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Algumas considerações sobre o parentesco e a

relação familiar
Ludmila Celistrino Teixeira1
Fabiana Junqueira Tamaoki Neves2

Recebido: 22/5/2012
Aprovado: 11/10/2012

Resumo: Este trabalho enfoca concepções sobre a família atual, diante das diversas
modificações temporais, bem como o parentesco entre seus membros e os efeitos jurídicos
que causa. O estudo apresenta as principais teses jurídicas sobre a matéria, enfatizando
o melhor posicionamento. Além disso, discorre sobre os interesses jurídicos existentes com
relação aos conceitos abordados e a importância que carregam para a sociedade. Para
tanto, explicita amplamente, dentro das diversas concepções de família e suas teses, as
relações de parentesco, suas espécies, linhas e graus.
Palavras-chave: Família; parentesco; solidariedade; vínculo; afinidade.

Abstract: This work focuses on current concepts of the family, considering the several
modifications operated on familial bonds and the legal effects caused on existing legal
arguments on the subject, emphasizing the best point of view among on familial bonds
and the legal effects they cause. In addition, the study discusses the legal interests present
within the addressed concepts, and the importance they carry to society). For that, the
essay will widely discuss about kinship, their species, lines and grades within the various
conceptions of family and its theses.
Keywords: Family; kinship; solidarity; bond; affinity.

INTRODUÇÃO existentes de parentesco, as linhas e os graus


possíveis e considerados juridicamente ou
A pesquisa enfocou o estudo da família não.
em diversos aspectos. Primeiro foi explicitado O tema foi escolhido com a finalidade
todo tipo de concepção importante da família, de esclarecer diversas dúvidas existentes
desde os conceitos amplos até os restritos. Após, no assunto, dentro do Direito de Família,
a pesquisa focalizou as relações de parentesco bem como fora dele. Aliás, buscou também
entre os membros da família do mesmo modo, estabelecer as diferenças de concepções entre
tal como as teses amplas e as restritas. Nesse as teses que produzem efeitos jurídicos e as
ato foram destacados pormenores: espécies teses “populares”.

1
Discente do 4.º ano do curso de Direito das Faculdades Integradas Antonio Eufrásio de Toledo, de Presidente
Prudente.
2
Advogada. Coordenadora do Juizado Especial Cível – Anexo I – e docente nos cursos de Direito e de Técnico em Gestão
Financeira das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. Mestre em Direito Constitucional pela Instituição de
Ensino de Bauru (ITE) e especializanda em Direito Ambiental e Ordenação do Território pela Universidade Estadual de
Maringá (UEM).

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Para a realização do trabalho recorreu-se [...] reformas pelas quais passou a


ao método de abordagem dedutivo, ou seja, instituição familiar no curso do século
o raciocínio partiu das teses gerais para as XX. A evolução se deu em etapas, com
teses particulares e determinadas. Primeiro, leis diversas, procurando adaptar-se à
foi tratado do assunto geral, para depois ir evolução social e dos costumes. [...] Os
afunilando o tema até chegar ao objetivo seres humanos mudam e mudam os seus
principal. anseios, suas necessidades e seus ideais.
Nesse ato, o estudo adotou procedimentos
de pesquisa que envolveram hipóteses, análise O Direito de Família, como dito
de dados e problemas que foram solucionados anteriormente, disciplinado no Código Civil
e exemplificados ao longo do trabalho com as brasileiro, em seu Livro IV, abrange inúmeras
técnicas de pesquisa documental, doutrinária,
normas que regulam diferentes assuntos,
jurisprudencial e bibliográfica.
no entanto, por óbvio, todos relacionados à
O trabalho foi organizado de modo que
trouxesse o máximo de esclarecimentos, mas instituição familiar. Tais normas regulam o
que também expusesse todos os importantes casamento, a união estável, as relações entre
posicionamentos encontrados na pesquisa. os cônjuges, companheiros, pais, filhos,
parentes, relações essas de natureza pessoal ou
patrimonial. Contudo, para o trabalho, insta
DIREITO DE FAMÍLIA salientar apenas a importância das relações
entre pessoas com vínculo de parentesco
O Direito de Família, do ponto de vista entre si.
unicamente jurídico, é um ramo do Direito que Importante explicitar um parágrafo
tem função de organizar, estruturar e proteger de Guilherme Calmon Nogueira da Gama
a família, as relações entre familiares, direitos, (2008b, p. 9):
deveres e obrigações referentes a eles. Essa
proteção está disciplinada no Código Civil, Lei As relações de família, [...] ontem como
n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002, em seu Livro hoje, [...] nutrem-se, todas elas, de
IV, chamado de “Do Direito de Família”. substâncias triviais e ilimitadamente
Sendo assim, o objeto de proteção do Direito disponíveis a quem delas queira tomar:
de Família é, claramente, a própria instituição afeto, perdão, solidariedade, paciência,
“família”, que, ao longo dos anos, sofreu devotamento, transigência, enfim, tudo
inúmeras modificações na sociedade, inclusive aquilo que, de um modo ou de outro,
mundial. A família existe desde os primórdios, possa ser reconduzido à arte e à virtude
quando, provavelmente, seus membros nem do viver em comum.
sabiam o que significava. Essa instituição existe
de uma criação da natureza, natural. O que o Não é demais citar que uma família, em
homem criou, mais precisamente o legislador, sentido não exclusivamente jurídico, é um
foi a família em sentido jurídico. Segundo grupo de pessoas envoltas da virtude do viver
José Carlos Teixeira Giorgis (2010, p. 19), “[...] a em comum, de se relacionar entre si, como um
família é a mais antiga de todas as sociedades, conjunto, uma comunidade particular.
e a única natural; é o primeiro modelo de Assim, o estudo começará a ser detalhado
sociedade política [...]”. sobre cada aspecto importante para a conclusão
Ainda nesse mesmo sentido discorrem do estudo, sem a pretensão de esgotar o
Maria Berenice Dias et al. (2002, p. 3 e 7): assunto em pauta.

