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Estudo 21 - Isaías

A visão da salvação que vem de Deus

Texto bíblico - Isaías 1 a 66 Texto áureo - Is 9.2

"O povo que andava em trevas viu uma grande luz;


e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão
resplandeceu a luz."

Introdução

A partir deste estudo saímos da divisão chamada dos livros poéticos ou de sabedoria e passamos
ao campo dos profetas que, no cânon bíblico foram colocados seqüencialmente, todos eles, enfeixando os
chamados profetas maiores e menores. Os cinco primeiros (Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e
Daniel) classificados como "maiores" e os doze seguintes (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias) denominados como "menores". Esta
classificação não foi feita nos tempos bíblicos propriamente ditos, mas nos tempos posteriores da
montagem do cânon bíblico, muito provavelmente à época da Septuaginta (Sec. II a.C.), quando os sábios
do Sinédrio separaram os cinco primeiros como maiores dos doze seguintes como menores, em função do
volume de seus escritos e não por qualquer grau de avaliação maior ou melhor para esses em detrimento
daqueles. Isto ficou bem distinto, quando esses profetas menores passaram a ser incluídos num livro só, o
"Livro dos Doze", quando em forma de rolo, eles eram escritos em um único rolo.

Isaías, cujo nome significa a "salvação de Jeová", teria sido contemporâneo de Amós e Oséias,
que profetizaram no reino do Norte (Samária) e de Miquéias que profetizou no reino do Sul distante, no
entanto, da corte real. Nascido provavelmente em 765 a.C., Isaías teve sua chamada para o ministério
profético registrada no ano da morte do rei Uzias, em 740 a.C., estendendo-se o seu trabalho por 50 anos
aproximadamente, vindo a morrer, segundo historiadores, em 687 a.C. Enquanto Miquéias teria sido o
profeta do campo, Isaías, tendo formação real, recebeu a melhor educação que o reino lhe poderia
proporcionar, sendo mesmo chamado por alguns estudiosos de o "principe" dos profetas por causa dessa
ascendência que teria da família real de Judá. Outros o consideram mesmo como pertencente à classe
sacerdotal, razão pela qual estaria dentro do templo por ocasião de sua visão (Cap. 6), registrando-se
ainda no livro que a sua esposa seria profetisa também (8.3) e os seus filhos, com nomes relacionados ao
ministério do pai conforme registro bíblico também: o primeiro, Sear-Jasube (um resto volverá) em 7.3 e
o segundo, Maer-Salal-Has-Baz (rápido despojo, presa segura) em 8.3.

Ele viveu, portanto, durante o século VIII a.C. acompanhando os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias, uma fase de lenta mas gradativa queda do Reino do Sul, profetizando o que acontecia em Judá
e Jerusalém, mas assistindo também à derrocada do Reino de Israel, ao norte, quando assistiu Samária ser
invadida e destruída pelos assírios em 720 a.C. Embora se declare filho de Amós, não devemos confundir
este nome com o do terceiro dos profetas menores que tem este nome também.

I - Dados históricos e preliminares

O livro de Isaías suscita muitas indagações. Interessante, por exemplo, que embora ele só
registre a sua chamada para o ministério profético no capítulo 6 em que menciona a morte do rei Uzias

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(ano 747 a.C.), já no capítulo 1 ele entra direto no assunto de suas profecias, descrevendo os pecados e
os sofrimentos do povo de Israel, com exortações e ameaças peculiares à mensagem profética.
Escrevendo em meio aos anos 700 a.C., no final do reinado de Uzias, Jotão (747 a 732 a.C.), Acaz (732
a 717 a.C.) e Ezequias (727 a 698 a.C), ele vai ter a oportunidade de muito provavelmente assistir de
perto a derrocada final do reino do Norte, em Samária (anos 720 a.C. aproximadamente), e assistir ainda
ao final do fastígio da corte do Reino do Sul, em Jerusalém, especialmente nos tempos de Ezequias. No
entanto, mesmo neste ambiente de algum fausto, ele já vai vislumbrar pelos olhos do Senhor o que
estava reservado ao povo de Judá, e a sua mensagem profética neste primeiro capítulo é um prenúncio
do que aconteceria no ano 586 a.C. quando os exércitos de Nabucodonozor invadiriam Jerusalém. Mas
tudo isto iria acontecer pelo pecado e desobediência do povo.

