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JUL 1998 NBR 8653


Metalografia, tratamentos térmicos
e termoquímicos das ligas
ABNT-Associação
Brasileira de
ferrocarbono - Terminologia
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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Origem: Projeto NBR 8653:1997


CB-28 - Comitê Brasileiro de Siderurgia
CE-28:000.05 - Comissão de Estudo de Ensaios
NBR 8653 - Metallography, heat and thermochemical treatment of iron-carbon
alloys - Terminology
Copyright © 1998, Descriptors: Iron-carbon alloys. Terminology
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 01.09.1998
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Ligas ferrocarbono. Terminologia 17 páginas

Sumário esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no


Prefácio momento desta publicação. Como toda norma está sujeita
1 Objetivo a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
2 Referências normativas com base nesta que verifiquem a conveniência de se
3 Definições usarem as edições mais recentes das normas citadas a
ANEXO seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
A Tabela e diagramas de equilíbrio em um dado momento.

Prefácio NBR 6215:1986 - Produtos siderúrgicos - Terminolo-


gia
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi-
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês NBR 11568:1990 - Determinação do tamanho de
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização grão (TG) em materiais metálicos - Procedimento
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envolvi- 3 Definições
dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores, e
neutros (universidades, laboratórios e outros). Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições
da NBR 6215 e as seguintes:
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os 3.1 Agregado
associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma inclui o anexo A, de caráter informativo. Aglomerado de aspecto característico, formado por duas
ou mais fases do tipo, por exemplo, perlita, bainita, ledebu-
1 Objetivo rita.

Esta Norma define os termos empregados em metalografia 3.2 Alívio de tensões


e tratamentos térmicos e termoquímicos das ligas
ferrocarbono. Ver "Recozimento para alívio de tensões".
2 Referências normativas
3.3 Aquecimento
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que,
ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para Elevação de temperatura.
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2 NBR 8653:1998

3.4 Atmosfera 3.6.4 Austenita retida

Gás ou mistura de gases que se encontram em um re- Austenita não transformada pela têmpera ou tratamento
cinto. semelhante.

3.4.1 Atmosfera carbonetante ou cementante 3.7 Austenitização

Atmosfera capaz de fornecer carbono às peças envol- Transformação da estrutura da matriz existente em estru-
vidas. tura austenítica através de aquecimento. Pode ser parcial
(aquecimento dentro da faixa de transformação) ou com-
3.4.2 Atmosfera controlada pleta (aquecimento acima da faixa de transformação).

Atmosfera cuja composição é controlada. 3.8 Bainita

3.4.3 Atmosfera descarbonetante Termo usado para designar os produtos de transformação


da austenita, constituídos por agregados de ferrita e ce-
Atmosfera capaz de retirar carbono das peças envolvidas. mentita e formados em uma faixa de temperatura situada
entre a de formação da perlita fina e a de formação da
3.4.4 Atmosfera inerte martensita. A bainita tem aspecto de penas de aves, se
formada na parte superior da faixa de temperatura (bainita
Atmosfera formada por gases não reagentes. superior), ou acicular, lembrando a martensita revenida,
se formada na parte inferior da faixa (bainita inferior).
3.4.5 Atmosfera neutra
3.9 Beneficiamento
Atmosfera que não provoca ação química sobre as peças
envolvidas. Tratamento térmico composto de têmpera seguida de re-
venimento.
3.4.6 Atmosfera oxidante
3.10 Boretação
Atmosfera capaz de provocar ação oxidante sobre as
peças envolvidas. Tratamento termoquímico em que se promove enriqueci-
mento superficial com boro.
3.4.7 Atmosfera protetora
3.11 Campo austenítico
Atmosfera que protege as peças envolvidas contra deter-
Região do diagrama de equilíbrio em que a austenita é a
minada reação química.
única fase presente. No diagrama de equilíbrio ferro-
carboneto de ferro, o campo austenítico é limitado pelas
3.4.8 Atmosfera redutora
linhas GS, SE, EJ, JN e NG (ver figura A.1).
Atmosfera capaz de provocar ação redutora sobre as pe-
3.12 Carbonetação
ças envolvidas.
Enriquecimento superficial com carbono.
3.5 Austêmpera
3.13 Carboneto
Tratamento isotérmico composto de austenitização, res-
friamento rápido até a faixa de formação da bainita, per- Composto de carbono com um ou mais elementos. Em
manência nesta temperatura até completa transformação metalografia, o termo é usado preferencialmente como
da austenita em bainita e resfriamento até a temperatura designação genérica de carbonetos complexos de ferro
ambiente. com outros elementos metálicos ou de carbonetos que
não contêm ferro.
3.6 Austenita
3.14 Carbonitretação
Constituinte do sistema ferrocarbono formado por solu-
ção sólida de carbono e eventualmente outros elementos, Tratamento termoquímico em que se promove o enrique-
em ferro gama. cimento superficial simultaneamente com carbono e nitro-
gênio.
3.6.1 Austenita eutética
3.15 Carepa
Austenita integrante do constituinte eutético.
Camada de óxidos formada na superfície de ligas ferrosas
3.6.2 Austenita primária em temperaturas elevadas e meio oxidante.

Austenita precipitada diretamente da fase líquida. 3.16 Célula eutética primária

3.6.3 Austenita pró-eutética Agregado de grafita e austenita encontrado no ferro fun-


dido cinzento, durante a solidificação, onde a grafita está
Austenita precipitada diretamente da fase líquida em li- presente como um esqueleto contínuo e ramificado dentro
gas hipoeutéticas. da célula.
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NBR 8653:1998 3

3.17 Cementação 3.18.8 Cementita primária

Tratamento termoquímico em que se promove enriqueci- Cementita precipitada diretamente da massa líquida, que
mento superficial com carbono. ocorre em ligas hipereutéticas. No diagrama ferro-carbo-
neto de ferro, a transformação é representada pela linha
3.17.1 Cementação a gás CD (ver figura A.1).

