cada posição. Em seguida, somamos os
resultados. A Figura B.4 demonstra a conversão do número octal 3471 para decimal.
Como você pode ver. 3471 é o número octal equivalenteao número decimal 1849.

 
 
Exemplo de um número octal 
 
Números Hexadecimais
O sistema de numeração hexadecimal, assim como o octal, é utilizado pelos
programadores para representar os números binários numa forma compacta. Esse
sistema também é conhecido como sistema base 16. A palavra hexadecimal deriva da
palavra grega hexadeca e significa 16 (hexa significa 6 e deca significa 10). A utilidade
desse sistema baseia-se no fato de que 16 é o resultado de uma potência de 2(24) e asim
podeser usado para modelar conceitos binários.
O sistema hexadecimal usa dezesseis símbolos para representar os valores quantitativos:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, A, B, C, D, E, e F.

Pesos e Valores
O sistema hexadecimal também é um sistema com ponderação. Cada dígito possui um
peso baseado na sua posição no número. O peso em hexadecimal é o valor da base (16)
elevado à posição do dígito no número, como mostra a Tabela B.3. Observe que os
valores dos pesos são mostrados em potências de 16 e os valores correspondentes em
decimais entre parênteses. O valor de um dígito específico é igual ao dígito vezes o peso
de sua posição. Por exemplo, um número 4 na terceira posição possui o valor
equivalente decimal 4 x 256 ou 256.

Pesos do sistema hexadecimal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 164 163 162 161 160
(65.536) (4.096) (256) (16) (1)

Para calcular o valor de um número, multiplicamos cada dígito pelo peso de sua
posição, obtendo valores parciais para cada posição. Em seguida, somamos os
resultados. A figura demonstra a conversão do número hexadecimal 3.471 para decimal.
Como você pode ver, 3.471 é o número hexadecimal equivalente ao número decimal
13.425.
 
 
Exemplo de um número hexadecimal 
 

B.2 CONVERSÃO ENTRE BASES


A não ser a compactação do que se está fazendo, não há nenhuma razão especial para
preferirmos um sistema de numeração em detrimento de outros. São as aplicações que
definem o tipo de sistema de numeração adotado. Um número dado em um sistema de
numeração qualquer pode ser convertido no equivalente em outros sistemas. Por
exemplo, um número binário pode ser convertido em um número decimal, e vice-versa,
sem alterar o seu valor. A Tabela B.5 mostra como cada sistema representa os números
decimais de 0 a 15. Como você pode ver. o decimal 13 é equivalente ao binário 1101, o
qual representa o octal 15 e o hexadecimal D.

Decimal Binário Octal Hexadecimal


0 0 0 0
1 1 1 1
2 10 2 2
3 11 3 3
4 100 4 4
5 101 5 5
6 110 6 6
7 111 7 7
8 1000 10 8
9 1001 11 9
10 1010 12 A
11 1011 13 B
12 1100 14 C
13 1101 15 D
14 1110 16 E
15 1111 17 F
Convertendo de Outros Sistemas para Decimal
Como vimos nas discussões acima os números binário, octal e hexadecimal podem ser
transformados facilmente nos seus equivalentes decimais usando os pesos dos dígitos. A
Figura B.6 mostra o valor decimal 78 representado em cada um dos três sistemas
descritos acima.

 
a. Binário para decimal

 
b. Octal para decimal

 
c. Hexadecimal para decimal

Mudança de outros sistemas para decimal


Convertendo de Decimal para Outros Sistemas
Uma simples divisão com resto fornece um modo bastante conveniente de converter um
número decimal para o seu equivalente em binário, octal, hexadecimal ou outro sistema
de numeração qualquer (veja a Figura B.7).
Para converter um número de decimal para binário, divida o número a ser
convertido por 2 e escreva abaixo o resto resultante da divisão (1 ou 0). Esse resto da
divisão será o dígito menos significativo. Em seguida, divida o quociente da primeira
divisão por 2 e escreva abaixo o novo resto na segunda posição. Repita esse processo
até que o quociente torne-se menor que o valor da base (2).
Na Figura B.7, convertemos o número decimal 78 para seu equivalente binário.
Para verificar a validade desse método, vamos converter 1001110 para decimal, usando
os pesos de cada posição.

 
a. Decimal para binário

26 + 23 + 22 + 21 → 64 + 8 + 4 +2 → 78

Para converter um número de decimal para octal, o procedimento é o mesmo,


mas o divisor é 8 e não 2.
Resto

 
b. Decimal para octal

Para converter de decimal para hexadecimal, o divisor é 16.

Número
decimal
Quocientes

Número
hexadecimal
Número hexadecimal
 
c. Decimal para hexadecimal
De Binário para Octal ou Hexadecimal
Para converter um número de binário para octal, primeiramente agrupamos em
tribits os dígitos binários da direita para a esquerda. Então, convertemos cada tribit
no seu equivalente em octal e escrevemos o resultado abaixo do tribit. (untando
todos os equivalentes dos tribits, colocados na ordem (e não adicionados), formamos
o número octal equivalente ao número binário original. Na Figura B.8, convertemos
o binário 1001110.
Para converter um número de binário para hexadecimal, seguimos o mesmo
procedimento, mas agrupamos os dígitos, da direita para a esquerda, em tetrabits.
Dessa vez, convertemos cada tetrabit para o seu equivalente hexadecimal (use a
Tabela B.5). Na Figura B.8, convertemos o número binário 1001110 para
hexadecimal.

 
Conversão de binário para octal ou hexadecimal

De Octal para Hexadecimal ou Binário


Para converter de octal para binário invertemos o procedimento acima. Começando
a partir do dígito menos significativo, convertemos cada dígito octal no seu
equivalente binário de três dígitos. Na Figura B.9. convertemos o octal 116 para
binário.

 
Conversão de octal ou hexadecimal para binário. 
 
Para converter de hexadecimal para binário, novamente começando a partir do
dígito menos significativo, convertemos cada dígito hexadecimal no seu equivalente
binário de três dígitos. Na Figura B.9, convertemos o octal 4E para binário.
Código ASCII
O American Standard Code for Information Interchange (ASCII) é o código mais
importante na codificação de caracteres nos sistemas internos de computadores para
reconhecimento de caracteres e em transmissões digital de dados.
O código ASCII usa 7 bits para representar cada caractere. Desse modo, esse código é
capaz de representar 128 caracteres diferentes. A tabela lista os caracteres ASCII e suas
respectivas formas em decimal, hexadecimal e binário.

Decimal Hexadecimal Binário Caractere Descrição


0 00 0000000 NUL Nulo
1 01 0000001 SOH Cometo de cabeçalho
2 02 0000010 STX Começo de texto
3 03 0000011 ETX Fim de texto
4 04 0000100 EOT Fim da transmissão
5 05 0000101 ENQ Interroga
6 06 0000110 ACK Confirmação
7 07 0000111 BEL Sinal sonoro
8 08 0001000 BS Retorno de caractere
9 09 0001001 HT Tabulação horizontal
10 0A 0001010 LF Próxima linha
11 0B 0001011 VT Tabulação vertical
12 0C 0001100 FF Próxima página
13 0D 0001101 CR Início da linha
14 0E 0001110 SO Fim de modificador
15 0F 0001111 SI Início de modificador
16 10 0010000 DLE Caractere de escape
17 11 0010001 DC1 Controle de dispositivo 1
18 12 0010010 DC2 Controle de dispositivo 2
19 13 0010011 DC3 Controle de dispositivo 3
20 14 0010100 DC4 Controle de dispositivo 4
21 15 0010101 NAK Confirmação negativa
22 16 0010110 SYN Sincronismo
23 17 0010111 ETB Fim do bloco de transmissão
23 18 0011000 CAN Cancela
25 19 0011001 EM Fim de meio de transmissão
26 1A 0011010 SUB Substitui
27 1B 0011011 ESC Escape
28 1C 0011100 FS Separador de arquivos
29 1D 0011101 GS Separador de grupos
30 1E 0011110 RS Separador de registros
31 1F 0011111 US Separador de unidades
32 20 0100000 SP Espaço
33 21 0100001 ! Sinal de exclamação
34 22 0100010 “ Aspas
35 23 0100011 # Símbolo de cardinal
36 24 0100100 $ Cifrão
37 25 0100101 % Sinal de percentagem
 

Decimal Hexadecimal Binário Caractere Descrição


38 26 0100110 & "e" comercial
39 27 0100111 ‘ Apóstrofo
40 28 0101000 ( Abre parênteses
41 28 0101001 ) Fecha parênteses
42 2A 0101010 * Asterisco
43 2B 0101011 + Sinal mais
44 2C 0101100 , Vírgula
45 2D 0101101 - Hífen
46 2E 0101110 . Ponto final
47 2F 0101111 / Barra
48 30 0110000 0
49 31 0110001 1
50 32 0110010 2
51 33 0110011 3
52 34 0110100 4
53 35 0110101 5
54 36 0110110 6
55 37 0110111 7
56 38 0111000 8
57 39 0111001 9
58 3A 0111010 : Dois pontos
59 3B 0111011 ; Ponto-e-vírgula
60 3C 0111100 < Menor do que
61 3D 0111101 = Igual a
62 3E 0111110 > Maior do que
63 3F 0111111 ? Ponto de interrogação
64 40 1000000 @ Arroba
65 41 1000001 A
66 42 1000010 B
67 43 1000011 C
68 44 1000100 D
69 45 1000101 E
70 46 1000110 F
71 47 1000111 G
72 48 1001000 H
73 49 1001001 I
74 4A 1001010 J
75 4B 1001011 K
76 4C 1001100 L
77 4D 1001101 M
78 4E 1001110 N
79 4F 1001111 O
80 50 1010000 P
81 51 1010001 Q
   
Decimal Hexadecimal Binário Caractere Descrição
82 52 1010010 R
83 53 1010011 S
84 54 1010100 T
85 55 1010101 U
86 56 1010110 V
87 57 1010111 W
S8 58 1011000 X
89 59 1011001 Y
90 5A 1011010 Z
91 5B 1011011 [ Abre colchetes
92 5C 1011100 \ Barra invertida
93 5D 1011101 ] Fecha colchetes
94 5E 1011110 ^ Acento circunflexo
95 5F 1011111 _ (Sublinha)
96 60 1100000 ` Crase
97 61 1100001 a
98 62 1100010 b
99 65 1100011 c
100 64 1100100 d
101 65 1100101 e
102 66 1100110 f
103 67 1100111 g
104 68 1101000 h
105 69 1101001 i
106 6A 1101010 j
107 6B 1101011 k
108 6C 1101100 1
109 6D 1101101 m
110 6E 1101110 n
111 6F 1101111 0
112 70 1110000 p
113 71 1110001 q
114 72 1110010 r
115 73 1110011 s
116 74 1110100 t
117 75 1110101 u
118 76 1110110 v
119 77 1110111 w
120 78 1111000 x
121 79 1111001 y
122 7A 1111010 z
123 7B 1111011 { Abre chaves
124 7C 1111100 | Barra vertical
125 7D 1111101 } Fecha chaves
126 7E 1111110 ~ Til
127 7F 1111111 DEL Apagar
Comunicação
ç de Dados

Componentes

Representação de dados

Direção do fluxo de dados

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-3 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Comunicação de Dados

dados

Rede
Informação

dados

Informação

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-4 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Cinco componentes da comunicação de dados

Transmissor (1) Receptor (2)

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-5 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Códigos – Tabela ASCII 7º
bit

bit

bit

bit

bit

bit

bit

→Seqüência dos bits.