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Noção de família relativa, pois se altera frequentemente com a


evolução da sociedade, o momento histórico em
O termo “família” abrange diversas visões, que se encontra e a legislação em vigor na época.
dependendo da acepção adotada. Mesmo no A família é uma realidade natural que não foi
campo jurídico, o termo pode enquadrar apenas criada pelo homem, portanto, é originária da
o casal declarado no matrimônio, bem como os natureza, de formação espontânea, que existe
filhos, os parentes em linha reta, os parentes desde os primórdios. Nesse sentido, versa
em linha colateral, os afins e até as pessoas que Gustavo Tepedino (2004, p. 6-7):
prestam serviço doméstico para o usuário.
Dentre todos os aspectos, quatro são as [...] o conceito de família é relativo, altera-se
definições de família que merecem destaque. continuamente, renovando-se como ponto
Em sentido amplíssimo, a família pode ser de referência do indivíduo na sociedade
considerada por pessoas ligadas pelo vínculo e, assim, qualquer análise não pode
matrimonial, pelo vínculo sanguíneo, os filhos prescindir de enfocar o momento histórico
e até pessoas estranhas como as que compõem e o sistema normativo em vigor. A família,
antes de mais nada, é uma realidade, um
o serviço doméstico, definição essa estampada
fato natural, uma criação da natureza,
no parágrafo 2.º do artigo 1.412, Lei n.º 10.406,
não sendo resultante de uma ficção criada
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). pelo homem. A família é um agrupamento
Ainda em sentido amplo, porém um pouco informal, de formação espontânea na
menos abrangente, a família é considerada sociedade, cuja estruturação é dada pelo
composta pelo cônjuge ou companheiro, pelos Direito.
parentes em linha reta, parentes em linha
colateral, além dos parentes por afinidade. Assim, do mesmo modo, várias são as
Considera-se menor a amplitude, pois as pessoas acepções para uma família, e o termo em
que compõem o serviço doméstico já não são si, como instituição social, não deve sempre
consideradas como componentes da família. Tal coincidir com o significado jurídico, apesar
sentido encontra resguardo dos artigos 1.591 ao de ser, para o estudo, a definição civil a mais
1.596, também da Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro relevante. Nesse norte, Dimas Messias de
de 2002 (Código Civil). Carvalho (2009, p. 3) disserta que o moderno
De modo restrito, define-se a família em Direito de Família agasalha, ainda, as famílias
si como uma comunidade que abrange os pais constituídas pela convivência e pelo afeto
ou apenas um deles e seus descendentes (Lei entre seus membros, sem importar o vínculo
n.º 8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da biológico e o sexo.
Criança e do Adolescente, artigo 25). Na tentativa de buscar uma definição
Mais restrita ainda é a visão que já moderna de família, discorre Guilherme
considera uma família a composição por apenas Calmon Nogueira da Gama (2008b, p. 10):
uma pessoa, solteira, separada ou viúva. Trata-
se da posição do Supremo Tribunal de Justiça Dessa maneira, na tentativa de esboçar
demonstrada em sua Súmula n.º 364, que declara uma noção atualizada de família, poder-
a impenhorabilidade de bem de família mesmo se-ia conceituá-la como uma formação
social, lugar-comunidade tendente ao
quando o imóvel pertencer a apenas alguma desenvolvimento de seus participantes em
dessas pessoas. suas personalidades, de modo a exprimir
Antes de todas as definições do campo uma função instrumental para a melhor
jurídico, sendo amplas ou restritas, insta realização de seus interesses afetivos e
salientar que a acepção da família é muito existenciais. De acordo com tal raciocínio, a

