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DIREITO MUNICIPAL Hely Lopes Meirelles DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO 16 EDIGAO ATUALIZADA POR MARCIO SCHNEIDER REIS E EDGARD NEVES DASILVA Hin Loves Mamasass fot Professor © Magiirado om San Pl, com ta bison etarnara Som ser police, Secreto de ‘Estado do Governo de S80 Paulo cm quo toate (nas pata asta, d Intron ds itcaeas © de Sogurane Pai). Fo om ‘nim Paecoristacmoritoe Acca mane ‘dena de qualquer desasatvidads,po- inc sou om foo indlevelen liga 9 ‘itl Plc bate psa ua contigo 2 veg do matri em abr, he conse rete sore Direto Adria, Dio $tiicpat sob manda de oguranga ede mcs te” cmaiuctona soe Had © ‘into adnrat. ‘Segundo Aro Wald, “ram comet ne Jitga, poste afar que 0 Dire A= sree em nso Pols, no cao XX sed. ‘em dou perine:o antriore0 posterior ‘ade ely Lopes Mewelles” ‘Apesar da porda reparel, com si mor teem 1990, permanece va © obra magia! [pov le ead, gus colo er oma t= Ponti nfvente donee dono Dire bio ste Dirsto Mascpal ri fo seupr: mcr lao kad em 1987, € tebe ime ‘tiga tanto pla erica come pelos profs ‘Sonat do Dr. "Diente dessa unidade de opines ford- vei ord pubticn expeciaad go dar Te no poder deisar dese eda, com to otalbogdes queso fees nocssris orate amid litre Meir conoucom ‘tinertinivecolaboragao de dt espeiltas DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO HELY LOPES MEIRELLES DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO 168 edicao, atualizada por Marcio Schneider Reis Edgard Neves da Silva, DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO acy Loves Mees (© 1990, Vince Ceoowe Loves Meets 1 edigdo, 1957: edi, 1964; Sedo, 197: edi, 1981: 3 eed, Iv sinagem, 1985; trem, 1987 dips, I tira, (01.1993; 2 tinge 05.1993; 8 tragom, 05.199; # trager, 08.1993 ‘edic, 104, Bedi, 1996: eed, 1997: 10 aio, 1998; sv ei, 2000; 13 ode, 2001: 13 edge, 2003; 14 edi, 022006: 15 edie, 082006. ISBN 978-85-7400.890.0 Dirt reservadae deta ego por NALHEIROS EDITORES LTDA. ‘ius Pace de Arai, 29, conn 177 ‘CEP 06551.940-~ Sao Palo SP ‘ek (1) 3078-7205 Pa: (1) 3168-5495. ‘URL: wivwsmalelroselores com br ai aliouedtres(eracom te Compose PC ator Leda Crago: Nadia Basso Impresso no Brasil "Printed in Brest! ‘.208 HOMENAGEM 0 meu pa, a quem prometi editor seus livros sempre atuaizad. Priniroporgus acre gust contin para o Dieta Pico Bra “Ble; segundo porgue esa a forme de sentrTo vivo ¢ ainda presente ‘Meu pai eterno profesor ‘Meu pai. amigo dos amigos, da familia, dos empregados, dos vs hos etd dos inimiges. Meu pai homom de carter, home de comcges, hmm som pro ‘Meu pal poeta na uventude, Ineligene, viv eesplrioso. Meu pi. stlenciovo na dor build nas homenagens Meu pai, apoio nas acerts e nos desacertes. Meu pat, que adoravea plantas e animals. ‘Meu pai que acredtava no nasso Peis ‘Meu pal, rabathador até a morte ‘Acste homem, que sempre tve fina vida, amor pelas pesroa, pelo sabatho e pelo Brat "Ao ser hurnano que muito Itow contra as seus defeitos © evolu ‘Aele, que deliow um vazio enorme aos que o conheceram, ‘Aele, qu inka tata lz eum soris to doce. meu amor etemo. ‘io Paulo, agosto de 1990 ‘Vesauice Cento Loves Memes NOTA DA EDITORA A 6% ego do presente livro comegou a ser atuaizada pelo prprio Avtoradaptindo-a aos procetos da Const de 1988 4 super nents IepislgSo aptictvel sos Municipio Conou, pa tanto, om s por- ticipapdo da ra. ane. Casanoo Loves Morea que, por dase n0¥e anos, feve convivi dro no esertirio com Hat Lives Mrmsicts ~ dda Dra. Yara Dancy Pouce Mosceno, ex-Coordenadora de Pesauisa © Desenvolvimento do CEPAM, grande conhecedora dos temas au Vs ‘don ‘Coma morte do Autor, em jutho de 1990, 8 stuslicagdes assim prose sequiram ata 8" edigso,pbicnda em 1996, quando, em ire da apo- sentadoria da Dra. Yass a Dea, Chia Manta Passes, ex assent €o professor His Lonis Manaziss e Procuradors do Estado de Sio Palo, Sposeateda, assum a ncumbéaca, A partir da 11 igo, passamos a conta com a eriterosacolabors- 20 do'Dr. Mateo Seinen Rss Procuador de Justia do Minstrio Pblico do Extado de Sto Paulo, com longa ataeso na iren de direlto. ‘sblic, je aposentado, e militant nese especilitad, na AGvocacia fe io Paul, jantameatc com a Dra. Ceiza Manisa Paes qu, por ‘azdes particulates, deinou de empestar sin excelent particpagio ~ a quem agradccemos otabtho iestinvel. Aseim, a pari da 14 eligSo, Basiamos a conta com a profcintecolaboreao da Dr Encano Neves ba Sts, expevalisa na rea tibutria municipal» 9 orelha desta Ob) © ‘quem devemos a atusizaio do Capitulo V (Finangas Municipal), leon ‘de outa observapses no coro da aba, ‘Sto Paul, agosto de 2006 Os Eorones 40 LEITOR (iota & 6 edie) [Nar I ¢ 2 edigbs deste lo incluines, aim da matériaespecif- camonte municipal, mats tdpeos sobre asuntasconexos, que ampli ‘Cesmadidamente a obra desdobrada em dos volumes Agora, procuramos ‘ersarexchsvamonte Direito Municipal e Administra local, remeter- Udo lettor para or rabalos espetaizados nas quests ncidentomonte ‘feria ma expos, Desse mov consesuimas fundir os dois tomas {zs ediges anterior neste volume nico, me que 3 trtamos de temas ‘Para tanto, refindins textos atalizamas conclis om face das profimdas madificaies contusions edniistratvasIntrcaides no ‘Pais a porte de 1964, confontand a legisla vigente com a doutrina Cajurpradincia dominantes na matéria Suprimimoe alguns capiuls © lrescotames outros segundo a nov orentagbo que demo & obra, mat imantivemar o sista exporitivo e a objetidade nos estos, vsando a Conners asa fs praticn, sem preocypagdes de feorza 0 Diritoalém Danecesiro & compresnsdoe solo dos nosis problemas municipal. "Ar altragder 389 mutase profrdas, 0 que nas levou a abandonar «a relgdio anterior «em agus ponts, a madifiar @ orienta dow triniria precedent, que se tornow superada dante da nova legislacto Concermente