Cementação realizada em meio gasoso. 3.18.9 Cementita proeutética

3.17.2 Cementação a vácuo Ver "Cementita primária".

Cementação em que se produz vácuo no forno antes da 3.18.10 Cementita proeutetóide


injeção de gás carbonetante.
Ver cementita secundária
3.17.3 Cementação em banho de sal
3.18.11 Cementita secundária
Cementação realizada em meio líquido (sal fundido).
Cementita precipitada dos grãos de austenita em virtude
3.17.4 Cementação em caixa da diminuição da solubilidade do carbono no ferro gama
com abaixamento de temperatura, que ocorre em ligas
Cementação realizada em meio carbonetante sólido, hipereutetóides. No diagrama de equilíbrio ferro-carbo-
dentro de um recipiente fechado, em cujo interior a peça neto de ferro, a transformação é representada pela linha
é levada ao forno. ES (ver figura A.1).

3.17.5 Cementação em pasta 3.18.12 Cementita terciária

Cementação em que o meio carbonetante é um material Cementita precipitada dos grãos de ferrita em virtude da
pastoso. diminuição da solubilidade do carbono no ferro alfa, com
abaixamento de temperatura. No diagrama ferro-carbo-
3.17.6 Cementação em pó
neto de ferro, a transformação é representada pela linha
PQ (ver figura A.1).
Cementação em que o meio carbonetante é um pó.
3.19 Cianetação
3.18 Cementita
Carbonitretação realizada em meio líquido.
Designação metalográfica do carboneto de ferro, cuja
fórmula é Fe3C e o teor de carbono é 6,69%.
3.20 Coalescimento
3.18.1 Cementita coalescida
Tratamento térmico complementar à esferoidização, onde
ocorre crescimento dos carbonetos esferoidizados com
Cementita que aumentou de volume através de trata-
conseqüente diminuição de seu número.
mento térmico de coalescimento.
3.21 Composto intermetálico
3.18.2 Cementita em rede

Fase intermediária cuja faixa de composição é muito es-


Cementita que ocorre na forma contínua, ou descontínua,
nos contornos de grão da austenita preexistente. treita e eventualmente pode não conter a relação este-
quiométrica correspondente. Apresenta, em geral, estru-
3.18.3 Cementita esferoidizada tura cristalina complexa.

Cementita que adquiriu a forma esferoidal através de tra- 3.22 Constituinte


tamento térmico de esferoidização.
Cada uma das fases isoladas ou sob a forma de agregado
3.18.4 Cementita eutética que compõe a estrutura de uma liga metálica, por exem-
plo, ferrita, austenita, perlita e bainita.
Cementita integrante de constituinte eutético.
3.23 Contorno de grão
3.18.5 Cementita eutetóide
Interface de grãos de uma mesma fase.
Cementita integrante de constituinte eutetóide.
3.24 Cristal primário
3.18.6 Cementita globular
Primeiro tipo de cristal que se forma durante a solidificação
Ver "Cementita esferoidizada". de um líquido.

3.18.7 Cementita livre 3.25 Curva em C

Cementita não associada a outro constituinte. Ver "Diagrama de transformação isotérmica".


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3.26 Curva em S d) costuma-se adicionar também uma escala auxiliar


indicativa do teor de carboneto de ferro no sistema meta-
Ver "Diagrama de transformação isotérmica". estável. O teor de 0% desta escala corresponde ao ferro
puro e o teor de 100% ao teor, em massa, de carbono no
carboneto de ferro (6,69%).
3.27 Curva TTT
3.32 Diagrama de resfriamento contínuo
Ver "Diagrama de transformação isotérmica".
Representação gráfica, em coordenadas, da transforma-
3.28 Dendrita
ção da austenita durante o resfriamento contínuo, em
função do tempo (abscissas em escala logarítmica) e da
Cristal de aspecto arborescente, típico do estado bruto
temperatura (ordenadas, em escala natural), referente a
de fusão.
uma determinada liga ferrocarbono.
3.29 Descarbonetação 3.33 Diagrama de transformação isotérmica
Redução do teor de carbono em toda a extensão ou parte Representação gráfica, em coordenadas, da transforma-
do material. ção isotérmica da austenita, em função do tempo (abscis-
sas, em escala logarítmica) e da temperatura (ordenadas,
3.29.1 Descarbonetação global em escala natural), referente a uma determinada liga
ferrocarbono. Também chamado curva TTT, diagra-
Soma das medidas das profundidades das camadas que ma TTT e, pelo aspecto que assume, curva em C e curva
apresentam descarbonetação total e parcial. em S.
3.29.2 Descarbonetação parcial 3.34 Diagrama TTT

Redução parcial do teor de carbono em toda a extensão Ver "Diagrama de transformação isotérmica".
ou parte do material a partir da sua superfície ou a partir
do final da camada que apresenta descarbonetação total. 3.35 Distensionamento

3.29.3 Descarbonetação total Ver "Recozimento para alívio de tensões".

Redução do carbono em toda a extensão ou parte do 3.36 Encharque


material a partir de sua superfície, originando apenas
ferrita livre. Equalização da temperatura em todos os pontos da peça.

3.30 Diagrama de equilíbrio de fases 3.37 Encruamento

Diagrama que representa os campos de ocorrência de Deformação plástica que acarreta endurecimento do ma-
fases em equilíbrio. Nos sistemas metálicos, geralmente terial (ver NBR 6215).
se representa a ocorrência de fases em função de tempe-
3.38 Endurecimento
ratura e composição.
Aumento da dureza.
3.31 Diagrama de equilíbrio ferrocarbono
3.38.1 Endurecimento por envelhecimento
Representação gráfica da ocorrência de fases nas ligas
ferrocarbono em função do teor de carbono e da tempe- Endurecimento produzido por processo de envelheci-
ratura em condições de equilíbrio, como mostram a tabe- mento, geralmente após solubilização ou trabalho a frio.
la A.1 e a figura A.1.
3.38.2 Endurecimento por precipitação
NOTA - Costuma-se completar o diagrama de equilíbrio
ferrocarbono com os seguintes dados de utilidade prática: Endurecimento produzido pela precipitação de uma fase
de uma solução supersaturada.
a) o diagrama de equilíbrio ferrocarbono propriamente dito
corresponde ao sistema ferro-grafita. Esse sistema é repre- 3.38.3 Endurecimento secundário
sentado por linhas tracejadas, cujos pontos são designados
pela mesmas letras que indicam os pontos do sistema me-
Aumento da dureza que ocorre durante o ciclo de reve-
taestável ferro-carboneto de ferro, com a diferença de que
nimento.
a estas letras se acrescenta o sinal ’ (linha). Exemplo: E’;