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presente concepção de família valoriza esta Como base para discussão, a própria
enquanto instrumento de atendimento dos Constituição Federal (1988), em seu artigo 3.º,
legítimos interesses de seus componentes, inciso I, inclui entre os objetivos fundamentais
e não como uma instituição detentora de da República Federativa do Brasil uma
interesses próprios e distintos daqueles de
sociedade livre, justa e solidária. Ainda, em seu
seus membros.
artigo 226, caput, leciona ser a família a base
da sociedade.
Desse modo, a referida citação demonstra que a
Alguns jurídicos chamam a função social
família moderna, aleatória a uma definição prática
da família de princípio da solidariedade
e certa, tem uma formação social com a finalidade
familiar. Adriana Fasolo Pilati Scheleder e
de, não esgotando outras, realizar interesses
Renata Holzbach Tagliari (2008, s. p.) definem
afetivos e existenciais. Devidos interesses, como que “a solidariedade é um sentimento recíproco
dito, sociais são em favor de toda essa “família”, que estabelece um vínculo moral entre as
todo esse núcleo existente e seus componentes, de pessoas e a vida, criando laços de fraternidade”.
maneira solidária e não individualizada. Desse modo, enfatizando, a solidariedade é
Com respaldo em todas essas definições e uma função que cria laços entre os familiares,
acepções existentes em torno do termo “família”, proporcionando uma relação fraternal e de
a própria lei adota diferentes definições de acordo reciprocidade, em que todos deveriam encontrar
com o momento necessário. Cada critério utilizado cooperação e assistência mútua.
pelo legislador tem uma acepção diferente do Nesse norte, ainda Adriana Fasolo Pilati
termo “família”. Scheleder e Renata Holzbach Tagliari (2008,
Para o presente trabalho, basta destacar, s. p.) complementam sobre a essencialidade do
sem a pretensão de esgotar tal pesquisa, que princípio da solidariedade:
são considerados membros de uma família o
cônjuge, o companheiro, os ascendentes e os O princípio da solidariedade familiar
descendentes. implica respeito e consideração mútuos
Por fim, não é demais insistir que, com em relação aos membros da família. [...]
a realização de toda a pesquisa, não restará O princípio da solidariedade, ao lado do
princípio da dignidade humana, constitui
dúvidas de que o conceito contemporâneo de
núcleo essencial da organização sócio-
“família” continuará sofrendo modificações com político-cultural e jurídica brasileira.
o passar dos anos, ou mais, dos séculos. Em
todo momento que houver mudanças sociais e o Não é devido esquecer de analisar a função
contexto histórico for outro, a legislação em vigor social da família no contexto de cada sociedade,
também terá de sofrer adaptações, e a família não melhor dizendo, sem dúvida essa função não
será a mesma que é hoje, assim como hoje não é é idêntica em todas as localidades. Como já
a mesma que foi ontem. denominado, “função social” mantém relação
com o termo “sociedade”, e, assim, cada sociedade
Função social da família tem particularidades que a diferem de outras.
Não diferente, a função social da família em uma
A família, bem verdade, possui muitas região não é a mesma em outra região. Ocorre
outras funções além da social. Porém, neste que, para a definição jurídica, esse princípio é,
trabalho, não resta importância citar ou explicar genericamente, igual e encontra resguardo na
todas elas, que são inúmeras e causariam um Constituição Federal, como já dito. Diferentes
desvio no foco principal. são apenas as peculiaridades de cada um.