aot Manicpin do avarsoladorfendmeno daurbanizagao ¢ {lar exigencies da protepdo amblenal, que geram hoe os mais compexos [problemas nas Adbinstragdes munllpas ‘Na Seige procuramos abordar ax queries da atuaidade. m bus- ca de solugbesjuridleas © adninistratvas comporiets com a realdade nacional e adequadas ao estégo de desensovimento socal, econdmico e Cutarel em que mas enconiramn, fondo om vst, sempre, at peculiar {des da nosea regime municipal eos limites da audonomta lol. Nao tvamas a pretensdo de fer dutrna: visamos apenas asst ‘matiar e aclarar concetos, No destinamos ese abaiho aos dows, om o quai temas qu aprender Ofrcemo-o aos iia no Die ‘ema ddminsrazao mantpa ‘ests dio, amalizama texto plas novagdes da Contndsdo Federal de 3.10.88, que amplionacutonomia mnicipal, dant Benois ‘Arbuigesadinsraivasexmentand as rend, com avon ibe majorado do percent nos impostspartthads, Quanto a logtt “reron i nova Consul da Rep, enendanes que peominees ‘rigor plo principio da recep om tab que nto conor Coes "Fedral nem ten ido oops por norma aster eyo Dead nos pelencamos plas fats extents, eu corte sos ser potas para oporina credo _Lorfinquerenasconigrer mse agradecer oes com ontciracde eteritrio Dra label Camargo per Montine Br ora Dare Police Monet, coondenadoa do pesquots« desemviene CEPA pela valosa colors que nc ol dade para aust des ‘Sto Paulo, janeiro de 1990 © Auton DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO” 0 Sr. Hiss Loves Meats, Juiz de Direito da comarca de Sto Car los, €um spixonado da atonomia dos Municipos. palo evo aura «sudo minicioso da organiaeto monicial do conto da sulonomia ‘organiza dos Muniepios com a sua compettaca,aibuigdes¢ respon sbilidades, do poder depoica do Munilpio, da formas de execuga dos servigas piblios, do urbanismo plano dirtr,administasto publica © os afosaminstrativos do prefei, suas aibuigtese responstlidades, «4 Cimara Municipal, sua eomporigaoe aibuiaes e 0 contol judicial dos tos manicipas. Sob eses varios capitulos organizou wm verdadsio testado de Direito Municipal brasileiro. Do seu conceit sobre a mate. rin diz Bem 0 seguint recho do liveo:“Somente com a promulgngio da ‘Constiigzo de 1946 e subsoqUontevigéncia das Caras extadasi lit ‘tginicas & ques atonomia municipal passom a er exerida de iio © e fato nas administapoes lai, posi sual dos Municpios bras leis € bem diversa ds que oeuparam nos replies anteriores, ibertoe da fntromisso diserieionitia dos governas federal ertaduale dots de ends prpsas e suficientes para os servos losis, os Municipio elegem ivemente suas Camarase seus prefeito e eliza oslfgovernment de acordo coma erientagto polities esdministratva dos Sos de govern. Deliberam eexccutam tudo quanto respeite a seu peculinineresse Sem consulta ou aprovagzo do govero federal ou extadsal. gem dentro di «sera propria com liberdace prprie. Decidem da convengacia ou incon- ‘enigncia de todas as medidas de nterese local entendeh-se dita ‘om tndos os poderes da Soberania Ncional sm dependénci hierruicn { administrapo estadusl; manifestam-se iveemente sobre os problemas ‘4s Nosdo;constitem Sngos partidos locals e realizar convengbes de liberativas; suas Cimaras cassam mandatos de veresdarse prefetos m0 ‘uso regular de suas atbuigses de contole politica udminstivo do + Comentt e Minio Hanek oit,emain dad de Pal sepsis tae a govern local”. Nem sempre, observe eu, procedem com essa liberdde {8 apo. Matos vivem ainda na dependéncia dos goveros estadanis © Sb faz 0 que os goveradores thes ordenam. Pensa 0 Sr Ht Lores ‘Munaites que, diate destesfatos, jose pode mais considerar 0 Mix ‘cipio como entdade meramenteadminisratvn. Asn posgto atl Bo Seo da Federago¢ de enidad politic administrative, Teoricamente assim & mas, na elidade, nem sempxeo sed. Realmen te, x Consttuiste vigente concede a0 Municipio, como asialao hs ‘ee Jurist, amplaliberdade na organizapso do seu goverso Ihe sribuis larga eapacidadeimpositva tribute Ihe asogusou autonoen en do ‘quia respeite ao seu peculiar interesse. Mas tealidade mosis quo nema todos 0s Municipioe se liberaram da ago estadul ou federal. Dever pert. Esto aprcthados par sso, salvo no que conceme 8s Gaaness, ‘que, em rgra eral, em quase todos cles, so precrias. Para o Sr HY ows Mion a Consttuigao da Reptblica,aualmeate em vigor, € @ feo mats rmunicialsta das Constuigdesbasleiase sem dvi @ mais muniipalista das Constitugdes dos Estados civilizados. Reconhece, ‘atretanio, ue, » despeito dist, ainda ce increph nossa organiza ‘municipal de oprimida e mal-estraterada pola lepslyao federal © ea- ‘ual, pletcando-se maioresanquiss Loe O distin Magisraso 0 participa dessa opinito. Para ela se defeito existe no repime municipal braileito, 0 de excess de iberdade administativae falta de contol ‘anceir. Observa muito Dem que na maioria dos cats a adeninistapes Toceis to esto poiicament educadas lcnicamenteprparsdah pars Arico Maneipio com a autonomia que a Constituigao Federal Ise aso. aura. E or isso que, a meu ver, no teno da tora pus, 0 sou mor 20 ‘Municipalsmo brasileiro fem toda rato dese. Ne ite, pont nto Ini que ze para que esse amor se jusifique. A iacompetiacia de vreudo ese prefeitas prove ser combatida fim de ques eattura que os Mi icipfs dew a Constuigho Federal produza os beneiciosindispensiveis ‘A propésito do que no Esirangero sobre a egslgo municipal, o Se ‘ety Lores Minas. se insurge cnt os que vive ainvocar oexcmplo norte-smericano para que 0 Brasil 9 sign, Esa invocaglo € um date: 8 Federapto norte- americana nem conta com regime municipal uniforme, rm conve Munieipios em su fan fer, nem aseguraastonomin ‘municipal. Os vii sistemas ah adotos no stsfazem sor ania o- ais nem a0 publicsas da propria Napo, os quis esto incessantemente proclamando os defeitos dessa desorginzasto masiipal. Se a vida ma Dicial