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-6 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados - Caracteres

Casa 78

C a s a SP 7 8
1000011 1100001 1110011 1100001 0100000 0110111 0111000

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-7 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Números

Todos os sistemas de numeração examinados são posicionais, isto


significa que a posição relativa de um símbolo determina o seu valor.

Os computadores modernos fazem uso de quatro tipos de sistemas de


numeração a saber:
numeração,
•decimal
•binário
•octal
octal
•hexadecimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-8 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Números Decimais

Pesos do sistema decimal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 104 103 102 101 100
(10.000) (1.000) (100) (10) (1)

E
Exemplo de um número decimal
l d ú d i l

Aula 3 – Comunicação de Dados

I-9 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Números Binários

Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira


4 3 2 1 0
Peso 2 2 2 2 2
(16) (8) (4) (2) (1)
 

1 1 0 1 Bits
8 4 2 1 Pesos

8 4 0 1 Resultados

13

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 10 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Números Octal

Pesos do sistema octal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 84 83 82 81 80
(4096) (512) (64) (8) (1)

O sistema
it octal
t l usa oito í b l para representar
it símbolos t os valores
l quantitativos:
tit ti 0 1,
0, 1 2,
2 3,
3 4.
4 5.
5 e 7.
7
Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 11 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Números Hexadeciamal

Pesos do sistema hexadecimal


Posição Quinta Quarta Terceira Segunda Primeira
Peso 164 163 162 161 160
(65.536) (4.096) (256) (16) (1)

O sistema hexadecimal usa dezesseis símbolos para representar os valores quantitativos:


0 1,
0, 1 2,
2 33, 44, 55, 66, 77, 88, A
A, B
B, C
C, D
D, E
E, e F
F.
Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 12 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Conversão entre Bases

Decimal Binário Octal Hexadecimal


0 0 0 0
1 1 1 1
2 10 2 2
3 11 3 3
4 100 4 4
5 101 5 5
6 110 6 6
7 111 7 7
8 1000 10 8
9 1001 11 9
10 1010 12 A
11 1011 13 B
12 1100 14 C
13 1101 15 D
14 1110 16 E
15 1111 17 F
 

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 13 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Outros Sistemas para Decimal

•Binário para decimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 14 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Outros Sistemas para Decimal

•Octal para decimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 15 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Outros Sistemas para Decimal

•Hexadecimal para decimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 16 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Decimal para Outros Sistemas

•Decimal para binário

26 + 23 + 22 + 21 → 64 + 8 + 4 +2 → 78

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 17 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Decimal para Outros Sistemas

•Decimal para octal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 18 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Convertendo de Decimal para Outros Sistemas

•Decimal para Hexadecimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 19 © 2009, Jackson Alves Saraiva


De Binário para Octal ou Hexadecimal

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 20 © 2009, Jackson Alves Saraiva


De Octal para Hexadecimal ou Binário

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 21 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Imagens

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 22 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Pixel

• Pi
Pixell ou Píxel
Pí l (sendo
( d o plural
l l píxeis)
í i )
(aglutinação de Picture e Element, ou seja,
elemento
l t de
d imagem,
i sendo
d Pix
Pi a abreviatura
b i t
em inglês para Picture) é o menor elemento
num dispositivo
di iti de
d exibição.
ibi ã

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 23 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 24 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 25 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 26 © 2009, Jackson Alves Saraiva


CCD(CHARGED COUPLED DEVICE):
foto-sensor eletrônico

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 27 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 28 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 29 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Representação dos dados – Audio

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 30 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Simplex

Direção
ç dos
dados

Monitor
Mainframe

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 31 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Half-duplex

Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 32 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Full-duplex

O link possui dois caminhos:


•Um
Um para envia e outro para receber ( cabo para trançado – verde (tx) – laranja
(Rx)
•A capacidade do canal é dividida entre os sinais viajando em direções opostas
(ex telefone)
(ex.
Aula 3 – Comunicação de Dados

I - 33 © 2009, Jackson Alves Saraiva


1.1 COMUNICAÇÃO DE DADOS

Quando comunicamos, compartilhamos informação. Este compartilhamento pode ser local ou remoto. Em
geral, entre indivíduos, a comunicação local acontece face a face, enquanto que a comunicação remota
toma lugar a longas distâncias. A palavra telecomunicações quer dizer "comunicação a longas distâncias"
(do grego tele = longe, ao longe, distante) e inclui a telefonia, telegrafia e a televisão.
O termo dados refere-se à informação apresentada em qualquer forma onde concordem as partes,
a que originou (criou) e a que fará uso dos dados.
Comunicação de dados é a troca de informação entre dois dispositivos através de alguma forma
de meio de comunicação, por exemplo um par de fios. Para que a comunicação de dados aconteça, os
dispositivos de comunicação devem ser parte de um sistema de comunicações feito a partir da
combinação hardware (equipamento físico) e software (programas). A eficiência de um sistema de
comunicação de dados depende fundamentalmente de três características:
1.Entrega (delivery). O sistema deve entregar os dados ao destino correio. Os dados devem ser
recebidos somente pelo dispositivo ou usuário de destino.
2.Confiabilidade. O sistema deve garantir a entrega dos dados. Dados modificados ou
corrompidos numa transmissão são inúteis.
3.Tempo de Atraso. O sistema deve entregar dados em um tempo finito e predeterminado.
Dados entregues tardiamente são pouco úteis. Por exemplo, no caso de transmissões de áudio e
de vídeo, os atrasos não são desejáveis, de modo que eles devem ser entregues praticamente no
mesmo instante em que foram produzidos, isto é, sem atrasos significativos. Este tipo de
entrega é denominada transmissão em tempo real.

Componentes

Um sistema básico de comunicação de dados é composto de cinco elementos (veja a figura 1.1).
1. Mensagem. A mensagem é a informação (dados) a ser transmitida. Pode ser constituída de
texto, números, figuras, áudio ou vídeo - ou qualquer combinação desses.
2. Transmissor. O transmissor é o dispositivo que envia a mensagem de dados. Pode ser um
computador, uma estação de trabalho (workstation), um telefone, uma câmera de vídeo e assim
por diante.
3. Receptor. O receptor é o dispositivo que recebe a mensagem. Pode ser um computador, uma
estação de trabalho, um telefone, uma câmera de vídeo e assim por diante.
4. Meio. O meio de transmissão é o caminho físico por onde viaja uma mensagem originada no
transmissor e dirigida ao receptor. Pode ser um par trançado, cabo coaxial, fibra óptica ou ondas
de rádio (microondas terrestre ou via satélite).
5. Protocolo. Um protocolo é um conjunto de regras que governa a comunicação de dados. Ele
representa um acordo entre os dispositivos que se comunicam. Sem um protocolo, dois
dispositivos podem estar conectados, mas sem comunicação entre si. Por exemplo, uma pessoa
que fala apenas o francês dificilmente compreenderá o que diz outra pessoa que só fala o
japonês.

Passo 1:
Passo 2: Passo 1:
Passo 3: Passo 2:
............... Passo 3:
............... ...............
............... ...............
...............
5
Protocolo 5
1
Protocolo
Mensagem

2
4 Meio
3
Transmissor Receptor
Cinco componentes da comunicação de dados
Representação dos Dados
Hoje em dia a informação se apresenta de diferentes formas, tais tomo caracteres numéricos ou
alfanuméricos, visual ou audível.
• Caracteres
Em comunicação de dados, um caractere é representado por um padrão ou uma sequência de bits
0s e 1s. O número de bits no padrão depende do número de símbolos na linguagem ou código.
Por exemplo, na escrita inglesa existem:
• 26 símbolos (A, B, C,..., Z) para representar as letras maiúsculas.
• 26 símbolos (a, b, c.....z) para representar as letras minúsculas,
• 10 símbolos (0,1,2.....9) para representar caracteres numéricos e
• vários símbolos (.,?,:,;....!) para representar a pontuação.
Outros símbolos tais como espaço, recuo e o tab são usados para alinhamento e formatação de
textos.
Foram desenvolvidos diferentes conjuntos de padrões de bits para representar os tipos
mais diversos de caracteres. Cada conjunto é denominado código e o processo de representação
de símbolos é chamado codificação.
¾ ASCII A American National Standards Institute (ANSI) desenvolveu um código
denominado American Standard Code for Information Interchange (ASCII). Este
código utiliza 7 bits para representar cada símbolo. Isto significa que 128 (27) símbolos
diferentes podem ser definidos por esse código. O padrão de bits do código ASCII
completo está apresentado no Apêndice A.
¾ ASCII Estendido Para ajustar o tamanho de cada padrão a 1 byte (8 bits), foi
adicionado ao código ASCII um bit 0 à esquerda do algarismo mais significativo. Desse
modo, cada padrão passou a ocupar exatamente um byte de memória. Em outras
palavras, no código ASCII estendido, o primeiro padrão é 00000000 e o último é
01111111.
¾ Unicode Todos,os códigos anteriores foram criados para representar símbolos da língua
inglesa. Nenhum deles é capaz de representar símbolos em outras línguas. Para isso é
necessário um código de grande capacidade de representação. De uma união entre
fabricantes de hardware e software surgiu um código denominado Unicode que se
utiliza de 16 bits e é capaz de representar até 65.536 (216) símbolos. Seções diferentes
desse código são alocadas para símbolos em diferentes línguas do mundo. Algumas
partes do código são deixadas para símbolos gráficos e/ou símbolos especiais.
¾ ISO A Organização Internacional de Padronização (International Organization for
Standardization), conhecida simplesmente per ISO, desenvolveu um código com um
padrão de 32 bits. Este código representa cerca 4.294.967.296 (232) símbolos e é
suficiente para representar qualquer símbolo no mundo.

