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A respeito do arquivamento implícito ou tácito, convém destacar que ele consiste na espécie de
arquivamento em que, havendo vários investigados ou vários crimes, o Promotor de Justiça promove
o arquivamento do inquérito policial ou oferece denúncia apenas em face de alguns deles, não se
manifestando sobre a exclusão dos demais. Há duas espécies de arquivamento implícito ou tácito, quais
sejam, o objetivo (arquivamento relacionado a fato delitivo) e o subjetivo (arquivamento relacionado a
agente delitivo).
O arquivamento implícito ou tácito perfectibiliza-se com a omissão do juiz a respeito do fato e/ou
agente delitivo, no momento do recebimento da denúncia. Entretanto, como já afirmado alhures, a
jurisprudência majoritária não admite a figura do arquivamento implícito do inquérito policial, por falta
de previsão legal. Caso o Promotor de Justiça não se manifeste sobre determinados fatos ou agentes do
crime quando do arquivamento do inquérito ou do oferecimento da denúncia, deve o juiz determinar o
retorno dos autos ao Ministério Público para que haja manifestação expressa a esse respeito. Em
persistindo o silêncio do órgão ministerial, o juiz deverá aplicar analogicamente o disposto no art. 28
do CPP. Conclui-se, portanto, que não há o arquivamento implícito ou tácito, sendo o arquivamento do
inquérito policial sempre expresso.
4) Delegado/RJ/2012-Ana Carolina Santos foi presa por policiais lotados na 52ª DP – Nova Iguaçu –
e autuada em flagrante delito por ter sido surpreendida no momento em que praticava maus-tratos
contra o adolescente Vinícius Silva, deficiente físico, que não possui condições mínimas de
administrar sua vida. Durante o curto período em que a conduzida se encontrava custodiada na
Delegacia, a autoridade policial percebeu que a mesma apresentava sinais evidentes de deficiência
mental. Diante disso, convocou a perícia médico-legal para realizar o exame de corpo de delito,
objetivando comprovar uma possível insanidade. Nesse ínterim, concluiu e relatou o inquérito
policial. Com base no inquérito policial e no laudo, que concluiu pela insanidade, representou ao juiz
pela internação provisória com fundamento de evitar a reiteração criminosa (art. 319, III, parte final
do Código de Processo Penal). No caso hipotético relatado , responda (fundamentadamente): a) Agiu
corretamente a autoridade policial ao determinar a realização do exame de corpo de delito? b) E
quanto à representação pela internação provisória?
O delegado não agiu corretamente, pois o exame de sanidade mental é único que necessita de autorização
judicial para ser feito, conforme o art. 149, §1º, CPP. O exame sem esse requisito essencial torna-se nulo.
Pela leitura do art. 149, §1º do CPP verifica-se que o exame para se avaliar uma possível insanidade
mental do suposto autor do delito é perfeitamente cabível na fase de inquérito, porém mediante
representação da autoridade policial ao juiz competente. Assim, percebe-se que o juiz é a única
autoridade com poder de determinar a realização do exame médico-legal para se avaliar a sanidade
mental do indiciado, cabendo ao delegado de polícia somente representar pela sua realização, mas nunca
determinar de ofício.
Resposta: A autoridade policial não agiu de maneira correta quanto à representação pela internação
provisória, uma vez que utilizou-se como base para a representação uma perícia nula, realizada em
desacordo com previsto em lei. Ultrapassado tal detalhe, mesmo que a perícia tivesse sido realizada
corretamente, continuaria o delegado agindo de maneira equivocada, uma vez que utilizou o “risco de
reiteração criminosa” como fundamento para a decretação de uma medida cautelar, o que viola o
princípio da presunção de inocência por consistir em uma antecipação do tratamento que somente
ocorreria com o trânsito em julgado do processo.
Comentário: Importante destacar que a medida cautelar de internação provisória possui três requisitos
para ser cabível: crime praticado com violência ou grave ameaça à pessoa; perícia concluir pela
inimputabilidade ou semi-imputabilidade; haver risco de reiteração.
A partir do caso concreto percebe-se que se trata de crime de maus tratos, logo, o primeiro requisito se
encontra presente. Apesar de a perícia ser nula, por ter sido ordenada de ofício pelo delegado, ela
concluiu pela insanidade da indiciada, assim, também presente o segundo requisito. Quanto ao terceiro
requisito, devemos tecer alguns comentários.
Não iremos entrar no mérito de haver ou não no presente caso concreto o risco de reiteração criminosa.
Iremos nos debruçar sobre o fundamento em si.