ali freqientementeratisftiria¢ porque ons fstores que 180 8 hoa organiapdo adminitaiva dos Muncipios atusm decisivamente mt ‘marcha dos negécios municipais, Por esas lnhas se v8 qual s orienta do Autor dos dis precoeos| ‘volumes em que encetou tudo quanto teressa a Direito Manipal No Se limitou a expor esse Direito. Organizou também indice bem minvcioso te toda a materia de que o live tata ¢ twansreveu toda 8 lgilago na ‘onal que interes 20s Municipios O Iwo, ediado pela “Revista dos ‘ribunae, va contituir naturalmente,dovavante,s oba clissica sabre ‘assume, Aa consis impose a quer quer que ej origndo 8 dae oun Direte Municipal. Putvo Bannsro sumario Homenagem, 5 Note de Editors, Ao Leto (not de Autor 86 eligi), 9 Direlo Manicipal Brasileiro Piso B4sne10, 1 (Capitulo I~ ORIGENS F EVOLUGAO DO MUNICIPIO 1 Origen «evolu do Municipio TIO Montana tiga, 33 12 O Mimics na omatidade, 4 0 stung mo Bras Canis, 3. {Mantcipo na Const Imperal de 182437 © Antec ma Contes de 191,39 (O Munk na Conaute de 1994.40 (0 Aunt na Conse de 1999 81 OAunkplo na Const de 1946, 2 Otunkpio ma Constuie de 1967 ma Emenda Consttnionl de i933 8 OMunkipo ma Consus de 1988, 44 10, Posi ata d Munk Brel, #5 11. Oregine municipal brass em confronts com ode nies pies, INT Bato Onoe 8 112 Inger. 19 115 ‘aman St 4 rang 38 113 ‘ta 60 118 Porat 52 119 pana 3 118 ‘agen Capitato 11 ORGANIZAGHO DO MUNICIPIO 1, Competencia do Municipio para sua organiza, 6 2 ripan desmembramento, anata, norporacioe fst de Manic inst ertra aminsrativg eure do Estado eds Municip, 41 Diva om Milos, 14 42 Divan om Disa bars, 75 43 Ohara dade inion, 16 14 Divas judetari 0 5, Regloee Metropolitana sutras unidaesreplonas 81 © Lelorginen mantel, 0 Capitulo IN AUTONOMIA MUNICIPAL 1 emanccnpalis ral Sottraniaatonomi, 91 3 Anatomie manip 94 ST fononte poles SIT poke to nsizsto, 98 5.12 ‘leaded refi So vie efoto edo vredares lepine oe 95 BaP ie 97 3132 Dima 99 BURG Rete oat 05 3525, tecompanttaae107 sia onal, ego cl 1 SET "Kino rope, ruined sige pcos to yet ee td Ht 5131" "Deere debuts e pica ds rendas municipis, 113 4 Inrvngta do ia na Manis 41 Coniderapes pea 16 12 liad pogo de ded finds 19 45; Fata de presto de con, 120 44 Fatad ptepae de pecertagem consticiona da rece de ngs ‘Sem moto «orvotbvent deena son opr cxotpee ‘pili dese, 22 45 obercta ot priniin indicdo a Conti Ena, Do passido restou apenas tiga romana doses ¢ dos modes CConseDias dos Homens Lives, hoje moderizada nas Camara: de Vere ‘doe, rpresentatvas da comunidade lea e fiscaliadoras cond So xcetive Manipal. Assim, as atuigds edilicins da Amigigade, merameateadminis- ‘eave, transformaram-e em fangdespolitco-adminisatives Jo Municipio da atsidae, sbrangents de tds ot stores urban © doe sspecos uals qu itrfam na vida da eidade” A administagdo mani ‘pal contemporinea nfo se resringe apenas & ordenajo da cede, mas Sc estende a todo o tetitrio do Municipio cidadefempo~ om do que ‘Soncere ao bem-estar da comunidad Municipio mo Brasil-Coliniat (0 Municipio Portugués fo uansplantad pare © Basil-Coaia com as mesmas onpaizag © atribugies polices, administrative ejudicias 2. Sete © Municip contempt: Rail Bis, Catone de dni ‘vow Al 96; Aedes Grin, Drechey Clocio oe dditararon at ‘ot Sana F101 (tv Fae ¢ Rawr Coty Govern nd dara, ‘ove starts Bemarchica Gonaen, Drs sail Cho Sigs 198m; man A, Dose Inia Conparadh et end Hap, Mad 19sec tem a Ce da! Manca Nan, 156; Roper Gate Le “Lac Govern Oran rte, Ps, 198 Salen Den Meno, mus de Police Braco ham, Mea, 163 Uta Merged Lr Miele ‘Nancy 168 Ono Goan Der anti! em tae Sanne Sapo Nine 967 once Boul Le Rfrme Meme, Par 1975, ene Hops Nein Hams Contmporincs, Mev, 97, "Soe shied Mano ras Tarr Bato, Poin, 1670 cams Mai, © Mcp, 196, Levi Faeta Lopes Clara Manip «que desempenhava no Reino. Soba vigtacia das trés Ordenagaes fon Sinas, Manuela eFlipinas ~ que regeram o Brasil st Independéacta (1823), nossas Municpaidades foram consftldasniformermente por tum president, ts vereadores, doi almotacts eum esrv io, Alem des. ‘ses encaregadosadministratvos,serviam jm & Camara un jie do fore ‘tlic e dos jutzescomuns, elite com os vreadores* 84; Conines Lave, Regiment dar Ciara ans, 885, Cato Nunes, Do sina Farad oa Organs Satpal, 190 aim Any De a {ile Bri, 1926 Fleas, ri brain de Br 0%, ‘Caan, Plies do aco, 1996, Eamande Zea © hip no Pa, [pt ews Orang na tes rs Cre art ts en ea ale Flo de Jani Revere Do ds racer Pfr) Diana Fobra aes Sobre © Miia Be sw: Ards Vans, Oni a Let ‘ni Se Pal 150 Mania hac Regine Coan! soe, Pro Alege, 190; Mara Si eto Plc Mc edna FoR nos 955 Youre Sian Cs Ds aa. inl Rie ic 198 Maca Pups Ota «oes Regine ares srt i ar 109 gaa hie, Prolene oP Aor, 199 asst se, © Mose na Frag Saoe Bing ori Mea, sere deat anion de ee 960, Bin de Att Ds 0 tcf Brana, in Po (90, Ove Bare 4 Reson x Pron untae Pa, 2s De aps ‘it Sta Pal, 68 Marc ee Lage Fada opi era ‘Ed Mago de 16 Su Pa, 1nts0 0 Anais eRe Cage de ‘sto Ct, in Pao 1975, Armia Naibon Hana ar Blas lana ‘Sie Pat, 16) Hely Lopes Males «tn de Anne Aceves Ae ‘ini, ot Alege 96S Anni Con, O Peer Cnr Mp ‘Srv, 108 Namal d Profesor plo BAN pts SENAD Mie ‘So d ner. 1967, Econ de sar Sto Ps“ Mcp te Se Enea Cotton 19" RDP 1h Fai aco Noguera pout Prt Yocaars, oP, 19 es Ato a, Mont do over, Sed 2008.0 Pfs nip enn par CEPAM, ‘Scar oft de io Pais, 17, Ege Fee Manon © sno mt Spe Bene, Si Fre a Boce Se in 196; Cee Dino. rsa Manel Conard Bes Het 1976 iolgas Jungs Pare Respawn dos Prone: Rcares Tal 197%. Jose Node Cae, Dsio Mani! ~ ican opel, eo site, 199; Armas Motes Mucins Doct Ml, toe, 194; Asna io Cosa Repent de ron Vareadaren, Sto Pals 19m Aon de Aven Dlr “0 Mama ma Cos de 196, elo oe ‘oto Mrtipl 39, NDI: Diomar Ace Fi, “A sions cel not Gonna ro 5 Cina Mendy, Cie Fp, ted pp. 6, 134614 | ocins esvotucko po wontcrno » No perodo colonial» expansto munisipalsa