• Numéricos
Números também são representados através de um padrão de bits. Entretanto, um código como o
ASCII não é utilizado para representar números; um número geralmente é convertido para
binário sem nenhuma representação adicional. O motivo principal é que isso simplifica as
operações matemáticas a serem aplicadas nos números. O Apêndice B lista o sistema binário e as
equivalências com os demais sistemas.
• Imagens
Atualmente, as imagens também são representadas por um padrão de bits. Porém, o mecanismo
de representação é diferente. Na forma mais simples, uma imagem é dividida numa matriz de
pixels, onde cada pixel representa um pequeno ponto. O tamanho do pixel depende de uma
propriedade do elemento gráfico denominada resolução. Por exemplo, uma imagem pode ser
dividida em 1000 pixels ou 10.000 pixels. No segundo caso, a imagem possui uma representação
melhor, mais definida, ou de maior resolução. O preço que se paga por uma resolução melhor é
um aumento significativo na quantidade de memória necessária ao armazenamento da figura.
Após a divisão em pixels, cada pixel é atribuído a um padrão de bits. O tamanho e o
valor do padrão depende da imagem que se deseja representar. Para uma imagem formada de
pontos em preto-e-branco (p. ex., tabuleiro de xadrez), o padrão de um único bit (1-bit) é
suficiente para representar um pixel.
Para representar imagens coloridas, cada pixel colorido é decomposto em três cores primárias
(básicas): vermelho, verde e azul (RGB). Assim, a intensidade de cada cor é medida e um padrão
de bits (usualmente 8 bits) lhe é atribuído. Em outras palavras, cada pixel possui três padrões de
bits: um para representar a intensidade da cor vermelha, outro para representar a intensidade da
cor verde e mais para representar a intensidade da cor azul.
• Áudio
Áudio é uma representação para o som. O áudio tem uma natureza diferente dos caracteres,
números ou imagens. Ele é contínuo, não discreto. Até mesmo quando utilizamos um microfone
para converter um sinal sonoro ou musical para um sinal elétrico, nós criamos um sinal contínuo.
• Vídeo
Vídeo pode ser produzido como um sinal contínuo (p. ex., por uma câmera de TV) ou pode ser
uma combinação de imagens, cada qual uma sequência discreta, montadas para gerar a ideia de
movimento.
• Direção do Fluxo de Dados
Uma comunicação entre dois dispositivos pode acontecer de três maneiras diferentes: simplex, half-duplex
ou full-duplex.
- Simplex
No modo simplex, a comunicação é unidirecional, como numa rua de mão única. Somente um
dos dois dispositivos no link é capaz de transmitir: logo o outro só será capaz de receber (veja a
Fig. 1.2).

Simplex

Teclados e monitores comuns de computador são dois bons exemplos de dispositivos simplex. O
teclado é um dispositivo essencialmente de entrada e o monitor um dispositivo de saída.
- Half-Duplex
No modo half-duplex, cada estação pode transmitir e receber, mas nunca ao mesmo tempo.
Quando um dos dispositivos está transmitindo o outro está recebendo e vice-versa (veja Fig. 1.3).

Half-duplex

O modo half-duplex funciona como uma via de uma única pista bidirecional. Enquanto os carros
trafegam em uma direção, os carros na direção oposta devem esperar pela liberação da via.
Numa transmissão half-duplex, toda a capacidade do canal é dada ao dispositivo que estiver
transmitindo no momento. Os exemplos incluem os walkie-talkies e aos rádio tipo CBs (Citizens
Band).
- Full-Duplex
No modo full-duplex (também chamado de duplex), ambas estações podem transmitir
e receber simultaneamente (veja Fig. 1.4).

Full-duplex
O modo full-duplex é semelhante a uma via de mão dupla, isto é, aquela cujo tráfego flui nas
duas direções ao mesmo tempo. No modo full-duplex, sinais em direções opostas compartilham a
capacidade do link ou canal. Esse compartilhamento pode acontecer de duas formas:
1. o link possui dois caminhos físicos de transmissão distintos (separados), um para
enviar e o outro para receber;
2. a capacidade do canal é dividida entre os sinais viajando em direções opostas.

Um exemplo típico de comunicação full-duplex o canal de voz da rede telefônica. Quando duas
pessoas estão se comunicando através do telefone, ambas podem ouvir e falar ao mesmo tempo.
Visão geral da
comunicação de dados
e conectividade

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-1 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Visão Geral das Comunicações de Dados e
Conectividade

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-2 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Revisão Comunicação de Dados
Representação
dos Dados

Componentes

Transmissor (1) Receptor (2)

Direção do Fluxo des Dados


Números

Resto
Imagens
Áudio
Vídeo
Aula 4 – Comunicação de Dados

I-3 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Redes

Processamento Distribuído
í

Critérios de rede

Estruturas físicas

Cl ifi ã de
Classificação d redes
d

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-4 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Critérios de Comparação de Redes

Assegurar a proteção dos dados e das informações que


trafegam na rede do acesso não autorizado

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-5 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Estrutura das redes – Tipos de conexão
Conexão pponto a pponto
(Link dedicado entre os dispositivos)

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-6 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Estrutura das redes – Tipos de conexão

Conexão multiponto
(Compartilhamento de um único link) Estação de trabalho Estação de trabalho
(workstation) (workstation)

Link

Mainframe

Num ambiente multiponto, a capacidade do canal é


compartilhada, espacial ou temporalmente
temporalmente, entre os
dispositivos do link. Estação de trabalho
(workstation)

O compartilhamento espacial é caracterizado pela utilização simultânea do link de


comunicação.
Se os usuários compartilham o link mediante um revezamento, a conexão é do tipo
compartilhamento temporal
temporal.

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-7 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Tipos de topologias

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-8 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Topologia em malha totalmente conectada (para cinco dispositivos)

Links = n(n -1)/2

Aula 4 – Comunicação de Dados

I-9 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Tipos de topologias

Vantagens:
•links dedicados possibilita o tráfego dos dados apenas na conexão que estiver fechada.
•topologia em malha é robusta.
•Se um link tornar-se indisponível, não ocorre a incapacitação de comunicação no sistema como um todo.
•privacidade ou segurança.
•links ponto a ponto facilitam a identificação e isolamento de falhas.
Desvantagens:
•cabeamento excessivo .
•quantidade
quantidade de interfaces E/S necessárias ao funcionamento da rede
rede.
•custo do hardware exigido para conectar cada link (interfaces E/S e cabos) pode tornar-se proibitivamente
elevado.

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 10 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Topologia Estrela

Numa topologia em estrela,


estrela cada dispositivo comunica-se dedicadamente a
um controlador ou concentrador no centro da estrutura.

Este concentrador frequentemente é


denominado hub

Assim, os dispositivos não são conectados diretamente uns aos outros.


Frequentemente. pode-se encontrar um switch ou roteador como elementos
concentradores numa topologia estrela.
estrela

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 11 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Topologia Barramento

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 12 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Topologia Anel

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 13 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Classificação de redes

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 14 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Rede Local (LAN)

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 15 © 2009, Jackson Alves Saraiva


LAN (Continuação)

b. Múltiplas LAN’s
Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 16 © 2009, Jackson Alves Saraiva


MAN

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 17 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Rede de Longa distância (WAN)

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 18 © 2009, Jackson Alves Saraiva


A Internet

Uma breve história

A Internet hoje

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 19 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Na metade da década de 60, os mainframes
(computadores de grande porte) dentro de
organizações de pesquisa eram dispositivos de
processamento isolados. Computadores de
diferentes marcas eram incapazes de se
comunicar.
i A Advanced
Ad d Research
R h Projects
P j t
Agency (ARPA) agência do departamento de
defesa dos Estados Unidos (Departament of
Honeywell-ull_DPS_7_Mainframe_BWW_March_1990
Defense - DoD) estava interessada em encontrar
um modo de conectar os computadores de tal
modo que os pesquisadores dela pudessem
compartilhar pesquisas,
pesquisas reduzindo custos e
evitando a duplicação de esforços.

IBM System 360/20

DEC PDP10

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 20 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Em 1969 a ARPANET tornou-se uma realidade. Foram fechados quatro nós, na
Universityy of Califórnia ((UCLA)) em Los Angeles,
g , na Universityy of Califórnia em
Santa Barbara (UCSB), em Stanford Research Institute (SRI) e na University of
Utah via IMPs para formar uma rede.

Um software batizado de Network Control Protocol (NCP


NCP) controlou a comunicação
entre os hosts.

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 21 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Mapa lógico da ARPANET em abril de 1971

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 22 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Em 1972 Vint Cerf e Bob Kahn. ambos haviam feito parte do grupo da
ARPANET colaboraram entre si no conhecido Internetting Project
ARPANET, Project.

Num artigo de 1973 eles estabeleceram protocolos muito bem estruturados para
promover entrega de pacotes de dados de uma ponta a outra numa rede.
rede Este
artigo sobre o protocolo de controle de transmissão (Transmission
Transmission Control
Protocol - TCP
TCP) incluía conceitos como encapsulamento, o datagrama e as
funções de um gateway.
gateway

Pouco tempo depois, autoridades da área da computação decidiram dividir o


TCP em dois protocolos:
Transmission Control Protocol (TCP
TCP)
Internetworking Protocol (IP
IP).

O IP seria o responsável pelo roteamento do datagrama enquanto o TCP


assumiria as funções de alto nível como segmentação, reagrupamento e
detecção de erros.

O protocolo de internetworking tornou-se conhecido como TCP/IP.

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 23 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Resumo da
Evolução da Internet
Age of
eCommerce
Mosaic Begins
WWW Created 1995
Internet Created 1993
Named 1989
and
Goes
TCP/IP TCP/IP
Created 1984
ARPANET 1972
1969
Hypertext
Invented
Packet 1965
Switching
First Vast Invented
Computer 1964
Network
Teoria Silicon Envisioned
Matemática Chip 1962
da 1958
Comunicação
Memex 1948
Conceived
1945

1945 1995
Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 24 © 2009, Jackson Alves Saraiva


A Internet hoje

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 25 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 26 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 27 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 28 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 29 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 30 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Internet hoje
ISP ISP ISP ISP

ISP Regional ISP Regional

ISP IInternacional
t i l
ou
ISP Nacional

ISP ISP ISP ISP

ISP Regional ISP Regional

ISP Internacional
NAP ou
ISP Nacional

ISP ISP ISP ISP

ISP Regional ISP Regional

NAP

ISP Internacional
ou
ISP Nacional

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 31 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Arquitetura da Internet

http://www.terremark.com
O NAP do Brasil (denominado o PTT da FAPESP),
FAPESP) é um grande Data Center
provido de infra-estrutura moderna para acomodar tanto as plataformas para a
realização da troca de tráfego entre os diversos backbones, como os
equipamentos dos maiores provedores de intra intra-estrutura
estrutura de acesso (última
milha), assegurando uma conectividade massiva ao site aliada à uma
disponibilidade ainda maior destes serviços de acesso através da presença de
rotas de redundantes.