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Flávio Tartuce e José Fernando Simão une duas ou mais pessoas, em decorrência de
(2010-2011, p. 40) discorrem sobre os vértices da uma delas descender da outra ou de ambas
solidariedade explicando que “[...] vale lembrar procederem de um genitor comum”.
que a solidariedade não é só patrimonial, Além disso, destaca-se a importância do
é afetiva e psicológica”. A função social da estudo do presente tema, não necessária e
família estabelece-se na reciprocidade entre exclusivamente para efeitos jurídicos. Nesse
os membros de prestar a devida assistência. norte, segundo Maria Berenice Dias et al.
Assim, essa assistência não deve existir apenas (2002, p. 95),
para fins patrimoniais, mas também para fins
afetivos e psicológicos, como especificado, a fim tal divisão tem importância não apenas para
de operar na evolução da comunidade, pois não fins acadêmicos, mas fundamentalmente
é apenas o fator econômico o necessário para porque distingue as diversas relações
familiares e seus variados conteúdos,
fazer desenvolver uma família adequada.
realizando especial distinção quanto aos
Interessante ressaltar que a solidariedade
efeitos jurídicos e ao grau de intensidade
familiar se baseia na possibilidade e na da solidariedade familiar.
necessidade de assistência dos familiares,
matéria a ser devidamente estudada em Ainda sobre o parentesco, Ana Paula Corrêa
momento oportuno. Sobre isso, Maria Berenice Patiño (2008, p. 109) ressalta: “É o parentesco
Dias et al. (2002, p. 92) explicitam: “Os que
que liga os ascendentes e descendentes, sem
podem mais ajudam os que não podem, o
limitação de grau (pais e filhos, avós e netos,
que representa a distribuição da riqueza entre
e assim por diante), e os colaterais (irmãos, tios,
os parentes, sob o fundamento do princípio
sobrinhos e primos) até o quarto grau”.
da solidariedade que deve existir entre os
Por fim, as relações de parentesco podem
familiares”.
Por fim, a função social da família, ou ser subdivididas e estudadas detalhadamente
o princípio da solidariedade familiar, é uma em espécies, linhas e graus, como veremos a
regra que não encontra muita divergência, seguir.
em virtude da sua importância e, sobretudo,
porque tem proteção da Constituição da Espécies de parentesco
República Federativa do Brasil. É, por óbvio,
importante a cooperação mútua entre pessoas Em sentido amplo, o parentesco pode
que necessitam e as que têm possibilidade abranger todas as espécies encontradas, ainda
de auxiliar, fundamentalmente quando estas que em diferentes posicionamentos. Nesse
apresentam vínculo familiar e fraternal. sentido, o parentesco pode ser natural (ou
biológico ou consanguíneo, dependendo da
acepção adotada), bem como civil ou ainda
DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO por afinidade. No entanto em sentido estrito
o parentesco abrange apenas a modalidade
As relações de parentesco são os vínculos natural.
existentes entre parentes, ou seja, entre pessoas Ainda, em sentido amplíssimo, embora
descendentes de um mesmo tronco ou entre pouco comentado, defendido por Maria Berenice
cônjuges e os parentes do outro. Vale demonstrar Dias (2011, p. 346), “o parentesco admite
que existe mais de um tipo de vínculo. Insta variadas classificações e decorre das relações
ressaltar, de acordo com Sílvio de Salvo Venosa conjugais, de companheirismo e de filiação,
(2010, p. 215), que “o parentesco é o vínculo que podendo ser natural, biológico, civil, adotivo,

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por afinidade, em linha reta ou colateral, Parentesco civil


maternal ou paternal”.
Cabe analisar então precisamente cada A segunda espécie de parentesco,
espécie de parentesco antes de obter qualquer não menos importante, é o civil, que,
conclusão, por óbvio ainda sem a mínima contrariamente ao parentesco consanguíneo,
pretensão de esgotar o assunto. não ocorre naturalmente, ou seja, necessita de
voluntariedade das partes; é bastante comum
Parentesco natural, biológico ou consanguíneo que o parentesco civil decorra de sentença
judicial.
Para começar o trabalho detalhado sobre De maneira incisiva e não duvidosa,
as espécies de parentesco, insta estudar Flávio Tartuce e José Fernando Simão (2010-
primeiramente o parentesco natural, também 2011, p. 336) posicionam-se: “Civil – aquele
chamado de biológico ou consanguíneo. Embora decorrente de outra origem, que não seja a
o objeto deste item tenha sido escolhido para consangüinidade ou a afinidade, conforme
introduzir o assunto, importa ressaltar que prevê o art. 1.593 do CC”.
não é levada em conta a importância de cada Essa espécie encontra resguardo no Código
espécie. O parentesco natural foi selecionado Civil brasileiro, também em seu artigo 1.593,
para iniciar o estudo por conta da sua maior tal como o parentesco natural, contando com
aceitação na doutrina, ou seja, tanto o sentido uma peculiaridade. No artigo supracitado
amplo quanto o restrito o aceitam. encontra-se a frase “conforme resulte de [...]
Parentesco natural é o vínculo existente outra origem”. Essa outra origem citada quer
entre pessoas que descendem de um tronco dizer que pode ser qualquer uma, excetuando
comum, que são ligadas entre si pelo mesmo a origem natural e a originada por afinidade,
sangue e têm materiais genéticos semelhantes. que será estudada posteriormente. Assim,
Nesse sentido, discorre Maria Berenice Dias como exemplo, é possível encontrar com maior
(2011, p. 348): facilidade na sociedade atual a adoção e a
reprodução artificial assistida (doação de óvulo
Parentes consangüíneos são as pessoas que
têm entre si um vínculo biológico. Assim, ou sêmen). Ambas são de parentesco civil.
são parentes as pessoas que descendem umas Nesse mesmo sentido se apresenta o
das outras, ou têm um ascendente comum. O enunciado n.º 103 da I Jornada de Direito Civil
estabelecimento dos elos de parentesco (CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS DO
sempre tem origem em um ascendente: CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL, 2002,
pessoa que dá origem a outra pessoa. s.p.):