3.39 Envelhecimento
b) o diagrama de equilíbrio metaestável ferro-carboneto de
ferro, embora não corresponda realmente às condições
de equilíbrio estável, também é incluído e representado por Alteração das propriedades mecânicas com o tempo, ge-
linhas cheias; ralmente lenta à temperatura ambiente e mais rápida
com a elevação da temperatura.
c) em alguns campos bifásicos do sistema metaestável,
as fases agrupam-se de forma característica, formando 3.39.1 Envelhecimento artificial
os agregados (perlita, ledeburita e outros). Costuma-se
delimitar as partes correspondentes aos teores de carbono Envelhecimento intencional que ocorre acima da tempe-
característicos; ratura ambiente.
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3.39.2 Envelhecimento interrompido 3.42.7 Estrutura de Widmanstätten

Envelhecimento realizado em duas ou mais temperaturas, Estrutura resultante da precipitação de uma nova fase ao
com resfriamento até a temperatura ambiente após cada longo de certos planos cristalográficos da solução sólida
etapa. original. Nas ligas ferrocarbono, é geralmente caracteri-
zada pela ocorrência de agulhas de ferrita orientada se-
3.39.3 Envelhecimento natural gundo três direções em matriz perlítica.

Envelhecimento espontâneo de uma solução supersatu- 3.42.8 Estrutura dendrítica


rada, que ocorre na temperatura ambiente.
Estrutura caracterizada pela apresentação de dentritas.
3.39.4 Envelhecimento por encruamento
3.42.9 Estrutura encruada
Envelhecimento natural subseqüente a um trabalho a
frio. Estrutura apresentada após a deformação a frio (deforma-
ção realizada abaixo da temperatura de recristalização).
3.39.5 Envelhecimento progressivo
3.42.10 Estrutura globular
Envelhecimento realizado com variação de temperatura,
por etapas ou continuamente. Estrutura caracterizada pela presença de constituintes
sob a forma de glóbulos.
3.40 Esferoidização
3.42.11 Estrutura lamelar
Tratamento térmico de recozimento com a finalidade de
se obter os carbonetos sob a forma esferoidal. Usualmen- Estrutura caracterizada pela presença de constituintes
te é caracterizado por permanência em temperatura li- sob a forma de lamelas.
geiramente superior ou inferior ao ponto A1 ou oscilação
em torno de A1 e resfriamento lento. 3.43 Eutético

3.41 Esfriamento Termo usado para designar abreviadamente:

Ver "Resfriamento". a) ponto eutético;

3.42 Estrutura b) agregado eutético.

Maneira característica em que se apresenta um metal ou 3.44 Eutetóide


uma fase de uma liga metálica em função do reticulado
cristalino. Por extensão é empregada para designar os Termo usado para designar abreviadamente:
agregados de uma liga metálica, por exemplo, estrutura
ferrítica, estrutura perlítica e estrutura ferrítico-perlítica. a) ponto eutetóide;

3.42.1 Estrutura acicular b) agregado eutetóide.

Estrutura caracterizada pela presença de constituintes 3.45 Fase


sob a forma de agulhas.
Porção fisicamente definida e homogênea.
3.42.2 Estrutura alinhada
3.45.1 Fase intermediária
Estrutura caracterizada pela apresentação de constituin-
tes em linhas ou faixas. Fase cuja faixa de composição não se estende a qualquer
dos constituintes puros do sistema.
3.42.3 Estrutura bruta de forjamento
3.45.2 Fase intermetálica
Estrutura apresentada após o forjamento.
Ver "Composto intermetálico".
3.42.4 Estrutura bruta de fundição
3.45.3 Fase sigma
Ver "Estrutura bruta de fusão".
Fase encontrada originalmente nas ligas ferro-cromo-
3.42.5 Estrutura bruta de fusão níquel e cromo-níquel. É estável em temperaturas abaixo
de 820°C.
Estrutura apresentada após a solidificação.
3.46 Ferrita
3.42.6 Estrutura bruta de laminação
Solução sólida de carbono em ferro cristalizado no sistema
Estrutura apresentada após a laminação. cúbico de corpo centrado.
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3.46.1 Ferrita acicular 3.52.2 Grafita primária

Ferrita em forma de agulhas. Grafita precipitada diretamente da massa líquida, que


ocorre em ligas hipereutéticas do sistema estável ferro-
3.46.2 Ferrita alfa grafita.
Ferrita correspondente ao ferro alfa.
3.52.3 Grafita proeutética
3.46.3 Ferrita delta
Ver "Grafita primária".
Ferrita correspondente ao ferro delta.
3.52.4 Grafita proeutetóide
3.46.4 Ferrita em rede
Ver "Grafita secundária".
Ferrita que ocorre na forma contínua ou descontínua nos
contornos de grão da austenita preexistente. 3.52.5 Grafita secundária

3.46.5 Ferrita eutetóide


Grafita precipitada dos grãos da austenita, que ocorre
em ligas hipereutéticas.
Ferrita integrante do constituinte eutetóide.

3.46.6 Ferrita livre 3.53 Grafitização

Ferrita não associada a outro constituinte. Formação de grafita a partir de carbonetos de liga
ferrocarbono.
3.46.7 Ferrita proeutetóide
3.54 Grão
Ferrita precipitada da austenita durante o resfriamento
em ligas hipoeutetóides. Cristal alotriomórfico de um material policristalino, consi-
derado individualmente.
3.47 Ferro alfa (ferro α)

Forma alotrópica do ferro, com reticulado cúbico de corpo 3.55 Homogeneização


centrado, que ocorre em condições de equilíbrio até a
temperatura de 912°C. Será ferromagnético até 770°C Manutenção de uma liga a alta temperatura para eliminar
(Ponto Curie) e paramagnético entre 770°C e 912°C. ou diminuir, por difusão, a segregação química.