Aula 4 – Comunicação de Dados

I - 32 © 2009, Jackson Alves Saraiva


1.2 REDES

Uma rede é um conjunto de dispositivos conectados por links de comunicação (denominados fre-
quentemente de nós). Um nó pode ser um computador, uma impressora ou qualquer outro dispositivo
capaz de enviar e/ou receber dados gerados noutros nós da rede.

Processamento Distribuído

Hoje em dia, a maioria das redes usam processamento distribuído para executar uma tarefa entre muitos
computadores (tipicamente PCs e estações de trabalho - workstations). Isso é muito mais eficiente que
entregar todo o poder de processamento a uma única máquina poderosa e deixá-la responsável por todos
os aspectos computacionais da rede.

Critérios de Comparação

Redes podem ser comparadas segundo alguns critérios de comparação. Os critérios mais importantes são
a performance, a confiabilidade e a segurança.

Performance

A performance de uma rede pode ser medida de diferentes formas, dentre elas incluem-se o tempo de
trânsito e o tempo de resposta. O tempo de trânsito é o intervalo de tempo necessário para uma mensagem
viajar de um dispositivo a outro. O tempo de resposta é o tempo decorrido entre uma solicitação e uma
resposta, hperformance de uma rede depende de inúmeros outros fatores, tais como o número de usuários,
o meio de transmissão, a capacidade do hardware conectado à rede e a eficiência do software que roda na
rede.

Confiabilidade

Além da garantia de entrega, a confiabilidade de uma rede é medida pela frequência de falhas, o tempo
de reconfiguração de link após uma falha e a robusteza da rede numa catástrofe.

Segurança

Segurança de rede é um critério cuja finalidade é assegurar a proteção dos dados e das informações que
trafegam na rede do acesso não autorizado.

Parte Física

Antes de discutir as redes, precisamos definir alguns atributos de redes.

Tipo de Conexão

Uma rede é constituída de dois ou mais dispositivos juntos através de links. Um link é uni caminho de
comunicação por onde são transferidos dados de um dispositivo a outro. Pictoricamente. é mais simples
imaginar qualquer link como sendo uma linha desenhada entre dois pontos. Para que a comunicação
aconteça, dois dispositivos devem estar conectados a um mesmo link ao mesmo tempo. Há duas formas
possíveis de conexão: ponto a ponto e multiponto.

Ponto a Ponto Uma conexão ponto a ponto proporciona um link dedicado entre dois dispositivos. Toda
a capacidade do link é reservada para a comunicação entre esses dois dispositivos. A maioria das
conexões ponto a ponto se utilizam de um cabo para conectar o dois dispositivos, mas existem outras
opções como um link de microondas e de satélite (veja a Fig. 1.5). Quando você muda o canal de TV por
um controle remoto infravermelho, você está estabelecendo uma conexão ponto a ponto entre o controle
remoto e o sistema de controle da TV.
 
Conexão ponto a pponto

Multiponto Uma conexão multiponto (multipoint ou multidrop) é aquela na qual mais de dois
dispositivos compartilham um único link (veja Fig. 1.6).

Estação de trabalho Estação de trabalho


(workstation) (workstation)

Link

Mainframe

Estação de trabalho
(workstation)
Conexão Multiponto

Num ambiente multiponto, a capacidade do canal é compartilhada, espacial ou temporalmente, entre os


dispositivos do link. O compartilhamento espacial é caracterizado pela utilização simultânea do link de
comunicação. Se os usuários compartilham o link mediante um revezamento, a conexão é do tipo
compartilhamento temporal.

Topologia Física

O termo topologia física refere-se ao modo segundo o qual uma rede é montada fisicamente. Dois ou mais
dispositivos formam um link; dois ou mais tinis geiam uma topologia de rede. A topologia de uma rede é
a representação geométrica do relacionamento entre todos os links e dispositivos conectados uns aos
outros (usualmente os nós). Existem quatro topologias básicas: malha, estrela, barramento e anel (veja a
Fig. 1.7).

Topologia

Malha Estrela Barramento Anel

Tipos de topologias

Malha Numa topologia em malha cada dispositivo possui um link dedicado com os demais dispositivos
da rede. O termo dedicado significa que o tráfego no link fica restrito ao dois dispositivos que estiverem
se comunicando. Numa malha totalmente conectada existem n(n- 1)/2 canais físicos interligando n
dispositivos Para suportar tantos links, cada dispositivo na rede deve possuir n - 1 interfaces de
entrada/saída (E/S-veja Fig. 1.8).
Topologia em malha totalmente conectada (para cinco dispositivos)

A topologia em malha apresenta muitas vantagens quando comparada às demais. Primeiramente, a


utilização de links dedicados possibilita o tráfego dos dados apenas na conexão que estiver fechada. Isso
elimina os problemas de tráfego decorrentes da necessidade de compartilhar o link entre muitos
dispositivos. Além disso, uma topologia em malha é robusta. Se um link tornar-se indisponível, não
ocorre a incapacitação de comunicação no sistema como um todo. Mais uma vantagem associada à malha
é a privacidade ou segurança. Qualquer comunicação que viaje ao longo da linha dedicada estará
disponível apenas para os dispositivos conectados ao link. A fronteira física topológica evita que usuários
externos a ela obtenham acesso à informação ali transmitida. Finalmente, os links ponto a ponto facilitam
a identificação e isolamento de falhas. Com isso, o tráfego pode ser desviado para evitar problemas nos
links suspeitos. Isto ajuda ao gerente ou suporte de rede a localizar precisamente a falha. Logo, facilita a
detecção da causa e a tomada de decisão para apontar uma solução para o problema.

As principais desvantagens de uma rede em malha estão relacionadas ao cabeamento excessivo e à


quantidade de interfaces E/S necessárias ao funcionamento da rede. A primeira desvantagem deve-se ao
fato de que cada dispositivo precisa ser conectado aos demais na rede. Isto torna a instalação e
configuração da rede bastante difícil. Ainda em relação ao cabeamento. o sistema de canaletas para
acomodar os cabos pode tornar-se maior que o espaço disponível no ambiente de rede (nas paredes, tetos
ou pisos). Finalmente, o custo do hardware exigido para conectar cada link (interfaces E/S e cabos) pode
tornar-se proibitivamente elevado. Por essas razões, a topologia em malha, quando implementada,
apresenta-se de maneira bastante limitada - por exemplo, como um backbone interligando os
computadores principais (p. ex., servidores) de um rede híbrida formada de diversas outras topologias.

Estrela Numa topologia em estrela, cada dispositivo comunica-se dedicadamente a um controlador ou


concentrador no centro da estrutura. Este concentrador frequentemente é denominado hub1 Assim, os
dispositivos não são conectados diretamente uns aos outros. Diferentemente da topologia em malha, não
liá comunicação direta de um dispositivo para outro numa topologia em estrela. O concentrador age como
um elemento intermediário no processo de comunicação entre dois dispositivos: se um dispositivo quer
enviar dados a outro, primeiramente envia os dados para o concentrador que, por sua vez, replica os dados
para o dispositivo de destino (veja Fig. 1.9).

HUB

Topologia estrela

                                                            
1
 Frequentemente. pode-se encontrar um switch ou roteador como elementos concentradores numa topologia estrela.
 
O custo de uma topologia em estrela é mais acessível do que da topologia em malha. Numa
topologia em estrela, cada dispositivo necessita semente de um link e uma interface E/S para conectá-lo
aos demais da rede. Isto facilita a instalar e a reconfigurar toda a rede. Além do mais. a quantidade de
cabos exigidos na montagem da rede em estrela é muito menor, se comparada à topologia em malha. Isto
porque cada dispositivo é conectado ao concentrador por um. e apenas um. cabo.
Outras vantagens incluem a robusteza da topologia. Se um link falha, apenas ele é afetado. Todos
os demais permanecem ativos. Este fator também contribui para tornar mais fácil a identificação e o
isolamento da falha. Uma vez que, colocado em funcionamento, o hub pode ser utilizado para monitorar
problemas e evitar links defeituosos.
Entretanto, embora a topologia em estrela, exija menos cabeamento que a topologia em malha,
cada nó deve estar interligado a um hub central. Por esse motivo, essa topologia requer mais cabos que
algumas outras topologias (tal como em anel e barramento).

Barramento Todos os exemplos de topologias anteriores descrevem conexões ponto a ponto. Uma
topologia em barramento é diferente, ela prevê conexões multiponto. Um cabo longo funciona como um
backbone (espinha dorsal) interconectando todos os dispositivos numa rede (veja Fig. 1.10).

Segmento Segmento Segmento Segmento


de cabo de cabo de cabo de cabo
Terminador Terminador
Conector Conector Conector Conector
Tap Tap Tap Tap

Topologia barramento

Os nós são conectados ao backbone através de pequenos segmentos de cabos e conectores de pressão
(taps). O segmento de cabo faz a conexão entre o dispositivo e o cabo principal. Um tap é um conector
que permite estender o comprimento de um cabo principal até o dispositivo que se deseja conectar ao
meio. Como os sinais de comunicação viajam ao longo do backbone, parte da energia que eles
transportam é transformada em calor. Desse modo, à medida que viajam mais e mais ao longo do
comprimento do cabo, vão sendo enfraquecidos pela dissipação de potência do sinal sob a foma de calor.
Isto limita o número e a distância mínima entre os taps que um barramento pode suportar.

