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MRP II: AS VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO.

Antonia Maria Gimenes¹, Wagner da Silva Bonifácio, Osmar Salviano³.

RESUMO

Demonstrando a importância de uma administração de produção de excelência dentro das


indústrias, destacou-se a necessidade da utilização do MRP II, um sistema que contribui
para o bom andamento da empresa. O principal objetivo do presente artigo foi de apresentar
um planejamento de produção baseado na metodologia do MRPII em uma empresa do ramo
de metalurgia localizada na região de Londrina. Os objetivos específicos foram: Apresentar
estudo com MRPII em um produto da empresa pesquisada e desenvolver análises dos
processos do MRPII no planejamento da produção, avaliar os benefícios das ferramentas do
MRP II e propor sugestões de melhoria, junto a empresa em estudo. Justifica-se a
relevância do presente artigo, tendo em vista um problema, as organizações pensam a
implantação de um Sistema de Controle da Produção (MRP II), dentro de seus setores,
envolvendo os processos e as pessoas. A metodologia do presente estudo, foi de caráter
exploratório, qualitativo, descritiva e in loco, como também levantamentos bibliográficos em
livros e sites. Foi realizada uma entrevista com o gestor de produção. Conclui-se que com a
utilização dessa ferramenta brilhante a empresa terá uma gestão qualificada e inteligente e
se tornará mais competitiva no mercado atual. Como sugestão de melhoria para a empresa
pesquisada sugere a implantação da analise SWOT. Uma ferramenta de extrema
importância para colaboração da implantação da MRP II.

Palavras-chave: MRP II. Produção. Logística. Administração.

ABSTRACT

Demonstrating the importance of excellent production management within industries, it


highlighted the need of using MRP II, a system that contributes to the smooth running of the
company. The main objective of this paper was to present a production planning based on
MRPII methodology in a metallurgy branch of the company located in Londrina region. The
specific objectives were: To present study MRPII on a company's product researched and
developed analysis of MRPII processes in production planning, to evaluate the benefits of
MRP II tools and propose suggestions for improvement, with the company under study.
Justified the relevance of this article, in view of a problem, organizations think the
implementation of a Production Control System (MRP II), within their sectors, involving the
processes and people. The methodology of this study was exploratory, qualitative,
descriptive and on-site, as well as bibliographic books and websites. an interview with the
production manager was held. We conclude that the use of this brilliant tool the company will
have a qualified and intelligent management and become more competitive in the current
market. As a suggestion for improvement for the company studied suggests the
implementation of SWOT analysis. An extremely important tool for collaboration of the
implementation of MRP II.

Key-words: MRP II .Production. Logistics. Management.

[1] Especialista em Administração de Empresas, Consultora, Palestrante e Professora e Coordenadora do ensino superior de
Londrina-FACULDADE INESUL e de Cursos Técnicos. ² Consultor no curso Excel de Educação em Gestão e Liderança,
Especialista em Gestão Industrial, Professor do ensino superior de Londrina-FACULDADE INESUL ³ Acadêmicos de Tecnólogo
em Logística do ensino superior de Londrina-FACULDADE INESUL.

INTRODUÇÃO

A execução desse trabalho visa demonstrar a importância da Administração


da Produção dentro de uma indústria. Cada vez mais as empresas têm buscado
reduzir drasticamente seus custos operacionais e funcionais, além é claro melhorar
ainda mais suas tecnologias empregadas em produção, novos e avançados
sistemas, ou até mesmo softwares capazes de controlar uma fábrica sendo
especializados em produção, vivemos em um mundo onde o mercado está cada vez
mais competitivo e globalizado.
Com a implantação de um Sistema e controle da Produção, MRP II
(Manufactring Resources Planning, que pode ser traduzido por Planjamento dos
Recursos de Manufatura), feito especialmente e controlado pelo Planejamento e
Controle da Produção (PCP), uma empresa de médio porte, sabem que com a
implantação desses sistemas integrados podem e com certeza vão gerar grandes
novidades para a área industrial e para toda a organização em relação às
mudanças, novos processo e procedimentos, visando se diferenciar do mercado e
da crise econômica.
O principal objetivo do presente artigo foi de apresentar um planejamento
de produção baseado na metodologia do MRPII em uma empresa do ramo de
metalurgia localizada na região de Londrina.
Os objetivos específicos foram: Apresentar estudo com MRPII em um
produto da empresa pesquisada e desenvolver análises dos processos do MRPII no
planejamento da produção, avaliar os benefícios das ferramentas do MRP II e propor
sugestões de melhoria, junto a empresa em estudo.
Justifica-se a relevância do presente artigo, tendo em vista um problema, as
organizações pensam a implantação de um Sistema de Controle da Produção (MRP
II), dentro de seus setores, envolvendo os processos e as pessoas, o que pode
alavancar e influenciar na melhoria da produtividade, agregando valores reais e
controlando o que realmente precisa e está sendo produzido.
Dessa forma, a organização, fará a análise e avaliará se a implantação do
novo sistema foi feita de forma eficaz nos setores envolvidos de forma completa.
Outras empresas de médio porte trabalham com novos softwares de
produção, garantindo o fluxo de informação exato e proporcional para o resto da
fábrica, garantindo o fluxo de informação ideal, no momento certo de cada atividade,
controlando e medindo a sua produtividade de forma direta e eficaz, afim é claro de
atender e alcançar os resultados e objetivos investidos e esperados..

