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ANGOLA

FMI recomenda aumento de


impostos a Angola
Delegação do FMI analisou políticas económicas do Executivo e instou o
Governo angolano a criar um ambiente de negócios favorável e aumentar
impostos. Ex-vice-ministro das Finanças diz que proposta "não é
inteligente".

A missão de assistência técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), que


trabalhou na semana finda em Luanda, no âmbito da supervisão financeira ao
Executivo angolano, voltou a alertar, mais uma vez, para um momento
extremamente difícil que Angola terá de atravessar no ano de 2015.
De acordo com o chefe da missão do FMI, o brasileiro Ricardo Veloso, que esteve a
trabalhar durante cinco dias no país, é preciso que todos os angolanos façam
esforços - com o aumento dos impostos e o corte da subvenção aos combustíveis -
para que a economia angolana possa regressar à normalidade.
"As nossas impressões são de que Angola vai realmente passar por um ano difícil e
que é preciso que todos os angolanos contribuam para o ajuste fiscal que está sendo
feito. É muito importante para que isso dê certo," disse.
Queda na cotação internacional do petróleo é uma das causas apontadas pelo chefe da missão do
FMI, Ricardo Veloso, para as medidas sugeridas pelo órgão. Na foto, plataforma de petróleo em
Angola
Segundo Veloso, o governo tomou medidas importantes nesse sentido. "O
Programa de Orçamento Revisado, que foi enviado à Assembleia Nacional, é muito
positivo. É duro, mas para a atual conjuntura de quebra no preço internacional do
petróleo que vimos hoje, infelizmente, são as medidas que são necessárias," avaliou.
O FMI instou ainda o Governo angolano a criar um ambiente de negócios favorável,
com a realização de investimentos em infraestruturas.
"Hoje em dia, há menos recursos para esses investimentos, então é preciso fazê-los
de uma forma melhor. Terminar as obras que foram começadas para que elas
tenham um impacto na redução do custo do país," sugeriu.
"Tenho absoluta consciência de que Angola tem um futuro brilhante à sua frente,"
afirmou o chefe da missão do FMI.

Fernando Heitor, ex-vice-ministro das Finanças de Angola


Aumento de impostos "não é inteligente"
Entretanto, em reação ao plano de ação lançado pelo FMI, sobretudo no que diz
respeito ao aumento dos impostos, o antigo vice-ministro das Finanças de Angola, o
economista Fernando Heitor, disse à DW-África que as medidas ora anunciadas
pela missão de assistência técnica do Fundo Monetário Internacional constituem
uma injustiça fiscal cuja consequência será a de penalizar os mais necessitados.
"O mais importante, no domínio do Estado, não é tanto aumentar a taxa e criar
mais, mais e mais impostos. O mais importante é alargar a base de tributação. É
evitar que muitas pessoas não sejam tributadas quando têm rendimentos da sua
atividade ou trabalhando por conta própria," considerou Heitor.
Para o ex-vice-ministro das Finanças, "o FMI deveria ajudar o Estado a fortalecer a
sua capacidade institucional, no sentido de evitar a fuga aos impostos e não a forma
simplista de aumentar os impostos aos poucos que já pagaram."

FMI recomenda aumento de impostos a Angola


"Isso não é inteligente. Deveria-se evitar essa injustiça do Estado que faz com que
muitos empresários se retraiam," avaliou.
O economista Fernando Heitor, que é também deputado da Assembleia Nacional
pela bancada da UNITA, o maior partido na oposição angolana, afirmou, por outro
lado, que caso o Governo angolano venha a acatar as orietações dos enviados de
Christine Lagarde, os resultados podem ser negativos.
"O FMI [interveio] na América Latina e em outros países em que os resultados
depois foram catastróficos do ponto de vista económico e até mesmo do ponto de
vista social."

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