A maior vantagem de unia topologia em barramento é a facilidade de instalação. O cabo backbone pode
llcar situado ao longo de um caminho mais eficiente, então conectar os nós através de segmentos de cabo
de vários comprimentos possíveis. Desse modo, a topologia em barramento usa menos cabeamento que as
topologias em mallia ou em estrela. Numa topologia em estrela. por exemplo, quatro dispositivos numa
mesma sala usam quatro segmentos de cabos para alcançar o hub central2. Num banamemo esta
redundância é eliminada. Um único cabo backbone lançado no ambiente de rede é todo o recurso
necessário à interligação dos dispositivos. Cada segmento de cabo para interligar os dispositivos precisa
apenas atingir o ponto mais próximo possível do backbone.
Dentre as desvantagens desse tipo de rede estão incluídas a dificuldade de reconexão e o
isolamento de uma falha. Uma rede em barramento é projetada para otimizar o processo de instalação da
rede. Por isso. muitas vezes torna-se difícil adicionar novos pontos de rede no ambiente. Além disso, a
reflexão dos sinais nos taps degradam a qualidade do sinal no cabo backbone. Esta degradação pode ser
controlada limitando o número e espaçando convenientemente os dispositivos a serem conectados num
certo comprimento de cabo. Adicionar novos dispositivos pode assim requerer a modificação ou
substituição de todo o backbone.
Por fim, uma falha ou desconexão no cabo do barramento para qualquer tipo de transmissão, até
mesmo entre os dispositivos que não estão próximos ao segmento onde se encontra o problema. A parte
danificada do cabo reflete os sinais de volta em todas as direções, gerando ruídos de ambos os lados.

Anel Numa topologia em anel cada dispositivo possui uma conexão ponto a ponto (dedicada) somente
com os dois dispositivos mais próximos dele. Um sinal é transmitido ao longo do anel numa única
direção, de um dispositivo a outro, até alcançar o destino. Cada dispositivo no anel incorpora um

                                                            
2
  Vale a pena mencionar que. em geral, o tipo de cabo utilizado numa topologia em estrela é diferente do tipo de cabo numa
topologia em barramento. Em estrela é utilizado frequentemente o par trançado c em barramento o cabo coaxial.
 
repetidor. Quando um dispositivo no anel recebe um sinal endereçado a outro dispositivo, o repetidor
regenera o sinal de dados e o transmite adiante (veja Fig. 1.11).

Topologia em anel

Um anel é relativamente fácil de se instalar e reconfigurar. Cada dispositivo é interligado


somente com os dois vizinhos imediatos (física ou logicamente). Em termos de conexão, para acrescentar
ou retirar dispositivos nessa rede são necessárias somente duas modificações. Os únicos vínculos que se
deve observar são o meio físico e o tráfego (comprimento máximo do cabo e número de dispositivos).
Além de que. o isolamento de uma falha nesse tipo de rede é bastante simples. Geralmente, um sinal está
sendo transmitido a todo instante no anel. É gerado um alerta se qualquer dos dispositivos não receber um
sinal dentro de um período de tempo predeterminado. O alerta informa ao operador da rede que existe um
problema e onde ele eslá localizado.
Entretanto, o tráfego unidirecional pode ser uma enorme desvantagem. Num anel simples. uma
quebra (tal como a desconexão de uma estação) pode desabilitar toda a rede. Este inconveniente pode ser
resolvido através da adoção de um anel duplo ou de um chaveamento capaz de redirecionar as conexões
endereçadas ao ponto de quebra.

Classificação das Redes


Hoje em dia. quando lalamos em redes, geralmente nos referimos aos três tipos básicos: rede local. rede
metropolitana e rede geograficamente distribuída. Dentro de cada uma dessas classificações. cada rede é
determinada pelo tamanho, pelo tipo de domínio, pela distância geográfica que ela cobre e pela
arquitetura física (veja Fig. 1.12).

Classificação de redes

Rede Local (LAN) Uma rede de área local (Local Área Network - LAN) é administrada privativamente
e os links entre dispositivos estão localizados dentro de uma sala, escritório, edifício ou campus (veja Fig.
1.13). Uma LAN pode ser formada por dois PCs e uma impressora dentro de um escritório particular ou
por centenas de dispositivos numa empresa, incluindo periféricos de áudio e vídeo. Uma LAN depende
essencialmente da infra-estrutura de uma organização ou de uma empresa e do tipo de tecnologia
utilizada. Atualmente, o tamanho aceitável para uma LAN está limitado a poucos quilometros.
As LANs são projetadas para permitirem o compartilhamento de recursos entre computadores
pessoais ou estações de trabalho. Ainda, os recursos compartilhados podem incluir hardware (impressora,
gravadora de CD, etc), software (programas aplicativos) ou dados. Um exemplo comum de uma LAN,
encontrado em muitos ambientes de trabalho, interliga computadores dentro de um mesmo grupo de
trabalho, por exemplo, estações de trabalho da engenharia ou PCs da contabilidade. Um dos
computadores da LAN. geralmente aquele de grande capacidade de processamento e de armazenamento
de informações, pode ser configurado para tornar-se um servidor da rede e utilizado na autenticação de
todos os grupos de trabalho na LAN. Softwares podem ser instalados nesse servidor central e serem
disponibilizados para todos aqueles que necessitarem aces sá-lo dentro da LAN. Nesse exemplo, o
tamanho da LAN pode ser determinado pelas restrições ao número de usuários por cópia do software ou
por restrições ao número de usuários licenciados para acessar o sistema operacional.
Além do tamanho da rede, o tipo de meio de transmissão e a topologia são outros mecanismos
que distinguem as LANs dos demais tipos de redes. Em geral, uma dada LAN usa somente um tipo de
meio de transmissão. As topologias mais comuns para LANs são barramento, anel e estrela.

Espinha dorsal (backbone)


Rede local (LAN)

Tradicionalmente, as LANs transferem dados a velocidades de 4 a 16 megabits por segundo


(Mbps). Atualmente. porém, as velocidades estão aumentando e, em muitos ambientes, as LANs já
operam a l00Mbps, sendo frequentes as empresas que já estudam e testam as LANs padronizadas em
velocidades da ordem de gigabits por segundo (Gbps). As LANs são discutidas em profundidade nos
Capítulos 14, 15 e 16.

Redes Metropolitanas Uma rede de área metropolitana (Metropolitan Area Network - MAN) é
projetada para se estender por toda uma cidade. Pode ser constituída de uma única rede, tal como uma
rede de TV a cabo, ou pode conectar muitas LANs entre si, formando uma rede maior, de tal maneira que
os recursos possam ser compartilhados de LAN para LAN ou de dispositivo para dispositivo. Por
exemplo, uma empresa pode utilizar uma MAN para conectar as LANs de todos os escritórios
distribuídos numa cidade (veja Fig. 1.14).
Uma MAN pode ser totalmente administrada por uma empresa privada ou pode ser provida por
uma empresa pública, tal como uma companhia telefónica. Muitas empresas telefónicas disponibilizam
uma MAN de serviços bastante popular denominado Serviço de Dados sem Conexão de Alta Velocidade
(Switched Multi-Megabit Data Services - SMDS).

Rede Geograficamente Distribuída (WAN) Uma rede de longa distância (Wide Area Network -
WAN) proporciona a transmissão de dados, voz, imagem e vídeo a grandes distâncias geográficas
podendo compreender um país, um continente ou até mesmo todo o mundo (veja Fig. 1.15).
Diferentemente das LANs (às quais depende do próprio hardware para transmissão), as WANs
podem utilizar as redes públicas, redes sob concessão ou alugadas, equipamentos privados de
comunicação ou combinações desses para atingir uma distância praticamente ilimitada na superfície do
planeta.

MAN
Rede de longa distância (WAN)

Uma WAN sob domínio de uma única empresa é denominada rede corporativa.

Internetworks Quando duas rodes ou mais são conectadas entre si, elas se
tornam uma internetwork ou internet (observe que a letra i é escrita em letra
minúscula).

A INTERNET

Internet tem revolucionado em muitos aspectos nosso modo de vida. Ela afetou desde o
modo de fechar negócios empresariais até nosso modo de passar as horas vagas.
Experimente contar de quantas formas você tem utilizado a Internet ultimamente.
Talvez você a esteja utilizando para trocar correio eletrônico (e-mail) com um sócio,
pagando uma conta, lendo um jornal de uma outra cidade ou olhando a programação
dos cinemas locais. Ou talvez você possa estar pesquisando algum tópico na área de
medicina, fazendo reservas num hotel, participando de um chat com um colega distante
(Trekker) ou comparando os preços de automóveis. A Internet é um sistema de
comunicação que colocou o poder da informação ao alcance dos dedos e a organizou
para nosso uso.
A Internet é um sistema organizado. Iniciaremos contando uma breve história da
Internet. Através dela, daremos uma descrição do que se tornou a Intenet dos dias de
hoje.
Uma Breve História

Vimos que uma rede é um grupo de dispositivos conectados, tais como computadores e
impressoras. Uma internet (note a letra i minúscula) são duas redes ou mais redes
que podem se comunicar. A internet mais notável é a nossa famigerada Internet
(letra I maiúscula), composta de centenas de milhares de redes interconectadas. A
Internet é utilizada tanto por indivíduos quanto organizações como agências
governamentais, escolas, centros de pesquisa, corporações e bibliotecas em mais de 100
países. Milhões de pessoas são usuários dela. Este extraordinário sistema de
comunicação teve origem nos idos de 1969.
Na metade da década de 60, os mainframes (computadores de grande porte) dentro de
organizações de pesquisa eram dispositivos de processamento isolados. Computadores
de diferentes marcas eram incapazes de se comunicar. A Advanced Research Projects
Agency (ARPA) agência do departamento de defesa dos Estados Unidos (Departament
of Defense - DoD) estava interessada em encontrar um modo de conectar os
computadores de tal modo que os pesquisadores dela pudessem compartilhar pesquisas,
reduzindo custos e evitando a duplicação de esforços.
Em 1967, num encontro da Association Computing Machinery (ACM) o grupo do
ARPA apresentou as ideias para a ARPANET, uma rede pequena de computadores. A
ideia central era de que cada computador (host), não necessariamente do mesmo
fabricante, pudesse se conectar a um computador específico, denominado interface
message processor (IMP). Os IMPs, por sua vez, tinham a capacidade de se conectar e
de se comunicar entre si, assim como estabelecer comunicação com o computador host
que pedia acesso à rede.
Em 1969 a ARPANET tornou-se uma realidade. Foram fechados quatro nós, na
University of Califórnia (UCLA)em Los Angeles, na University of Califórnia em Santa
Barbara (UCSB), em Stanford Research Institute (SRI) e na University of Utah via
IMPs para formar uma rede. Um software batizado de Network Control Protocol (NCP)
controlou a comunicação entre os hosts.
Em 1972. Vint Cerfe Bob Kahn. ambos haviam feito parte do grupo da ARPANET,
colaboraram entre si no conhecido Internetting Project. Num artigo de 1973. eles
estabeleceram protocolos muito bem estruturados para promover entrega de pacotes de
dados de uma ponta a outra numa rede. Este artigo sobre o protocolo de controle de
transmissão (Transmission Control Protocol - TCP) incluía conceitos como
encapsulamento, o datagrama e as funções de um gateway.
Pouco tempo depois, autoridades da área da computação decidiram dividir o TCP em
dois protocolos: o Transmission Control Protocol (TCP) e o Internetworking
Protocol (IP). O IP seria o responsável pelo roteamento do datagrama enquanto o TCP
assumiria as funções de alto nível como segmentação. reagrupamento e detecção de
erros. O protocolo de internetworking tornou-se conhecido como TCP/IP.
A Internet Hoje

A Internet sofreu muitas modificações desde a década de 60. A Internet hoje não é mais
uma simples estrutura hierárquica. Ela é constituída de muitas LANs e WANs
trabalhando juntas, conectando dispositivos e chaveando estações. É difícil fazer uma
representação exata da Internet porque ela está modificando continuamente - novas
redes estão sendo agregadas, as redes atuais estão expandindo o número de endereços
existentes, redes de empresas extintas ou falidas estão sendo removidas, etc. Hoje em
dia, a maioria dos usuários que querem estabelecer uma conexão com a Internet usam os
serviços de acesso dos provedores de Internet (Internet Service Provider - ISPs).
Existem provedores de acesso que operam nos planos mundial, nacional, regional ou
local. A Internet hoje é disponibilizada por empresas privadas e não governamentais. A
figura a seguir apresenta uma visão conceitual (não geográfica) da Internet.
Internacional ou
nacional ISP

Internacional ou
nacional ISP

Internacional ou
nacional ISP

Provedor Internacional de Acesso


No topo da hierarquia da Internet estão os provedores de serviços de acesso
internacionais que se encarregam de conectar nações.