foi rerngide pela iadiacentralzadora das Capitanias, fopando at apiragdesaatonOmicas dos povoados qu se fundavam e te desenvolvian mais pelo ampro da grea que polo apo dos donatrios. Mesa asin, a5 Mniciplidades resinde do Mniipio na soa oganieapo consiucional Segue se, da, {gue o Mnicpio Brasileiro ¢enddade poltco-adniasraiva de trcirs {fron na order descendente ds nossa Federagto: Unita Estados Mu. ips "Nesta linha de iis, sustenta Pontes de Miranda que “o Muniei- pa (Bracifsio]& entiade inital rigid, como a Uniso © 0 Estado Fembro", E remala com exta advertenca: “Fujamos & busca no Ditelto [Norle:Americano e Argenline, porque a concepedo base de autono- ‘mia municipal é diferente" "No mesmo sentido expressa-se Lordelo de Melo a0 afimar que © Municipio de hoje “sonst uma ordem pliien eadminsratvaineteate to sistema Iederal brasil, inclusive porque a Consuls esabelece, five outos pertneates & maria, © principio da intervengao federal os otados para‘ defesa da autonomaia municipal” E, em substanciosa tee, © professor Manoel Ribeiro conch com inti aero, que “o Municipio. ‘em porigdo eminente na Federapio Brasileira, F uma pea eseacal.!” Deide It edigto deste lito, sustentamos que o Municipio Brasileiro sempre fez parte da Fedeasto, E's Coasttuigde de 1988 assim 0 declrou fem sous ans. I*¢ 18, comigind essa fatha 11, 0 regime municipal bresitelro fem confromto como de oures pases ‘ejamos, para confronto com o regime municipal pti, alguns sis- temas estrngeies, comers polos Estados Unidos da América do Nowe, 0 sancpa Mains ne Congo de 1946.18 1 Camoniae Comte e195 com a Emenee 196,» cuja Fedorio & 8 que mais te assemelha & nos, mis nem por ‘deaiicam as adminstragdee lca. ALL Estados Unidos A Consttuigfo Norte- Americana minim deregrasndipensiveis coexistéaca, com particular desagi as liberddes iadividuns nto con” ‘ém uma referénciesequer aos Muneipis. Notes astepura sonoma, nem thes garante renda prpria ~o que no significa, todavia, que esses recursos fundamentals inexsta, De neordo com tad descent 2Zadorae individualist, diveree formas de admins local podem ‘pontadas. Em certas regis predominao Count equivale 0 Manicpio Erasilero)~ como ocore, por exermplo, no Estado de Nova Yerk. Ein Ov {eas prevalece a City (rea urbana inferiorem extenso a Coun ao necessriament subordinada este), enguanto que determinade rexise, ‘omoa Nova Inglaterra ainda adotan a Town enidade ena defini vata consideravelmente, confundindo-e por vers com a de Coun). ‘A nutonomia municipal, reconfecida pelo Estado-membro a pactir ‘do momento em que o cleo urbane preenche deterinadosrequsitos, paricularmente um minimo de popuapo,exerioria-te através de irs fonmas de Carte Propria (Charter Quanto a forma de adminisrasto municipal no é menor a diversi- {ade de sistemas adotaos nos virios Estados ealé mesmo entre eidades {eum mesmo Estado, podendo-seditinguir os sapuintes pos bésicns 1) © govemo por um Conselho (Councl) que tomna detistercolegingas 2) gover por uma Comissto (Comission etn gus cada meno cuda individualmente de uma stividade publica, 3) 9 governo por um individva (@nayor), em cas mos se concentra amplos poder, embora assess. Fado por um Conslho; 4) sistema denominado federal analogy, bastante préxitn do regime manieipal rail, 5) o govemo por tm gente (ma yhager, contrtado para administra a cidade por determinada period, ‘© manager, hoje em dia, apreseati-te como a mais notive evolu poltico-adminisirativa note americana. Caneatado por peiodo determin fo, execuar suas fines em qualquer dos pos de govero ain dese ‘os, ov em formas hbridas dos estos. Relevanotar gue tl pono se de. seovolveaa nova especilizapto que a taiconal Universidade de Marard Aestaca-eatunlmente como o melhor centro de frmagl0 de managers, Aexrema diversdade~ caracerstica das istinigBes nort-ameri ‘nas impede, via de regs, generaizages a respito ds diferentes formas 4e aministragso comunal. Semelhantemente a que ooureu ene nos, ‘0 Manieipios Norte-Americanos até menos do seule pastado enfeixa= Tongass EevoLu¢;o nO MUNCO » ‘atm considervel soma de ativideds administrativas, Desde eno nota ‘centuada tendacia de forafccimento dos poderes fede, e em menor ‘Scala dos extaduais. Recentemente, todavia, pecebeseclaamente um ‘Some que renascimento municipal, evidente cin determinados programas ‘ubanisticos deporte verdadeamente ambicioso, "Aa cltias feitas ao local government pelos prprios ameccanos” = poderdo ser bem compreendidas s Ievamos em eoata dois fore pie ‘ordiis: de um lad, o bite carecteristico de auocriea, & qual prat- famente nema insuigae daquele pais tem eseapado; de outa parte, ‘ircunstincia de se fasenrem tis comentiiosnepativos no confronts ite os irs ves de adminiragho publica so &, Municipio, Estado fnemro e Govermo Federal. Se a medida do sucesso de um govero local é o conforto material proporcionad os muniipes poucos pales levariam vantagem no con- Tonto com o Estados Unidos Praticamente todos os tenis pablicas aque afetam a via dia de um cidaddo (gua, esg0o, ws, telefon, poli> fia, escola, hospi e, mesmo, viris formas de asistncia social) s10 fe competéncia municipal ede exccupo geramentsimpecdvel, qualquer ‘que sein a rea abrangida pela City, pela Tovmship ou pelo Count ‘Talver a expicago resida na exbilidade da etrtira fal daguele pals, que permite administago local arecadar proporcionalmeate mu {mals do que o Estado-menro ou a Unio, Com eft, em gral caber ‘to Municipio o inposts incidents sobre a propiedad imobiiria, bem como taxas da mais varada natura, que gravam praticameate todas a Iivdadesloais, A reoeta feral compoe-se printpalmente dos impos tos de renda ede consumo, bem come dos direitos alfandegios, enquanto {ue as fnanpas do Estado membro Satine Rundamentalmeste nos i= bhtlor sobre vendsseatividadesconexas, de natutera merantl”" 