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Anthony Kenny
Tradução de Cristina Carvalho
A fenomenologia de Husserl
O existencialismo de Heidegger
Dois anos antes, um dos alunos de Husserl tinha publicado um
livro que viria ter um impacto muito maior do que qualquer
daquelas duas obras. O Ser e Tempo, de Martin Heidegger
(1889-1976), defendia que, até então, a fenomenologia tinha
sido demasiado frouxa: propunha-se examinar os dados da
consciência, mas empregava noções como “sujeito”, “objecto”,
“acção” e “conteúdo” — itens que não tinha descoberto na
consciência, antes herdado da filosofia anterior. O aspecto
mais importante era o facto de Husserl ter aceitado o quadro de
referência de Descartes, no qual havia dois domínios
correlativos de consciência e realidade. Husserl adoptara
apenas um destes — a consciência — na fenomenologia.
Todavia, a primeira tarefa da fenomenologia era, segundo
Heidegger, estudar o conceito de Ser (Sein), conceito este que
era anterior à separação entre consciência e realidade. A
experiência que nos leva a contrastar a consciência e a
realidade como dois pólos opostos é, justamente, o primeiro
fenómeno a examinar.
O existencialismo de Sartre
Anthony Kenny
Notas