Provedor Nacional de Acesso (National Service Provider- NSP)


Os NSPs são redes tipo backbones criadas e mantidas por empresas
especializadas. Há muitas empresas desse tipo operando na América do Norte;
dentre as mais conhecidas estão SprintLink, PSINet, UUNet Technology, AGIS
e internet MCI. Para assegurar a conectividade entre usuários finais, estas redes
backbones mantém-se conectadas por complexas centrais de chaveamento
denominadas pontos de acesso à rede (Network Access Points - NAPs).
Algumas redes NSP também são conectadas umas às outras através de centrais
de chaveamento privadas chamadas peering points. Os NSPs normalmente
operam em velocidades de transmissão muito altas (acima de 600Mbps).

Provedor Regional de Acesso (Regional Internet Service Providers)


Os provedores regionais de acesso ou ISP regional são os menores ISPs que
podem ser conectados a um ou mais NSP. Eles formam o terceiro nível com
menor velocidade de acesso na hierarquia.

Provedor Local de Acesso a Internet (Local Internet Service Provider)


Um provedor local proporciona acesso direto à Internet aos usuários finais. Os
ISPs locais podem se conectar aos ISPs regionais ou então, se conectar
diretamente a um ou mais NSP. A maioria dos usuários finais estão conectados a
algum ISP local. Note que um ISP local pode ser uma empresa prestadora de
serviços de acesso à Internet, uma corporação que proporciona serviços de
acesso aos próprios empregados ou uma organização sem fins lucrativos, tais
como escolas ou universidades, que administra a própria rede. Cada um desses
ISPs pode estabelecer conexão com ISP regional ou nacional.
 
Protocolos e Padrões

Aula 5 – Comunicação de Dados

© 2009, Jackson Alves Saraiva


Protocolos

Um protocolo é um conjunto de regras


que governa a comunicação de dados.
Elementos chave de um protocolo:
– Sintaxe
– Semântica
– Temporização.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-2 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Sintaxe
A sintaxe relere-se à estrutura ou ao formato dos dados e à
ordem segundo a qual os dados são apresentados.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-3 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Semântica

A semântica revela qual o significado de cada conjunto ou


seção de bits.
Então, a semântica define como um padrão particular será
interpretado e que ação será tomada baseada nessa
interpretação?
Por exemplo, um endereço identifica uma rota a ser seguida
no roteador ou o endereço final da mensagem?

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-4 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Temporização

A temporização ou timing está ligada a duas características:

1. quando os dados devem ser enviados;


2. quão rápido eles podemos enviá-los.

Por exemplo:
- Se uma fonte de dados produzir uma massa de dados a
100Mbps mas o destino puder receber apenas a 1Mbps a
transmissão sobrecarregará o receptor e todos os dados
serão praticamente perdidos.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-5 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Padrões
Padrões são essenciais na criação e manutenção de mercados abertos e
competitivos para fabricantes de equipamentos, na garantia da interoperabilidade
de dados, nacional e internacional, e na tecnologia das telecomunicações e dos
processos.
Eles formam a via para que fabricantes, comerciantes, agências governamentais e
outros provedores de serviços assegurem o tipo de interconectividade necessária
aos mercados atuais e comunicações em nível internacional.
Os padrões em comunicações de dados estão divididos em duas categorias:
padrões de facto e de jure.
• De facto. Padrões que ainda não foram aprovados por um corpo ou comitê
organizado. mas têm sido muito difundidos e adotados como padrão. Os
padrões de facto são frequentemente estabelecidos e impostos por fabricantes
de equipamentos que procuram definir a funcionalidade de um novo produto ou
tecnologia.
• De jure. Padrões reconhecidos por um corpo ou comitê organizado formam os
padrões de jure.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-6 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Organizações de Padronização
Embora existam muitas organizações que se dedicam à criação e ao
estabelecimento de padrões, a comunicação de dados na América do Norte e no
Brasil apóia-se primeiramente nos padrões publicados pelas seguintes
organizações:

Voltado à pesquisa e ao estabelecimento de


A ISO é bastante ativa no
padrões para as telecomunicações em geral,
desenvolvimento de cooperação com os
telefonia e sistemas de comunicação de
domínios da ciência, da tecnologia e da
dados.
atívidade econômica.

Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Aula 5 – Comunicação de Dados

I-7 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Padrões da Internet

Padrão Proposto •Uma proposta de especificação começa no nível de


Internet draft (minuta). Internet draft (minuta).

O Internet draft é um documento de trabalho (um trabalho em


Rascunho do Padrão progresso) sem status oficial e tempo de vigência de seis
meses. Esse é o tempo para que as autoridades competentes
julguem o documento.

Padrão Internet
RFCs
De acordo com a recomendação dessas autoridades da Internet, um
draft pode se publicado como um Request for Comment (RFC).

•Cada RFC é editado, atribuído um número de identificação e colocado à disposição de


quem se interessar. Os RFCs abrangem vários níveis da hierarquia da Internet e são
classificados de acordo com o requisito de cada nível.
Aula 5 – Comunicação de Dados

I-8 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

RFCs podem ser encontradas em


http://www.ietf.org/rfc.html

Redes I Aula
9 5 – Comunicação de Dados
I-9 © 2009, Jackson Alves Saraiva
Padrões para Redes Locais

Redes I Aula 5 – Comunicação de Dados

10 © 2009, Jackson Alves Saraiva


• No início das redes locais, não existiam
padrões. Prevaleciam o caos e a instabilidade.
• Os padrões proprietários de fornecedores
eram a regra, os clientes se tornavam clientes
para toda a vida e as empresas inchavam.
• Os padrões específicos de cada empresa
impediam que os clientes usassem produtos
“de fora” por medo de incompatibilidade.
• Em fevereiro de 1980 o IEEE assumiu a
responsabilidade de estabelecer padrões para
redes locais.

Institute of Electrical and


Electronics Engineers
Redes I Aula
115 – Comunicação de Dados
I - 11 © 2009, Jackson Alves Saraiva
IEEE
O IEEE (Institute of Electrical and Electronics
Engineers) é uma sociedade profisional fundada
em 1963.
Os membros do IEEE são engenheiros, cientistas e
estudantes.
Dentre suas atividades consta coordenar padrões
para computadores e comunicações.
Muitos padrões internacionais da ISO(International
Organization for Standartization) e da IEC
(International Electrotecnical Commision) são
baseados em padrões de rede do IEEE.
Redes I Aula
125 – Comunicação de Dados
I - 12 © 2009, Jackson Alves Saraiva
Projeto IEEE 802

• Como o projeto do IEEE para desenvolver padrões de redes


locais recebeu o número 802, referenciando o mês de
fevereiro de 1980, o trabalho desse comitê ficou
coletivamente conhecido como Projeto 802.
• Por isso, os padrões resultantes desse projeto são
denominados IEEE 802.x

Redes I Aula
135 – Comunicação de Dados
I - 13 © 2009, Jackson Alves Saraiva
www.ieee.org

Redes I Aula
145 – Comunicação de Dados
I - 14 © 2009, Jackson Alves Saraiva
Arquitetura
de Redes

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 15 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelo de Camadas

Emissor, Receptor e meio de


transporte

Hierarquia

Serviços
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 16 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Enviando uma carta

Camada superior

Camada
intermediária

Camada Inferior

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 17 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelo Internet

Processos Peer-to-Peer

Interface entre as camadas

Organização das camadas

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 18 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelos de camadas da Internet

No desenvolvimento do modelo, os
projetistas fragmentaram o processo de
transmissão de dados num conjunto
fundamental de elementos.
Eles identificaram quais funções da rede
possuíam algum correlacionamento e
agruparam essas funções em grupos
discretos que se tornaram as camadas do
modelo.
Assim, cada camada adquiriu uma família
de funcionalidades distintas das demais.
Então, organizando adequadamente as
diversas funcionalidades em cada camada,
um comitê organizou a arquitetura do
modelo da Internet e deu-lhe flexibilidade
suficiente ao ponto de ganhar a
notoriedade que vemos hoje.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 19 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Processos Peer-to-peer

Dentro de uma única máquina, os níveis mais altos do modelo


sempre chamam os serviços dos níveis mais baixos.
Por exemplo, a camada 3 usa os serviços disponíveis na camada 2 e
provê serviços para a camada 4.

Enlace de dados

Física

Física

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 20 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Processos Peer-to-peer

Entre duas ou mais máquinas, a camada x em uma máquina sempre se


comunica com a camada x da máquina para onde seguem os dados.
Esta comunicação é controlada por regras e convenções denominadas
protocolos.
Os processos em cada máquina que se comunicam numa mesma camada
são denominados processos peer-to-peer.
A comunicação entre máquinas forma então um grande processo peer-to-
peer. usando os protocolos apropriados em cada camada.

Protocolo peer-to-peer (5a camada)


Aplicação Aplicação

Protocolo peer-to-peer (4a camada)


Transporte Transporte

3a 3a 3a
Rede Rede Rede Rede

2a Enlace de 2a Enlace de 2a
Enlace de dados dados dados Enlace de dados

1a 1a 1a
Física Física Física Física

Comunicação física

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 21 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Processos Peer-to-peer
São procesos em cada máquina que se comunicam numa mesma camada

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 22 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Organização das camadas

camada de suporte ao usuário.