3.48 Ferro delta (ferro δ) 3.56 Inclusão

Forma alotrópica do ferro, com reticulado cúbico de corpo Material estranho retido em uma liga metálica, que ocorre
centrado, que ocorre em condições de equilíbrio entre geralmente sob a forma de partículas não-metálicas.
1 394°C e 1 538°C (ponto de fusão do ferro). É paramag-
nético. 3.57 Ledeburita

3.49 Ferro gama (ferro γ) Agregado eutético do sistema metaestável ferro-carbo-


neto de ferro.
Forma alotrópica do ferro, com reticulado cúbico de face
centrada, que ocorre entre 912°C e 1 394°C. Não é mag-
3.57.1 Ledeburita I
nético.

3.50 Fotomicrografia Denominação dada à ledeburita quando se apresenta


como um agregado de austenita e cementita.
Fotografia de uma microestrutura.
3.57.2 Ledeburita II
3.51 Fragilidade de revenimento
Denominação dada à ledeburita quando se apresenta
Fragilidade que alguns aços apresentam quando res- como um agregado de perlita e cementita.
friados lentamente através de uma determinada faixa de
temperatura ou quando revenidos nessa mesma faixa. 3.58 Linha crítica
3.52 Grafita
No diagrama ferrocarbono, é o lugar geométrico dos
Forma alotrópica do carbono, de reticulado hexagonal. pontos críticos.
Constituinte típico do ferro fundido cinzento, maleável e
nodular. Ocorre na forma de veios, nódulos e outros. 3.59 Linha liquidus

3.52.1 Grafita eutética Em diagrama de equilíbrio, é a linha acima da qual o ma-


terial se encontra totalmente no estado líquido. No diagra-
Grafita componente de agregado eutético do sistema es- ma de equilíbrio ferro-carboneto de ferro, a linha liquidus
tável ferro-grafita corresponde à linha ACD.
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3.60 Linha solidus 3.67 Martêmpera

Em diagrama de equilíbrio, é a linha abaixo da qual o Tratamento isotérmico composto de austenitização, se-
material se encontra totalmente no estado sólido. No dia- guido de resfriamento brusco até temperatura ligeira-
grama de equilíbrio ferro-carboneto de ferro, a linha mente acima da faixa de transformação de martensita, vi-
solidus corresponde à linha AHJEF. sando equalizar a temperatura do material e resfriamento
adequado até a temperatura ambiente.
3.61 Linha solvus
3.68 Martensita
Em diagrama de equilíbrio, é a linha indicativa da variação
dos limites de solubilidade no estado sólido. Solução sólida metaestável supersaturada, resultante da
transformação, sem difusão, de uma forma alotrópica do
3.62 Macla solvente estável em temperatura elevada. A martensita
possui estrutura acicular e geralmente caracteriza-se por
Defeito cristalográfico onde o arranjo cristalino é diferente dureza elevada resultante das distorções da rede cris-
do perfeito, caracterizado pela rotação, no cristal, em torno talina. Nas ligas ferrocarbono, é a solução sólida inters-
de um eixo ou pelo aspecto especular em relação a um ticial supersaturada de carbono em ferro alfa e possui,
plano, mantendo-se, entretanto, a estrutura cristalográfica usualmente, reticulado tetragonal de corpo centrado, re-
original. sultante da distorção do reticulado cúbico provocada pelo
excesso de carbono. A martensita das ligas ferrocarbono
3.63 Maclação é ferromagnética.

Processo de formação da macla. 3.68.1 Martensita não revenida

3.64 Macroestrutura Martensita obtida diretamente da têmpera, sem qualquer


tratamento subseqüente. No sistema ferrocarbono, apre-
Termo usado para designar a estrutura quando observada
senta reticulado tetragonal de corpo centrado.
em uma macrografia.
3.68.2 Martensita revenida
3.65 Macrografia
Produto de decomposição resultante do aquecimento da
Aspecto ou reprodução gráfica de uma superfície devida-
martensita em temperatura abaixo de A1, em ligas
mente preparada de uma peça ou amostra metálica, com
ferrocarbono. O termo pode ser usado também para ligas
aumento linear igual ou inferior a dez vezes. É usualmente
não-ferrosas.
empregada para revelar a estrutura de peças deformadas
a frio ou a quente, peças fundidas, de irregularidades in-
3.69 Metalografia
ternas ou externas e outras. O termo é também utilizado
para designar a técnica macrográfica.
Estudo da constituição e estrutura dos metais, ligas, pro-
dutos metálicos e produtos compósitos e de seu relacio-
3.66 Maleabilização
namento com propriedades e processos de fabricação.
Tratamento térmico aplicado ao ferro fundido branco em
que o elemento carbono ou é eliminado da superfície, ou 3.70 Microestrutura
passa a grafita na forma arredondada. Ambos os fenô-
menos podem ocorrer simultaneamente. O elemento Termo usado para designar a estrutura (agregados),
carbono também pode estar presente em fase ou fases quando observada em uma micrografia.
oriundas da transformação da austenita (como, por exem-
plo, a perlita). 3.71 Micrografia

3.66.1 Maleabilização por descarbonetação Aspecto ou reprodução gráfica de uma amostra do mate-
rial devidamente preparada com aumento linear maior
Ver "Maleabilização por processo descarbonetante". que dez vezes. O termo é também utilizado para designar
a técnica micrográfica.
3.66.2 Maleabilização por grafitização
3.72 Microscopia
Maleabilização em que o carbono combinado sob a forma
de cementita passa a grafita. Produto: ferro maleável pre- a) Microscopia eletrônica: microscopia cuja imagem
to. é gerada a partir da interação de um feixe de elétrons
com a amostra.
3.66.3 Maleabilização por processo descarbonetante
b) Microscopia óptica: microscopia cuja imagem é
Maleabilização em que o carbono é eliminado parcial- gerada a partir da interação de um feixe luminoso
mente por oxidação. Produto: ferro maleável branco. com a amostra.