DESENVOLVIMENTO

A principal característica do MRP é melhorar o serviço ao cliente, a eficiência


de operações e a redução dos investimentos de estoque. O MRP ajuda a controlar
melhor a qualidade e quantidade do que se fabrica e se entrega.
O MRP I (manufacturing resource planning) ainda pode ser encontrado por
varias empresas, porém hoje por estar mais desenvolvido, adaptado e expandido de
uma maneira que inclui outros elementos, como: compras, financeiros e marketing.
Esta nova etapa é chamada MRP II (manufacturin resource planning ou
planejamento dos recursos de produção) aqui esta incluso um conjunto completo de
atividades envolvendo o planejamento e controle de operações de produção.
O MRP II nada mais é que um sistema que contribui para o andamento de
uma boa administração da produção, em que os planos de longo prazo de produção,
se tornam conjuntos que agregam níveis iguais de trabalho em todo o mundo,
incluindo setores produtivos, o sistema MRP II é extremamente detalhado até se
chegar ao nível do planejamento de componentes e maquinas especificas e
desejadas.
Segundo Moreira, (1993), “MRP é uma sigla utilizada para Material
Requeriments Planning, ou Planejamento das Necessidades de Material”. Trata-se
uma técnica de previsão da demanda de um item de demanda independente dentro
de uma programação dos componentes do item.
Em geral os sistemas MRP II estão disponíveis no mercado de uma forma
bem sofisticada, como softwares ou também como são conhecidos os pacotes e
sistemas para computador. São em geral divididos em módulos, que possuem
diferentes funções e modos de se usar, mantendo relações entre elas. Brevemente,
sei que os pacotes comerciais hoje disponíveis guardam muitas semelhanças em
relação aos módulos principais e lógica básica.
BOCKERSTETTE e SHELL (1993) complementam dizendo que: “O MRP II é
um sistema de planejamento e controle dirigido por computador que se utiliza do
“pull system”, o sistema de empurrar a produção, permitindo a formação de excesso
de inventário no processo produtivo”.
O MRP II possui cinco módulos principais: módulo de planejamento, módulo
de planejamento mestre de produção, módulo de cálculo de necessidade de
materiais, módulo de cálculo de necessidade de capacidade e módulo de controle de
fábrica.
Existem ainda, alguns módulos de atualização de dados cadastrais, que
tratam de cuidar das alterações quanto aos dados de itens de um estoque, demais
estruturas de produtos, centros produtivos, roteiros de produção, dentre outros. Os
módulos principais se conversam e possuem uma forte ligação em meio a esse
sistema.
Estão estreitamente ligados e são chamados de inter-relações entre os
módulos principais de um sistema MRPII tradicional, o planejamento de produção ao
plano global de produção, administrado por uma gestão de demanda que contribui
para um planejamento mestre de produção, neste abrimos um leque de
planejamentos e recursos para que consigamos atender um cálculo de necessidade
de materiais, registros de itens e estruturas, por consequência temos o cálculo de
necessidade de capacidade.
Capacidade esta,podendo assim focar em um plano detalhado de materiais
e a capacidade de produção, sempre mantendo o controle de tais produções,
mantendo e alimentando os registros de roteiro de produção e de posição de
estoques.
É indiscutível dizer que o MRPII é um dos sistemas de gestão que mais
cresce no mundo e um dos mais comercializados nos últimos anos. São inúmeras
empresas que fazem uso e estão programando a implantação do MRP II em seus
negócios.
Elementos importantes que colaboram para uma excelente implementação
desse processo, está em levantar dados e informações corretas de uma empresa,
um raio x completo.
Uma massa de dados de entrada bem refinada e um MPS realista
constroem um belíssimo caminho para uma gestão de sucesso, acompanhado de
uma excelente lista de materiais, que poderá ser usada como guia para eventuais
necessidades, um registro completo de estoques adaptados, o apoio atento e
participativo do lado gerencial da empresa, treinamentos adequados, planos de
implementação claros e objetivos e uma equipe qualificada e responsável.
Tendo tudo isso em mãos, a hora de fazer acontecer depende de uma serie
de fatores, tais como: disponibilidade de mão de obra, atritos entre o sistema anterior
e o atual, complexidade da base de dados, complexidade da linha de produção, e
nível de surgimento de problemas do formato anterior.
Para saber de que forma deve-se iniciar a implantação do MRP II se você
opta por entrar de cabeça ou se resguardando para eventuais mudanças, pode se
definir a forma de implementação do MRP II em três formas: Total, que é quando se
programa de forma integra, desligando o modo antigo. Paralelo, quando o novo
sistema é mantido junto com o sistema antigo, durando um ciclo de processamento
completo e por fim o modo Piloto, quando se inicia em etapas, a implementação do
sistema novo e o desligamento do processo antigo.
O que é aconselhável é sempre estabelecer medidas e parâmetros que são
desejados desde o primeiro contato, inclusive no período de inicio da implantação,
respeitando é claro, os princípios e as características da empresa.
Há uma extrema importância e preocupação de uma empresa que adquire e
quer implantar o MRP II, que ela conheça todos os objetivos e esses estejam
envolvidos dentro do processo, dessa forma haverá muitas vantagens na efetivação
do sistema MRP II dentro da empresa.

PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO

Este módulo tem como função auxiliar a decisão dos planejadores quanto
aos níveis agregados de estoques e produção em seu cotidiano, baseando-se
também em previsões de demanda no conjunto de produtos.
Este é conhecido como o nível mais agregado de planejamento de produção
e por conta disso indica-se um planejamento de longo prazo, podendo chegar a
alguns anos. Como estamos falando de dados agregados sobre produção de
diferentes produtos, a unidade que usamos aqui é na maioria das vezes monetária,
tudo o que é decidido refere-se exclusivamente aos volumes vendidos, em unidades
monetárias e níveis de estoques a serem mantidos também em unidades
monetárias.
Todos os planos de produção devem seja ela em qualquer que seja o
módulo ser consolidado e confrontado com o plano de produção, para que o
principal interessado, ou seja, o planejador tenha controle e certeza de que suas
decisões desagregadas e detalhadas estão ajudando e influenciando a atingir as
metas de produção em curto, médio e longo prazo.

MÓDULO DE CÁLCULO DE NECESSIDADE DE MATERIAIS

É um registro que representa a posição e os planos com respeito à produção


e estoques de cada item, seja ele um item de matéria-prima, semi-acabado ou
acabado, ao longo do tempo. Este registro é chamado registro básico do MRP
período a período e possuem suas particularidades muita bem traçadas.

Este registro é desenvolvido, dentro da seguinte ordem: Período; o tempo


que o MRP irá considerar para o planejamento;Necessidades brutas; que
são as quantidades que representa o quanto ira se utilizar dentro desse
período; recebimentos programados; as ordens já abertas ou o programado
para o inicio do período; estoque projetado disponível; posição, nível
projetado de estoque e disponíveis ao final do período; plano de liberação
de ordens; ordens planejadas a serem liberadas no inicio de cada período;
tempo de ressuprimento; o tempo entre a liberação de uma ordem e a
disponibilidade do material; Tamanho do lote; trata-se da questão dos lotes
e tamanhos em maior detalhe. (GIANESI, 1996, p. 23)

O MRP II produz liberações de ordens bem planejadas como todo o trabalho


que se desenvolve, dentro de cada tarefa como no caso de um resultado aritmético
da situação das necessidades brutas, recebimentos programados e estoque
disponível projetado.
Quando uma ordem planejada se encontra no ideal momento, isto
representa que ela está no “período de ação”. Uma quantidade referente a uma
ordem planejada no período de ação representa que alguma ação deve ser feita,
para que se evitem problemas futuros e assim poder evitar as tão temidas, faltas de
materiais.