Ela permite a interoperabilidade entre
sistemas incompatíveis do ponto de vista
de software

Ela verifica qual das camadas inferiores


fez o chamado da transmissão e que
tem os dados numa forma que as
camadas superiores possam utilizar.

Camadas de suporte à rede.


Elas lidam com os aspectos físicos da
movimentação de dados de um
dispositivo a outro (tais como
especificações elétricas, conexões
físicas, endereçamento físico e lógico,
sincronização do transporte e
confiabilidade).

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 23 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Transmissão usando modelo da Internet

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 24 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Camada Física

Características físicas das interfaces e dos meios. A camada física define as características mecânicas e elétricas da
interface entre o dispositivo que transmite e os meios de transmissão. Ela também define que tipo de meio de transmissão
deve ser utilizado.

Representação dos dados. Os dados na camada física estão dispostos numa cadeia de bits (sequência de 0s e 1s) sem
qualquer interpretação. Para serem transmitidos, os bits devem ser codificados em sinais - elétricos ou ópticos. A camada
física define o tipo de representação dos dados (como os 0s e 1s são convertidos em sinais elétricos ou ópticos).

Taxa de transferência de dados. A taxa de transmissão - o número de bits enviados por segundo - também é definida na
camada física. Em outras palavras, a camada física define o tempo de duração de um bit no meio.

Sincronização dos bits. O transmissor e o receptor não devem somente usar a mesma taxa de transmissão, mas devem
estar sincronizados no nível dos bits. Em outras palavras, os relógios (clocks) do transmissor e do receptor devem estar
sincronizados.
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 25 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

A camada física é responsável pela


transmisão individual dos bits de um
nó a outro numa rede.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 26 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Camada Enlace de dados
Rede Rede

A camada de enlace de dados


converte os dados brutos e não
confiáveis oriundos da camada
T2 Dados H2 Quadro Quadro T2 Dados H2 física, num link confiável para a
camada imediatamente acima (a
camada de rede).
Camada de Camada de
enlace de dados enlace de dados

Física Física
Enquadramento (framing). A camada de enlace divide a cadeia de bits recebidos da camada de rede em unidades de
dados gerenciáveis denominados quadros ou frames.

Endereçamento físico. Se os quadros tiverem que ser distribuídos para diferentes sistemas na rede, a camada de
enlace adiciona um cabeçalho a cada quadro para definir o transmissor e/ou o receptor de quadro específico. Se a
intenção é enviar um quadro para uma rede fora do domínio do transmissor, o endereço do receptor é o endereço do
dispositivo que conecta as duas redes, ou seja, o endereço de um dispositivo intermediário que interliga as redes do
transmissor e do receptor.

Controle de fluxo. Se a taxa de transmissão de dados no transmissor for maior que a taxa de recepção dos dados no
receptor, a camada de enlace utiliza um mecanismo de controle para controlar o fluxo de dados e prevenir
sobrecarrega de dados no receptor.

Controle de erro. Acamada de enlace adiciona confiabilidade aos dados recebidos da camada física através de um
mecanismo de detecção, perdas e de retransmissão de quadros. Ela também se utiliza de um mecanismo para evitar
duplicação de quadros. O controle de erro normalmente é adicionado num campo no final do quadro.

Controle de acesso. Quando dois ou mais dispositivos estão conectados ao mesmo link, os protocolos da camada de
enlace determinam qual dispositivo mantém o controle sobre o link num dado instante de tempo.
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 27 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

A camada de Enlace de dados é


responsável pela transmissão de
quadros entre os nós de uma rede.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 28 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Comunicação hop-to-hop (Node-to-node )

A B E F
Enlace Enlace Enlace

Física Física Física

Comunicação hop-to-hop Comunicação hop-to-hop Comunicação hop-to-hop

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 29 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 1

O nó de endereço físico 10 envia um quadro de dados para outro nó cujo endereço


físico é 87.
Os dois nós estão conectados através do mesmo link.

No nível de enlace, este quadro possui o endereço físico localizado no cabeçalho.


Estes são os únicos endereços necessários para que a comunicação entre os dois seja
possível.
O resto do cabeçalho contém outras informações que devem ser tratadas no nível de
enlace.
O campo no final do quadro contém usualmente informações necessárias à detecção
de erros.
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 30 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 1

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 31 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Camada de rede

A camada de rede assegura o


roteamento dos pacotes da fonte
ao destino, possivelmente através
de inúmeras redes.

Endereçamento lógico. O endereçamento físico implementado na camada de enlace de dados resolve


localmente o problema de endereçamento na rede. Se um pacote tiver que deixar o ambiente local da rede é
necessário outro mecanismo de endereçamento para fazer distinção entre a fonte local e o destino remoto
dos dados. A camada de rede adiciona um cabeçalho ao pacote que chega da camada de transporte
incluindo, dentre outras coisas, o endereço lógico do dispositivo que envia e do dispositivo que recebe o
pacote de dados.

Roteamento (routing). Quando interligamos redes ou links diferentes para criar uma internetworking (uma
rede de redes), os dispositivos inter-redes ou ativos de rede os roteadores (routers) e os switches de camada
3, roteiam ou comutam os pacotes até o destino final. Uma das funções principais da camada de rede é
proporcionar esse mecanismo de roteamento de pacotes.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 32 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

A camada de rede é responsável pelo


roteamento dos pacotes na
internetworking.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 33 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Comunicação origem-destino

A B E F
Rede Rede Rede

Enlace Enlace Enlace

Física Física Física

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 34 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 2

Desejamos enviar dados a partir Máquina 1 localizado na


Lan 1 cujo endereço físico é 10, para um nó (Máquina 2)
cujo endereço físico é 95, localizados na LAN 3.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 35 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 2

Dada à localização em redes diferentes, o endereço físico


não é suficiente para garantir a entrega dos pacotes de
dados, já que a entrega através do endereço físico fica
restrita internamente em cada LAN.
Desse modo, é necessário um endereço universal, válido
em qualquer domínio fora da rede local, para entregar os
pacotes.
O endereço lógico possui universalidade.
•Números – endereço local (físico)
•Letras – endereço universal (lógico)

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 36 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 2

O pacote parte da camada de rede do dispositivo fonte


contendo o endereço lógico da origem e do destino, e
mantém esses endereços (A e P) inalterados quando o
pacote atravessa de uma rede para a outra.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 37 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Camada de Transporte

A camada de transporte garante a


entrega de toda uma mensagem
entre processos finais (usuários).
Considerando que a camada de
rede roteia os pacotes individuais
da origem ao destino, ela não vê
nenhum relacionamento entre os
pacotes endereçados logicamente
lá.

Endereçamento de portas. Computadores frequentemente rodam muitos processos (programas) ao mesmo tempo. As entregas envolvendo
processos finais não se resumem simplesmente ao transporte de dados de um computador a outro, mas envolvem processos específicos em
cada um dos computadores onde os processos estão sendo rodados. Desse modo, um cabeçalho na camada de transporte deve incluir um
tipo de endereçamento específico denominado endereço de porta. A camada de rede encaminha cada pacote para o computador
correto; a camada de transporte encaminha toda uma mensagem para o processo correto noutro computador.

Segmentação e reagrupamento de pacotes. Uma mensagem não pode monopolizar o link ou segmento de rede por onde trafega. Isso
diminui a performance da rede. Pensando desse modo, normalmente uma mensagem é divida em vários segmentos de tamanhos variáveis,
onde cada segmento contém um número de identificação. Tais números habilitam a camada de transporte do dispositivo receptor a remontar
corretamente a mensagem original e, ainda, identificar e/ou substituir pacotes extraviados durante a transmissão.

Controle do link. A camada de transporte pode ser orientada à conexão ou sem conexão. Um transporte sem conexão trata cada segmento
como um pacote independente e os entrega à camada de transporte da máquina de destino. Um transporte orientado à conexão estabelece
uma conexão com a camada de transporte da máquina de destino antes de iniciar a entrega dos pacotes. Após o término da transferência de
dados a conexão é finalizada.

Controle de fluxo. Assim como na camada de enlace, a camada de transporte também faz controle de fluxo. Entretanto, o controle de fluxo
nessa camada é realizado fim a fim ao invés de ser através de um único link.

Controle de erros. Como na camada de enlace, a camada de transporte faz controle de erros. Contudo, o controle de erro nessa camada é
realizado fim a fim ao invés de ser através do link.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 38 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

A camada de transporte é responsável


pela entrega de uma mensagem entre
processos finais.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 39 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Segurança no processo fim a fim na comunicação da mensagem

O fluxo de informação O fluxo de informação


entre processos finais é entre processos finais é
realizado através de um realizado através de um
conjunto . conjunto .
O fluxo de informação entre processos O fluxo de informação entre processos
finais é realizado através de um finais é realizado através de um
conjunto de funcionalidades ligadas à conjunto de funcionalidades ligadas à
camada de transporte. Os serviços camada de transporte. Os serviços
mais importantes dessa camada são mais importantes dessa camada são
encapsulamento, controle da conexão, encapsulamento, controle da conexão,
endereçamento e confiabilidade, como endereçamento e confiabilidade, como
mostra a figura a seguir. mostra a figura a seguir.
O fluxo de informação entre processos O fluxo de informação entre processos
finais é realizado através de um finais é realizado através de um
conjunto de funcionalidades ligadas à conjunto de funcionalidades ligadas à
camada de transporte. Os serviços camada de transporte. Os serviços
mais importantes dessa camada são mais importantes dessa camada são
encapsulamento, controle da conexão, encapsulamento, controle da conexão,
endereçamento e confiabilidade, como endereçamento e confiabilidade, como
mostra a figura a seguir. mostra a figura a seguir.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 40 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 3

Aplicação j Aplicação k

A Figura acima mostra um exemplo de comunicação entre as camadas


de transporte.
Os dados provenientes das camadas superiores do dispositivo
transmissor (A) recebem um cabeçalho identificando os endereços das
portas j e k (endereços das aplicações)
Onde:
j é o endereço do processo que envia os dados ;
k é o endereço do processo que deve recebê-los.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 41 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 3

Visto que o tamanho total do pacote dados a ser


transmitido é maior que o tamanho de encapsulamento
permitido para a camada de rede, os dados são
divididos em dois pacotes, cada qual retendo os
endereços originais das portas j e k.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 42 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 3

Na camada de rede são adicionados à cada um dos


pacotes os endereços lógicos de origem e destino
(A e P) (endereços universais).
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 43 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 3

Na camada de enlace são adicionados à cada um dos


pacotes os endereços físicos de origem e destino (n1 e n2).
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 44 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Exemplo 3

Camada de Camada de
Dado Dado
aplicação aplicação

Dado-2 j k Dado-2 j k
Camada de Camada de
Dado-1 j k
transporte transporte Dado-1 j k

Dado-2 j k A P Dado-2 j k A P
Camada de Camada de
Dado-1 j k A P
rede rede Dado-1 j k A P

T2 Dado-2 j k A P H2 T2 Dado-2 j k A P H2
Camada de Camada de
T2 Dado-1 j k A P H2 enlace enlace T2 Dado-1 j k A P H2

Internet
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 45 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Figura 2.15 Camada de Aplicação

A camada de aplicação permite ao usuário final o acesso à rede (seja ele


humano ou outro software).
Ela provê interfaces e suporta serviços, tais como e-mail, acesso e
transferência de arquivos, log-in remoto, acesso à World Wide Web e
assim por diante.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 46 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Nota:

A camada de aplicação é responsável


em prover serviços entre usuários
finais.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 47 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Sumário dos serviços das camadas

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 48 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelo OSI

Uma comparação

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 49 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelo OSI

A Figura 2.17 apresenta as sete camadas do modelo OSI da ISO.


