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Embraiagens e Freios - Principios básicos 1/11

4 - EMBRAIAGENS E FREIOS

Definição
Dispositivos situados numa cadeia cinemática e que permitem o acoplamento ou
desacoplamento temporário de duas partes duma transmissão de potência de uma forma
progressiva, através de um comando exterior, manual, assistido ou automatizado.

Princípio de funcionamento

O principio de funcionamento de embraiagens e freios assenta na transmissão de movimento


entre duas superfícies através do atrito. Residindo a diferença entre as embraiagens e os freios no
facto de uma das superfícies do freio estar parada.

Qualidades gerais procuradas em embraiagem e freios

Isolar de maneira instantânea as partes móveis motrizes e receptoras de uma cadeia


cinemática

Acoplar progressivamente e suavemente as partes móveis motrizes e receptoras de


uma cadeia cinemática

O atrito requerido para o funcionamento de ser obtido através de uma força aceitável

A energia convertida em calor durante o accionamento deve ser dissipada a uma taxa
que permitam que não sejam atingidas temperaturas destrutivas

As características de desgaste das superfícies atritantes devem permitir um tempo de


vida aceitável

Alexandre Sottomayor 2002


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4.1 - DETERMINAÇÃO DO MOMENTO DINÂMICO MÍNIMO

Im
Bm Be Be Br

Ir
ωm ωr

Tomando o sentido establecidos na figura podemos escrever a equação do movimento do lado da


parte motora

d (ω m )
B m − Be = I m
dt

e do lado da parte receptora

d (ω r )
Be − B r = I r
dt

definindo a nomenclatura convencional

Bm - Momento motor instantâneo

Br - Momento receptor instantâneo


Be - Momento Instantâneo transmitido por fricção à árvore receptora

ω m - Velocidade de instantânea de rotação da parte motora


ω r - Velocidade de instantânea de rotação da parte receptora
ω e - Velocidade instantânea de escorregamento ω e = ω m − ω r
I m - Momento de inércia da parte motora

I r - Momento de inércia da parte receptora

No momento em que se dá a embraiagem não existe escorregamento entre as superfícies:


Alexandre Sottomayor 2002
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d (ω m ) d (ω r )
ωm = ωr e =
dt dt

e portanto,

B m − Be B e − B r
=
Im Ir

e o binário recebido pela parte receptora pode ser definido por

Bm I r + Br I m
Be =
(I m + I r )

podemos definir o binário de fricção, que representa o valor minimo de Be para que a embraiagem

possa embraiar ou seja para que ω e se possa anular, como

Bm I r + Br I m
Bf =
(I m + I r )

4.2 - BINÁRIO DE ADERÊNCIA

O binário de aderência, B A , é o binário que pode ser transmitido pela embraiagem sem que
exista escorregamento, esse binário é função da geometria do mecanismo em causa, do coeficiente
de atrito e da pressão entre as superfícies atritantes.
Durante a fase de embraiagem o valor de B A varia progressivamente de 0 até ao valor
máximo (normalmente por variação da pressão) segundo uma lei escolhida.
Em todos os casos o binário de aderência da embraiagem deverá ser superior ao valor
máximo do binário de fricção, para assim evitar patinagens intempestivas durante a utilização.

 B I + Br I m 
B A ≥ B f e portanto B A ≥  m r 
 (I m + I r ) 

NOTA: Por vezes é interessante utilizar o valor máximo de B A da embraiagem como um limitador
de binário, com vista a proteger o sistema de transmissão de choques ou acidentes.

Alexandre Sottomayor 2002


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4.3 - FASES DE EMBRAIAGEM

4.3.1 - APLICAÇÃO INSTANTÂNEA DO BINÁRIO DE ADERÊNCIA

Imaginemos que no instante t=0 a totalidade do binário de aderência e aplicado à


embraiagem.