Ainda nessa direção, Flávio Tartuce e José 103 – Art. 1.593: o Código Civil reconhece,
Fernando Simão (2010-2011 p. 336) estabelecem: no art. 1.593, outras espécies de parentesco
“Consanguíneo ou natural – aquele existente entre civil além daquele decorrente da adoção,
pessoas que mantêm entre si um vínculo biológico acolhendo, assim, a noção de que há
ou de sangue, ou seja, que descendem de um também parentesco civil no vínculo
parental proveniente quer das técnicas
ancestral comum, de forma direta ou indireta”.
de reprodução assistida heteróloga
O vínculo natural carrega tal denominação relativamente ao pai (ou mãe) que não
pois não se submete à vontade de nenhuma contribuiu com seu material fecundante,
das partes, bem como nasce espontânea e quer da paternidade sócio-afetiva, fundada
naturalmente, sem escolha. na posse do estado de filho.

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Portanto, a segunda espécie inclui o extingue, ela permanece gerando todos os efeitos
parentesco advindo da adoção, de qualquer jurídicos que geraria se ainda houvesse uma
das técnicas de reprodução assistida heteróloga, união. Por outro lado, o parentesco por afinidade
bem como da paternidade socioafetiva. em linha colateral possui limitação de grau, e, se
ocorrer a dissolução do casamento ou da união
Parentesco por afinidade estável, esse parentesco se extingue junto.

O parentesco por afinidade é a terceira e Linhas de parentesco


última espécie de parentesco. Trata-se de um
vínculo que une o cônjuge ou companheiro aos As linhas de parentesco são caracterizadas
parentes do outro cônjuge ou companheiro e pelo vínculo existente entre pessoas relacionadas
deriva exclusivamente de disposição legal. umas às outras, ou seja, segundo Arnaldo
O Código Civil brasileiro (BRASIL, 2002), Rizzardo (2008, p. 400), “costuma-se denominar
em seu artigo 1.595 e parágrafos, dispõe: linhas de parentesco ao vínculo que coloca as
pessoas umas em relação às outras em função
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é de um tronco comum”.
aliado aos parentes do outro pelo vínculo São subdivididas em duas as linhas
da afinidade. de parentesco: parentesco em linha reta e
§ 1o O parentesco por afinidade limita-se parentesco em linha colateral, abordadas em
aos ascendentes, aos descendentes e aos
subtópicos a seguir.
irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se
extingue com a dissolução do casamento Parentesco em linha reta
ou da união estável.
O parentesco em linha reta é aquele em que
Tal como ocorre no parentesco natural, as pessoas estão vinculadas uma à outra em uma
primeira espécie estudada, o parentesco por relação de ascendentes e descendentes, ou seja,
afinidade também comporta a contagem os parentes em linha reta são as pessoas que
de graus em linha reta e linha colateral. Na ascendem ou descendem umas das outras.
linha reta estão o sogro, a sogra, o cunhado, Nesse sentido, os ascendentes são vistos
a cunhada, o enteado e a enteada, bem como, quando é necessário “subir” até um antepassado,
respectivamente para estes, estão a nora, o e os descendentes aparecem quando é preciso
genro, a cunhada, o cunhado, a madrasta e o “descer” até outra pessoa na linha. Concluindo,
padrasto. ascendentes são aqueles que estão, na árvore
Nesse norte leciona Antônio Elias de genealógica, logo acima da pessoa relacionada,
Queiroga (2004, p. 2010): “Na linha colateral, e descendentes são aqueles que estão logo
a afinidade não vai além do segundo grau, abaixo da pessoa relacionada.
estabelecendo-se, apenas, entre os cônjuges e O próprio Código Civil brasileiro, em seu
os irmãos do outro. Extingue-se com a morte artigo 1.591, confere proteção a essa linha de
de um dos cônjuges, com o divórcio ou com a parentesco: “São parentes em linha reta as
extinção da união estável”. pessoas que estão umas para com as outras
Assim, no parentesco por afinidade em linha na relação de ascendentes e descendentes”
reta não há limitação de grau, ou seja, se houver (BRASIL, 2002).
um dia a extinção do casamento ou da união Nesse vértice, Maria Berenice Dias (2011,
estável, a relação parental por afinidade não se p. 348) conceitua:

