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DISCIPLINA:
Gerson Giuliangeli
Luzia Goretti Carmo
Mirian A Figueiredo Clug
Remisson Cezar dos Santos
Silvana Mattos
São Paulo
NOVEMBRO/2017
A Lei de Improbidade, 8.429/92, em relação a legislação anterior que tratava apenas poucos atos
de enriquecimento ilícito, ampliou o conceito dos atos que importam improbidade
administrativa, na medida em que trata também dos atos de improbidade que causam prejuízo
ao Erário e dos atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública.
Ampliou as medidas cautelares para assegurar o provimento judicial futuro, tornou
independentes as responsabilidades administrativa, civil e criminal, equiparou os agentes
públicos da Administração direta e indireta e definiu exemplos de enriquecimento ilícito.
A Lei de Improbidade, 8.429/92, em relação a legislação anterior que tratava apenas poucos
atos de enriquecimento ilícito, ampliou o conceito dos atos que importam improbidade
administrativa, na medida em que trata também dos atos de improbidade que causam prejuízo
ao Erário e dos atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública.
Ampliou as medidas cautelares para assegurar o provimento judicial futuro, tornou
independentes as responsabilidades administrativa, civil e criminal, equiparou os agentes
públicos da Administração direta e indireta e definiu exemplos de enriquecimento ilícito.
As bases de pesquisa estão delimitadas, observando a linha do tempo nas seguintes fontes: Lei
nº 1.079, de 10 de abril de 1950, Constituição Federal de 1988, Lei nº 8.429, de 2 de junho de
1992 , doutrinas e jurisprudência e por fim, na apresentação de caso concreto.
Previsão Constitucional
É importante destacar que há no ordenamento jurídico, lei anterior que permanece vigente, foi
recepcionada pela CF e concorre em alguns casos com a Lei 8429/92. Trata-se da Lei 1079/50,
chamada Lei dos Crimes de Responsabilidade que define sujeitos ativos e condutas específicas.
Jurisprudência
Apesar dos atos de improbidade não estarem previstos no Código Penal por se tratarem de ilícitos
civis e, portanto, não são crimes, estão relacionados com diversos crimes tipificados, portanto,
concomitantemente ao processo civil, poderá haver um processo penal.
Sobre ilícitos:
https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1373(artigo)
Ilícito civil
A responsabilidade civil é marcada pelo dano que ocorre face à transgressão de
um direito juridicamente tutelado, sem a prática do crime. Neste caso, haverá
reparação do dano (moral ou patrimonial) por meio de indenização ou
recomposição do statu quo ante.
COMPARATIVO
Por tratar-se de ilícito civil, considerando que as leis que tratam do assunto estão fora do Código
Penal brasileiro, não haverá classificações de crime, porém alguns elementos, segundo a
doutrina (Alexandre Mazza), podem ser destacados:
Sujeito ativo
Agente público - servidor ou não, remunerado ou não, transitório ou não
Não agente públicos – que induzam ou concorram ao ato
Sucessores – nos limites do valor da herança
Sujeito passivo
Administração Pública Direta
Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público
ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
O mesmo autor ensina que a responsabilidade administrativa é a que resulta da violação de normas
internas da Administração pelo servidor sujeito ao estatuto e disposições complementares estabelecidas
em lei, decreto ou qualquer outro provimento regulamentar da função publica. A falta funcional gera o
ilícito administrativo e dá ensejo à aplicação de pena disciplinar, pelo superior hierárquico, em
sindicância, obedecido o devido processo legal.
No que tange a responsabilidade civil, prossegue o festejado mestre, é a obrigação que se impõe
ao servidor de reparar o dano causado à Administração por culpa ou dolo no desempenho de suas funções.
Não há, para o servidor, responsabilidade objetiva ou sem culpa. A sua responsabilidade nasce com o ato
culposo e lesivo e se exaure com a indenização. A responsabilidade civil é independente das
E o poder público e aquele exercido pelos agentes públicos nas atividades da Administração direta
e indireta.
Administrador público e todo aquele que gere bens e interesses da comunidade cujos poderes e
deveres são os expressos em lei, os impostos pela moralidade administrativa e os exigidos pelo interesse
da coletividade, estando sujeito, portanto, ao ordenamento jurídico geral e às leis administrativas especiais
que lhe atribui esses encargos.