3.66.4 Maleabilização por processo não descarbonetante 3.73 Nitretação

Maleabilização em que o carbono não é eliminado do Tratamento termoquímico em que se promove enriqueci-
material. Produto: ferro maleável preto. mento superficial com nitrogênio.
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3.73.1 Nitretação a gás - início da precipitação da cementita dos grãos da


austenita, no resfriamento ou fim da absorção, no
Nitretação realizada em meio gasoso. aquecimento.

3.73.2 Nitretação em banho NOTAS

Nitretação realizada em meio líquido. 1 Os pontos críticos definidos pertencem ao sistema metaestável
ferro-carboneto de ferro.
3.73.3 Nitretação iônica
2 Os símbolos empregados para identificação dos pontos críticos
Nitretação realizada em meio ionizado. têm a seguinte origem:

3.74 Normalização
a) A = parada (do francês arret);
Tratamento térmico caracterizado por aquecimento acima
da zona crítica e por equalização nesta temperatura, se- b) c = aquecimento (do francês chauffage);
guida de resfriamento uniforme ao ar, sem restringi-lo ou
acelerá-lo, até a temperatura ambiente. c) r = resfriamento (do francês refroidissement);

3.75 Patenteamento d) cm = cementita.

Tratamento térmico de arames e tiras, empregado em Os pontos críticos são conhecidos pelas seguintes desig-
aços, caracterizado por aquecimento acima da zona crí- nações:
tica e por resfriamento ao ar ou em banho de sal ou
chumbo, com a finalidade de obter-se uma microestrutura a) ponto A1: para um aço hipoeutetóide, temperatura
adequada para as deformações subseqüentes. inicial da transformação alfa-gama ou temperatura
final da transformação gama-alfa em condições de
3.76 Perlita equilíbrio;

Constituinte eutetóide do sistema metaestável ferro car-


b) ponto A3: para um aço hipoeutetóide, temperatura
bono, apresentando-se como um agregado lamelar de
final da transformação alfa-gama ou temperatura
ferrita e cementita. O termo também é usado para designar
inicial da transformação gama-alfa em condições de
constituintes eutetóides de outros sistemas.
equilíbrio;
3.76.1 Perlita esboroada
c) ponto A31: para aços eutetóides e hipereutetóides,
Perlita decomposta que apresenta formas intermediárias temperatura inicial e final das transformações alfa-
entre lamelar e globular. gama e gama-alfa em condições de equilíbrio;

3.76.2 Perlita fina d) ponto Accm’: para aços eutetóides e hipereutetói-


des, temperatura inicial da precipitação da cementita
Perlita em ligas ferrocarbono cujas lamelas são dificil- dos grãos da austenita ou a temperatura final de sua
mente resolúveis ao microscópio óptico. absorção em condições de equilíbrio;

3.76.3 Perlita grossa e) ponto Ac1: para um aço hipoeutetóide, temperatura


inicial de transformação alfa-gama no aquecimento;
Ver "Perlita lamelar".
f) ponto Ac31: para um aço hipoeutetóide, temperatura
3.76.4 Perlita lamelar
final da transformação alfa-gama no aquecimento;
Perlita em ligas ferrocarbono cujas lamelas são facilmen-
te resolúveis ao microscópio óptico. g) ponto Ac3: para aços eutetóides e hipereutetóides,
temperatura inicial e final da transformação alfa-gama
3.77 Perlitização no aquecimento;

Tratamento térmico de transformação da austenita em h) ponto Accm: para aços eutetóides e hipereutetóides,
perlita. Termo normalmente usado em tratamento de fer- temperatura final da absorção da cementita nos grãos
ros fundidos. da austenita no aquecimento;

3.78 Ponto A1, A3... Ar3 i) ponto Ar1: para um aço hipoeutetóide, temperatura
final da transformação gama-alfa no resfriamento;
Ver "Ponto crítico".

3.79 Ponto crítico j) ponto Ar3: para um aço hipoeutetóide, temperatura


inicial da transformação gama-alfa no resfriamento;
Temperatura em que ocorrem:
k) ponto Ar31: para aços eutetóides e hipereutetóides,
- início ou fim de uma transformação alotrópica do temperatura inicial e final da transformação gama-
ferro; alfa no resfriamento;
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NBR 8653:1998 9

l) ponto Arcm: para aços eutetóides e hipereutetóides, eutético), de composições diferentes entre si e diferentes
temperatura inicial da precipitação da cementita dos da composição original. A liga e a temperatura que defi-
grãos da austenita no resfriamento. nem o ponto eutético denominam-se, respectivamente,
liga eutética e temperatura eutética. A liga eutética possui
3.79.1 Ponto crítico inferior o mais baixo ponto de solidificação do sistema a que per-
tence. No diagrama de equilíbrio ferrocarbono, o ponto
Ver "Ponto crítico", alínea a. eutético é definido pelos valores aproximados, apresen-
tados na tabela 1.
3.79.2 Ponto crítico inferior de aquecimento

Ver "Ponto crítico", alínea e. 3.82 Ponto eutetóide

3.79.3 Ponto crítico inferior de resfriamento Em um diagrama de equilíbrio binário, é o ponto represen-
tativo da reação eutetóide, segundo a qual, no resfria-
Ver "Ponto crítico", alínea i. mento, uma fase sólida se transforma em duas outras fa-
ses sólidas e diferentes da composição original. A liga e
3.79.4 Ponto crítico superior a temperatura que definem o ponto eutetóide denominam-
se, respectivamente, liga eutetóide e temperatura eutetói-
Ver "Ponto crítico", alínea b.
de. A liga eutetóide possui, dentro do sistema a que per-
3.79.5 Ponto crítico superior de aquecimento tence, o mais baixo ponto de transformação da fase sólida
original. No diagrama de equilíbrio ferrocarbono, o ponto
Ver "Ponto crítico", alínea f. eutetóide é definido pelos valores aproximados, apresen-
tados na tabela 2.
3.79.6 Ponto crítico superior de resfriamento
3.83 Ponto Mf
Ver "Ponto crítico", alínea j.
Temperatura final de formação da martensita no resfria-
3.80 Ponto Curie mento.
Temperatura em que, no aquecimento, o ferro perde suas
propriedades magnéticas ou as adquire, no resfriamento. 3.84 Ponto Mi

3.81 Ponto eutético Temperatura inicial de formação da martensita no resfria-


mento.
Em um diagrama de equilíbrio binário, é o ponto represen-
tativo da reação eutética, segundo a qual, no resfriamen- 3.85 Ponto Ms
to, uma fase líquida se solidifica isotermicamente, produ-
zindo um agregado de duas fases sólidas (constituinte Ver "Ponto Mi".