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Algumas considerações sobre o parentesco e a relação familiar

São parentes em linha reta aqueles que descender de um tronco comum, pois, se a
descendem uns dos outros. Na linha distância for maior que o quarto grau, para
colateral, as pessoas relacionam-se com efeitos jurídicos, não se considera ainda um
um tronco comum, sem descenderem umas parente.
das outras. O parentesco em linha reta leva
Ao relacionar, portanto, o parentesco em
em consideração a relação de ascendência
e de descendência entre os parentes. O linha colateral com o grau que possui, ou
parentesco em linha colateral funda-se seja, a distância em que se encontra da pessoa
na ancestralidade comum, sem relação de relacionada, insta observar que não é possível o
ascendência e de descendência. parentesco em primeiro grau em linha colateral,
pois sempre precisará, primeiro, encontrar um
Quando se fala em parentesco em linha reta, tronco comum para só então encontrar a pessoa
faz-se fundamental salientar que não há grau de a quem se quer relacionar.
limitação, ou seja, diferentemente do parentesco Maria Berenice Dias (2011, p. 349) leciona:
em linha colateral, não é relevante a distância em “Os parentes colaterais provêm de um tronco
que o parente se encontra do outro, pois inexiste comum, não descendendo uns dos outros.
limite de grau de parentesco. De acordo com Portanto, não existe parente colateral em
Maria Berenice Dias et al. (2002, p. 97), primeiro grau”.
Ainda, o parentesco pode ser igual ou
Quanto ao parentesco em linha reta, há a desigual na linha colateral, dependendo da
característica da ilimitação, no sentido de distância em que os parentes se encontram do
que inexiste limite de grau de parentesco ancestral em comum. Ou seja, o parentesco pode
entre aqueles que mantêm relação de ser igual entre as partes quando a distância
ascendentes e descendente. A linha reta
entre esses parentes e o parente que possuem
será ascendente ou descendente de acordo
em comum é a mesma, e o parentesco pode ser
com a ótica do parentesco subindo-se da
pessoa a seu antepassado, ou descendo-se. desigual quando a distância entre um parente e
o parente que possuem em comum é diferente
Concluindo, basta saber, sem a mínima da distância entre outro parente e o parente
pretensão de esgotar a pesquisa em pauta, que o que possuem em comum.
parentesco em linha reta é aquele que encontra Antônio Elias de Queiroga (2004, p. 206)
vínculo e relação próxima entre ascendentes e exemplifica:
descendentes.
O grau de parentesco, na linha colateral
ou transversal, pode ser igual ou desigual.
Parentesco em linha colateral ou transversal Igual, quando a distância é a mesma entre o
parente comum e os parentes considerados.
Parentesco em linha colateral é aquele em Ex.: irmãos, pois a distância entre eles e
que ambas as pessoas não descendem uma da o pai é a mesma. É desigual, quando há
diversidade de distâncias entre os parentes
outra, mas, ao contrário, descendem de um
considerados e o antepassado comum. Ex.:
tronco comum. tio e sobrinho. Nesse caso, a distância, pelo
Essa concepção encontra proteção no número de gerações, entre eles e o tronco
artigo 1.592 do Código Civil brasileiro: “São comum é desigual. O tronco comum, aqui,
parentes em linha colateral ou transversal, até é pai de um e avô do outro.
o quarto grau, as pessoas provenientes de um
só tronco, sem descenderem uma da outra” Em doutrina ainda mais recente, Flávio
(BRASIL, 2002). Assim, não basta apenas Tartuce e José Fernando Simão (2010-2011,