112 Inglaterra Aunidadepolico-adminstratva da Grs-Brtanha & 0 Burg, 20 qual 1 Coron concede o sl/governmont A reuniso de Burgos forma e Conda- 20, Eaton, The Government of Mavis, p. 19 eo; Fie © Kaci, county Geert opp 8 21 Bsn orci do epne usp vore-aeicao os basi on oi iss de uss as sine sonnet dene psa Goae sar ats, cota metro fia th Diane air ao Congreso Lain Aer ‘tages (Lawley cumbra de 1960, soho poco de Ore. ‘nyo dts Enader Ameranee (OFA) ede Aarons ro Se Mamipce {ABR ptt Estas dace pe decease Munalsdes, arn co hse lentes dma eis do, masa radigso conserva uma arene paste de Burgos independente de ‘qualquer Condado ~ dala nossa afrmativa nil de que o Burgo € que onsttl a base poitico-adminstativa do regime municipal ingles mn ‘hoa Boroughs). A lglateraunifrmiza se sistema municipal em 182 pelo Monicipal Corporation Ac, apereipoando-o em 1933 pelo Local ‘Government actos gusts ainda hoje repem a alvidade administrative doe CCondodos © Burgos que gozam do self-government. Em inbas geri, ‘administasao municipal britiica &exereda pelo Conselholocl Burge Counc, eujos membros 80 diretamenteeleios peo pov do Hugo. Por sua ver, 0 Conselhoelege wna Comisato permanente de administra, fm ndmerovarivel de components (aldermen) sola diego de wn pe dente (mayor) O mayor €0 represents do Hugo, enerende fungoes ‘nections ejuioiriae equivalents ds da justiga de pc ‘Aadminisragko mnicipalécontolada por um dro central (Local Government Board), sediado ets Londres, presiido por wn membo do Gabinete nomeado pela Cotoa e com jurdigao sobre todas as Moric palidades. Segundo Jenks o Local Government Board exetee um pode Ge rica ecennur mas na opinito de Castro Nunes esse conte em ‘esos casos, uma leglima ttela sobre a atividade dos Burgos. Ainds £0 tminente publicists patio quem chama # nossa tengo para «fundamen. {al dferena entre o sistema inglés eo norte-amercano, vst que no Te Bim britnicopredomina a auteridade do Conselho nos Estados Unidos prevalece 0 poder do mayor, indvidualmente,embora esesoredo pela ‘Comissto dc administegzocomporta dos aldermen Para Zavalit regime municipal ings earsetria-ee por estes quatro ‘lementos, constants em sua erganizarSo: 1) ampla base eetora, und ‘ano dreto de sutigioconcedido a td homem de 21 anos ea toda mi er de 30 anos para cima; 2) funcionameno de conslhoe que nisi © Iondimayor¢ os faneionérios executives 3) fungSo musicipal Cum argo hhonordrio; 4) a administragaorealiza-e sob o sistema de comissdes nibora aj uaifrmidade no sistema administrative dos Burgos Bi Linicos, no hf jgualdade na astonomia de que desta esto ora 0 Parlamentoéquedelimitasextensto das fanquias de cada Burgo, a thes concede a emancpapoe a pretrogtiva do selfgovermment. Reger, {entetanto, por Carta Prdpria e com smpla iberdade politics, semis: tutivae fiaanceey,somentesujita &autoridade contrladors do Local Goverment Board em deerinados sts, uniformementeexpecificados para toda a comunidade metropolitans, oMGeNs EEVOLUEAD BO MUNIEINO * © Local Government Inglés, semelhunca da Commonveath,epee- senta-se como insiugSo tipeamente britinica,inadapvel a qualauer ‘utr pos, Consoante atin Roger Garreu, “ao houve, na Ingltere ‘unt Lge ot entre o Estado ea oletividades descentlizadas, compa THvel 8 que se abserva na Franga ao longo dos séculos e paricuarmente fo culo XIX, o Ue, ais, explic ainexistnci, no Direto Ingles, da topo de descentalizagz tcniea. De maneira ais geal, enquanto 0 sis- {enn jusiico fiancée se bain em oposigies~ oposigdes ene drato prblico e dieito privad, etre Estado colelividades descentalizades, Ente o Departamento © Corina, por exerplo 0 sistema juridico ia. ls assens-e na uniade, no impo da lei, no rile of law" 113 Alemanha A Repiblicn Federal da Alemana (Bundesrepublit Deutschland) x1 310.1990 constmou sua unidade nacional. A Lei Fundamental de 335.1949 tomow se, por decisto soberanaeconsciente dos Seu eidadios, {Lei Magna de toda a Nagio Alem, Soperada» vio da Alemanhs, num contexto de grandes tansformagbes ta Europa incase com aes fo da Unizo Europol, tazendo novos desaGs © opotunidades, Foran evesisioealgunesjustes a Let Fundamental de 1949, sem qualgur al Terago cm sua essencin. A dvisto pollscoradministaiva do pais rec these a exinténca,slém do Estado-membyo (Land ou Burdesland), de ttais dine endades, 0 Disito (Kreis) eo Municipio (Gemeinde), 208 ‘qnis assegura representa popular, oriunda de eeigbes por suligio Anivesa delo, ivte, igual e Secreto (art. 28.1. Pessoas qué deteaham a ‘mcionalidade de um pale-memro da Comonidade Europea podem votat er ellis na leis distin © monicipais, em eonformidade com ‘© Direito da Comunidade Enropsin. Nos Maneipos @ Assemble leal podrd substitu corpo eleto. Ans Municipio, 0s Distitos eas as80- Risees de Monicipios (Gomcindeverbande)o rt 28,2 da Lai Pandamen- {al gant, ands, aonomia edministativae fnancers, nests termos "Seri asregurado tos Munieiiosodieto de regular, sob sua propia res- ponsabiliade eno lines due, odos o& aseuntos da comunidade local, ‘No smbito de suas aibugies legals e mas condigdesdefnidas em lias sociagdes de Munisipios govartoigualmente do dito de autogestto. [Ens aulonomia administrative presse também autonomia finances: ‘0s Muniipios devel caber ume fonte de arvecadeao fiscal baseada em ‘Sts capacidadeccondmica, bem como o dieito de xar os percentias de ‘axogdo desas fortes” 1a sistemiticaconstiucional len a competénct leisativarepar te-seexclsivamente ene a Fedoragzoe 8 Batados, bend a ests die or sobre todas as mati ao reservaas aqueln (a. 70), Dente ests Imatéris inserese a onpanizapio municipal em todos os seus apecto, muito embora a Federagto possaedtar oestatato dos empregados abl: 0s monies (art. 75.1) e, mediante presriges gras alter a propria ‘egenizgso administrativa Toa, visando & execugao de les fers, os Sumida