2
Vocabulário Jurídico
3
MEIRELLES, Hely Lopes, obra citada, pg. 106/108
4
http://bdjur.stj.gov.br/jspui/bitstream/2011/615/4/Contrato_Dep%C3%B3sito.pdf
5
Op. Cit. Pág. 105
ARISTÓTELES7, no Livro I da Política, afirmou que o homem é político por natureza. É somente
através da participação como cidadãos da comunidade política, ou polis, prestados pelo Estado, que os
homens podem alcançar o bem comum da comunidade através do engajamento ativo com a política, seja
como funcionário público, como participante na deliberação de leis e justiça, ou como um soldado
defendendo uma nação.
Ainda, consoante a professora, pode muito bem acontecer que uma parcela da comunidade não
reconheça ou identifique aquele interesse como seu, ou cujo próprio interesse se ache, até, em colisão
com esse querer valorativo predominante. O interesse público, em uma ordem democrática, não se impõe
coativamente. Somente prevalece, em retaliação aos interesses individuais divergentes, com a
predominância, por ser um interesse majoritário. O interesse público e o interesse individual colides-te ou
não coincidente, são qualitativamente iguais; somente se distinguem quantitativamente por ser o interesse
6
Interesse Público: Um Conceito a Determinar, RDA, Rios de Janeiro, jul./set.1996, pág. 109/116
7
https://www.meusdicionarios.com.br/bem-comum
Finalmente, o agente público8, o conceito, para efeitos da LIA – arts. 2o e 3o -, é mais abrangente
do que o comumente adotado em outros institutos do Direito Público por contemplar todas as pessoas
físicas que, de qualquer modo, com ou sem vínculo empregatício, definitiva ou transitoriamente, exerçam
uma função pública ou de interesse público, remunerada ou não, nos órgãos e entidades das
administrações direta e indireta do Poder Executivo dos entes da Federação; nos Poderes Judiciário e
Legislativo nas esferas de sua atuação; nos Ministérios Públicos Federais, Estaduais e Distritais; nos
Tribunais de Contas da União, Estados e Municípios; nas empresas incorporadas ao patrimônio público;
nas empresas privadas dependentes de controle direto ou indireto do Poder Público; e nas entidades
privadas de interesse público.
De acordo com esse conceito, o agentes públicos se classificam em quatro categorias: 1) agentes
políticos; 2) agentes autônomos; 3) servidores públicos; e 4) particulares em colaboração com o Poder
Público.
8
PAZZAGLINI, Filho, Marino, Lei de Improbidade Administrativa Comentada: Aspectos Constitucionais,
Administrativos, Civis, Criminais, Processuais e de Responsabilidade Fiscal, 5.a. Edição, Editora Atlas – 2011, pág.
9/12
9
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 9. Edição, São Paulo: Malheiros, 1997. P.
151-152
Agentes autônomos são os membros do Poder Judiciário, dos Ministérios Públicos, dos Tribunais
de Contas e Chefe da Advocacia-Geral da União que, regidos por legislação própria, exercem funções
superiores e essenciais, mas não participam diretamente de decisões políticas.
Servidores públicos são as pessoas físicas que prestam serviços aos Poderes do Estado e às
entidades da Administração Pública Indireta de natureza profissional, com vínculo empregatício e
mediante remuneração paga pelo Erário e classificam-se em três categorias:
c) servidores temporários: contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público (art. 37, IX, da CF). Os servidores militares incluem-se nessa categoria.
Particulares em colaboração com o Poder Público são as pessoas físicas que exercem atividades
de interesse público e gerenciam verbas publicas em empresas privadas controladas pelo Estado (para as
quais o Erário contribui com mais de 50% do seu patrimônio ou renda anual); em entidades particulares
de interesse público, que recebam do Estado subsídios (sociais e econômicos), benefícios ou incentivos
(fiscais ou creditícios), como por exemplo, serviços sociais autônomos, organizações sociais – ONGs – e
organizações sociais de interesse público – OSCIP
Pessoas requisitadas para exercício de função pública: jurados, integrantes da mesa receptor ou
apuradora de votos nas eleições; e
Gestoras de negócios públicos, que, sponte sua, em situação de emergência (por exemplo,
enchentes, furacões, epidemias, desabamentos, incêndios), assumem gestão temporária da coisa
pública.
