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b) Recurso especial: art. 105, III, da CF, são 3 requisitos. Quando tem decisão que contraria o
sentido de decisão do tribnal superior. Quando a decisão julga válida lei local, contrária à lei
federal; ou quando tem decisão que confere à lei federal interpretação diversa da conferida por
outro tribunal, seria conflito de jurisprudência. Se tem tribunal que se mostra contrário ao
entendimento adotado de outro tribunal, são divergências de entendimento de que deve dar para
aquela norma. Não cabe recurso especial quando tem decisão divergente do mesmo tribunal. Precisa
estar diante de decisões proferidas por tribunais distintos, sob pena de não ver configurada a
divergência dada pela lei. A divergência é aquela que deve demonstrar aproximação do ponto de
vista fático, ou dos contornos fáticos dos dois tribunais. Os contornos fáticos são similares, alguns
dizem que tem que ser decisão de mesma base fática (mas é equivocado, porque seria
litispendência). Precisa de similaridades fáticas significativas nas decisões, para poder sustentar que
o resultado do julgamento deveria ser o mesmo em ambas as decisões.
Interessante transcrever trechos de decisões fazendo análise desses trechos. Demonstrando
que há similitude entre elas. Apesar de haver essa similitude os tribunais divergiram quanto ao
resultado/solução. Esse cotejo analítico é imprescindível, precisa de demonstração clara da
similitude fática e divergência jurídica. Não esperar que o ministro perceba a divergência
intuitivamente.
Quando a divergência é algo notório, questão objeto de divergência dos tribunais, mitiga-se
essa divergência. Mesmo que o cotejo não tenha sido feito de modo minudente, admite-se a
apreciação por esse tribunal. Se for possível compreender o que a parte quis dizer, analisa-se o
mérito.
A revisão de algumas manifestações jurisprudenciais e de alguns verbetes de súmulas de
jurisprudência de tribunais de justaposição: Verbete 7 da súmula que diz que não cabe recurso
especial para exame de prova. Verbete 5 da súmula que não cabe reexame para ...contratual.
A possibilidade de rever aspectos fáticos do processo, não quer dizer que não se deva detalhar
os aspectos fáticos desse processo, porque é com base nisso que o tribunal superior dará solução
adequada ao caso. O CPC diz que compete a esses tribunais julgar causa e aplicar direito ao caso.
Esse verbete de nº 7 não pode ser obstáculo ao conhecimento dos fatos e dimensão fática do
processo. O que não se admite é que os tribunais superiores diga como existente fatos não
existentes.
Quanto ao verbete 5: a discussão estaria vedada quanto a discussão de fatos subjacentes
aquela cláusula. Mas se está diante de cláusula contratual com reflexos normativos importantes, não
há porque o STJ deixar de analisar. Pois pode ter importância geral para a sociedade. Nesses casos
não há porque o STJ deixar de avaliar essa cláusula contratual. Precisa ver a dimensão desses
verbetes.
Se esses recursos esp. e ext. servem de oportunidade para tribunais superiores, em trabalho
colaborativo com o legislador, definir o direito, entende-se que esses tribunais não podem analisar
todas as questões.