O posicionamento doutrinário e jurisprudencial dominante é no sentido de ser perfeitamente possível
representar pela internação provisória com fundamento no risco de reiteração. Essa corrente sustenta que
é lícito cercear a liberdade de um em prol da segurança de toda a coletividade.
Ocorre que o professor André Nicolitt diverge desse entendimento, afirmando que qualquer medida
cautelar só pode se prestar a proteger o processo, logo, somente são cabíveis em hipóteses de risco à
instrução processual ou à aplicação da lei penal.
Ele entende que utilizar o “risco de reiteração criminosa” como fundamento para a decretação de uma
internação provisória padece de inconstitucionalidade, por consistir em uma antecipação do tratamento
que só ocorreria com o trânsito em julgado. O termo “reiteração” pressupõe a possibilidade de novas
práticas, indicando sua finalidade de prevenção específica, retirando a natureza cautelar da medida e
rasgando o princípio da presunção de inocência.
Com isso, o item “b” poderia ser respondido utilizando tais informações, como por exemplo:
5) Delegado - Concurso: PCPR - Ano: 2013 - Banca: COPSUEL - Disciplina: Direito Processual
Penal - Assunto: Ação Penal-Discorra sobre as condiçõesda ação penal.
- Resposta: São os requisitos que subordinam o exercício do direito de ação: a) Possibilidade
jurídica do pedido: está condicionada à previsão do pedido no ordenamento jurídico. A denúncia
deverá ser rejeitada quando o fato narrado não constituir crime (Lei nº 11.719/2008, Arts. 396,
396-a e 397, III do CPP). A causa de pedir deverá ser considerada em tese, com o fim de concluir
se o ordenamento material penal imputa, em abstrato, uma sanção.
b) Interesse de agir: desdobra-se no trinômio necessidade e utilidade do uso das vias
jurisdicionaispara a defesa do interesse material pretendido e adequação à causa, do procedimento
e do provimento, de forma a possibilitar a atuação da vontade concreta da lei segundo os parâmetros
do devido processo legal. A necessidade é inerente ao processo penal, tendo em vista a
impossibilidade de se impor pena sem o devido processo legal (Lei nº 11.719/2008, Arts. 396,
396-a e 397, IV do CPP). A utilidade é a eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o
interesse do autor (denúncia oferecida diante da prescrição retroativa). Por fim, a adequação reside
no processo penal condenatório e no pedido de aplicação de sanção penal.
c) A legitimação para agir é a de ocupar tanto pelo ativo da relação jurídica processual, que é
feito pelo Ministério Público na ação penal pública, e pelo ofendido na ação penal privada (CPP,
Arts. 24, 29 e 30), quanto pelo passivo, pelo provável autor do fato, e a capacidade de agir, em
nome ou interesse próprio (CPP, Arts. 33 e 34).
d) justa causa: Em verdade, a justa causa pode ser entendida como uma síntese de todas as condições
da ação - inexistindo uma delas, inexiste a justa causa (NUCCI, 2008, p. 195). Isso porque ela envolve
o suporte probatório mínimo, indício mínimo para o oferecimento da ação penal, o somatório de indícios
suficientes de autoria com prova da materialidade do delito. É, pois, o fumus boni iuris (fumus comissi
delicti) para o exercício da ação penal.
6) Delegado de Polícia - Concurso: PCRS - Ano: 2011 -Banca: IBDH - Disciplina: Direito
Processual Penal - Assunto: Competência - A Constituição Federal prevê como juízo natural
para processo e julgamento do Presidente da Republica, nos crimes de responsabilidade, o
Senado Federal (art. 86). Nos crimes comuns, o Presidente da Republica será processado e
julgado pelo STF. Discorra sobre os seguintes aspectos do terra: a. O que são crimes de
responsabilidade? b. O que é e onde esta o juízo de admissibilidade da acusação nestas
condições?
Os chamados crimes de responsabilidade correspondem às infrações político-administrativas cometidas
no desempenho da função presidencial, desde que definidas por lei federal. Estabelece a Constituição
Federal como crimes de responsabilidade condutas que atentam contra a Constituição e, especialmente,
contra a existência da União, o livre exercício dos Poderes do Estado, a segurança interna do País, a
probidade da Administração, a lei orçamentária, o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
e o cumprimento das leis e das decisões judiciais (CF , art. 85).
O juízo de admissibilidade é uma condição exercida pela Câmara dos Deputados (art. 51, I, CF) que
autoriza, mediante votação de 2/3 dos deputados federais, para que o Senado (art. 52, I, CF) possa julgar
o presidente da república nos crimes de responsabilidade, previsto no art. 85 da CF. Se o presidente
cometer crime comum, o juízo de admissibilidade será o mesmo, porém será julgado pelo STF.
7) Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - Disciplina: Direito Processual
Penal - Assunto: Competência - Cabelo de Anjo, residente em Goiânia/GO, líder de um grupo
virtual intitulado adoradores de menores, composto, de forma estável, há mais de 5 anos, também
por Cara Grande, residente em São Paulo/SP, Magrillo, residente em Campinas/SP, Malacúria,
residente em Brasília/DF, e Marreco, residente no Rio de Janeiro/RJ, instigou, por meio da internet,
durante viagem a Salvador/BA, a pedido dos demais membrosdo grupo, sua enteada de 8 anos a
se exibir de forma sexualmente explícita, fotografando-a. Ao chegar em sua residência, Cabelo
de Anjo transmitiu, de seu computador pessoal, também a pedido dos demais membros do
grupo, a eles, as fotografias que produziu e armazenou com conteúdo pornográfico. As
fotografias foram acessadas e armazenadas em laptop, primeiramente por Cara Grande e
Magrillo, que passavam férias em Fortaleza/CE. Um dia depois, Malacúria e Marreco as
acessaram e as armazenaram em seus computadores pessoais, localizados em suas residências.
Determinada judicialmente a quebra do sigilo telemático, verificou-se que o provedor de
armazenamento dos e-mails encontrava-se localizado em Porto Alegre/RS. Levando-se em
consideração que as condutas típicas investigadas se assemelham ao previsto no artigo 288 do
Código Penal, e nos artigos 241-A; 241-B, § 1º e 241-D, parágrafo único, II, da Lei 8.069/90, analise,
fundamentadamente, considerando-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a
competência criminal territorial e a competência criminal em razão da matéria.
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir
material pornográfico envolvendo criança ou adolescente [artigos 241, 241-A e 241-B da Lei
8.069/1990] quando praticados por meio da rede mundial de computadores. STF. Plenário. RE
628624/MG, Rel. Orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28 e
29/10/2015 (repercussão geral) (Info 805). O STJ segue o mesmo entendimento.
8) Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - Banca: NCE - Disciplina: Direito
Processual Penal - Assunto: Competência - Creonte, policial militar, foi denunciado pela suposta
prática de homicídio tentado, visto que disparara sua arma contra um civil, lesionando, em
operação que objetivara a ocupação de uma favela na periferia. Devidamente pronunciado, foi
levado a julgamento perante o Tribunal do Júri. A defesa sustentou a tese da desclassificação para
lesão corporal, já que Creonte não possuíra o dolo de retirada da vida da vítima. Indaga-se: a)
Qual a diferença entre desclassificação própria e imprópria? b) Acolhendo a tese defensiva, o
Conselho de Sentença desclassificou a conduta para lesão corporal. Nesse sentido, qual o órgão
jurisdicional competente para proferir a sentença definitiva?
Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime que não seja
doloso contra a vida e não for competente para o seu julgamento, fará a desclassificação do crime,
remetendo os autos ao juízo competente (art. 419, caput, do CPP). Essa hipótese de desclassificação é
conhecida como desclassificação própria (OLIVEIRA, 2008, p. 571).
Nesse prisma, entende-se que se opera a desclassificação imprópria toda vez em que o crime
originariamente imputado na denúncia e também o crime desclassificado são dolosos contra a vida, a
exemplo da desclassificação do crime de homicídio para o crime de infanticídio. Nesta hipótese, a
competência do tribunal do júri permanecerá.
Se a desclassificação do crime doloso contra a vida é feita pelo juiz no momento da análise da pronúncia
do réu, os autos devem ser remetidos ao juízo competente (art. 74, § 3°, CPP): Nessa hipótese, caso não
haja alteração tática do delito, mas sim apenas novo enquadramento legal, não é necessário o aditamento
da inicial, sendo recomendável, porém, em respeito ao contraditório, que o juízo competente possibilite
que as partes se manifestem, inclusive indicando provas, requerendo diligências e apresentando
alegações finais. De outro lado, se houver alteração tática do delito por força da desclassificação, deve
o juízo competente determinar que o autor da ação penal adite a inicial (mutatio libelli, consoante art.
384 do CPP), indicando provas, após o que a defesa deve se manifestar, prosseguindo-se logo após a
instrução criminal Nesse sentido Guilherme de Souza Nucci (NUCCI, 2008, p. 752) e Nestor Távora e
Rosmar Rodrigues Alencar (TÁVORA; ALENCAR, 2009, p. 693).