2.4.1 Terceiros
O sujeito ativo próprio do ato de improbidade administrativa é o agente público, muitas vezes,
porém, o comete em parceria, em conluio com terceiro (particular ou agente público estranho as funções
publicas exercidas por aquele). Esse terceiro responde, por extensão, aplicando-se-lhe, no que couber, as
sanções do artigo 12 da LIA., cuja participação, nos termos da lei, ocorre por indução ou concurso para
a prática do ato de improbidade administrativa. E sempre que, sob qualquer forma direta ou indireta,
auferir benefício ilícito.
10
FIGUEIREDO, Marcelo. Probidade administrativa. 5. Ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 53
A lei de improbidade regula o § 4o. do art. 37 da CF, que trata das disposições gerais da
Administração Pública, que estabelece: “Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.”
A Lei 8429/92 tem por finalidade a proteção dos valores morais da Administração Pública,
porque, além dos atos que provocam o enriquecimento ilícito e aqueles que causam dano ao erário,
reprime atos corruptores dos valores éticos e morais da Administração Pública em atentado aos seus
princípios.
11
DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. Atualizado por Nagib Salibi Filho e Gláucia Carvalho, 26 ed. São
Paulo: Forense, 2005, p. 715
Assim, ilegalidade não é sinônimo de improbidade, o ato ilegal por si só, não configura ato de
improbidade administrativa., e, sim, a ausência de integridade na gestão pública.
12
Obra citada, p.2
13
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 19 ed. São Paulo, 2001, p.6753
Ao lado do dever de probidade dos administradores públicos e como seu complemento natural
está sempre o dever de prestar contas ao órgão competente para fiscalização, ou seja, ao órgão legislativo
de cada entidade estatal, através do Tribunal de Contas competente.15
É sujeito passivo a pessoa jurídica de direito público interno (União, Estado, Município,
Autarquia e fundações públicas) ou pessoa jurídica de direito privado (Empresa Pública, Sociedade de
Economia Mista, empresa com envolvimento de capitais públicos), ou seja, é sujeito passivo de
improbidade administrativa qualquer entidade pública ou particular que tenha participação de dinheiro
público em seu patrimônio ou receita anual, bem como a empresa incorporada ao patrimônio publico e
as entidades para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por
cento do patrimônio ou da receita anual ou que foram ou sejam subvencionadas ou que receberam ou
recebam benefícios fiscais (isenções, remissões, subsídios, anistias) ou creditícios de órgão público. Nos
dois últimos casos a sanção patrimonial se limitará a contribuição dos cofres públicos (art. 17, § 2 o, da
LIA).
Empresa incorporada e aquela que foi constituída sob a forma de sociedade anônima é absorvida
por sociedade de economia mista ou por empresa publica que lhe sucede em todos os direitos e
obrigações (art. 223, da lei 6404/1976).
Ato de improbidade administrativa, para os efeitos da LIA, pode ser praticado por todas as pessoas
físicas capazes e que de qualquer modo, com ou sem vínculo empregatício, definitiva ou transitoriamente,
exerçam alguma função pública ou de interesse público, remunerado ou não, nos órgãos e entidades das
14
PAZZAGLINI FILHO, obra citada, p.2/3
15
MEIRELLES, Hely Lopes, obra citada, p. 111/112
São sujeitos ativos abarcados pela LIA também, ao meu ver, considerando que somos um Estado
Direito estruturado com fundamento nos princípios da democracia e da república, ou seja, no qual todo
o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da
Constituição, onde todos são iguais perante a lei e com respeito a coisa pública, já consideradas as
prerrogativas de cada um, os Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e
seu auxiliares imediatos (Ministros e Secretários de Estado e de Município); os membros das Corporações
Legislativas (Senadores, Deputados e Vereadores); os membros do Poder Judiciário (Magistrados em
geral); os membros do Ministério Público (Procuradores da República e da Justiça, Promotores e
Curadores Públicos); os membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros), Os representantes
diplomáticos e demais autoridades que atuem com independência funcional no desempenho de atribuições
governamentais, judiciais ou quase-judiciais, estranhas ao quadro do serviço publico. Todos regiamente
remunerados, mediante subsídios, pagos pelos cofres públicos.