Tabela 1 - Ponto eutético (valores aproximados)

Temperatura Liga Constituinte


Sistema eutética eutética Símbolo eutético
°C %C

Metaestável
ferro-carboneto 1148 4,30 C Ledeburita
de ferro

Estável
1154 4,26 C’ -
ferro-grafita

Tabela 2 - Ponto eutetóide (valores aproximados)

Temperatura Liga Constituinte


Sistema eutetóide eutetóide símbolo eutetóide
°C %C

Metaestável
ferro-carboneto 727 0,77 S Perlita
de ferro

Estável
738 0,68 S’ -
ferro-grafita
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10 NBR 8653:1998

3.86 Ponto M50, Ponto M90, e outros 3.94 Profundidade efetiva de endurecimento

Temperatura em que se atingem teores de 50%, 90% e Distância perpendicular a partir da superfície, até o ponto
outros teores de martensita. em que a dureza atinge um valor convencionado. O termo
é usualmente empregado nos tratamentos superficiais.
NOTAS
3.95 Queima
1 Os pontos citados em 3.82 a 3.86 se referem ao diagrama
TTT. Resultado de um aquecimento a uma temperatura ele-
vada que afeta os contornos dos grãos, acarretando, so-
2 Os símbolos empregados em 3.82 a 3.86 têm a seguinte ori- bretudo, oxidação não passível de correção por tratamento
gem: térmico ou deformação mecânica.
a) M = martensita; 3.96 Recozimento
b) f = fim; Termo genérico que indica tratamento térmico composto
de aquecimento controlado até determinada temperatura,
c) i = início;
permanência nessa temperatura durante um certo inter-
d) s = início (do inglês start). valo de tempo e resfriamento controlado.

3.96.1 Recozimento a vácuo


3.87 Ponto peritético
Recozimento realizado sob vácuo.
Em um diagrama de equilíbrio binário, é o ponto represen-
tativo da reação peritética, segundo a qual, no resfriamen-
3.96.2 Recozimento azul
to, uma fase líquida e uma fase sólida, de composições
diferentes, reagem isotermicamente, produzindo uma Recozimento realizado em condições tais que se forma
nova fase sólida de composição também diferente. A liga na superfície metálica uma camada de óxido uniforme e
e a temperatura que definem o ponto peritético denomi- aderente, de coloração azulada.
nam-se, respectivamente, liga peritética e temperatura
peritética. A liga peritética possui, dentro do sistema a 3.96.3 Recozimento branco
que pertence, a mais alta temperatura de formação da fa-
se sólida resultante. No diagrama de equilíbrio ferro-car- Ver "Recozimento brilhante".
bono, o ponto peritético, de símbolo j é definido pelo teor
de 0,18% de carbono e pela temperatura peritética de 3.96.4 Recozimento brilhante
1493°C; representa a reação da ferrita delta com a massa
líquida formando a austenita, no resfriamento. Recozimento realizado em condições tais que evitem a
oxidação da superfície metálica.
3.88 Potencial de carbono
3.96.5 Recozimento de grão grosso
Teor de carbono ativo em um meio capaz de alterar ou
manter o teor de carbono de um aço. Ver "Recozimento para crescimento de grão".

3.96.6 Recozimento em caixa


3.89 Preaquecimento
Recozimento em que as peças são levadas ao forno den-
Aquecimento prévio realizado até uma temperatura abai-
tro de um recipiente vedado, em condições que reduzam
xo da temperatura do tratamento visado.
a oxidação ao mínimo.
3.90 Proeutético
3.96.7 Recozimento ferrítico

Qualificativo de fase que em condições de equilíbrio se


Recozimento aplicado ao ferro fundido, destinado à ob-
precipita a partir da fase líquida em temperatura mais
tenção de matriz ferrítica. Também denominado ferritiza-
elevada que a do eutético.
ção.
3.91 Proeutetóide 3.96.8 Recozimento intermediário

Qualificativo de fase que em condições de equilíbrio se Recozimento realizado entre duas operações de fabrica-
precipita a partir de fase sólida em temperatura mais ele- ção.
vada que a do eutetóide.
3.96.9 Recozimento intracrítico
3.92 Profundidade de cementação
Recozimento caracterizado pela permanência em tempe-
Em uma peça cementada é a profundidade da camada ratura dentro da zona crítica.
periférica enriquecida em carbono.
3.96.10 Recozimento isotérmico
3.93 Profundidade de descarbonetação
Recozimento caracterizado por uma austenitização se-
Profundidade a partir da superfície, até o ponto em que o guida de transformação isotérmica da austenita na região
teor de carbono corresponda ao material original. de formação da perlita.
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NBR 8653:1998 11

3.96.11 Recozimento para alívio de tensões 3.99 Refino de grão

Recozimento subcrítico visando a redução de tensões Diminuição do tamanho de grão.


internas sem modificação fundamental das propriedades
existentes, realizado após deformação a frio, tratamento 3.100 Resfriamento
térmico, soldagem, usinagem, etc.
Abaixamento de temperatura.
3.96.12 Recozimento para crescimento de grão
3.100.1 Resfriamento controlado
Recozimento caracterizado por permanência em tempe-
ratura significativamente acima da zona crítica; resfria- Aquele em que a velocidade de resfriamento segue con-
mento lento até temperatura abaixo de A1 e subseqüente dições preestabelecidas.
resfriamento arbitrário até a temperatura ambiente,
destinado a produzir crescimento de grão. 3.101 Restauração de carbono

