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FACULDADE SANTO AGOSTINHO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO


DISCIPLINA DE DIREITO EMPRESARIAL

WEYNE AZEVEDO DA SILVA

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

TERESINA/PI
2017
WEYNE AZEVEDO DA SILVA

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Trabalho avaliativo apresentado ao Prof. Fábio


Miranda, da Disciplina de Direito Empresarial III da
Faculdade Santo Agostinho, como requisito parcial
para obtenção da terceira nota de avaliação.

TERESINA/PI
2017
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CAPÍTULO I – INSTUTUTO DA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

1. Conceito

Conceitua-se como realizado entre o devedor e seus credores, onde os


mesmos receberão seus créditos pautados neste acordo inter partes. É necessário
que os credores concordem com o acordo em sua totalidade, caso contrário ele não
poderá ser homologado pelo judiciário. Se o devedor obtiver aprovação de três
quintos dos créditos abrangidos pelo plano apresentado, será necessária a
homologação, devendo atender aos requisitos jurídicos.

Sendo assim, não é o Estado que viabiliza essa oportunidade de recuperação


ao devedor, mas os credores do mesmo, se entenderem que esse caminho é mais
rentável que a via falencial. Neste caso especificamente a lei não concede a
recuperação, mas dá ao devedor a escolha de postular a recuperação. De acordo
com a Lei nº 11.101 de 2005, fica a cargo da assembleia formada pelos credores a
decisão de conceder ou não, tal benefício.

Com a vigência da lei nova, o devedor adquire condições especiais para


saldar suas obrigações, além de poder propor aos credores negociações e
elaboração de ideias de reestruturação. Essa mudança representa um grande
avança no direito empresarial, proporcionando ao devedor melhores condições de
recuperar sua empresa e continuar exercendo a atividade empresarial.

2. Créditos Excluídos

Na Lei 11.101/2005, o artigo 162 traz alguns créditos que estão impedidos de
integrar no plano de recuperação. Nas palavras de Fabio Ulhôa Coelho (2012),
alguns credores estão preservados desse tipo de recuperação, ainda que
homologada judicialmente. Para o autor a recuperação extrajudicial muda sequer de
forma mínima, os direitos dessas categorias de credores. Portanto, são sujeitos de
direito que não podem renegociar os créditos que possuem em relação à sociedade
empresária através da recuperação extrajudicial. Fabio Ulhôa deixa claro, que a
renegociação só poderá realizar-se por regras próprias que tratam do crédito em
questão ou, quando não existirem, pelas normas do direito das obrigações.

Os credores preservados da Recuperação Extrajudicial são: credores


trabalhistas, tributários, o proprietário fiduciário, arrendador mercantil, vendedor ou
promitente vendedor de imóvel por contrato irrevogável e vendedor titular de reserva
de domínio, as ACC’s (Instituição financeira credora por adiantamento ao
exportador) também estão protegidas.

3. Principais diferenças entre a Recuperação Judicial e Extrajudicial

Apesar dos dois institutos terem os mesmos objetivos, que é dar uma possibilidade
às empresas em situação de risco de falência de se recuperarem. É importante
demonstrar suas semelhanças e diferenças.

Uma das principais diferenças está na possibilidade de intervenção do poder


judiciário. No instituto da Recuperação Extrajudicial, o devedor trata diretamente
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com seus credores, sem a necessidade de uma intervenção direta do judiciário,


porque é voluntária a jurisdição, sendo facultado ao devedor empresário lavar o seu
plano para homologação judicial ou não. No instituto da Recuperação Judicial a
jurisdição é contenciosa, o devedor empresário, deve obrigatoriamente apresentar
um plano necessariamente terá que ser aprovado pelos credores e posteriormente
homologado pelo juiz, que de forma mensal acessará os relatórios que serão
produzidos pelo devedor enquanto durar o processo de Recuperação Judicial, e
ainda um Administrador Judicial que será nomeado pelo juiz irá acompanhar de
perto a fiel execução do plano, que caso não seja aprovado pela assembleia geral
de credores, convalidará em Falência.

Ademais, para se propuser uma ação de recuperação judicial os requisitos legais


são mais rigorosos, para que o magistrado possa autorizar o processamento, é
fundamental que na petição inicial constem documentos, como o balanço patrimonial
e as demonstrações de resultados, além dos relatórios gerenciais de fluxo de caixa e
de suas projeções; Já na recuperação extrajudicial se faz necessário apenas a
apresentação do plano de recuperação que será realizado entre o devedor e seus
credores.

Outro ponto crucial é em relação à possibilidade de convolação do plano de


recuperação judicial em decretação de falência, na recuperação judicial se os
credores perceberem que a situação do devedor empresário é de inviável solução;
ou se por algum motivo justo, rejeitarem o plano de recuperação e não houver outro
para ser apresentado ou ainda, se o devedor descumprir parte do plano ou no todo,
o juiz poderá decretar a falência com a devida declaração judicial de insolvência
dessa empresa. Na Recuperação Extrajudicial é diferente porque caso seja levado à
homologação e por algum motivo não sejam preenchidos os requisitos exigidos em
lei, este simplesmente não será homologado, não incumbindo ônus ou prejuízo ao
devedor.

Portanto, percebe-se que o instituto da recuperação judicial é muito parecido ao


processo falimentar, sendo similar com em relação à recuperação extrajudicial
apenas em alguns pontos específicos.
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REFERÊNCIAS

▪ Coelho, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 3: direito de


empresa/ Fábio Ulhoa Coelho. — 13. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012.

▪ CAMPINHO, Sérgio. Falência e recuperação de empresa. 7. ed. Rio de Janeiro:


Renovar, 2015.

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