Um outro motivo de indagação com respeito ao livro de Isaías é quanto à sua autoria integral.
Muitos comentaristas distinguem dois livros claramente: o primeiro escrito por ele mesmo, sem dúvida,
até Isaías 39, quando o rei Ezequias declara ao profeta diante das bênçãos recebidas que "haverá paz e
verdade em meus dias". Daí em diante, para muitos comentaristas, teria sido um outro escritor ou mesmo
os discípulos de Isaías que teriam dado continuidade aos registros, ou ainda que teriam sido acrescidos
após o exílio babilônico, pois existem textos, inclusive, que para os críticos seriam de difícil menção com
tanta exatidão cerca de 150 anos antes, por exemplo, a citação de Ciro, rei persa que vai conquistar a
Babilônia e será comissionado pelo Senhor para ser o "bom pastor" que permitirá o retorno de Israel à
Terra da Promessa.

Recentemente, as descobertas dos manuscritos do Mar Morto (partes completas de livros bíblicos
do AT encontrados intactos desde o século I da era cristã, na região de Qunram, onde devem ter sido
guardados pelos essênios) vieram corroborar a autenticidade integral do livro, dado ao fato de que ele,
dentre todos os demais, é o que se encontra mais perfeito e completo em seus capítulos. A dedução de ter
sido escrito "a posteriori" advém da precisão dos fatos apontados profeticamente, como por exemplo, o
nome de Ciro (cap. 45), o que faz alguns críticos acreditarem que tal coincidência só poderia ocorrer se
essa parte do livro tivesse sido escrita bem mais tarde.

II - Esboço básico do livro - Sua divisão

O livro em seus 66 capítulos e 1.292 versículos pode ser dividido em quatro partes principais, de
uma forma que poderíamos chamar clássica:

1. Profecias de cumprimento a curto prazo – 1.1 a 35.10;


2. Capítulos históricos – 36.1 a 39.8 (cujo relato encontra-se em 2Reis 18.13 a 20.21);
3. Profecias preditivas sobre Babilônia – 40.1 a 45.25;
4. Profecias diversas – 46.1 – 66.24.

De uma forma detalhista e mais didática poderíamos fazê-lo assim, embora em alguns capítulos
tenhamos mais de uma ênfase ou mensagem:

1. A vocação de Isaías, o profeta – Cap. 6;


2. Profecias contra as nações – Caps. 1, 7 a 10, 13 a 21; 23 a 27; 34; 42 e 43; 46 e 47; 57; 66;
3. Visão do novo Israel – Caps. 2; 5; 12 a 14; 32 e 33; 40 e 41; 44 e 45; 51 a 53; 58 a 60; 62 a 65;
4. Profecias messiânicas – Caps. 7; 9; 11; 35; 42; 49 e 50; 52 e 53; 55; 61;
5. Profecias recriminando feitiçaria e idolatria – Caps. 8 e 44;
6. Profecias sobre a queda de Jerusalém – Caps. 22; 28 a 31; 48;
7. Capítulos históricos – Caps. 36 a 39 (cujo relato encontra-se também em 2Crônicas 29 a 32).

III - A visão global do texto

Sem dúvida, dois aspectos marcantes da revelação bíblica estão contidos no livro de Isaías:

- O primeiro deles, claramente exposto, as suas profecias messiânicas. Em pelo menos onze
capítulos o profeta aborda de maneira bem expositiva e direta o reino messiânico, a vinda do Senhor

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Jesus. Talvez por isso mesmo ele é o profeta mais citado no Novo Testamento, havendo cerca de 67
citações aos seus escritos, e algumas delas bem evidentes, por parte do próprio Senhor Jesus. Em Lucas 4,
o Senhor Jesus lê o texto de Isaías 61 e declara ao final aquela frase que o fez ser expulso da cidade de
Nazaré: “Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos”. É impressionante sob o ponto de vista
profético a precisão de Isaías em relatar a promessa do Emanuel, 700 anos antes que ela se desse: “eis
que uma virgem conceberá e dará à luz um filho...”; em apresentar a imagem figurada da luz de Jesus
sobre o mundo: “o povo que andava em trevas viu uma grande luz.."; em apontar para a presença
espiritual de Cristo: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor...”; em distinguir o poder miraculoso do
Mestre: “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão...”. Nenhum
dos outros profetas descreve como Isaías a pessoa do “Servo Sofredor”, nem mesmo a figura do
“Maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade e príncipe da paz”.

