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BY A D R I A N O T E I X E I R A POSTED ON 3 0 / 0 3 / 2 0 1 5
Faz algum tempo que venho ensaiando de escrever algo neste sentido. Começo hoje uma
curta série de posts com o objetivo de ajudar quem está estudando para a ANPEC.
(i) certifique-se que você quer mesmo entrar no mestrado. Não há coisa pior que a
indecisão. Converse com quem está cursando o mestrado para se decidir. Se o objetivo
for ingressar num centro concorrido aí a dica é abandonar todo o resto: trabalho, trainee,
intercâmbio, concurso, encontros da liga da família…
(ii) administre o seu tempo. Mesmo para quem está focado na prova, o tempo voa, já
que cada matéria tem muito conteúdo. Os cursos de graduação nem sempre abordam
100% do que cai no Exame. Tem coisa que será necessário reservar um tempo e aprender
sozinho. Nos assuntos que você tiver mais familiaridade, a dica é rever rapidamente a
teoria, fazer um breve resumo e focar nos exercícios.
(iv) revise sistematicamente. Estipule um horário por semana só para revisar os resumos
e rever os exercícios feitos. Isto é muito importante. Geralmente, não estamos habituados
a revisar já que as provas de graduação são periódicas e não-cumulativas. Lembre que
agora você vai fazer uma prova que acumula o conteúdo de 5 anos.
(v) aprenda com os erros. Não desanime se após gastar um bom tempo numa questão,
descobrir que seu número de erros foi maior que o de acertos e seu saldo foi negativo.
Veja como um sinal: talvez você esteja respondendo sem ter certeza. A ANPEC adora
desafiar o senso comum, deixar um item em branco pode ser uma estratégia melhor do
que fazer um “chute educado”.
É isto. Evidentemente, colocar em prática é sempre a parte mais complicada. Mas, com
dedicação e persistência é possível.
Nos próximos posts, cito algumas referências de livros para cada matéria. Incentivo que
quem já fez as provas também compartilhe suas indicações.
Em macro, creio que o livro teórico principal é o Manual de Macro da USP, mas este
precisa ser complementado com capítulos de outros livros. Além de ser adequado ao nível
da ANPEC, o Manual de Macro traz, ao final de cada capítulo, um conjunto de exercícios
comentados da era pré-histórica do Exame. Assim, compensa dar uma olhada neles antes
de resolver os exercícios dos anos mais recentes.
Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Macro da Campus (contém to-
dos os exercícios dos anos recentes), livro de Macro do CAEN (1997 a 2006) e Manual
de Macro (Pré-história).
Por abordar o conteúdo de várias disciplinas, a prova de Estatística é muito ampla. A dica
é dividir o tempo entre teoria e prática, de modo que o foco principal seja resolver os
exercícios dos anos anteriores.
O único livro que conheço que tem (quase) todo o conteúdo do programa é o “Estatística
e Introdução à Econometria” do Alexandre Sartoris (professor do ProAnpec). Mas aten-
ção: este livro é muito resumido e necessariamente precisa ser acompanhado de outros
livros.
Variável dependente dummy: não costuma cair no Exame, mas os Capítulos seriam 17
do Wooldridge ou 16 do Gujarati.
Aqui vale uma observação importante. Apesar de Econometria ser bem mais divertido,
os dois primeiros temas (Probabilidade e Estatística) representam juntos, em média, cerca
de 50% das questões da prova. Mesmo assim, acredito que estudar tudo continua sendo a
melhor estratégia, já que as questões mais fáceis podem ser, justamente, as de Econome-
tria. Séries Temporais, tópico que poucos candidatos estudam, representa cerca de 15%
da prova (e costumam ser questões tranquilas).
Sobre as referências, acredito que o livro do Nicholson é o mais indicado para a ANPEC.
Ele mescla teoria e prática de um jeito similar ao que é cobrado na prova. Cada capítulo
tem vários exemplos resolvidos, e alguns deles já apareceram nas questões do Exame. O
livro do Varian é outra referência importante, além de ser muito bem visto pela banca.
Ele tem mais texto e gráfico que o Nicholson, sendo ideal para fixar a teoria. O Pin-
dycktambém é interessante, mas fala muito…
Para quem quer mais: Mas-Colell, Jehle-Reny, Kreps e Varian-hard são excelentes —
embora mais indicados para a pós.