MÓDULO DE CÁLCULO DE NECESSIDADE DE CAPACIDADE


Um leva o outro, eles se somam a importância de um planejamento de
capacidade de produção, com o planejamento dos próprios materiais. Uma
capacidade de produção fraca pode acabar com o desempenho de uma instituição
em termos de cumprimento de prazos, um critério competitivo de importância em
crescimento no mercado atual.
Vale lembrar que fica afetada também a quantidade de estoques em
processo que se estabeleça uma mentalidade de complacência da mão de obra e da
administração com atrasos com muita freqüência.
Em resumo os sistemas que definem a administração do tipo MRP II têm o
módulo de planejamento das necessidades de capacidade atuando em vários níveis.
É produzido uma pré avaliação, que tem o nome de rought-cut capacity planning,
que possui o objetivo de localizar certas inviabilidades de determinado plano-mestre
de produção que sejam identificados a partir de cálculos básicos e agregados.
Aqui o objetivo é não permitir que um plano-mestre totalmente inviável, nos
termos de capacidade de produção e níveis detalhados de planejamento.
Quando não se encontra uma inviabilidade evidente no plano-mestre de
produção, este é então explodido pelo módulo MRP dentro das necessidades dos
componentes, gerando as ordens de compra e de produção para os itens
particulares.
Essa explosão detalhada tem como base a utilização das informações a
respeito dos roteiros de produção e do consumo de recursos produtivos por item, o
módulo de cálculo das necessidades de capacidade mostra, então, período a
período, as devidas necessidades de capacidade produtiva, de uma forma simples,
permitindo a identificação de ociosidades ou excesso de capacidade e também as
prováveis insuficiências, que são os casos de as necessidades calculadas estarem
acima da capacidade disponível de vários recursos.

MÓDULO DE CONTROLE DE FÁBRICA

Este é responsável pela sequência e forma de trabalho, seja nas ordens


por centro de produção, dentro de um determinado período de planejamento e pelo
controle da produção, no nível da fábrica.
É o símbolo do MRP II, é este o fundamento que possui o objetivo de
garantir aquilo que já foi planejado e será executado da forma mais fiel possível aos
planos.
O MRP II se destaca por ser baseado no planejamento e seguimento de
ordens de produção, eles se fundamentam no principio de que a produção é do tipo
trabalho de loja, que possui características de uma produção com arranjo físico
funcional, que são meios agrupados por função, em que os itens possuem
cronogramas de produção variados, passando por inúmeras partes da fábrica onde
sofrerão a seqüencia de operações definida pela tecnologia envolvida.
Segundo CORRÊA e GIANESI (1996) Esta característica faz com que o
MRP II seja mais útil para situações em que as estruturas de produto sejam
complexas, com vários níveis e vários componentes por nível e em que as
demandas sejam instáveis.
Este tipo de produção causas determinados tempos de ressuprimentos, nível
de material em fase de altos e elevados índices de utilização de ferramentas.
Se o modulo que controla a fábrica e os sistemas do tipo MRP II é perfeito
se deve a um tipo de produção conhecido como Job-Shop (trabalho de loja) um
trabalho altamente customizado entre o sistema e a gestão da fábrica.
Porém, de uma forma que o uso dos módulos e funções de controle de
fábrica dos sistemas MRP II de forma estrita tenha seu limite, isto é, sem que o
sistema seja alterado demasiadamente para se encaixar ao usuário.
Podemos identificar aqui que as funções que mais se utilizarão dos roteiros
e cronogramas pelos quais as ordens terão de passar é dentro do nível de controle
de fábrica. São extremamente necessárias informações cadastrais sobre os diversos
centros de produção e sua capacidade.
Essas informações devem constar na base de dados do MRP II para
permitir o uso do controle de fábrica.
O nível de controle de fábrica começa com a liberação da ordem de
produção.
Um momento bastante tendencioso, pois são as mudanças nos planos de
materiais, como revisões de prazos e quantidades a entregar das ordens já abertas.
É de suma importância esse tipo de informação para o estabelecimento prosseguir
com prioridades locais na fábrica podendo ser feito de uma forma justa e direta.
Existem importantíssimas ligações entre os módulos de controle de fábrica,
os módulos de planejamento das necessidades de materiais e o planejamento das
necessidades de capacidade.
Pois os tais módulos possuem um carregamento detalhado das ordens nos
recursos dentro de um determinado período de planejamento, contribuindo um com
o outro, para o prosseguimento natural do controle de fábrica e a definição das
seqüencias preferenciais para a execução das ordens nos centros produtivos.