Nesse sentido, o agente publico é autor ou sujeito ativo do ato de improbidade administrativa, em
sentido próprio.
A participação do terceiro, por indução ou concurso, para a prática do ato de improbidade, será
sob a forma direta ou indireta (quando apenas desfruta da vantagem auferida), para se beneficiar, obtendo
alguma vantagem indevida, esse conluio, mas não só, com o agente público configura sua
responsabilidade por equiparação, e também quando apenas se vale indevidamente de ato executado pelo
ímprobo.
Nesse sentido, observa Jacintho de Arruda Câmara, cita por Pazzaglini Filho,16 que:
16
Obra citada, p. 12
17
PAZZAGLINI FILHO, Marino: Princípios constitucionais reguladores da administração pública, 3. Ed. São Paulo:
Atlas, 2008. p. 17.
18
______________, obra citada, p.14
19
_______________, obra cit., p. 17
Com efeito, de ninguém se exige que gerencie a coisa pública, mas se alguém se apresenta para
investir-se em cargo público, assume, na lição de Max Weber, o ônus moral de bem administrar.22
Nesse sentido, impossível deixar de consignar que a violação de um princípio é imensamente mais
grave que a transgressão de qualquer norma de nível inferior, como ensina o mestre Celso Antonio
Bandeira de Mello:23
O art. 5.o, XXXIII da CF garante a todos o acesso a suas informações pessoais constantes dos
Arquivos públicos, ao preceituar que “ todos têm de receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
20
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo: moralidade administrativa: do conceito à efetivação, RDA 190,
out./dez.1992 – Rio de Janeiro – p. 1/44
21
PAZZAGLINI FILHO, Marino, obra citada, pg.19
22
MOREIRA NETO, Diogo, p.15
23
In Curso de Direito Administrativo, p. 477, Malheiros Editores, 6a ed.
O art. 37, §1.o, da CF, ordena a publicidade dos governos e demais agentes públicos vedando a
autopromoção quando diz que “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”
Em suma, a publicidade dos atos administrativos deve ser ampla e transparente, pois é através
dela que a sociedade exerce a fiscalização da gestão pública.
O principio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
perfeição e rendimento funcional.
24
MEIRELLES, Hely Lopes, obra citada, pg 99
25
__________________,__________, pg. 108/109
A EC 19/1998 que acrescentou o §4o ao artigo 41 da CF, institui como condição para a aquisição
da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída com essa
finalidade.
O dever do agente público e de terceiro de indenizar o dano patrimonial por um e por outro
ocasionado ao Erário, em decorrência de to de improbidade ministraria, que tenham agido com culpa civil
lato sensu, a qual compreende o dolo e a culpa em sentido estrito (imprudência, negligência e imperícia),
ou seja, trata-se de responsabilidade subjetiva.
Não há responsabilidade mesmo dano, se não há dolo ou culpa, ou seja, não há ressarcimento ao
Erário se este resultou seja de ato administrativo lícito, seja de ato administrativo ilícito praticado por
agente publico quando não remanescer comprovado que ele lhe deu causa por dolo ou culpa.
24-6-08).
26
Obra citada, p. 28
A perda dos bens ou valores acrescidos é uma das sanções estabelecida no art. 12, I, tem natureza
indenizatória e é executável somente após o trânsito em julgado da sentença civil que a decretou,
obedecidos o devido processo legal.
Havendo indícios suficientes (fumus boni Juris) de que o agente publico praticou ato de
improbidade administrativa lesivo ao erário ou que importe em enriquecimento ilícito, e que tenha
provocado dano econômico ao patrimônio público ou recebido vantagem ilícita, a autoridade
administrativa responsável pela sindicância ou procedimento administrativo sob sua responsabilidade
está obrigada a representar ao Ministério Público para que providencie a indisponibilidade de seu bens,
suficientes para assegurar, à época da tutela definitiva, o integral ressarcimento do dano ao erário ou a
restituição completa do acréscimo patrimonial ilícito por ele obtido pelo enriquecimento ilícito.