pelo Estado ou a este dlegada ars. 64.2 € 85.) ‘A eutonomia maicpal na Aleman no era igualmente rata pe los Estados porque, diversamente da Constulgso Brasilia, a Lei Fund rental Alem no traf, nem em linhas geri, seus eontomos,limitando ‘ses dsposiges refedasacima ee poucas outs, as qua tm sempre © iter de garantis conttcionas, e nfo de reparpao de competences [No mesmo sentido, assegura eos Muneipos, no que for compativl om 51a naturez de pessoas jurlicas de direto pilin interna (pestost mo- ‘is nacional), 0 drelasfundamentas (ar. 19.3, oa defini consti ‘ui o objeto de seu primeito capitulo, Por outro Indo, a mesma Lei Fundamental srbui aos Municiios © produto dos impostos tetra e industrial (posts eas), a0 mesmo tempo em que detemina aos Estados thes dstrbanm perentagen ap te que Tes cabe na erecadagso do imposto de renda desde 11.1998 05, “Municipio passaram a zeeeber uma pacsin da receita do imposto sobre ‘mercadorias e servigos. Orepaice desaparela da recitaaos seus Muni ips € feito com base nme formula que considera fnoresgeopricos © ‘conémicos (art. 1066). Com iso, todavia, no os rconbece como "it lars de dieto sobre a mass finnncers de que entre os organisms piblicos"3 porque todos os ingrestos devemn passar pelo Estado, com uj roceitar despesns so confundem as receitasedespesas dos respec tivos Mniepios (ar. 106.8). autonomiafinanceia dor Municipios& sind, muito rest, uma Vez que o montants de seu recursos ao depen fe unicamente dees, mas do Estado aque pertencem, oil pode fix ‘iscrcionriamente as percentagens dos posts derendae sabre merc fovaseservgos a seem dstribaidas eestaelecer rtsos pope pars | Yeparggo dos inpostes tetera e industrial eae seus Muniipios. "Nest lim easo 6 pormitda ao Fxtado até mest proceder x repartes ‘experiments, sueltas 4 postertoresslteragées (at 106.6). A et federal ‘od, sgora, autoriza os Municipios a fina llquotas para sua pecela do Inposo sobre a renda de pessoas fscs (art 105), 24 Ramin Marti Mata I Mani y Estado Derecho Alem, 142; Diogo Frets do Amaral Ce Dow dts Sede Lh a 1 oR10BN8 F EVOLIGKO DO MUNRO s DDesstsindefngbes« disposipdes da Lei Fundamental resulta que limites da auonomia municipal, entendia como deta ato-némi- nistrago (Sebverwaltung,variatn de Estado para Estado, 20 sabor das interpreta es propostas a su ar 28.2, que é digido aos Estado, e 0 205 Municipios. Assim, hi as extzemamente favorsveis to Municipio, por fatenderem que 0 dmbito das competéncas municipais de importineis Inca ago era passive de dterminag peo epeladorestadaals guts ae vorecendo 0 Estado, consideram que apenas auto-responsbiidadeti- ‘ipa era inaacdve, de modo que ocontebdo das vidas mateiis do Municipio sujet ts daposgtes da et do Land.® Ean uslgucress0, porém, os Estados io abrem mao do sou poder de contol sore a ‘idades municpas, que exerctam sieves Ge prvinauorizagto ou de ‘ilcapto, revogaeo,substiuigo ea mesme disso decoegiados € esto de representantes de 6gios unipessoais. Esnas meds visu, ‘de um modo ger ao contol da lepalidade da Adwinistagzo municipal, ‘nas em certs casos podem fandamentar-se em quests de convenienia oporunidade A conganizaydo municipal, plas mesmas rates, no & uaiforme,se0- do possiveldstingur és sistemas de governo, segundo o nine, «com ‘osiedo eas aribuipses de seus dros, a saber: ode dois gos colesla- os; 0 de wm colegiado eum drgdownipsssoa; ode um Sgn colegiado, No sistema de dois érgdoecolegiados 0 Conselno Municipal (Ge- ‘melnderi, leit pelo pove, ecole una Comissio Executive (Magisrat (0 Bargerauschuss), por um periodo de 6a 12 anos, , com 8 aprovagso ‘do govern estadal, 0 burgomestre Birgermestr). A Comistla Exe ‘tiv, alén de suas atbuipes prpris, exeroe fangs dlesadas plo CConsetho Municipal. Cada um de sus membros slits un departameato ‘municipal e suas sess0es so pesdida plo bargomestre. Nostistoma de wm colegiado ewm dro wnpessoa ak stribuigies de- * em peefeita consonineia om ponderagio de Laubadére sobre realidade sociolGpin da coletividnde ‘omuinal, concluindo que “elle a Conuna paraissait comme un syndicat privée abitants t presque une peronne morale de det pave plate que ‘Somme un eroupementpropement administra, ao passo que o Depat- lumento "a des racins mois profondes, une slidart intseure moins fridene et méme qusiqetes dist; sa personnalité morale et meme fon existence sont appruesardivemeat” ‘A Comuna Francera é, como o Municipio Brasileiro, enidade de i- reio pblico interno ~ isto &, pessoa juries dotads de eapaciade civ Drs adguirirbene ever njein de direitos eobrigagbe administada por tim Gro exeeutiv (ipa) «um delberalivo (Consell Murtipa). ‘Mas eessam ai as semethangas no plano poltico-adminstrativo, no 56 fm rio de sus limitadae eontoladasutonomia como, tamb,porgue ‘romente ao Conselho Muncie gue a Consus abla adminis ‘0 da Comuna, nestes tems! "Ces collectiviés fa Comuna, incsive] ‘Fminitent ement par des Conseils eis et dans les conditions pré- ‘wes para li" (at. 7). 0 Consetho Municipal éconsttuido de 11 «37 consehciros,con- rm 9 nimero de habitants lets cm sug universal e diet para lum perodo de 6 anos. Compete the regula todos os assuntos de peculiar Interested Comuna, como se depeende do at 40 do Code de Adi- istration Communal, de 225.1987 (que rene todos 0s textos concer ‘enters oranizagao monicpal frances). Todavia as Comunas fo tem 0 poder de especies aque € no do se pculiseotresse, uma Vez que 5 Consiga, como eonsta do tesho ama tanserito,condiiona a sua 34, A de Ladera 1p 180. 