Onde encontrar exercícios resolvidos do Exame: livro de Micro da Campus (contém to-
dos os exercícios dos anos recentes) e livro da Viegas (1991-2004), este vive esgotado
mas há uma versão “digital” no site do Cedeplar.
A banca baseia-se no conteúdo de pelo menos 7 disciplinas para fazer a prova de Mate-
mática. É muito coisa para ver e rever em tão pouco tempo. Por isso, nos assuntos que
você já tiver alguma familiaridade, a dica é rever rapidamente a teoria, fazer um breve
resumo e focar nos exercícios.
Tentei detalhar abaixo todos os tópicos que caem no Exame e suas respectivas referências.
Reforço que é muito importante fazer os exercícios dos anos anteriores.
Cálculo de 1 variável
Funções: Capítulo 2 do Guidorizzi (vol. 1) e Seção 13.5 do Simon ou Seção 2.4 do Hoy.
Otimização sem e com restrições: Capítulos 17, 18, 19 e 21 do Simon ou Seções 11.4 e
11.5 e Capítulos 12 e 13 do Chiang ou Capítulos 12, 13 e 15 do Hoy.
Sistemas lineares: Capítulo 7 do Simon (atenção aos fatos 7.1 a 7.11 da seção 7.4).
Recursos on-line: Aulas de Cálculo I, Cálculo II, Cálculo III, Geometria Analítica e Ál-
gebra Linear.
Existe uma considerável heterogeneidade entre os candidatos que fazem a prova de Eco-
nomia Brasileira. Uns fazem tanto a parte objetiva quanto a dissertativa e, portanto, pre-
cisam ter um excelente desempenho. Outros fazem só a parte objetiva. Há ainda um ter-
ceiro grupo que não está nem aí para essa prova, já que os centros que ele quer dá peso
nulo para Brasileira.
O Candidato 01 estudou muito e quer escrever tudo o que sabe na prova. Merece uma
lista caprichada.
O candidato 02 fará apenas a parte objetiva da prova. Provavelmente, ele está focado em
centros que dão peso baixo para a nota de Economia Brasileira. Por isso, em geral, ele
estuda um bom resumo (pdf) do Ordem do Progresso e uns capítulos selecionados do
Giambiagi.
O que focar: Planos Trienal, Metas, PAEG e II PND e Planos de Estabilização (Cruzado,
Bresser, Collor e Real).
Não esquecer de: memorizar as principais Instruções da Sumoc (70, 99, 105, 106, 108,
113 e 204) e as datas de criação de estatais — coisas que a banca adora perguntar.
O candidato 03 comparece à prova de Brasileira só por obrigação. Ele vai lá, preenche
um item da prova e já quer estudar matemática. Não faça isso, 03. Em último caso, tome
este resumão (pdf), e leia-o antes de fazer a prova.
Mas tome cuidado, 03, se você por algum motivo se importar com a classificação geral,
observe que Economia Brasileira tem peso igual à Matemática. Suponha que o candidato
02 está concorrendo com você, e vocês tenham desempenho igual nas demais disciplinas,
à exceção que ele tira 5 e você tira zero em Brasileira. Sua classificação pode ser 40 (ou
+) posições abaixo da dele.
Mudança de peso na USP: Recentemente, a FEA-SP decidiu que, a partir de 2015, dará
peso zero para Economia Brasileira — assim como FGVs e PUC-Rio já faziam.
A prova de inglês tem peso zero na classificação geral. No entanto, em vários centros, os
candidatos que obtém uma nota mínima (definida pelo centro) estão dispensados da prova
de proficiência em língua estrangeira.
Em geral, a prova traz dois artigos da The Economist com perguntas de compreensão de
texto. Nos últimos seis anos a banca tem escolhido textos de assuntos gerais, de fora da
seção de Economia da revista, dos meses de fev/mar/abril. As perguntas costumam seguir
a ordem do texto: primeira pergunta sobre o título, segunda sobre o primeiro parágrafo, e
assim por diante.
Nos últimos anos, a banca tem tido também o estranho hábito de colocar apenas um item
Verdadeiro por questão. Isto ocorreu nos Exames de 2010 a 2015 (exceto 2013) e todo
ano há sempre a expectativa que a banca possa fugir desse padrão.