Como pode ser visto na Figura 2.17. o modelo OSI define duas camadas extras: as camadas de sessão e de
apresentação. A camada de sessão é a controladora de diálogo da rede. Foi desenvolvida para estabelecer, manter e
sincronizar a interação entre sistemas de comunicação.
A camada de apresentação foi projetada para lidar com a sintaxe e a semântica da informação trocada entre dois
sistemas. Foi desenvolvida para conversão entre caraaeres (por exemplo, entre ASCII e EBCDIC;, criptografia,
compressão e descompressão de dados.
O Apêndice C contém uma breve descrição do modelo de referência OSI.
Hoje, entretanto, muitas das funcionalidades destas duas camadas foram incorporadas pelas demais camadas. Por
exemplo, o problema da criptografia e da decríptografia* pode ser tratado na camada de aplicação ou transporte. Ainda,
dados são comprimidos na camada de aplicação pelos protocolos que agem nesse nível. Por essas razões,
concentraremos nosso foco no modelo de cinco camadas da Internet.

Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 50 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Modelo OSI
O modelo de referência para Interconexão de Sistemas Abertos (Open Systems
Interconnection - OSI) foi desenvolvido pela International Organization for
Standardization (ISO).

Trata-se de um modelo de sete camadas.


O modelo OSI nunca foi implementado seriamente
enquanto pilha de protocolos. Entretanto, serve como
modelo teórico ou de referência para os demais e,
assim, foi desenvolvido para mostrar como uma pilha
de protocolos deveria ser implementada.

Como pode ser visto na figura o modelo OSI define


duas camadas extras:
•A camada de sessão é a controladora de diálogo da
rede. Foi desenvolvida para estabelecer, manter e
sincronizar a interação entre sistemas de
comunicação.
•A camada de apresentação foi projetada para lidar
com a sintaxe e a semântica da informação trocada
entre dois sistemas. Foi desenvolvida para conversão
entre caracteres (por exemplo, entre ASCII e
EBCDIC), criptografia, compressão e descompressão
de dados.
Aula 5 – Comunicação de Dados

I - 51 © 2009, Jackson Alves Saraiva


Camada Física

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Posição da camada física

Serviços

Multiplexação

Controles

Contextualização da camada 1 dentro do modelo da Internet.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Serviços

Serviços da
camada física

Conversão de Controle da taxa Sincronização


Multiplexação Comutação
sinal de transferência no nível de bits

A camada física transfere uma cadeia de bits (na forma de um sinal) do transmissor ao
receptor.

A transferência acontece nó a nó (node-to-node) no meio físico.

As camadas físicas dos dois nós adjacentes provêem um canal lógico por onde os bits
podem viajar.
Conversão de sinal

Serviços da
camada física

O canal lógico abaixo da camada física é o meio de transmissão


Conversão de (cabo ou ar).
sinal
Como um meio de transmissão (físico) não pode transportar bits,
precisamos
representar os bits por um sinal eletro-magnético
de modo a propagar e a transportar energia através do meio.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Controle da taxa de transferência

Serviços da
camada física

Embora o meio físico determine o limite superior


da taxa de transferência de dados, a camada física
Conversão de Controle da taxa
é quem tem o controle dessa taxa.
sinal de transferência
Através do projeto de dispositivos da camada
física e da implementação de software de controle
fica determinada a taxa de transferência do meio.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Sincronização no nível de bits

O sincronismo da transferência dos bits é crucial na comunicação de dados.

A camada física administra a sincronização dos bits gerando mecanismos de clock que
controlam tanto transmissor quanto o receptor.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Multiplexação

Serviços da
camada física

Conversão de Controle da taxa Sincronização


Multiplexação
sinal de transferência no nível de bits

A multiplexação é o processo de divisão de um link (meio físico) em canais lógicos para


melhorar a eficiência da transmissão.

A camada física utiliza diversas técnicas para essa finalidade. Embora o meio permaneça o
mesmo, o resultado são muitos canais lógicos em vez de um canal físico.

As técnicas de multiplexação definidas nessa sessão do livro são necessárias na


compreensão dos métodos de acesso nos capítulos futuros.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Serviços

O chaveamento na comunicação de dados pode ser feito em diversas camadas diferentes.


Temos comutação de circuitos, de pacotes e de mensagens.

A comutação de circuitos é um método que permite que dois nós sempre estejam
conectados através de um link dedicado.

Na maioria dos casos, a comutação de circuitos é uma função da camada física.

A comutação de pacotes será discutida ao longo deste curso como uma particularidade da
camada de enlace e como uma especialidade da camada de rede.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Sinais

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Nota:

Para serem transmitidos, os dados devem


ser convertidos em sinais
eletromagnéticos.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Assim como a informação, os sinais podem ser representados na forma analógica ou digital.

Um sinal analógico possui infinitos níveis de tensão num certo período de tempo.

Contrariamente, um sinal digital possui apenas um número limitado e definido de valores.


simplificados frequentemente como 1 e 0.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


O modo mais simples de representar sinais é utilizando um plano cartesiano constituído de
um par de eixos perpendiculares, onde o eixo vertical representa sempre o valor ou a
intensidade do sinal e o eixo horizontal representa o fluxo do tempo.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Analógico e Digital

Dados analógicos e digitais

Sinais Analógicos e digitais

Sinais periódicos e não periódicos

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Nota:

Sinais podem ser analógicos ou digitais.


Sinais analógicos possuem um número
infinito de valores distribuídos numa
faixa. Ao passo que os sinais digitais
possuem apenas um número limitado de
valores .

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Comparação entre sinal analógico e digital

Valor

A curva que representa o sinal


analógico passa sempre através de
um número infinito de pontos
(valores).
Tempo

a. sinal analógico

Entretanto, as linhas verticais do


sinal digital demonstram apenas
uma transição repentina (um
degrau) que o sinal realiza entre
dois valores.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Sinais Periódicos e Sinais Nâo periódicos

Tanto um sinal analógico quanto um sinal digital pode se apresentar na forma


periódica ou não periódica.

Um sinal periódico completa um padrão dentro de um intervalo de tempo


mensurável, denominado período, e repete este padrão nos períodos de tempo
subsequentes.

A um padrão completo é dado o nome de ciclo.

Um sinal não periódico evolui no tempo sem exibir um padrão ou completar um


ciclo.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Nota:

Na comunicação de dados, utilizamos


freqüentemente sinais analógicos
periódicos e sinais digitais não
periódicos .

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Sinais Analógicos
Onda Senoidal
Fase
Exemplos de ondas senoidais
Domínio do tempo versus da frequência
Sinais Compostos
Largura de Banda
Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009
Uma onda senoidal

A onda senoidal é a forma fundamental de um sinal analógico


periódico de maior importância na comunicação de dados.

Cada ciclo da senóide consiste de dois arcos da função seno, um acima e


outro abaixo do eixo dos tempos.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Uma onda senoidal

Podemos descrever matematicamente uma onda senoidal como


segue:
2 Ф

1s

s ‐> o valor instantâneo do sinal.


A ‐> a amplitude de pico A Amplitude (A), a Frequência (f) e
f ‐> a freqüencia a Fase (Ф), descrevem copletamente
Ф ‐> fase da onda. uma onda senoidal.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Amplitude

A amplitude de pico de um sinal representa o valor de intensidade mais alta,


proporcionalmente à energia transportada pelo sinal.

Para sinais elétricos, a amplitude de pico geralmente é medida em volts

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Período e frequência

Seis períodos em 1s → Frequência = 6 Hz

Período ( T ) é o intervalo de tempo que uma onda leva para completar um ciclo.
Assim, período é uma grandeza temporal, logo medido em segundos.

A frequência ( f ) é o número de períodos ou ciclos num intervalo de tempo igual a 1


segundo.

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Nota:

Período e freqüência são grandezas


inversamente proporcionais entre si .

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


O período de uma onda é expresso formalmente em segundos,
enquanto que a freqüência é expressa em hertz (Hz),

Unidades de frequência (Hertz)

103 Hz 109 Hz 1012 Hz

10-3 s 10-9 s 10-12 s

Unidades de período (segundos)

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Unidades de período e frequência

Unidade Equivalência Unidade Equivalência

Segundos (s) 1s hertz (Hz) 1 Hz

Millisegundos (ms) 10–3 s kilohertz (KHz) 103 Hz

Microsegundos (ms) 10–6 s megahertz (MHz) 106 Hz

Nanosegundos (ns) 10–9 s gigahertz (GHz) 109 Hz

Picosegundos (ps) 10–12 s terahertz (THz) 1012 Hz

Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009


Exemplo 1
Expressar um período de 100ms em microsegundos e
determinar a frequência correspondente em kilohertz.
Solução
Primeiramente, vamos expressar 100ms em microsegundos.
Encontramos na tabela o equivalente de:

1ms (1ms = 10−3s) e 1s (1s = 106 μs).

Encontramos o resultado desejado tomando as seguintes substituições:

100ms = 100 × 10−3s = 100 × 10−3 × 106 μs = 105 μs

Agora, usamos a relação de reciprocidade entre freqüência e período, e


convertemos o resultado para kilohertz (1Hz = 10−3 kHz).
1
100ms = 100 × 10−3 s= 10−1s → f= −1
Hz = 10 × 10 -3
kHz = 10 -2
kHz
10
Uniron ©Jackson Alves Saraiva 2009

Potrebbero piacerti anche