MRP II NA PRÁTICA

QUADRO 01 – Montante de porta pallet 3000x1000 DM8

Fonte: Osmar (2016)


QUADRO 02 – Árvore do produto com roteiros, tempos de processo, matéria
prima e insumos.
0x
conjunto montante de porta pallet de 3000x1000
DM8

1X
sub-conjunto do
porta pallet de
3000x1000 DM8

montagem = 600 s

2X 4X 3X 2X
coluna de porta Horizontal de Diagonal de 1000
Sapata DM8
pallet de 3000 1000 DM8 DM8

dobrar = 50 s dobrar = 19 s dobrar = 29 s dobrar = 15 s

estampar = 116 s estampar = 15 s estampar = 16 s estampar = 29 s

1x 1x 1x 1x
blank = 2954 x 251 blank = 925 x 55 blank = 1305 x 55 blank = 170 x 165
kg = 11.863 kg = 814 kg = 1.148 kg = 449

cortar = 28 s cortar = 8 s cortar = 8 s cortar = 8 s

6X 6X 4X 2X
parafuso de parafuso de arruela
Chapa em aço cabono lq 36 2 x 1200 x 3000 parabout de
1/4x2" c/ 1/4x1/2 c/ lisa de
mm kg = 57.600 3/8x2-1/2"
porca porca 1/4

Fonte: Osmar (2016)

Com a árvore do produto e o tempo de processo é possível identificar as


necessidades dos materiais, como matéria prima e insumos usados na manufatura
de um determinado produto, até sua fase final.
O quadro acima ajuda o gestor de processo a identificar passo a passo o
momento ideal para obter a matéria prima, insumos e o tempo de processo que será
preciso para a confecção de todos os itens, para a montagem de um determinado
produto. Exemplo: Um conjunto de porta pallet de 3000x1000 DM8.
O quadro acima também colabora para a preparação da chegada da matéria
prima e tempo de cada processo que será necessário para a produção de um item
até o produto final.
O trabalho de manufatura começa com o processo pegar a chapa de aço
carbono de 2 mm, cortar e transformar em um blank de 2954x251 mm, segundo
passo é estampar o blank de 2951x251 e o terceiro e ultimo passo é dobrar o blank
já estampado para montagem.
O quadro abaixo apresenta um simulado de um pedido de 1000 conjuntos de
montante de porta pallet DM8 de 3000x1000. Para a produção de tal pedido é
necessário fabricar as seguintes peças, 2000 coluna de DM8x3000, 4000 horizontal
DM8 de 1000 e 3000 diagonal DM8 de 1000 e 2000 sapata DM8.
Para matéria prima é preciso de 543 chapas em aço carbono LQ 36 2 x 1200
x 3000mm. E os insumos necessários são de 2000 parabout de 3/8 x 2-1/2” e 6000
parafusos c/porca de 1/4 x 2” ,6000 parafusos c/porca de 1/4 x 1/2" e 4000 arruelas
lisa de 1/4.
Para o processo de manufatura é necessário que tenha disponível 128.000
segundos para o tempo de processo cortar, estampar 578.000 segundos, dobrar
293.000 segundos e 600.000 segundos de montagem
Com os tempos identificados no texto acima, pode ter a convicção total da
data de entrega do pedido de 1000 conjuntos.
TABELA 01– Lista de materiais com tempos de processo, roteiros, matéria
prima, insumos e tipos de fornecimento.
Tempo Tempo Tempo quant Tempo Total Tipo de fornecimento
Produto kg/peça de de de de de Total kg do processo Fabri Mon
Comprar
corte estamp dobra peças montage em segundo car tar
Conjunto montante de porta pallet de 3000x100 DM8 31.529,200 0 0 0 1000 0 31.529,200 0 x
Sub-conjunto do porta pallet de 3000x1000 DM8 31.420,400 0 0 0 1000 600 31.420.400 600000
Coluna DM8x3000mm 11,83600 28 116 50 2000 0 23.672,000 388000 x
Horizontal DM8 de 1000mm 0,81400 8 60 19 4000 0 3.256,000 348000 x
Diagonal DM8 de 1000mm 1,14800 8 16 29 3000 0 3.444,000 159000 x
sapa DM8 0,44900 8 29 15 2000 0 898,000 104000 x
TOTAL 31.270,00 128.000 578000 293000 11000 600000 31.270,00 1599000
Chapa em aço cabono lq 36 2 x 1200 x 3000 mm 57,60000 128.000 578000 293000 543 0 31.270,00 x
Parabout de 3/8x2-1/2" 0,05440 0 0 0 2000 0 108,800 x
Parafuso de 1/4x2" c/ porca 0,01560 0 0 0 6000 0 93,600 x
Parafuso de 1/4x1/2 c/ porca 0,00840 0 0 0 6000 0 50,400 x
Arruela lisa de 1/4 0,00160 0 0 0 4000 0 6,400 x
Fonte: Osmar (2016)
AS TÉCNICAS POR TRÁS DO MRP II E OS ESTOQUES E TEMPOS DE
SEGURANÇA