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p. 340) complementam sobre o parentesco de parentesco pelo número de gerações, e, na


colateral igual: colateral, também pelo número delas, subindo
de um dos parentes até ao ascendente comum,
Parentesco colateral igual – situação em e descendo até encontrar o outro parente”.
que a distância que separa os parentes do O grau de parentesco é contado de maneira
tronco comum é a mesma quanto ao número diferente de acordo com a linha de parentesco em
de gerações. É o que ocorre no parentesco
que a pessoa se encontra. No caso de parentesco
entre irmãos, pois sobe uma geração e
em linha reta, para contar um grau em relação
desce também uma geração (parentesco
colateral de segundo grau igual). Ocorre o a um ascendente, conta-se cada geração subindo
mesmo no parentesco entre primos, pois uma a uma; pelo contrário, para contar um grau
se sobem duas gerações e descem-se duas em relação a um descendente, conta-se cada
gerações (parentesco colateral de quarto grau geração descendo uma a uma. Dimas Messias
igual). de Carvalho exemplifica (2009, p. 288):

Flávio Tartuce e José Fernando Simão Na linha reta, conta-se o grau de parentesco
(2010-2011, p. 340) discorrem também sobre o subindo ou descendo as gerações até o
parentesco colateral desigual: parente. Cada geração é um grau. Assim,
na linha reta descendente, o filho é parente
Parentesco colateral desigual – hipótese em no primeiro grau, o neto no segundo,
que a distância que separa os parentes do o bisneto no terceiro, sucessivamente,
tronco comum não é a mesma. Em outras enquanto na linha ascendente, o pai
palavras, a medida de subida de gerações é parente no primeiro grau, o avô no
não é igual à medida da descida. É o que segundo e o bisavô no terceiro.
acontece no parentesco entre tio e sobrinho
(parentesco colateral de terceiro grau desigual: No entanto, no caso de parentesco em linha
“subi dois e desci um”) e sobrinho-neto e colateral, para contar o grau em relação a outro
tio-avô (parentesco de quarto grau desigual: parente, deve-se subir cada geração até alcançar
“subi três e desci um”). um ancestral comum de ambos os parentes e
então descer cada geração até chegar à pessoa
Por fim, ratificando, o parentesco em linha que se quer considerar, contando esta, a última
colateral não tem relação direta entre as pessoas geração, como grau de parentesco.
consideradas. Esse parentesco relaciona as Do mesmo modo, Dimas Messias de
pessoas por meio de um ancestral em comum Carvalho (2009, p. 288) disserta detalhadamente:
que funciona como um intermediador da “Na linha colateral, conta-se o parentesco,
relação entre as duas pessoas. subindo por uma das linhas genealógicas até
o tronco ancestral comum e desce pela linha
Graus de parentesco transversal até a pessoa que se quer determinar,
correspondendo cada geração a um grau de
Grau de parentesco é a distância existente parentesco”.
entre um parente e outro, contada em gerações, É importante destacar a facilidade que
ou seja, é a distância que separa uma geração Flávio Tartuce e José Fernando Simão (2010-
da outra, independentemente se em linha reta 2011, p. 337) atribuem ao caso: “O parentesco
ou colateral. em linha reta é contado de forma muito simples:
Esse conceito encontra guarida no artigo à medida que se sobe (linha reta ascendente)
1.594 do Código Civil brasileiro (BRASIL, 2002), ou se desce (linha reta descendente) a escada
que leciona: “Contam-se, na linha reta, os graus parental, tem-se um grau de parentesco”.

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Algumas considerações sobre o parentesco e a relação familiar

Ratificando, por causa da dificuldade ilimitada, ou seja, se for parente em linha