Reposição de carbono na camada superficial, perdido


3.96.13 Recozimento para difusão
em processamento anterior.
Ver "Recozimento para homogeneização".
3.102 Revenimento

3.96.14 Recozimento para homogeneização Tratamento térmico de uma peça temperada ou norma-
lizada, caracterizado por reaquecimento abaixo da zona
Recozimento caracterizado por um aquecimento até uma crítica e resfriamento adequado, visando ajustar as pro-
temperatura superior ao ponto Ac3, longa permanência priedades mecânicas.
nessa temperatura e resfriamento controlado para elimi-
nação de variações locais de composição do material. 3.103 Segregação

3.96.15 Recozimento para recristalização Concentração de elementos sob forma de solução sólida
ou de compostos em regiões específicas de uma peça
Recozimento caracterizado pela permanência em tem- metálica.
peratura dentro da faixa de recristalização, após defor-
mação realizada abaixo dessa faixa. 3.104 Sensitização

3.96.16 Recozimento para solubilização Precipitação de carbonetos de cromo em contorno de


grão de aços inoxidáveis austeníticos. A sensitização di-
Recozimento em conseqüência do qual um ou mais cons- minui a resistência à corrosão.
tituintes entram em solução. Geralmente caracterizado
por um resfriamento rápido destinado à retenção daque- 3.105 Solubilização
les constituintes em solução na temperatura ambiente.
Também denominado solubilização. Tratamento térmico aplicado em determinadas ligas no
qual a liga é aquecida a uma temperatura adequada,
3.96.17 Recozimento pleno mantida naquela temperatura tempo suficiente para per-
mitir que um ou mais constituintes entrem em solução só-
Recozimento caracterizado por um resfriamento lento lida e então resfriada rápido o suficiente para manter es-
através da zona crítica, a partir da temperatura de tes constituintes em solução.
austenitização (geralmente acima de Ac1 para os aços
hipoeutetóides e entre Ac31 e Accm para os aços hipereute- 3.106 Solução sólida
tóides).
Fase cristalina na qual a composição e as propriedades,
3.96.18 Recozimento por chama
inclusive os parâmetros do retículo cristalino, podem va-
riar continuamente em função da composição química,
dentro de certos limites, sem modificar a estrutura. Depen-
Recozimento em que o aquecimento é produzido direta-
dendo da posição dos átomos do soluto no reticulado, a
mente por uma chama.
solução sólida pode ser intersticial ou substitucional.
3.96.19 Recozimento subcrítico
3.106.1 Solução sólida intermediária

Recozimento totalmente realizado abaixo da zona crítica. Solução sólida não limitada por um dos componentes
puros e que não tem a estrutura destes. Também denomi-
3.97 Recristalização nada solução sólida secundária.

Nucleação e crescimento de novos grãos, geralmente 3.106.2 Solução sólida primária


eqüiaxiais e isentos de tensão, a partir de uma matriz de-
formada plasticamente. Ver "Solução sólida terminal".

3.98 Refinamento de grão 3.106.3 Solução sólida secundária

Ver "Refino de grão". Ver "Solução sólida intermediária".


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12 NBR 8653:1998

3.106.4 Solução sólida terminal 3.112.2 Têmpera da camada cementada

Solução sólida limitada por um dos componentes puros Têmpera restrita à camada cementada da peça.
e que tem a estrutura destes. Também denominada solu-
ção sólida primária. 3.112.3 Têmpera diferencial

3.107 Sorbita
Tratamento onde somente parte da peça segue o ciclo
Termo em desuso. Caso particular de martensita revenida de temperaturas de têmpera. Também denominada têm-
constituída de um agregado de ferrita e cementita, resul- pera seletiva.
tante de revenimento da martensita em torno de 600°C.
3.112.4 Têmpera direta da cementação
3.108 Steadita
Têmpera de peça cementada diretamente da temperatura
Constituinte eutético do sistema ferrocarbono-fósforo, que de cementação sem resfriamento intermediário que acar-
ocorre em ferro fundido. rete transformação estrutural.

3.109 Superaquecimento 3.112.5 Têmpera do núcleo

Aquecimento a uma temperatura consideravelmente alta, Têmpera do material do núcleo de peça cementada. Em
acima do ponto Ac3, de forma que para uma permanência aços não temperáveis, ocorre apenas um endurecimento.
habitual nessa temperatura ocorre um excessivo cresci-
mento de grãos que é, contudo, passível de correção por
3.112.6 Têmpera dupla
tratamento térmico.

3.110 Superenvelhecimento Têmpera de peça cementada realizada em duas etapas.


A primeira a partir da temperatura de têmpera do material
Envelhecimento com tempo ou temperatura excessiva, do núcleo e a segunda a partir da temperatura de têmpera
resultando em uma reversão das propriedades no sentido do material da camada cementada.
dos valores originais.
3.112.7 Têmpera em água
3.111 Tamanho de grão
Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têm-
Dimensões dos grãos ou cristais em um metal policris- pera) é a água.
talino, excluindo as regiões macladas e os subgrãos,
quando presentes. O tamanho de grão é usualmente esti- 3.112.8 Têmpera em óleo
mado ou medido na seção média de um agregado de
grãos. As formas de avaliação são: Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têm-
pera) é o óleo.
a) diâmetro médio;

b) área média; 3.112.9 Têmpera em salmoura

c) número de grãos por unidade linear; Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têm-
pera) é uma salmoura.
d) número de grãos por unidade de área;
3.112.10 Têmpera por chama
e) número de grãos por unidade de volume.
Têmpera em que o aquecimento é produzido por chama.
3.111.1 Tamanho de grão ABNT (TG-ABNT)

3.112.11 Têmpera por imersão


Número N determinado conforme a NBR 11568.