- O segundo deles, a imagem que Isaías nos traz da globalização moderna. Com todas as
dificuldades próprias da época para a comunicação e o entendimento do que estava ocorrendo nas cidades
mais próximas, Isaías nos dá uma visão do mundo ao redor de Jerusalém de forma contundente e total.
Fazendo-se um círculo em torno do Reino de Judá e sua capital Jerusalém, veremos que ao norte e ao sul,
ao leste e ao oeste, ele fala das nações vizinhas, aliadas ou adversárias, que seriam atingidas também pelo
poder do Senhor. Em cerca de 26 capítulos ele aponta para pelo menos 13 povos ou nações que em torno
de Jerusalém seriam abrangidas, para o bem ou para o mal pelo poder do reino do Senhor (Judá, Síria,
Samária, Babilônia, Filístia, Moabe, Damasco, Egito, Etiópia, Duma, Arábia, Tiro e nações em geral).

Finalmente, poderíamos destacar ainda, o texto dos capítulos 40 a 66, embora se alimentem
dúvidas quanto à autenticidade de sua escritura, por parte de alguns comentaristas. Realmente a exatidão e
precisão com que se refere a assuntos e temas que só serão notícia cerca de 150 a 200 anos depois,
quando a Babilônia se torna a nova potência mundial e quando cai desse pedestal diante de Ciro, o rei
medo-persa, é algo de notável, somente explicável, pela operação do Espírito do Senhor.

IV - Os pontos principais em destaque

1. A chamada profética: Uma das passagens mais marcantes do texto de Isaías é aquela que ele
narra no capítulo 6 de seu livro. Sua vocação profética é ali desafiada pelo Senhor de maneira
esplendorosa. Ele deveria freqüentar a corte e o templo, mas ainda não tinha sido despertado para algo em
especial que o Senhor desejava para ele. Importante verificar que ele se achava incapaz e impuro para o
desempenho desse ministério, mas o Senhor mesmo vai capacitá-lo para tal. Como chamou seus
escolhidos no passado bíblico, o Senhor está chamando hoje também;

2. O preço da vocação profética: O chamado do Senhor para uma determinada obra, traz para o
seu vocacionado quase sempre um peso muito grande. Isaías levava muito a sério o seu ministério
profético, a ponto de vestir-se de roupas de linho cru e de uma capa de pelos de cor escura, vestes
próprias para quem estava se lamentando ou predizendo situações sombrias para o seu povo. Levava tão a
sério o seu chamado que por 3 anos vagou nu demonstrando com isto sua prostração e tristeza com o
estado espiritual do povo de Deus (20.3). A tradição judaica chega a mencionar que ele deve ter sido
martirizado ao tempo do rei Manassés, filho de Ezequias, tendo o seu corpo serrado ao meio, o que talvez
seja a razão da citação de Hebreus 11.37;

3. A autoridade do profeta: Um dos maiores destaques na vida de Isaías é a autoridade com que
ele é visto pelo rei Ezequias. O respeito do rei à sua palavra, ao poder de sua oração, ao seu
aconselhamento, é evidente nos capítulos históricos do livro. Isto talvez será originado do fato de ter ele
pertencido à classe real ou mesmo à classe sacerdotal, não sabemos. No entanto, fica claro para o leitor,
que não foram esses atributos que lhe trouxeram o respeito real, mas sim, a sua idoneidade moral e a sua
grandeza espiritual. A autoridade de Isaías é um exemplo a ser seguido pelos profetas de hoje;