Nesse sentido responde o eminente administrativista Arnoldo Wald, citado por Pazzaglini
27
Filho :
A Lei de Improbidade, dispõe sobre sanções aplicáveis aos agentes públicos nos caos de
improbidade administrativa em três especies: atos que importam enriquecimento ilícito do agente público
(art. 9o), atos que causam prejuízo efetivo ao erário (art. 10) e atos que atentam contra os princípios da
Administração Pública (art. 11), cominando-lhes sanções politicas, civis e administrativas (art.12), além
de definir seus sujeitos ativos e passivos dos atos de improbidade, regular os procedimentos
investigatórios desses atos, bem como regula a ação civil de improbidade administrativa e também dispõe
quanto a declaração de bens, prescrição e ação penal.
Em suma, a LIA tem por objetivo a tutela do patrimônio público e a moralidade pública, bem
como a confiança na Administração Pública e o prestígio do exercício das funções publicas.
27
Obra citada, p. 31
O rol de condutas que ensejam enriquecimento ilícito estabelecido nos incisos do artigo 9o da Lei
8429/92, é exemplificativo, admitindo a inclusão de novas situações de obtenção ilícita de vantagem
econômica auferida por agentes públicos em razão de suas atividades na Administração Pública direta e
indireta. O terceiro que concorre para o enriquecimento ilícito do agente público entregando-lhe, pagando-
lhe ou oferecendo-lhe sujeita-se às sanções, por equiparação, nos termos do art. 3o.
Os atos de improbidade administrativa que causam o enriquecimento ilícito arrolados na lei, tratam
de condutas dolosas, porque nenhum agente desconhece a proibição de se enriquecer às expensas do
exercício de atividade publica ou de permitir que, por ilegalidade de sua conduta, outro o faca, de modo
que não se pode falar em enriquecimento ilícito imprudente ou negligente.
28
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
O inciso II
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação
de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por
preço superior ao valor de mercado;
O inciso III
A conduta ocorre no processo licitatório, por isso, não e isolada, com a participação de diversas
pessoas, podendo coexistir com outros dispositivos da lei, se aquelas estiverem, cientes e concordes com
a manobra. Como, por exemplo, se o perito avaliador estiver conluiado com o agente responsável pela
licitação, poderá subavaliados o bem, incorrendo no que dispõe o inciso VI.
A alienação de bens imóveis requer: autorização legislativa, avaliação prévia, interesse público e
realização de concorrência, dispensada esta se se tratar de dação em pagamento, doação, permuta ou
investidura. A cessão de direito real de uso também poderá ser processada mediante dispensa de licitação,
quando o uso destinar a outro órgão ou entidade da Administração Pública.
A alienação de bens móveis depende de avaliação ;previa e de licitação, salvo se a doação (para
atender a fins sociais e justificada sua conveniência e oportunidade por razões técnicas) permuta (admitida
apenas entre órgãos da própria Administração), venda de títulos e ações, alienação de materiais e
equipamentos inservíveis e venda de bens produzidos ou comercializados pela própria Administração (cf.
Arts. 17, 18 e 19 da lei Federal no 8.666/93).
O inciso IV
Contraria o dever de probidade, por exemplo, o uso, por autoridades públicas, de carros oficiais
com ou sem o servidor na função de motorista, para o desfrute em passeios, viagens, Shoppings, institutos
de beleza, sauna, em proveito próprio ou de seus familiares e amigos.
Esse tipo de conduta para os prefeitos e vereadores também constitui crime de responsabilidade
desde o Decerto-lei 201/67.
