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Tudo que é exagerado não faz bem. Quando uma mãe possui apego exagerado ao
filho o mantém preso a sua vontade e transmite insegurança que, certamente, afetará a
vida adulta dele. Essa criança provavelmente será um adulto fraco, sem vontade própria,
sofrendo as consequências desse apego maternal no futuro. No processo natural da vida
em família chegará o momento dos filhos construírem a própria vida. Quando o filho é
superprotegido ele tenta tardar muito essa situação e quando sai de casa, seja para se
casar ou estudar fora, tem grande dificuldade em alcançar a independência necessária. 1
Tudo isso é muito prejudicial ao filho e aos seus relacionamentos
Elmore, revela que muitos pais tratam as suas crianças e adolescentes com mimos e
comportamentos super-protetores, impedindo o seu crescimento pessoal, o
desenvolvimento da sua autonomia e consequentemente as suas capacidades de
liderança.
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Elmore destaca 7 atitudes dos pais que devem ser evitados para que o seu filho se torne
um líder capaz – quer de empresas ou da sua própria vida:
Jocasta foi a mãe de Édipo (ler último post sobre o Complexo de Édipo), posteriormente
sua esposa e mãe de suas 4 filhas.
O termo Complexo de Jocasta foi proposto por Raymond de Saussure quase 100 anos
atrás. Ele designa a ligação afetiva deturpada que algumas mães sentem por seus filhos.
Uma forma de amor que pode variar desde a superproteção com características
simbióticas até fixações sexuais em relação ao filho. 4
É mais comum encontrarmos a variação do complexo de Jocasta naquela mãe que
parece que não quer que seu filho cresça – pois significa que ele se afastaria dela. Que
seja sempre “SEU bebê”.
Tudo bem, entendo que quase sempre ao mesmo tempo em que os pais ficam contentes
por verem o desenvolvimento de seus filhos eles podem sentir aquela tristezinha de vê-los
ficando independentes… isso não é sinônimo de complexo de Jocasta. O problema
ocorre quando os pais não enxergam (negação) que os filhos devem ter outros papéis na
vida para que sejam felizes.
É aquela mãe que não aceita nenhuma das namoradas que o filho escolhe… Como se o
filho ainda fosse dependente e não soubesse fazer escolhas. Ela é quem sabe.
É aquela mãe superprotetora que vê o filho já grande cometendo atrocidades e ela ainda
assim o protege… como se ele fosse incapaz de ser responsabilizado.
É a mãe que o superprotege fazendo tudo por esse filho – desde sua comidinha favorita
até se matando para agradá-lo em suas necessidades mais caras e extravagantes. Como
se ele próprio não pudesse trabalhar ou fazer sacrifícios para realizá-la. E o que vem fácil
geralmente não tem valor.
A consequência desse tipo de comportamento é um adulto infantilizado e narcisista que
não consegue assumir compromissos na vida. Espera ser servido. Não tem limites e pode
manipular os outros em seu próprio benefício por considerar-se muito especial. Sim, pois
ele sempre esteve neste lugar, neste pedestal. E a vida real – e os relacionamentos com
as mulheres reais – fica muito difícil de ser levado já que o lugar junto a mãe é muito mais
sedutor.
Vou dar um exemplo que pode facilitar o entendimento do que é o complexo de Jocasta:
Conheço uma senhora que tem 4 filhos adultos (entre 30 e 40 anos) e nenhum deles se
casou. Ninguém prestava para estar com seus filhos. E essa sogra se envolvia tanto nos
relacionamentos de seus filhos que as pretendentes não aguentavam e iam embora. Era
uma eterna briga entre nora e sogra. Dois desses filhos ainda moram com a mãe.
Essa senhora tem um neto de 8 anos – fruto de um relacionamento falido de um de seus
filhos . Esse neto gosta muito da avó que sempre o enche de presentes, guloseimas e
chupeta(!). Presentes caros, guloseimas calóricas e chupeta de bebê. Ele é criado pela
mãe e sempre quer ir na casa da avó. Na casa da mãe as guloseimas são reguladas, a
chupeta já foi tirada – com muito sacrifício – e tem brinquedos sim. As vezes ganha um
mais simples no dia a dia, mas presentes caros são reservados para o natal, aniversário e
dia das crianças. Como deveria ser.
Essa mãe tem dificuldade para lidar com a sogra pois o nível de sedução por parte da
última é muito grande. E é problemático na medida em que as consequências desse 5
comportamento sedutor não estão sendo avaliadas por essa avó. Ela não colabora para
que esse neto se desenvolva para a vida real. E aí ficará muito dificil sobreviver e
relacionar-se com pessoas reais. Sua preocupação é que ele seja seu. É um amor onde
o outro é visto como uma propriedade.
Agora imaginemos uma situação aonde uma mulher consiga se casar com um homem
que seja filho de uma Jocasta dos tempos modernos. Esse homem estará ligado
primeiramente à mãe. Sua esposa não tendo o marido consigo possivelmente fará essa
ligação com os filhos, repetindo a história.
Uma mulher que não tem o marido para si ainda pode ter vida própria e não ver nos filhos
toda a responsabilidade por sua realização.
Quando os pais são felizes e exercem outros papéis (profissional, social, sexual, etc.) os
filhos ganham esses mesmos direitos e a educação não será sinônimo de dívida e
sedução e sim de amor, preparação para a vida e apoio.
É a velha e sábia história que diz que os filhos devem ser criados para o mundo