Os tamanhos dos lotes, o acompanhamento do estoque de segurança e


tempos de segurança, o período e horizonte de planejamento, o Low level code
(código de nível mais baixo) e o Pegging (fontes) são as técnicas e procedimentos
por trás do MRP II.
O objetivo principal dessa técnica visa à redução dos custos fixos envolvidos
para atender a uma ordem de produção ou compra. A ideia aqui é reduzir o tempo
gasto de preparação e, assim, aumentar a taxa de utilização de seu maquinário. Ao
contrario, quando se trabalha com lotes de produções maiores, o sistema de
produção carrega muito mais níveis de estoque, trabalhando de uma forma a tentar
melhorar a administração das inflexibilidades inevitáveis.
O MRP II pode ser considerado como um sistema precavido, pois, permite
que se tenham níveis de estoques de segurança para os itens planejados. De tal
forma, que as ordens sejam planejadas pelo sistema para completar o nível de
estoque de segurança definido e não para atender à quantidade que realmente
necessita.

PERIODO E HORIZONTE DO PLANEJAMENTO DO MRP II

O MRP II tem os seus resultados e a expectativa atendida por aqueles que


as implantam com o passar do tempo, a isso damos o nome de horizonte de
planejamento que nada mais é que a extensão do período futuro para o qual se
planeja. Definir metas e períodos para se atender tal demanda ou tarefa.
Planejar sobre um futuro distante, sem ter ideia do que está por vir, pode
representar um esforço e custos que não serão compensados pelos benefícios que
trarão resultados do planejamento feito com dados sobre o qual ainda está confuso
e perdido.
LOW LEVEL CODE E PEGGING

O Low level code, (código de nível mais baixo) é um procedimento que o


MRP II adota para saber qual a sequencia em que o processamento do cálculo de
necessidades de materiais é executado, serve resumidamente para fazer frente a
uma provável ineficiência das estruturas de produtos de uma determinada
hierarquia.
Já o Pegging é um procedimento da qual a maioria dos sistemas do tipo
MRP II dispõe, que permite ao usuário identificar as “fontes” de determinadas
necessidades brutas de alguns itens.
Com o procedimento de pegging é possivel, fazer o caminho de cálculo do
MRP II ao contrario, da necessidade do item-filho para a necessidade do item-pai
que é um item de componentes feitos de itens-filhos, e assim por diante, até
descobrir qual ordem de produto final foi responsável pela geração da necessidade
que não pôde ser atendida.