O uso de bem público é regular e licito e aquele precedido de autorização de uso, permissão de
uso, cessão ou concessão de uso, conforme o caso.29
29
Autorização de uso é ato unilateral que permite a utilização de bem público por particular, de forma precária e
sem termo final predefinido, podendo ser revogados qualquer tempo e sem gerar qualquer ônus para o Poder
Público;
A permissão de uso é também, ato unilateral, precária, onerosa ou gratuita, revogável a qualquer tempo, mas
também e usada como disfarce de uma concessão de fato.;
O inciso V descreve a conduta ímproba, por ação ou omissão, praticada normalmente pelos
agentes públicos, unilateral ou em associação com outras pessoas, de forma habitual ou não, cujo dever
funcional é reprimir as atividades ilícitas arroladas, sendo esse dever funcional elementar para configurar
a conduta ímproba.
Trata-se de conduta praticada no interior das instituições criadas com a finalidade precípua de
investigar e buscar as provas da autoria e materialidade do ilícitos penais, com forte espírito de corpo e
uma cultura ainda pouco afeta aos princípios republicanos, portanto, nesse ambiente, os atos de
improbidade que causam o enriquecimento ilícito praticados são de rara investigação e de difícil prova.
Muitos são os exemplos: É o responsável pela fiscalização nas fronteiras, portos etc que, mediante
paga, “faz vistas grossas” a entrada de drogas, armas, mercadorias contrabandeadas ou sem o pagamento
dos impostos, ou aquele que se nega a diligenciar e autuar em flagrante delito o narcotraficante.
O inciso VI
receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração
falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre
quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
A Cessão de uso é a transferência da posse operada entre órgãos da Administração direta, indireta ou fundacional,
de determinado bem público. Não deve ser confundida com a “cessão” de bens a particulares;”
A concessão de uso deriva da contratação promovida pela Administração com particular, visando permitir a
utilização exclusiva de determinado bem público (se móvel – cessão de direito real de uso). Possui índole negocial,
é onerosa e gera ônus para a Administração, diversamente do que ocorre com a autorização e a permissão.
Segundo a Lei Federal no 8.666/93, toda concessão depende de prévia licitação nos termos do art. 17, § 2o) e
autorização legislativa.
A conduta ímproba deste inciso pode concorrer com a falsa pericia que superestima a avaliação
do bem, como, por exemplo, no processo de venda de uma empresa estatal o perito avalia superestima o
valor dos bens da pessoa jurídica que, em processo de privatização adquire a estatal, dará como forma de
pagamento. Ou, inversamente, quando ocorre a subavaliação dos preços dos bens ou serviços alienados
pela Administração.
Inciso VII
adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública,
bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda
do agente público;
Bastante comum a pratica desse tipo de improbidade. É o caso do agente publico que, recebendo
ou não parcos salários, ostenta riqueza material incompatível com os seus ganhos ou evolução patrimonial
muito superior a sua renda.
O inciso VIII
30
RT-712, A Responsabilidade da Lei de Enriquecimento Ilícito, p. 358/361
31
Obra citada, p. 69
Por exemplo, não pode agente publico prestar assessoria em processos judiciais contra pessoa
física ou jurídica em que atua como parte acusadora.
O Inciso IX
Verba pública, no sentido da LIA, abrange todo e qualquer tipo de liberação de pagamento
efetuada pela Administração Pública, importância destinada por lei orçamentar a satisfação de um serviço
ou de uma utilidade.
Um exemplo dessa conduta, de concurso necessário do agente público com o prticular, ocorre
quando o agente público que “intercede” ao encarregado pelo empenho, no sentido de dar preferência no
pagamento a determinada obra ou serviço público, em desconformidade com a finalidade da destinação
da verba pública.
Esta modalidade de improbidade quase sempre é instrumental, e não final. É que a intermediação
que a lei pune tem por finalidade liberação ou aplicação indevidas, pois, se devidas fossem, o corretor
seria desnecessário. No mais das vezes, trata-se de empenhar o pagamento de despesas, obras e serviços
incompletos, não entregues e, até mesmo, inexistentes.
A intermediação pode ocorre mesmo para a antecipação do empenho mesmo que licita a
liberação, o que, em determinadas circunstâncias, caracteriza a improbidade, como por exemplo, se não
forem observadas as prioridades orçamentárias ou situações emergenciais de interesse social.
O inciso X
O Inciso XI
incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
A conduta ocorre com incorporação ou inclusão a qualquer título e de qualquer modo, inclusive
pela aquisição, O agente se apropria do bem e o desfruta como se dele fosse, com inversão da titularidade
do bem.