3.111.2 Tamanho de grão austenítico Têmpera em que o aquecimento é produzido pela imersão
da peça em banho de metais ou sais fundidos ou outro
Tamanho de grão que a austenita apresenta ou apresen- meio líquido adequado.
tou a uma dada temperatura.
3.112.12 Têmpera por indução
3.112 Têmpera
Têmpera em que o aquecimento é produzido por indução
Tratamento térmico caracterizado pelo resfriamento em elétrica.
velocidade superior à velocidade crítica de têmpera (ver
3.131) de uma liga ferrocarbono, a partir de uma tempe- 3.112.13 Têmpera seletiva
ratura acima da zona crítica, objetivando a transformação
da austenita em martensita.
Ver "Têmpera diferencial".
3.112.1 Têmpera ao ar
3.112.14 Têmpera superficial
Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têm-
pera) é o ar. Têmpera limitada às camadas periféricas da peça.
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NBR 8653:1998 13

3.113 Temperabilidade 3.123 Transformação gama-alfa

Propriedade do aço que determina a capacidade de en- Transformação de ferro gama em ferro alfa ou dos consti-
durecimento do aço verificado através da profundidade tuintes correspondentes. Ocorre no resfriamento.
e distribuição da dureza obtida por tratamento térmico de
têmpera. 3.124 Transformação isotérmica

3.114 Temperatura A1, A3, Ac1... Arcm Transformação realizada sem variação de temperatura.

Ver "Ponto crítico". 3.125 Tratamento de homogeneização

Ver "Homogeneização".
3.115 Temperatura crítica
3.126 Tratamento Isotérmico
Ver "Ponto crítico".
Tratamento que inclui uma transformação isotérmica.
3.115.1 Temperatura crítica inferior
3.127 Tratamento subzero
Ver "Ponto crítico inferior".
Tratamento realizado abaixo de 0°C. Particularmente,
3.115.2 Temperatura crítica inferior de aquecimento
resfriamento de um aço à temperatura abaixo de 0°C
para transformação da austenita retida em martensita.
Ver "Ponto crítico inferior de aquecimento".
3.128 Tratamento térmico
3.115.3 Temperatura crítica inferior de resfriamento
Operação ou conjunto de operações realizadas no estado
Ver "Ponto crítico inferior de resfriamento".
sólido que compreendem: aquecimento, permanência
3.115.4 Temperatura crítica superior em determinadas temperaturas e resfriamento, realizados
com a finalidade de conferir ao material, determinadas
Ver "Ponto crítico superior". características.

3.115.5 Temperatura crítica superior de aquecimento 3.129 Tratamento termoquímico

Ver "Ponto crítico superior de aquecimento". Conjunto de operações realizadas no estado sólido que
compreendem modificações na composição química da
3.115.6 Temperatura crítica superior de resfriamento superfície da peça, em condições de temperatura e meios
adequados.
Ver "Ponto crítico superior de resfriamento".
3.130 Troostita
3.116 Temperatura de austenitização
Ver "Perlita fina".
Temperatura em que se realiza a austenitização.
3.131 Velocidade crítica de têmpera
3.117 Temperatura final de formação da martensita
A menor velocidade de resfriamento de um material auste-
Ver "Ponto Mf". nitizado capaz de promover a transformação martensítica.

3.118 Temperatura inicial de formação da martensita 3.132 Zona crítica

Ver "Ponto Mi". Parte do diagrama de equilíbrio ferrocarbono, mostrado


nas figuras A.1, A.2 e A.3, correspondente ao sistema
3.119 Tempo de austenitização metaestável ferro-carboneto de ferro, que compreende
os intervalos de temperatura situados entre os pontos
Intervalo de tempo em que se completa a austenitização, críticos das diversas ligas ferrocarbono. Divide-se em
contado a partir do momento em que se atinge a tempe- dois grupos:
ratura de austenitização.
a) zona crítica I: corresponde ao desenvolvimento
3.120 Tempo de encharcamento das transformações gama-alfa e alfa-gama nos aços
hipoeutetóides. Limitada pelas linhas GS, GP e PS.
Ver "Encharque". Contém os constituintes ferrita e austenita;
3.121 Textura b) zona crítica II: corresponde ao desenvolvimento
da precipitação da cementita a partir da austenita no
Formação de orientação preferencial de cristais ou grãos
resfriamento, ou da absorção da cementita pela aus-
no material policristalino.
tenita, no aquecimento. Limitada pela linha ES, pela
3.122 Transformação alfa-gama isoterma SK, e pela vertical correspondente ao teor
de C da liga de máxima solubilidade de cementita
Transformação de ferro alfa em ferro gama ou dos consti- na austenita. Contém os constituintes austenita e
tuintes correspondentes. Ocorre no aquecimento. cementita.

/ANEXO A
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14 NBR 8653:1998

Anexo A (informativo)
Tabela e diagramas de equilíbrio

Tabela A.1 - Distribuição de fases e constituintes nos diversos campos do diagrama de equilíbrio do sistema
metaestável ferro-carboneto de ferro

Campo Fases Constituintes Denominação do Observações


Designação metalográfica campo

I Líquido Líquido

II Líquido + solução sólida δ Líquido + ferrita δ

III Líquido + solução sólida γ Líquido + austenita

Líquido + carboneto de Líquido + cementita primária


IV
ferro

V Ferro δ Ferro δ

VI Solução sólida δ Ferrita δ Região δ

Solução sólida δ + Ferrita d + austenita


VII
solução sólida γ

VIII Ferro γ Ferro γ

IX Solução sólida γ Austenita Campo austenítico

Solução sólida γ Austenita + cementita


X Zona crítica II
secundária

+ Austenita + cementita Região γ


XI secundária + ledeburita I

XII carboneto de ferro Ledeburita I

Ledeburita I + cementita
XIII primária

Solução sólida γ +
XIV solução sólida α Austenita + ferrita α Zona crítica I

XV Ferro α Ferro α

Ferro comercialmente
XVI Solução sólida α Ferrita α Campo ferrítico
puro

Ferrita α + perlita + cementita


XVII terciária Aço hipoeutetóide

XVIIII Solução sólida α Perlita Aço eutetóide Região α

XIX Perlita + cementita secundária Aço hipereutetóide

+ Perlita + cementita Ferro fundido


XX
secundária + ledeburita II hipoeutético

Ferro fundido
XXI carboneto de ferro Ledeburita II
hipereutético

Ledeburita II + cementita Ferro fundido


XXII
primária hipereutético

XXIII Carboneto de ferro Cementita


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Figura A.1 - Diagrama de equilíbrio ferrocarbono


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16 NBR 8653:1998

Figura A.2 - Diagrama de equilíbrio ferrocarbono Fe-C


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Figura A.3 - Detalhes da figura A.2

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