26 Ma hp. 17647 “tive adinistapto” aos preceitos de, qu é sempre vada pelo Pata ‘mento (Assembleie Nacional e Sena). A propria Constiuio determina ‘que esa lel extabeloy or prinepioefndamentais da lore admnisraeao ‘as coletividades locas (ene eas, as Comunas), de suas competéncas€ ‘evens recurso (art 39, ‘A atuaggo do Coaselho Municipal abrange, portant, toda a matéria que Ie sib & competéncia comana, salve quanto polisia © a res PPonebiidade pela ordem pablica, que si0 do moire Dente ab ati ‘es do Conselho Momicpal, Trotahas enumers: volaeao do oreamonts, {os impostos municipas e dos empeéstios; gesto dos bens da Consus, ‘tagioe organizagto dos eervigae comunasy nomeagao do mavee su ‘juntos; contole da adminisvapto do mare, eujas conas sto sujeltas& shi aprovagdo,e de outros agentes pblicos da Comuna, bem como de ‘eras enidades Toca” ‘A Muniipaiténtegrada plo mairee seus adjuntos (de 1 812, con forme onimero de abitants),eletos pelo Conselbo Municipal, ente0s seus membros, para a mesma Topsites, As aibuigSes da doled onfunden-se com es 60 male, pis os adjunis mio tm fungbes pao ‘rss, atuando por delegapto ou suplencia, ‘© maire 6 2 mesmo tempo, agente do Poder cata eda Comuna* Coan agente do Poder central lem das Rng administaivas prop mente dita, € oficial do Registro Civile ds Policia Judcira,podendo, Bina, exercer atbuigdes de competéncia do Ministrio Piblico. Como ‘gente da Comunaatua como exector das deliberases do Conslho Mi ‘ipa ou como seu delgado, mas tem podce de iniiativa e instru, poder hiersrquto sobre os agentes pblices locals e poder de polcia ger pts prescrvago da order, da seguranga eda sade publics. Além des Es fungoes, 0 maire preside as essbesperiéicas do Conselbo Municipal, ‘te, inclusive, pode convocer extaordinriamente ‘A aininstrago da Comuoa realiza-se 408 controle do poder cen- tal, eahendo a prefeito do Departamento anlar, aprovar ou substua 730 do moire e's dlibergdes do Conselho Municipal. Compete ainda to prefeitosuspender a sssdes do Conselho Muniipst por tm més, ‘ae 0 Contetho de Ministos doibere sua wil dissoluga, se 0 entender A legislgdo que se soguiu fase conbocida por “Regime de Vichy” (de 19419 1988), em que Se supra autonome das Comunas class | | 1 oniceNs# 2voLUCKO DOMUMCINO » cas como urtanss (com mais de 2 mil habitants), revgorouo sistema [mplantado pela Lei de 5.1884 e que constitu’ o verdadeiro Esato das CCormunts, inorporido 20 Code de Administration Canomunale dose 1957, Toduvia, prosurot-sendaptar sistema 8 dversidade das 38 rit Comunah nto existenes (a grande mairia delas com menos de 2 mil ‘abitantes), em atendimento & Constiuigio de 1946, que determinava a tlio de rogas de funcionamentoe de esuutua diferentes para a gan ties Ciades porn as peqenas Cominas,prservada sua autonoaa ad- tmiistratva (ats 85,87 89) Enbors 2 Constiugdo vigete, de 1958, no tha reproduzido os preceitas da que a antecedeu (de 1946), a poltica govemamentl ves fhantendo ao sentido da dvesitieapao. Assim, tem favored a fsbo de ‘Cormuna,cujo nimero baixou para 37.708, de 1958 » 1968, endo sido, ‘Sind, fundies mais 1.750, ente 1971 1972, por forga da Let 588, de 177-1971: Alem disso, a lgislagso propcionaeiago de Sindieatos de Comanas(S)ndicas de Communes), Distt Urbanes(Disiricts Urbans) {© Comunidades Urbana (Conemareutés Urbaines)As Comunidades Ur- ‘bans, asemelhadae ds noreas Regies Metopolianss, mas dotdas de pevoonalidade jucdicn (tabllsemente publics), foram isttuldas pela {ete 31.12.1966, qu eiou desde logo quatro Comunidades: Bordeaux, Seasbug, Lille Lyon Finalmente, Lei de 10:7.1964 estabeleceu um regime especial pare Pars, definindosn coino coletividade ferorial de etanto parca, ‘cots competéncias deparameatas e comunais. Nessa mesa asi fo ‘itda a Regio Porisense, que se antceipou is Regiesinstitucionaliza- ‘ds pela Lei de 1977, dela diferindo em varios aspecos, prieipalmente ‘or no possi personalidad jurdica Desaperesioo Departamento do Sens, m que se intepravaa cidade, ‘asi tem,stniment, um 6 Conselho (Consef de Pari), co 90 men ‘bros, mas cont, sin, com dos prefetes:o de Paris, com atbuigdes de rife de mai, salvo a pliinis o de Poll, com etibuibes gras ‘Sc poica,Testvialmente, Pais ext ividida cm 20 Arronlssemens, Secs de mires, com su male e virion adjuntos, todos agentes adminis trtivos nomendos, em fungSes muito Tatas. 29.Armdarm dors mili fapcean lament gue ano oma Shawn or i seca ra ‘Ss mano um go propuane por ffi inal dente oats SESE IRS SoS as ate spin. 1s tia ‘A Constiuigio Italiana vigete,promulgada em 22.12.1947, exo tum tipo particular de Republica, algo diveso das Repablicas Feder ‘as alé agora conheridas” Alm da Provincia © da Comuna (Municipio) actescentow um enteautSnomo ~a Regio ~ com poder mnmativo (pots. 1 normatia) sobre as unidadesadministrativas inferores~ Provincia © Coruna com tal preemindneis na organiza etal que os modernos publicists nao te hesitado em consider o Estado Talo como ua Repiblica Regional sui generis * Als, propria Constitiglo declar fem su art. 114: "Ls Republica si parte in Region, Province e Comin ~ acrescent, no dispositive seguinte, que: “Le Region sono costa eat autonom! con pope pater funzion secondo | princi sot dal Costtuzone" (© Municipio Itstiano (Comme) € automo no Smita dos prinsi- pios fxados pels les da Repiblic,dispondo do poder de edsrnormat Tocas ede arecadattbutos necesaroe a suse despesas® E, entrtato, ‘tiado e organizado pelo Fstado em moldesuniormes para tod 2 Repl biica (Consiigto, rt. 133) salvo para o dat Capita das Provincia Desempenks, alem das Rangbes edminisvativas de seu inereseecxchisivo, stubuidas peas leis da Repdbic, mais a dlepadas pela Resto (Cons ‘imigso, at 118) ‘© govern local € constitu peo petit (sao), pels Kuta Mo- nicipl (Giunta Manicpate) e pelo Conselho Communal (Consist Come ale), na conformidade do Decteto Legislative 1 de 7.11946, O prefeito 0 presidente da Junta ¢o representa leg Coma ‘nfeixondo em suis mos todas as fanjdes executives da administegso Toca ‘A Junta Minicipal €0 deg admiisrtvo sui do petit, cons- tus po secretiriseleits ete os congeheiosevarando seu numero de2.a [4 membres, conforme a populagio