O Inciso XII
A lei pune o uso indevido de bens, rendas e valores públicos, por exemplo, o diretor financeiro
de empresa estatal que elege determinada instituição bancaria não credenciada, particular, para o
recolhimento da vultosa receita diária da empresa, para, assim, obter em troca elevado limite de crédito
em sua conta pessoal no mesmo banco ou até mesmo, empréstimos pessoais à custa do saldo médio da
empresa. É a reciprocidade oblíqua, vantagem indireta que caracteriza a hipótese, ainda que a empresa
estatal que dirige aufira vantagens (melhor remuneração dos depósitos, juros etc) do banco.
As hipóteses dos incisos XI e XII e o próprio agente que incorpora ou utiliza bens, rendas ou
valores da entidade, diferentemente das hipóteses previstas nos incisos I e II, do art. 10, que o agente
permite, facilita ou concorre para que terceiro utilize ou incorres os bens, re da ou valores da entidade.
Para os atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito, nos arts. 6o, 8o e 12, I, da lei,
seus agentes são sancionados mais fortemente, com sanções pelo prazo de oito a dez anos.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens
ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica,
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120,
de 2009).
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos
de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
dez anos;
• Erário (em latim: ærarium; por sua vez de æs "bronze"), ou seja, "reserva de moedas", é
um termo que indica genericamente as finanças do Estado.
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta
lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
VII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante
celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis
à espécie
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
Doutrina e Jurisprudência
Segundo artigo de Cid Capobiango Soares de Moura publicado no site Ambito Jurídico:
O Judiciário Brasileiro tem entendido que nos casos de atos que atentam
contra os Princípios da Administração Pública e que importam
enriquecimento ilícito somente haverá punição se comprovado o DOLO.
Para os casos de atos que causam prejuízo ao erário basta a CULPA.
http://www.ambitojuridico.com.br (artigo)
Penalidades
A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos
e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário
concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
No artigo 11 da LAI estão apontadas ações que, se praticadas pelo agente público, não causam
prejuízo ao erário, também não visam a obtenção de ganhos próprios. O artigo está ligado
diretamente aos princípios da Adminstraçao pública. O Caput do referido arquivo é bem expresso
quanto ao fato:
“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
A Improbidade e a ilegalidade estão muito próximas o que requer cuidado na interperetação dos
fatos pois não se deve considerar toda ofensa à legalidade como sendo ato improbo; a finalidade
da lei é punir agente corrupto e não o descuidado, é necessário que o ato seja caracterizado como
sendo praticado de forma dolosa. José antonio Leiva já apontou essa preocupação:
“O art. 11 da lei nº 8429/1992 exige adequada interpretação, pois não seria razoável
entender que a simples violação ao princípio da legalidade, por si só, ensejaria a
caracterização de ato improbo. Seria confundir os conceitos de improbidade
administrativa e de legalidade. (Neiva, 2011, p. 9).”
A amplitude do artigo 11 e sua complexidade pode acarretar sanções indevidas assim como
insegurança jurídica se não houver uma interpretação cuidadosa, por outro lado a presunção de
conhecimento da legislação em vigor amplifica a responsabilidade do agente. Nesse sentido o
STF já tem julgados em que analisa a conduta e a intenção do ato do Agente público no
enquadramento por improbidade administrativa, contudo tal posicionamento requer cuidado para
que não seja esvaziado o teor da Lei de improbidade Administrativa que certamente foi um
grande avanço para nossa Sociedade.
Da Declaração de Bens
Em artigo acerca do assunto Mauro Roberto Gomes de Mattos faz uma análise do Decreto
Federal 5483/05 e conclui que a quebra de sigilo só será aceito mediante auorização judicial:
“...
Prevaricação
Não pode esquecer-se, entretanto, que a ação cautelar somente será conhecida e provida
se houver a comprovação dos pressupostos: fumus boni iuris e periculum in mora, o que
significa que o autor deverá demonstrar a probabilidade da existência do seu direito e a
DA PRESCRIÇÃO
As condições para a prescrição do provimento da ação contra os atos de improbidade
administrativa estão previstas nos incisos do artigo 23 da Lei nº 8.429/92, ficando a saber que:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função
de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
(Lei nº 8.429/92).