ω estável
ωm
ω ( m+ r )
ωe

ωr

t =3 t

A aplicação do binário motor aos órgãos receptores faz-se em duas fases,

Primeira fase 0<t<t3

Período de patinagem

Durante este período o binário transmitido pela parte motriz à parte receptora é igual a B A ,
podemos então escrever:

d (ω m )
Bm (t ) − B A = I m
dt

d (ω r )
B A − Br (t ) = I r
dt

d (ω m ) Bm (t ) − B A
ou seja, = para a parte motriz
dt Im
Alexandre Sottomayor 2002
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d (ω r ) B A − Br (t )
e = para a parte receptora
dt Ir
integrando estas equações:

t3
 Bm (t ) − B A 
ω m (t ) = ∫  dt + ω m 0
0
I m 

t3
 B A − Br (t ) 
ω r (t ) = ∫  dt + ω r 0
0
Ir 

Em que ω m 0 e ω r 0 são as velocidades iniciais das partes motoras e receptoras, portanto

antes do ínicio da embraiagem.


Normalmente tem-se ω r 0 nula a partida, e os binários Bm Br variáveis em função da

velocidade e portanto do tempo. O binário de aderência, B A , tem neste caso um valor constante.

Segunda fase t>t3

Período de pós sincronização

Nesta fase a velocidade de escorregamento ω e é nula a embraiagem já se deu não há

patinagem e portanto os órgãos motores e receptores constituem um unico bloco cuja equação do
movimento pode ser definida por:

d (ω )
Bm (t ) − Br (t ) = ( I m + I r )
dt

Alexandre Sottomayor 2002


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4.3.2 - APLICAÇÃO PROGRESSIVA DO BINÁRIO DE ADERÊNCIA

Na grande maioria dos casos o binário de aderência é aplicado progressivamente para assim
diminuir as sobrecargas dinâmicas sobre as transmissões, e também para aumentar a comodidade no
caso de um veiculo.

Assim o valor de B A é do tipo:

B A = f (t ) = B A (t )

Esta função f (t ) é regra geral uma função linear, por exemplo o levantar progressivo do pedal da
embraiagem de um veiculo, e pode representar-se sobre a forma:

ω
ω estável
ωm ω (m+r )
ωe

ωr

t =1 t=2 t =3 t

Faz-se então uma subdivisão da 1ª fase da aplicação instantânea do binário aderente, fase de
patinagem, em 3 fases o que dá origem a 4 fases:

Primeira fase 0<t<t1

Período de patinagem pura

Durante esta fase o binário aderente B A (t ) é inferior ao binário de fricção B f , o que dá

origem as equações:

Alexandre Sottomayor 2002


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t1
 Bm (t ) − BA (t ) 
ω m (t ) = ∫  dt + ω m 0
0  I m 

t1
 B A (t ) − Br (t ) 
ω r (t ) = ∫  dt + ω r 0
0
Ir 

Durante esta fase enquanto que a parte motora vai desacelerar por acção do binário aderente
aplicado,a parte receptora vai ter um comportamento que depende do seu estado inicial, assim:

Se ω r 0 = 0 temos ω r (t ) = 0 , uma vez que o binário aderente transmitido é inferior ao


binário dos órgãos receptores este não arranca e mantém-se estacionário

d (ω r )
Se ω r 0 ≠ 0 temos ≠ 0 , ou seja os órgãos receptores vão acelerar se ω r 0 tiver o
dt
sentido do binário aderente ou vão desacelerar se tiver sentido contrário.

A parte receptora não deve arrancar ou desacelerar, é desejável para limitar o desgaste e o
aquecimento da embraiagem que o tempo t1 tenda para zero ou seja , que se aplique o mais
rapidamente possível um binário aderente pelo menos igual ao binário das partes receptoras.

Segunda fase t1<t<t2

Período de patinagem em que B A 〉 B A (t ) 〉 B f

Tal como na fase anterior as equações do movimento podem ser definidas por:

t2
 Bm (t ) − B A (t ) 
ω m (t ) = ∫  dt + ω m 0
t1 
Im 

t2
 B A (t ) − Br (t ) 
ω r (t ) = ∫  dt + ω r 0
t1 
Ir 

Nesta fase se os órgão receptores estiverem estacionários eles iniciam movimento pois o binário
aderente aplicado é superior ao binário dos órgãos receptores.