em se contar o grau do parentesco em linha reta, não importa a distância, será sempre
colateral, Maria Berenice Dias et al. (2002, parente. Também é pacífico o posicionamento
p. 101) explicam: de que, em linha colateral, a contagem fica
limitada até o quarto grau, ou seja, após essa
Na linha colateral, o parentesco é contado distância as pessoas não são mais consideradas
pelo número de gerações entre os parentes, parentes para efeitos jurídicos. Nesse sentido,
com a nuance de se procurar o ascendente disserta Maria Berenice Dias (2011, p. 346): “O
comum e se calcular a distância entre as
parentesco em linha reta é ilimitado e, na linha
gerações até este, para depois descer até
o outro parente com quem se pretende colateral, limita-se ao quarto grau, ao menos
estabelecer o grau de parentesco. Desse para efeitos jurídicos. Os vínculos em linha reta
modo, conta-se o número de gerações entre são perpétuos”.
o primeiro parente e o ascendente comum Assim, não há muito que se falar em
aos dois e, em seguida, conta-se o número divergência doutrinária ou jurisprudencial,
de gerações entre o ascendente comum e o além de que a atual estrutura de organização
segundo parente. Os primos, de acordo com facilita a definição do termo, restringindo
tal método, são parentes na linha colateral
controvérsias.
em quarto grau, porquanto são quatro as
gerações que os separam: de um deles para
o seu pai; do pai para o avô – ascendente
comum aos dois primos (as duas primeiras CONCLUSÃO
etapas consistem na escala ascendente); do
avô ao tio, irmão de seu pai; do tio ao filho No trabalho foram pesquisados,
deste – primo do primeiro (as duas últimas primeiramente, todos os relevantes
etapas correspondem à escala descendente).
posicionamentos sobre o conceito do termo
Os irmãos, por sua vez, são colaterais em
segundo grau, considerando a necessidade “família”. Desde a concepção extremamente
de subir ao ascendente comum a ambos – o ampla até a concepção excepcionalmente
pai ou a mãe – e descer ao outro, para se restrita, foi possível observar que, para
poder estabelecer o grau de parentesco. O efeitos jurídicos, uma família contém apenas
tio e o sobrinho, de sua parte, são parentes o cônjuge, seu companheiro, seus ascendentes
na linha colateral em terceiro grau, diante e descendentes.
da indispensabilidade de subir do sobrinho Após, fez-se um estudo pormenorizado
para seu pai (primeira geração); em seguida,
sobre as relações de parentesco entre os
de seu pai para seu avô (segunda geração,
sendo este o ascendente comum a tio e membros de uma família. Entre as espécies
sobrinho); e, finalmente, de seu avô para o de parentesco detalharam-se três existentes:
tio (terceira geração). o consanguíneo, que relaciona pessoas com
vínculo sanguíneo; o civil, que não decorre
Não é demais insistir que o grau é a distância nem da consanguinidade nem da afinidade,
existente entre uma geração e outra, e em cada ou seja, existe por exclusão; e o parentesco
uma das linhas de parentesco (reta ou colateral) por afinidade, que une o cônjuge ou
a maneira de contar o grau é diferente, como já companheiro aos parentes do outro cônjuge
foi dito. Diante dessas pesquisas, para efeitos ou companheiro.
jurídicos importa salientar até que ponto, ou Existem também duas linhas de parentesco,
melhor, até que grau é considerado parente. que são a reta e a colateral. Há ainda os graus de
É pacífico o entendimento de que, em parentesco, que são muitos, mas juridicamente
linha reta, a contagem em grau se mostra não são todos considerados. Foi possível extrair

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Algumas considerações sobre o parentesco e a relação familiar

que o parentesco em linha reta vincula as CARVALHO, D. M. Direito Civil: Direito de


pessoas que ascendem ou descendem umas Família. 2. ed. atual., rev. e ampl. Belo Horizonte:
das outras e, nesse caso, não possuem limite de Del Rey, 2009.
grau. Já o parentesco em linha colateral vincula
pessoas que descendem de um tronco comum CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS DO
e, nesse caso, apenas parentesco até o quarto CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL. I Jornada
grau gera efeitos jurídicos. de Direito Civil. Brasília. 2002. Disponível em:
Portanto, observa-se, entre outras <http://daleth.cjf.jus.br/revista/enunciados/
informações, que todos possuem parentes por IJornada.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2012.
consanguinidade, adquiridos por meio da linha
reta ou colateral, e que o parentesco por afinidade DIAS, M. B. Manual de Direito das Famílias.
se extingue com o término da relação matrimonial 8. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos
entre os cônjuges ou companheiros. Tribunais, 2011.
Por fim, longe de concluir um trabalho
exauriente e de esgotar o presente tema, DIAS, M. B. et al. Direito de Família e o Novo
objetivou-se contribuir, singelamente, para Código Civil. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey,
uma pacificação da controvérsia evidenciada, 2002.
de modo a oferecer subsídios mínimos aos que
deparam com questões legais ou processuais. GAMA, G. C. N. Direito Civil: família. São Paulo:
Atlas, 2008a.

REFERÊNCIAS ______. Princípios constitucionais de Direito de


Família: guarda compartilhada à luz da lei
BRASIL. Constituição da República Federativa n.º 11.698/08: família, criança, adolescente e idoso.
do Brasil. Brasília: Senado, 1988. São Paulo: Atlas, 2008b.

______. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. GIORGIS, J. C. T. Direito de Família


Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: contemporâneo. Porto Alegre: Livraria do
Senado, 1990. Disponível em: <http://www. Advogado, 2010.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>.
Acesso em: 3 abr. 2012. PATIÑO, A. P. C. Direito Civil: Direito de
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2002. Código Civil. Brasília: Senado, 2002. QUEIROGA, A. E. Curso de Direito Civil: Direito
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TARTUCE, F.; SIMÃO, J. F. Direito Civil. 6. ed. VENOSA, S. S. Direito Civil: Direito de Família.
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(Concursos públicos).

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