VANTAGENS DO MRP II

Nenhuma vantagem ou beneficio, acontece de forma rápida, isso vai muito


de acordo com a empresa e em parceria com a qualidade e política já exercida do
sistema anterior. O MRP II não corrige erros, mas sim ajuda a melhorar e colaborar
para uma gestão empresarial ainda mais estratégica.
Os benefícios e vantagens na utilização do MRP II, são a redução
considerada do estoque; redução de hora extra e tempo ocioso; Redução de
subcontratação; Redução do tempo total de produção; Redução de custos; Melhoria
do nível e qualidade dos serviços ao cliente; Agilidade e comprometimento com
prazos na entrega; Maior agilidade na resposta à demanda; Rapidez de resposta
frente às mudanças e imprevistos de demanda; Maior coordenação e controle desde
a produção ao estoque; Rapidez para responder situações de conflito e
administração de crise; Melhor programação e prazos à oferecer aos clientes;
Rapidez no conhecimento das consequências financeiras do que foi planejado e
produção de guia atualizado para o planejamento da capacidade dos diversos
recursos empresariais.
O MRP II é considerado um sistema que reage bastante frente às
mudanças. O seu algoritmo e seus loops de realimentação permitem que a alteração
de um item do plano-mestre ou a inclusão de novos itens seja bem aceita pelo
sistema.
O MRP II baseia-se num software complexo, muitas vezes com alto custo de
aquisição, e nem sempre imediatamente aplicável às necessidades da empresa,
exigindo, muitas vezes, alterações a todo instante.
BOCKERSTETTE e SHELL (1993) completam que os objetivos básicos do
MRP II: estressam a organização, planejamento, disciplina e controle usualmente em
forma de extensivos planejamentos, monitoramentos e sistemas de feedback.
GOLDRATT (1992) acrescenta ainda que o lead time de produção é
consequência da programação e, portanto, não pode ser um dado de entrada no
sistema de programação da produção, como considera o MRP II.
A dúvida nos valores de lead times pode provocar uma perda de aderência
à realidade e, como consequência, o desbalanceamento do fluxo produtivo, pela
produção em excesso de algumas peças e pelo atraso na produção de outras.
SLACK et al. (1997) acrescentam que num ambiente de produção as
condições de carga de trabalho e outros fatores fazem com que os lead times sejam
na realidade bastante variáveis e que os sistemas MRP têm dificuldade de lidar com
lead times variáveis.
Muitos autores qualificam o MRP II como um sistema passivo, porque não
questiona seus parâmetros como: tempo de preparação de máquina - que é incluído
no lead time, níveis de refugo, níveis de estoque de segurança, etc.
METODOLOGIA

A metodologia do presente estudo, foi de caráter exploratório, qualitativo,


descritiva e in loco, como também levantamentos bibliográficos em livros e sites. Foi
realizada uma entrevista com o gestor de produção. A empresa do presente estudo,
foi instalada no ano de 2009, sendo especializada e possuindo potenciais clientes do
ramo de armazenagem, como depósitos de materiais para construção, CDS,
autopeças, atacado de supermercados, hipermercados, farmácia dentre outros.

. Entre 2009 a 2012 a empresa contava com 10 funcionários no total em


trabalho no chão de fábrica, e não possuía pintura própria, o trabalho de pintura era
feito por terceiros e com este total de movimentação ela conseguia apontar seus
controles de dissecação de pedidos, manufatura e compra totalmente manual, com
uma margem pequena de erros.

No ano de 2012 a 2013 a empresa adquiriu um equipamento de pintura (pó


eletrostática) e com este investimento ela triplicou a sua quantidade de funcionários.
Passando a atender seus clientes com maior rapidez e melhor qualidade em seus
produtos bem finalizados e assim aumentou seu portfólio de produtos e clientes.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

A movimentação triplicou, com manufatura, insumos, compra de matéria


prima e etc. Mas o seu sistema de controle não acompanhou a evolução da
empresa, e ficou estacionado no modelo manual. Como aumentaram os seus
clientes também aumentaram a sua cadeia de produtos.

Consequentemente os primeiros erros começaram a aparecer, como


estoque de produtos semi-acabado dentro da fábrica, fila de peças esperando para
ser processadas, falta de matéria prima, falta de ferramentas necessária para
executar novas funções, como: peça parafuso e tintas, cores de produtos finalizado
de forma incorreta, atraso de entrega e até mesmo endereço de entrega errado, são
alguns dos erros que surgiram na empresa.

Estes erros dispararam em uma proporção desconfortável para o setor.