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final
pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.019,
de 2014)
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o dever de probidade é de total relevância para a Administração Pública,
devendo ser seguido por todos os seus agentes públicos. Caso a violação a este dever venha a
ocorrer, estará toda a sociedade propícia a males, que podem estar diretamente ou indiretamente
vinculados a ela. Exemplos podem ser vistos atualmente com a “onda de corrupção” que vem
abalando o país, problemas que estão sendo apreciados por CPIs e que acabam prejudicando o
erário público, através da sonegação, desvios etc. Nesses casos, há, acima de tudo, uma violação
ao princípio da moralidade, o qual é norteador da Administração Pública em geral.
ESTUDO DE CASO
Postado em Improbidade Administrativa Por Portal do Munim em outubro 24, 2017
MP pede bloqueio dos bens do prefeito de Vargem Grande, Carlinhos Barros por nepotismo.
Os dados mostram que há uma intersecção entre as punições. Existem poucos casos em que se
aplica uma única sanção – quando isso ocorre é mais comum que os condenados sejam proibidos
de contratar o Poder Público ou obrigados a pagar multas.
Em cada 10 condenações por dano ao Erário, em 7,5 houve ressarcimento aos cofres
públicos
Em cada 10 condenações por enriquecimento ilícito, em 7,1 houve ressarcimento
Em cada 10 condenações por violação aos princípios da administração pública, em 3,9
houve ressarcimento
Pessoas jurídicas lesadas
5,85% (666 casos) das pessoas jurídicas foram condenadas a punições envolvendo dinheiro
(ressarcimento integral do dano, multa ou perda de bens ou valores) e proibição de contratar com
o Poder Público
Por Estado
São Paulo (3.259 casos), Paraná (874 casos), Minas Gerais (839 casos), Rio Grande do Sul (821
casos) e Roraima (712 casos) são os cinco Estados com maior número de condenações, em termos
absolutos.
Alagoas (40 casos), Distrito Federal (61 casos), Roraima (63 casos), Acre (93 casos) e Mato
Grosso do Sul (93 casos) são as cinco unidades da Federação com menor número de condenações.
Por Estados
Pessoas
*Em 52.5% dos processos (3.323 casos) não foi possível determinar
75,6% (4.788 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
24,4% (1.542 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Por Estados
Pessoas
Esferas do Judiciário
74,6% (6.415 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
25,4% (2.183 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Por Estados
Esferas do Judiciário
74,8% (5.097 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
25,2% (1.721 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Por Estados
Esferas do Judiciário
74,7% (2.203 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
25,3% (748 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Por Estados
73,6% (5.476 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
26,4% (1.960 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Por Estados
72,5% (5.745 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Estadual
27,5% (2.181 casos) dos processos transitaram em julgado pela Justiça Federal
Overview
As condenações definitivas (transitadas em julgado, sobre as quais não cabem mais recursos)
demoram, em média, 6 anos para acontecer.
A distribuição dos tempos de condenação não varia em relação às características dos condenados.
Prefeitos, vereadores e servidores demoram o mesmo tempo para ser condenados. O mesmo vale
para os órgãos atingidos.
76,6% (8.916 casos) das ações transitaram em julgado na primeira instância estadual
23,1% (2.686 casos) das ações transitaram em julgado na primeira instância federal
0,0345% (4 casos) das ações transitaram em julgado na segunda instância estadual
0,00862% (1 caso) das ações transitaram em julgado na segunda instância federal
Pessoas físicas
94,2% (10.727 casos) das pessoas físicas foram condenadas a punições envolvendo dinheiro
(ressarcimento integral do dano, multa ou perda de bens ou valores) e também a punições
envolvendo função e direitos políticos (inelegibilidade ou perda de cargo, emprego ou função
pública ou suspensão dos direitos políticos)
5,85% (666 (casos) das pessoas jurídicas foram condenadas a punições envolvendo dinheiro
(ressarcimento integral do dano, multa ou perda de bens ou valores) e também proibição de
contratar com o Poder Público.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p.
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MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p.
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