Se a desclassificação do crime doloso contra a vida é feita pelo Conselho de Sentença em plenário, o
juiz-presidente do Tribunal do Júri é quem vai julgar singularmente o feito, não o remetendo ao juízo
competente, por economia processual (arts. 74, § 3°, e 492, § 1°, CPP): O mesmo raciocínio se aplica se
há um crime doloso contra a vida e um crime conexo ou continente de outra natureza (não doloso contra
a vida): feita a desclassificação do crime doloso contra a vida, o juiz-presidente do Tribunal do Júri
julgará o crime conexo ou continente (art. 492, § 2°, do CPP). Em ambas as situações, se, por força da
desclassificação, for possível a aplicação dos institutos previstos na Lei n° 9.099/95, o magistrado assim
deverá proceder, conforme disposto no art. 492, § 1°, parte final, do CPP.
9) Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - Disciplina: Direito Processual
Penal - Assunto: Competência - Em 20/07/2007, Merendão, Chino e Tripa Seca, residentes em
Brasília-DF, se encontraram em Goiânia-GO para combinar a prática de crimes. Na mesma data,
Chino mostra a seus dois comparsas um equipamento eletrônico, vulgarmente conhecido como
chupa-cabra, que, quando instalado em terminais de autoatendimento de instituições financeiras,
captam e armazenam dados e senhas bancárias de correntistas que utilizam tais terminais. De
posse do chupa-cabra, os três, no mesmo dia, se dirigem a Palmas-TO, local onde instalam o
chupa-cabra em um terminal de autoatendimento de uma instituição financeira privada,
localizada em um movimentado centro comercial da cidade, deixando-o instalado até 22/07/2007.
Durante esse período, os correntistas que fizeram uso de tal terminal de autoatendimento para
sacar, transferir dinheiro, retirar extratos bancários etc., tiveram seus dados e suas senhas
bancárias captados e armazenados pelo chupa-cabra. Munidos do chupa-cabra repleto de dados
e senhas bancários dos correntistas que utilizaram o terminal, os três se dirigiram, em 25/07/2007,
ao Rio de Janeiro-RJ, local onde pediram a uma pessoa conhecida como Cabelo de Anjo que
confeccionasse cartões bancários clonados, magnetizando, em cartões virgens, os dados bancários
captados pelo chupa-cabra e identificando, no verso dos cartões, as senhas de acesso às contas.
Cabelo de Anjo, então, durante a magnetização dos cartões, observa a existência de senhas e
dados bancários de diversas agências e contas da instituição financeira, uma vez que pessoas
de outros Estados, de férias em Palmas-TO, teriam utilizado o terminal de autoatendimento
onde o chupa-cabra se encontrava instalado. Assim, observou a existência no chupa-cabra de
dados e senhas bancárias armazenadas de correntistas do mencionado banco privado em
Palmas-TO, Belo Horizonte-MG, Teresina-PI, Brasília-DF, Goiânia-GO, Cuiabá-MT, São Paulo-
SP, Porto Alegre-RS e Vitória-ES. De posse de diversos cartões bancários clonados e suas
respectivas senhas, os três se dirigiram, em 30/07/2007, a Curitiba-PR, local onde efetuaram
diversos saques com os mencionados cartões, causando, assim, prejuízos financeiros a agências
bancárias e correntistas da mencionada instituição financeira em Palmas-TO, Belo Horizonte-
MG, Teresina-PI, Brasília-DF, Goiânia-GO, Cuiabá-MT, São Paulo-SP, Porto Alegre-RS e
Vitória-ES. Levando-se em consideração que o crime praticado é o previsto no artigo 155, §4º,IIe
IV c/c artigo 71, do Código Penal (furto qualificado mediante fraude e concurso de agentes em
continuidade delitiva) defina, justificadamente, a competência de foro (territorial) para
processar e julgar os criminosos.
Merendão, Chino e Tripa Seca praticaram no artigo 155, §4º,IIe IV c/c artigo 71, do Código Penal e
art. 288 do CP.
O STJ possui o entendimento que foro competente será competente o Juízo do lugar da consumação do
delito de furto, in casu, o local em que se situa a conta bancária subtraída. Nesse caso, será competente
o foro Palmas-TO, Belo Horizonte-MG, Teresina-PI, Brasília-DF, Goiânia-GO, Cuiabá-MT, São
Paulo-SP, Porto Alegre-RS e Vitória-ES, podendo ser adotado a prevenção.
Houve uma continuidade delitiva, pois mediante mais de uma ação ou omissão, prática dois ou mais
crimes da mesma espécie, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplicando-se a pena de um dos
crimes, se idênticas, ou a a mais grave se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3.
. Aconteceu também a conexão intersubjetiva concursal se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem
sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. É hipótese de
concurso de agentes dilatado no tempo. Nesta espécie, há prévio ajuste entre os agentes.