Alexandre Sottomayor 2002


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Terceira fase t2<t<t3

Período de patinagem em que B A = B A max = constante

t3
 Bm (t ) − B A 
ω m (t ) = ∫  dt + ω m 0
t2  I m 

t3
 B A − Br (t ) 
ω r (t ) = ∫  dt + ω r 0
t2 
Ir 

esta fase é equivalente á aplicação instantânea do binário aderente da embraiagem

Quarta fase t>t3

Período de pós sincronização

Nesta fase a velocidade de escorregamento ω e é nula a embraiagem já se deu não há


patinagem e portanto os órgãos motores e receptores constituem um unico bloco cuja equação do
movimento pode ser definida por:

d (ω )
Bm (t ) − Br (t ) = ( I m + I r )
dt

NOTA GERAL: O valor do binário aderente B A não deve ser muito próximo do binário das parte
receptoras Br , pois que nesse caso o tempo de patinagem tende para infinito, regra geral pode-se
tomar como mínimo B A = 1.3 ⋅ Br .

Alexandre Sottomayor 2002


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4.4 - TEMPO DE EMBRAIAGEM

Para obter o tempo de embraiagem, ou seja o tempo necessário para que deixe de haver
patinagem é necessário definir a equação do movimento relativo entre os pratos da embraiagem ou
seja a velocidade de escorregamento, assim temos que quando não existir movimento relativo entre
os pratos da embraiagem

ωe ( t ) = ω m ( t ) − ω r ( t ) = 0

e portanto

 t  Bm (t ) − B A (t )    t  B (t ) − Br (t )  
ω e (t ) = ω m (t ) − ω r (t ) =  ∫  dt + ω m 0  −  ∫  A
 
dt + ω r 0  = 0

0 Im   0 Ir  

Esta equação levanta o problema do desconhecimento da variação dos diversos binários


envolvidos com o tempo, o que a torna de impossível ou de difícil resolução, no entanto e para a
grande maioria das aplicações é aceitável assumir que esses binários são constantes durante o tempo
de embraiagem, obtendo-se assim a equação

 Bm − B A   B − Br 
ω e (t ) = ω m (t ) − ω r (t ) =  t + ω m 0  −  A t + ω r 0 
 Im   Ir 

que não só nos permite obter o tempo para que se dê a embraiagem como obter a velocidade em
qualquer momento requerido.

Alexandre Sottomayor 2002


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4.5 - DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA DO SISTEMA

Para os diversos cálculos envolvendo embraiagens, determinação de binários de aderência


mínimo, tempos de embraiagem, etc, é necessária a determinação do momento de inércia
equivalente dos órgãos receptores.

Z1

ω r1
I r2 r

I r1
ωr2

Z2

mr3

Sendo a energia cinética das órgãos receptores como a soma das energias cinéticas de todas
as massas dos órgãos receptores com movimento de rotação e/ou translação pode-se definir:

1
Ec(I r1 ) = I r1ω r21
2

1
Ec (I r 2 ) = I r 2 ω 2
r 2
2

1
Ec(mr 3 ) = mr 3 v r23
2

e a energia cinética dos órgãos receptores pode ser equacionada por,

1
Eceq = Ec(I r1 ) + Ec(I r 2 ) + Ec(mr 3 ) com Eceq = I eqω r21
2

Alexandre Sottomayor 2002


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é assim possível definir,

1 1 1 1
I eqω r21 = I r1ω r21 + I r 2ω r22 + mr 3 v r23
2 2 2 2

tendo em consideração a relação entre as várias velocidades envolvidas,

z1 z1
ω r 2 = ω r1 e que v r 3 = ω r 2 R ⇒ v r 3 = ω r1 R
z2 z2

podemos expressar a energia cinética equivalente no veio 1 por,

2 2
1 1 1  z  1  z 
I eqω r21 = I r1ω r21 + I r 2  ω r1 1  + mr 3  ω r1 1 R 
2 2 2  z2  2  z2 

e eliminando os termos comuns podemos, finalmente definir o momento de inércia equivalente no


veio 1 necessário para o dimensionamento da embraiagem,

2 2
z  z 
I eq = I r1 + I r 2  1  + mr 3 R 2  1 
 z2   z2 

Alexandre Sottomayor 2002

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