da Conn. A Jia lem de Bnillar 0 prefeito na rotina administativa,colabora com 0 Conselho ao larfi legslativae pode subsita-o na funeso dliberativa doe esos de ‘rgénci,submeteno sua resolusao, psteriornente, a raifcagto da Ck ‘mara Coimunal, Em caso de impedimento ou iregulridade vera na ‘untae Provinei, or sea governor prea), pode intervt ma Coma por meio e intervntor provincial (comisrarioprefettisi) at regula ago do govern miunicia 41 Alto Rooshy, Autonom Repo ee Cotcoe, 1952, pp. 5 8 42 Agoniaka Suto ntiasone dh Dirt Puc 1988, pp 201 ese, oxgess FEvoLUGKE DO MUNIcINO a A ComunaYtaliana poss anda um bro sul generis, que € 0 Bee sécio Comal (Ueto Comunale), dirgto parm seretario remnersd pel adninistarioloel, mas equparado em suas prerogatives + fancio- brio provincial, e coma incumbénci de fiscalza a exeeugo das lis © ‘tos dos adminsiredores loci. seertrio comanalénomeado ete ferio pelo Minstrio do Interior, ouvida » Comunaintresanda (Deereto Legislative 883, de21 8.1945, el. 530, de 9.61947) Sta posiio 6a de Aslogade do poder provizcial no Municipio. (0 6eyo legislative da Coruna Taliana é 0 Consetho Comal, com: posto de membros eleits por suo det, em mimero varével de 13, £80, sogundo a populagi local A eleighorealia-s naves de liste de ‘andidatos em mtimero no inferior 8m quito nao superior aqui ‘ints da vaga «seem preenchidas po entra de representag80pro- oreional ene st lists apresentadas. ‘A administago local 6 realizada sob a supervise controle dieto so governador da Provincia, que o exece sob o quadruple aspcto preven tivo, sucessiv, repressive de ingpegdo.O contol preventive refee-s 0 cxame da legalidade ¢ do mefto dos atosadminstrativos locas © & ‘xereido pla Janta Provincial Administrtiva (Glunta Proinciale A histretiva), que examina as deliberaes municipas de maior relevincs, {specfcadas em let e pertinentes 4 adminitrayso parimonial e finan ‘rae os los regulamtentares do Conselho Comuaal,O governador da Provincia poderd anular qualquer ato muicipal (executive ou delibra tivo) julgadoileptimo pola Just Provincial Administrative (Ll 30, de 316.1947). O controle sicessvo abyange os assunos inanceirose& x= ‘ido apéso enceamenta de cada execlio da Comuna, Para ese fi as fontassio remetidas, depos de apeciads pelo Conselho Comins, 0 {overnor da Provincia, que as submeterd ao jlgamento da Junta Pro- inci. ‘contol repressive abrange toe qualquer ato regular de ‘minstagso comunal, dando ensjo So 6 Asm invaidagso pelo g0- ‘emador da Provincia como intervenga0 no Municipio, pela nomesgso {o ncerventor provincial, qu passrd administar ot interesoes locals © | paar as responsabildades, para a convenient puniso, que poder sa destiuleao do pefeito, da Junta Municipal e do Coase Comuna (© controle de inspepgo¢ realizado por um inspetor provincial (spettore ‘provincial, incumbido de visita, pridicamentee sem aviso previo, ‘Comunas e informar o govemador sobre funcionamento de Todos os ‘servigos pblicos e cumprimento das leis repulametos. Alm dessas quatro movalidades de controle administrative, 6 aos ‘municipal sjits ao controle jen, pelos mes comune espe: ‘iaisnotasmente pela a0 popular (aione popoare), que litem Aabt0 mais amplo que enre nbs, servndo para invalidagto de qualquer proce- ‘iments commana 11.6 Portugal (© Municipio Portugués ¢ 0 Concetho, que se forma de Fregucria ‘© se agropa em Dutits, a excepto dos Concelhos de Lisboa © Pot, ‘que se subividem em Barro, e estes em Freguesias, segunde dispbe © (Codigo Administrativo de Portugal, apovado pelo Decretolel 31.095, de 311121940 (a1, “Tanto 0 Concetho como a Preguesa 0 Distrito so pessoas juridicas de dria pio, 0s Concelhor so clasificados em Urbano e Rural, segundo acon- ‘entra populacional num mesmo ceato fesdencial oy sua dspersto fm povoadorafeitor Actus da ter, (0s Ss da administra municipal slo 0 Concelho Maina, Camara Municipal eo presidente da Cimara Municipal, sem de unas, ‘comissdes e assentorias de segundo eal. © Concelho Musiipalé uma essembléa integradn pelo presidente dda Cimarse por representantes, nalos ou elitos, das Juntas de Fregue ‘us, ds Misercordis e dos organismos corporaivos. Suasfangbes St ‘letora, quando elege 0s veresdores,ficallzadora, quando acomapata $stuag do presidente da Chmara «dos vereadores; orientadora, quando ‘stabelece as regrae geris da ao sdmiistratvaefinancira a Camara ose pronunciar sobre as delibeapbes desta sujeitas 4 so provasto para fe tomarem executes ‘A Camara Municipal é érgh colegial de getio permanente dene ios muaicipais ou, come diz o Cédigo Pormguts 0 corpo adinis- {eaivo do Concelho ~ ese compte de um presidente ede um vice-pe ‘ents, nomads pelo governa,e de vereadaeseleltosquadrcaalmente pelo Concetho Manicipal (at. 36). O numero de vereadores varia de dois Sis, segundo a categoria do Goncetho (1, 2¥ ou 3¥ dem), endo sempre {erdole vereadores noe Concethor Rurts (0 prasidone da Camara éveemente nomeade pelo gover, deate ‘vogus do Concetho, antigos vereadoes, membros das omissbes ami risuativas ou dplomads em curso superior, para un mandato de quatro sos (Cdigo Adminisatvo, ats. 71-72). Tema dupa fungio de chefat 4 adminstagao municipal como depio do Concetho e de epresentar 0 ‘over central como magisradoadminsalio. O pesidente da Camara sensei otrneseir enero coer -onlams EeveLupAo po MaNIEINO ° <6 tambin sutoridade poi, salvo quando aja comando local da policia \Sesezuranga pblicn, entegue a oil do Exerc, "Na lig autorizada de Marcello Caetano: “A competénca do pre- sidenterepate-se em ts ramos: 0 de orienta e coordenarao da Iinstragzo municipal; 0 de superintendencia ma execurto das deliver [hes camardrias ode representacio do poder cena, como magistado Miniisuativo™ ‘Conserv, ainda, « Repiblica Portuguesa Peguesia, como cicuns-

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