Hoje vejo que é de suma importância uma melhoria urgente neste setor, por se tratar
de um processo totalmente manual.
O estudo apresenta a preocupação em se fundamentar uma melhor forma
de administrar a empresa e colocar no eixo, todas as engrenagens para um
melhoramento técnico, administrativo, pessoal e logístico da empresa.
De acordo com o gestor a movimentação foi triplicada graças à compra de
um equipamento de pintura deu maior flexibilidade e avanço para a empresa em
número de clientes e de trabalho.
Os seus administradores não contavam que a demanda excederia a
realidade da empresa. Estacionando-se em um controle manual de mão de obra e
entrega de produtos.
Começam a aparecer alguns fatores de risco para empresa, como atrasos
de entrega e produtos que caíram na qualidade produzida anteriormente o que se
deve a um trabalho de corrida contra ao tempo, onde demanda desgaste dos
funcionários e a falta de motivação desses recursos humanos.
Baseado na entrevista percebe a preocupação, em relação a um
desconfortável trabalho, sem controle de produção e sem ao menos um controle de
fábrica acompanhando as ordens de produção.
Claramente aqui pode ser aplicado e apresentado soluções eficazes, capaz
de tornar o trabalho considerado desconfortável, em um trabalho reto, direto e com
planejamento claro de fabricação, cálculo de produção e motivação dos recursos
humanos.

CONCLUSÃO

O sistema MRP II é um software de administração da produção, modular e


integrado, para contribuir com a produção e com a indústria num todo, isso é claro
em associação ao sistema de empurrar e incentivar a produção. O que é
considerado um sistema de adaptação em que as estruturas de produtos de forma
complexa apresentam uma boa reação às mudanças propostas pelo sistema MRP II.
Respondendo aos objetivos propostos no presente artigo, conclui-se que o
diferencial desse sistema no qual a tomada de decisões tem um importante impacto,
além de estar centralizada impedindo a flexibilidade na solução de problemas no
chão-de-fábrica.
O MRP II é um sistema totalmente passivo, pois não questiona seus
procedimentos tais como: tamanho de um lote, tempo de preparação da máquina,
níveis de refugo e níveis de estoque de segurança, além de considerar, ainda que
de forma inadequada, o lead time como uma forma de medir a entrada do sistema.
Como sugestão de melhoria para a empresa pesquisada sugere a
implantação da analise SWOT. Uma ferramenta de extrema importância para
colaboração da implantação da MRP II. A Análise SWOT possui papel fundamental
para traçar um plano estratégico da empresa neste estudo apresentado e composto.
A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de um todo
da empresa, sendo a base da gestão e principalmente do plano estratégico a se
fundir na empresa. De forma eficaz é um exemplo de sistema cuja função é
posicionar, determinar ou verificar a posição estratégica, ou seja, os olhos da
empresa em questão, ou o ponta pé inicial que dará seqüência ao planejamento da
missão, visão e valores da empresa.
A análise SWOT é composta por fatores de grande impacto, dentro da
empresa. A ameaça condiz à má organização e gestão da empresa, as fraquezas,
pode se resumir no modo arcaico como algumas empresas têm sido administradas
com uma tradicionalidade já ultrapassada.
Os pontos fortes são sem dúvida as oportunidades e claramente o mercado
em ascendência isto é, ver na crise uma maneira ou forma de se tornar diferente e
alcançar o objetivo proposto da empresa. Consequentemente falamos na análise
SWOT das oportunidades e lutas de mercado pela prospecção de novos clientes.
Conclui-se que com a utilização dessa ferramenta brilhante a empresa terá
uma gestão qualificada e inteligente e se tornará mais competitiva no mercado atual.
É extremamente possível de ser implantados os devidos sistemas citados
nesse trabalho, para uso na empresa estudada e causaria alto impacto, suprindo as
expectativas que o entrevistado tem sobre a implantação do MRP II em sua
indústria.
Sugiro que esta melhoria para a empresa em estudo seja contínua, pois não
basta uma única vez implantada, como o próprio nome diz é necessário um
planejamento estratégico.
REFERÊNCIAS

BOCKERSTETTE, Joseph A., SHELL, Richard L. - “Time Based Manufacturing”.


New York, McGraw-Hill Inc, 1993, 335 p.

CORRÊA, Henrique L., GIANESI, Irineu G. N. - “Just In Time, MRP II e OPT: um


enfoque estratégico”. São Paulo, Atlas, 1996, 186 p.

GOLDRATT, Eliyahu M. – “A Síndrome do Palheiro”. São Paulo, Educator, 1992,


243 p.

MOREIRA, Daneil Augusto, Administração da produção e operações, 1 ed., São


Paulo, 1993.

SLACK, Nigel, CHAMBERS, S., HARLAND, C., HARRISON, A., JOHNSTON, R. -


“Administração da Produção”. São Paulo, Atlas, 1997, 726 p.

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