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103, §2°- Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
5. Capacidade Postulatória
6. Participação do PGR
7. Participação do AGU
Determinado partido político, que possui dois deputados federais e dois senadores em seus
quadros, preocupado com a efetiva regulamentação das normas constitucionais, com a
morosidade do Congresso Nacional e com a adequada proteção à saúde do trabalhador,
pretende ajuizar,
em nome do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação do Art.
7°, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. O partido informa,
por fim, que não se pode compactuar com desrespeito à Constituição da República por mais de
28 anos.
Considerando a narrativa acima descrita, elabore a peça processual judicial objetiva
adequada.(Valor : 5,00)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não
confere pontuação.
EXM°. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO..., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n°... e no TSE
sob o n°..., por seu Diretório Nacional, com sede em ..., por seu advogado infra-assinado...,
com escritório...,
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC ,vem propor a presente AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCI- ONALIDADE POR OMISSÃO, com base no art. 103, Õ2°, da CRFB/88 e na Lei n°
9868/99 em face da Mesa do Congresso Nacional, tendo em vista a falta de norma
regulamentadora do art. 7°, XXIII, da CRFB/88, conforme especificará ao longo desta petição,
nos termos e motivos que passa a expor.
I - DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL
O Art. 7°, XXIII, da CRFB/88 assim dispõe: “Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...), XXXIII - adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei”.
Essa é uma típica norma de eficácia limitada dependente de regulamentação e a medida
judicial objetiva apropriada para defender a efetividade desse direito social é a Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão.
II - DA LEGITIMIDADE ATIVA
O autor é legitimado ativo para a propositura da ação, de acordo com o art. 103, VIII da
CRFB/88 e não precisa comprovar a pertinência temática diante da sua importância para o
regime democrático, na forma do art. 17, da CRFB/88.
Além disso, possui representação no Congresso Nacional e foi criado de acordo com a Lei
9.096/95, estando, portanto, plenamente habilitado para o ajuizamento desta ADO.
III - DOS FUNDAMENTOS
De acordo com o art. 103, § 2°, da CRFB/88, declarada a inconstitucionalidade por omissão de
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para
a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo
em trinta dias.
A referida ação também encontra amparo nos arts. 12-A e 12-H da Lei 9868/99.
A competência para julgamento da ação é do STF, conforme o próprio art. 103, § 2°, da
CRFB/88 estabelece.
IV - DA JURISPRUDÊNCIA DO STF
Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse entendimento,
em nome da separação entre os poderes (art. 2°, da CRFB/88), o Poder Judiciário não poderia
suprir a omissão da norma faltante, tampouco fixar prazo para o legislador elaborar a lei,
restando a sentença produzindo efeito apenas para declarar a mora legislativa.