4. Deus usa pessoas: O livro de Isaías realça para o seu leitor a realidade importantíssima que a
Bíblia nos transmite em quase todas as suas passagens. Deus usa o ser humano para a realização de seus
propósitos. Foi buscar Abraão, em Ur dos caldeus... Foi buscar Davi no aprisco das ovelhas de Jessé... Foi
buscar a Isaías em suas andanças pelo templo... Foi buscar a Ciro, um rei de um povo estranho, para ser o
“seu pastor”, aquele que conduziria o seu povo no retorno à Terra da Promessa. Apesar de nossas

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limitações, o Senhor nos usa. Espera apenas que nos tornemos dignos disto, como Isaías, que foi por ele
purificado para tal. Deus pode estar nos querendo usar. Eu e você? Estamos para tal capacitados?

V - Sua contextualização

Muitos textos de Isaías podem ser facilmente contextualizados aos nossos dias:

1. Você está sendo chamado? – Você já experimentou entrar em seu quarto, em seu escritório,
em seu local de silêncio e colocar-se diante de Deus para ouvir a sua voz? Foi isto que aconteceu com
Isaías. Ele foi ao templo e Deus lhe falou ao coração, chamando-o para uma obra em especial. Isto pode
acontecer com você também. Coloque-se diante do Senhor em oração e ele, por certo, vai falar ao seu
coração, chamando-o para uma determinada tarefa;

2. Você está em condições de ser usado por Deus? – Interessante que antes de responder ao
Senhor “Eis-me aqui. Envia-me a mim”, Isaías teve que ser transformado pelo Senhor. Ele sentiu que para
realizar a obra que o Senhor lhe designava ele precisava ser purificado por Deus. O Senhor,
figuradamente vai tocar os seus lábios com uma brasa e assim, toda a sua iniqüidade vai ser-lhe tirada,
colocando-o então em condições de ser usado pelo Senhor. Eu e você precisamos reconhecer com
humildade isto, antes de trabalharmos na causa dele. Estamos em condições para tal? Temos a
capacitação que só a pureza de vida e a santidade de atitude trazem ao servo do Senhor?

3. Você está imune à idolatria de hoje? Considero impressionantes as palavras de Isaías sobre a
feitiçaria e a idolatria existentes naquela época e enganando o povo de Deus. Nos capítulos 8 e 44 ele
desafia o povo de Deus a deixar tais superstições e misticismos e a se voltar para Deus unicamente. A
forma como os desafia é muito poderosa. Por que consultar adivinhos, pitonisas, recorrer a ídolos? Nada
disto tem valor, diante do Deus, Senhor de tudo e de todas as coisas. Nos dias de hoje, temos muitas
formas de idolatria invadindo os nossos arraiais. Há crentes consultando horóscopos? Será que é isto que
o Senhor requer de nós?

4. Você está vendo e aceitando os padrões do mundo? – Quando Isaías faz a análise da
situação das nações à volta de Judá e de Jerusalém, está como que nos alertando do perigo que corremos
em função da globalização moderna. Naquela época quando a comunicação era tão precária, o povo de
Deus já vacilava seguindo os seus padrões negativos. Hoje, de forma muito mais agressiva e poderosa a
mídia invade as nossas casas, fazendo-nos aceitar os padrões daquilo que uma sociedade consumista e
liberalista acha que é normal e bom. Cuidemo-nos para não nos deixar envolver e enganar por eles.

Conclusão

São muitas as visões que Isaías nos oferece para reflexão com seu livro, o mais rico das
mensagens proféticas do Antigo Testamento. No entanto, gostaria de destacar como chamada final, a
preocupação que Isaías demonstra em falar sobre o reino do Messias, a vinda de Cristo, a salvação em
Cristo, o que ele representa e significa para o homem. Será que hoje, 2 mil anos depois da vinda de Cristo
e de termos conhecimento de sua morte em nosso favor, temos este mesmo desejo de Isaías: ver o reino
do Senhor consumado? Que assim seja, deve ser a nossa oração.

"Olho"

A imagem que Isaías nos traz da globalização moderna é impressionante. Com todas as
dificuldades próprias da época para a comunicação e o entendimento do que estava ocorrendo nas
cidades mais próximas, Isaías nos dá uma visão do mundo ao redor de Jerusalém de forma
contundente e total

Leituras diárias:
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